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FT 16
FT 16
GEOLOGIA – MAGMATISMO FT 16
Grupo I
O arquipélago da Madeira, que compreende as ilhas da Madeira, de Porto Santo, Selvagens e Desertas, é
de origem vulcânica e localiza-se no oceano Atlântico. Na ilha da Madeira, o Complexo Vulcânico de Base
é constituído por acumulações piroclásticas de blocos, bombas, lapilli e cinzas, intercaladas com escoadas
basálticas.
1. Colocou-se a hipótese de uma dada amostra de rocha poder ser classificada inequivocamente como
um basalto e não como um gabro.
Faça corresponder S (sim) ou N (não) a cada uma das letras que identificam as afirmações seguintes, de
acordo com a possibilidade de serem utilizadas como argumentos a favor da hipótese mencionada.
A – A rocha teve origem na consolidação de um magma.
B – A amostra é constituída essencialmente por grãos não visíveis à vista desarmada ou à lupa.
C – A rocha é constituída essencialmente por piroxenas e plagioclases cálcicas.
D – O magma a partir do qual se formou a rocha era pobre em sílica.
E – A amostra é rica em minerais máficos.
F – A lava consolidou à superfície da Terra.
G – A amostra contém olivinas.
H – A amostra foi colhida de uma lava em almofada, num rifte oceânico.
2. O basalto é uma rocha abundante na ilha da Madeira. Relativamente à cor, essa rocha classifica--se
como ___. Esta característica está relacionada com a ___ relativa de minerais félsicos na sua composição.
(A) leucocrata […] abundância
(B) melanocrata […] abundância
(C) leucocrata […] escassez
(D) melanocrata […] escassez
3. O magma é classificado em função da sua temperatura e da sua ___, correspondendo a uma mistura
silicatada, em fusão, ___ gases dissolvidos.
(A) composição química […] sem
(B) composição química […] com
(C) localização […] sem
(D) localização […] com
4. Os magmas andesíticos podem consolidar num processo __, originando uma rocha que se designa por
__.
(A) lento […] diorito
(B) rápido […] diorito
(C) rápido […] gabro
(D) lento […] gabro
5. O facto de um magma basáltico apresentar menor teor em sílica do que um magma riolítico tem como
consequência...
(A) ... uma maior dificuldade na libertação dos gases.
(B) ... iniciar a solidificação a temperaturas mais elevadas.
(C) ... apresentar uma consistência mais viscosa.
(D) ... a formação de rochas de cor mais clara.
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7. As afirmações que se seguem dizem respeito às rochas que se formam a partir do magma
andesítico.
Seleccione a alternativa que as avalia correctamente.
1. Os magmas andesíticos dão origem a rochas vulcânicas de textura granular.
2. As rochas que se formam a partir do magma andesítico são peridotitos ricos em plagioclases cálcicas.
3. Os andesitos são rochas vulcânicas formadas a partir do magma andesítico e apresentam minerais
máficos.
(A) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.
(B) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(C) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.
(D) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.
8. Nas reações de cristalização da série contínua de Bowen, à medida que ocorre diferenciação
magmática ...
(A) … a cristalização de minerais máficos aumenta.
(B) … a temperatura vai aumentando.
(C) … há maior quantidade de cristais polimorfos em formação.
(D) … há formação de plagioclases cada vez mais sódicas.
9. A chegada incessante de basalto efectua-se numa fossa relativamente estreita, da ordem de 1 a 2Km, o
que traduz a existência de uma fissura em funcionamneto. A quantidade de basalto que chega
compensaria o afastamento. Todavia, sendo este afastamento incessante, a banda basáltica que se instala
parte-se longitudinalmente e as duas metades afastam-se a uma velocidade que pode variar de 1 a
20cm/ano. É o fenómeno da acreção oceânica, graças à qual a crosta oceânica se forma sem cessar. A
acreção diz-se rápida quando acima dos 4cm/ano.
As dorsais lentas dão basaltos com texturas porfíricas, isto é, com cristais bem visíveis, o que indica que
tiveram tempo para se individualizar em câmaras magmáticas situadas sob a dorsal e de pequenas
dimensões, funcionando intermitentemente, comunicando cada uma delas com a superfície por uma
fissura. Os basaltos das dorsais rápidas são pobres em cristais (as lavas fluidas dos algos de lava são
desprovidas deles), o que indica um tempo de passagem muito breve, quase nulo, na câmara magmática.
Esta câmara magmática única, de grandes dimensões, torna mais fácil a fraccionação cristalina.
9.2. O desenvolvimento dos cristais que o basalto apresenta, ____ à medida que o tempo de permanência
é ____ no interior da câmara magmática.
(A) aumenta […] é menor.
(B) aumenta […] é maior.
(C) diminui […] é maior.
(D) mantém-se […] é menor.
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9.3. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes relativas a
magmatismo.
(A) O fenómeno descrito no texto ocorre em limites divergentes de placas oceânicas.
(B) Os magmas referidos no texto possuem uma origem profunda.
(C) Os magmas associados às regiões referidas no texto possuem uma fracção de sílica superior a
65%.
(D) A velocidade da deriva dos continentes varia de região para região.
(E) A actividade vulcânica dos locais referidos no texto possui uma natureza efusiva.
(F) As lavas associadas ao vulcanismo referido no texto possuem uma natureza moderadamente
viscosa.
(G) A intermitência da emissão de lavas está mais associada às dorsais rápidas.
(H) O fluxo geotérmico é menor nas dorsais em que o afastamento ocorre a velocidades inferiores.
9.4. Relacione a existência de uma câmara magmática única de grandes dimensões nas dorsais rápidas
com a variedade de rochas magmáticas que poderão originar.
10. A crosta oceânica é constituída essencialmente por rochas magmáticas. Classifique como verdadeira
(V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes relativas às rochas magmáticas.
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Grupo II
A ilha de S. Miguel, nos Açores, é constituída por diferentes regiões vulcânicas. O complexo vulcânico
das Sete Cidades, situado no extremo oeste da ilha, inclui um vulcão central constituído por depósitos
piroclásticos e por escoadas lávicas. Neste complexo, é possível reconhecer várias outras estruturas,
como é o caso do Pico das Camarinhas, do delta lávico1 basáltico da Ponta da Ferraria e de um domo
traquítico. O domo, composto por uma rocha com um teor em sílica de aproximadamente 66% (traquito),
foi coberto por escórias basálticas durante a formação do Pico das Camarinhas. As estruturas referidas
estão representadas esquematicamente na Figura 1.
No seio das formações que constituem o delta lávico, surge uma nascente de água mineralizada,
cloretada sódica, que emerge ao nível do mar, a uma temperatura de cerca de 62 ºC. O estudo das águas
minerais do arquipélago dos Açores tem revelado que a sua composição química é muito estável, o que
permitiu estabelecer um conjunto de valores de referência que podem ser usados na monitorização da
atividade dos vulcões.
Nota:
1 Delta lávico – fluxo de lava subaérea que entra em contacto com a água.
Baseado em: A. Lima, J. Nunes e J. Brilha, «Monitoring of the Visitors Impact at Ponta da Ferraria e Pico das
Camarinhas Geosite (São Miguel Island, Azores UNESCO Global Geopark, Portugal)», Geoheritage, 2017.
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2. As escoadas de lava que deram origem ao delta lávico da Ponta da Ferraria
(A) resultaram da erupção que originou o Pico das Camarinhas e contribuíram para o recuo da linha
de costa.
(B) foram emitidas pelo vulcão do Pico das Camarinhas e contribuíram para o avanço da linha de
costa.
(C) formaram-se antes do vulcão central das Sete Cidades e contribuíram para o avanço da linha de
costa.
(D) preservaram materiais do vulcão central das Sete Cidades e contribuíram para o recuo da linha de
costa.
3. O magma que originou a rocha que constitui o Pico das Camarinhas, comparado com o que originou a
rocha que constitui o domo traquítico,
(A) apresentava uma maior viscosidade.
(B) iniciou a solidificação a temperaturas mais elevadas.
(C) possuía menor percentagem de ferro e de magnésio.
(D) tinha uma maior percentagem de sílica.
I. A atividade vulcânica que originou este complexo teve fases alternadamente efusivas e explosivas.
II. A rocha que constitui os xenólitos da Ponta da Ferraria é mais antiga do que a rocha encaixante.
III. As rochas que formam o delta lávico da Ponta da Ferraria apresentam uma superfície lisa.
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6. As características da água da nascente termal da Ponta da Ferraria referidas no texto estão
relacionadas com
7. Os xenólitos incorporados nas lavas da Ponta da Ferraria são provenientes do manto e correspondem a
(A) rochas melanocráticas, ricas em minerais máficos.
(B) rochas leucocráticas, ricas em minerais máficos.
(C) rochas melanocráticas, ricas em minerais félsicos.
(D) rochas leucocráticas, ricas em minerais félsicos.
8. Considerando que o Pico das Camarinhas e o domo traquítico foram alimentados pela mesma câmara
magmática, pode admitir-se que, durante o período de tempo que decorreu entre a formação destas duas
estruturas,
(A) ocorreram processos de cristalização fracionada, que originaram magmas progressivamente
mais pobres em sílica.
(B) ocorreram processos de assimilação de materiais encaixantes, que originaram magmas
progressivamente mais ácidos.
(C) na câmara magmática foram injetados magmas basálticos, que ascenderam através de
fraturas.
(D) na câmara magmática foram injetados magmas ricos em sílica, que ascenderam através de
fraturas.
9. Faça corresponder cada uma das manifestações de vulcanismo, expressas na coluna A, à respetiva
designação, que consta na coluna B.
10. Explique de que modo os valores obtidos nos parâmetros analisados na monitorização periódica da
composição química das águas minerais dos Açores podem ser usados na vigilância da atividade
vulcânica no arquipélago.
Fundamente a sua resposta com um exemplo de um parâmetro químico analisado.
Grupo III
A ilha da Madeira resultou de magmatismo oceânico intraplaca, atualmente extinto, sendo constituída
essencialmente por rochas vulcânicas, na sua maioria com baixa percentagem de sílica.
As rochas sedimentares são escassas, ocorrendo, por exemplo, em dunas fósseis e em depósitos de
vertente e de enxurrada, cujos detritos sofreram um curto transporte. As águas subterrâneas são a única
fonte de abastecimento de água no verão, sendo que, no inverno, também é aproveitada a água que
resulta do escoamento superficial de algumas ribeiras. Além disso, parte dos recursos hídricos
subterrâneos destina-se à produção de energia elétrica, representando 20 a 25% da produção total de
energia da ilha.
De acordo com o modelo hidrogeológico definido para a Madeira, considera-se a existência de aquíferos
suspensos – situados em altitude e associados a rochas como tufos e basaltos alterados, com águas
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pouco mineralizadas – e de um aquífero de base – formado essencialmente por materiais vulcânicos, mais
ou menos alterados, e que possui águas mais mineralizadas.
As principais zonas de recarga dos aquíferos localizam-se nas regiões mais altas da ilha, com precipitação
elevada e formações vulcânicas mais recentes e, em geral, mais permeáveis. Recentemente, na ilha,
foram encontradas águas termais com teores elevados de CO2 livre, associadas a manifestações
secundárias de vulcanismo.
2. Os depósitos de vertente e de enxurrada existentes na ilha da Madeira são constituídos por detritos
predominantemente
(A) arredondados e bem calibrados.
(B) angulosos e bem calibrados.
(C) angulosos e mal calibrados.
(D) arredondados e mal calibrados.
3. De acordo com o texto, os recursos hídricos explorados na ilha da Madeira, ao longo de todo o ano, são
(A) renováveis, associados a reservatórios de água superficial.
(B) renováveis, associados a reservatórios de água subterrânea.
(C) não renováveis, associados a reservatórios de água superficial.
(D) não renováveis, associados a reservatórios de água subterrânea.
6. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a diferentes tipos de rochas, expressas na
coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B.
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Grupo IV
A maior erupção vulcânica do século XX, em termos de volume de materiais expelidos, ocorreu, de 6 a 8
de junho de 1912, no vulcão Novarupta, situado numa região remota e pouco povoada do Alaska (Estados
Unidos da América). Admite-se que a câmara magmática que alimentou a erupção do Novarupta estaria
localizada 10 km a leste deste centro eruptivo, sob o vulcão Katmai. A Figura 3 representa o contexto
tectónico da região e um pormenor da zona Novarupta-Katmai.
Durante a erupção, que durou 60 horas, formaram-se 13,5 km3 de pedra-pomes, cinzas e rochas cujo teor
em sílica varia entre 51% e 78% ‒ andesito, dacito1 e riólito. No final da erupção, formou‑se um domo
riolítico no Novarupta e, no chamado Valley of Ten Thousand Smokes (VTTS), surgiram numerosas
fumarolas.
Cerca de 11 horas depois do início da erupção do Novarupta e após a emissão de 8,5 km3 de magma,
formou-se no vulcão Katmai uma caldeira, cuja subsidência intermitente foi acompanhada por mais de 50
sismos, dos quais dez tiveram magnitudes de 6,0 a 7,0. Após o término da erupção, a caldeira deu origem
a um lago.
Nota:
1 Dacito – equivalente lávico do granodiorito (rocha com composição intermédia entre o diorito e o granito – 63% a 69% de SiO2).
2. De entre os acontecimentos seguintes, selecione os que estão relacionados com a erupção de 1912 no
sistema vulcânico Novarupta‑Katmai, transcrevendo para a sua folha de respostas os números romanos
correspondentes.
I. As cinzas atingiram 500 km a oeste do cone do Novarupta.
II. Os sismos que ocorreram na região tiveram elevada intensidade.
III. Formou-se um grande volume de piroclastos.
IV. Ocorreu atividade explosiva e formou-se uma caldeira.
V. As lavas deram origem a rochas predominantemente melanocráticas.
4. As rochas formadas durante a erupção de 1912 apresentam percentagens variáveis de sílica. De acordo
com os dados, podemos inferir que as rochas que apresentam percentagens mais elevadas de sílica são
(A) andesitos, equivalentes lávicos dos granodioritos.
(B) andesitos, equivalentes lávicos dos dioritos.
(C) riólitos, equivalentes lávicos dos gabros.
(D) riólitos, equivalentes lávicos dos granitos.
5. A deteção de câmaras magmáticas é possível, uma vez que, quando as ondas sísmicas S as atingem
são
(A) refletidas, aumentando a sua velocidade de propagação.
(B) refratadas, diminuindo a sua velocidade de propagação.
(C) refletidas, por atingirem um meio menos viscoso.
(D) refratadas, por atingirem um meio mais denso.
7. Faça corresponder cada uma das manifestações de vulcanismo, expressas na Coluna I, à respetiva
designação, que consta na Coluna II.
Escreva na folha de respostas cada letra da Coluna I, seguida do número (de 1 a 5) correspondente.