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Decisões Estratégicas
Decisões Estratégicas
2º Ano
Tema:
Discentes:
Problematização ..................................................................................................................... 3
Objectivo ................................................................................................................................ 4
Estratégia ................................................................................................................................ 7
Brainstorming ................................................................................................................... 18
Conclusão................................................................................................................................. 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................... 21
INTRODUÇÃO
Nos tempos actuais, em que grandes mudanças ocorrem rapidamente, as decisões estratégicas
nunca podem ser tomadas de afogadilho, pois elas podem representar o colapso de uma
organização. Entretanto, a velocidade das transações comerciais ao redor do mundo exige
maior capacidade gerencial dos dirigentes, tecnologias de ponta, estrutura organizacional mais
eficiente e decisões rápidas.
Desenvolver estratégicas para sobreviver neste ambiente hostil é um dos desafios a ser
alcançado. O termo estratégia tem origem no grego strategos, que significa a arte do general.
Na administração, está associada às decisões tomadas a nível organizacional, para estabelecer
as condições atuais e futuras de uma organização.
Desde a década de 1980, aceitava-se a ideia de que as empresas rentáveis sofriam forte
influência de outros elementos externos, além dos seus competidores, tais como: fornecedores,
clientes e concorrentes potenciais (PORTER, 1991). Acções estratégicas visando a ganhos de
produtividade, optimização das técnicas de gestão e uso de produtos e processos inovadores,
tornariam as empresas mais rentáveis. Actualmente, empresas que ainda adotam estas práticas
tendem a perder competitividade frente às outras organizações que adoptam práticas
estratégicas mais modernas.
Problematização
De acordo com Porter (1991), a formulação da estratégia envolve a consideração de quatro
factores básicos, que determinam os limites para a empresa: pontos fortes e fracos; valores
pessoais de uma organização; ameaças e oportunidades da indústria; e a expectativa da
sociedade. Diante do exposto, a questão que se coloca é:
Quais são os desafios enfrentados pelas empresas na luta pela sobrevivência face as mudanças?
Objectivo
Este trabalho objectiva identificar as decisões estratégicas aplicadas nas empresas em meio as
oscilações mercantis.
Marco Teórico
A complexidade das organizações, mercados cada vez mais suscetíveis a mudanças e a feroz
competição, exige das empresas a ampliação na sua capacidade de desenvolver e aplicar novas
estratégias que possibilitem alcançar suas metas de rentabilidade, lucratividade e expansão.
Porter sustenta que a análise dos mercados e da competição entre indústrias e o entendimento
da posição relativa de cada empresa em sua indústria ou segmento produtivo são os elementos
essenciais no processo de elaboração da estratégia (Porter, 1980, 1996). A estratégia
competitiva deve resultar da identificação de oportunidades e tendências do mercado, por meio
da análise de produtos, competidores e consumidores.
Barney & Hesterly (2011) seguem a mesma linha de pensamento de Porter ao afirmar que “a
estratégia de uma empresa é definida como sua teoria de como obter vantagens competitivas.
Uma boa estratégia é aquela que realmente gera tais vantagens”.
Entende-se, portanto, que uma vantagem competitiva obtida por uma empresa é uma questão
de posicionamento, em decorrência da dinâmica da concorrência e do mercado, através de
estratégias genéricas e balizadas por cinco factores, batizadas como “as cinco forças
competitivas de Porter”, e uma matriz dois por dois, onde analisa-se o ambiente interno (seus
pontos fortes e pontos fracos) e o ambiente externo (as ameaças e as oportunidades
apresentadas pelo mercado) (PORTER, 1980).
Neste sentido, esta abordagem assume carácter exógeno à organização, uma perspectiva que
podemos chamar simplesmente de “fora para dentro”, ou ainda “outside-in”. Reforçando este
entendimento, Porter (1996) declara que “as escolhas de posicionamento determinam não
somente quais actividades a empresa desempenhará e como essas actividades serão
configuradas, mas também como essas actividades estarão relacionadas entre si”.
Esta abordagem procura demonstrar que as empresas inseridas no ambiente competitivo obtém
vantagem competitiva por meio de factores internos às organizações, uma vez que suas
especificidades são reconhecidas. Essas especificidades são formadas por seus recursos
tangíveis (financeiros, instalações), intangíveis (marcas, imagem) e suas competências
(sistemas, colaboradores), e que irão determinar o nível de eficiência do desempenho
organizacional.
Para Collins e Montgomery (1995), uma organização detentora do conjunto destes recursos
estará mais apta a obter vantagem competitiva, quanto melhor e mais apropriado para o negócio
for estes recursos.
Seguindo esta linha de raciocínio, Hitt, Ireland e Hoskisson (2002) conceituam estratégia como
o resultado da combinação de recursos, capacidades e competências essenciais agregadas para
potencializar a vantagem competitiva acima da média.
De acordo com Barney (1989), entretanto, o recurso em si não é suficiente para proporcionar
vantagem competitiva para a organização. É fundamental que os diversos recursos disponíveis
e controlados pela empresa interajam entre si, ampliando seu valor estratégico e seus efeitos
sobre a organização. Barney (1991) ainda identifica certas características que ampliam o valor
estratégico dos recursos e os tornam fonte de vantagem competitiva: o valor potencial dos
recursos, a raridade dos recursos, serem imperfeitamente imitáveis e imperfeitamente
substituíveis.
Por isso, o marco teórico possibilitará o entendimento dos conceitos de estratégia empresarial
e das teorias acima abordadas para a estruturação de estratégias competitivas e obtenção de
vantagem competitiva, uma vez que muito mais do que pressupostos divergentes, exista certa
convergência entre ambas.
Estratégia
O uso do termo estratégia remonta há aproximadamente 3.000 anos, pelo general chinês Sun
Tzuo (1999), que afirmava que os homens podem ver as táticas pelas quais alcançam suas
conquistas, mas a estratégia pela qual iniciam-se grandes vitórias, ninguém consegue ver. A
palavra estratégia é de origem grega, e vem da palavra “strategos”, que significa “a arte do
general”. Neste sentido, estratégia significava a acção de comandar ou conduzir exércitos em
tempo de guerra – um esforço de guerra (GHEMAWAT, 2000).
Segundo Fahey (1999) poucas palavras são objecto de tantos abusos no léxico das empresas,
são tão mal definidas na literatura gerencial e estão tão expostas a diferentes significados
quanto a palavra estratégia.
De acordo com Mintzberg, Lampel, Quinn e Ghoshal (2006) a estratégia deve concentrar
esforços no alcance dos objectivos previamente determinados, conceito advindo das escolas
prescritivas. Este conceito também é justificado pela análise de posicionamento e análise da
indústria (PORTER, 1999).
Numa visão orientada para o processo estratégico, Ansoff (1979), entende estratégia como um
processo racional, objectivando maximizar, à longo prazo, as vantagens competitivas da
organização. Uma avaliação racional das informações coletadas no ambiente externo e interno
da organização possibilita a elaboração de planos estratégicos meticulosamente elaborados.
Wright, Kroll e Parnell (2000) definem estratégia a partir de uma visão voltada para o mercado,
ou seja, como o resultado de um processo sistemático de planeamento, formulação e
implementação, sendo constituída formalmente de missão, visão e plano de ação, propostas
através de um diagnóstico estratégico.
Para Mintzberg, Lampel, Quinne Ghoshal (2006) pode-se entender estratégia a partir de cinco
definições:
Estratégia como um plano: significa a estratégia a ser desenvolvida no futuro, que levará a
organização a uma determinada situação, e que possuem duas características essenciais: as
acções devem ser previamente elaboradas e são consciente e deliberadamente desenvolvidas.
Esses planos podem ser estabelecidos em documentos formais ou não, gerais ou específicos.
Estratégia como uma posição: pode ser entendida como a interação, a harmonização entre as
organizações e ambiente, ou seja, um conjunto entre o contexto interno e externo. Deve,
também, ser entendida como uma acção que visa posicionar a empresa em determinado
segmento de mercado, visando aumentar sua competitividade e equilibrar os aspectos do
ambiente externo com as características internas da organização.
Estratégia como perspectiva significa a forma de gestão organizacional oriunda da própria
existência da organização e pode ter origem nas demais definições de estratégia. Pode ser
entendida como abstrações, ideia subjectivas, pensamentos ou conceitos existentes na mente
de quem efectivamente cria, intuitiva ou planeada, uma estratégia.
Estratégia como um pretexto: entende-se como uma forma deliberada e intencional de enganar,
iludir, confundir, enfraquecer ou eliminar um competidor, por meio de acções, ou sinais de
mercado, que indiquem as metas, intenções, motivos ou situação interna de uma empresa.
Sobre esses sinais Porter (2004, p. 78) esclarece que “alguns sinais são blefes, alguns são avisos
e outros determinam claramente um curso de acção”, mas todos são maneiras de comunicar
indirectamente o comportamento de um concorrente.
Para modelo de Wheelwright e Clark (1992), existem quatro actividades ou fases principais no
desenvolvimento de produtos: desenvolvimento do conceito, planeamento do produto,
engenharia do produto/processo e lote piloto. Nas duas primeiras fases, devem ser combinadas
as informações sobre oportunidades de mercado, mercado-alvo, possibilidades técnicas,
requisitos de produção e de investimento, além do design conceitual (WHEELWRIGHT;
CLARK, 1992).
Quando o projecto for aprovado, inicia a fase de engenharia. Nesta fase, uma das principais
actividades é o desenvolvimento de ferramentas e equipamentos que serão necessários para a
produção e a construção de protótipos (WHEELWRIGHT; CLARK, 1992). Ocorrem também,
testes de desempenho, podendo ser realizadas alterações caso o modelo proposto não atenda as
especificações de projecto ou produção.
Na última fase ocorre a produção piloto, na qual é testada a capacidade produtiva a nível
comercial. À medida que a organização vai desenvolvendo confiança nas suas habilidades de
produção e da qualidade do produto, o volume aumenta (WHEELWRIGHT; CLARK, 1992).
Outro modelo de PDP é o de Rozenfeld et al. (2006) que está divido em três macro fases: pré-
desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento, listados na Figura abaixo.
O Trabalho em Equipa
No ingresso das pessoas em uma organização estas podem exercer suas tarefas operacionais
isoladamente ou em grupos nos sectores ou departamentos. Cada qual, porém, tende a justificar
sua contratação e locação pelo seu desempenho, atendendo as necessidades da organização. No
caso da saúde, os colaboradores são especialistas em sua área de atuação, porém a soma dos
esforços deles, resultará na prevenção ou recuperação da saúde do cidadão. Desta forma as
pessoas acabam por trabalhar em grupo para atender à missão do seu serviço, sector e
instituição, bem como às necessidades dos cidadãos, sejam eles clientes internos ou externos.
Quando falamos das tarefas dos indivíduos nos grupos, é importante reconhecer, segundo
Catunda & Neto que elas são combinadas através de processos que são aditivos, integrativos
ou interativos, sendo que nestes últimos se desencadeiam a cooperação e trabalho de equipe.
Estes processos são resultados de:
Aditivo – é o resultado como soma dos resultados individuais (tarefa 1 + tarefa 2 + …+tarefa
n);
O trabalho em grupo normalmente tem apenas uma pessoa exercendo o papel de liderança. Os
novos modelos de gestão propõem a transformação dos grupos de trabalho em times, em que
se caracteriza o processo de trabalho em equipe.
1. Uma condição altamente desejável que pode não ser permanente, e que pode existir,
por um período de tempo, longo ou curto, em qualquer grupo;
2. As características qualitativas dos grupos como sendo da reunião em busca de um
propósito comum, trabalhando junto com facilidade, e tendo relações de trabalho
positivas;
3. As características funcionais dos grupos que devem trabalhar juntos e cooperar a fim
de produzir um produto ou serviço que não pode ser produzido por uma só pessoa;
4. A grande variedade de ações, processos informais, sentimentos e resultados que
distinguem grupos de trabalho de times de trabalho autodirigidos
Conceitos da Qualidade
A qualidade tem seu papel cada vez mais presente nas organizações, o que torna importante
que se tenha um conceito que seja adequado às necessidades reais de cada organização. Para
explicar as diferenças de percepção e interpretações do assunto, serão expostos alguns
conceitos de qualidade, provenientes de diversos autores.
Segundo Garvin (2002, p. 47) qualidade é um termo que apresenta diversas interpretações e
por isso, "é essencial um melhor entendimento do termo para que a qualidade possa assumir
um papel estratégico".
O modo de como a qualidade é definida e entendida em uma organização reflete a forma como
é direccionada a produção de bens e serviços. Neste sentido, vários autores têm procurado dar
uma definição para a qualidade que seja simples, precisa e abrangente.
Ferramentas da Qualidade
Desde 1950, as ferramentas utilizadas nos processos de gestão foram sendo estruturadas, com
base em conceitos e práticas existentes. De acordo com cada etapa do planeamento, existem
determinadas técnicas e ferramentas que visam à obtenção de uma optimização em todo seu
processo.
Gráfico de Pareto
É uma estrutura que migrou da área de Economia para a Gestão da qualidade. A teoria
econômica de Pareto foi, por analogia, introduzida na gestão da qualidade por Juran. Segundo
ele, alguns defeitos respondem pelo maior potencial de perda, alguns fornecedores respondem
pela maior parte dos processos, alguns serviços respondem pela maior parte da demanda, e
assim por diante. (PALADINI, 1995)
É uma ferramenta mais eficiente para encontrar problemas e estimar a magnitude dos possíveis
benefícios, porém uma grande dificuldade é encontrar a relação satisfatória entre a causa e
efeitos dos possíveis problemas a acontecer.
O princípio de Pareto (ou análise de Pareto) é uma técnica que permite seleccionar prioridades
quando se enfrenta um grande número de problemas, o princípio proposto por Pareto estabelece
que os itens significativos de um grupo normalmente representam uma pequena proporção do
total de itens desse mesmo grupo. (MAXIMIANO, 1995)
Diagrama de Ishikawa
Criado por Kaoru Ishikawa. O diagrama que tem a forma de uma espinha de peixe é um gráfico
cuja finalidade é organizar o raciocínio e a discussão sobre as asas de um problema prioritário.
Foi originalmente criado para se usado nos círculos da qualidade, para estudar os problemas
identificados como prioritários pela análise de Pareto. (MAXIMIANO, 1995)
O diagrama de Ishikawa é aplicável quando existe um grande efeito indesejável, utiliza-se para
encontrar os direcionadores dos problemas existentes e suas possíveis causas, ponto positivo
para essa ferramenta é que ela estabelece uma relação entre as causas e efeitos dos possíveis
problemas e possibilita um detalhamento das causas.
Para Damazio (1998, p. 35) “para se construir um Diagrama de causa e efeito, deve-se
inicialmente, utilizar-se do Brainstorming e montar o formulário de coleta de dados”.
Brainstorming
Uma vez diagnosticado o problema, a etapa seguinte consiste em gerar e analisar as alternativas
parar sua solução. As técnicas que estimulam a criatividade e o senso critico, portanto, são
fundamentais nessa fase. Os princípios que se usam para gerar e criticar alternativas são muito
semelhantes aos que se usam para diagnosticar problemas, embora o enfoque seja outro.
(MAXIMIANO, 1995)
Segundo Junior (2003, p. 88) Brainstorming é um processo de grupo que os indivíduos emitem
ideias de forma livre, sem críticas, no menor espaço de tempo possível.
Deste modo, nota-se com clareza que o sucesso de várias empresas advém do modo como que
elas recebem seus clientes e, por isso, preocupam-se em aprimorar seus métodos de
atendimento, solução de problemas e reclamações. Buscando inovar constantemente, as
empresas procuram conhecer profundamente o mercado e o perfil do cliente que frequenta a
casa. Para isto, utiliza com competência seus recursos experimentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANSOFF, H. Igor. Estratégia empresarial. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
______________. Administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1990.
CRUBELLATE, J.M.; PASCUCCI, L.; GRAVE, P.S.Contribuições para uma visão baseada
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FAHEY, L., Gestão estratégica: o desafio empresarial mais importante da atualidade. In:
FAHEY, L. RANDALL, R. MBA curso prático: estratégia. 2. Ed. Rio de Janeiro: Campus,
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FOSS, K; FOSS, N. Resources and transaction costs: how property rights economics furthers
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