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Aula 4 - Teoriacustos
Aula 4 - Teoriacustos
Custos
Economia e Energia
Seqüência teórica
• Teoria da Produção
o Teoria física Funções resposta
o Teoria econômica Eficiência alocativa
o Funções de custo Economias de tamanho
o Planilhas de custo Orçamentos de custos
Conteúdo
• 1. Conceitos Iniciais
• 2. Teoria dos custos de curto prazo
• 3. Teoria dos custos no longo prazo
• 4. Aplicações em tomada de decisão:
o 4.1. Variação do custos em razão do uso
o 4.2. Orçamentação e ponto de nivelamento
Conceitos Iniciais
Custo Social: É o montante sacrificado na
produção de um determinado bem a fim de que
os recursos sejam alocados para a produção de
outro bem. Também é chamado de Custo
Alternativo e Custo de Oportunidade
Custo Privado: Pagamento por parte dos
empresários para obter os recursos utilizados.
Conceitos Iniciais
• Custos Explícitos: custos decorrentes da aquisição
de fatores de produção (despesas)
• Custos Implícitos: montante que o empresário
poderia ganhar na melhor alternativa de uso de
seu capital e trabalho (custos de oportunidade).
• Lucro Econômico Puro: RT – Custos Explícitos e
Custos Implícitos
Insumos
• Insumos: todo recurso produtivo utilizado na
produção:
• Infra-estrutura física, equipamentos,
maquinário, benfeitorias.
• Ração, medicamentos, fertilizantes
defensivos, calcáreo, sementes, sacarias,
mão de obra, combustíveis, energia
elétrica,
Insumos Fixos e Insumos
Variáveis
• Insumos Fixos: aqueles que não podem ser
alterados rapidamente no tempo, seja por
questões de capital, tecnológicas, ou de
mercado.
• Insumos variáveis: aqueles que podem ser
alterados rapidamente no tempo.
• O tempo depende da atividade, do
produtor, do mercado, do nível
tecnológico, etc......
Teorias de custo – Curto
Prazo
• Teoria dos custos no curto prazo: diz
respeito ao conjunto dos insumos:
custos dos insumos que podem ser
alterados relativamente rápido no
tempo para responder a alterações
de preços no mercado (insumos
variáveis) e aqueles que não podem
ser alterados rapidamente no tempo
(insumos fixos).
Teorias de custo – Curto
Prazo
• Está relacionado à utilização de
custos de insumos variáveis, pois
permitam alterações rápidas no
volume de produção, dada a
estrutura de insumos fixos. Para o
administrador estas são tomadas de
decisão diárias relacionadas ao
controle do VOLUME de produção.
Teorias de custo – Longo
Prazo
• Teoria dos custos no longo prazo: diz respeito aos
custos dos insumos que só podem ser alterados em
períodos de tempo relativamente longos para
responder a alterações de preços no mercado:
infraestrutura de produção, aquisição de
maquinário e terras. Para o administrador estas são
tomadas de decisão diárias relacionadas á
ESCALA de produção.
Teorias de custo – Longo
Prazo
• CURTO PRAZO – Diz respeito à decisões
OPERACIONAIS que são tomada no dia a dia, ou
seja, existe uma infraestrutura dada e a decisão do
gestor é decidir sobre o volume de produção
Insumos Insumos
Insumos Fixos
Variáveis Variáveis
CUSTOS (R$)
CUSTO VARIÁVEL
CUSTO FIXO
QUANTIDADE
Custos Médios
• Os custos médios são os custos por unidade de
produto (Y) produzida. Também são conhecidos
por custos unitários
• Custo Fixo Médio
• Custo Variável Médio
• Custo Total Médio
CUSTOS FIXO MÉDIO
• CUSTO FIXO MÉDIO: É o custo fixo dividido pela
quantidade produzida.
CFMe = CFT/Y
Quantidade (Y)
Custo Variável Médio
• CUSTO VARIÁVEL MÉDIO: é o custo variável total
dividido pela produção.
CVMe = CV/Y
PFMe
CVMe
Quantidade (Y)
Custo Total Médio
• É o custo total (custo variável + custo fixo) dividido
pela produção.
CT = CF + CV
• O formato desta curva obedece à soma do
comportamento das curvas de CFMe e CVMe.
Curvas de custos médios
Custos (R$/
unidade de Y)
Custo Variável
Médio
Quantidade (Y)
Custos Marginais
• Custos Marginais:É acréscimo de custo total
atribuível ao acréscimo de uma unidade de
produção
CMa = ΔCT/ ΔY
Preço de Y
(Rma)
Y Quantidade (Y)
Lucro levando em conta a estrutura
total de custos
• Assim vimos que o produtor racional atua no ponto
onde o CMa é igual à RMa.
• Isto é necessário para garantir a condição de
otimização, mas não é suficiente para garantir os
lucros, pois depende-se dos preços de mercado.
Decisão do produtor
racional
Assim o lucro do produtor depende
dos custos médios
Custo Total
Custo Marginal Médio
Custo Total Custo Marginal
(Cma) Médio (Cma)
Prejuízo
Preço de Y Lucro
RMa
Lucro e curvas de custo
• Do ponto de vista mais prático e de aplicabilidade
em tomada de decisão, o produtor deve procurar
chegar ao seu mínimo custo, pois os preços, em
geral são exógenos.
• Em outras palavras, o produtor deve maximizar os
lucros ou minimizar prejuízos.
Porque
Isto ocorre por diversas razões:
1) Ele não vê sua curva de custo marginal,
2) Esta curva só vale para 1 insumo isoladamente e
o produtor trabalha com diversos insumos
simultaneamente
3) Como a tecnologia é fixa no curto prazo, sua
alternativa é trabalhar com custos mínimos ao
invés de igualar a RMg ao custo marginal.
Quantidade Custo Custo Custo Custo Custo Custo
Produzida Fixo Variável Total Fixo Variável Total
(Yem (R$) (R$) (R$) Médio Médio Médio
unidades ) (R$/un (R$/un) (R$/un)
1 100 10 110 100 10,0 110,0
2 100 16 116 50 8,0 58,0
3 100 21 121 33,3 7,0 40,3
4 100 26 126 25 6,5 31,5
5 100 30 130 20 6,0 26,0
6 100 36 136 16,7 6,0 22,7
7 100 45 145 14,3 6,5 20,8
8 100 56 156 12,5 7,0 19,5
9 100 72 172 11,1 8,0 19,1
10 100 90 190 10 9,0 19,0
11 100 109 209 9,1 9,9 19,0
12 100 130 230 8,3 10,9 19,2
13 100 160 260 7,7 12,3 20,0
14 100 198 298 7,1 14,2 21,3
15 100 249 349 6,7 16,6 23,3
16 100 324 424 6,3 20,3 26,5
17 100 418 518 5,9 24,4 30,5
18 100 539 539 5,6 29,9 32,5
19 100 698 798 5,3 36,7 42,0
20 100 900 1000 5,0 45 50
A TEORIA DOS CUSTOS NO
LONGO PRAZO
• A definição convencional de longo prazo
dada é o período de tempo no qual todos os
insumos são variáveis.
• Pode ser considerado que o longo prazo é um
horizonte de planejamento. Toda a produção
na verdade ocorre no curto prazo.
• O longo prazo refere-se ao fato de que os
produtores podem escolher muitos aspectos de
curto prazo nos quais eles vão operar no futuro.
• Portanto o longo prazo consiste de todas as
situações possíveis de curto prazo que um
agente pode escolher.
A TEORIA DOS CUSTOS NO
LONGO PRAZO
Por exemplo, antes de fazer um investimento, um
empresário está numa situação de longo prazo. Ele
pode escolher qualquer um entre a ampla
variedade de diferentes volumes de investimentos.
Depois do investimento o fundo é convertido em
capital fixo e o empresário passa a operar em
condições de curto prazo. Ele opera no curto prazo
e planeja no longo prazo.
Escala de Produção para atingir a
eficiência máxima de longo prazo.
Custos (R$)
CMeC1
CMeC2
C1
CMeC1
C2
CMeC1
CMeL2
CMeC2
CMeC3
Menor custo
possível, dada
uma tecnologia
Vi V f
D
Vu
D = Depreciação anual (R$/ano)
Vi = Valor Inicial
Vf = valor Final
Vu = Vida útil (em anos)
3.Conservação, reparos e
manutenção
• É o custo anual necessário para manter o bem
em condições de uso.
• A um maior custo de conservação
corresponde geralmente uma menor
depreciação.
• As grandes reparações que tem por finalidade
reconstituir o bem para um estado de semi-
novo são despesas extraordinárias. Elas
representam um acréscimo ao valor do capital
não devendo por isso atribuir-se somente à
conta do ano em que ocorreram.
3.Conservação, reparos e
manutenção (como custo fixo)
• Já as manutenções reparações ou conservações
ordinárias representam despesas do exercício.
• Geralmente considera-se 3 a 5 % do valor inicial do
bem. Dependendo da complexidade da máquina
ou equipamento, deve-se determinar o custo de
conservação.
• C = Vi * 0,03
3.Conservação, reparos e
manutenção (como custo variável)
• Nem sempre os custos de reparos e manutenção
são considerados fixos. Uma análise mais
sofisticada e mais próxima à realidade pressupõe
que quanto mais usado uma máquina , maiores os
custos de reparos e manutenção, portanto
relaciona estes custos com as horas de uso da
máquina.
3.Conservação, reparos e
manutenção
• Como o trator no exemplo será usado cerca de 400 horas
por ano, terá acumulado 6,000 horas de operação no fim
de 15 anos de vida útil econômica (400 horas x 15 anos =
6,000 horas). De acordo com a tabela, após 6,000 horas
de uso, os custos acumulados totais serão iguais a 25%de
seu valor novo. Então, os custos acumulados de reparo
podem ser estimados como:
• Custo de reparos acumulados = 0.25 x $110,000
= $27,500
• O custo médio de reparo por hora pode ser calculado
dividindo o total de custos de reparo acumulados pelo
número total de horas de uso.
• Custo de reparo/ horas de uso = $27,500 / 6,000 horas
= $4.58/hora
4.Riscos
• É a soma que se considera cada ano para formar
um fundo que permita pagar danos imprevistos,
parciais ou totais, que o bem pode sofrer.
• Quando os riscos são seguráveis os prêmios do
seguro constituem parcelas monetárias dos custos.
4.Riscos
• Quando não são pode-se calcular o risco da
seguinte forma:
RB = R$1000,00, D = R$ 800,00, RL = R$ 200,00
Se o risco de perda total, devido a geada, por
exemplo, que ocorre em 1/10 dos casos, tem-
se uma receita líquida média esperada de:
9/10 (200) + 1/10 (-800) = 100
O risco de geada corresponde a um custo
adicional de R$100,00
Curvas de custo
e aplicações
Tomada de decisão tecnológica
Aplicações
• Os custos são uma ferramenta fundamental para
tomada de decisão.
VARIAÇÃO DO CUSTO EM
RAZÃO DO uso
• Em geral, uma tecnologia é adotada quando além
das vantagens técnicas, existem vantagens
econômicas para sua adoção.
• É possível usar o ferramental de custos para
comparar os custos de tecnologia em uso
comparativamente a novas tecnologias, no sentido
de avaliá-la não apenas técnica, mas
economicamente.
Variação do Custo em
razão do uso
Este método é feito comparando-se o custo total
médio de uma alternativa com o custo total médio
de outra:
• CTMe1 = CTMe2
• CFMe1 + CVMe1 = CFMe2 + CVMe2
• CFT1/Y + CVT1/Y = CFT2/Y + CVT2/Y
Variação do Custo em razão do uso
• Se a um dado volume Y, o CTMe1 < CTMe2, neste
volume deve-se escolher a alternativa 1.
• Para determinar o volume de produção que
permita passar da alternativa 1 para a alternativa
2, considera-se que para a mudança da
alternativa 1 para a alternativa 2, deve-se ter:
Variação do Custo em razão do uso
• CTMe1 = CTMe2
• CFMe1 + CVMe1 = CFMe2 + CVMe2
• CFT1/Y + CVT1/Y = CFT2/Y + CVT2/Y
Y Quantidade (Y)
Aplicação
• Uma propriedade tem um volume de produção de 1.200 t de
composto por ano. O produtor deve escolher entre uma
tecnologia mecânica e uma manual de revolvimento de
composto. O preço do equipamento para o revolvimento
mecânico do composto é de R$76.000,00, tem valor final
igual a zero, tem vida útil de 10 anos, a taxa de juros é de 12%
ao ano, e sabe-se que o custo de conservação é de 3% do
valor inicial do equipamento. Os custos variáveis do
revolvimento mecânico são de R$1.520,00 ao ano em energia
e R$ 2.250,00 em mão-de-obra ao ano. Os custos do
revolvimento manual são de R$5.840 por ano em mão de
obra e R$1.000 por ano em materiais.
• 1)Com este volume é viável o revolvimento mecânico?
• 2) Qual o número mínimo de toneladas que torna viável o
revolvimento mecânico?
Orçamentos e ponto de
nivelamento
• Foi visto um instrumento para decisão entre
alternativas tecnológicas que apresentam apenas
diferenças de custos.
• Esta ferramenta baseia-se nas diferenças de custos
de duas ou mais tecnologias utilizando o custo total
médio.
• Só pode ser usada quando as tecnologias tem
apenas diferenças de custos.
Orçamentos e ponto de
nivelamento
• Quando se compara tecnologias com diferenças
de custos e de receitas, NÃO se usa somente o
custo total médio, como vimos anteriormente.
• Quando há diferenças de custos e receitas (ou
benefícios), deve-se utilizar orçamentação e ponto
de nivelamento
Em resumo ....
Decisão entre duas tecnologias:
FIXOS FIXOS
VARIÁVEIS VARIÁVEIS
B = BF + b.X
Custos da Decisão
• C = Custo Total da Decisão
• CF = Custos fixos da aquisição da colheitadeira
• c = Custos variáveis por unidade de variável de
decisão
• C = CF + c.X
Ponto de Nivelamento
• Igualando-se as duas equações, é possível
encontrar o valor de X, ou seja, a área mínima que
torna viável a adoção da colheita mecanizada do
algodão.
• Para montar as equações vamos montar o seguinte
quadro.
Ponto de Nivelamento
• No exemplo:
• BF = 0
• b = (45.000+ 80.000) ÷ 100 ha = 1.250,00
• CF = 92.000
• c = 89.000 ÷ 100 ha = 890,00
Portanto:
• B = 0 + 1250 X
• C = 92.000 + 890 X
• X=255,5 ha
Break Even Point ou Ponto de
Nivelamento
Custos e Benefícios (R$)
B = 0 + 1.250X
Ponto de Nivelamento
C = 92.000 + 890X