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Teoria dos

Custos
Economia e Energia
Seqüência teórica

• Teoria da Produção
o Teoria física  Funções resposta
o Teoria econômica  Eficiência alocativa
o Funções de custo  Economias de tamanho
o Planilhas de custo  Orçamentos de custos
Conteúdo
• 1. Conceitos Iniciais
• 2. Teoria dos custos de curto prazo
• 3. Teoria dos custos no longo prazo
• 4. Aplicações em tomada de decisão:
o 4.1. Variação do custos em razão do uso
o 4.2. Orçamentação e ponto de nivelamento
Conceitos Iniciais
 Custo Social: É o montante sacrificado na
produção de um determinado bem a fim de que
os recursos sejam alocados para a produção de
outro bem. Também é chamado de Custo
Alternativo e Custo de Oportunidade
 Custo Privado: Pagamento por parte dos
empresários para obter os recursos utilizados.
Conceitos Iniciais
• Custos Explícitos: custos decorrentes da aquisição
de fatores de produção (despesas)
• Custos Implícitos: montante que o empresário
poderia ganhar na melhor alternativa de uso de
seu capital e trabalho (custos de oportunidade).
• Lucro Econômico Puro: RT – Custos Explícitos e
Custos Implícitos
Insumos
• Insumos: todo recurso produtivo utilizado na
produção:
• Infra-estrutura física, equipamentos,
maquinário, benfeitorias.
• Ração, medicamentos, fertilizantes
defensivos, calcáreo, sementes, sacarias,
mão de obra, combustíveis, energia
elétrica,
Insumos Fixos e Insumos
Variáveis
• Insumos Fixos: aqueles que não podem ser
alterados rapidamente no tempo, seja por
questões de capital, tecnológicas, ou de
mercado.
• Insumos variáveis: aqueles que podem ser
alterados rapidamente no tempo.
• O tempo depende da atividade, do
produtor, do mercado, do nível
tecnológico, etc......
Teorias de custo – Curto
Prazo
• Teoria dos custos no curto prazo: diz
respeito ao conjunto dos insumos:
custos dos insumos que podem ser
alterados relativamente rápido no
tempo para responder a alterações
de preços no mercado (insumos
variáveis) e aqueles que não podem
ser alterados rapidamente no tempo
(insumos fixos).
Teorias de custo – Curto
Prazo
• Está relacionado à utilização de
custos de insumos variáveis, pois
permitam alterações rápidas no
volume de produção, dada a
estrutura de insumos fixos. Para o
administrador estas são tomadas de
decisão diárias relacionadas ao
controle do VOLUME de produção.
Teorias de custo – Longo
Prazo
• Teoria dos custos no longo prazo: diz respeito aos
custos dos insumos que só podem ser alterados em
períodos de tempo relativamente longos para
responder a alterações de preços no mercado:
infraestrutura de produção, aquisição de
maquinário e terras. Para o administrador estas são
tomadas de decisão diárias relacionadas á
ESCALA de produção.
Teorias de custo – Longo
Prazo
• CURTO PRAZO – Diz respeito à decisões
OPERACIONAIS que são tomada no dia a dia, ou
seja, existe uma infraestrutura dada e a decisão do
gestor é decidir sobre o volume de produção

• LONGO PRAZO - Diz respeito à decisões DE


PLANEJAMENTO que podem ser adotadas ou não ,
ou seja, a infraestrutura é um fator variável que
pode ser alterada no ambito do planejamento e a
decisão do gestor é decidir sobre a escala, ou seja,
que tamanho deve ter seu empreendimento.
Teoria dos Custos
Custos de Curto Custos de Longo
Prazo Prazo

Insumos Insumos
Insumos Fixos
Variáveis Variáveis

Custos Fixos Custos Variáveis Custos Variáveis


A TEORIA DOS CUSTOS NO
CURTO PRAZO.

• A análise de custos no curto prazo depende de


três fatores:
• Condições físicas de produção
• Preços unitários dos insumos
• Volume de produção
• Conduta eficiente do tomador de decisão
A TEORIA DOS CUSTOS NO
CURTO PRAZO
 Custos fixos: são aqueles que não variam com o
volume produzido e estão relacionados a insumos
fixos. Mesmo que o volume de produção seja zero,
estes custos existem. Ex. depreciação, juros sobre
capital imobilizado
 Custos variáveis: são aqueles que dependem do
volume produzido e estão relacionados aos
insumos variáveis: Ex. matéria prima, insumos em
geral.
 Custos Totais: custos fixos + custos variáveis
EXEMPLO
 Suponha que um empresário tenha uma instalação
fixa que pode ser usada para produzir um
determinado bem. Admita que seu custo de
utilização seja R$100,00, consequentemente o
custo fixo é de R$100,00.
 O insumo variável deve ser usado quando a
produção é maior que zero. Vamos supor que
existe só um insumo variável
Quantidade Custo Fixo Custo Variável Custo Total
Produzida (1000 reais) (1000 reais) (1000 reais)
(em 1000
unidades)
1 100 10 110
2 100 16 116
3 100 21 121
4 100 26 126
5 100 30 130
6 100 36 136
7 100 45 145
8 100 56 156
9 100 72 172
10 100 90 190
11 100 109 209
12 100 130 230
13 100 160 260
14 100 198 298
15 100 249 349
16 100 324 424
17 100 418 518
18 100 539 539
19 100 698 798
20 100 900 1000
Curvas de custos totais
CUSTO TOTAL

CUSTOS (R$)

CUSTO VARIÁVEL

CUSTO FIXO

QUANTIDADE
Custos Médios
• Os custos médios são os custos por unidade de
produto (Y) produzida. Também são conhecidos
por custos unitários
• Custo Fixo Médio
• Custo Variável Médio
• Custo Total Médio
CUSTOS FIXO MÉDIO
• CUSTO FIXO MÉDIO: É o custo fixo dividido pela
quantidade produzida.

CFMe = CFT/Y

• A curva de custo fixo médio possui inclinação


negativa em toda sua extensão, porque como
a produção cresce, a razão custo fixo e
produção diminui. Portanto, até um certo
limite, quanto maior a produção menor o custo
fixo.
Custo Fixo Médio
Custos (R$)

Custo Fixo Médio

Quantidade (Y)
Custo Variável Médio
• CUSTO VARIÁVEL MÉDIO: é o custo variável total
dividido pela produção.

CVMe = CV/Y

• O custo variável médio declina, atinge um mínimo


e depois cresce novamente, configurando uma
curva em formato de U.
Custo Variável Médio
• Este tipo de configuração da curva pode ser
explicada pela função de produção e suas
derivações.
• Conforme foi visto, o custo variável é igual ao
número de unidades do insumo variável usado (X)
multiplicado pelo seu preço unitário (Px):
CV = Px.X
Custo Variável Médio
• O custo variável médio é dado pelo custo variável
dividido pela produção
• CVMe = Px.X / Y
• Onde Px = Preço do insumo x e X é o número de
unidades físicas do insumo variável que se está
utilizando, sendo Y o número de unidades físicas
do produto
Custo variável médio
• Neste sentido, a curva de custo variável
• CVMe = Px.X / Y pode ser vista como:
• CVMe = Px.(1/PFMe)
• Como a curva do PFMe tem a forma de “U”
invertido, a curva do CVMe, tem o formato de U.
• Portanto é o reflexo da curva de PFMe vezes o
preço do insumo.
Custos (R$)

PFMe

CVMe

Quantidade (Y)
Custo Total Médio
• É o custo total (custo variável + custo fixo) dividido
pela produção.
CT = CF + CV
• O formato desta curva obedece à soma do
comportamento das curvas de CFMe e CVMe.
Curvas de custos médios
Custos (R$/
unidade de Y)

Custo Variável
Médio

Custo Total Médio

Custo Fixo Médio

Quantidade (Y)
Custos Marginais
• Custos Marginais:É acréscimo de custo total
atribuível ao acréscimo de uma unidade de
produção

CMa = ΔCT/ ΔY

• Primeiro esta curva declina, atinge um mínimo e


volta a crescer. A explicação também está na
teoria da produção.
Custo marginal
• Neste sentido, a curva de custo variável
CMa = ΔCT/ ΔY
CMa = Δ (CF+CV)/ ΔY
Se fizermos o Δ tender a zero, tem-se:
CMa = d(CF+CV)/ dY,
Como CF é constante, tem-se
CMa = dCV/dY
Custos marginais
• CMa = dCV/dY
• CMa = d(x.Px)/dY
• CMa = Px. (dx/dY)
• CMa = Px.(1/PFMa)
• Como a curva do PFMa tem a forma de “U”
invertido, a curva do CVMa, tem o formato de U,
que é o reflexo da curva de PFMa vezes o preço
do insumo.
Lucro pela estrutura de
custo
• Pelas regras da função de produção, vimos que o
produtor racional deve obedecer à regra de que
deve produzir até onde
CMa = RMa.
CMA = ∆Y.Py
• Se imaginarmos que ΔY =1, então a RMa = Py,
portanto CMa = Py.
Decisão do Produtor
Racional
Custos (R$)
CUSTO
MARGINAL
(Cma)

Preço de Y
(Rma)

Y Quantidade (Y)
Lucro levando em conta a estrutura
total de custos
• Assim vimos que o produtor racional atua no ponto
onde o CMa é igual à RMa.
• Isto é necessário para garantir a condição de
otimização, mas não é suficiente para garantir os
lucros, pois depende-se dos preços de mercado.
Decisão do produtor
racional
Assim o lucro do produtor depende
dos custos médios

Lucro =0 Lucro > 0 Lucro < 0

Custo Total
Custo Marginal Médio
Custo Total Custo Marginal
(Cma) Médio (Cma)

Custo Marginal Custo Total


(Cma) Médio

Prejuízo

Preço de Y Lucro
RMa
Lucro e curvas de custo
• Do ponto de vista mais prático e de aplicabilidade
em tomada de decisão, o produtor deve procurar
chegar ao seu mínimo custo, pois os preços, em
geral são exógenos.
• Em outras palavras, o produtor deve maximizar os
lucros ou minimizar prejuízos.
Porque
 Isto ocorre por diversas razões:
1) Ele não vê sua curva de custo marginal,
2) Esta curva só vale para 1 insumo isoladamente e
o produtor trabalha com diversos insumos
simultaneamente
3) Como a tecnologia é fixa no curto prazo, sua
alternativa é trabalhar com custos mínimos ao
invés de igualar a RMg ao custo marginal.
Quantidade Custo Custo Custo Custo Custo Custo
Produzida Fixo Variável Total Fixo Variável Total
(Yem (R$) (R$) (R$) Médio Médio Médio
unidades ) (R$/un (R$/un) (R$/un)
1 100 10 110 100 10,0 110,0
2 100 16 116 50 8,0 58,0
3 100 21 121 33,3 7,0 40,3
4 100 26 126 25 6,5 31,5
5 100 30 130 20 6,0 26,0
6 100 36 136 16,7 6,0 22,7
7 100 45 145 14,3 6,5 20,8
8 100 56 156 12,5 7,0 19,5
9 100 72 172 11,1 8,0 19,1
10 100 90 190 10 9,0 19,0
11 100 109 209 9,1 9,9 19,0
12 100 130 230 8,3 10,9 19,2
13 100 160 260 7,7 12,3 20,0
14 100 198 298 7,1 14,2 21,3
15 100 249 349 6,7 16,6 23,3
16 100 324 424 6,3 20,3 26,5
17 100 418 518 5,9 24,4 30,5
18 100 539 539 5,6 29,9 32,5
19 100 698 798 5,3 36,7 42,0
20 100 900 1000 5,0 45 50
A TEORIA DOS CUSTOS NO
LONGO PRAZO
• A definição convencional de longo prazo
dada é o período de tempo no qual todos os
insumos são variáveis.
• Pode ser considerado que o longo prazo é um
horizonte de planejamento. Toda a produção
na verdade ocorre no curto prazo.
• O longo prazo refere-se ao fato de que os
produtores podem escolher muitos aspectos de
curto prazo nos quais eles vão operar no futuro.
• Portanto o longo prazo consiste de todas as
situações possíveis de curto prazo que um
agente pode escolher.
A TEORIA DOS CUSTOS NO
LONGO PRAZO
 Por exemplo, antes de fazer um investimento, um
empresário está numa situação de longo prazo. Ele
pode escolher qualquer um entre a ampla
variedade de diferentes volumes de investimentos.
 Depois do investimento o fundo é convertido em
capital fixo e o empresário passa a operar em
condições de curto prazo. Ele opera no curto prazo
e planeja no longo prazo.
Escala de Produção para atingir a
eficiência máxima de longo prazo.
Custos (R$)

CMeC1

CMeC2

C1

CMeC1

C2

Y2 Y’2 Quantidade (Y)


Y1 Y’1
Escala de Produção para atingir a
eficiência máxima de longo prazo.
• As três curvas apresentadas acima são os
diferentes níveis de produção no qual o produtor
pode operar. A CMeC1 apresenta o menor volume
de produção, enquanto a CMeC3 é a de maior
volume de produção.
Escala de Produção para atingir a
eficiência máxima de longo prazo.
• Se o produtor tiver que escolher entre produzir Y1 e
Y2, ele escolherá produzir Y2, porque para os dois
níveis de produção o custo de produção será C1.
• No entanto ele percebe que pode reduzir seus
custos de produção para C2, continuando a
produzir Y2, se aumentar sua “escala de produção”
para CmeC2.
Escala de Produção para atingir a
eficiência máxima de longo prazo.
• Na prática isto significa que ele deve aumentar
a quantidade de insumos fixos.
• Tanto no ponto Y’1, quanto no ponto Y’2 é
indiferente ele operar na escala 1 ou 2, e 2 ou
3, respectivamente.
• Portanto os insumos fixos num prazo maior de
tempo se tornam “variáveis”.
• A infinidade de curvas de custo médio de curto
prazo dão origem à chamada curva de custo
médio de longo prazo, curva envelope ou
curva envoltória.
Curva de Custo Médio de Longo
Prazo
Custos (R$)

CMeC1
CMeL2

CMeC2

CMeC3

CMeC4 CMeC5 CMeC6

Menor custo
possível, dada
uma tecnologia

Y* = escala Quantidade (Y)


ótima de
produção
Os sentidos da tecnologia
Tecnologia e custos
• Os efeitos da tecnologia nas curvas de custos
médios dos empreendimentos:
• Tec 1 – Tec 2 reduz custos mantendo o volume de
produção
• Tec 1 – Tec 3 mantém o custo aumentando o
volume de produção
• Tec 1 – Tec 4 reduz o custo aumentando o volume
de produção
• Em qqr outro sentido a tecnologia não será
adotada
Curvas de custos e custos de produção

• Quando calculamos o custo de produção de uma


determinada atividade, na verdade, estamos sobre
um ponto numa determinada curva de custo.
• A priori estimar custos tem sentido no curto prazo,
onde existem insumos fixos e variáveis.
• Definimos a priori o volume de produção para o
qual se quer determinar os custos, portanto o Y está
definido.
Determinação de custo sobre um
ponto da curva
• Definido Y, ou seja, o volume de produção, os
custos devem ser determinados referentes aos
insumos fixos e insumos variáveis:
• Custos fixos:
1. Juros sobre capital imobilizado
2. Depreciação
3. Conservação, reparos e manutenção
4. Riscos
• Custos variáveis
1.Juros
• Juros sobre capital imobilizado
• A todo capital empregado na produção, seja
de propriedade do empresário, seja obtido via
crédito, deve-se atribuir um juro, calculado a
uma taxa normal.
• Na hipótese do empresário ter usado recursos
próprios, isto significa que ele renunciou a uma
remuneração que poderia ter obtido de uma
aplicação de seu capital em outras
alternativas. Esta renúncia significa para ele um
custo a ser considerado.
1. Juros
Vi  V f
• Juros anuais J  . r
2

• Vi = valor inicial do equipamento (R$)


• Vf = valor residual, valor de sucata, ou valor
final do equipamento (R$)
• r = taxa de juros (%)
• Trata-se de determinar quanto o empresário
perde em rendimentos quando imobiliza o
valor médio do capital à taxa de juros vigente
no mercado.
2.Depreciação
• A depreciação é o custo necessário para substituir
os bens de capital que perderam o valor, não
recuperado pelos serviços de manutenção devido
ao desgaste físico (depreciação física) ou
tecnológico (depreciação econômica ou
obsolescência),
• A depreciação pode ser calculada de diversas
formas.
2.Depreciação Linear ou das Cotas
Fixas
• A forma mais comum de depreciar bens e
equipamentos é a depreciação linear. Esta forma
de depreciação considera sua desvalorização ao
longo do período de utilização.
• Existem outras formas de depreciação com
diferentes implicações para a estrutura de custo e
serão vistas em aula específica.
2.Depreciação Linear ou das Cotas
Fixas
 A depreciação linear ou de cotas fixas é dada por:

Vi  V f
D
Vu
 D = Depreciação anual (R$/ano)
 Vi = Valor Inicial
 Vf = valor Final
 Vu = Vida útil (em anos)
3.Conservação, reparos e
manutenção
• É o custo anual necessário para manter o bem
em condições de uso.
• A um maior custo de conservação
corresponde geralmente uma menor
depreciação.
• As grandes reparações que tem por finalidade
reconstituir o bem para um estado de semi-
novo são despesas extraordinárias. Elas
representam um acréscimo ao valor do capital
não devendo por isso atribuir-se somente à
conta do ano em que ocorreram.
3.Conservação, reparos e
manutenção (como custo fixo)
• Já as manutenções reparações ou conservações
ordinárias representam despesas do exercício.
• Geralmente considera-se 3 a 5 % do valor inicial do
bem. Dependendo da complexidade da máquina
ou equipamento, deve-se determinar o custo de
conservação.
• C = Vi * 0,03
3.Conservação, reparos e
manutenção (como custo variável)
• Nem sempre os custos de reparos e manutenção
são considerados fixos. Uma análise mais
sofisticada e mais próxima à realidade pressupõe
que quanto mais usado uma máquina , maiores os
custos de reparos e manutenção, portanto
relaciona estes custos com as horas de uso da
máquina.
3.Conservação, reparos e
manutenção
• Como o trator no exemplo será usado cerca de 400 horas
por ano, terá acumulado 6,000 horas de operação no fim
de 15 anos de vida útil econômica (400 horas x 15 anos =
6,000 horas). De acordo com a tabela, após 6,000 horas
de uso, os custos acumulados totais serão iguais a 25%de
seu valor novo. Então, os custos acumulados de reparo
podem ser estimados como:
• Custo de reparos acumulados = 0.25 x $110,000
= $27,500
• O custo médio de reparo por hora pode ser calculado
dividindo o total de custos de reparo acumulados pelo
número total de horas de uso.
• Custo de reparo/ horas de uso = $27,500 / 6,000 horas
= $4.58/hora
4.Riscos
• É a soma que se considera cada ano para formar
um fundo que permita pagar danos imprevistos,
parciais ou totais, que o bem pode sofrer.
• Quando os riscos são seguráveis os prêmios do
seguro constituem parcelas monetárias dos custos.
4.Riscos
• Quando não são pode-se calcular o risco da
seguinte forma:
RB = R$1000,00, D = R$ 800,00, RL = R$ 200,00
Se o risco de perda total, devido a geada, por
exemplo, que ocorre em 1/10 dos casos, tem-
se uma receita líquida média esperada de:
9/10 (200) + 1/10 (-800) = 100
O risco de geada corresponde a um custo
adicional de R$100,00
Curvas de custo
e aplicações
Tomada de decisão tecnológica
Aplicações
• Os custos são uma ferramenta fundamental para
tomada de decisão.
VARIAÇÃO DO CUSTO EM
RAZÃO DO uso
• Em geral, uma tecnologia é adotada quando além
das vantagens técnicas, existem vantagens
econômicas para sua adoção.
• É possível usar o ferramental de custos para
comparar os custos de tecnologia em uso
comparativamente a novas tecnologias, no sentido
de avaliá-la não apenas técnica, mas
economicamente.
Variação do Custo em
razão do uso
Este método é feito comparando-se o custo total
médio de uma alternativa com o custo total médio
de outra:
• CTMe1 = CTMe2
• CFMe1 + CVMe1 = CFMe2 + CVMe2
• CFT1/Y + CVT1/Y = CFT2/Y + CVT2/Y
Variação do Custo em razão do uso
• Se a um dado volume Y, o CTMe1 < CTMe2, neste
volume deve-se escolher a alternativa 1.
• Para determinar o volume de produção que
permita passar da alternativa 1 para a alternativa
2, considera-se que para a mudança da
alternativa 1 para a alternativa 2, deve-se ter:
Variação do Custo em razão do uso
• CTMe1 = CTMe2
• CFMe1 + CVMe1 = CFMe2 + CVMe2
• CFT1/Y + CVT1/Y = CFT2/Y + CVT2/Y

• Y é o número mínimo de unidades que devem ser


produzidas para que seja compensador substituir o
método 1 pelo método 2.
Variação do Custo em
razão do uso
Custos (R$)

Ponto de igualdade entre as


duas tecnologias

Custo Total Médio da


tecnologia 1

Custo Total Médio da


tecnologia 2

Y Quantidade (Y)
Aplicação
• Uma propriedade tem um volume de produção de 1.200 t de
composto por ano. O produtor deve escolher entre uma
tecnologia mecânica e uma manual de revolvimento de
composto. O preço do equipamento para o revolvimento
mecânico do composto é de R$76.000,00, tem valor final
igual a zero, tem vida útil de 10 anos, a taxa de juros é de 12%
ao ano, e sabe-se que o custo de conservação é de 3% do
valor inicial do equipamento. Os custos variáveis do
revolvimento mecânico são de R$1.520,00 ao ano em energia
e R$ 2.250,00 em mão-de-obra ao ano. Os custos do
revolvimento manual são de R$5.840 por ano em mão de
obra e R$1.000 por ano em materiais.
• 1)Com este volume é viável o revolvimento mecânico?
• 2) Qual o número mínimo de toneladas que torna viável o
revolvimento mecânico?
Orçamentos e ponto de
nivelamento
• Foi visto um instrumento para decisão entre
alternativas tecnológicas que apresentam apenas
diferenças de custos.
• Esta ferramenta baseia-se nas diferenças de custos
de duas ou mais tecnologias utilizando o custo total
médio.
• Só pode ser usada quando as tecnologias tem
apenas diferenças de custos.
Orçamentos e ponto de
nivelamento
• Quando se compara tecnologias com diferenças
de custos e de receitas, NÃO se usa somente o
custo total médio, como vimos anteriormente.
• Quando há diferenças de custos e receitas (ou
benefícios), deve-se utilizar orçamentação e ponto
de nivelamento
Em resumo ....
Decisão entre duas tecnologias:

Com diferenças de custos – Custos Totais Médios


(Variação do custo em razão do uso)

Com diferenças de custos e receitas –


Orçamentação
Orçamentos

 Dá-se o nome de orçamento ao processo de


traduzir em termos monetários as consequências
esperadas de uma decisão que se pretende
tomar.
 Em outras palavras o orçamento consiste em
determinar quanto vai custar a decisão que se
pretende tomar e quais os resultados financeiros
esperados se a decisão for tomada.
Orçamentos
• A essência de qualquer orçamento é a
transformação de quantidades físicas em valores
monetários.

• O formato de um orçamento é determinado em


função de seu objetivo.
Orçamentação Parcial

• Este tipo de orçamento serve para analisar


decisões que envolvem modificações parciais
na organização da empresa. Por exemplo,
troca de um trator antigo por um mais novo,
construção de casas para empregados,
mudança de variedades de milho etc.
• Neste tipo de orçamento, procura-se comparar
os custos com os benefícios da decisão que
envolvem modificações marginais na
administração da empresa.
Orçamentação Parcial

Este tipo de orçamento é usado quando as


modificações propostas

1)Não alteram substancialmente a organização


administrativa da empresa

2)Não provocam alterações excessivas do estoque


de capital da empresa.
Orçamentação Parcial

• A decisão de manter a situação atual, ou


promover alterações implica em vantagens
(benefícios) e desvantagens (custos).
• A melhor alternativa será aquela que apresentar
maiores benefícios líquidos.
• O orçamento parcial é um procedimento de
previsão, porém eficaz da análise de custo-
benefício.
Decisão
• A questão se resume a:
Fazer a quantificação dos benefícios da decisão e
compará-las com os custos
Orçamentação Parcial
• Feitos os cálculos indicados, toma-se a decisão
com base no seguinte critério:
• B>C fazer a modificação
• B<C não compensa modificar
• B=C é indiferente
Exemplo Prático
• Certo fazendeiro possui 100 ha de algodão
e paga R$800,00/ha pelo serviço de
colheita de algodão. Está interessado em
saber se compensa mudar para a colheita
mecanizada. O preço da colheitadeira
colocada na fazenda é de R$800.000,00.
• Ela implica em custos fixos de
R$92.000,00/ano, custos variáveis de
R$89.000/ano e gera uma receita adicional
de R$45.000,00 em função da redução das
perdas na colheita.
Exemplo Prático
• Como o produtor tem 100 ha e paga R$800,00/ha
pelo serviço de colheita manual de algodão, o
custo da colheita manual para 100 ha é de
R$80.000,00 por ano.
• Compensa a aquisição da colheitadeira
mecânica, para os 100 ha plantados?
• Qual a área mínima que compensa a aquisição da
colheitadeira?
exemplo
• ASSIM É NECESSÁRIO LISTAR E QUANTIFICAR OS
BENEFÍCIOS E CUSTOS DA NOVA TECNOLOGIA, OU
SEJA, DA AQUISIÇÃO DA NOVA COLHEITADEIRA.
Benefícios e custos da
colheita mecânica
Benefícios Colheita Mecânica (100 ha) Custos Colheita mecânica (100 ha)

FIXOS FIXOS

Não há 0 Custo fixo da colheita 92.000


mecânica

VARIÁVEIS VARIÁVEIS

Redução de perdas 45.000 Custos variáveis da colheita 89.000


mecânica

Custos que se deixa de ter 80.000


com a colheita manual

TOTAL 125.000 TOTAL 181.000


Benefícios da aquisição da
colheitadeira
• Receita adicional pela redução das perdas =
R$45.000
• Custo que se deixa de ter com a colheita manual =
R$80.000
• Total de benefícios = 45.000 + 80.000 = R$125.000,00
Custos da aquisição da
colheitadeira
• Custos fixos = R$92.000,00
• Custos variáveis = R$ 89.000
• Total de custos = R$181.000,00
• Se o total de benefícios é R$125.000 e o total de
custos é de R$ 181.000,00, os custos são maiores
que os benefícios, portanto, para 100 ha, não
compensa a aquisição da colheitadeira
Ponto de Nivelamento
• Quando a alternativa sugerida é pouco atrativa, é
NECESSÁRIO verificar a partir de qual área torna-se
atrativo adotar a alternativa proposta, ou seja,
comprar a colheitadeira mecânica.
Ponto de nivelamento
• A área é a variável de decisão, ou seja, é esta
variável que vai orientar a decisão do produtor.
• A área mínima que o produtor deve colher para
que compense trocar a colheita manual pela
colheita mecânica é chamada de ponto de
nivelamento.
Ponto de nivelamento
O Ponto de Nivelamento é encontrado quando os
benefícios da decisão são iguais aos custos da
decisão.
Benefícios da Decisão
B = Benefícios totais
BF = Benefícios Fixos
b=benefício variáveis por unidade de variável de
decisão
X = variável de decisão (área cultivada)

B = BF + b.X
Custos da Decisão
• C = Custo Total da Decisão
• CF = Custos fixos da aquisição da colheitadeira
• c = Custos variáveis por unidade de variável de
decisão

• C = CF + c.X
Ponto de Nivelamento
• Igualando-se as duas equações, é possível
encontrar o valor de X, ou seja, a área mínima que
torna viável a adoção da colheita mecanizada do
algodão.
• Para montar as equações vamos montar o seguinte
quadro.
Ponto de Nivelamento
• No exemplo:
• BF = 0
• b = (45.000+ 80.000) ÷ 100 ha = 1.250,00
• CF = 92.000
• c = 89.000 ÷ 100 ha = 890,00
Portanto:
• B = 0 + 1250 X
• C = 92.000 + 890 X
• X=255,5 ha
Break Even Point ou Ponto de
Nivelamento
Custos e Benefícios (R$)

B = 0 + 1.250X

Ponto de Nivelamento

C = 92.000 + 890X

255 ha. Área em ha. (variável X)


Observação:
• 1)Os preços (produtos e insumos) devem manter-se
constantes para que o resultado se mantenha
• 2) Está implícito que preços, produtividade e
tecnologia são constantes no intervalo de análise.

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