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ÍNDICE

I- INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
1.1- SISTEMA PETROLÍFERO...................................................................................5
1.2- ELEMENTOS DO SISTEMA PETROLÍFERO..................................................6
1.2.1- Rochas geradoras.............................................................................................6
1.2.2- Migração do petróleo........................................................................................7
1.2.3- Trapa...................................................................................................................7
1.2.4- Rochas reservatório..........................................................................................8
1.2.5- Rochas selantes................................................................................................8
1.2.6- Sincronismo........................................................................................................8
CONCLUSÃO................................................................................................................9
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
I- INTRODUÇÃO

O estudo destas características de maneira integrada e a simulação preliminar


das condições ótimas para sua existência concomitante, com o objetivo de
permitir a diminuição do risco exploratório envolvido nas perfurações de poços,
um item de elevado custo, foram consolidados em um único conceito: o de
sistema petrolífero (Magoon & Dow, 1994)

Um sistema petrolífero ativo compreende a existência e o funcionamento


síncronos de quatro elementos (rochas geradoras maturas, rochas-
reservatório, rochas selantes e trapas) e dois fenômenos geológicos
dependentes do tempo (migração e sincronismo), que serão descritos a seguir.
1.1- SISTEMA PETROLÍFERO

Sistema Petrolífero Permo-Carbonífero do Jurássico Superior - Austrália

Sistema petrolífero é um modelo que engloba todos os elementos e


processos geológicos necessários à existência de acumulações de óleo e gás.
Trata-se de um conceito unificador de todos os elementos e processos
da geologia do petróleo, utilizado na exploração, avaliação de reservas e
pesquisa das jazidas petrolíferas.

Para que estas acumulações ocorram, necessita-se de rochas geradoras


maduras, rocha reservatório, rocha selante e a sobrecarga. Além da presença
destas rochas, dois processos geológicos são fundamentais: a formação
de trapas e a geração, migração e acumulação de hidrocarbonetos. Todas
estas condições devem ocorrer de forma sincronizada em relação ao tempo
geológico.

A existência de petróleo em qualquer quantidade é a prova da existência de um


sistema petrolífero, ou seja, uma amostra de óleo ou gás em sondas
exploratórias, exudações naturais, infiltrações ou acúmulos de óleo e gás
indicam a presença do sistema.

1.2- ELEMENTOS DO SISTEMA PETROLÍFERO

1.2.1- Rochas geradoras

Para que ocorra petróleo em quantidades significativas em bacias


sedimentares, a presença de matéria orgânica depositada juntamente com os
sedimentos que formam a rocha sedimentar é fundamental. A matéria orgânica
que contém lipídios é derivada da fotossíntese de plânctons e algas presentes
no ambiente aquático ou de detritos de vegetais terrestres carreados para o
local. Esta matéria orgânica enterrada juntamente com os sedimentos está na
forma insolúvel, conhecida como querogênio. O ambiente de deposição
consiste principalmente de lagos, deltas e bacias oceânicas. O tipo de petróleo
gerado depende do tipo de matéria orgânica: vegetais terrestres carreados
tendem a gerar gás, enquanto que os plânctons tendem a gerar óleo.

Estas rochas, submetidas a condições de temperatura e pressão geram o


petróleo. De modo geral, quanto maior for a quantidade de matéria orgânica,
maior a propensão à geração de grandes quantidades de petróleo, desde que o
ambiente esteja livre da presença de oxigênio, destruidor
do carbono e hidrogênio originalmente presentes nos detritos em
decomposição. Para ser considerada uma rocha geradora, o teor de carbono
orgânico total deve ser superior a 1%. A condição de ausência de oxigênio
pressupõe rochas de baixa permeabilidade. Usualmente a rocha geradora
possui granulometria muito fina, como é o caso de folhelhos ou calcilutitos.

A formação do petróleo na rocha geradora decorre da maturação térmica da


rocha. O querogênio é quebrado quimicamente e passa a ser transformado em
petróleo a partir de 60oC, gerando um óleo viscoso. Com o aumento da
temperatura, aumenta a fluidez do óleo e o teor de gás presente. O pico de
geração ocorre a 90oC. A partir de 120oC, o volume predominante é o de gás,
sendo o óleo gerado um condensado. Temperaturas superiores a esta geram
apenas gás.

1.2.2- Migração do petróleo

Migração secundária do petróleo pelo espaço poroso

À medida em que o querogênio é transformado em petróleo, o volume ocupado


por este material é maior que o volume original de querogênio. Isto gera um
aumento de pressão na rocha, gerando um fraturamento da mesma, o que gera
canais de migração para regiões de pressão mais baixa. Este transporte dos
fluidos a partir da rocha geradora até um local poroso de menor pressão, com
características selantes onde o petróleo será acumulado denomina-se
migração. O processo de emigração do fluido da rocha geradora é chamado de
migração primária. O processo de escoamento até a região de acumulação
(reservatório) é conhecido como migração secundária. O mecanismo de
migração secundária decorre do empuxo dos fluidos do petróleo em relação à
água presente nos poros da formação. A migração cessa quando a pressão
capilar do sistema poroso excede a força de empuxo na direção das camadas
superiores.

Os caminhos de migração constituem-se das fraturas, falhas, rochas


carreadoras (rochas com porosidade suficiente para permitir o transporte). O
petróleo gerado percorre estes caminhos até encontrar uma trapa.

1.2.3- Trapa

Trapa estrutural: dobra anticlinal.

Trapa estrutural: falha geológica


A trapa ou armadilha pode ser do tipo estrutural, estratigráfica ou
hidrodinâmica.[3] Uma armadilha estrutural consiste de configurações
geométricas de estruturas de rochas que acumulam o petróleo, não permitindo
sua fuga. Podem ser domos salinos, flancos de homoclinais ou ainda, diversos
tipos de superposição de dobras e falhas. A maior parte dos reservatórios
descobertos pertencem à esta classe de trapa. As trapas estratigráficas
decorrem do acunhamento da camada transportadora ou ainda pela existência
de uma barreira impermeável ou diagenética, causando a retenção do petróleo.

1.2.4- Rochas reservatório

A condição para o armazenamento do petróleo nas rochas reservatório é a


porosidade de tais rochas, que variam de 5% a 35%, tendo em média de 15% a
30%. Geralmente são compostas por granulometria de areia a seixo
como arenitos, calcarenitos ou conglomerados. Entretanto, rochas portadoras
de porosidade não-intergranular, como fratura ou dissolução podem armazenar
hidrocarbonetos. Assim, os tipos de reservatório mais comuns são os arenitos,
seguidos de calcários porosos originados de praias e planícies carbonáticas,
calcários de recifes ou calcários dissolvidos por águas meteóricas.

1.2.5- Rochas selantes

As rochas selantes são rochas de baixa permeabilidade, como folhelhos, siltitos


e calciculitos, de forma que impedem o escape dos fluidos da rocha
reservatório. Geralmente estas rochas situam-se acima do reservatório.
Algumas vezes mudanças diagenéticas ou nas fácies dentro da própria rocha
reservatório, ou ainda falhamentos podem atuar como selo.

1.2.6- Sincronismo

O sincronismo é o fenômeno que faz com que todos os fatores presentes na


formação de um sistema petrolífero ocorra em uma escala de tempo geológico
adequada, ou seja, não basta a ocorrência das condições de geração de
hidrocarbonetos, de rotas de migração, de rochas reservatório ou de
trapeamento, sem que elas ocorram de forma favorável ao longo do tempo.
Uma causa comum do insucesso nas pesquisas exploratórias no mundo inteiro
deve-se à ausência de sincronismo.
CONCLUSÃO

Ao longo de décadas de exploração, a indústria petrolífera foi gradualmente


percebendo, que para se encontrar jazidas de hidrocarbonetos de volume
significativo era fundamental que um determinado número de requisitos
geológicos ocorressem simultaneamente nas bacias sedimentares.
REFERÊNCIAS

1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j
«Petróleo na Margem Continental Brasileira:
Geologia, Exploração, Resultados e Perspectivasl» (PDF). Revista
Brasileira de Geofísica, vol. 18(3), 2000. 2001. Consultado em 08 de
outubro de 2010 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. ↑ «Petroleum Systemsl acessodata=08 de outubro de 2010» (PDF)
3. ↑ Ir para:a b c d
Allen, FA e Allen, JR. Basin Analysis – Principles and
Applications, Blackwell Publishing, 2a edição 2006

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