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Apostila - 04 04 2022
Apostila - 04 04 2022
Dry Needling e
Eletroagulhamento
teoria e
prática
Thomas Edison
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - Aspectos gerais dos pontos gatilhos miofasciais - pag. 04
CAPÍTULO 2 - Fundamentos neurofisiológicos da dor referida - pag. 07
CAPÍTULO 3 - Mecanismos e modelos neurofisiológicos da dor referida -
pag. 08
CAPÍTULO 4 - Como identificar os pontos gatilhos miofasciais ? - pag. 10
CAPÍTULO 5 - Dry Needling - Os efeitos fisiológicos do agulhamento a seco
- pag. 11
CAPÍTULO 6 - Dry Needling - Indicações e Contraindicações - pag. 14
CAPÍTULO 7 - Dry Needling - Material utilizado - pag. 15
CAPÍTULO 8 - Dry Needling - Biossegurança - pag. 16
CAPÍTULO 9 - Dry Needling - PRÁTICA - pag. 18
CAPÍTULO 10 - Eletroagulhamento - Introdução - pag. 54
CAPÍTULO 11- Eletroagulhamento - Mecanismos fisiológicos - pag. 55
CAPÍTULO 12- Eletroagulhamento - Teorias (Gate Control, Endorfinas,
Serotonina, Noradrenalina) - pag 56
CAPÍTULO 13 - Eletroagulhamento - Habituação e Sensibilização - pag. 58
CAPÍTULO 14 - Eletroagulhamento - Equipamento - pag. 59
CAPÍTULO 15 - Eletroagulhamento - Parâmetros - pag. 60
CAPÍTULO 16 - Eletroagulhamento - Contraindicações - pag. 62
CAPÍTULO 17 - Eletroagulhamento - PRÁTICA - pag. 63
Pontos-gatilho miofasciais (PG) constituem uma das causas de dor aguda e crônica que
Há provas contundentes de que dor muscular é uma disfunção primária (Mense 2010a)
possuem muitos tipos de nociceptores que podem ser ativados através de vários processos
cols. (2010) demostraram que PGs latentes estavam associados a um padrão de ativação
motora alterado e que a eliminação desses PGs latentes dava lugar à normalização desse
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Dry Needling e EletroAgulhamento
ASPECTOS GERAIS
Sob a forma de um problema primário, PG pode aparecer na
ausência de outros distúrbios do tipo médico, no entanto, os PGs
também podem ser associar com processos patológicos
subjacentes, como doenças de natureza sistêmica ou certos
transtornos metabólicos, parasitários e nutricionais. Em forma de
processo comórbido, PGs podem ser associados com os outros
distúrbios como osteoartrite do ombro, quadril ou o joelho (Bajaj
et al. 2001), e também ao traumatismo como a lesão em chicote
(Freeman e cols. 2009). A dor induzida pelo músculo PG
representa uma causa bem definida e independente de dor aguda
e, principalmente, dor crônica que pode acompanhar os sintomas
de outras doenças e isso pode persistir por muito tempo depois de
que se haja resolvido o problema original que iniciou o quadro.
Fundamentos
neurofisiológicos da dor
referida
A dor referida é um fenômeno descrito há mais de um século e que tem sido muito
ocorre com tipos superficiais de dor, como a dor originada da pele (Mense 1994). A dor
localizada na região de origem da dor é denominada dor local ou dor primária, enquanto a
dor percebida em uma região diferente e longe da origem da dor é denominada dor referida.
(Ballantyne e cols. 2010). A dor referida pode ser percebida em qualquer área do corpo, mas o
tamanho da área correspondente a referida dor é variável e pode ser influenciada por
alterações associadas a dor nos mapas somatossensoriais centrais (Kellgren 1938, Gandevia e
Phegan 1999). A dor referida é um fenômeno muito frequente na prática clínica; A maioria dos
pacientes com dor crônica tem o que geralmente é chamado de "somação da dor referida de
Mecanismos e modelos
neurofisiológicos da dor
referida (Arendt-Nielsen e Ge 2009)
apresentem convergência nos neurônios espinhais comuns, o que pode levar a uma
dor em um determinado tecido pode ser mal interpretada como proveniente de outras
a dor local se intensifica. No entanto, esta teoria não explica o atraso no desenvolvimento da
referida.
Do ponto de vista clínico, podemos diferenciar o PG ativo e o PG latente. A dor local e referida que
se origina no PG ativo reproduz os sintomas indicados pelos pacientes e é reconhecido pelos próprios
pacientes como sua dor habitual, com o qual eles estão familiarizados (Simons et al 1999).
em uma área distante do PG. A alodinia é uma forma de dor que aparece mediante um estímulo que
normalmente não causa dor. Nos PGs musculares latentes a dor local e a dor referida não
reproduzem os sintomas habituais do paciente e aqueles em que ele está familiarizado (Simons e cols,
1999). Os PGs ativos e latentes dão origem a descobertas semelhantes na exploração física.
Dry Needling
Os efeitos fisiológicos do agulhamento a
seco
O Dry Needling, conhecido também como "Agulhamento à Seco, é uma técnica que se utiliza de
agulhas de Acupuntura Sistêmica para desativar fibras musculares tensas que geram dor. Na técnica
músculo que por algum motivo estão sendo mal irrigadas de sangue, formando assim nódulos
enrijecidos, perfeitamente palpáveis com as pontas dos dedos. Essa situação pode ser ocasionada por
má postura, excesso ou falta de atividade física ou ainda por estresse emocional. Quando realizamos
um estímulo na fibra muscular onde se encontra o ponto gatilho, o sangue que anteriormente não
chegava até ela, volta a circular, desfazendo assim o nódulo de tensão. Este estímulo pode ser
oxigenação local, causando o relaxamento da musculatura. Além disso, a fibras tensas são desativadas
Dry Needling
Os efeitos fisiológicos do agulhamento a
seco
Os estudos realizados com aplicação do agulhamento a seco em pacientes com fibromialgia, que é um
diagnóstico de sensibilização central (Clauw 2008, Dommerholt y Stanborough 2012), demonstram que o AS de
alguns pontos gatilhos não só reduz as aferências nocioceptivas procedentes dos pontos gatilhos tratados, mas
também a dor e sensibilidade generalizada (Ge y cols. 2009,2010,2011, Affaitati y cols. 2011). A dor muscular
induzida experimentalmente altera os mecanismos de controle inibidores dos estímulos lesivos difusos (Arendt-
Nielsen y cols. 2008) y parece que o AS atua sobre a sensibilização central, presumivelmente modificando o
processamento nocioceptivo (Kuan y cols 2007a, Mense 2010, Mense y Mais 2011).
De um ponto de vista mecânico, o agulhamento a seco profundo pode eliminar os nódulos de contração, relaxar
Também pode destruir as placas motoras e dar lugar a quadros de desenervação axonal distal, assim como a
modificações nos receptores de colina esterase e acetilcolina existentes na placa motora, tal como ocorre no
processo normal de regeneração muscular (Gaspersic y cols. 2001). Nesse sentido, tem um evento especial
interessante de resposta de espamo local (LTR, local twitch responses), que são reflexos medulares
invonluntarios das fibras musculares existentes nas bandas tensas por consequência da aplicação do AS ou de
injeções, ou depois da palpação mediante precursão (snapping palpation) (Dexter y Simons 1981, Fricon y cols.
1985, Hong 1994, Hong y Torigoe 1994, Simons y Dexter 1995, Wang y Audette 2000, Gay cols. 2007). A indução
das LTR é importante na hora de inativar os PG e confirma o feito de que a agulha foi introduzida de maneira
precisa em um PG. Em vários estudos se tem confirmado que uma LTR pode reduzir ou inclusive eliminar o
tipo ruído da placa motora associada aos PG, que sugere que o AS inativa os PG (Hong y Torigio 1994, Hong
1994m Chen y cols. 2001). O ruído da placa motora é uma somação dos potenciais da placa motora em
miniatura e é característico dos pontos gatilhos (simons y cols. 1995, 2002, Hong e Simons 1998, Simons 2001,
Simons 2004).
Dry Needling
Os efeitos fisiológicos do agulhamento a
seco
Por outro lado, a indução da LTR parece reduzir a concentração dos numerosos compostos químicos
alógenos que se localizam no entorno imediato dos PG ativos, tal como o peptídeo relacionado com o
gen da calcitonina, da substancia P, da serotonina, das interleucinas e da epinefrina, entre outros (Shah
e cols. 2003, 2005, 2008, Shah e Gilliams 2008). As LTR são, a princípio, visíveis a olho nú e também se
podem visualizar mediante ecografia (Gerwin e Duranleau 1997, Lewis e Tehan 1999, Rha e cols. 2011).
Os efeitos do AS superficial são atribuídos com frequência da estimulação das fibras aferentes
sensitivas Abeta, uma estimulação que pode se manter por 72 horas depois da aparição do estímulo
(Baldry 2005). É certo que a estimulação das fibras nervosas Ab, pode ativar os sistemas inibitórios
do tipo I com limiar alto somente são ativadas por estimulação mecânica nocioceptiva, enquanto as
fibras Ab do tipo II requerem o frio como estímulo (Millan 1999). Quando o AS superficial combina-se
com a rotação da agulha, o estímulo pode ativar o sistema inibitório da dor associado a estimulação das
1996). A pressão mecânica exercida pela agulha pode dar lugar a uma proporção elétrica do músculo e
Dry Needling
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
Contraindicações absolutas:
Contraindicações relativas:
Indicações:
Dry Needling
MATERIAL UTILIZADO
Basicamente, não há necessidade de tanto investimento para se trabalhar com o agulhamento a seco.
Basta uma lista bem restrita de material para, com SEGURANÇA e EFICIÊNCIA, iniciar seus
atendimentos.
O que eu tenho em meu consultório para realização segura do Dry Needling (Agulhamento a seco):
- Caixa de Luvas (uso de nitrilo pois sou alérgico ao pó das demais luvas);
- Algodão em bolinhas;
- Alcool 70%.
Dry Needling
BIOSSEGURANÇA
Importante lembrar do material necessário para se manter um ambiente seguro e propício a aplicação da técnica.
OBRIGATÓRIOS:
- Algodão;
- Caixa de Descarte ou Desintegrador de Agulhas;
- Alcool 70%;
- Agulhas DESCARTÁVEIS.
USO RELATIVO:
- Luvas
* Eu, em minha prática clínica, uso luvas apenas em uma das mãos, com ela que irei manipular o algodão com o fim
de realizar a assepsia
da pele do paciente e também no momento da retirada da agulha, é com a mão com a luva que irei tamponar o furo
com algodão seco. Logo isso ficará ao critério de cada terapeuta, não existe nenhuma legislação que exija o uso para
prática do Dry Needling.
Em caso de acidentes, em que o profissional venha a se furar com agulha usada, recomendo o seguinte
procedimento:
A exposição a material biológico é muito perigosa por ser potencialmente capaz de transmitir mais de 50 tipos de
patógenos diferentes (além do HIV , Hepatite B e C).
- Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes ou cortantes (ex.: agulhas, lâminas de
bisturi, vidrarias, etc.);
- Exposições de mucosas: ocorrência de respingos na face envolvendo olho, nariz ou boca; ou exposição de mucosa
genital;
- Exposição de pele não íntegra: contato com locais onde a pele apresenta dermatites ou feridas abertas;
Dry Needling
BIOSSEGURANÇA
PRÁTICA
práticas.
Origem
fossa temporal e fáscia temporal
Inserção
apófise coronóide da mandíbula
Inervação
nervos temporais profundos (ramos dos nervos mandibulares)
Função
protrusão da mandíbula -> fibras anteriores
retração da mandíbula -> fibras posteriores
elevação da mandíbula -> fibras anteriores e posteriores
Origem
Arco zigomático e apófise temporal do osso zigomático
Inserção
Tuberosidade massetérica
Inervação
Nervo massetérico (ramo do nervo mandibular)
Vascularização
Artéria massetérica (ramo da artéria maxilar)
Função
Elevação da mandíbula e ligeira protrusão
Nota clínica
Reflexo massetérico (mandibular)
Origem
Cabeça esternal: manúbrio do esterno
Cabeça clavicular: porção média da clavícula
Inserção
Processo mastoide do osso temporal e na linha nucal superior do osso occipital.
Inervação
Nervo acessório (nervo craniano XI) e ramos diretos do plexo cervical (C1-C2)
Vascularização
Artéria occipital, artéria tireóidea superior (ramos da artéria carótida externa)
Função
Contração unilateral: Flexão lateral da cabeça, rotação da cabeça para o lado
oposto
Contração bilateral: elevação da cabeça, flexão do pescoço em direção ao tórax
Outros: auxiliar na inspiração.
Origem
Fossa subescapular da escápula (omoplata)
Inserção
Tubérculo menor do úmero
Ação
Articulação do ombro: rotação interna do braço
Estabiliza a cabeça do úmero na cavidade glenoide
Inervação
Nervos subescapulares superior e inferior (C5 - C6)
Irrigação sanguínea
Artéria supraescapular, artéria axilar e artéria subescapular
Origem
Metade distal da face anterior do úmero e septos intermusculares
Inserção
Tuberosidade do cúbito
Inervação
Nervo musculocutâneo (C5-C7) e nervo radial (C5-C6)
Função
Flexão da articulação do cotovelo e manutenção da tensão da cápsula
articular
Nota clínica“Cotovelo de alpinistas”
Origem:
Sínfise púbica, crista púbica
Inserção:
Processo xifóide, cartilagens costais das costelas 5-7
Inervação:
Nervos intercostais (T7-T11), nervo subcostal (T12)
Função:
Flexão do tronco, compressão das vísceras abdominais, expiração
Irrigação Sanguínea:
artérias epigástrica superior, epigástrica inferior e intercostais
Extensor radial Padrão da dor Extensor ulnar Padrão da dor Extensor radial Padrão da dor
longo do carpo referida do carpo referida curto do carpo referida
Extensor radial longo do Extensor ulnar do carpo Extensor radial curto do carpo
carpo
Origem: epicôndilo lateral do Origem: tendão extensor
Origem: Crista supracondilar úmero e face posterior da ulna comum dos extensores
lateral do úmero, septo Inserção: - lado medial da base superficiais no epicôndilo lateral
intermuscular lateral do braço do quinto metacarpo do úmero
Inserção:Região posterior Inervação: nervo interósseo Inserção: face posterior da
da base do 2.o osso metacarpal posterior (ramo do nervo radial) base do terceiro metacarpo
Ações:Articulação do punho: Função: extensão do punho e Inervação: nervo radial
extensão da mão, abdução da adução da mão (desvio ulnar) Função: extensão dorsal e a
abdução radial da articulação
mão (desvio radial)
do punho
Inervação:Nervo radial (C5-
C8)
Vascularização:Artéria radial
recorrente, artéria colateral
radial, artéria radial
Flexor radial do carpo Flexor ulnar do carpo Flexor superficial dos Flexor profundo dos
dedos dedos
Origem:Epicôndilo medial Origem:Epicôndilo
do úmero medial do úmero, Origem:Cabeça úmero- Origem:Metade proximal
olécrano e margem radial: epicôndilo medial do da superfície anterior da
Inserção: Bases dos ossos posterior da ulna úmero, processo coronoide ulna, membrana
metacarpais 2-3 da ulna interóssea
Inserção: Osso Cabeça radial: metade
Ação: Articulação do pisiforme, osso hamato, proximal da borda anterior Inserção: Superfícies
punho: flexão do punho, base do quinto osso do rádio palmar das falanges
abdução do punho metacarpo distais dos dedos 2-5
Inserção: Lateral das
Inervação: Nervo Ação: Articulação do falanges médias dos dedos Ação: Articulações
mediano (C6,C7) punho: Flexionar a mão, 2-5 metacarpofalângicas e
interfalângicas 2-5: flexão
Vascularização:Artérias aduzir a mão Ação: Articulações dos dedos
recorrentes ulnares metacarpofalângicas e
anterior/posterior, artéria Inervação: Nervo ulnar interfalângicas proximais 2-5: Inervação: Dedos 2-3
radial (C7-T1) flexão dos dedos Nervo mediano (nervo
interósseo anterior)
Vascularização: Artéria Inervação:Nervo mediano Dedos 4-5: nervo ulnar
ulnar recorrente (C8, T1) (C8, T1)
posterior, artéria ulnar
Vascularização:Artéria Vascularização: Artérias
ulnar, artéria radial, artéria ulnar, interóssea comum,
mediana ulnar colateral, ulnar
recorrente, interóssea
anterior e mediana
Origem:Três porções com origens próprias: terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da
escápula
Inserção:Tuberosidade deltóidea (úmero)
Inervação:Nervo axilar (ramo do nervo braquial)
Função:Movimenta e estabiliza a articulação do ombro
Exemplos de padrão da
dor referida
Multífidos Rotadores
Origem:Iliocostal: ângulos das costelas; crista lateral do sacro; extremidade medial da crista
ilíaca; fáscia toracolombar
Longuíssimo: processos transversos de C4-T5, aponeurose intermuscular lombar, face
anteromedial do íleo, ligamento sacroilíaco posterior, processos espinhosos e transversos das
vértebras L1-L5, crista sacral mediana, superfície posterior do sacro e crista ilíaca posterior
Espinal: Processos espinhosos cervicais e torácicos superiores;
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Dry Needling e EletroAgulhamento
MAPA DOS PONTOS ELEVADOR DA
ESCÁPULA
Origem:Apófises transversas do atlas (C1), axis (C2) e tubérculos posteriores das apófises
transversas de C3 e C4
Inserção:Ângulo superior e bordo medial da escápula
FunçãoElevação da escápula
Vascularização:Artéria escapular dorsal (dorsal da omoplata) (ramo da artéria subclávia)
Inervação:Nervos cervicais C3 e C4, nervo escapular dorsal (dorsal da omoplata)
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Dry Needling e EletroAgulhamento
MAPA DOS PONTOS INFRAESPINHAL
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Dry Needling e EletroAgulhamento
MAPA DOS PONTOS SUPRAESPINHOSO
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Dry Needling e EletroAgulhamento
MAPA DOS PONTOS REDONDO MAIOR
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Dry Needling e EletroAgulhamento
MAPA DOS PONTOS ROMBÓIDES
Romboide maior:
Origem: Processo (apófise) espinhoso de T2 a T5
Inserção: Bordo medial da escápula (omoplata)
Romboide menor:
Origem: Processo (apófise) espinhoso de C7 e T1
Inserção: Bordo medial da escápula (omoplata)
Função:Adução, elevação e rotação da escápula (omoplata). Estabilização da escápula
InervaçãoNervo escapular dorsal (C4-C5)
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Dry Needling e EletroAgulhamento
MAPA DOS PONTOS GLÚTEO
MÁXIMO
Glúteo médio
Origem: superfície glútea do íleo (sob o músculo glúteo máximo)
Inserção: trocânter maior do fémur
Glúteo mínimo
Origem: superfície glútea do íleo (sob o músculo glúteo médio)
Inserção: trocânter maior do fémur
Inervação:Ambos são inervados pelo nervo glúteo superior (ramo do plexo
sagrado)
Vascularização:Ambos são irrigados pela artéria glútea superior (ramo da
artéria ilíaca interna)
Função:Estabilização da pelve; abdução e adução da articulação do quadril;
flexão e rotação interna (fibras ventrais); extensão e rotação externa (fibras
dorsais)
Nota clínicaLesão do nervo glúteo superior, injeção intramuscular
Origem:
Reto femoral: espinha ilíaca anterior da pelve, margem superior do acetábulo da
pelve
Vasto medial: linha intertrocantérica do fémur
Vasto lateral: linha áspera, trocânter maior do fémur
Vastus intermédio: lado anterior do fémur
Inserção:Tuberosidade da tíbia (todas as cabeças) - forma ligamento patelar
Função:Extensão do joelho, flexão da anca (apenas o reto femoral)
Inervação:Nervo femoral
Vascularização:Artéria femoral
Nota clínicaReflexo patelar ausente, paralisia do músculo
Origem:Corpo do osso púbico, inferior à crista Origem:Corpo anterior do púbis, ramo púbico
púbica e lateral à sínfise púbica inferior
Inserção:Terço médio da linha áspera do Inserção:Linha áspera do fêmur (lábio
fêmur (lábio medial) medial)
Função:Articulação do quadril: flexão da coxa, Ação:Articulação do quadril: flexão da coxa,
adução da coxa, rotação externa da coxa e adução da coxa, rotação externa da coxa,
estabilização da pelve estabilização da pelve
Inervação:Nervo obturador (L2-L3) Inervação:Nervo obturatório (L2-L3)
Vascularização:Artéria femoral profunda
Fibular Longo:
Origem: cabeça e porção superior do corpo do perónio e septo intermuscular
Inserção: cuneiforme medial e primeiro metatarso
Inervação: nervo peroneal superficial
Função: flexão plantar e eversão, suporte do arco transverso do pé
Fibular Curto:
Origem: perónio (parte distal)
Inserção: tuberosidade do quinto metatarso
Inervação: nervo peroneal superficial
Função: flexão plantar e eversão
Nota ClínicaAtrofia e pé equinovaro devido a lesão do nervo peroneal superficial
Origem:Cabeça oblíqua: bases do 2-4 ossos metatarsos, osso cuboide, osso cuneiforme
lateral, tendão do fibular longo
Cabeça transversa: ligamentos metatarsofalângicos plantares dos dedos 3-5, ligamentos
metatarsais transversos profundos dos dedos 3-5
Inserção:Aspecto lateral da base da falange proximal do hálux
Ação:Primeira articulação metatarsofalângica: Adução do hálux, flexão do hálux; Suporte
dos arcos longitudinal e transverso do pé
Inervação:Nervo plantar lateral (S2,S3)
Vascularização:Artéria plantar medial, artéria plantar lateral, arco plantar, artérias
metatarsais plantares
ELETROAGULHAMENTO
INTRODUÇÃO
Uma corrente elétrica é aplicada ao músculo e/ou tendões através das agulhas filiformes (acupuntura)
inseridas em frequência variada, dependendo da condição de apresentação e dos resultados desejados.
O paciente não sente nenhuma dor, apenas uma contração muscular rítmica e relaxamento durante a
sessão.
Durante uma sessão de tratamento o corpo sofrerá uma resposta neurológica, fisiológica e endócrina,
direcionada tanto ao local da dor (resposta local) quanto aos mecanismos da dor (resposta global).
Da mesma forma que o agulhamento seco miofascial, o processo de inserção das agulhas no músculo
causa microdanos ao tecido e aciona o corpo para liberar seus mecanismos naturais de cura. Os
processos químicos naturais liberados facilitaram o sistema imunológico para melhorar a cicatrização
na área, tornando-se uma adição valiosa para a recuperação de lesões ou distensões musculares e áreas
de inflamação, como tendinopatias, fascite plantar e bursite.
ELETROAGULHAMENTO
MECANISMOS FISIOLÓGICOS
Nas últimas décadas, muitos estudos sugeriram vários mecanismos de EA, no entanto, até o momento,
nenhum consenso satisfatório foi alcançado. Além disso, a EA possui uma ampla variedade de aplicações
clínicas, o que, por sua vez, torna ainda mais difícil elucidar o mecanismo exato de ação. No entanto,
vários pesquisadores investigaram progressivamente os mecanismos fisiológicos por trás de suas várias
aplicações. Até o momento, o manejo da dor é uma de suas aplicações mais amplamente estudadas (Lee,
LaRiccia e Newberg 2004a, b).
ELETROAGULHAMENTO
TEORIAS (GATE CONTROL, ENDORFINAS,
SEROTONINA, NORADRENALINA)
A liberação de várias endorfinas tem sido uma das principais teorias sobre analgesia induzida por EA. A
teoria propõe que os efeitos analgésicos da EA resultem da liberação de opiáceos endógenos e seus
receptores. Pomeranz e Chiu (1976) propuseram esta hipótese pela primeira vez com base em sua
descoberta em camundongos de que a naloxona, um antagonista do opiáceo (substrato semelhante à
morfina), é capaz de bloquear ou reverter o efeito analgésico da acupuntura. Mais tarde, Mayer, Price e
Rafii (1977) relataram um resultado semelhante da administração de naloxona em humanos;
consequentemente, presume-se que a liberação de substrato do tipo morfina no SNC seja um possível
mecanismo de EA. Desde a proposta dessa teoria, evidências de vários estudos em humanos e animais
esclareceram ainda mais o papel dos opiáceos endógenos.
ELETROAGULHAMENTO
TEORIAS (GATE CONTROL, ENDORFINAS,
SEROTONINA, NORADRENALINA)
Além disso, sugere-se que a estimulação elétrica de agulhas em diferentes frequências possa variar o tipo de
endorfina endógena liberada (Chen e Han, 1992).
Guo et al. (1996) mostraram que o EA de baixa frequência (2 Hz) aumenta a expressão de proteínas precursoras
de encefalina, enquanto o EA de alta frequência (100 Hz) aumenta a expressão de precursores da dinorfina. Mais
tarde, Han et al. (1999) e Huang et al. (2004), com base em seus resultados em voluntários humanos, concluíram
que o EA de baixa frequência medeia os receptores opióides μ e δ e estimula a liberação de β-endorfina,
encefalina e endomorfina.
Além disso, Han (2003) confirmou que o EA de alta frequência medeia o receptor κ-opioide e libera dinorfina.
Teoria da serotonina
Presume-se que a serotonina e seus receptores no SNC desempenhem um papel importante na analgesia
induzida por EA, colaborando com opiáceos endógenos. A teoria de uma via inibitória descendente
serotoninérgica da EA foi desenvolvida quando Tsai, Chen e Lin (1989) descobriram que a p-clorofenilalanina,
um inibidor da síntese de serotonina, diminuía o efeito analgésico da analgesia por acupuntura.
Após essa descoberta, muita pesquisa foi feita para elucidar o mecanismo serotoninérgico da EA. Takagi e
Yonehara (1998), com base em seu estudo sobre a polpa dentária de coelhos, relataram que antagonistas do
subtipo de receptor de serotonina estão associados a um bloqueio induzido por EA de impulsos nociceptivos
agudos. Baek, Yang e Park (2005) descobriram que a pargilina, um inibidor da monoamina oxidase, facilita a
degradação do receptor de serotonina, que por sua vez potencializa o efeito analgésico da EA.
Teoria da noradrenalina
Foi observado que a noradrenalina age de maneira diferente nos níveis espinhal e supraespinhal. Yoo et al. (2011)
descobriram que a administração de precursor da noradrenalina bloqueia a analgesia induzida por EA, enquanto
a injeção intratecal a potencializa. Além disso, várias linhas de evidência relataram que, no corno dorsal espinhal,
os receptores 1-adrenérgicos facilitam a sinalização nociceptiva, enquanto os receptores 2-adrenérgicos a
suprimem. Por exemplo, em ratos com dor neuropática, Kim et al. (2005) descobriram que antagonistas de
receptores 2-adrenérgicos inibiam os efeitos analgésicos da EA na alodinia fria
ELETROAGULHAMENTO
HABITUAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
ELETROAGULHAMENTO
EQUIPAMENTO
Qualquer equipamento de TENS poderá ser usado, com tanto que possa manualmente, alterar
seus parâmetros de forma individual.
ELETROAGULHAMENTO
PARÂMETROS
Frequência
Frequência, da perspectiva da física, refere-se ao número de ciclos entregues por segundo. É medido em
unidades de Hertz (Hz). Matematicamente, cada ciclo é
medido como uma unidade de tempo (microssegundo), portanto, se uma pulsação tiver um ciclo de 0,25
segundos (ou seja, quatro vezes por segundo), será expressa em 4 Hz (Walsh e Berry 2010).
Pesquisas científicas mostraram que existe uma forte relação entre frequência e liberação de opioides
endógenos, que desempenham um papel importante na analgesia induzida por EA. Estudos de EA
dependentes de frequência realizados em ratos relataram a liberação de várias substâncias bioquímicas
em diferentes frequências, como encefalina, β-endorfina e endomorfina a 2 Hz (Han 2004); dinorfina a
100 Hz (Han 2003); encefalina e dinorfina a 2 e 100 Hz (Zhang et al. 2005b); e substância P (SP) a 10 Hz
(Zhang et al. 2005a).
ELETROAGULHAMENTO
PARÂMETROS
Intensidade
No EA, o termo 'intensidade' geralmente se refere a uma medida de corrente ou tensão. A intensidade da
corrente elétrica em pontos de acupuntura tem um efeito distinto na resposta fisiológica do paciente e pode ser
vista em mudanças sutis (Walsh e Berry 2010). Além disso, a forte sensação experimentada pelo paciente
depende mais da intensidade do que da frequência.
A maioria dos dispositivos no mercado utiliza uma corrente alternada (CA) pois garante mais segurança ao
paciente do que uma corrente contínua (CC). No EA, um CA evita o acúmulo de qualquer carga de elétrons nos
pontos de contato, enquanto um CC pode produzir calor excessivo, o que pode causar mais dor e desconforto.
Em geral, a ordem de 12mA (miliamperes) ou 9V (volts) pode ser a intensidade máxima, mas esses números
podem variar significativamente, dependendo do design do equipamento (Mayor 2007a).
ELETROAGULHAMENTO
CONTRAINDICAÇÕES
Marca-passo in situ;
Útero ou cintura pélvica na gravidez;
gravidez (primeiro trimestre);
circulação prejudicada;
doença arterial grave;
distúrbios hemorrágicos;
sangramento espontâneo ou hematomas;
febre não diagnosticada;
diabetes instável;
lesões cutâneas graves;
tumores malignos;
epilepsia instável ou história de convulsões inexplicáveis;
emergências médicas e condições cirúrgicas;
fobia da agulha ou ansiedade excessiva.
Além disso, o agulhamento não deve ser feito em certas áreas do corpo. Essas incluem:
fontanela em bebês;
genitália externa;
porção anterior do pescoço;
pele aberta ou fissurada, frágil, inflamada ou infectada;
áreas afetadas por linfedema;
mamilos;
segmento de inervações uterinas (em mulheres grávidas);
umbigo;
globo ocular.
Dry Needling e EletroAgulhamento 62
Capítulo 17
ELETROAGULHAMENTO
ALGIAS CERVICAIS INESPECÍFICAS
- Opção para mais um par de agulhas é inserir no nível de C7 , com agulha 90o, incline
medialmente, sentido pilar articular, bilateralmente.
ELETROAGULHAMENTO
ALGIAS DE OMBRO
No deltóide colocaremos a primeira agulha nos feixes anteriores e a segunda agulha nos
posteriores, polo positivo na agulha anterior e negativo na posterior.
ELETROAGULHAMENTO
SÍNDROME DO TÚNEL CARPAL
Segundo par ficará na interlinha articular, na linha medial, e a segunda agulha ficará abaixo do
retináculo na mesma linha da primeira agulha.
ELETROAGULHAMENTO
ALGIAS LOMBARES
Iniciamos pela localização da L1 (primeira vértebra lombar), será referência das aplicações,
traçamos uma linha horizontal no nível de L1.
A primeira agulha será inserida lateralmente aos paravertebrais, sentido quadrado lombar,
levemente inclinada medialmente, adentrando de 1 a 1,5cm.
A segunda agulha será inserida na mesma linha da anterior porém nos paravertebrais.
A terceira agulha será inserida nos paravertebrais do lado oposto.
A quarta agulha iremos inserir a uma distância de quatro dedos da anterior no sentido quadrado
lombar, levemente inclinada medialmente, adentrando de 1 a 1,5cm.
As demais 4 agulhas, seguiram a mesma direção das aplicações de L1 porém a referência será L5,
também será uma referência horizontal.
Os eletrodos serão polos positivos na linha de L1 e polos negativos na linha de L5, as agulhas farão
par com respectiva abaixo dela.
ELETROAGULHAMENTO
ALGIAS DE QUADRIL
A primeira agulha iremos inserir próxima a crista ilíaca (no seu terço medial), no glúteo médio, o
seu respectivo par será inserida mais inferiormente, abaixo do trocanter.
O polo positivo ficará na agulha superior e o negativo na agulha inferior.
O segundo par, a primeira agulha inserimos no trocanter, entre o par anteriormente colocado, a
segunda agulha posteriormente na região glútea, na mesma linha da anterior.
O polo positivo ficará na agulha mais anterior e o negativo na agulha posterior, respeitando seus
pares.
ELETROAGULHAMENTO
ALGIAS ANTERIORES DE JOELHO
As agulhas farão par seguindo o raciocínio do quadril, a inferior com a superior e a medial com a
lateral. O polo positivo ficará na superior e na medial e o polo negativo na inferior e na lateral.
ELETROAGULHAMENTO
TÉCNICA DE ANALGESIA EM "SPRAIN" POR
INVERSÃO
A agulha utilizada neste técnica é a 0,25x25, vamos utilizar na angulação de 15o (bem rente a pele)
devido a falta de tecido nesta região.
Nossa referência será o maléolo lateral, a primeira agulha seguiremos a linha do quarto dedo e
quando estiver mais próximo ao maléolo vamos aplicar a agulha na direção do mesmo,
respeitando a angulação mencionad anteriormente.
A segunda agulha é inserido na mesma linha da agulha anterior porém posterior ao maleolo,
respeitando ângulo e direção.
A terceira agulha será inserida póstero inferior do maléolo e a quarta agulha ântero inferior ao
maleolo.
Os polos respeitarão seus pares, superior com superior e inferior com inferior. Os polos ficarão ao
seu critério porém o que adotar para um par, adotará para o outro.
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Formação em
Dry Needling e
Eletroagulhamento