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15 de Setembro
15 de Setembro
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que tem saoido, em todas as . ocasiões, conquistar a suinocuA&res do Rio Grande do Sul e mesmo do
simpatia e a admiração de todos aquêies que passa Brasil. Ainda ontem, Sr. Presidente, ouvimos um ais-
ram peia tíecretana da Fazenda. cui-so cio nobi'e Utíputado Antôhio iiresolin neste
O SR. P E E S i D E N T E (Alcides Costa) — Nobre sentido. Desejo apenas, nesta oportunidade, colocar c
Deputado, o seu tempo está esgotado. problema como eietivamente deve ser examinado poi
O SR. A N T E R O SlMOidS — Advertido pelo Sr. esta Casa e pelas autoriüaüss competentes. Inúmeras
Preside.-.te de que meu tempo está esgotado, permi são as dificuldadees que enlrenta o nosso sumocuitor,
to-me, na oportunidade, trazer elementos elucidati dada a saturação üo merca'do, nesta época em que
vos, dauos concretos, .positivos, que atestam, de ma grande foi o abate. Encontramo-nos, ainaa, num pe-
neira positiva, a eficiente colaboração que a fiscali riodo de saíra cheia, mas e preciso que se ressalte
zação do Impôsto sôbre Vendas e Consignações tem que a Associação Brasileira de Criadores de Suínos,
prestado, há decênios, à administração. fazenãária. com sede na cidade de Estréia, e o Sindicato dos Pro
O Sr. Sereno Chaise — V . Exa. permite? (As dutos Suínos do Rio Grande do Sul, vêm, em con
sentimento do orador) junto, examinando esta situação, eis que o . . .en.j
Apenas para dizer que a atual administração sem efetivamente devt ser resoJvido em conjunto.
pre emprestou a melhor colaboração para a eficiên A solução do problema do suinocultor significa
cia dos strviços da fiscalização de impostos em nosso também a solução do industrial, mas é evidente que,
Estado, como devo dizer também que tem recebido, nesta época, as nossas indústrias enfrentam sérias di
daquele grupo funcional, a melhor das colaborações ficuldades, eis que dada a saturação do mercado, da
que se pode esperar, São, realmente, os fiscais da Se do, mesmo, o retraimento do mercado, os nossos fri-
cretaria da fazenda funcion*"' zelosos e dedicados, /goríficos não conseguiram colocar seus produtos in
que têm cumprido à risça u ; os seus deveres fun dustrializados a preço compensador e isto porque são
cionais contribuindo, desta íorma para o aprimora inúmeras as dificuldades que enfrentam. Devem aten
mento da arrecadação. der inúmeras despesas, quais sejam as que dizem res
O SR ^ N T ^ H O SIIWõ*íS — Muito obrigado. no peito ao seu operariado, juros de compromissos, re
bre Deputado E, para concluir, nuero ainda deixa,r formas de nstalações, maquinaria, etc., impondo-se,
registrado, nesta passagem, que ê.^se .grupo dp fun então, a coiocaçao do produto a um preço vil, nos
cionários há pouco realizou o TT Seminário de Fisca mercados consumidores. Essa precipitação da coloca
lização. nesta Capital, como iá o Anaisn no ano ante ção do produto vindo a refletir-se no produtor fazia
rior, o 1, com a preocupação, exclusiva d" ~,elho^ar com que não recebessem n^pco compensador.
os seus conhecimentos e racionalizar mét' ’os . de tra Mas o jrobLema do financiamento tem sido um
balho pa’ra melhor d^cpronenho de suas f‘mcões. grande argumento que tanto os produtores quanto bs
O Sr. Heitor rspiant — V . F x a . permite? (As industriei-; íjp’’esentam para uma solução imediata da
sentimento do orador"1 aflitiva situação o financiamento aue os frigoríficos
Fntendo, nobre "npvmtado. ?â?g anui .não houve recebem mente é ainda o mesmo qup recebiam
críticas à organização à instituíoão. Qos fiscais ou ao há 4 anos. Mão se .fala. naturalmente, do financia
çprtrVfj prn ger'31 do Tmr-Asto sôbr^ Vendas e Con^ig- mento que deve ^eceber o nosso produtor na época
ri^pões e nem â tút.atid-ade dog. membros de^^a orga- epi que está engordando os porcos. Rpferimo-nos ao
n i A s críticas tpyp sido f«itas a alguns casos financiamento aue dev0 receber a indústria para que
isolados oue realmente devem ter ocorrido, por de possa com mais segurança, enfrentar a situação de
terminarão snnerio^. instabilidade dos mercados consumidores.
O =!r s?preno r»miçp __ V AA n a i permite mais um Assisti ao conclave das Associacões Rurais da
ap a''fo° 1 Accpnfim ento do pr^dor'' Estrêla que contou com p prp=enca do presidente da
TVfpsmo saas? nacnç iQolpdo^ mano*-na crrpn- Associacão rte Suinoçultores A do representante da
de maioria são dpst’*iTfdoc da fundamento. A verdade Federação das Associacôe® Rurais Na oportunidade,
é o’1* no Fstado dP’va-®Q de prr^nd^r mais ou mp- o problema foi abordado com muita seriedade e, das
nofT A coné^wèpo é re°)idadp p r> bom ppn- conclusõe daauelp conclave foi-nos permitido apon
tribuinte pa<*n pe^o mmi Vou citar um pxemnlc fui tar algum a= medida® as o u p visam baixar o custo de
n o v 1 - vy-\ » -ií> 3 o rJ õ n r iM C ' '- p T í ’1 ^ ^ ‘ nroducão dando eondicõp? às indústrias para qúe
nha r e c o m e n d a d o nnrn u m caso p im ^ e s . írnacri’-o-nrti possam com seg^r^nca. exercer as suas atividades, e
T^-q rup’ s de u m " ^ o nãó n ortava o Twinrvcfn cobrp V e n medidas- nue visem assegurar mercados. Efetivamen
das * Consif»naéõps e cp achava iui-nst-cado p orque a te, Sr Presidente o preco ainda nao é compensador.
ficcaprpppo ^pcptox-p cobrar o Tmnôsto e mais u m a Mas, dado o pc-^rco da® classes responsáveis, tantn
multi 9f>nr da classe que representa a suinoculturn do Rio Gran
O «?n, A N T K R O «vryrõ^S _ Aoradeco o aparte de do Sul como dos sindicatos, já nesta altura, foi
de V F x a .. nobre Denutado. Sou advertido de oue firmad' um protocolo qu® nermitp efetivamente o
o men temnc está expirado, mas nuero rescnltar pa.gamentr de um preço. me’hor pelo norco vivo for
oue não vim defender; nesta minha intervenção, o necido pelos nossos produotres. Sr. Presidente
problema finaneeí-o, qup comnete po Estado, Defen um passo naturalmente favorável aos produtores i
do o trabalho dpsassom^rado realizado peio corno fis àos industriais do Rio Grande do Sul. Entretanto
calizado? do Fstado, de todos o« seus integrantes, a luta deve continuar, com absoluta segurança, e de
oue sempre tiveram a preocunacão de bem servir, ve, naturalmente spi* Tpt--*da em conta a dpcisão dê^-
de um m 0 '’.o geral a coletividade rio-grandense. qual- ses conclave? que têm sido realizados. Nesses concla
cmer que s^ia a facção nolítica oue esteia ro Go- ves. a matéria tem sido debatida com absoluta se
vêrr^ ynir>,u^éo revisto- ^»elo orador). gurança. eis que as medidas devem atentar tanto pa
O SR. PW FSTDFN T*; ("Alcides C^sta) — A seguir, ra o prricUitrvr como nara o indristrigj .
'com a palavra o nobre T-)pnutadó "Antonino n‘'i; O Sr. Scheibe — (Interrompendo) E ac
por p°=onn tor^^r, ^r> Pv Tipout^do Fome” Scbe:be. consumidor pão'’
O SK. « N ^ o N i N Ó F O R N A R I — Sr. Presidente O Sr, Adão Fett — V . Exa. permite una aparte,
e Srs. npputados. nobre Deputado?
Volto, nesta oportunidade, a tratar d» um assun O SR. A N T O N I N O F O R N A R I — V . Exa. tem c
to nue vem ocupando a atenção d'esfá Casa, ja ha apsrt"
alguns meses Diversos Srs. Deputados tSm-se refe O Sr. Adr.o Fett — E ao que atribui o nobre D e
rido a respeito das dificuldades oue enfrentam os putado o fato de o praço, tanto da carne de porco.
tagr t a 21 de Setembro de 1961 Anais
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ali, üe modo que o Estado pudesse saber a exata ex- pública, o Dr. João Goulart, o nosso recouuecuiienlo
;ensão ae terras que possui e dar a. desünaçao conve- peio berri que, tudo indica, acaoa ae lazer ao nossu
mente, de acôrdo com a lei estadual que rege a m a Estado. Poder-se-ia ponaerar, Sr. Presidente — «
téria. seguramente que alguns, a esta nora, já o devem
O Sr. Secretário da Agricultura, através do seu estar fazendo — que o agradecimento, em pnmeirc
Diretor de Terras e Colonização, Dr. José Rodrigues lugar, aevena corresponder ao (Jheie do Gabinete,
Castelano, e mais um engenheiro daquela Secretaria, No entanto, a mim parece ae justiça agrauecer, en)
;ujo nome não me ocorre no momento, deu micio à- primeiro lugar, ao S i . Presidente da Republica. Nãq
quela medição, acompanhados dos funcionários indis creio que exista alguém entre nos <lut possa, come
pensáveis para esse mister. Entietanto, aquêles ca gaúcho, mostrar-se descontente com a repartição d«
pitalistas que se dizem proprietários dessas terras poderes feita no Brasil, através do novo Govêrno,
lançaram mão. como era de se esperar, dos recursos Náo acredito, sinceramente, que possa existir qual
pecuniários e contrataram advogados para defender- quer pessoa em tais condições, dal por que penso qui
lhes os mterêsses. Foi, então, suspensa a medição, laço justiça e novamente mostro isenção como nomerr
e, a esta altura dos acontecimentos, uma petição foi que, sempre combateu a orientação do Sr. Joao Goular-
dirigida ao Secretário da Agricultura e ao Sr. Pro to — faço justiça ao Presidente da .República, dizendo-
curador Gerai do Estado do Rio Grande do Sul, para lhe, de público, “muito obrigaao” peio que acaba di
que, mediante um instrumento judiciai, aquela medi dar ao Rio Grande do Sul: U Banco do Brasil e fl
rão possa vir a ser feita e para que o Estado possa Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, aois
tomar conta das terras que lhe pertencem. estabelecimentos que representam, como ja disse, le
Nesta altura. Sr. Presidente, em que êste proces- gítimos ■•superministérios" i s e u Uovèrno da iie^ubn-
5P está sendo equacionado, vimos daqui da minha tri- ca vem de dar ao Rio Grande o tíancó do Brasil e a
juna, em nosso nome pessoal, como Deputado Re- Banco i\acionai de Desenvovimento Economicc, cum
piesentante daqueia zona e, sobretudo, por delegação pre, agora, ao Rio Granue ao £>ui bem gerir o rsancc
dos nossos conterrâneos, dos Kepresentantes do Povo do Brasil e o Banco Nacional de Uesenvoivimentc
ae nosso Município, daqueles que foram despojados de Econômico. Esta responsabilidade o Rio Grande du
suas terras, reiterai o nosso pedido para que o Sr. Sul rebelde, o ríio Grande do Sul tegansta deve as
Governador do Estado, para que o Sr. Secretário de sumir perante todo o Pais: a de bem gerir os grandes
Argciultura e para que o Sr. Procurador do Estado, estabelecimentos de credito enuegues aos seuo cuida
tenham a maxima energia e a máxima brevidade no dos. Penso que neste passo, einocra sem preocupações,
sentido de fazer valer o direito do Estado e, por falo em nome de tôda a Assembieia gaúcha e poderia
conseqüência, o direito dos homenâ que precisam tra dizer, até, Sr. Presidente, em conseqüência, que não
balhar e que não têm terras, quando ali existe aquela exorbitaria em afirmando que quem ocupasse a tri
enorme área pertencente ao Estado, pertencente ao buna, como ocupo, com tais intentos, nesta hora, par:
bovo e que esta sendo explorada pelos capitalistas dizei o .que digò, estaria talando em nome ao Ric
ia zona. Grande do Sul.
Era, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o apêlo que Que mais poderíamos desejar, nós que vivemos
queríamso fazer de nossa tribuna para que essas auto uma fase de grandes dificuldades financeiras, que
ridades compreendam, bem a significação que tem es atravessamos terríveis diiicuidaaes de ordem econô
sa medida, significação de alto alcance social e que mica também, que mais poeriamos reclamar, como de--
vem repor o Estado na posse daquilo que lhe perten- monstraçóes de ooa vontade para com o ríio Cirande
te e não àqueles latifundiários que estão não só explo do que a entrega que nos íaz do láanco do Brasil e dc
rando o Estado, mas, sobretudo, aquela gente humilde Banco íNacionai de Uesenvoivnnento Econômico.
2 trabalhadora que vive ali a trabalhar de maneira a O Sr. Synval Guazzelü — Que venham os re
receber apenas 40% do que produzem, ficando os cursos e que sejam bem aplicados.
60% a título de aluguei das terras que pertencem real O Sr. Mário Mondino — V. Exa. permite? A s
mente, ao Estado. sentimento do orador).
Fica aqui, Sr. Presidente e Srs. Deputados, êste Aliás, o unico reparo que desejo fazer a magnífi.
apêlo veemente do povo de Santo Ângelo, das auto ca exposição de V. Exa. é que, peio que depreendi1
ridades de Santo Ângelo, através de seu Represen V . Exa. se surpreendeu com a nomeação de gaúchos
tante, perante as aitas autoridades do Estado. (Pal para presidirem êstes dois estabelecimentos de crédito,
mas) (Discurso não revisto pelo orador) , Posso afirmar a V . E x a ...
O SR. P R E S I D E N T E (Gustavo Langsch) — A O SR. C Â N D I D O iNOHB ERTO — Nao estou sur
seguir, com a palavra o nobre Deputado Adalmiro p.têso, nobre Deputado, estou agradecido.
Moura. (Palsa) Ausente S. Exa., com a palavra o O Sr. Mário Mondino «*■ Mas, acontece que lá, em
nobre Deptuado Cândido Norberto, tempo cedido pelo Brasília, durante a formação uo novo Ministério, ja
dobre Deputado Euclydes Kliemann. se a ufL .. • - • PJ.B tlU ±ü© <tP?n(j£.<Jo ául abrira
O S R . Ç A N D I D O N O R B E R T O — Sr. Presidente mão de qualquer Pasta ycua ncar, precisamente coní
A Srs. Depul^dos. o Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvi
Antes de mais nada, desejo fazer sentir a minha mento Econômico. Al, então desaparece aquêle ar
satisfação ao verificar que, depois dessa agitadíssi gumento de que o nosso Estado está fora do Govêrno.
ma fase da vida de nosso Estado e do País, especial de que não foi aquinhoado no Conselho de Ministros.
mente dessa longa e terrível crise econômica e fi Esta a razão porque os gaúchos não figuram entre o;
nanceira que assoberbou o Rio Grande do Sul, agra novos ministros escolhidos.
vada pelos erros administrativos por demais conhe O SR. C Â N D I D O N O R B E R T O — Não sei. Êsses
cidos, depois de tudo isso, o nosso Estado vem de re comentários, não os ouvi, dêles tive apenas notícis
ceber uma excepcional demonstração de boa vonta antes e agora por V- Exa. E . mesmo, não os consfe
de por parte do novo Govêrno que se instalou nesta dero, no momento. Prefiro, no caso, m e louvar daí
República parlamentarista. Se é exato que o Rio palavras do Governador do Estado que declarou lisa e
Grande do Sul não está representado no Gabinete, categoricamente, que o Govêrno gaúcho não postulava
não é menos certo, Sr. Presidente, que o Rio Grande absolutamente nada do Govêrno da União e que não
do Sul vem de ser beneficiado por dois autênticos desejava ter qualquer responsabilidade na Adminis
“ superministérios”, que são o Banco do Brasil e o tração da República.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico. Cum- E aceitando as palavras do Sr. Governador do
pre-me, pois, nesta hora, num gesto que traduz satis Estado, segundo as quais o Govêrno não exigiu- nada
fação e justiça, manifestar ao ..Sr. Presidente-da ^ tentei. eatãa^dui^o-^iwár^te.aacadecfir.jaQ
Pág. 102 21 üe setembro ae 196] knais
S r .. João Goular, como rio-grandense, a grande con lêncio da Bancada Trabalhista, porquanto o Depu
tribuição que acaba de dar ao nosso Estado. E se tado Mario Mondino me declarou que o Rio Grande
nao ioi concessão íeita em razão de pedido, íoi con do Sul não Havia reivindicado para si nenhum Minis
cessão espontânea e, por isto, está a reclamar, está tério, mas que pleiteara a direção dos dois Bancos
a exigir, manifestação mais veemente de agradeci referidos. üsta, na minna opinião, é uma aíirmativa
mento. muito séria e, como ninguém expiica a situação, eu
Quero, Sr. Presidente, a propósito, lembrar uma í.co um pouco preocupado. Mas isto, naturalmente,
manifestação íeita pelo Sr. Getúlio Vargas, quando deve ser algo decorrente do novo sistema de govêrno.
no Catete e o lato íoi divulgado. Falava-se sôbre as uue eu não escou entendendo muito bem.
vantagens da mudança da Capital da República. Di O SR. C A N D I D O N O R B E R T O — E, mais ainda,
zia, então, o, Sr. Getúlio Vargas, que para livrar o o Rio Granae acaba ae receber, segundo se sabe, uma
Brasil das inconveniências da sua nova Capital, e o di outra granae aemonstraçao de atenção de parte do
zia com a experiência que possui em. Administração, Sr. Joao Goulart: a conservação 110 cargo de Diretor
a mudança não seria suficiente, porque, dizia êle, tu da Carteira de Crédito lierai do Banco do Brasil,
do o que anda rastejando em tôrno da administração ao qual náo se agarrou, do St. Elores Soares Junior,
íederal tende, inapeiàvelmente, a seguir, se não a m u elemento aestacaao da Umáo Democrática Nacional. E
dança da capital da República, ao menos a mudança desejo registrar, para a história, o aparte que ág
do Banco do Brasil. E, dizia mais; que se o Govêrno esta senao aado peio nosso capitao de indústria, D e
pudesse fazer com que o Banco do Brasil com a sua putado Egon Renner: que êste íoi um ato de grande
sede fôsse volante, nós assistiríamos, neste Pais, uma justiça.
autêntica caravana permanentemente seguindo a sede o Sr. Artur Bachini — V . Exa. permite? (As
ambulante do Banco do Brasil... Com isto, o experien sentimento do orador).
te político estava á revelar, Sr. Presidente, que não Com relação ao Sr. Flôres Soares Junior posso
desconhecia, com referência ao Banco do Brasil, a sua declarar a . P Exa. que por três razoes 0 Ministre
excepcional capacidade de atração, êsse poder extra Flores Soares deveria continuar 110 seu pósto.
ordinário que acaba de ser entregue à responsabilida O S R . O A N D i D U N O R B E R I O — Só três? Terc
de de gaúchos. m ais...
Não sei de nada que pudesse assentar melhor ao O Sr. Arthur Bachini — iaio nas três essenciais.
nosso estado do que o B N D E e o B B .3 E por isto, E m primeiro lugar, esta desempenhando as suas altas
Sr. Presidente, é que com alegria, com euforia mes funções com grande acerto; Em segundo lugar, seu
mo, com indescritível satisfação, como modesto sol partido esta dentro do governo. E em terceiro, por
dado que fui da Legalidade, cumpro o dever de agra que ele tem uma eleição por quatro anos que Ine üa
decer ao Sr. João Goulart pela concessão que fêz ao um direito.
Rio Grande do Sul. O S R . C A N D I D O JNOKJaüRTO — Ninguém está
O S E . P R E S I D E N T E (Alcides Costa) — O tempo discutindo isto. Apenas vou razer justiça ao Dr. Pág .
3f V . Exa. está esgotado no uso que está fazendo da res -Soares- Tanto quanto sei, pós o seu cargo a
inscrição do Sr. Adalmiro Moura. Entretanto, poderá disposição do Sr. Fresiaente da ±vepüblica. Estou
P Exa. permanecer na tribuna por mais quinze aestacando, agora, o gesto ao Sr. João Goulart, que
minutos, usando a sua própria inscrição. tendo dado ao Rio Grande a direção do Banco, deu-
O S S . C A N D I D O N O R B E R T O —• Esta feita esta lhe. também, uma diretoria, quanüo poderia ter lança
manifestação de; agradecimento ao Sr. João Goulart, do outro nome. poi» que o Sr. Aloidet Elôres Soares,
que deu ao Rio Grande do Sul, sem que o Rio Gran como disse, ttavia coiocaao a sua disposiçáo o seu
de do SUl nada lhe houvesse pedido — numa omissão, cargo- Destaco mais esse serviço . para ressaltar a
ao m eu ver, não justificada até agora, porque fácil é dois gaúchos, dirigindo a S. lüxa. as.minhat homena
entender que o Rio Grande do Sul tinha, mais do gens e os meus agradecimentos.
que o direito, o dever de postular, de reclamar uma O Sr. Egon Renner — V. Exa íaz-me lembra:
posição na nova Administração da República. Por que o Sr. João Goulart indicou para a Carteira di
tanto, o gesto do Sr. João Goular avulta, ganha pro Crédito Agricoia e Industrial do Banco do Brasil urc
porção, pois, apesar desta omissão, apesar do com outro gaúcho, o Sr. Nestor Jost.
pleto desinteresse do Govêrno do Estado por postos O SR. C A N D I D O N O R B E R i O — Muito bem!
na Administração da República, tanto nos deu, deu* É uma chuva de gaúchos no Banco . do Brasil. Es'
cos o m áxim o... tou) satisíeito coro isto É o Rio Grande que assu
Como vêem, de novo estou a mostrar que não sou me o comando do maior, do mais poderoso ea
sectário e que tenho boas razões para me -congratu tabelecimento de crédito do País.
lar pelo fato de o Rio Grande do Sul ter recebido, É por isto que, ao mesmo tsmpo que externe
segundo opinião que está sendo expressa pelo nobre os meus agradecimentos ao St. João Goulart, pelu
Deputado Tásis Gonzáiez, a “parte, do leão” . gesto que teve para com o Rio Grande do Sul,
O Sr. Artur Bachini — V . Exa. permite um apar iembro que agora, nós, riogranrienses, temo? '
te? (Assentimento do orador) responsabilidade de bem gerir c Banco do Brasil
Ainda não estou bem familiarizado com o novo e o Banco de Desenvolvimento Econômico. O que
sistema de Governo e o discurso de V . Exa., hoje, eu queria dizer ao Sr. João Goulart é “muito
está me deixando ainda mais intrigado, porquanto, no obrigado”, o que, iá‘ disse, estou fazendo também
momento em que presta tantas homenagens ao Sr. em nome da Assembléia, e, creio que não seria
Presidente da República, não se faz ouvir uma só voz exorbitar, dizendo que falo em nome dos rio-
da Bancada do Partido Trabalhista em apoio às suas grandenses, salvo se alguém me cassar essa de
palavras. legação, E notem que o Govêrno do Rio Grande
O SR. C A N D I D O N O R B E R T O — V . Exa. não do Sul nada pediu, nada exigiu, mas mesmo assim
íeffl por que estranhar. Não estou provocando de recebeu, e muito. Ouando se lecoróa aue no Go
bate. Acho mesmo que o silêncio é de concordân- vêrno do Sr. Juscelino Kubitschek muito pedimos
cia, como acho que V . Exa. também concorda com o e nada recebemos, pode-se tei uma idéia da gran
gue estou dizendo. Quem discorda que se déva pres deza do gesto do Sr. Jnão Goulart, dando tuda
tar homenagens ao Sr. João Goulart por ter dado as isto sem que nada houvéssemos ned’do, Por isto,
direções do Be.nco do Brasil e do Banco de Desenvol Sr. Presidente, como ex-combatente da lefjalidsde,
vimento Econômico a rio-grandenses? soldado raso da luta nesta fase ainda extrema
O Sr. Artur Bachini — Estou dando a minha opi- mente difícil da vida nacional; com tais títulos
Aião. A m im é aue está causando estranheza o si deseio -fazer um anêlo. Sr. Prpsidente. nara que.
anaif 21 de Setembro de 1861 Pág. 103
ium gesto muito nobre, o Rio Grande dê uma sive, subalternos motivos de ordem pessoal, homem
‘prestigiada” no Sr. Joáo Goulart, o Itio Grande que é inteiramente devotado à causa pública...
nteiro, onde a legalidade é a arma i de . todos. Mas, Sr. Presidente, o íundamental, eu já dis
%.quêle homem sereno que saiu daqui, Sr. Presi se. Destaquei a grande benemei’ência do Sr. iumu
dente, em cuja maturidade não coníiavamos, m e Goulart para com o Rio Grande do Sul dando dois
rece, quando mais não seja, um voto de bom Go super ministérios — sem que lhe tivesse pedido
vêrno, especialmente no instante em que está a — e serenamente, com o melhor espírito de justiça,
revelar o desejo de continuar êstes sete meses disse ao Sr. João Gouiart: “Muito obrigado, Pre
de excelentç govêrno realizado por Jànio Qua sidente e boa viagem nesta governada. Siga os
dros, que saiu 'e que nos deixou sem explicar di passos” — menos o da renúncia — “do Sr. Jânio
reito os motivos de sua atitude. Êste voto faço Quadros, que o senhorJ irá bem, mantendo, espe
de coração, Sr. Presidente, almejando que o Sr. cialmente a sua linlia ae política externa e o clima
João Goulart faça um grande Govêrno, em que de austeridade, de respeito' à coisa pública que ví
pese as limitações que foram feitas nos seus po nhamos notando e desírutando, com proveito ge
deres, e que se compensam pela influência que ral para o nosso País”. ■
jxerce, irretorquívelmente, sóbre o seu 1.° Minis Era isto, Sr. Presidente, o que queria dizer,
tro o Sr. Tahcredo Neves. (Palmas). (Discurso revisto pelo orador).
O Sr. Milton Dutra — V. Exa. permite? (As O SR. P R E S ID E N T E (Alcides Costa) — A se
sentimento do orador) Para mim, como adversá guir, tem a palavra o último orador inscrito pars
rio que fui do Sr. Jânio Quadros,, é até muito a- Comunicações, Deputado Lauro Leitão, que poderá
gradável registrar que, por fim, neste momento, permanecer na tribuna por cinco minutos.
3UÇo de uma pessoa que apoiou o Sr. Jânio Qua O • SR. L A U R ú L E i T A O — Sr. Presidente í
dros uma referência elogiosa a S. Exa. Depois que Srs. Deputados.
jle caiu, ou depois que êle saiu, depois que êle Durante os dias em que o nosso País gestoe
abandonou o Govêrno, não sei ainda definir exa submerso na terrível crise, em conseqüência nb
tamente o que ocorreu, vejo com simpatia que renúncia do Sr. Jânio Quadros, o Rio Grande do
um dos homens que o apoiou no passado... Sul, sem discrepância, se uniu em tôrno da causa
da legalidade. Muito embora, aparentemente, todos
O SE. C Â N D I D O N O R B E R T O — E que nunca os rio-grandenses estivessem coesos g unidos, sob
nêle se apoiou... a mesma bandeira, pudemos notar perfeitamente,
O Sr. Milton Dutra — ...tem uma palavra na opc. tunidade, b gr,estRG,b ng nabe dgRsbê,nb‘
de simpatia,- neste instante, para com êle. des; uma pag g”b ”gS”gegRsbnb Su” bpatêge pag
O SR. C Â N D I D O N O R B E R T O — V. Exa., no desejavam, e,RGg”b g êgbêdgRsg. pag Jáeeg gRGuRl
bre Deputado, dá-me uma chance — e peço ao trada uma soiução êgIbê g honrosa Sb”b b G”,eg
Sr. Presidente me conceda mais instantes na tri isto è, a posse nu é”ge,ngRsg nb %gSqhê,Gb. egR
buna para, mais uma vez, dizer: nunca me senti que se rasgasse a Carta PbIRb g b uas”b dgRsbl
tão maguado, tão entristecido, tão profundamente lidade g”b a ”gS”gegRsbnb Su” bpatêge pag. bSbc
entristecido como me senti com a renúncia do Sr. rentemente, n,j,bd o,eb” u dgedu uhãgs,ou. db
Jânio Quadros, após sete meses de bom Govêrno. que, Ru íundo u pag pag”,bd é pag u Rueeu ébíe
Estava inteiramente de acôrdo com o Govêrno do fõsse dg”Iaêvbnu Rad og”nbng,”u Gbue. pag b n,el
3r. Jânio Quadros. Acho que administrou tão bem córdia e a bRb”pa,b ”g,Rbeegd gd nossa sg””b
sste País, imprimindo-lhe uma orientação de res para. assim, satisfazerem ue egae uGaêsue ngeíIR,uec
peito e de confiança. As linhas mestras de sua Como sabem todos, o Congresso Nacional, a>
administração condiziam inteiramente com o meu través da votação do Ato Adicional, encontrou uma
pensamento. Não o elogiava seguidamente quando fórmula legal e honrosa para a solução do proble
estava no Govêrno porque sou, positivamente, um ma. E aquèle Ato Adicional determina que o atual
iiomem desprovido de vocação para elogiar os que Presidente da República governará até o dia 31
tem. o Poder na mão. sobretudo quando a situação de janeiro de 19S6, mas que em abril de 196:
umg parece estável. Aos que ajudar a eleger com será feita uma consulta ao povo, será realizad*
d meu voto, permitam a expressão, serei sempre um plebiscito para homologação ou não do sistemi
muito “pão duro”, ’ para elogiar, quando estiverem parlamentar de govêrno.
no Govêrno. Devo elogiar, mais facilmente, os ad De outra parte, dispõe que as Constituições
versários, quando estejam no Govêrno a fim de Estaduais deverão adaptar-se ao novo sistema, den>
que não se interprete a minha ação como uma trí do prazo que a Lei Ordinária fixar, ficando
escada para obter favores. Mas quero -deixar aqui porém, desde logo, ressalvados os atuais mandai
de novo, a minha manifestação de concordância tos municipais, estaduais e, inclusive, de Gover
:om os sete meses de Govêrno. Do que discordei nadores de Estados.
foi, apenas, da' maneira como se retirou e. sobre
tudo, porque não disse por que se foi. Fato êste, A Sr. Pau!» Couto — V . Exa. permite? (As
Sr. Presidente que, enquanto não fôr exolicado, sentimento do orador)
terá a minha discordância, a manifestação do meu Se as circunstâncias determinarem uma con-
desencanto, a , minha reprovação. Mas qu^ estou sulta plebiscitaria, essa poderá ser realizada. Mas
de acôrdo com o Govêrno que fêz, repito e digo: tenho a impressão de que, neste prazo, até 1965
acho que fêz um grande Govêrno, que cometeu ^al o povo compreenderá, perfeitamente, o alcanc
guns erros — é claro que não poderia imaginá-lo do sistema
perfeito — no meu modo de entender mas, o que - O SR. L A U R O L E I T Ã O — V Exa. tem tôdi
pode parecer para mim errado pode parecer certo a razão. Não obstante, nobre Deputado Paulo Cou
para outros. Tanto . penso assim, Sr. Presidente, to, já ouvimos a opinião de líderes, inclusive d(
que estou desejando ao Sr. João Goulart que se Governador Leonel Brizola, no sentido de ser en-
oriente no mesmo sentido; apenas não o imite na cetada uma grande campanha, em todo o Brasil
renúncia e ninguém pelas redondezas o faça. para que o Congresso venha a reformar o Ate
Que não repita o fjesto do. Deputado F.gon R"p- Adicional e, dêste modo, determinar a realizaçãc
ner, renunciando a Vice-Presidência da Assembléia, de uma consulta' plebiscitaria, uma consulta ao po
fraudando o votò dos seus eleitores nesta Casa, vo, Hentro de sessenta ou noventa dias.
voto que êle d’.sputou como candidato e que agora, Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputado, o nosso
sem explicações maiores, traiu-o, alegando, inclu País. em face da crise a nue me referi, iá sofreu
Pág. 104 21 de Setembro de 1961 fljiais
danos consideráveis em sua economia. As ativida O Pág P.1á.04á2d e Stámdb Ptr0db e ausenter
des públicas e privadas, pois, estiveram parali Daniel Ribeiro — ausente; Domingos Spolidoro __
sadas, durante treze dias. É mister, pois. que o ausente; Jairo Brum — ausent-e; José Veccmo —
nosso País volte à sua vida normal, que retorne ausente; Mílton Dutra — ausente; Siegfried Heuser
ao trabalho, para que possamos recuperar a nossa — ausente; Antõno Bressolin — presente; Arlmao
economia. Isso tudo está a demonstrar que é de Kunzler — presente; Ariosto Jaeger — presente;
todo inconveniente uma campanha dessa natureza, Ary Delgado — ausente; Euclydes Kliemann — au
no momento. Campanha que poderia abrir feridas sente; Gustavo Langsch — ausente; Hélvio Jobmi
que precisam ser cicatrizadas, reacendendo a crise... — ausente; Hélio Carlomagno — ausente; Naio Pág.
O SR. P R E S I D E N T E (Alcides Costa) — Está pes — ausente; Poty Medeiros — ausente; Getúlio
esgotado o tempo de V. Exa., nobre Deputado.
Marcantonio — ausente; Adalmiro Moura — ausente.
O SR. L A U R O L E I T Ã O — Concluirei, Sr. Pre
sidente.
O Pog 9 o 6 P f l 6 j i 6 — A chamada acusa *
Por isso, quero manifestar o meu ponto-de-
oresença de 38 Srs. Deputados em Plenário.
vista contrário a que, desde logo, se realize uma
campanha, no Brasil, para compelir o Congresso
Nacional a rever seu ato, para fazer-se uma con C O M P A R E C E R A M M A I S O S SRS. D E P U T A D O ?
sulta plebiscitária dentro de 60 ou 90 dias. Ad e
mais, o povo precisa experimentar o novo siste Athayde Pacheco, Domingos Spolidoro, Harry
ma. Como poderá julgar, desde logo, se recém oauer, Jairo Brum, Milton Dutra, Ortiz Borges, t>i_-
sai do sistema de govêrno presidencialista e entra n 0 Ludwig, Vieira Marques, Guilherme áo Valle,
no de govêrno parlamentarista. Precisará de um Henrique Henkin, Milton Rosa, Arlindo Kunzler, Ari
período razoável de tempo para, depois, se fôr osto Jaeger, Luciano Machado, Porcínio Pinto, Ro
necessário, optar por um ou outro. meu Scheiue, Adão Fett, Paulo Brossard, Solano
Era êste o ponto-de-vista que queria externar, Borges, Getúlio Marcantonio, Poty Medeiros, José
dizendo que é absolutamente inconveniente lan- Zacnia e Mario Mondino.
çar-se uma campanha dessa nartureza, neste mo a Pog 9 o 6 P f l 6 j i 6 e Srs. Deputados.
mento, o que viria agitar as massas, perturbar o Vou dar conhecimento ao Plenário do Relato-
País e quebrar o ritmo de trabalho do povo bra rio das atividades da Assembléia Legislativa, oDtr-
sileiro. (Palmas). (Discurso revisto pelo orador). decendo o que dispõe s Regimento Interno da Ca
O SR. P R E S I D E N T E (Alcides Costa) — A se sa.
guir passaremos ao período do (Lê;)
b) Processos relatados:
b) Processos relatados:
Projetos de Lei -- , .-T.T 11 11
Projetos de Lei ...
A
Pág. 10S 21 de Setembro de 1961 Anais
visor comum entre o Brasil e a A m érica do N orte. Fui idealizador e presidente do Instituto de M eno
Seriamos m uito felizes o dia que pudermos possuir res de Ijui, durante quatro anos consecutivos, entida
tudo o que os norte-am ericanos possuem nessa m a de essa que hoje conta com um patrim ônio superior
téria em relação a cultivo racional <ia terra. N o dia a dez m ilhões de cruzeiros'; fu i presidente do Circulo
em que dermos assistência técnica ao homem do in O perário de Ijui, durante três anos consecutivos, cuja
terior, então, sim, poderemos fazer esta comparação cbra lá está paia atestar o que fiz, inclusive as esco
entre o Brasil e a A m érica do N orte. A A m érica do las; fu i Comissário de M enores durante mais dè seis
Norte, efetivam ente, com pouco mais de 10% da p o anos, viven d o em perm anente contato com a massa
pulação viven d o no interior, tem uma produção racio humilde; sempre estive ligado aos sindicatos e sempre
nalizada que custa muito menos e atende p erfeita participei das cruzadas em fa v o r do N atal da Crian
mente, não só as necessidades daquele País. como in ça P ob re. De origem humilde, filh o de agricultor e
clusive tem capacidade para abastecer outros países, colono até a idade de 28 anos. sempre estive, estou e
inclusive o nosso. estarei ao lado dos desprotegidos.
P or últim o na tarde a e ontern, íaiou o eminente O Sr. Cândido N orberto — V . Exa. permite?
Deputado Paulo Brossard. S. Exa. falou principal O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Concedo o apar
mente sôbre a inconstitucionalidade do P ro je to. A te a V . Exa.
despeito de se tratar de um ilustre professor de d i O Sr. Cândido N orberto — Ninguém está discu.
reito, não posso concordar com a tese sustentada por tm do a origem de V . E xa., nobre Deputado, o que
S. Exa. Se com eia concordarmos teríamos, eu e se discute aqui é á distribuição de terras a agricu l
íantos outros brasileiros, de providenciar, desde logo, tores! •
sm fazer a devolução das nossas terras aos indígenas O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Chegarei lá, De
porque elas ,realmente, em outros tempos, foram putado, mas é apenas para tirar esta impressão que
>cupadas pelos índios. está incom patibilizando o Projeto, como se partisse
O Sr. Porícnio Pinto — V . Exa. perm ite? (A s de um elem ento que não 'está ligando a classe dos es
sentimento do orador) quecidos, dos m iseravelm ente explorados.
Mas Deputado! Esta argumentação de V . Exa. Quero deixar, também, uma justificativa com re
; inconsistente, porque, naquela época não havia uma lação' a essas instituições de genética humana que se
'onstituição e hoje existe. O Brasil tem uma Carta m anifestaram contra o Projeto. Tenho aqui docu
-laior que regula a matéria. mentos. Respeito a autoridade dessas eminentes f i
O SS . A N T Ô N IO B R E S O L IN — Agraüeço o apar- guras, mas gostaria que êsses homens cultos se apro
*3 de V . E xa. mas não tenho conhecimento de que fundassem mais no assunto, hão o fizessem somente
> País tenha se regido pelo reg im e de arbitrarieda através dos livros, que verificassem “ in loco” o que
des. Nós, se não tínhamos, noutros tempos, uma está ocorrendo aos nossos indígenas, Tenho docu
Constituição, tínhamos outras leis que asseguravam mentos que desafiam a contestação de quem quer
21 direitos de todos os brasileiros. A Constituição que seja. Tenho uma carta do radialista e Vereador
Brasileira, no caso, enquadra perfeitam ente o P rojeto Antônio Cereta, de Três Passos, e vou tom ar a lib er
le minha autoria. dade de lê-la, porque êstes documentos não foram
Mas, de qualquer maneira, o brilhante discurso do lidos no Plenário.
Deputado Paulo Brossard trouxe a esta Casa uma O Sr. Cândido N orberto (Interrom pendo o ora
contribuição valiosa, ao debatt, que é precisam ente o dor) — A do radialista, meu colega, já fo i lida, nobre
que desejo, em tôrno dêste P ro je to Nunca relutei, Deputado.
nunca fu g i ao debate desta m atéria. P e lo contrário, O SR. A N T Ô N IO 'B R E S O L IN — E ’ engano de
;enho o m aior interêsse em que êle seja o mais possi V . E xa., nobre Deputado.
vel esclarecida. Os senhores Deputados, quando v o (L ê ):
tarem o Proejto, devem fazer com pieno conheci
mento de causa e fo i por isso que ontem tiv e opor “ Três Passos, 8 de outubro de 1930.
tunidade de sugerir num aparte que me concedeu a P rezado amigo
nobre Deputado Cândido Norberto, aos Senhores D e Deputado B R E S O L IN
putados que não conhecem estas áreas, que fôssem Assem bléia L egislativa
verificar, “ in loco” o que se está passando e só d e P ôrto Alegrs-
pois disso viessem votar a matéria, porque tenho cer
teza de Que aquêles que ficaram conhecendo o que se Saudações.
passa naquelas áreas de terra, ao tomarem conheci
mento do que realm ente se faz necessário ao agricul R ecebi seu cartão m uito arfiãvel e apresso-me en,
tor, dos prejuízos que o nosso Estado está sofrendo rem eter o original dos dois comentários por mim fe i
por falta de terras para o filh o do nosso colono. O tos nesta emissora, com respeito ao caso dos índios
Estado está sofrendo uma descapitalização imensa. de Guarita e à divisão de terra dos índios. Realm en
Há grande falta de elem ento humano. Tenho a cer te Deputado Bresolin, é necessário v ir a estas ban
teza de que os Deputados desta Casa, homens ín te das para ver o-ponto de degradação a que chegou es
gros, dotados de inteligência, serão incapazes de v o sa raça que um dia percorreu indômita e sublime o
tar contra uma iniciativa destas, que beneficia os nos nosso pampa imenso. K o je são párias que por si
sos colonos e, de modo especial, o nosso aborígene. andam, arrastando atraz de si a bagagem de miséria e
Desde que o meu P ro je to está tramitando, nesta alcoolismo que o liquida aos poucos. Êlés são do
Casa, senti, desde logo, que elementos divorciados nos incontestes de vastas glebas pelo Brasil afora,
« a realidade rio-grandense, daquilo que preconiza o mas o que v a le ter terras e não as trabalhar? O
bem estar dos homens do nosso Interior, têm procura que vale ter bens e não os gozar? O que vale ter
do deturpar as finqlidades do m eu P ro je to perante Serviços de Proteção aos índios só “ pro-íorm a” ? E ’
à opinião pública. Isto é um êrro! Jamais seria ca uma vergonha o que acontece por aí. Im agine, ami
paz de apresentar, nesta Casa, um P ro je to que não go Bresolin, que há colonos que contaram que levan
beneficiasse o elemento hum ilde. Sou um homem tam pela manhã, vão ao galpão retirar pasto para os
humilde, Sr. Presidente, dais mais humildes origens an.inaais e a li deparam cora-a con<jtti)ção carnal dês-
que se possa te r dentro do B rasil. Sou ao lado d a ses míseros sêres, provocando a reecão de nosso co
queles que nada têm e dou, como testemunha, a o ri lono, por índole e educação, recafedo e iu n o t o “ in
gem hum ilde que tenho. Em Iju i está a p r«w a do ex-tremis” . Só raesmo a “ gente do., asfslto” jgàra v i*
rreu passado* lá está para quem au-iser ccwheeê-la. wer da ilusão alencarina, que con&eeem íad iss i>elo
Anais z i as seteniDro de 1961' Pág. Ü í
Comentários do Vereador Peessedista Antônio Ce- go e sem lei, arrastando a m iséria pelas ruas da ca
reta, lido na Rádio de Três Fassos pital do Peru e de suas cidades provincianas. O qua
se quer não é expulsar os indios de suas terras...
P A R E .. . O L H E ... E S C U T E ... O que se quer é que os indios tenham a sua lerra,
mas uma área que seja o bastante, para ali auferi-
Dias atrás, falam os em índios e bugres e, hoje, rem o seu sustento, mas dentro de um padrão de
ramos voltar ao assunto. Dissemos que deve haver trabalho e organização e não o que aí vemos. As
por aí um Serviço de Proteção aos índios, mas que terras lá estão. São dos indios. Mas os indios an
le proteção real, nós temos as nossas dúvidas, p or dam pelas ruas de #Três Passos, Campo Novo, Fra-
que os índios andam por ai pelas ruas, curtindo seus derico Westphalen, Portela, Ira i e outras, tomando
porres habituais, e pondo em polvorosa as fam ílias cachaça em balde, e fazendo demonstrações de de
de colonos como já nos contaram por diversas v ê gradação humana. Pode-se reduzir as terras dos ín
zes. Pedim os há tempos atrás o apoiam ento na Câ- dios, e não haverá perigo que êles m orram de fo
m rra a um ofício enviado ao Serviço de Proteção me. Porque, atualmente, só se viv em à custa de
aos índios de Curitiba. Acreditamos que o ofício já casca e folhas de árvores, porque plantar mesmo,
teni' i sido enviado, mas como sabemos da demora êles plantam figueiras pelas ruas quando etítão
na ú.a e vinda de correspondência, só daqui a um curando as carraspanas que tomam. Nem tudo a
mês, talvez, terem os a resposta. Apesar de acreditar Deus e nem tudo ao Diabo, êsse adágio é o que de
mos que, com resposta ou sem resposta, com Ser veria valer para o presente . caso. N ã o . temos pro
viço de Proteção ou sem Serviço de Proteção, os ín curação para defender a proposição de um, deputado.
dios andarão por ai da mesma forma, para escândalo Ele tem inteligência bastante para fazer a defesa da
público. Vim os ontem passar pela fren te de nossa sua tese, O que nos interessa é acabar pom o an-
emissora, um casal de bugres, e sua passagem pelas drajo, a miséria, a fome, a prostituição, o alcoolis
ruas nada teria de anormal, se não fôsse o caso mais mo de nossos indios. O simples fato de terem terras
uma representação cômica de alcoolismo, como de não lhes cura as chagas sociais. E ’ necessário mui
costume. Disseram-nos que o casal estava de lua de to mais, mas m uito mais mesmos. Precisa p!anifi-
m el. Lua de cachaça, isso s im ... isso é mais verd a çação, e se o Serviço de Proteção aos Indios não
deiro e mais condizente c.om a verdade. O casalzi- consegue resolver esse caso deixem o mesmo aos
nho passou por ai, abraçado ao m elhor estilo dos poderes municipais que êles estão ali para fiscali
civilizados, mas num balanço de quem cai e não cai. zar e dar trabalho aos índios e tirá-los dessa misé
O casal, de braços dados numa demonstração pú ria e dessa degradação. Ontem assistimos ao desfila
blica de sexo. acompanhado por uma trinca de ou da miséria de nossos indios, nas nossas ruas. Assis
tros indios que deveriam certamente, ser as teste timos à lua de m el de um casal que terá filh o um
munhas, vinham em altos bordos, escrevendo arabes- d ia ... E que filhos poderão resultar de uma união
cos pela rua, porque calçada não á para bugre. Um efetuada ao in flu xo do álcool? Im aginem os ou
sensacional “ p ife ” do casalzinho, que se unia pelos v in te s ...
sacrossantos laços do matrimônio, diríamos. Ora, lA p ós a leitura)
amigos, vamos e ven h a m os... A té quando irão essas Daqui desta tribuna, tiv e oportunidade de ler
demonstrações públicas de em briaguez pelas ruas carta de um professor economista, elemento do E xér
de Três Passos. Portela e outras? N ão há uma fo r cito e dos m aiores comerciantes de Santa M aria, on
ma de reunir êsses pobres infelizes, que são já o de relata cena tristíssima ocorrida com um magete
fruto de uma civilização ma] dirigida, nos seus to l de índios, procedentes da região a que se refere o
dos, num regim e de educação rigorosa, quanto pos P ro je to e que, passando por Santa M aria, na mais
sível? ou será que o Serviço de Proteçoà aos índios, extrem a miséria, viven do na imundície, com feme,
só está aí para proteger as árvores vivas, dando a alcoolizados, deixaram abandonada numa sarjeta
concessão de aproveitam ento das mortas aos, mais uma índiai que estava menstruada, possivelm ente
vivos e espertos? Ou dá-se mais v a lor às árvores com hemorragia, e que só se salvou graças à gene
oue não possuem alma, para esquecer míseros filhos rosidade do povo de Santa M aria.
da selva, minados pelo alcoolismo e pela tuberculose, A .cada passo se repetem essas .cenas de miséria
que lhe é concomitante? V alerá mais uma árvore e abandono dos indígenas. A in da ontem re fe ri o ca
v il do que uma vida humana? Ou será que a civi so do M unicípio de Nonoai, onde foram devastadas
lização ocidental que se di7, defensora dos direitos a í terras e calcula-se que dez rrr.l pinheiros foram
da pessoa humana, passou a ser simples artigo de crim inosamente roubados e serviram para encher o
lei, num papel amarfanhado e sem valor? Berram bolso de espertalhões; enquanto isso, o nosso índio
certos cidadãos que Bresolin é um inim igo da So v iv e debaixo de uma casinhola coberta de samam-
baia, norque já não existem ramos de árvores para,
ciedade, inim igo da natureza, inim igo dos índios, por
cobri-la.
que quer que se venda uma parte da reserva dos
Srs. Deputados, devemos atentar para êstes fa
ndios, aos colonos sedentos, precisados de terra. P ro
tos. Se tal não ocorresse, não estaríamos a(ptí ía»
fessores de universidade, de seu alto cotum o, trove-
zendo um discurso desse naiuseza. Se algum Soe
jam im precações oentra nosso am igo B re s o lin ...
Deputados perm anecer em dúvidta, desejo §jie vis&s
A té um ilustre desconhecido do Peru, enviou tele ègses locais e observe com os próprios olfeos o fgne
grama afirm ando seu desacordo com a venda de lá se verifica, para v e r se há ou náo »ee«w«ià»<*<»t4e
parte da área de terras- O ilustre peruano, homem se tom ar uma p ro v id ê n ci? .
do asfalto, certamente, d everia volta r as vistas
para os incas, para os antigos dominadores do Peru, O Sr. Câir.áido N arlterio — Mas não fo i ce«sêi-
que hoje são párias miseráveis, vendendo quinqui tuida uma Comissão de D ep etoáee para vesiSfêss-r û-
lharias pelas ruas de Quito ou Cuzko, exnlorados p e te assunto?
los tais assim chamados civilizados- O tal professor O SR. A N T Ô N IO BE.ESOM N — Não. Esta Co
pe'ruano, não está. em condições de in terfe rir em missão tão discutida aqui reíere-se à área da reser
assuntos que são nossos. Podemos concordar ou dis v a florestal Irai-Nonoai. N esta área não há indios.
cordar da idéia de Bresolin, mas não admitimos que Trago, ainda-, aqui, Sr. Presidente, de-poimen+o
um pretenso civilizado do Peru,, venha manifestar-sa d e pessoas que conhecem, eíe&watBfiBite, o
ouando os indios peruanos andam hoje sem. abri»- ■wwcwte vives? P á iweio ássse dra«va. Es<£ se®
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág. 113
exemplo, o depoimento do P re fe ito de Nonoai, Jair tado, certos te que, se concretizada, veríam os solu
de Moura C alixto, dizendo' cionada, uma vez por tôdas, a velha aspiração do po
(L ê :) vo dêste distrito, trazendo um grande progresso pa
ra o mesmo, bem. como para o Estado.
"Assembléia L egislativa do Estado Pa, Sem mais, aproveito o ensejo para apresentar-
Ileputado A ntônio Bresolin vos os protestos da minha mais elevada estima e
Nonoai — consideração e atenciosamente
de V. Exa. Ago. e grato.
Encarecemos necessidade aprovação Projeto vi- (a.) A rtu r Incerti” .
ía loteamento Pôsto Indígena vg virtude área índio ÍApós a leitura)
dividir perím etro urbano esta cidade pt , E eis o teor da carta do Sr. P re fe ito de Constan-
(a.) Jair de Moura Calixto, tína, Sr, Presidente e Srs. Deputados:
P re fe ito M unicipal” (L ê :)
“ Constantina, 18 de janeiro de 1961.
(Após a leitura) Senhor Deputado Estadual,
Tenho aqui mais outro telegrama, Sr. Presiden Com o prèsente vim os integrar nosso total apoiei.
te, telegram a êste que fo i aprovado por unanimida* ao projeto-Iei apresentado por V. Exa. que visa o
de pela Câmara de Vereadores e enviado a todos os loteamento dos postos indígenas, visto servir êste
Líderes de Bancaaas com assenta nesta Casa, con loteamento de estímulo aos moradores destas terras
forme cópia que jun tei ao processo. O telegrama diz do Estado.
*> seguinte: A medição e a entrega de títulos das terras que
(L ê:; constituem as Reservas do Estado, vem beneficiar
nosso novel M unicípio, pois dêsse modo podemos r e
‘Assem bléia L egislativa do Estado f a i colher os impostos correspondentes à T axa R odo
Deputado Antônio Bresolin viária. '
Nonoai — Fazendo votos que êste projeto se transform e
em le i e colocando-nos ao dispor de V. Exa. apraz-
Secundamos gesto nobre uepuxaao sentido seja nos apresentar nossos protestos de elevada astima e
aprovado p rojeto loteam ento pôsto Indígena vg sen distinta consideração.
do vital desenvolvim ento esta comuna pt Mesmo
(a.) Selcio de A raú jo e Silva,
sentido telegrafam os tôdas Bancadas pt Sas P re fe ita ” .
‘ a.) O lm ir An tôn io Daimagro, (Após a leitura)
Pres. Câmara Vereadores” . Mais documentos poderiam se rep etir com m ui
ta facilidade, porque esta iniciativa conta, ainda,
(Após a ieítura' com o apoio do Sr. P re fe ito de Tenente P ortela, on
E tenho aqui, e vou ler para conhecimento da de está sediada uma das maiores áreas, a de Gua
Casa, uma :arta que recebi esta semana. Ainda há rita. Sr. Rom ário Rosa Lopes, que fo i um dos que
pi>ueo aqui se falou, desta mesma tribuna que a fu se manifestaram, com o apoio da Câmara de V erea -
ga de elementos dos Municípios de São Jo~é do Ou dcies, através de tôdas as Bancadas daquele M unicí
ro e de Cacique Doble para o E.stado de Santa Ca pio; conta com o apoio do P re fe ito de Santo, Augus-
tarina decorria do fato de que aquêies Municípios b./ e de tôdas as Bancadas com assento naquele L e
foram emancipados sem possuir os necessários re gislativo Municipal; conta, ainda. Sr. Presidente e
cursos. Pois bem, vou ler a carta que foi dirigida a Srs. Deputados, com o apoio de homens como o p ro
4ste Deputado: fessor O vídio Pires da Rocha, Delegado de Ensino
(L ê :) da região de Santa Rosa, homem que viv eu longos
anos no Distrito de Redentora e aue, m elhor do que
''Exmo. Sr. ninguém, conhèce êste problema, do que o Prof. A n
Dr. A n tôn io Bresolin tônio V. Grande, Fiscal de Ensino em C erro Largo.
DD. Deputado da Assembléia Legislativa
Sr. Presidente e Srs. Deputados. Estou argumen
Pôrto A le g re
tando aqui êstes fatos para trazer ao conhecimento
Conform e prometi, remeto-vo.í alguns dados sô dos nobres Deputados, porque eu duvido que qual
bre o Pôsto Indígena dêste distrito. quer um dos Srs. Deputados que conhecesse bem a
Essa área dista mais ou menos seis (6) quilôm e fundo êste problem a fôsse capaz de com bater uma
tros da V ila de Cacique Doble, oela estrada geral e iniciativa como esta, justa, humana e de alto inte
ti-m atualmente uma área de sessenta (60) milhões resse para o interior e para o R io Grande do Sul. ■
de terras, de la. qualidade para cultura, ou sejam, 240 O que tem se observado no .caso, é simplesmen
colônias, abrigando-se, nesta imensa área de terras, te um alinhamento do problem a, e êste Deputado,
apenas o reduzido número de cento e dez ( 110) ín que sempre agiu de form a elevada e sabe que está
dios, ou pouco mais de dez ( 10) famílias. falando a verdade, há pouco, quando a imprensa no
Como se vê, pelos dados acima, aí está uma ticiou que se encontrava aqui uma Comissão de M i
grande riqueza, tanto para êste distrito, como para litares, designados pelo então Presidente Jânio Qua
o Estado, com pletamente improdutiva, a qual lotea dros, para proceder a um inquérito nas reservas
da, pelo menos em parte, reduziria o número de fiorestais, não teve dúvida em manifestar-se, atra
bons colonos, que dêste distrito demandam para os vés da imprensa, do “ D iário de Notícias” , dizendo
Estados de Santa Catarina e Paraná, quase que dià- do seu desejo de ser ou vido por esta Comissão a
riamente, à procura de terras. respeito dêste assunto, porque todos sabem que até
Essa área de terras, como é do conhecimento de hoje foram roubados m ilhares e milhares de p inhei
todos, está sendo devassada, por êsse pe,queno grupo ros e milhares e m ilhares de outras essências flo
de índios, os quais não têm a mínima noção de a- restais, verdadeiras riquezas do Estado e do P oder
gricultura, e, o único que aí lucra atualmente, co Público, e que, até hoje, nenhum dos ladrões fo i pa
mo sempre o foi,' é o Chefe dõ Pôsto e seus prote ra o fundo da cadeia.
gidos. O Sr. Romeu Scheibe — V. Exa. permite? íAs«
Assim sondo, solidaiizamio-nos com a iniciativa # <»ntoivento do orador) .
«ía V, Exa.. de desapropriar essas terras para a- W V, .Exa. íoio u vid a nox esta Comissão*
Pág. 114 21 de Setembro de 1961 A n a l'
O SR. A V iò IV IO B R E S O L IN — Lam entavelm en a V. Exa. que repita a apresentação dêste Projeto
te não fu i procuradj. porque, já está visto, desta vez será rejeitado.
O Sr. fiom eu Scheibe — E 1 lam entavel Repita-o no ano que vem. T a lvez V. Exa. tenha
O SR A N T ô .M Ò B R E S O L IN - Tenho ainda a- a mesma sorte que eu tive — seja considerado cons
cui e titucional — e essa gente seja atendida, como acon
Vou ler outro ofício, para que esta Casa e teceu com a Reserva de Serrinha. O que é mais
o_ Rio Grande do Sul saibam que êste P ro jeto impressionante, como tiv e oportunidade de com.
não é uma m iragem, que não fo i feito no joelho, parar na ocasião,, é que fo i repetido “ ip-jsis literis"
como se costuma dizer em linguagem jornalística; e poderá acontecer o mesmo com o P ro jeto de V.
é produto do conhecimento de causa, que sinto Exa.
niza com os interêsses da população rio-grandense, O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Agradeço o
na defesa daquele patrim ônio que é nosso e que aparte do nobre Deputado. Aliás, já tiv e oportu
nós, como Deputados, temos a obrigação 'd a de nidade de dizer que, se êste P ro je to fô r derrotado,
fender, êste ano, voltarei a apresentá-lo no início da Le-
L e re i o oflcjo do P re fe ito de Sarandi: 'islatura do ano que vem.
(L ê :) O Sr. Poroínio Pinto — Deus nos liv re ! Nova
demagogia!
“ Prefeitura Municipal O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Mas. Sr. Pre
Sarandi — RS sidente e Srs. Deputados, eu vou provar, e está
provado não por mim, que êste P ro jeto é consti
Sarandi, 22 de novem bro de 1960. tucional. A Constituição, no seu A rtig o 216, é
muito clara: ‘‘Será respeitada aos silvícolas a posse
■'rezado Deputado, das terras onde se acham perm anentemente loca
lizados, com a condição de não a transferirem ” .
Estamos acompannando com a máxima aten* Pois tóem, ou vou mostrar, aqui, o A rtig o 2 ° do
.•5o o projeto, de V. Exa., nue manda m edir p ven meu P ro je to de Lei, que diz o seguinte: (L ê :)
dar as terras reservadas aos índios etc., achamos
3e justo êste vosso projeto, onrone vai regularizar “ Art. 2.° — A divisão em lotes será pre
R Situarão de centenas de agricultores qup iá estão cedida da divisão das áreas totais, que será
instalados nessas ferras, praticamente tôda área feita de comum acôrdo, entre a D iretoria de
já. está devastada, em nosso municír»*'', ouanto à T erras e Colonização, da Secretaria da A g ri
reserva para nc indígenas, pensamos oue vosso, p ro cultura, e o. Serviço de Proteção dos índios
jeto vai benpfic:á-loç, pomnp vai fixá-los d efin i (S P I), cabendo aos indígenas as áreas constan
tivam ente em terras a êles destinadas, porque, tes das sedes dos postos, dos ervais, dos al-
muito poucos indí«pri!js ainda v iv em nessas terras deamentos dos índios e das glebas cobertas
e bastante espalhados. de mato, estas até o lim ite das áreas discri
Pn- OS R.AV intpr^ódirt um ^°em ente a* minadas nesta le i” ,
p êlo ans ilustres Deputados para oue aprovem-
vosso nr m eto que será pm benefício de nossos O Sr. Jairo B nrai — Mas e daí? Onde está
agricultores nue iá ocupam aquelas terras, evitan- a constitucionaüriade?
rin. a "im , o êxodo de mais agricultores, para ou O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — É lei, é o que
tros Estados. p revê a Constituição, se não fôsse isto não pre
Sem ma''! no p io m ^ to , aproveitam os ó pncpío cisaríamos falar pm legalidade.
para apresentar a V, Exa, os nossos protestos da O Sr. Jairo Bruta — Não! A.ssim. não!
elevada estima V distinta consideração. O SR. P R E S ID E N T E (Guilherm e do V a lle ) -
Atenciosamente, Está esgotado o temno d " V. Exa.
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — De acôrdc
(a.) Ivo Surandel. com o Regim ento Interno. sol:cito oue me sejam
P refeito Municipal”' concedidos mais 20 minutos, Sr. Presidente, para
continuar.
^ Sr. Gustavo t a n r s d i (Após s> leitura) —• O SR, P R E S ID E N T E (G uilherm e do V a lle ) —
V. Exa. permite? ("Assentimento do orador). N os têrmos do A rtig o «9. do R egim ento interno,
N obre Deputado, ouvi., ontem e anteontem, as submeto à d.ecisão do P lenário o requerim ento do
manifestações de Deputados oue levantaram a in- nobre Dèputado Antônio Bresolin, para continu ar
constitucionalida de dêsse P ro ie to de Lei. P elo oue na tribuna pelo espaco de mais 20 minutos. Os
sei, êle não estêve na Comissão de Constituição Srs. Deputados que concordam oueiram permane
e Justiça. cer como se encontram. (Pausa) Aprovado. V. Exa.
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Lam entàvel- poderá permanecer na tribuna por mais 20 minu
merite! tos.
O Sr. Gustavo Langsch — P elo oue me pare O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Agradeço s
ce, a orim eira coisa que V. Exa. deveria fazer generosidade dêsse gesto de V. Exa., Sr. Presi
seria demonstrar que o P rojeto é constitucional. dente, V aos meus eminentes colegas.
Enquanto V. Exa. não provar que essa proposição O Sr. Synynl GnazzeUi — V. Exa. permite?
é constitucional, estaremos impossibilitados de v o (Assentim ento do orador) Estou checando agora,
tar, a fim de não fe rir a Constituição. mas estou vendo que o debate é sôbre o aspecto
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — A gradeço o constitucional da matéria. O Parecer da Comissão
oportuno aparte do nobre Deputado G u s t a v o de Constituição e Justiça o oue é que diz?
Langsch. F arei o que me pede, com imenso prazer. O S R A N T Ô N IO B R E S 0 Ü H Í — Infelizmente,
O Sr. Rom eu Scheibe — V. Exa. permite? (A s nobre colega, por iniciativa . de outro colega, êste
sentimento do orador) P ro je to não recebeu ainda Parecer da Comicsão ds
T iv e oportunidade, nobre Deputado, de apre Constitutuição e Justiça da Casa. Mas há mais:
sentar à Casa P ro jeto idêntico ao que V. Exa. >3- além . daquele fato citado pelo meu eminente co.
presentou, referen te à área de S.errinha; fo i tam legà B.cmeiL Scheibe; quando o G overnador do Es
bém julgado inconstitucional naquela oportunidade. tado, Dr. W a lter Jobim, com um sinwives ato do
Entretanto, um ano a£>ós, o P rojeto fo i repetido E xecu tivo dividiu, tirou dr-s terras . de Nono ais,
por outro Colega meu e, nessa ocasião, fo i con nada menos do que uma área de 19.SS8 hectares,
siderado constitucional. Assim, perm ito-m e^ s u g e r ir ^ e a íé _;hoie;_ne5^uia.._.GoKârnoJ.da.^Usião^.<iUAErQ-
Anais 21 de Setembro de 1SG1 Pág. 115
curador da União, reclam ou contra Lto, porque. O Sr. Jairo Brum — V. Exa. perm ite (Assenti
Efetivamente, não existe qualquer documento que mento do orador).
prove ou que justifique a doação dessas terras para V. Exa. disse que existe neste processo uma cer
os índios, uma vez que êies não ocupam essas tidão de processo de um índio que roubou para co
terras, de acôrdo com a Constituição do País. E m er e, com isso, está querendo provar que todos os
há mais, ainda, Sr. Presidente: u próprio Serviço
indios têm que roubar para comer.
de Proteção aos índios, quando ae dirigiu a esta
O SK. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Não, eminente
Casa, respondendo a uma interpelação íeita pelo
colega, não foi isso que afirmei. Disse que a situa
eminente colega Deputado Affonso Anschau, então
Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, ção dos índios é tão precária que êsses infelizes, sem
recomendou o segu in te: ( L ê :) quaisquer recursos, são forcados — e sem possuí
rem intruções de como se planta, ctc, — são força-1
“ Esta Chefia aíyitra como solução oportu dos a avançar nas culturas, dos colonos, roubando
na, que sejam tomadas medidas junto ao P o milho, mandioca e que, inclusive, há neste proces
der Executivo sul-rio-grandense, atinentes à ex so um O fício assinado, pelo Presidente da Câmara
pedição dos títulos defin itivos de propriedade de Vereadores de Tenente Fortela, fazendo essa de
das áreas atuais dos Postos Indígenas “ Cacique núncia. Aliás, êste é um fato notório na m inha re
D oble’ , “ Guarita” , “ N onoai” «' "Paulino de A l gião. rão há quem desconheça.
m eida’'. O Sr. Jairo Bruna — E as pessoas que entram
nas reservas e roubam dos índios?
Esta è mais uma prova em favor da minha O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Não creio que
tese e está contida dentro do meu Proieto. Ouvi êsses roubos sejam feitos com o consentimento dos
de um alto funcionário do S erviço de Proteção aos índios. .Quando se verificam tais fatos, cabe a,o
índios em Brasília — o qual venha, talvez, a ser Serviço de Proteção aos índios tomar as providên
o chefe dêsse Serviço — a afirm ativa de aue é cias cabíveis. Êsse serviço, entretanto, muitas v ê
perfeitamente constitucional a ''epartição dessas zes é feito através de elementos de cupula, que f i
glebas, contando que se respeite r que toca aos cam no R io de Janeiro ou em Brasília. Não desejo
índios, de acôrdo com a Constituição. Fui informa declinar nomes mes se V. Exas. quiserem dar-me
do que em outros Fstado? da Federação está se a honra de visitar a minha região, hão de ouvi?
fazendo isso nara cessar de um? vez nor tôdas
da boca de muitos gaúchos o que se faz n a q u e li
a política criminosa de alguns espertalhões. O que.
região.
se quer. entretanto, " oue o indígena entrose na
Mas, Sr. Presidente, faço questão de elucidar
pooula^ão brasileira, m.io <°nha im ii vida onais
dois pontos aue não ficarrm bem claros.
eomuatível com ? dignidade humana e cin° não
aconteca o que está acontecendo a^ora, em T e O Sr. J * ! ro Brn*n — Mas a Secretaria da Eco-
nente Portela, nor exem plo, onde n nosso ird ife n a sentirne.nto do .orador).
vivo no mais rom nleto abandono e à= vSzec. tem V. Exa. trouxe à Casa diversas denúncias quan
que roubar nara comer, conform e conc-ts em e x to ao aue se estava passando com os índies de T e
pediente o ” e acomnanba ê?te nrocesso, do P resi nente Portela,. Quero, prestando uma colaboração a
dente da Câmara de Vereadores daquele municí V. Exa., dizer que, neste caso, devem ser responsa
pio. bilizado os administradores do. Serviço de Proteção
O Sr Romeu Sebeibe — V. Exa. permite? (A s aos índios, oue são os que mais perm item a exp lo
sentimento do orador) ração dos índios.
A respeito das crianras índias, concordo nue O SK. A N T Ô N IO E IÍE S O L IN — E ’ o que tem
se dê uma assistência, agora' quanto aos velhos sido dito nesta Casa.
acho difícil nue se nossa reform á-los porque êles O Sr. Jeiro Brant — Mas a Secretaria da Ec
não têm mais ieito. Anen^p sôbr^ as crianças, nomia não fiscaliza também êsse serviço?
acho que V. Exa, tem t.ôda a razão. O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — O Serviço de
O Sr. Svnva\ — V. Fxa. permite? Proteção a^s In d :os é federal.
(Assentimento do orador) O Sr. Xairo c urua — Isso eu sei. mas estou p e r
V. Exa se referiu à opinião de uma alta au guntando se a Secretaria de Economia do R io
toridade sôbre o assunto e seria muito interessante
Grande do Sul não fiscaliza, não m elhora a situa
se V. Exa., iunto a essa autoridade, da qual não
ouis declinar o nome, pedisse a essa pessoa que ção dos índios.
transformasse, a sua oninião em ^are^er e oue O SK. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Não é atribui
assinasse êsse parecer e o entre^asce a V. Exa.,
ção desse órgão.
para que V. Fxa. o u ^ s s e ar,exa? ao n r r v w Qeria
Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o assun
muito interessante. N ã o lh e o correu orPa idéia?
to que eu quero trazer aqui, ainda para esclarecer
O KR, A N T Ô N IO RRÇISOF.TN — Oeorreu-m °
essa idéia, nobre Deputado, mas acontece que até a opinião pública do PJ.o Grande, é que as áreas em
nas repartições públicas existem .persemuc^ès, como debate, as áreas propostas para venda neste Projeto
já tive onortunidade d ° observar, quando ° ctava rião são .áreas de terra cobertas de mato. Aqui hou
tratando do assunto e creio que V. Fxa. também ve muita confusão; nesta Casa houve muita con
sabe disso. Há elementos no Serviço de Proteção fusão nó dia de ontem. E ’ possível que aquêies que
aos índios que são funcionários de a^o valor mas não conhecem estas áreas de 'terras que estamos
é preciso que também se diga que há outros ele propondo sejam vendidas pensem que sejam cober
mentos nue são uns criminosos, que não cumnrem tas de mato, mas nós esclarecemos que seriamos cs
o seu dever e que procuram de uma maneira ou primeiros a. não nsrnr-tir a derrubada de uma única
de outra entravar o andamento de qualquer pro árvore sequer. Aquêies que conhecem a nossa re
cesso oue vise a b eneficiar os índios. gião, como o Deputado Luciano Machado, também
Existem, dentro do S erviço de Proteção aos com relação a Tenente P ortela, que S. Exa. conhece
índios muitos elementos de grande valor, homens
perfeitam ente, sabem o que estamos propondo. Já a
de alto gabarito, de m oral elevada, gente que. te
situação cm Nonoai se verifica que é pior ainda,
nho certeza, se vierem a ser coltfcados à frente
dêsse - Serviço, m elhorarão em m uito a vida dêsses pois quem passa lá por Sarandi, estrada que passa
infelizes índio* pela Serraria do D AER, que dá acesso ao Planalto
Pág. 116 21 de Setembro de 1061' Anais
de Irai, pode observar algo que é verdadeiram ente O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — V. Exa. sabe que
espantoso, isto é, que há 10 ou 12 anos aquelas ter não estou fazendo política. O que aceito do aparte
ras eram cobertas de verdejantes pinheirais, mas, dem agógico de V. Exa. é o compromisso de votar
hoje, lá cresce apenas samambaia ou outras vege favoràvelm ente ao meu Projeto. N egócio fechado, não
tações rasteiras- se discute mais. Mas eu aceito o seu voto, isto é o
O Sr. Romeu Scheibe — V. Exa- permite? E o que me interessa, eminente colega.
D A E R é que está serrando aquelas árvores por or Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, para con
dem do Govêrno. cluir eu devo dizer aos ilustres Pares, nesta Casa,
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Falando como que vou aceitar a sugestão do em inente Deputado
membro daquela célebre Comissão, só posso dizer que Cândido Norberto, Jamais me conform aria que pro-
isto não constatamos, pelo menos de momento. ieto desta natureza, de tanta responsabilidade, as
O Sr. Romeu Scheibe — Mas será constatado. sunto tão com plexo e que deve ser exam inado e
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Quero dizej. debatido em seus mi.nimos detalhes, fôsse votado sem
rfr. Presidente e Srs Deputados, que, quando se dis que os Deputados tivessem pleno e amplo conheci
cute m atéria desta natureza, não devemos olhar ape mento da matéria. P or isto vou apresentar uma
nas para a terra em si, apenas para o nosso silvíco- Emenda ao P ro je to para que o expediente vo lte às
l i para aquilo que representa, digamos assim, como comissões a fim de que os Deputados exam inem a
fator local, mas é preciso olharmos para todo o Rio matéria, E convido mesmo os Srs Deputados a v i
Grande do Sul. N ós estamos, no Rio Grande do Sul, sitarem as áreas de terras de que trata êste Projeto
numa fase de descapitalização, porque estamos pro Nós estamos aqui para ouvir a opinião de todos, pa
duzindo o m ínim o do muito que poderíamos e de ra debater a matéria, aceitando sugestões. C om .qut
veríam os produzir. Só naquela área de Tenente P o r obietivo? Com o ob jetivo de servir aos interêsses
tela mais de 940 colônias, de 940 para 1.100 tód.as do R io Grande do Sul, êste R io Grande que tantc
essas terras, a m aioria delas está se tornando ter necessita da compreensão e da união do esforço,
ra -desvastada, terra im produtiva e, por que não do trabalho diuturno de todos os seus filhos.
c.jzér, está hoje, a serviço da especulação de meia O Sr, Jairo Brum — V Exa. permite? (Assen
dúzia de gananciosos. Em Nonoai não se observa ou tim ento do- orador'1
tra coisa senão a fuga de m ilhares e milhares de V Exa. vai me perdoar, mas a sua Emenda não
agricultores que continuam emigrando ou então vêm vai possibilita'" aos Deputados conhecer m elhor o
para os centros urbanos, agravando ainda mais o pro Projeto, porque cai no regim e do A rtig o n.° 58. quer
blem a do desemprego, o problem a do marginalism'-' oizer, urgência urgentíssima, conform e o processo
e, por que não dizer até o problem a do crim e da fE E E . de form a que isto funciona a jato, a ba
O Sr. Rom eu Scheibe — E não produzem? la Quer dizer, oferecida a emenda, terem os que em
sentimento do orador). vinte minutos apreciar, aqui. o assunto. Am anhã de
Essas terras, nobre Deputado, não são intrusa- ve ser a nova votarão dêste nrojeto. Consiga V. Exa.
das? que o Deoutado P orcínio Pinto retire seu requ eri
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN As áreas que m ento e êsse proieto será exam inado em vista da
pertencem a esta parte referen te ao meu Projeto, urgência ardentíssima.
tem o m ínim o de intrusamento. O SR. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Sr Presidente,
O Sr. Romeu Scheibe — Quer dizer que há in- não acredito, que os Denutados que integram esta
fcrusamento? Casa, que receberam o seu voto na colônia que têm
O SR. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Muito pouco. obrigação de zelar pelos interêsses dos seus eleito
O Sr. Rom eu Scheibe — E nço produzem? res. não acredito que nenhum Deputado nesta Ca
O SR. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Produzem mas sa seja capaz de fa*er isso e se o fize r eu serei o
pagam uma taxa para o Serviço de Proteção aos ín pvim.eiro a denunciar.
dios e os indígenas não, ganham nada. Aliás, tenho O Sr. fairo Brum — V. Exa. votou no caso da
iim fato a relatar sôbre êsse aspecto. Quando lá es CEEE.
tava. como chefe daquele Serviço, um cidadão cha O Sr. Romeu Scheibe — V. Exa. perm ite (Assen
mado Rom ildo, num ano colheu mais de 400 sacos timento do orador) Êste assunto não pode ser re
de trigo plantado pelos indígenas e êstes nem se solvido com urgência, precisa ser estudado com cui-
quer sentiram o cheiro do pão Mas, o referido cida di.do. inclusive a Comissão deveria se locom over até
dão gastou todo o dinheiro sm Iju i com uma aman a localidade para v erifica r “ in loco” a situação, con
te que tinha. Isto é verdade e trago êste fato para form e V. Exa. iá disse, para ter uma pequena idéia
o conhecimento dos senhores Deputados, para que do que ocorre. Dou o meu testemunho de que o re
esta Casa se capacite daquilo que estou defendendo. lato nue V. Exa. está fazendo é verdadeiro. Se há
É um assunto de importância e de muita seriedade. õniniões contrárias, com o a do Deputado Arlind o
Adm ito, também, que meus colegas diviríam daquilo K unrler, é outra questão.
que penso e que defendo. Gostaria, entretanto, que O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Esta v o z é a
êsses ilustres Deputados se dessem ao trabalho de do homem do Interior, do homem que recebeu o v o
verificar, “ in loco” , o que estou afirmando; que vis to do homem do Interior, que assumiu compromis
sem e observassem com os seus próprios olhos e sos com o colono e que deseja saldar êsses com
depois voltassem a esta tribuna para combater o P ro promissos. A cred ito que os Deputados que recebe
jeto,. pois o que estou dizendo é uma realidade pal ram o voto dos que trabalham no in terior do Rio
pável. Ouçam os Prefeitos. Vereadores, sacerdotes, Grande do Sul não -trairão o seu mandato.
colonos que vivem nessa localidade e depois apare O Sr. Jaüro Brum — V. Exa. p erm ite um afM#rs
çam aqu i para. combater o Projeto, com o que terei te? (As.sent.';"nento do orad or).-
m uito prazer, porque estarão, assim, debatendo com Adm ira-m e que V. Exa., agora, esteja fsiaado
pleno conhecimento de causa. neste tom, quando estêve fa v o rá v e l ao apressam en-
O Sr. Arlindo Kunzier — V. Exa. permite? (A s tí> velocíssim o da urgência urgentíssim a do projeto-
sentimento do ora-dor). que transform ou a CEEE em, Sociedade de Econo
Quero testemunhar o compromisso eleitoral que m ia Mista. V. Exa. d everia ter tido mais cuHÍsdo
V . Exa. assumiu, no sentido de conseguir o lotea- na vot?cão daquele p rojeto e não teve. Agora, a&o-
m ento dessas terras e não sei, nobre Deputado, se ta critério totalm ente contrário com relação ao seu
V. Exa. conseguirá saldar tal compromisso. V otarei P rojeto.
favoravelm en te ao projeto. O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — V. Exa., culto
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág.” 117
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Sstaia» coBfüj>me ee o e e J,as .) Antônio Bresolin — Deputado.
pag. 113 21 de Setembro de 1981 Anais
da Secretaria aa A gricultura e executado em cola Venho por interm édio desta, pôr-lhe a par do
boração com tôdas as comunas üo Estado, median.u que está ocorrendo neste M unicípio de Tenente
o convênio. Será êste o maior e mais serio em pre P ortela aos nossos colonos, especialmente aos que
endimento já realizado no R io Grande do Sul nesle moram perto da área ocupada pelos índios.
sentido; obra de largo alcance que, executada com Vêm os índios fazendo um verdadeiro saque
tionestidade e visão pelos nossos bravos técnico», aos pobres colonos, roubando, de mandioca para
trará incalculáveis benefícios de toda a ordem. cima.
Esperamos, por isso tudo que os ilustres pares, Se continuarem os índios roubando assim, pode
homens de in vejável espirito público, inteiramente o nobre Deputado ficar certo que muitos terão
devotados aos superiores interesses da coletividade, de mudarem-se , para poderem v iv e r descansados.
estudem e apoiem esta iniciativa que traduz em seu Cumpre-nos inform ar que o C hefe do Pôsto
hójo as legítim as aspirações e necessidades de cen de Guarita é um bom chefe, porém a onda d£
tenas de s„elvícolas e de m ilhões de filhos de agri roubos aumenta cada vez mais e, praticados no»
cultores. Só assim criaremos condições de vida maia venta por cento dos casos, pelos índios.
compatíveis com a dignidade humana nara o homem Sei que o nobre Deputado não pode fazei
do interior, darido oportunidade ao mesmo tempo, mais do que protestar e lutar da sua cadeira nã
para nue' n elemento nue trabalha o nroduz noss? Assembléia, porém tudo o que o Sr, fize r pode
cooperar mais eficientem ente na batalha d? produ ficar certo estará fazendo para os pobres e tra
ção, fator indispensável para s solução dos mais gra balhadores colonos de Tenente P ortela o que em
ves problemas que afligem o povo brasileiro. nome dêles antecipo agradecimentos.
Aqui fico inteiram ente às suas ordens.
Saio das Sessões, 2 de agôsto de 1960,
Ass. Vereador N oedy Rodrigues de A lm eida” .
Antônio B resolin — Deputado.
' T E LE G R A M A
“ ni-.rio de N otícias” , edição de 18 de aeôsto
M últipla
de 1961.
Líd er da Bancada do P T B
Deputado quer ser ouvido pela Comissão de índios
L fd er da Bancada do P SD
Líd er da Bancada do P E P
“ Tenho r1oniir, ^iad o fnlc^^ruas ^*-r,tipgdoc r^ló
L íd er da Bancada do P L
Serviço de Proteção a n í Tndios e oi.i+ros em p re
Líd er da Bancaéa do P S P
juízo dos selvf^Mps. T.ouvo a àtitudo do Presi
dente da República e até postaria do ser ouvido
A ssembléia Legislativa
nor essa Comissão” . nnlavras ^t-ofer1
’-
. Pôrto A le g re
das à reportasom do “ D iário de Notícias” , nelo
Deputado Antônio Brpsolin, do PTB. a ^rn^osUo Encarecemos necessidade aprovação projeto au
da notícia nue divulgam os pm nossa edição de toria Deputado Antônio Bresolin v g referen te lo
ontem, sôbre a ''onstituicão de uma c o m ^ ã n de teamento terras pôsto indígena p t contamos apoio
sindicância obietivando apurar irregut^r *dades oue bancada neste sentido pt
estariam oeorvpndo nos postas do SPI do Kio Saudações
Grande do Sul.
O parlam entar continuou* “ Eoi com ôcco ob i°- (a) OSmyr An tôn io B a ta a ç ro
tivo. virando defender e legalizar a terra que e fe Presidente Câmara Vereadores —
tivamente no^tence ao aboríaene. anrnsen+ei N O N O A I” .
na Assembléia L e e isl°tiva , o proi°to-d e-lei oue
está tramitando r\as Comissões, tratando da pal O SR. P O R C IN IO P IN T O — Peço a palavra,
pitante m atéria” : Sr. Presidente, para discutir a matéria.
O nosso e n t"ovistado nrosse^ue:' “Não me con O SS. PEESCDSNTS — Tem a palavra o no
formo com a situação do nosso índio oue v iv e bre Deputado.
como um pária; n ã o m^ conformo oue enouanto O SR. P O S C IN IO F IN T O — Sr. Presidente e
milhões de braços de filhos de acrrieidtores con Srs. Deputados.
tinuam sem um p s'm o d » t°'T a nara cuI+;.T,a". cen Venho a minha tribuna para, em ligeiras pin
tenas ou m ilhares de colônias de terras do Estado, celadas, pedir a esta augusta Assem bléia que, com
continuem precàr'om en+“ explo'-a^as ou a ser a sua responsabilidade, com a sua autoridade, no
viço da especularão; não me conformo, por fim, séu mais elementar dever, fulm ine, de uma vez
oue a madeira dessas áreas de terra, ainda ho.ie, por todas, o P rojeto de le i n.° 104-60, de autoria
seqund.o estou inform ado, sirvam para encher os do nobre Deputado Antônio Bresolin.
bolsos de espertalhões. Esta Casa sabe, o Rio Grande também é tes
O Denutado Antônio Bresolin revelou; “ Só no temunha, e, muito m elhor do que nós, sabe c
Pôsto indígena de N onoai foram roubados m ilha eminente Deputado A ntônio Bresolin, que a apro
res de pinheiros, sem que até hoje, alguém tenha vação dêste P ro jeto de le i não é possível, aue
ido narar na cadeia” . êle é uma utopia, que êste projeto fo i apresentado
Concluindo, o nosso entrevistado disse: “ A pura e simplesmente com finalidades estritamente
minha iniciativa conta com o apoio de várias Câ políticas e demagógicas.
maras e P refeitos Municipais, entidades de clas O Sr. Antônio Bresolin — Isto, na opinião de
ses e milhares de agricultores. c ó os que vivem no V . Exa.
asfalto desconhecem os problemas do interior, O SR. P O R C ÍN IO F IN T O — Todo o Rio
combatem a nossa in iciativa oue é justa, honesta, Grande sabe que o Deputado Antônio Bresolin
e tc.m um sentido humano, profundam ente sociai” . está desejando fazer a m aior demagogia de que
nos dá conta a história.
“Tenente Portela, 31. de outubro de 1BG0 . Este P rojeto de Lei, não é uma determinação,
Deputado Antônio Bresolin e sim, apenas uma autorização ao P oder Execu
tivo. Não tem nada de concreto, não tem nada de
Assembléia L egisla tiva — Pôrto A le g re
Sr. Denutado. determinativo.
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talhes, porque já o fizeram , com brilhantismo, os tuindo uma Comissão de técnicos e procurando, im e
nobres Deputados Paulo Brossard, Cândido N o r diatamente, dar uma solução gradativa ao problema.
berto e Jairo Brum e muitos outros eminentes
Em Vacaria temos a Fazenda de P in h al da Ser
Deputados que assomaram a esta tribuna e que
ra, com um problema i^ e se arrasta há m ais de 87
houveram por bem de debater, em todos os seus
anos, eom uma área ae terra própria para cultura,
ângulos, tão magno assunto. O Hio Grande está
a exigir, desta Casa, que reje ite êste P rojeto de ultrapassando a 200.000.000 de metros quadrados, ter
Lei sem mais delongas, porque posso inform ar a ras essas intrusadas, há mais de 30 ou 40 anos. Existe
V. Exa., com a autoridade que m e caracteriza, que Lei que regula a matéria, inclusive desvinculando o
êle está criando, realmente, uma séria situação no problema do Poder Executivo Estadual pn.ra a órbita
interior do Estado. As promessas se avòlumam dia do Município. A Secretaria de Agricultura, por con
a dia e a cantilena que se ouve, diáriamente, des vênio, deveria proceder à medição daquela fazenda.
ta tribuna, se ouve em m aior número ai no in te Pelo que conheço, a medição fo i interrom pida ou, en
rior: Prom ete-se terras, promete-se lotes, promete- tão, está sendo procedida com multo vagar. O fato
se dinheiro, tira-se dinheiro e assim por diante. é que se está dando uma solução ao problema. Que
Isto tudo precisa terminar. Esta Assembléia não é se procure dar solução ao problema existente em ou
brinquedo de ninguém e muito menos o povo que tros pontos do Estado, também, é o que desejamos,
é no caso, a autoridade máxima. mas não como pretende o Deputado Antônio Bresolin,
O Sr. A rlin d o K u nzler — V. Exa. permite? com terras distribuídas aos selvícolas e que estão re
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — Pois não. guladas pela Lei Maior, a Constituição Federal.
O Sr. A rlin d o K u n zíer — N obre Deputado. P a O Sr. Paulo Couto — V. Exa. permite? (Assenti
rece-me que a Casa recebeu com reserva a infor mento do orador).
mação que V. Exa. trouxe ao Plenário e que lhe
Para colaborar eom V. Exa., queria comunicar que
foi transmitida pelo Presidente do Partido Traba
vou’ apresentar um Projeto de L ei autorizando o Es
lhista Brasileiro de Sobradinho.
tado a desapropriar áreas que excederem 1 500 hecta
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — P or que com re
serva? Êle não é um homem honesto? res para serem distribuídos aos colonos sem terras,
e a avaliação será pelo valor declarado para o pagr-
O Sr. A rlin d o K u nzler — Mas quero,- nobre
mento do Impôsto Territorial. Quero ver quem, cou»
Deputado, inclusive assegurar à Casa \ que esta
sinceridade, está com a R eform a Agrária.
informação deve ser verdadeira, porque eu mes
mo recebi inform ações e fa le i com diversos co- O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Nobre Deputado.
lonios de Tenente Portela, de que lá estavam e Quero dizer a V. Exa. que, lam entavelmente, o seu
ainda estão esperando que se cumpram as pro- ' Projeto será utópico e inexequivel. Vou dizer por que,
mssas, que se distribuam as terras. Logo, é verda nobre Deputado e vou provar. O Govêrno do Estado
deira a informação. Cabe à Casa, agora, ajudar declarou de utilidade pública, para fins de desapro
o nabre Deputado An tôn io Bresolin a saldar as priação, uma área considerada reserva florestal no
suas promessas, aprovando êste Projeto- Barracão, M unicípio de Lagoa Vermelha. Alegando
(O Deputado Antônio Bresolin dá um aparte impossibilidade de pagar os proprietários, ou por ra
anti-regim ental). zões que desconheço, êsse Decreto fo i revogado. V eja
V Exa., se nem aqueia área o Govêrno teve condições
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Concedo, agora, teve possibilidades ae pagar aos proprietários, como
um aparte ao nobre Deputado Cândido Norberto.
determina a Lei, como poderá, então, desapropriar
O Sr. Cândido N orberto — Quero dizer o se
tôdas as áreas superiores a 1500 hectares existentes no
guinte. D e' certa form a não é só o Deputado A n
Rio Grande do KulV! Veja V. Exa. que o seu Pro
tônio Bresolin que anda acenando com a possi
bilidade de entregas de terras. Em realidade, esta jeto será muito oonito, mas inexequivel e utópico.
promessa , está sendo feita por todos aquêles — e O Sr. Cândido Norberto — Não, porque há um
eu me filio entre êles — que se batem pela re “ barbicacho” tiesse P rojeto qae permitia grandes de
forma agrária que se há de traduzir em entregas sapropriações no R io Grande, E’ estabelecer-se como
de terras aquêles que a trabalham e não a pos preço, como indenização, o valor venal atribuído pelos
suem. Que se cuide, porém, de reform a agrária proprietários para os efeitos de pagamento do Im por
nas costas dos indios é que me parece não muito to Territorial,
certo. O SR. F Ü K C IN IO P IN T O — Este é outro caso, n o
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Chamo a atenção de bre Deputado, apenas um valor estimativo para e fei
V. Exa., Deputados Cândido Norberto, para lhe co tos de loteação, V. Exa. sabe disso. Isto é a história
municar que, há poucos instantes, fiz referência ao tributária do Rio Grande do Sul, história que não va
magnífico trabalho apresentado desta tribuna por leria a pena discutir agora.
V. Exa., Deputado Cândido Norberto, para lhe '.'0
Projeto de Lei 104.60, trabalho que deve ser lido, me Mas, Sr. Presidente, não quero continuar mais t o
dicado, porque, realmente, despertcu-me a atenção, mando o tempo de meus eminentes pares. Apelo a
como deve ter despertado a atenção de todo o povo V. Exa., Sr. Presidente, apelo à Casa para que, sem
rio-grandense. mais delongas, terminemos com esta história, com êst".
O Sr. Romeu Scheibe — Concordo perfeitamente Projeto de Lei '‘Fantasm a” 104.60 porque, enquanto o
com o aparte do Deputado Cândido Norberto, mas eminente Deputado Antônio Bresolin pregava os e fe i
também não se pode continuar deixando ao aban tos dêste Projeto no Interior do Estado — e é para is
dono, nessa área o nosso índio. E, não se pode falar so que quero chamar a atenção dos Srs. Deputados —
em reforma agrária sem que se equacione êsse assun enquanto acenava distribuição de terras, melhoria de
to. vida para os colonos, melhoria de vida _para os f i
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Deputado Romeu lhos dos colonos e outras cousas mais — e o Deputado
Scheibe, V. Exa. tem razão, e creio que V. Exa. tem Antônio Bresolin pensa que só êle pode falar em no
em mente o que afirm ei há poucos instantes: cabe me do colono no Interior e que só êle conhece o pro
ao Poder Executivo, à Comissão de Terras, à Procu blema — enquanto fazia isto, Sr. Presidente, êste P ro
radoria de Terras e até mesmo a esta Assembléia equa- jeto dormia arquivado. Fui descobrí-lo, pois o P ro
5ionar o Droblema. em todos os seus ângulos, consti jeto estava ai-auivado e só m uito mais tarde é «u e
Pág. 125 21 de Setembro de 19S1 inais
fui descobrir que náo havia sido distribuído às Co- P ro jeto ue JJecrtLo Legisla tivo n.u 22-61, queiraii»
nissóes Técnicas da Casa. perm anecer como se encontram, tp ausa) Aprovaao,
O Sr. Antônio üresom i — Se o fôsse, V. Exa. seria Uíscussüo e vomçao ao W ojes.0 ue De-Jieio .Le
derrotado. gislativo n-“ 24-61, originário aa com issão ae Eau.
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — Requeri o tiesarqui- caçao e bauue. Apr-ovu term o aaitivo ao cunvêmc
vamento e, consequentemente, a vinüa a Pit-nario dês- ceieoraao e m ie o instado e a Socieuaue ae Ampare
* Projeto, peio arcxgo 5a da nossa Constituição. ao M enor ADanuonauo ae Lavras do Sui. j^aiecei
Agradeço a V. Exa. e estou ceico üe que esta Assem- fa v o rá v e l aa Comissão aè Finanças' e Orçamento.
Em aiscussao. (.Pausai flau li'-vendo quem quei
íléia porá hoje um iim a éste assunto. (Pajnras). (O
ra aiscutir a matéria, aeclaro encerrada a discussão.
discurso revisto paio orador).
Em votaçao. üs Srs. Deputados que o aprovam,
O SK. P R E S ID E N T E — N ão há mais oradores
queiram perm anecer como sé encontram. (.Pausa)
inscritos para discutir o P rojeto de L ei 104.-60. Vou tíe- A provado.
;larar encerrada a discussão. (Pausa) Encerrada. Discussão e yotuçào dó P ro je to üe Decreto Le
O P rojeto de L ei retornará às Comissões Técnicas gislativo n." 25-61, originário üa Comissão de Educa
da Casa ,em virtude de Emenda ae Líder, apresentacu ção e Saude. A p rova têrm o a a itivo a convênio ce-
neste instante. íeorado entre o listado e a Cidade dos Meninos da
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — P ela ordem, Sr. Pre- Legião da Cruz,, ae ±>age. Parecer fa v o rá v e l da Co
liüante, peço a palavra. missão d e 'iin a n ç a s e urçam ento.
O SK. F R E ü íiS L N iE — V. Exa. Tem a paiavra Em aiscussao «Pausai Ja que nenhum dos Srs.
Dela ordem . Deputaaos solicita a paiavra para discutir a mate-
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — Consulto a V. Exá. ria, aeclaro encerrada a dis^u^sao.
se, tendo vindo éste P rojeto de L e i a Plenário pelo ar- Em votaç&o. Os Srs Deputados que aprovanj
iigo 58 da Constituição, quantos aias ele poderia per- o P ro je to de D ecreto Legisla tivo n-° 25-61, queirara
nanecer nas Comissões Técnicas, para voltar, nova- permanecer como se encuniram iP au sa) — Apro
nente, à apreciação do pienário. vaao .
O SR. Pü E SaB E N TE — Ja decidiu a Presidência Djscussao o ;olaçao ao P ro je to de L e i n.L 261-61
lue os projetos que vêm a Plenário em virtuae ao originário uo G overno do Estado. Cria cargos no
artigo 58, recebendo Emendas, retornam às Comissões (cjuauro oruinário de pessoal aas E xatoiias. jrarece-
Técnicas, obedecendo o regim e ue urgência do i-.egi res íavoraveis das com issões ae Finanças e Orça
mento Interno, e portanto, as Comissões Técnicas têm mento, de Constituição e Justiça, e de s e rv iç o Pí»>
o prazo de 43 horas para apreciar a Emenda, voltan blico e Assistência Sociai.
do, logo após, o Processo á apreciação do P lenário Em discussão u-ausa; N ao navenao quem quei
O SR. P O R C ÍN IO F IN T O — Agradeço a V. Exa. ra discutir a matéria, aeclaro encerrada a discussão.
O SR. P R E S ID E N 'ÍS — Discussão e votação do Em votaçao üs Srs Deputados que tp rovam a
P ro jeto de L e i 102-61, tío Govêrno do Est.sdo, Se presente p ro jeto ue Dei, queiram perm anecer como
cretaria de Obras Públicas. A u toriza o Estado a re~ se encontram IPausa). Aprovado.
:eber, independentem ente de indenização, os bens Discussão o votação do P ro je to de Dei n.u 246-60,
utilizados no Serviço de Hidráulica do M unicípio da de autoria ao uobie Deputado Syn val G uazzelli. A l
Santo Antônio da Patrulha, e éa outras providências. tera aispositivo da Lej n.o 3 .88L1-A, de 30 de'dezem -
Urgência requerida no dia 4 de julho üe 1961. P a Dro de 19òa. Ha duas Emendas da Comissão de Fi
receres favoráveis tías Comissões de Constituição « nanças e Orçamento. Pareceres favoráveis das Co
Justiça. Obras Públicas e Finanças e Orçamento missões de Finanças a Orçamento, de Constituição
Em discussão. (P au sa). N ão havendo nenhum Sr. e Justiça, e de S erviço P u blico e Assistência Social.
Deputado que queira discutir a matéria, vou declarar Em discussão (P au sa). N ão havendo quem quei-
encerrada a discussão. (Pausa) Encerrada- ra discutir o P ro je to de Dei anunciado, declaro en
Em votação. Os Srs. Deputados' que aprovam o cerrada a discussão.
Projeto de Lei 102.61, queiram conservar-se sentados. Em votação.
iPausa) Aprovado. f uid e scob r f BROS-SARD — Peço a palavra
Discussão e votação do Projeto de Lei 137.61, de au Sr. Presidente, para encaminhar a votação.
toria do Deputado Euclydes Kliem ann. Concede isen O SR. P K ü S iiíE N i'!!, - jo in a paiavra, para en
ção do impôsto de transmissão de propriedade “ íntef- caminhar a votação, com a palavra o nobre Depu
/ivos” ao Coranthians Sport Club, de Santa Cruz do tado Paulo Brossard.
Sul. H á uma Emenda da Comissão de Finanças e O r O SR. PALjLiO JSKOSSAKD — Sr. Presidente
çamento. Pareceres favoráveis das Comissões de Cons e Srs. Deputados;
tituição e Justiça e Finanças e Orçamento. O P ro je to de Dei n.11 246-60, de autoria ao nobre
Em discussão. (P au sa). Não havendo quem queira Deputado Synval Guazzelli, altera o parágrafo 2 a
discuti-lo, vou declarar encerrada a discussão. (P a u do A rtig o u.o IV da Dei 3.889-A, de 30 üe aezembro
sa). Encerrada. de 1959.
Em votação a Emenda da Comissão de Finanças e P elo A rtig o 1/ de Dei 3 839-A, cujo texto, infe
Orçamento. Os Srs. Deputados «u e a aprovam, quei lizm ente, não se encontra no processo, fica o Poder
ram conservar-se sentados (Pausa) E xecutivo autorizado a fix a r os vencimentos do fun
A p ro v a d a . cionalismo público, reajustando-os conform e a ele
Em votação o P ro jeto de. L e i. Os Srs. Deputados vação do Custo de vida apurada por um Instituto
que o aprovam, queiram perm anecer com o se en Universitário da Faculdade de Ciências Econômicas
contram. (P au sa). A p rovad o. d>a U niversidade do B.io Grande do Sul.
Discussão e votação do P ro jeto de D ecreto L e Parece-m e acertado que se recorra a uma enti
gislativo n.° 22-61, da Comissão de A gricultura. A- dade idônea quando se queira fixa r os vencimentos
prova convênio celebrado entre o Estado, por inter do funcionalism o público, atualizando-os em funçãc
m édio da Secretaria de Educação e Cultura, e a do desgaste da moeda. O que não me parece corre
Associação Rural de Santa V itória do P alm ar. Pare to, entretanto, Sr, Presidente, é -a norma existente
c er fa vorá vel da Comissão de Finanças e Orçamento na L e i n." 3.889-A., de 30 de dezem bro de 1959, ? «
Em discussão (P ausa). N ão havendo quem quei- seu A rtig o 17, quando delega ao P oder E xecutivo po1
i a discutir a matéria, declaro encerrada a discussão. der para, m ediante decreto, fazer esta fixação e isto
Em votação. Os Srs. Deputados aue anrovam nela mais simples das razões; é aue, nos têrmos da
f-naís 21 ae setembro cie 1961 Pág. 123
Constituição do Estado, .Artigo 45, inciso 7.", a 4s- A p rovaao q Substitutivo, vai em Pauta Suple
iernbiéia Legisiativu, m euiante le i — isto e, com a menta/, nos lerm os ao Regimfc.nto.
sanção do tiovernauor f- Estaao — é que fix a ou -Discussão e vouaçao do Pro j eco de L e i n.°
altera — e, alteranao. nao deixa de fix a r — os ven- 125-61, ae autoria üo nobre Deputado Synval Guaz-
:imenios dos servidores públicos ao Estado sempre zelli. Concede isenção ae impostos e taxas ao Gr=-
fjor lei especial. Quer isto d izer que, nos têrmos
rnio Foot-üaü i^órto-aiegrense. Pareceres favoráveis aa
ão artigo 17 da L e i 3.889-A, houve uma üelegaçàó Comissão ae Constituição e Justiça e aa Comissão ae
io Poaer L egislativo ao P oder E xecutivo. Aquilo q inanças e Orçamento- Em discussão. Se não houver
que tinha de ser "feito caso por caso, por le i espe quem aeseje úiscutir a meteria, vou encerrar a discus
rai, peia Assembléia, passou a ser feito por ato do são- (Pausa) Esta eneerráaa a discussão. Em votação.
Poáer Executivo e em virtude de uma delegaç.ao Os Srs. Deputados que o aprovam, queiram conser
legislativa, contida no artigo 17 da L e i 3.839-A, de var-se sentados. (Pausa) Aprovaao. Discussão e
3U de dezembro de 1059.
votação do .Projeto de Decreto Legislativo SS-61, c a
Não discuío, Sr. Presidente e Srs. Deputados, uomiòsao ae ü-aueaçao e üaüde, que aprova têrm o aui-
se a delegação de poderes é um bem ou um mal. tivo a Convênio celebrado entre o Estado e o Ins
Não indago se é uma necessidacie ou uma. desneces tituto de Menores, de Pelotas. Parecer favorável
sidade dos. Estados m odernos. Conheço a opinião ãe aa Comissão ae Finanças e Orçamento, tóe nao hou
numerosos autores de alta categoria cientifica, que
ver quem solicite a palavra para discutir o Projeto, vou
afirmam que é uma necessidade aos Estados m o
encerrar a aiscus^ao. (Pausa) Kncerrada a aiscus-
dernos. Registro, entretanto, que, sábia ou errada
são. Em votação. Os Srs. Depucauos que o aprovam,
mente, a Constituição do Estado, em seu artigo 4 o
queiram conservar-Se seníaaos (Paus'-.; Áprovaao.
§ 2.°, repetindo, aliás, o que se lê no §2.'-, do artigo
Discussão e votação do P ro jeto ae Decreto L e
33 da Constituição da República, veda expressamente
gislativo 2Í-61,'da Comissão de Educação e Saúde,
a delegação de poderes,
que apro\a termo aüitivo a c on vên io celebrado en
O SR. P R E S ID E N T E — Está esgotado o prazo
tre o Estado e o Institu to,S an ta Terezinha, de Ca
de V. Exa.
xias do Sul- Parecer favorável da Comissão de í>-
O SR. P A U L O B R O S SA R D — É texto expresso,
nanças e Orçamento. Em discussão. (Pausa) Não ha
imperativo, obrigatório da Constituição, e, por isto,
vendo quem queira fazer uso aa palavra para dis
o artigo 17 da L e i 3.889, de 30 de dezembro de 1959,
é flagrantemente ínconstitutcional. P or isto, Sr. P re cutir o Projeto, vou encerrar a discussão. (Pausa)
sidente. entendo oportuno lem brar êste ponto de Encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Depu
vista, ao ensejo da m odificação do § 2-° da Lei tados. que o aprovam, queiram conservar-se sen
3.889-A, e, apenas a título de informação, digo à Ca tados. (Pausa) Aprovaao.
sa, que o P ro jeto de L e i que se transformou na Lei Não irá mais m atéria a ser considerada na O r
n. 3.889-A, de 30 de dezembro de 1959, L e i cujo ar dem do Dia. Não há também oradores inscriios pa
tigo 17 contém, apresenta inconstitucionalidade pa ra discussão de M atéria em Pauta. Vamos passar às
tente, manifesta, tangível, pela delegação de pode
res que encerra, não foi apreciado, Sr. Presidente,
pela Comissão de Constituição e Justiça, E ra^jim EXPLICAÇÕES PESSOAIS
Projeto que fix a v a os vencimentos do funcionaliim o
e as questões de vencim entos do montante do nível, Com a palavra o prim eiro orador inscrito, no-
absorveu com pletamente a atenção dos Srs. Depu ure Deputado Onil X avier. (Pausa) Ausente S- Exa.
tados e creio que quanto ao Artigo- 17 não houve com a palavra o seguinte orador inscrito, o Deputado
qualquer apreciação. Osmany Veras, (Pausa) Ausente 3. Exa., com a pa
Era isso que queria dizer, Sr. Presidente, nêste lavra o seguinte orador inscrito, o Deputado Seno
debate, uma vez que já pensei em apresentar um Ludwig.
Projeto revogando n A rtig o 17, porque me parece de O SR. SENO L U D W IG — Desisto da palavra,
ir.constitucionalidade manifesta- Sr, Presidente.
Só isso, Sr. Presidente .íP alm a s) (Discurso nãu O SR. P R E S ID E N T E — Desistindo S- Exa. da
revisto r*f»lo o r p d o r ). sua inscrição, com a palavra, a seguir, o Deputado
O SR. P R E S ID E N T E — E m . votação as duaj Antonino Fornari.
Emendas da Comissão de Finanças e Orçamento. Os O SR. A N T O N IN O F O R N A R I — Desisto, Sr.
Srs. Deputados que aprovam as Emendas, queiram Presidente.
permanecer sentados. (Pausai Aprovada. Em vota
ção o P rojeto de lei n-“ 24R-RO. Os, Srs. Deputados O SE. P R E S ID E N T E — Desistindo S. Exa.,
n1-!? o aorovnm, queiram perm anecer sentados. (Pau com a palavra, a seguir, 0 Deputado Gustavo Lan -
sa) . A p rovad o' gsch. (Pausa) Está ausente S. Exa. e não há mais
Discussão e v o ta d o [}r* P roieto d ° lei n.° H9-?U, •oradores inscritos para Explicações Pessoais. A n
do nobre Deputado Ruv K aercher. Concede auxílio tes d e 'e n ce rra r a presente sessão, convido os. Srs.
à Sociedade A vícola Sflíita-cruzense, Há um substi Deputados e comparecerem a esta Assembléia do
tutivo dn Comissão de ^in^tiras e Oroampnto Pa- m ingo próximo, dia 17,, às 9 horas, uma vez q.ue a
receres favoráveis da Comissão de Constituição e Assembléia fo i convidade a participar de solenid.a-
Justiça e da Pomis^ão ^e ^nanca.s e Orçamento, Em
des que estão sendo promovidas pelos Centros de
votação. Os Srs. Denut>"dos oue anrov°m o- Proieto
Tradições Gaúchas do R io Grande do Sul. Às 9
quedam nprmnrlonop cpnfri/^r.tí. (P a^ sa). A-^rovado.
horas, domingo, dia 17, estará à disposição dos Srs.
o pw. P 4 r? .-0 FTÍO SSAR D — Pela ordem, Sr.
Pre<.^p"V. Deputados, em frente desta Casa, condução para
conduzí-lcs até ao -Monumento de Bento Gonçal
O SR. P E F í W N T S — P e l» com a pa-
lavr-» o ^obrp Paiilo "Brossard. ves, onde deverá ser depositada, pela Assembléia
irma coroa dé flôres coroo partè- das solenidades ds
O SR. P.HTTiro — Sr. P re c!dente.
Crein ni?p na í pHrneirn o Sub?t'tutivo. “ Semana Crioula” que está sendo levada a efeito pe
O s?TRi# __ Em dotação o s^b^Hu- los Pentros de Tradição Gaúcha. Estão, portanto,
frvo da C o m ilã o cie a Or^átnsrito. Os Srs.
convidados os Srs. Denutados para essa solenidade.
De^i^nrins que ar"rov"m o Substitutivo, «rueiram Nada mais hav-endo a tratar, vou encerrar a
Permanecer sentados. (Pausa) A p rovad o. presente sessãò, convocando, antes os Srs. Deputado!
Pág. 124 21 de Setembro de 1961 anais
w-------- -
para a sessão de seguudarfeira próxim a, à hora regi* Paço saber, em observância ao artigo 48 da Cons,
jnentaL-com a seguinte tituição do Esiaao, que a Assembléia Legislativa
iprovou e eu promulgo a seguinte resolução;
R egistre-se e publique-se.
Assembléia Legislativa do Estado, em Pôrto A le
gre, 12 de setembro de 1961. Assem bléia Legislativa do Estado, em Pôrto AleJ
A N O L A N D E L IA N O gre, 11 de julho de 1961.
Carlos Santos
1.° Secretário
K E S O L U Ç ã.0 N .° 803 DE 12 DE SE T E M B R O DE 1861
Alcides Costa
Concede dezesseis (16) dias da 2-° Secretário
licença para tratar de interesses pai~
ticulares ao Deputado Gudbem Oas- Guilherme do Valle
tan heira. 3 ° Secretário
A M E S A D A A S S E M B L É IA L E G IS L A T IV A DO
Art. 5.° — A organização do concurso, a e x
ESTADO, no uso de suas atribuições legais, designa
pedição de editais e as normas sôbre o sigilo
o D iretor da D iretoria Adm inistrativa, SK. JOÃO
dos trabalhos ficarão a cargo dá D ivisão de Cul
CASTILH O S, para responder pela D iretoria G eral
tura aa Secretaria de Educação e Cultura.
enquanto durar o im pedim ento do titular Sr. A m o
Mora, por m otivo de férias régulamentares.
Art. 6.o — A Com issão' Julgadora, a ser con
Registre-se e publique-se.
vidada pelo Secretário de Estado dos Negócios
da Educação e Cultura, será composta de ura D e
Assembléia L egislativa do Estado, em Pôrto A le -
putado, ae um membro do Instituto H istórico e
gi'e. 10 de julho de 1961.
Geográfico do R io Grande do Sul e de uma pes
soa que possua notórios conhecimentos da vid a
H élio Carlomagno e da obra do biografado.
Presidente
Parágrafo único — Os nomes dos integrantes
Carlos Santos
« a Comissão Julgadora serão divulgados no edital
1.° Secretário de lançamento do concurso e sómente será subs
tituídos por m otivo de absoluta fôrça maior.
A lcid es Costa
2-" Secretário Art. 7.° — Serão concedidos prêmios em di
nheiro, no valor de C r* 100.000,00 (cem m il cru
zeiros;, a obra classificada em 1.° lugar; no valor
de Cr$ 60.000,00 (sessenta m il cruzeiros) á segun
A M E S A D A A S S E M B L É IA L E G IS L A T IV A D o da classificação; e, no valor de Cr? 40.000,00
ESTADO DO R IO G R A N D E DO SUL, no uso da (quarenta m il cruzeiros) à terceira.
suas atribuições legais, designa o SR. W A L T E R DA
SILVA, Chefe do Serviço de Mecanografia, FGa, pa § 1.° — O julgam ento da Comissão será ir -
ra responder pelo expediente da Diretorie Adminis recorrivel.
trativa, enquanto durar o impedimento do respecti
§ 2.° — A Comissão, a seu critério, poderá
vo titular, S r. João Castilhos. ora invesüdo no car
deixar' de atribuir os prêmios a que se refere
go de D iretor G eral. o artigo, ou, à vista de outros trabalhos m eritó
Registre-se e publique-se rios, além dos premiados, poderá propor a con
cessão de menções honrosas, a seus autores, caso
Assembléia L egislativa do Fitado, em Pôrto Ala- em que serão expedidos os diplomas correspon
gre, 10 de julho de 1961. dentes.
Art. 8.o — O orçamento do Estado para o
H élio Carlomagnu exercício de 1962 consignará dotação para o ates-
Presidente dimento das despesas decorrentes desta lei.
A rt. l.o — F,’ in stitu íd o um concurso pú b lico A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado,
<5e biografias do dr. Antônio Augusto Borges de ao uso de suas atribuições legais, de conformidade
Medeiros. com o laudo n.° 019Õ17, da D iretoria de Biom etria
Médica, resolve conceder à Taquígrafa Ondina
Art. 2.° — O concurso será lançado, com am Maria Balzano Guimarães, uma licença de dez (10)
pla divulgação, no dia 19 de novem bro do cor dias, para tratai de pessoa da fam ília, de acôrdo
rente ano, data do nascimento do referido esta com o art 146 da L e i n.° 1.751, de 22.2.52, a contar
dista. de 21 de julho corrente.
Registre-se e publique-se.
Art. 3.° — A s obras serão encaminhadas à C o
missão Julgadora até o dia 25 de abril de 1962, Assembléia Legislativa do Estado, em <rorto
data do prim eiro aniversário do . falecimento do Alegre, 24 de julho de 1961
dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros, a qual “A n o Lan delian o.
deverá realizar o julgam ento e proclamar os re
Hélio Carlomagno — Presidente
sultados em 19 de novem bro do mesmo ano.
Carlos Santos
i P Secretário
A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado, A lcid es Costa
no uso de síias atribuições legais e tendo em 2P Secretário
vista o que consta no processo n.° §0-61, em con
form idade com a Resolução n P 858, de 19.12.1960,
reso lve tornar insübcistente a punição que fo i im
posta pelo Senhor D iretor G eral à A u x ilia r de TÊ E M O DE R E S C IS Ã O DE CONTRATO
P ortaria V erônica Bernardi dos Santos, po.r in fra
ção do disposto nos itens III, I V e X I, do art, 201 A o prim eiro (1 ° ) dia do mês ae agôsto do ano
da L e i n.° 1.751, de 22.2.52. de mil novecentos i. sessenta e um (1961), nesta
Registre-se e públique-se. cidade de Pôrto Aiegre, uapitaj ao Estado do Rio
Assem bléia Legislativa do E*ta4o, em Pôrto Grande do Sul, na sede da Assembléia Legislativa,
A legre, 25 de julho de 1961. cornoaxeceu perante .) .xino. Si. Deputado Carlos
A n o Landeliano Santos., iP Secretario, o Sr Carlos Arm ando Vidal
Corrêa, brasileiro, solteiro, lesideute e domiliciado
H é lio Carlomagno — Presiu^*™» nesta (Japital, sendo acordada í rescisão do seu
'C arlos Santos — 1.° Secretário contrato, lavrada a oito ( 8 ) ae junho do corrente
A lc id e s Cosia — 2.° Secretário ano, em virtude ae tiavei sido nomeado para e-
xercer largo oúblico lederai
&, em razão do que, toi lavrado o presente
têrm o de tescisáo aue vaj assinado pelas, partes
A Mesa aa Assem bléia Legislativa do Estado, e pelas testemunhas.
no uso de suas atribuições legais e tsndo em Assembléia i .egislativa do Estado, em Pôrto
vista o que consta (io processo n.° 74-61, em con- A le g re 1 ° de agôsto de 1961.
Eormidade com a Resolução nP 858, de 19.12.1960. "A N O L A N D E L IA N O ”
resolve tornar ínsubsistenté a punição que foi
imposta pelo Senhor D iretor G eral ao A u x ilia r Cario? Santos
de Portaria Rem o Felberm ayer, por infração do I P Secretário
disposto nos itens III, IV e X I, do art. 201 da Carios Arm ando Vitf* 5 Corrêa
L e i n.° 1.751, de 22.2.52.
Registre-se e publique-se. TESTEM UNHAS:
Assem bléia Legiáiativa do Estado, em Pôrto I.uoy P.ransJâo
A legre, 25 de julho de 1861. 2 erezinha O. Pithan
A n o Landeliano.
M ariano B eck — í.o Vice-Presidente no O Sr. Daniel Ribeiro assume a Presidência, de
exercício da Presidência clara abertos os trabalhos da presente reunião e de
termina a leitura da ata da sessão anterior que, pos-
Carlos Santos — 1° Secretário ;a a votos, fo i aprovada.
M ário V ieira Marques — 4.° Secretário A seguir, foi examinada a pauta dos trabalhos üt.
Plenário para á tarde de hoje.
A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado, Após, foram aprovadas e assinadas as Redações
no uso de suas atribuições legais, designa o Bel. Finais dos Projetos de Decretos Legislativos n s .; ..
João de Souza R ibeiro para exercer a função gra 2-61 e 3-61.
tificada de Assistente Técnico, padrão 5 G-6. a
parür de 17 de maio do corrente ano. Não íiavendo mais matéria a sei examinada o sr.
Registre-se e publique-se. Presidente encerrou os trabalhos, determinando fosse
lavrada a presente ata que, lida e achada conf"rr-~
Assembléia Legislativa do Estado, em' Pôrto vai assinada por S, Exa, e por mim Secretária
Alegre, 1° de agôsto de 1901.
Sala R uy Barbosa, em 18 de maio de 1961
Ano Landeliano.
(a ) Deputado Daniel Ribeiro Presidente e Di-
M ariano B eck — 1.° Vice-Presidente no
va Perez — Secretária
exercício da Presidência.