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DIÁRIO da j lESTADO D O RIO G R A N D E D O SUL

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95.a SESSÃO, E M 15 D E S E T E M B R O DE'1961

Presidência dos Srs. Mariano Beck, 1.° Vice-Presidente «o


exercício da Presidência, Alcides Costa, 2.° Secretário, Gui­
lherme do Valle, 3.° Secretário, e Gustavo Langsch, Der” 01do
mais idoso presente.
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Partido Trabalhista Brasileiro — L5gRlcm MnmG,k oê,-Gcm lcmG, M,m, pnêG,ê,C«mc -, êcgc-Gc gêRmck cC
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Xno,ln .,RCV-ln y,êGR-mP lc °V,lênm gn-Gê, ,Gn
Partido Social Democrático — L-Gn-R-n Ônê-,êRk lcmG, LmmcC25 R,k Vc lcGcêCR-nV n ,VCc-Gn lnm
'VmG,Xn U,-omgv c U,Vên UcRG nS T2mtlRnm p,ê5,Cc-G,êcmk ,Gê,X m l, .cmn5V n -Sá ED”Uk

Partido Libertador — M -lRln rnê2cêGnk L-Gcên XELFGRAMA:


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União Democrática Nacional — LêGVê (,gvR-R c CRln n g,êon lc yR-RmGên l, N, lcS
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Partido de Representação Popular S— L Dn-tn Xc-ln C,Rm c pclRc-Gc , mcê 5RlnS ê,mm,«mc ,n pcêtnã
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Partido Social Progressista — Adaury F


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Partido Democrata Cristão — . ..


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o SR. P R E S ID E N T E (Alcides Costa) — MnC abcpVG,ln L-Gd-Rn (êcmn5R-S
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E ST A Antero Simões, NcgêcG:êRn convidado, pênã ênm, ln NêS n n 9vcn2,5ln ync-mgvk iêcmRlc-Gc l,
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O Sr. Osmany Veras, NcgêcG:êR, gn-XRl,lnk O,F ,
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Pag. 98 21 de Setembro de 1961 Anais
Vimos à presença de V . Exa. na certeza absoluta portante que as da linha de fogo. Seria o apareci-
Je que, pela justiça do que pleitçamos, seremos ampla- rnento de um novo tipo de soldado — o da fome!
jnente atendidos. É. o assunto, de um civismo Aliás, sôbre tal assunto, na Assembléia Legislativa
transcendental que se prende ao fato da extinção dos do Rio Grande do Sul, o dinâmico deputado Antônio
Tiros de G.uerra nas regiões agrícolas do Brasil, mui Bresolin vem, com raro brilho, focalizando tôdas as
particularmente no Rio Grande do Sul. Não há du­ facetas do complexo quão interessante problema
vidar, Exa., de que a extinção das profícuas ativida­ Equacionado sob aquele prisma, sua solução será fa
des dos tiros de guerra, trouxe graves prejuízos à cílima. Se isso ocorrer, nosso colono poderá continuai
nossa lavoura, afastando, quase que definitivamente, a ser, com mais eficiência, maior autonomia e mai:
centenas de braços fortes do amanhã da terra gene­ ardor legítimo propulsor do progresso econômico
rosa. Pois, em realidade, ano por ano. a mocidade financeiro de nossa Pátria, transformando seus tor
radicada nas zonas coloniais, chamada ao serviço da rões, ainda que pequeninos, em fatores decisivo*
Pátria, num êxodo calamitoso à agricultura, com fun­ de riquezas e de fartura.
dos refíexos na economia nacional, deixa, por largo Eis aí, Exa sem rodeios e com os olhos postos
período, V gleba que trabalha desde tenha idade, pa­ no glorioso Pavilhão Auri-Verde, o nosso apêlo ao
ta aflir aos quartéis. homem Presidente do Brasil, que está fazendo uma
O filho do nosso colono, criado num ambiente revolução maravilhosa sócio-econômica. de molde a
característico do nosso “hinterland”, sem ter a míni­ sanar tôdas as dificuldades nacionais.
ma idéia das ilusões que a êle se oferece fora do
seu “habitat”, ao tomar contato com a vida de ca­ João Thèo baldo IVloenseh
serna, após alguns meses de convivência num setor Pres. da Ass. Rural de Encantado”#
que não é, por índole, o seu próprio, fica chocado. B
que, lá no quartel, tirante a instrução que lhe é ad­ (Após a leitnrs)
ministrada, a vida para sl é um céu aberto. Não mais Estas são as palavras contidas no ofício dêsss
a luta titânica, de sol a sol, pela conquista do pão eminente gaúcho
de cada dia. A batalha travada entre o homem e a Quero aproveitar a oportunidade para dizer qut
terra. Mas sim, um completo alheiamento das lides transferido que foi o Primeiro Congresso Nacional de
lavoureiras, com comida, calçado e roupa, por conta Assembléias Legislativas, a rseliza.r-se em nosso Es­
do Govêrno, num convite à futura inércia. E ainda tado. e que trará ilustres representantes de tôdas as
mais: em geral, o filho do colono é um analfabeto. Unidades da Federação, terei ensejo de preparar esta
Aprende, desde logo, as quatro operações, algumas tese para apresentá-la perante aquêle seleto auditório
regras simples de juros e, com isso, ao propiciar- no sentido de nue seja resolvido, o quanto antes, êste
se-lhe,_ depois do primeiro período de instrução mili­ problema, e, des^e lá, como sempre tem acontecido,
tar, o curso para cabos, êle o faz com êxito. Poste­ tenho a certeza de contar não só com o apoio de to­
riormente, atinge o posto de sargento. E, dêsse modo. dos os ilustres Deputados desta Casa como também
vivendo nova vida mais amena, sem a rudeza da dos deinai.; integrantes daouele ilustrado conclave e
rabiça do arado, jamais cogita de retornar à lavoura. d» todo, o Brasil, conforme se vê no “Correio da
Muito justo, isso. Porque ninguém, denois de vis­ M anhã” que di que assim agindo, estaremos traba­
lumbrar um modus vivendi folgado, sem preocupa­ lhando acima, de tudo pm defesa da população bra­
ções maiores, como as das condições metereológicas sileira para n engrandecimenfo da nossa querida Pá­
favoráveis ou não, ou da debelacão de pragas agrí­ tria. o Brasil, (Palma?' (Discurso não revisto pele
colas. quererá, por sem dúvida, regredir a um estado orador^
latente de lutas e de sofrimentos, nodendo estabili­ O SR P R E S Í D F N T E rAlcides Oostal — A seguir
zar-se em funções de menos sacrifícios... com a oa^vra o nobre Dentitado Antero Simões, pe­
Com tudo isso, Exa., se o jovem colono é dispen­ lo Çünafíi osàsào minutos.
sado do serviço militar no temno regulamentar, quan­ O SW A V T F 1RO 9TM OES — Sr. Presidente e Srs
do regressa ao lar volta apático, desajustado, quica Deputados
revoltado. Naturalmente, pela comparação que sè lhe Na qualidade de cun.lpnte de Denutado da Ban­
pntolha, entre o modo em nue êle e seus familiares cada do Partido Libertador, com rápida n°ssagerr
foram criados, desamparados, e a maneira de viver nor esta augusta Hasa. quero trazer um denoimentc
de outros patrícios mais afortunados. Então, quando insuspeito por op tratar de Denutado de Onosicão,
isso acontece, o rapaz já não é o mesmo que era mas que Vi imnne com relação so imnortante servi­
quando nartiu para as fileiras do Exército, Vira num ço dá Secretaria da Fazenda aue é a Fiscalização dc
desiludido. Ao tomar, novamente a enxada, está com Impôsto sôbre Vendas ° Consignações.
os olhos voltados para a cidade, ro mais profundo Nós. que acomnsnhamos os pronunciamentos dos
deslnterêsse pela agricultura, fonte honrosa de riaue- eminentes Denutados vio-grandenses que acompanha­
zas para si e para a Nação. É aue os vícios da civi­ mos o desenrolar dos trabalhos da Assembléia Leffis-
lização mais requintada, adquiridos por êle em tão lativa estamos a nar dac críticas aue se têm feito,
pouco tempo, caíaram-se-lhe imnlacàvelmente no algumas vêzes. a êsse imnortante serviço de arreca­
p.mago da sua formação primária de homens simnles, dação de tributos Em fazendo êste meu pronuncia­
desviando-o de suas verdadeiras e úteis finalidades mento, Sr. Dresi^pnte, me nermito divergir do meu
— como seja o de soldado da nroducão. Há, entretan­ eminente Líder Deputado Paulo Brossard, bem como
to, a nosso vêr, e pedimos vênia a V . Exa. para su­ de pronunciamentos aqui feitos pelo nobre Denutado
gerir, um meio de justapôr-se tal situação. Seria a Antônio Bresolfr m outros colegas a ês®e recneifo.
criação de Tiros de Guerra nos lugares onde hou­ ÍT. que, Sr Presidente e Srs. Deputados, êsse ser­
vessem Postos Affro-Pecuários. agora nor decreto n.° viço é complexo, é uma das mais difíceis tarefas 5
S .281 de 7 im outubro de 19c3, sob jurisdição admi­ serem executadas na administração pública, qual se
nistrativa das Assoc^ões Rurais, escolas cívicas ja, a dp fazer carrear para o erário os recursos ne­
que, durante a manhã ensinariam o militarismo e, cessários para a realização de pmprpendimentos im­
pela tarde. deixariam os alunos frenuentar os postos prescindíveis ao funcionamento da adminsítração.
para o abeberamento dos conhecimentos técnicos sô­ O norno dp funcionários do serviço de fiscalização
bre agricultura p pecuária. Seria uma solução con- do Tmpôsto sôbre Vendas e Consignações, com a res­
ssntSnea com as necessidade^ nacionais, sob todos os salva do orador qu° nrpntp a a+encão do Plenário,
pontos da vista. Ao par do soldado, teriamos o neste momento, é eminentemente técnico, dedicado
agricultor. N u m a frente de combate não menos i n. 'nteiramente ao cumprimento das suas obrigações e
Anais 21 ds Sètembro ds 1SG1 ?âg. 99

que tem saoido, em todas as . ocasiões, conquistar a suinocuA&res do Rio Grande do Sul e mesmo do
simpatia e a admiração de todos aquêies que passa­ Brasil. Ainda ontem, Sr. Presidente, ouvimos um ais-
ram peia tíecretana da Fazenda. cui-so cio nobi'e Utíputado Antôhio iiresolin neste
O SR. P E E S i D E N T E (Alcides Costa) — Nobre sentido. Desejo apenas, nesta oportunidade, colocar c
Deputado, o seu tempo está esgotado. problema como eietivamente deve ser examinado poi
O SR. A N T E R O SlMOidS — Advertido pelo Sr. esta Casa e pelas autoriüaüss competentes. Inúmeras
Preside.-.te de que meu tempo está esgotado, permi­ são as dificuldadees que enlrenta o nosso sumocuitor,
to-me, na oportunidade, trazer elementos elucidati­ dada a saturação üo merca'do, nesta época em que
vos, dauos concretos, .positivos, que atestam, de ma­ grande foi o abate. Encontramo-nos, ainaa, num pe-
neira positiva, a eficiente colaboração que a fiscali­ riodo de saíra cheia, mas e preciso que se ressalte
zação do Impôsto sôbre Vendas e Consignações tem que a Associação Brasileira de Criadores de Suínos,
prestado, há decênios, à administração. fazenãária. com sede na cidade de Estréia, e o Sindicato dos Pro­
O Sr. Sereno Chaise — V . Exa. permite? (As­ dutos Suínos do Rio Grande do Sul, vêm, em con­
sentimento do orador) junto, examinando esta situação, eis que o . . .en.j
Apenas para dizer que a atual administração sem­ efetivamente devt ser resoJvido em conjunto.
pre emprestou a melhor colaboração para a eficiên­ A solução do problema do suinocultor significa
cia dos strviços da fiscalização de impostos em nosso também a solução do industrial, mas é evidente que,
Estado, como devo dizer também que tem recebido, nesta época, as nossas indústrias enfrentam sérias di­
daquele grupo funcional, a melhor das colaborações ficuldades, eis que dada a saturação do mercado, da­
que se pode esperar, São, realmente, os fiscais da Se­ do, mesmo, o retraimento do mercado, os nossos fri-
cretaria da fazenda funcion*"' zelosos e dedicados, /goríficos não conseguiram colocar seus produtos in­
que têm cumprido à risça u ; os seus deveres fun­ dustrializados a preço compensador e isto porque são
cionais contribuindo, desta íorma para o aprimora­ inúmeras as dificuldades que enfrentam. Devem aten­
mento da arrecadação. der inúmeras despesas, quais sejam as que dizem res­
O SR ^ N T ^ H O SIIWõ*íS — Muito obrigado. no­ peito ao seu operariado, juros de compromissos, re­
bre Deputado E, para concluir, nuero ainda deixa,r formas de nstalações, maquinaria, etc., impondo-se,
registrado, nesta passagem, que ê.^se .grupo dp fun­ então, a coiocaçao do produto a um preço vil, nos
cionários há pouco realizou o TT Seminário de Fisca­ mercados consumidores. Essa precipitação da coloca­
lização. nesta Capital, como iá o Anaisn no ano ante­ ção do produto vindo a refletir-se no produtor fazia
rior, o 1, com a preocupação, exclusiva d" ~,elho^ar com que não recebessem n^pco compensador.
os seus conhecimentos e racionalizar mét' ’os . de tra­ Mas o jrobLema do financiamento tem sido um
balho pa’ra melhor d^cpronenho de suas f‘mcões. grande argumento que tanto os produtores quanto bs
O Sr. Heitor rspiant — V . F x a . permite? (As­ industriei-; íjp’’esentam para uma solução imediata da
sentimento do orador"1 aflitiva situação o financiamento aue os frigoríficos
Fntendo, nobre "npvmtado. ?â?g anui .não houve recebem mente é ainda o mesmo qup recebiam
críticas à organização à instituíoão. Qos fiscais ou ao há 4 anos. Mão se .fala. naturalmente, do financia­
çprtrVfj prn ger'31 do Tmr-Asto sôbr^ Vendas e Con^ig- mento que deve ^eceber o nosso produtor na época
ri^pões e nem â tút.atid-ade dog. membros de^^a orga- epi que está engordando os porcos. Rpferimo-nos ao
n i A s críticas tpyp sido f«itas a alguns casos financiamento aue dev0 receber a indústria para que
isolados oue realmente devem ter ocorrido, por de­ possa com mais segurança, enfrentar a situação de
terminarão snnerio^. instabilidade dos mercados consumidores.
O =!r s?preno r»miçp __ V AA n a i permite mais um Assisti ao conclave das Associacões Rurais da
ap a''fo° 1 Accpnfim ento do pr^dor'' Estrêla que contou com p prp=enca do presidente da
TVfpsmo saas? nacnç iQolpdo^ mano*-na crrpn- Associacão rte Suinoçultores A do representante da
de maioria são dpst’*iTfdoc da fundamento. A verdade Federação das Associacôe® Rurais Na oportunidade,
é o’1* no Fstado dP’va-®Q de prr^nd^r mais ou mp- o problema foi abordado com muita seriedade e, das
nofT A coné^wèpo é re°)idadp p r> bom ppn- conclusõe daauelp conclave foi-nos permitido apon­
tribuinte pa<*n pe^o mmi Vou citar um pxemnlc fui tar algum a= medida® as o u p visam baixar o custo de
n o v 1 - vy-\ » -ií> 3 o rJ õ n r iM C ' '- p T í ’1 ^ ^ ‘ nroducão dando eondicõp? às indústrias para qúe
nha r e c o m e n d a d o nnrn u m caso p im ^ e s . írnacri’-o-nrti possam com seg^r^nca. exercer as suas atividades, e
T^-q rup’ s de u m " ^ o nãó n ortava o Twinrvcfn cobrp V e n ­ medidas- nue visem assegurar mercados. Efetivamen­
das * Consif»naéõps e cp achava iui-nst-cado p orque a te, Sr Presidente o preco ainda nao é compensador.
ficcaprpppo ^pcptox-p cobrar o Tmnôsto e mais u m a Mas, dado o pc-^rco da® classes responsáveis, tantn
multi 9f>nr da classe que representa a suinoculturn do Rio Gran­
O «?n, A N T K R O «vryrõ^S _ Aoradeco o aparte de do Sul como dos sindicatos, já nesta altura, foi
de V F x a .. nobre Denutado. Sou advertido de oue firmad' um protocolo qu® nermitp efetivamente o
o men temnc está expirado, mas nuero rescnltar pa.gamentr de um preço. me’hor pelo norco vivo for­
oue não vim defender; nesta minha intervenção, o necido pelos nossos produotres. Sr. Presidente
problema finaneeí-o, qup comnete po Estado, Defen­ um passo naturalmente favorável aos produtores i
do o trabalho dpsassom^rado realizado peio corno fis­ àos industriais do Rio Grande do Sul. Entretanto
calizado? do Fstado, de todos o« seus integrantes, a luta deve continuar, com absoluta segurança, e de­
oue sempre tiveram a preocunacão de bem servir, ve, naturalmente spi* Tpt--*da em conta a dpcisão dê^-
de um m 0 '’.o geral a coletividade rio-grandense. qual- ses conclave? que têm sido realizados. Nesses concla­
cmer que s^ia a facção nolítica oue esteia ro Go- ves. a matéria tem sido debatida com absoluta se­
vêrr^ ynir>,u^éo revisto- ^»elo orador). gurança. eis que as medidas devem atentar tanto pa­
O SR. PW FSTDFN T*; ("Alcides C^sta) — A seguir, ra o prricUitrvr como nara o indristrigj .
'com a palavra o nobre T-)pnutadó "Antonino n‘'i; O Sr. Scheibe — (Interrompendo) E ac
por p°=onn tor^^r, ^r> Pv Tipout^do Fome” Scbe:be. consumidor pão'’
O SK. « N ^ o N i N Ó F O R N A R I — Sr. Presidente O Sr, Adão Fett — V . Exa. permite una aparte,
e Srs. npputados. nobre Deputado?
Volto, nesta oportunidade, a tratar d» um assun­ O SR. A N T O N I N O F O R N A R I — V . Exa. tem c
to nue vem ocupando a atenção d'esfá Casa, ja ha apsrt"
alguns meses Diversos Srs. Deputados tSm-se refe­ O Sr. Adr.o Fett — E ao que atribui o nobre D e
rido a respeito das dificuldades oue enfrentam os putado o fato de o praço, tanto da carne de porco.
tagr t a 21 de Setembro de 1961 Anais
g________

como da banha, estar aumentando gradativamente, de Criadores de Suinos e os Sindicatos propuseram,


enquanto ainda nenhum reílexo se fêz sentir sôbre o mesmo, que se fixasse um "preço estímulo" ao pro­
produtor? Hoje, tive conhecimento de que a carne de dutor que fornecesse um porco tipo “carne” , isto e,
suíno subiu Cr$ 10,00 por quilo, aqui, na nossa ci­ um porco ae pêso entre noventa e cento e vime
dade. quilos.
O SE. A N T O N I N O F O R N A R I — Nobre Deputa­ Ora, todos os Srs. compreendem a significação
do. Êste problema já tem sido abordado nesta tribu­ destas medidas. Elas visam, de um lado, uma so.
na, e recordo-me muito bem de um discurso do no­ lução mais prática do problema, de outro lado, es­
bre Deputado Rom eu Scheibe, que chamava a aten­ timulai- o produtoi para que se dedique a esta cria­
ção para êste problema. Efetivamente, o consumidor ção do porco tipo "carne” .
não tem sido atendido porque parece-me que o in­ Sr. Presidente assim, por desejar colaborar com
termediário, o mais poderoso, é quem está ainda se quantos se têm ocupaao desta matéria e colocar t
aproventando: chega em um determinado momento problema nos têrmos em que as entidades responsá­
e adquire os grandes estoques, colocando-os em pe- veis o têm feito, é que fiz esta intervenção nests
quénas escalas aos pequenos comerciantes, e é por is­ oportuniaade. (.Palmas; (.Discurso não revisto pele
so que ainda não se verificou uma baixa imediata orador),
que venha a beneficiar o consumidor. Mas, Sr. Pre­ U e»R. fKfc.SiJüliNXE (Gustavo L,angsch) — A se­
sidente, represento uma zona agrícola, uma zona guir, com a palavra o nobre Deputado Alcides Costa.
suinícola do Rio Grande do Sul, e não queria deixar 0 S K . AJLCHifcâ C O s i A — Sr. Presidente e Srs,
aqui de render as minhas homenagens a todos os D e ­ Deputados.
putados que, com segurança e interesse, tem debaõiao U Município de Santo Àngeic, a que temos a hon­
êste problema. ra ue representar ao L,egisiativo rio-grandense, ná
O Sr. Romeu Scheibe — V . Exa. permite? longos anos se deoale com veiho problema ae oraem
O SR. A N T O N I N O F O R N A R I — Com muito pra­ socicu. ji,m, que pese a mterferencia por parte das
zer, nobre Deputado. autoridaues municipais — JrTeieito, Vereadores e in­
O Sr. Rom eu Scheibe — Eu perguntaria a V . clusive, autoridades judiciárias — o problema vem sc
E x a ., nobre Deputado, se já estão pagando o preço arrastando ae long^ data, sem que se lhe tivesse en-
estabelecido pelo protocolo. '■contrad-u uma solução.
yueremos i eici u.-i.os a uma área de terras de 20
O SR. A N T O N I N O F O R N A R I — Nobre Deputa­
mil néctares que foi doada, ia pelo ano de 187C, pelo
do, sabe V . Exa. que; em face do período revolucio­
Govenio imperial, mediante uecreto, aos jesuitas das
nário que vivemos no Rio Grande do Sui, ainda não
Missões.
pude entrar em contato com os nossos produtores e
Uecorrictos muitos atos, aquêles religiosos abando­
com os nossos industriais do interior do Estado. Mas
naram a x\,egiao Missioneira e aquelas terras ficaram,
quero crer aue os nossos industriais devem, nesta
em conseqüência, abandonadas,
altura, atender a estas exigências mesmo as do pro­ lViais tarde, através ae um Decreto do Govêrno d<
tocolo .
Hepuouca, essas terras passaram ao domãmo do M u
Nós sabemos, também, que os industriais, em de­ nicipio ue Santo Ângelo. ivias nao sabemot por qus
terminado momento, se viram sobrecarregados de as autonuaues municipais t a g tomaram posse das ter­
produtos que não estavam em condições de serem ras em apreço li, os colonos, os liaDitanies rurais
vendidos. A baixa do preço do porco, que se verifi­ daquela região, e ate aiguns citaamos, loram aos pou­
cava há tempos atrás, fêz com que os nossos produto­ cos, se apossando de parte dessas terras, povoando-as,
res, alarmados com a situação, viessem a fornecer cercando-as, utüizanao-as na agricultura, servindo-se,
um produto ainda não em condição de abate, o que iguairnente, üa loiça inuraulica aos seus rios, especial
redundou em prejuízo tanto do produtor como das mente do rio Sáo Joáo.
indústrias. Acontece, porem, que, nos últimos 20 anos, essas
Mas. Sr. Presidente, o problema deve ser coloca­ terras passaram a ser objeto aa cobiça aos fazendei­
do em têrmos de seriedade. Nós devemos, sim, defen­ ros e capitalistas da. região, que toram, aos poucos,
der o nosso produtor, e esta é a nossa posição. Um a mediante pagamentos irrisórios, comprando as peilei-
vez que somos de uma região suinícola do Estado, tonas aos mouestos moradores aaquela íona e se apos­
devemos defender o nosso produtor, no sentido de sando dessas terras. E, como conseqüência, quase
que recebam mais pelo seu produto, para que a sua todos esses d e UDU nectarea de tona da região està(
região e o nosso Rio Grande do Sul continuem na sua em poder de 4 ou b latixunaianos que Vivein a expio
marcha no progresso do desenvolvimento econômico rai, através da criaçáo ue gado ú poi outros meios,
dêste Estado. aquelas terras que sao, realmente, do Estaao e que
O Sr. Romeu Scheibe — V . Exa. permite? (As­ deveriam, por conseguinte, como uma obra de bene-
sentimento do orador) merência sociai, serem subdivididas e entregues aos
Tenho a impressão de que devem merecer aten­ milhares de colonos pobres que não têm terras e que
ção, conjuntamente, o produtor, o industrialista e o estão sendo explorados pelos latifundiários, que sã'
consumidor, mesmo poraue, se não houver consumi­ 1 . t que ... -w- 2.nl <n>.* terras
dor, não adianta. Precisamos ativar o comércio inter­
no, e para isso é necessário preço justo ao consumi­ Qr«t$í. Ktr« * n"átbeibe • ▼. Exa. permiti? (As­
dor. sentimento do oradoi) tag momento em que iòr reor-
O SR. A N T O N I N O F O R N A R I — Exato, O pro­gsnizada a Comissão Parlamentar de inquérito será
blema deve ser examinado em conjunto, não tão-sò- oportuno V. üxa. solicitai: da mesma que também
mente uma facêta do problema, averigue êsse tato. Com grande prazei assinaria êsse
Esta tem sido a orientação das classes i-esoon- pedido, êsse requerimento da Mesa.
sáveis. Os produtores têm-se unido aos industriais pa­ O S R . A L C I D E S (!üe>TA — Sou grato pelo apar­
ra resolver o problema, r aue compreendem que da te de V . üxa N a oportunidade aceitaremos,, com
solução do problema de um dêles dependerá a so­ muita satisfação, ? colaboração gr V. Exa.
lução do problema da outra parte. Ocorre, Sr. Presidente, que, iace a essa injusties
Sr. Presidente, estas medidas, às quais me referi que vem se cometendo na minha terra outros homení
há oouco, são medidas que devem ser levadas em humildes existem qtie estão sendo explorados p<*j
conta por tôdas as autoridades. Também as entida­ aquêles que os enxotaram das próprias terras Hs
des de classe devem fazsr uma camnanfia nn senti- bem pouco tempo, s Câmara de Vereadores do meu
21 orientar o nosso produtor, para aue êle pro­ Município, com a minha interferência, solicitou ao Go­
duza, mias economicamente. A Associacão Brasileira vêrno rio-grandense aue procedesse a uma mediçãc
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág. 10]

ali, üe modo que o Estado pudesse saber a exata ex- pública, o Dr. João Goulart, o nosso recouuecuiienlo
;ensão ae terras que possui e dar a. desünaçao conve- peio berri que, tudo indica, acaoa ae lazer ao nossu
mente, de acôrdo com a lei estadual que rege a m a­ Estado. Poder-se-ia ponaerar, Sr. Presidente — «
téria. seguramente que alguns, a esta nora, já o devem
O Sr. Secretário da Agricultura, através do seu estar fazendo — que o agradecimento, em pnmeirc
Diretor de Terras e Colonização, Dr. José Rodrigues lugar, aevena corresponder ao (Jheie do Gabinete,
Castelano, e mais um engenheiro daquela Secretaria, No entanto, a mim parece ae justiça agrauecer, en)
;ujo nome não me ocorre no momento, deu micio à- primeiro lugar, ao S i . Presidente da Republica. Nãq
quela medição, acompanhados dos funcionários indis­ creio que exista alguém entre nos <lut possa, come
pensáveis para esse mister. Entietanto, aquêles ca­ gaúcho, mostrar-se descontente com a repartição d«
pitalistas que se dizem proprietários dessas terras poderes feita no Brasil, através do novo Govêrno,
lançaram mão. como era de se esperar, dos recursos Náo acredito, sinceramente, que possa existir qual­
pecuniários e contrataram advogados para defender- quer pessoa em tais condições, dal por que penso qui
lhes os mterêsses. Foi, então, suspensa a medição, laço justiça e novamente mostro isenção como nomerr
e, a esta altura dos acontecimentos, uma petição foi que, sempre combateu a orientação do Sr. Joao Goular-
dirigida ao Secretário da Agricultura e ao Sr. Pro­ to — faço justiça ao Presidente da .República, dizendo-
curador Gerai do Estado do Rio Grande do Sul, para lhe, de público, “muito obrigaao” peio que acaba di
que, mediante um instrumento judiciai, aquela medi­ dar ao Rio Grande do Sul: U Banco do Brasil e fl
rão possa vir a ser feita e para que o Estado possa Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, aois
tomar conta das terras que lhe pertencem. estabelecimentos que representam, como ja disse, le­
Nesta altura. Sr. Presidente, em que êste proces- gítimos ■•superministérios" i s e u Uovèrno da iie^ubn-
5P está sendo equacionado, vimos daqui da minha tri- ca vem de dar ao Rio Grande o tíancó do Brasil e a
juna, em nosso nome pessoal, como Deputado Re- Banco i\acionai de Desenvovimento Economicc, cum­
piesentante daqueia zona e, sobretudo, por delegação pre, agora, ao Rio Granue ao £>ui bem gerir o rsancc
dos nossos conterrâneos, dos Kepresentantes do Povo do Brasil e o Banco Nacional de Uesenvoivimentc
ae nosso Município, daqueles que foram despojados de Econômico. Esta responsabilidade o Rio Grande du
suas terras, reiterai o nosso pedido para que o Sr. Sul rebelde, o ríio Grande do Sul tegansta deve as­
Governador do Estado, para que o Sr. Secretário de sumir perante todo o Pais: a de bem gerir os grandes
Argciultura e para que o Sr. Procurador do Estado, estabelecimentos de credito enuegues aos seuo cuida­
tenham a maxima energia e a máxima brevidade no dos. Penso que neste passo, einocra sem preocupações,
sentido de fazer valer o direito do Estado e, por falo em nome de tôda a Assembieia gaúcha e poderia
conseqüência, o direito dos homenâ que precisam tra­ dizer, até, Sr. Presidente, em conseqüência, que não
balhar e que não têm terras, quando ali existe aquela exorbitaria em afirmando que quem ocupasse a tri­
enorme área pertencente ao Estado, pertencente ao buna, como ocupo, com tais intentos, nesta hora, par:
bovo e que esta sendo explorada pelos capitalistas dizei o .que digò, estaria talando em nome ao Ric
ia zona. Grande do Sul.
Era, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o apêlo que Que mais poderíamos desejar, nós que vivemos
queríamso fazer de nossa tribuna para que essas auto­ uma fase de grandes dificuldades financeiras, que
ridades compreendam, bem a significação que tem es­ atravessamos terríveis diiicuidaaes de ordem econô­
sa medida, significação de alto alcance social e que mica também, que mais poeriamos reclamar, como de--
vem repor o Estado na posse daquilo que lhe perten- monstraçóes de ooa vontade para com o ríio Cirande
te e não àqueles latifundiários que estão não só explo­ do que a entrega que nos íaz do láanco do Brasil e dc
rando o Estado, mas, sobretudo, aquela gente humilde Banco íNacionai de Uesenvoivnnento Econômico.
2 trabalhadora que vive ali a trabalhar de maneira a O Sr. Synval Guazzelü — Que venham os re­
receber apenas 40% do que produzem, ficando os cursos e que sejam bem aplicados.
60% a título de aluguei das terras que pertencem real­ O Sr. Mário Mondino — V. Exa. permite? A s­
mente, ao Estado. sentimento do orador).
Fica aqui, Sr. Presidente e Srs. Deputados, êste Aliás, o unico reparo que desejo fazer a magnífi.
apêlo veemente do povo de Santo Ângelo, das auto­ ca exposição de V. Exa. é que, peio que depreendi1
ridades de Santo Ângelo, através de seu Represen­ V . Exa. se surpreendeu com a nomeação de gaúchos
tante, perante as aitas autoridades do Estado. (Pal­ para presidirem êstes dois estabelecimentos de crédito,
mas) (Discurso não revisto pelo orador) , Posso afirmar a V . E x a ...
O SR. P R E S I D E N T E (Gustavo Langsch) — A O SR. C Â N D I D O iNOHB ERTO — Nao estou sur
seguir, com a palavra o nobre Deputado Adalmiro p.têso, nobre Deputado, estou agradecido.
Moura. (Palsa) Ausente S. Exa., com a palavra o O Sr. Mário Mondino «*■ Mas, acontece que lá, em
nobre Deptuado Cândido Norberto, tempo cedido pelo Brasília, durante a formação uo novo Ministério, ja
dobre Deputado Euclydes Kliemann. se a ufL .. • - • PJ.B tlU ±ü© <tP?n(j£.<Jo ául abrira
O S R . Ç A N D I D O N O R B E R T O — Sr. Presidente mão de qualquer Pasta ycua ncar, precisamente coní
A Srs. Depul^dos. o Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvi­
Antes de mais nada, desejo fazer sentir a minha mento Econômico. Al, então desaparece aquêle ar­
satisfação ao verificar que, depois dessa agitadíssi­ gumento de que o nosso Estado está fora do Govêrno.
ma fase da vida de nosso Estado e do País, especial­ de que não foi aquinhoado no Conselho de Ministros.
mente dessa longa e terrível crise econômica e fi­ Esta a razão porque os gaúchos não figuram entre o;
nanceira que assoberbou o Rio Grande do Sul, agra­ novos ministros escolhidos.
vada pelos erros administrativos por demais conhe­ O SR. C Â N D I D O N O R B E R T O — Não sei. Êsses
cidos, depois de tudo isso, o nosso Estado vem de re­ comentários, não os ouvi, dêles tive apenas notícis
ceber uma excepcional demonstração de boa vonta­ antes e agora por V- Exa. E . mesmo, não os consfe
de por parte do novo Govêrno que se instalou nesta dero, no momento. Prefiro, no caso, m e louvar daí
República parlamentarista. Se é exato que o Rio palavras do Governador do Estado que declarou lisa e
Grande do Sul não está representado no Gabinete, categoricamente, que o Govêrno gaúcho não postulava
não é menos certo, Sr. Presidente, que o Rio Grande absolutamente nada do Govêrno da União e que não
do Sul vem de ser beneficiado por dois autênticos desejava ter qualquer responsabilidade na Adminis­
“ superministérios”, que são o Banco do Brasil e o tração da República.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico. Cum- E aceitando as palavras do Sr. Governador do
pre-me, pois, nesta hora, num gesto que traduz satis­ Estado, segundo as quais o Govêrno não exigiu- nada
fação e justiça, manifestar ao ..Sr. Presidente-da ^ tentei. eatãa^dui^o-^iwár^te.aacadecfir.jaQ
Pág. 102 21 üe setembro ae 196] knais
S r .. João Goular, como rio-grandense, a grande con­ lêncio da Bancada Trabalhista, porquanto o Depu­
tribuição que acaba de dar ao nosso Estado. E se tado Mario Mondino me declarou que o Rio Grande
nao ioi concessão íeita em razão de pedido, íoi con­ do Sul não Havia reivindicado para si nenhum Minis­
cessão espontânea e, por isto, está a reclamar, está tério, mas que pleiteara a direção dos dois Bancos
a exigir, manifestação mais veemente de agradeci­ referidos. üsta, na minna opinião, é uma aíirmativa
mento. muito séria e, como ninguém expiica a situação, eu
Quero, Sr. Presidente, a propósito, lembrar uma í.co um pouco preocupado. Mas isto, naturalmente,
manifestação íeita pelo Sr. Getúlio Vargas, quando deve ser algo decorrente do novo sistema de govêrno.
no Catete e o lato íoi divulgado. Falava-se sôbre as uue eu não escou entendendo muito bem.
vantagens da mudança da Capital da República. Di­ O SR. C A N D I D O N O R B E R T O — E, mais ainda,
zia, então, o, Sr. Getúlio Vargas, que para livrar o o Rio Granae acaba ae receber, segundo se sabe, uma
Brasil das inconveniências da sua nova Capital, e o di­ outra granae aemonstraçao de atenção de parte do
zia com a experiência que possui em. Administração, Sr. Joao Goulart: a conservação 110 cargo de Diretor
a mudança não seria suficiente, porque, dizia êle, tu­ da Carteira de Crédito lierai do Banco do Brasil,
do o que anda rastejando em tôrno da administração ao qual náo se agarrou, do St. Elores Soares Junior,
íederal tende, inapeiàvelmente, a seguir, se não a m u ­ elemento aestacaao da Umáo Democrática Nacional. E
dança da capital da República, ao menos a mudança desejo registrar, para a história, o aparte que ág
do Banco do Brasil. E, dizia mais; que se o Govêrno esta senao aado peio nosso capitao de indústria, D e ­
pudesse fazer com que o Banco do Brasil com a sua putado Egon Renner: que êste íoi um ato de grande
sede fôsse volante, nós assistiríamos, neste Pais, uma justiça.
autêntica caravana permanentemente seguindo a sede o Sr. Artur Bachini — V . Exa. permite? (As­
ambulante do Banco do Brasil... Com isto, o experien­ sentimento do orador).
te político estava á revelar, Sr. Presidente, que não Com relação ao Sr. Flôres Soares Junior posso
desconhecia, com referência ao Banco do Brasil, a sua declarar a . P Exa. que por três razoes 0 Ministre
excepcional capacidade de atração, êsse poder extra­ Flores Soares deveria continuar 110 seu pósto.
ordinário que acaba de ser entregue à responsabilida­ O S R . O A N D i D U N O R B E R I O — Só três? Terc
de de gaúchos. m ais...
Não sei de nada que pudesse assentar melhor ao O Sr. Arthur Bachini — iaio nas três essenciais.
nosso estado do que o B N D E e o B B .3 E por isto, E m primeiro lugar, esta desempenhando as suas altas
Sr. Presidente, é que com alegria, com euforia mes­ funções com grande acerto; Em segundo lugar, seu
mo, com indescritível satisfação, como modesto sol­ partido esta dentro do governo. E em terceiro, por­
dado que fui da Legalidade, cumpro o dever de agra­ que ele tem uma eleição por quatro anos que Ine üa
decer ao Sr. João Goulart pela concessão que fêz ao um direito.
Rio Grande do Sul. O S R . C A N D I D O JNOKJaüRTO — Ninguém está
O S E . P R E S I D E N T E (Alcides Costa) — O tempo discutindo isto. Apenas vou razer justiça ao Dr. Pág .
3f V . Exa. está esgotado no uso que está fazendo da res -Soares- Tanto quanto sei, pós o seu cargo a
inscrição do Sr. Adalmiro Moura. Entretanto, poderá disposição do Sr. Fresiaente da ±vepüblica. Estou
P Exa. permanecer na tribuna por mais quinze aestacando, agora, o gesto ao Sr. João Goulart, que
minutos, usando a sua própria inscrição. tendo dado ao Rio Grande a direção do Banco, deu-
O S S . C A N D I D O N O R B E R T O —• Esta feita esta lhe. também, uma diretoria, quanüo poderia ter lança­
manifestação de; agradecimento ao Sr. João Goulart, do outro nome. poi» que o Sr. Aloidet Elôres Soares,
que deu ao Rio Grande do Sul, sem que o Rio Gran­ como disse, ttavia coiocaao a sua disposiçáo o seu
de do SUl nada lhe houvesse pedido — numa omissão, cargo- Destaco mais esse serviço . para ressaltar a
ao m eu ver, não justificada até agora, porque fácil é dois gaúchos, dirigindo a S. lüxa. as.minhat homena­
entender que o Rio Grande do Sul tinha, mais do gens e os meus agradecimentos.
que o direito, o dever de postular, de reclamar uma O Sr. Egon Renner — V. Exa íaz-me lembra:
posição na nova Administração da República. Por­ que o Sr. João Goulart indicou para a Carteira di
tanto, o gesto do Sr. João Goular avulta, ganha pro­ Crédito Agricoia e Industrial do Banco do Brasil urc
porção, pois, apesar desta omissão, apesar do com­ outro gaúcho, o Sr. Nestor Jost.
pleto desinteresse do Govêrno do Estado por postos O SR. C A N D I D O N O R B E R i O — Muito bem!
na Administração da República, tanto nos deu, deu* É uma chuva de gaúchos no Banco . do Brasil. Es'
cos o m áxim o... tou) satisíeito coro isto É o Rio Grande que assu­
Como vêem, de novo estou a mostrar que não sou me o comando do maior, do mais poderoso ea
sectário e que tenho boas razões para me -congratu­ tabelecimento de crédito do País.
lar pelo fato de o Rio Grande do Sul ter recebido, É por isto que, ao mesmo tsmpo que externe
segundo opinião que está sendo expressa pelo nobre os meus agradecimentos ao St. João Goulart, pelu
Deputado Tásis Gonzáiez, a “parte, do leão” . gesto que teve para com o Rio Grande do Sul,
O Sr. Artur Bachini — V . Exa. permite um apar­ iembro que agora, nós, riogranrienses, temo? '
te? (Assentimento do orador) responsabilidade de bem gerir c Banco do Brasil
Ainda não estou bem familiarizado com o novo e o Banco de Desenvolvimento Econômico. O que
sistema de Governo e o discurso de V . Exa., hoje, eu queria dizer ao Sr. João Goulart é “muito
está me deixando ainda mais intrigado, porquanto, no obrigado”, o que, iá‘ disse, estou fazendo também
momento em que presta tantas homenagens ao Sr. em nome da Assembléia, e, creio que não seria
Presidente da República, não se faz ouvir uma só voz exorbitar, dizendo que falo em nome dos rio-
da Bancada do Partido Trabalhista em apoio às suas grandenses, salvo se alguém me cassar essa de­
palavras. legação, E notem que o Govêrno do Rio Grande
O SR. C A N D I D O N O R B E R T O — V . Exa. não do Sul nada pediu, nada exigiu, mas mesmo assim
íeffl por que estranhar. Não estou provocando de­ recebeu, e muito. Ouando se lecoróa aue no Go­
bate. Acho mesmo que o silêncio é de concordân- vêrno do Sr. Juscelino Kubitschek muito pedimos
cia, como acho que V . Exa. também concorda com o e nada recebemos, pode-se tei uma idéia da gran­
gue estou dizendo. Quem discorda que se déva pres­ deza do gesto do Sr. Jnão Goulart, dando tuda
tar homenagens ao Sr. João Goulart por ter dado as isto sem que nada houvéssemos ned’do, Por isto,
direções do Be.nco do Brasil e do Banco de Desenvol­ Sr. Presidente, como ex-combatente da lefjalidsde,
vimento Econômico a rio-grandenses? soldado raso da luta nesta fase ainda extrema­
O Sr. Artur Bachini — Estou dando a minha opi- mente difícil da vida nacional; com tais títulos
Aião. A m im é aue está causando estranheza o si­ deseio -fazer um anêlo. Sr. Prpsidente. nara que.
anaif 21 de Setembro de 1861 Pág. 103
ium gesto muito nobre, o Rio Grande dê uma sive, subalternos motivos de ordem pessoal, homem
‘prestigiada” no Sr. Joáo Goulart, o Itio Grande que é inteiramente devotado à causa pública...
nteiro, onde a legalidade é a arma i de . todos. Mas, Sr. Presidente, o íundamental, eu já dis­
%.quêle homem sereno que saiu daqui, Sr. Presi­ se. Destaquei a grande benemei’ência do Sr. iumu
dente, em cuja maturidade não coníiavamos, m e­ Goulart para com o Rio Grande do Sul dando dois
rece, quando mais não seja, um voto de bom Go­ super ministérios — sem que lhe tivesse pedido
vêrno, especialmente no instante em que está a — e serenamente, com o melhor espírito de justiça,
revelar o desejo de continuar êstes sete meses disse ao Sr. João Gouiart: “Muito obrigado, Pre­
de excelentç govêrno realizado por Jànio Qua­ sidente e boa viagem nesta governada. Siga os
dros, que saiu 'e que nos deixou sem explicar di­ passos” — menos o da renúncia — “do Sr. Jânio
reito os motivos de sua atitude. Êste voto faço Quadros, que o senhorJ irá bem, mantendo, espe­
de coração, Sr. Presidente, almejando que o Sr. cialmente a sua linlia ae política externa e o clima
João Goulart faça um grande Govêrno, em que de austeridade, de respeito' à coisa pública que ví­
pese as limitações que foram feitas nos seus po­ nhamos notando e desírutando, com proveito ge­
deres, e que se compensam pela influência que ral para o nosso País”. ■
jxerce, irretorquívelmente, sóbre o seu 1.° Minis­ Era isto, Sr. Presidente, o que queria dizer,
tro o Sr. Tahcredo Neves. (Palmas). (Discurso revisto pelo orador).
O Sr. Milton Dutra — V. Exa. permite? (As­ O SR. P R E S ID E N T E (Alcides Costa) — A se­
sentimento do orador) Para mim, como adversá­ guir, tem a palavra o último orador inscrito pars
rio que fui do Sr. Jânio Quadros,, é até muito a- Comunicações, Deputado Lauro Leitão, que poderá
gradável registrar que, por fim, neste momento, permanecer na tribuna por cinco minutos.
3UÇo de uma pessoa que apoiou o Sr. Jânio Qua­ O • SR. L A U R ú L E i T A O — Sr. Presidente í
dros uma referência elogiosa a S. Exa. Depois que Srs. Deputados.
jle caiu, ou depois que êle saiu, depois que êle Durante os dias em que o nosso País gestoe
abandonou o Govêrno, não sei ainda definir exa­ submerso na terrível crise, em conseqüência nb
tamente o que ocorreu, vejo com simpatia que renúncia do Sr. Jânio Quadros, o Rio Grande do
um dos homens que o apoiou no passado... Sul, sem discrepância, se uniu em tôrno da causa
da legalidade. Muito embora, aparentemente, todos
O SE. C Â N D I D O N O R B E R T O — E que nunca os rio-grandenses estivessem coesos g unidos, sob
nêle se apoiou... a mesma bandeira, pudemos notar perfeitamente,
O Sr. Milton Dutra — ...tem uma palavra na opc. tunidade, b gr,estRG,b ng nabe dgRsbê,nb‘
de simpatia,- neste instante, para com êle. des; uma pag g”b ”gS”gegRsbnb Su” bpatêge pag
O SR. C Â N D I D O N O R B E R T O — V. Exa., no­ desejavam, e,RGg”b g êgbêdgRsg. pag Jáeeg gRGuRl
bre Deputado, dá-me uma chance — e peço ao trada uma soiução êgIbê g honrosa Sb”b b G”,eg
Sr. Presidente me conceda mais instantes na tri­ isto è, a posse nu é”ge,ngRsg nb %gSqhê,Gb. egR
buna para, mais uma vez, dizer: nunca me senti que se rasgasse a Carta PbIRb­ g b uas”b dgRsbl
tão maguado, tão entristecido, tão profundamente lidade g”b a ”gS”gegRsbnb Su” bpatêge pag. bSbc
entristecido como me senti com a renúncia do Sr. rentemente, n,j,bd o,eb” u dgedu uhãgs,ou. db­
Jânio Quadros, após sete meses de bom Govêrno. que, Ru íundo u pag pag”,bd é pag u Rueeu ébíe
Estava inteiramente de acôrdo com o Govêrno do fõsse dg”Iaêvbnu Rad og”nbng,”u Gbue. pag b n,el
3r. Jânio Quadros. Acho que administrou tão bem córdia e a bRb”pa,b ”g,Rbeegd gd nossa sg””b
sste País, imprimindo-lhe uma orientação de res­ para. assim, satisfazerem ue egae uGaêsue ngeíIR,uec
peito e de confiança. As linhas mestras de sua Como sabem todos, o Congresso Nacional, a>
administração condiziam inteiramente com o meu través da votação do Ato Adicional, encontrou uma
pensamento. Não o elogiava seguidamente quando fórmula legal e honrosa para a solução do proble­
estava no Govêrno porque sou, positivamente, um ma. E aquèle Ato Adicional determina que o atual
iiomem desprovido de vocação para elogiar os que Presidente da República governará até o dia 31
tem. o Poder na mão. sobretudo quando a situação de janeiro de 19S6, mas que em abril de 196:
umg parece estável. Aos que ajudar a eleger com será feita uma consulta ao povo, será realizad*
d meu voto, permitam a expressão, serei sempre um plebiscito para homologação ou não do sistemi
muito “pão duro”, ’ para elogiar, quando estiverem parlamentar de govêrno.
no Govêrno. Devo elogiar, mais facilmente, os ad­ De outra parte, dispõe que as Constituições
versários, quando estejam no Govêrno a fim de Estaduais deverão adaptar-se ao novo sistema, den>
que não se interprete a minha ação como uma trí do prazo que a Lei Ordinária fixar, ficando
escada para obter favores. Mas quero -deixar aqui porém, desde logo, ressalvados os atuais mandai
de novo, a minha manifestação de concordância tos municipais, estaduais e, inclusive, de Gover
:om os sete meses de Govêrno. Do que discordei nadores de Estados.
foi, apenas, da' maneira como se retirou e. sobre­
tudo, porque não disse por que se foi. Fato êste, A Sr. Pau!» Couto — V . Exa. permite? (As
Sr. Presidente que, enquanto não fôr exolicado, sentimento do orador)
terá a minha discordância, a manifestação do meu Se as circunstâncias determinarem uma con-
desencanto, a , minha reprovação. Mas qu^ estou sulta plebiscitaria, essa poderá ser realizada. Mas
de acôrdo com o Govêrno que fêz, repito e digo: tenho a impressão de que, neste prazo, até 1965
acho que fêz um grande Govêrno, que cometeu ^al­ o povo compreenderá, perfeitamente, o alcanc
guns erros — é claro que não poderia imaginá-lo do sistema
perfeito — no meu modo de entender mas, o que - O SR. L A U R O L E I T Ã O — V Exa. tem tôdi
pode parecer para mim errado pode parecer certo a razão. Não obstante, nobre Deputado Paulo Cou
para outros. Tanto . penso assim, Sr. Presidente, to, já ouvimos a opinião de líderes, inclusive d(
que estou desejando ao Sr. João Goulart que se Governador Leonel Brizola, no sentido de ser en-
oriente no mesmo sentido; apenas não o imite na cetada uma grande campanha, em todo o Brasil
renúncia e ninguém pelas redondezas o faça. para que o Congresso venha a reformar o Ate
Que não repita o fjesto do. Deputado F.gon R"p- Adicional e, dêste modo, determinar a realizaçãc
ner, renunciando a Vice-Presidência da Assembléia, de uma consulta' plebiscitaria, uma consulta ao po­
fraudando o votò dos seus eleitores nesta Casa, vo, Hentro de sessenta ou noventa dias.
voto que êle d’.sputou como candidato e que agora, Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputado, o nosso
sem explicações maiores, traiu-o, alegando, inclu­ País. em face da crise a nue me referi, iá sofreu
Pág. 104 21 de Setembro de 1961 fljiais

danos consideráveis em sua economia. As ativida­ O Pág P.1á.04á2d e Stámdb Ptr0db e ausenter
des públicas e privadas, pois, estiveram parali­ Daniel Ribeiro — ausente; Domingos Spolidoro __
sadas, durante treze dias. É mister, pois. que o ausente; Jairo Brum — ausent-e; José Veccmo —
nosso País volte à sua vida normal, que retorne ausente; Mílton Dutra — ausente; Siegfried Heuser
ao trabalho, para que possamos recuperar a nossa — ausente; Antõno Bressolin — presente; Arlmao
economia. Isso tudo está a demonstrar que é de Kunzler — presente; Ariosto Jaeger — presente;
todo inconveniente uma campanha dessa natureza, Ary Delgado — ausente; Euclydes Kliemann — au­
no momento. Campanha que poderia abrir feridas sente; Gustavo Langsch — ausente; Hélvio Jobmi
que precisam ser cicatrizadas, reacendendo a crise... — ausente; Hélio Carlomagno — ausente; Naio Pág.
O SR. P R E S I D E N T E (Alcides Costa) — Está pes — ausente; Poty Medeiros — ausente; Getúlio
esgotado o tempo de V. Exa., nobre Deputado.
Marcantonio — ausente; Adalmiro Moura — ausente.
O SR. L A U R O L E I T Ã O — Concluirei, Sr. Pre­
sidente.
O Pog 9 o 6 P f l 6 j i 6 — A chamada acusa *
Por isso, quero manifestar o meu ponto-de-
oresença de 38 Srs. Deputados em Plenário.
vista contrário a que, desde logo, se realize uma
campanha, no Brasil, para compelir o Congresso
Nacional a rever seu ato, para fazer-se uma con­ C O M P A R E C E R A M M A I S O S SRS. D E P U T A D O ?
sulta plebiscitária dentro de 60 ou 90 dias. Ad e­
mais, o povo precisa experimentar o novo siste­ Athayde Pacheco, Domingos Spolidoro, Harry
ma. Como poderá julgar, desde logo, se recém oauer, Jairo Brum, Milton Dutra, Ortiz Borges, t>i_-
sai do sistema de govêrno presidencialista e entra n 0 Ludwig, Vieira Marques, Guilherme áo Valle,
no de govêrno parlamentarista. Precisará de um Henrique Henkin, Milton Rosa, Arlindo Kunzler, Ari­
período razoável de tempo para, depois, se fôr osto Jaeger, Luciano Machado, Porcínio Pinto, Ro­
necessário, optar por um ou outro. meu Scheiue, Adão Fett, Paulo Brossard, Solano
Era êste o ponto-de-vista que queria externar, Borges, Getúlio Marcantonio, Poty Medeiros, José
dizendo que é absolutamente inconveniente lan- Zacnia e Mario Mondino.
çar-se uma campanha dessa nartureza, neste mo­ a Pog 9 o 6 P f l 6 j i 6 e Srs. Deputados.
mento, o que viria agitar as massas, perturbar o Vou dar conhecimento ao Plenário do Relato-
País e quebrar o ritmo de trabalho do povo bra­ rio das atividades da Assembléia Legislativa, oDtr-
sileiro. (Palmas). (Discurso revisto pelo orador). decendo o que dispõe s Regimento Interno da Ca­
O SR. P R E S I D E N T E (Alcides Costa) — A se­ sa.
guir passaremos ao período do (Lê;)

DISCURSO o.mt0sá2d ntb c02v2ntn.b nt cbb.uAm­2tp


0tnd 9.mt z.bt rt P.bbÉd n.
cúá.b.r,
15 n. P.0.uAád n. 1961

Com a palavra o primeiro orador inscrito, De-, Senhores Deputados.


putado Adalmiro Moura. (Pausa). Não se achando
presente, com a palavra o segundo orador inscrito. E m cumprimento ao disposto no art. 14, item
Deputado Siegfried Heuser (Pausa). Não se achan­ 3. do Regimento Interno, A Mesa apresenta a Ca­
do presente, o terceiro orador inscrito é o Depu­ sa o Relatório das atividades do Poder legislativo
tado José Zachia (Pausa). Não se achando pre­ Riograndense no período compreendido entre 21
sente nenhum dos oradores que foram chamados, de abril a 31 de agôsto de 19<51.
çassa-se ao período da Ordem do Dia.
O Sr. Secretário vai proceder à chamada dos c i fq fl c l 6 P í 6 à fP í c i fq c P 6 z à 6 o c í
Srs. Deputados.
O Sr. Secretário — Alcides Costa, ausente; Athay» A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul,
ãe Pacheco, presente; Carlos Santos, ausente, D a ­ em 4 meses e lü dias de funcionamento da 3a. ses­
niel Ribeiro, ausente; Domingos Spolidoro, ausente; são legislativa da 4a. legislatura, .realizou 90 sessões
Harry Sauer, presente; Jairo Brum, ausente; José
ordinárias e 1 extraordinárias, isndo sido lavradas
Vecchio, ausente; Marcírio Loureiro, ausente; M a­
apenas, 5 atas declaratórias
riano Beck, presente; Milton Dutra, ausente; Ortiz
Durante a realização dessas 9? sessões plenárias
Borges, presente; Seno L u d w ig , presente; Sereno
foram pronunciados 1453 discursos, com média do
Chaise, presente; Siegfried Heuser, aasente; Suíly
14 pronunciamentos por sessão P assim distribuídos
Üe Oliveira, ausente; Tásis González, presente; Vi­
por bancada;
eira Marques, presente; Guilherme do Valle, presen-
e; Antônio Bressolin, ausente; Henrique Henkm ,
do Partido Trabalhista Brasileiro .. 542 discursos
presente; Arlindo Kunzler, presente; Milton Rosa.
do Partido Social Democrático ........ 363 discurscs
presente; Antonino Fornari, presente; Osmany Ve­
do Partido Libertador ........................ 274 discursos
ras, presente; Ariosto Jaeger, presente; Arv Del­
da União Democrática Nacional . . . . 107 discursos
gado, ausente; Euclydes Kliemann, ausente; Gustavo
do Partido Democrata Cristão ......... 84 discursrs
Langsch, presente; Hélvio Jobim. ausente; Hélio (Jar-
do Partido de Representação Popular 53 discursos
iomagno, ausente; Lauro Leitão, presente: Luciano
do Partido Social Progressista ........ 30 discursos
Machado, ausente; Moab Caldas, ausente; Naio Lopes,
te; Porcínio Pinto, presente; Romeu Scheibe, pre-
lente; Adão Fett, presente; Cândido Norberto, pre­ Nesse período deram entrada na Casa;
sente; Getúlio Marcantonio. ausente; Antero Si­
mões, presente; Heitor Galant, presentt; Paulo Bros­ 9ádh.0db n. m.2
sard, presente; Solano Borges, presente; Artur Ba-
íhinl, presente; Poty Medeiros, ausente; Svnval Guau- do Poder Executivo ................................ 49
selli, Presente; Affonso Anschau. presente; Egon do Poder Legislativo .................. ...........133
Renner, presente; Onil Xavier — presente; Adaury D e Decreto Legisla tive . v .................. ...34
filippi ■— presente; José Záchia presente; De Resolução .......................................... 38 254
O SR. P R E S I D E N T E — Vai se nroceder a
legunda chamada; Requerimentos de pedidos de informações .. 15
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág. 105

Requerimentos de constituições de Comissões . Projetos de Decreto Legisla­


Especiais ........................................................ 4 tivo ............................................ 23
Requerimentos de constituição de Comissões Diversos ..................... .............. 4 B5
Parlamentares de Inquérito ...................... 5
Sequerimentos de convocação de Secretário de
Estado ............................................................. 1 c) Sessões realizadas ........................... . 24
Bslanços ................................................................. 6
Convênios ................ ................................... ......... 25 B — Comissão de Constituição e Tnsties
Emendas Constitucionais ............................ .... 3
Vetos . ................................................................. 2 a) Processos recebidos:
Informações prestadas pelo Poder Executivo 12
Projetos de Lei ............... . 242
Total ............... 327 Processos simples .................. 32
Veto . ....................................... 1 275
No mesmo lapso de tempo a produção foi a
seguinte:
A b) Processos relatados-.
Projetos de Lei aprovados ....................... 61
Projetos de Decreto Legislativo aprovados Projetos de Lei ....................... 194
e promulgados ...................................... 32 Processos simples ..................... 25
Projetos de Resolução aprovados e pro­ Veto .................................... v .. 1 22»
mulgados ................................................ 40 133

Projetôs de Lei rejeitados ........... ......... 5 c) sessões ■reallzaaas ............................ 55


Projetos de Resolução rejeitados ............ 1
Projetos de Lei retirados ....................... 5 C — Comissão de Serviço Público e Assistência Social
Projetos de Lei arquivados .................. 7
Projetos de Lei anexados ..................... 8 a) Processos recebidos:
Veto aceito ; ............................................... 1
Projetos de Lei em diligência ao Poder Projetos de Lei ...................... 84
Executivo ....................................... . 20 Diversos .......................8 92

Durante o período ora sintetizado, a Assem­


bléia Legislativa do Estado recebeu visita de ilus­ b) Processos relatados:
tres personalidades, tais como os senhores Embai­
xadores: da França, da Suiça, e da Áustria; os Go­ Projetos de Lei ......................rr 59
Convertidos em diligência . . . . 2
vernadores: do Estado de Minas Gerais e do Esta­
Devolvidos sem parecer (art.
do de Santa Catarina: Deputados da República Fe­
58 da Constituição) ............... 6
deral Alemã, da República Oriental do Uruguai e da
TTnião Soviética; e o senhor Cônsul Geral da Itá­ Devolvidos para anexação ___ 3 TO
lia. .
c) Sessões realizadas ............................ 47
Conforme é do conhecimento de todos os senho­
res parlamentares, esta Casa, à vista dos aconteci­
D — Comissão de Desenvolvimento Econômico
mentos político-milita.res que sucederam à renúncia
do senhor Presidente da Repúhlica, manteve-se em
sessão permanente e em vigília democrática, desde a) Processos recebidos:
25 de agôsto último, em defesa da legalidade e em
demonstração cabal do desejo de todos os represen­ -Projetos de Lei
tantes do povo riograndense pela manutenção dos Diversos ...........
mais altos princípios da República,
Nessa oportunidade, aue ultrsiDassou 0 dia Ri
de agôsto, marco final dêste Relatório, o legislativo b) Processos relatados;
gaúcho se reafirmou como legítimo baluarte de fi­
delidade aos princípios constituiconais. Projetos de Lei ..................... 4
Diversos .............................. . 3
II — Ó R G Ã O S T É C N IC O S

Eis, em resumo, as atividades das Comissões c) Sessões realizadas ................................


permanentes e especiais da Assembléia Legislativa:
E — Comissão de Transportes, Comunicacões' e
A) — Comissão de Finanças e Orçamento Óbras Públicas
a) Processos recebidos:
=) Processos recebidos:
Projetos de Lei ..................... 114
Projetos de Lei 16
Projetos de Decreto Legisla­
tivo ............................................ ... 33 Diversos.......... 5 21
Diversos . ............................ ...15 152

b) Processos relatados:
b) Processos relatados:
Projetos de Lei -- , .-T.T 11 11
Projetos de Lei ...

A
Pág. 10S 21 de Setembro de 1961 Anais

c) Sessões realizadas ........................... 42 J) — Comissões Especiais e de Inquérito

Pág — Comissão de Educação e Saúde Funcionaram, na Casa. no período em exa­


me, as Seguintes Comissões Especiais e de In-
a) Processos recebidos: quérito:

Projetos de Lei ........................ 10 1— Comissão de Inquérito para Investigar sôbra


Convênios .................................. 22 a invasão e devastação de parte da reserva
Diversos ................................... . 2 34 florestal do Estado, na divisa dos Municípios
de Nonoai e de Irai. Embora instalada em 21
de dezembro de 19GU, depois de ouvir 38 de-
b) Processos relatados: poentes, encerrou seus trabalhos em 1.° «e
agôsto último, tendo sido reconstituída dois
iProjetos de Lei ...................... 8 dias após, achando-se, ainda, em fase de íe-
Convênios .................................. 20 instalação.
Diversos ..................................... 2 30 ° — Comissão Especial para' apurar denúncias foi-
muladas contra fuzileiros navais' sediados em
c) Sessões realizadas ........................... ; 43 São Borjs, Instalada a 4 de julho último, ou­
viu 13 depoentes, concluindo seus trabalhos
G — Comissão de Agricultura em 19 do mesmo mês, quando íoi aprovado o
parecer pelo Plenário.
a) Processos recebidos: 3 — Comissão de Inquérito para investigar rela­
ções do Instituto Sul Biograndense de Carnes
Projetos de Lei ....................... 20 com o Frigosul e o Matadouro Linck, Instala­
Diversos .................................... 13 33 da a 4 de agôsto findo, ainda se encontra na
fase de tomada de depoimentos.
4 — Comissão de ííiquérito para apurar fatos que
b) Processos relatados: são objeto de memorial de engenheiros do
D A E R instalada em 24 de abril do corrente
Projetos de Lei ....................... 13 ano, teve seus trabalhos suspensos em 13 de
Diversos . . .............................. 12 '23 julho, em decorrência de acórdão judicial, de
todos conhecidos. Nesse período realizou 30
n Sessões realizadas ............................ 44 reuniões, tendo ouvido 35 depoimentos e 2 aca­
reações, além do depoimento do senhor Secre­
tário de Estado dos Negócios dós Transportes,
K ) — Comissão c’ e Redação, Revisão Legislativa e e. no mesmo lapso de tempo expediu nada me­
Leis Complemeníares nos que 93 ofícios.

a) Processos recebidos; Nessa fase o processo ocupou 11 volumes, coti


um total de 2.008 fôlhas.
Projetos de Lei ..................... 60 Na segunda fase, após sua reorganização em 19
Projetos de Decreto Leg. , ....... 32 02 de julho, realizou 5 sessões. Contínua, seus trabalhos,
aguardando apenas resposta a informações que soli­
citou do Poder Executivo.
b) Processos relatados:
III — S E E V I Ç O S A D M IN IS T R A T IV O S
Projetos de Lei ...................... 2
Redações Finais elaboradas ... 90 92 Os serviços administrativos da Secretaria da As­
sembléia Legislativa se processaram, no período a
cl Sessões realizadas ......................... .. 52 que diz respeito esta síntese, dentro da maior efi­
ciência, obedecendo a um ritmo moderno e acele­
D — Mesa rado de trabalho, fruto das experiências acumuladas
e de uma judiciosa redistribuição de valores

a) Processos recebidos: Diretoria Legislativa

Projetos de Resolução ........... -'1 A Diretoria Legislativa da Casa, através do Ser­


Relativos a funcionários da C a ­ viço de Comunicações e Arquivo, processou e deu
sa ............................................... 23 andamento a 980 expedientes, sendo 182 Projetos de
Requerimentos de urgência .. 3à Lei, dos ou ais 49 de origem executiva e 133 do pró­
Diversos . .................... . . . . . . . . . 91 prio legislativo; 34 projetos de decreto legislativo;
38 projetos, dé resolução; 25 requerimentos parla-
mentar.es diversos; 6 balanços; .25 convênios; 3
b) Processos relatados: emendas constitucionais; 2 vetos; 12 informações
prestadas pelo Executivo e , 653 assuntos diversos.
Projetos de Resolução ........... 41 Processou e deu andamento, ainda, ..a expedi­
Relativos a Funcionários da entes avulsos, assim catalogados:
Casa ........................................... 21
Requerimentos de urgência ... 32 a) de funcionários da Casa ........ 120
Diversos .................................... S4 b) de deputados .................... .............. 243
.g de Câmaras Municipais ................. 165
c) Sessões realizadas .................... . . . . 43 d) de Prefeituras.......................... ,......... 45
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág.- 107

e) de repartições públicas em geral ,. 160


respectivos volumes ultimados na Imprensa Oficial.
í) diversos . ................................ ........ 233 965 Com referência à Biblioteca, recebeu tão impor'
tante órgão um grande impulso, com a organizaçãc
técnica ;á em andamento, fichado que foi mais tít
A Diretoria elaborou ainda, todos os avulsos dis­ 10% dos 5.000 volumes existentes, e que estão, assim,
tribuídos aos senhores deputados, organizando, o preparados para empréstimos-
seu titular, a ordem do dia das sessões e prestando Os fichários de Leis do Estado, de Decretos
assessoramento a Mesa durante as reuniões nlená. Legislativos e de Resoluções estão atualizados, estan­
rias. do em andamento o de Decretos Estaduais.
Foram adquiridas 149 obras, num total de 135 vo­
Anais2an1 deSntnmsa1snb1 lumes referentes a Direito Constitucional, Adminis­
trativo, Finanças e Economia.
Dos relatórios parciais fornecidos pelas diversas Foram consultados 876 volumes, recebidos 153
dependências da Diretoria Administrativa da Casa, exemplares de boletins estatísticos, revistas e rela­
verifica-se que aquêle órgão elaborou .65 autógrafos tórios, 5 volumes de Anais do Congresso Nacional, 10
de projetos de lei, 34 decretos legislativos e 44 de da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, 2.095
Resoluções. O Serviço de Mecanograíia executou volumes desta Assembléia Legislativa e 14.075 exem­
2.682. serviços diversos, incluindo cartões, envelopes, plares dos Diários da. Assembléia.
etc. Foram cassadas 10 certidões relativas a denu- Foram distribuídos 1.370 volumes de Amais e 102
tados. da Coletânea Legislativa, bem como -os exemplares
dos Diários da Assembléia.
Anais2an1 e1 r1o9n6r1Pn1
Diretoria An Segurança
Spgundo os dados estatítiscos dessa Diretoria, fo­
ram apanhadas e traduzidas cêrca de 2 000 000 (dois Essa Diretoria, à qual está afeto delicado e cons­
milhões) de expressões taquigrafadas, no período de tante trabalho, soube, mercê, da dedicação de seus
abril a agôsto de 196.1: com a média de 70 turnos diá­ integrantes, executar suas tarefas com o máximo de
rios. cada um com mais ou menos 300 palavras. correção e eficiência.
Organizou aqtiêle órgão da nossa Secretaria um Em várias oportunidades foi necessária vigilân­
arouivo. que lá pode ser consultado pelos senhores cia atenta, para colimn.r um perfeito trabalho preven
deputados e funcionários, embora ainda não esteja tlvo, levado a bom têrmo com a colaboração de to­
comnleto dos A com orientação segura, e eficiente.
Lá serão encontrados elementos valiosos sôbre os Senões dificilmente evitáveis podem ter surgido,
municípios rio-grandenses. os nomes dos respectivos mas a comureensão do nosso corpo de segurança e
prefeitos e dos vereadores. uma nerfeita direção fizeram com que não fossem
Consignam, também, a extensão ?eo?ráfica, a al­ avante, fazendo-os passar, inclusive, desapercebidas
titude, a zona a nue pertence, a data da criação, o da grande maioria.
número de habitantes, segundo o censo de 18P0, a dis­
tância da sede à Capital vias rodoviárias, ferroviá­ Serviço de Divulgação
ria e aerciviária.
Lá estão fichas de 141 países do mundo, com o O Serviço em epígrafe, pelo trabalho que vem
nome da caoitnl. a área geográfica e a população desenvolvendo, está confirmando o acêrto das ante­
do país e da canital. riores direções da Casa que, em tão boa hora, o
As p.rin"ioais usines e'At,ricas e termelétricas exis­ instituirá m.
tentes no Brasil H06) estão catalogadas com infor­ A cobertura feita por êsse órgão é a mais per­
mações sôbre os nos em que se situam e potencial feita possível, dentro das circunstâncias.
em nuilovates .
Foram relacionados todos ns senadores e deputa­ Assistência Técnica
dos federais, b^m como os ex-demitados estaduais.
Fsfão eolPtodas. também, mais de meio milhar A Assistência Técnica da Assembléia, embora di­
de atlas designativas dp órgãos núblicos e privados, retamente subordinada ao Gabinete da Presidência,
■do Estado, do País, do estrangeiro. vem prestando serviço junto aos diversos. órgãos da
Casa.
Diretoria de Anais e Documentos Parlamentares Assim, seus titulares colaboram junto às Comis­
sões de Finanças e Orçamento, Desenvolvimento Eco­
Êsse órgão assinalou, nésta gestão, um m a r c o na nômico. Constituição e Justiça, e. de Redação, Revisãc
sua existência, nublicando o 1.° volume da “ Série Legislativa e Leis Complementares, isso sem pro-
de Documentos Parlamentares”, já distribuídos, e re­ iuízo da assistência permanente que prestam ao Pre­
lativo às solenidades do 14° aniversário da nossa sidente da Casa, à Mesa, aos senhores denutados e aos
Constituição, ocasião pm que a Casa do Povo reuniu órgãos da Secretaria, quer em assuntos jurídicos, eco­
os três Poderes do Estado. O 2 o voliíme, também iá nômicos, financeiros ou administrativos
publicado, contém valioso trabalho sôbre a Zona Li­
vre do Comércio Latino-Americana. Secretaria da Presidência
O 3■ » volúme. iá planei°do, enfeixará, em cêrca
de 1 *00 folhas, tô^a a sessão nermanente realizada A Secretaria da Presidência tem desenvolvido in-
pela Casa quando dos acontecimentos oolítico-milita- gin*e tarefa.
res nue sucederam à renúncia do Presidente da Re­ No período a que se refere êste Relatório teve
pública aquele órgão o seguinte movimento:
Na oarte da Redação de Debates foram revisados
e corri sidos'originais no montante de 12.305 fôlha s, Ofícios recebidos . . . . ; .......................157
a r!m de serem publicadas nos Diários da Assem­ Ofícios expedidos ......................... ......157
bléia Telegramas, etc.....................................5°-2
Os índices onomásticos e remissivos dos Anais Cartas recebidas................ ..................300
foram atualizados até abril dêst.e ano. iá estendo os Circnlares exnedidas ..........................105
Pág. 10C 21 de Setembro de 1861 \nais
Papeletas de informações.............. 362 objetivo de serem desocupadas as dependências dó
' ....... »ns à Imprensa ................. 25 subsolo do velho casarão da Assembléia, onde se
P :;d u n s ................................. 18 acham instalados serviços técnicos da Secretaria de
Atc&tac..os ........................................ 9 Agricultura.
Pesosas atendidas-.......................... 6.000 Temos a esperança de ver resolvido semelhante
assunto dentro de um tempo relativamente breve,
Pág.10gáC 2.gCd com adaptação dessas dependências às necessidades
da Casa para um funcionamento mais adequado de
De 21 de abril a 31 de agôsto dêste ano. a Dire­ seus dive^os órgãos e serviços, até que seia cons
ção O-e-al da Casa, em conseqüência da lhaneza de truido o
seu titulai, quer o efetivo como o substituto, se im­
pôs ao respeito e à admiração da Mesa. A coordena1 ' 8 t » à nb t S 2 no t 8 e nI b
ção Sos trabalhos e dedieacão e o amor ao serviço
público imperflrffm na cúpula da Secretaria da As­ -ujas obras continuam sem interrupção, no desdo­
sembléia Legislativa. bramento do plano elaborado e por cuja execução
Pá atividades da Assembléia Legislativa têm-se regular vem se empenhando a Comissão respectiva
•-"•anterizad0, do um modo geral, por um alarga­ com apoio decidido da Mesa.
mento crescente de seu âmbito de interferência. Se­ Como podem ver 5áf d0:0; os senhores deputados
gue nesse particular a tendência constante, assinala­ a edificacão da futura sede da Assembléia se .f:0fu
ria ao Pr,der Legislativo de transcender à pura fun­ tra relativamente adiantada, já em parte fincados 0á
ção leeislr.tiva.. para transformar-se num verdadeiro fundamentos dessa obra. esperando-se que. mo praze
“ 'orum dr deba+°s” _ qeeundo a expressão de gran­ estabelecido, sejam entregues as dependifccias :06A
de "sfadi^a britânico „ conhecendo e examinando, preendidas na primeira fase da construção.
coro obietivo de colaboração com o Poder Executivo,
todos os assuntos g.1 interessam à coletividade. Es­ 8 r nI S c o» c nb P 8 à b r o e ne & n 9 - b
sa t^idèocia encontrei nlena instificativa no sentido
da. renresentação nolítiea do Corno Legislativo e no A Presidência considerou de Importância desta­
conceito moderno nu° se emnrest.a ao nrincípio da cada as comemoracões do 14.° aniversásio da Consti­
independência dos nodères, nue não significa repara­ tuição Estadual como afirmação solene da fé na de­
ção rígida nas convereências de acão. em prol do mocracia e no regime constitucional que lhe corres­
pi'íbl;co Jamais nnfior:,q conceber os mencio­ ponde quando ainda perduram no mundo condições
nados Podêres corno dois órrrãos estanques — e mui­ políticas p sociais que narecem dar validade a afirma­
to menos é óbvio oo re®ime narlamentar recente­ ções de juristas e pensadores políticos sôbr„ “o fim
mente instituído entro nós correspondendo os mes­ da democracia’’ o “crepúsculo da lei" a “falência da
mos predominantemente à conveniência de uma ade­ liberdade”, o “ ocaso da Constituição” , a “decadência
quada divisão de trabalho. do Parlamento”
^is nor ággá diversas comissõpt? foram criadas. Cabe sem dúvida, ao Poder Legislativo a missão
io decorerr dêste a n o . com a finalidade de interferir prinoinal na luta pelo fortalecimento da democracia
mnto a órgãos dos Executivos estadual e federal -pa­ e pela sobrpv:vência das instituições, sendo bem ex­
ra a solução de oroblemas ou de setores da sociedade, pressiva a oniniao do publicista oue asseverou ser a
como, por exemplo a que foi ao Rio de Janeiro ulti­ crise da democracia a crisp do Poder Legislativo.
mar providências iunto à direção central dos T.A P .P . Aliás, a consciência dessa missão iamais se achou tão
para imediato pagamento dos salários dos aposenta- desperta como agora, comprovando-se êsse fato. en­
los. filiados a êsses institutos e residentes neste Es­ tre nós, na recente crise político-miiltar nacional.
tado. logrando completo ê^ito, A comemoração do 14.» aniversário da Carta Po­
p articipou. igualmente, a Assembléia, nor inter­ lítica do Estado constituiu uma solenidade do esoí-
médio de uma Comissão Especial. do Seminário do rito constitucionalista, a ela se associando o Poder
Carvão realizado em 22 de junho, tendo se desta­ Executivo e o Poder Judiciário, como sabem os se­
cado essa Comissão por sua atuação positivq no es­ nhores deputados, e despertando a mais'viva reper-
tudo e formulação das bases de solução dêsse pro­ cussão na imprensa e em nosso meio cultural, espe­
blema, que interessa sobremodo ao Rio Grande do cialmente o jurídico.
Sul. Correspondendo a mensagens da Presidência, a
data da Constituição Estadual foi igualmente come­
eStSmbrSo morada no interior do Estado, pór promoção das Câ­
maras de Vereadores. ,
Foi atendida, de outro lado, pelo menos em parte, Com o mesmo objetivo não só comemorativo, mas
antiga asoiração dos senhores deputados: a instala­ também de valorização e divulgação do diploma cons­
ção de telefones em suas residências. Embora se titucional, foi instituído e realizado num concurso
trate de um atendimento de certa forma precário des­ de reportagem pelo rádio sôbre a importância da
sa questão, dado-o sistema adotado, a providência po­ Constituição para o povo, tendo saído vencedor o ra­
de ser considerada satisfatória, na atual situação dos dialista, senhor Segundo Brasileiro Reis.
serviços telefônicos na Capital, aguardando-se o aper­ Grande, por outro lado, foi © número d e mensa­
feiçoamento dêstes para um a solução definitiva do gens congratulatórias recebidas pela Presidência, pe­
assunto. lo transcurso do 14.° aniversário da Carta fundamen»
tal do Estado.
86adáCpl0 sCi nfi1CdCpç.i sC o.s. sC 8ii.6õd3áC
i- à b r 2 c S o o b P 8 o 8 o o S D ô t ê n8 o t S 2 no t 8 e nI 8 o
0 C2 conhecimento dos senhores deputados os es-
torços que têm sido despendidos pela Presidência no ­ã bi i.fO0g.i s.a,1Cs0i .i1l0 C aCg sCi ag0qásüfA
ientido de melhorar as instalações da Assembléia, :áCi hz 106CsCi aCgC C g.CdávCpl0 f.i1C àCaá1Cd s0
areocupando-se com a sua ampliação, para maior nn à0fMg.ii0 sCi 8ii.6õd3áCi t.MáidC1áqCú . iCõ.6é
íonfôrto e desafogo dos trabalhos das comissões tée- s0 6.i60 60s0é pa,. C 1gCfiL.güf:áC sC i.s. s.ii.
lieas e dos serviços administrativos da Casa- de :0f:dCq.é •," s.âgáC .“.1,Cgui. +fC n°Cá”M :0fi1á1,á,
Iniciativas mtais positivas foram .tomadas, com 2 _C,1CC s.á.iüf:áC 6 áC éé O06.fCM.6 és C + 8ii.6õd3áC
Anaií 21 de Setembro de 1961
---- — --------------------- ---- ---- A
Legislativa daquê^t: glorioso Estado da Federação a
O SR. P R E S ID E N T E — Retoma-se a discussão
esta Assembléia e a êste Estado.
do Projeto de Lei 104-60, de autoria do Deputado An-
Os preparativos para o êxito dêsse Congresso, a tónio^ Bresolin, que autoriza o Estado a proceder à
cargo da Comissão Organizadora, presidida pelo de­ divisão, em lotes, de parte das áreas dos Postos Indí­
putado Carlos Santos, estão decorrendo normalmente, genas de Cacique Doble, Guarita, Nonoai e dá outras
cendo ocorrido, entretanto duas modificações impor­ providências.
tantes. A primeira delas é a mudança da data do Com a palavra, para discutir a matéria, o autoi
Congresso para de outubro próximo, dependendo da do Projeto.
aprovação pela CJPI segunda e a inclusão no temá- O SR. A N T Ô N I O B R E S O L I N — Sr. Presidente 6
rio de mais um item “ Adaptação das Constituições Srs. Deptuados. Dentro daquela norma de trabalhos
estaduais ao sistema parlamentar” . Tais alterações__ que vem seguindo minha atuação nesta Casa do Povo,
logo se vê — foram determinadas em conseqüência no dia 2 de agôsto do ano passado apresentei o Pro­
dos acontecimentos decorrentes da iá referida crise jeto de Lei n.° 104-60, que autoriza o Estado a proce­
político-militar. que cõnvulsianou a nação por um der a divisão em lotes, de partes das áreas dos Postos
período de cêrca de dez dias, e que deu lugar no Indígenas de Cacique Doble, Guarita e Nonoai e dá
Rio Grande como sabem os senhores deputadoe a outras providências. ,
mais uma vigorosa demonstração de civismo e An Desejo informar a esta Casa que, como conhece»
espírito de dor destas área de terra, tendo mesmo aproveitando
minhas férias para, por mais de uma vez, percorrer
ai í i 2 1 a 1 d i e 1 d Sa 1 a i essas zonas do Estado, depois de entrado em contato
com destacados elementos do Serviço de Proteção aos
Nessa defesa a mobilização das consciências ju- índios, tive a idéia de apresentar êste Projeto de Lei,
rMI-fs, políticas e ponulares foi inegàvelroente im­ Êste Projeto de Lei, infelizmente, tem sido incompre­
pressionante nela se integrante numa nítida expres­ endido por muitos de nossos eminentes colegas, mas
são de dignidade, a Assembléia Legislativa, de cuja r.ós ainda hoje o defendemos com a consciência tran­
"vigília, democrática” , que durou desde a eclosão da qüila, respeitando, entretanto, a opinião dos Srs. D e ­
crise mencionada antes até a posse do vice-nresidente putados que pensam de maneira diferente.
João Goulart no cargo de Presidente da República, Depois que a matéria veio a debate, o primeiro
participou a totalidade dos membros desta Assem­ orador que hòuve por bem de fazer uso da palavra
bléia foi o eminente Deputado Cândido Norberto- S,
Como “Podo*' de^rrnado” a atitude onp tomo-i Exa., além de sugerir que a matéria, complexa efeti­
foi a de Protestar pela tribuna e por todos os vei- vamente, deveria ser melhor estudada, trouxe para
üulos de divulgação a seu AnaA i aA corttvn o atentado esta Casa uma série de porfderações relacionadas com
qua se procurava infligir à Constituição, como im­ as terras do Estado, ponderações que foram bastante
pedir a nosse daquela alta autoridade, concHando à debatidas e que mereceram, ao mesmo tempo, a aten­
luta pela manutenção do resneito à Carta Magna da ção de todos aquêles que aqui se encontravam.
TTni.ão e nreservação da ordem jurídico-constitucio- Falou, a seguir o meu eminente amigo Depuiado
nal. Getúlio Marcantonio. S. Exa. fêz u m brilhante dis­
A vibrante atitude da Afwmbléia em defpca da curso como parlamentar inteligente, com palavras
legalidade teve larga repercussão .tendo a Presidên­ muito bonitas, principalmente aquelas que estão es­
cia recebido mais de quinhentos telegramas de critas nos livros, mas que, todavia, não sintonizam
eplatisos de adesão e de solidariedade. com aquilo que está acontecendo nas terras em refe­
rência, não sintonizam com a miséria, não sintozam
E m documento “snecial. a cargo da Diretoria da com aquilo que está dentro do projeto e isto porque
Anais, ficarão registradas tôdas fls manifestações e não conhece o que se passa lá dentro dessas áreas, o
pronunciamentos verificados no decorrer da “vigília que acontece “in loco” . ;
democrát'ca” da Assembléia, para o devido conheci­ O eminente Deputado Libertador fêz, também,
mento público. belíssimas dissertações sôbre a devastação das nos­
São êstes, em resumo, os principais dados infor­ sas terras, leu telegramas e correspondência que re­
mativos que nos çabia relatar, não sendo demais dei­ cebeu, de repúdio ao projeto, mas esqueceu-se de ler
xar consignada a tranqüila certeza de têrmos manti­ todos os documentos que fazem parte dêste expedien­
do. diuturnamente e sem desfalecimento. o prestígio te, dando amplo e integral apoio à iniciativa. Vê-se
da Assembléia Legislativa do Estado, cuja autoridade que aqui tem havido é pronunciamento de parte de
cada vez mais se afirma, como órgão representativo homens que não conhecem o interior e deveriam ou­
vigilante no acatamento à ordem legal e constitucio­ vir os pronunciamentos dos homens do interior que
nal, na nromoção do bem público, nos seus deteres conhecem o interior, como prefeitos, Vereadores, M é ­
de controle e fiscalização e na defesa dos legítimos dicos, Advogados, de presidentes de Câmara de V e ­
interêsses coletivos. readores, de Associações Rurais, de professores de
outros elementos das mais variadas atividades. Os
,Dep. tmbrmo9 6nLg cjue combatem o projeto não sabem que os filhos dos
1.® Vice Presideate, no ex-ercício da Presi­ agricultores necessitam de terras, de terem a sua
dência pequena propriedade e não conhecem, também, o dra­
m a tremendo que vivem os nossos infelizes sílvicolas
Dep. Carlos Santos no mais completo abandono.
1.° Secretário A seguir, o nobre Deputado Jairo Brum, ocupando
a tribuna, fez um discurso belíssimo e lamento, ape­
Dep. Alcides Costa nas, que S. Exa. não tenha estado aqui, onde tantas
2.® Secretário outras vêzes expliquei o problema. S. Exa. um
aos mais brilhantes deputados desta Casa disse muita
Dep. esrlvqbun do Vulle coisa bonita, mas que, nem p'or isso mesmo, represen­
3.° Secretário ta a realidade dos fatos. O que disse com relação á
terra, no Brasil, é verdade, mas o qua disse com rela­
Dep. êrnrbm tmb^sn: ção ao paralelo que pretende fazer entre Brasil e Es­
tados Unidos, nesse campo, sabemos não há um di->
E Fçã 2n9bnqébr9
Pág. 110 21 de Setembro de 1961 Anaií

visor comum entre o Brasil e a A m érica do N orte. Fui idealizador e presidente do Instituto de M eno­
Seriamos m uito felizes o dia que pudermos possuir res de Ijui, durante quatro anos consecutivos, entida­
tudo o que os norte-am ericanos possuem nessa m a­ de essa que hoje conta com um patrim ônio superior
téria em relação a cultivo racional <ia terra. N o dia a dez m ilhões de cruzeiros'; fu i presidente do Circulo
em que dermos assistência técnica ao homem do in ­ O perário de Ijui, durante três anos consecutivos, cuja
terior, então, sim, poderemos fazer esta comparação cbra lá está paia atestar o que fiz, inclusive as esco­
entre o Brasil e a A m érica do N orte. A A m érica do las; fu i Comissário de M enores durante mais dè seis
Norte, efetivam ente, com pouco mais de 10% da p o­ anos, viven d o em perm anente contato com a massa
pulação viven d o no interior, tem uma produção racio­ humilde; sempre estive ligado aos sindicatos e sempre
nalizada que custa muito menos e atende p erfeita­ participei das cruzadas em fa v o r do N atal da Crian­
mente, não só as necessidades daquele País. como in ­ ça P ob re. De origem humilde, filh o de agricultor e
clusive tem capacidade para abastecer outros países, colono até a idade de 28 anos. sempre estive, estou e
inclusive o nosso. estarei ao lado dos desprotegidos.
P or últim o na tarde a e ontern, íaiou o eminente O Sr. Cândido N orberto — V . Exa. permite?
Deputado Paulo Brossard. S. Exa. falou principal­ O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Concedo o apar­
mente sôbre a inconstitucionalidade do P ro je to. A te a V . Exa.
despeito de se tratar de um ilustre professor de d i­ O Sr. Cândido N orberto — Ninguém está discu.
reito, não posso concordar com a tese sustentada por tm do a origem de V . E xa., nobre Deputado, o que
S. Exa. Se com eia concordarmos teríamos, eu e se discute aqui é á distribuição de terras a agricu l­
íantos outros brasileiros, de providenciar, desde logo, tores! •
sm fazer a devolução das nossas terras aos indígenas O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Chegarei lá, De­
porque elas ,realmente, em outros tempos, foram putado, mas é apenas para tirar esta impressão que
>cupadas pelos índios. está incom patibilizando o Projeto, como se partisse
O Sr. Porícnio Pinto — V . Exa. perm ite? (A s ­ de um elem ento que não 'está ligando a classe dos es­
sentimento do orador) quecidos, dos m iseravelm ente explorados.
Mas Deputado! Esta argumentação de V . Exa. Quero deixar, também, uma justificativa com re­
; inconsistente, porque, naquela época não havia uma lação' a essas instituições de genética humana que se
'onstituição e hoje existe. O Brasil tem uma Carta m anifestaram contra o Projeto. Tenho aqui docu­
-laior que regula a matéria. mentos. Respeito a autoridade dessas eminentes f i ­
O SS . A N T Ô N IO B R E S O L IN — Agraüeço o apar- guras, mas gostaria que êsses homens cultos se apro­
*3 de V . E xa. mas não tenho conhecimento de que fundassem mais no assunto, hão o fizessem somente
> País tenha se regido pelo reg im e de arbitrarieda­ através dos livros, que verificassem “ in loco” o que
des. Nós, se não tínhamos, noutros tempos, uma está ocorrendo aos nossos indígenas, Tenho docu­
Constituição, tínhamos outras leis que asseguravam mentos que desafiam a contestação de quem quer
21 direitos de todos os brasileiros. A Constituição que seja. Tenho uma carta do radialista e Vereador
Brasileira, no caso, enquadra perfeitam ente o P rojeto Antônio Cereta, de Três Passos, e vou tom ar a lib er­
le minha autoria. dade de lê-la, porque êstes documentos não foram
Mas, de qualquer maneira, o brilhante discurso do lidos no Plenário.
Deputado Paulo Brossard trouxe a esta Casa uma O Sr. Cândido N orberto (Interrom pendo o ora­
contribuição valiosa, ao debatt, que é precisam ente o dor) — A do radialista, meu colega, já fo i lida, nobre
que desejo, em tôrno dêste P ro je to Nunca relutei, Deputado.
nunca fu g i ao debate desta m atéria. P e lo contrário, O SR. A N T Ô N IO 'B R E S O L IN — E ’ engano de
;enho o m aior interêsse em que êle seja o mais possi V . E xa., nobre Deputado.
vel esclarecida. Os senhores Deputados, quando v o ­ (L ê ):
tarem o Proejto, devem fazer com pieno conheci­
mento de causa e fo i por isso que ontem tiv e opor­ “ Três Passos, 8 de outubro de 1930.
tunidade de sugerir num aparte que me concedeu a P rezado amigo
nobre Deputado Cândido Norberto, aos Senhores D e­ Deputado B R E S O L IN
putados que não conhecem estas áreas, que fôssem Assem bléia L egislativa
verificar, “ in loco” o que se está passando e só d e ­ P ôrto Alegrs-
pois disso viessem votar a matéria, porque tenho cer­
teza de Que aquêles que ficaram conhecendo o que se Saudações.
passa naquelas áreas de terra, ao tomarem conheci­
mento do que realm ente se faz necessário ao agricul­ R ecebi seu cartão m uito arfiãvel e apresso-me en,
tor, dos prejuízos que o nosso Estado está sofrendo rem eter o original dos dois comentários por mim fe i­
por falta de terras para o filh o do nosso colono. O tos nesta emissora, com respeito ao caso dos índios
Estado está sofrendo uma descapitalização imensa. de Guarita e à divisão de terra dos índios. Realm en­
Há grande falta de elem ento humano. Tenho a cer­ te Deputado Bresolin, é necessário v ir a estas ban­
teza de que os Deputados desta Casa, homens ín te­ das para ver o-ponto de degradação a que chegou es­
gros, dotados de inteligência, serão incapazes de v o ­ sa raça que um dia percorreu indômita e sublime o
tar contra uma iniciativa destas, que beneficia os nos­ nosso pampa imenso. K o je são párias que por si
sos colonos e, de modo especial, o nosso aborígene. andam, arrastando atraz de si a bagagem de miséria e
Desde que o meu P ro je to está tramitando, nesta alcoolismo que o liquida aos poucos. Êlés são do­
Casa, senti, desde logo, que elementos divorciados nos incontestes de vastas glebas pelo Brasil afora,
« a realidade rio-grandense, daquilo que preconiza o mas o que v a le ter terras e não as trabalhar? O
bem estar dos homens do nosso Interior, têm procura­ que vale ter bens e não os gozar? O que vale ter
do deturpar as finqlidades do m eu P ro je to perante Serviços de Proteção aos índios só “ pro-íorm a” ? E ’
à opinião pública. Isto é um êrro! Jamais seria ca­ uma vergonha o que acontece por aí. Im agine, ami­
paz de apresentar, nesta Casa, um P ro je to que não go Bresolin, que há colonos que contaram que levan ­
beneficiasse o elemento hum ilde. Sou um homem tam pela manhã, vão ao galpão retirar pasto para os
humilde, Sr. Presidente, dais mais humildes origens an.inaais e a li deparam cora-a con<jtti)ção carnal dês-
que se possa te r dentro do B rasil. Sou ao lado d a­ ses míseros sêres, provocando a reecão de nosso co­
queles que nada têm e dou, como testemunha, a o ri­ lono, por índole e educação, recafedo e iu n o t o “ in
gem hum ilde que tenho. Em Iju i está a p r«w a do ex-tremis” . Só raesmo a “ gente do., asfslto” jgàra v i*
rreu passado* lá está para quem au-iser ccwheeê-la. wer da ilusão alencarina, que con&eeem íad iss i>elo
Anais z i as seteniDro de 1961' Pág. Ü í

‘Guarani’’ ou pela linda poesia “I Juca P iram a’%


H oje êles m endigam diretam ente e sabem usar da
porque a verdade é bem outra.
palavrões quando nos negamos a dar-lhes alguma
esmola, invariavelm ente usada na aquisição de ca­
- Bem, amigo Deputado, ali estão meus comentá­
chaça- Os nossos índios chegaram a tal estado flg
rios, se servirem , aproveite-os, se não servirem, peço
que n\e devolva para arquivo. ’ < ' prostação e miséria, que nos fazem rir os romances
de José de Alencar, livros que quiseram nos apre­
Um grande abraço de amizade do sentar o nosso silvícola como um sêr superior, do*
CÉRETA” . « tados de sentimentos que fariam inveja a multo
hom em ou m ulher culta dos melhores salões da ida*
(Após a leitu ra) <Je da cavalaria. Os nossos índios transformaram-se
em párias, são múlambos ambulantes, sêres rep e­
Tenho, também, parte de uma crônica lida na lentes em face da imundicie que lhes cobre o corpo.
emissora de Três Passos: E a pergunta se faz necessária mais uma vez: existe
(.Lê): ou não existe o Serviço de Proteção aos índios,
Acusa-se ao Deputado A ntônio Bresolin de demai
DE T R Ê S PASSOS) gõgo, Inim igo dos índios, massacrador de uma raça
porque deseja que o Govêrno reduza a gléba desti­
i-À n iii... O L H E ... E S C U T E ... nada aos índios, e se entregue uma parte da mes­
ma aos colonos o_ue precisam de terra. Então.s os
fia ura caso que tem por cenário esto região e saudosistas que conhecem índios só pela leitura
i*ee merece a nossa consideração, nosso repúdio e dos romances de José de Alencar ou as figuras es­
nosso reparo todo especial. E perdoem se usarmos tilizadas que aparecem de vez em quendo nas revis­
de têrmos algo candentes ao tratar do caso que va­ tas de sensacionalismo, êsses então levantam a voz
mos fotogrjfar. iS o caso relativo a embriagues de ameaçam céus e terras, fazem lindas -preleções de
índios que. iiercorrendo as ruas da cictade e as estra­ solidariedade humana de. defesa da raça, de prote­
das do município, trazem sobressalto tf nossa popu­ ção aos nossos antepassados. O ra meus ouvintes.
lação pacata e ordeira, Como rodos sabem, existem Nem tudo aos céu e nem tudo a terra. Concordamos
diversos toldos de Índios no Estado, como sejam, o exista o Serviço de Proteção aos índios, Êles na sua
de Cacique Doble, que, segundo iníormaçòes, e um inocente displicência, não são culpados de terem
modelo para os demais, c rie Tnhaeorá do quai não nascidos índios. Mas se dâ a êles, amparo real, fii-
conhecemos detalhes, e o da Guarita de onde nos reto e conciente. Réduzam-se os mesmos às suas
vfm êsses muiamhos humanos que costumamos ver choças, ensin-e-se-lhes o trabalho construtivo, edu­
diariamente, arrastando- através de si, a miséria, a quem-se de alguma íorm a e use-se de castigos, e
corrupção e o'alcoolism o. E vamos aos fatos: existe Irrom per neles a índo’ e cigana de peram bular mun­
no Brasil um serviço ao qua! se dá o nome genérico do af ora. sem rumo nem d e'tin o. Proiba-se lhes o
de Serviço de Proteção aos índios, conhecido pela si­ uso. do álcool e os encarregados procurem castigar
gla de SPI. Cotista-nos que sua sede seri-3 em Curi­ a quem venda cachaça a êsses infelizes. R etenham -
tiba e não ab em o s nue é o titular máximo ^êsse ss os índios nas glebas que lhe são destinadas, por­
serviço. No R io Grande do Sul obtivemos in form a­ que já se registra o roubo, a ausência de dignidade
ções estar localizada a =ede dêsse pretenso serviço, e decência na colonia onde êsses casais aparecem .
em Pa.s.so Fundo ^ seria- o sen titular o Dr. Rodriguo Pouco mais resta para poder compará-los a animais,
Maealhães. O toldo nosso vizinho, é o da Guarita, guiados somente peio instinto, praticando os atoa
do qual não temos maiores esclarecimentos a dar, da procs-iacão em núblico, onde as criancas lhe são
pois nunca tivemos o nrazer de o visitar, e por isso testemunhas. Tem os exemplos m uito sérios a in­
nãn poderemos fazer dêle um iulcrament^ mais acer­ form ar p'_ra aQuel.es nue ainda duvidem de nossa
tado Ontem, em sessão reaü^ada na Câmara Mu- palavra. De quando em vez a polícia anda no en-i
nicinal de Vereadores desta eiriade, tivemos ocasião calco dêsses Pobres sêres que roubam por neces­
<3e tecer com entários sôbvp o cnso oue vamos deba­ sidade e não porque sejam ladrões nor índole. Não
ter. nu.ando pedimos sp envie oficio à nhefia Nacio­ é com discursos bopHc.s que se protesrem os índios.
nal do SPI. protestando contra a incúria e abandono t. usando de consêlhos, da admoestacão e até fa­
em que se eneont^am nossos s i l v í c o l a s E x’ ste o Ser­ zendo da chibata miando se fi?er necessário, norque,
viço de Proteção aos índios, e o serviço devera pro­ pelo simples fato de serem índios, ntem p or isso es­
porcionar todo amnaro a essas crianças grandes nue tão alforriados do castigo. üles são .humanos e a nos­
são os nossos ahnrigenes, educando-os, veiando por sa benevolência vai até o ponto de não perm itil
êles, contendo-os nos seus instintos, imnedindo-os por se tornem êles m otivos de preocupação para os co­
a’ "uma form a contra a sua queda natural para n lonos que residem distantes da proteção das auto­
gftsto nelo álcool. Vemos quase diàriamente peram- ridades. P or isso é que nedimos à- nâm ara ontem
buiando pelas nossas ruas. casais de índios, o homem nue i n t e r v e n h a junto ao Serviço dè Proteção aos
em andra'os e cambaleando ao efeito do álcool, í\ índio=, que devprá agir e agir com energia, porque,
frente, e logo atrás de si, num trot^zinho caracterís­ assim não fôr. deêm carta de alforria a todoa
tico uma índia oue um dia poderia te r sido bela, mas os nossos silvícolas, fechem-se os tôldos e distribua-
a "ora, fustigada pela miséria, pela sub-nutrição e se a terra, aos colonizadores. Pensamos a?£im e acre­
também minada pelo alcoolismo, nada mais ê do ditamos estar estribados em carradas de razão. E
que um mu.Jambo humano a andar r.or aí. As cos­ besta de arengas bonitas, bastà de entoar o I Juca
tas da índia envoltos em tranos imundo?, trapos P iram a” para olhar com olhos realistas um caso
nue já comera a preocupar a nuem nada mais quer
oue um dia tiverem côr mas que hoie nao passam
de sujidade, im undície às mais repelente, ali está pre­ do oue possibilidade de trabalhar com descanso de
so, às costas da mãe, o índiozmho que. com o leite espírito e sem m aiores preocupaüfies. E faz^tríoa
materno, sucra também o álcool que está entranhado um apêlo aos senhores com erciantes: não vendam
no sangue da m ãe. Há. algum tem oo atrás, víamos cac.haca a êsses infelizes] porn” e o dinheiro ganho
êsses índios andarem por aí, em pequenos grupos, na v e n d a ,d o veneno a ê;sos miseráveis sêres. è um
chegando de casa em casa a oferecer seus balaios, A dinheiro igual ao pago nelox fariseus a Judas para
arco-fiexas e bugigangas. H oje nem isso mais fazem... ■s. comnra de cní-sto.,
Pág. 112 21 de Setemfeo de 1961

Comentários do Vereador Peessedista Antônio Ce- go e sem lei, arrastando a m iséria pelas ruas da ca­
reta, lido na Rádio de Três Fassos pital do Peru e de suas cidades provincianas. O qua
se quer não é expulsar os indios de suas terras...
P A R E .. . O L H E ... E S C U T E ... O que se quer é que os indios tenham a sua lerra,
mas uma área que seja o bastante, para ali auferi-
Dias atrás, falam os em índios e bugres e, hoje, rem o seu sustento, mas dentro de um padrão de
ramos voltar ao assunto. Dissemos que deve haver trabalho e organização e não o que aí vemos. As
por aí um Serviço de Proteção aos índios, mas que terras lá estão. São dos indios. Mas os indios an­
le proteção real, nós temos as nossas dúvidas, p or­ dam pelas ruas de #Três Passos, Campo Novo, Fra-
que os índios andam por ai pelas ruas, curtindo seus derico Westphalen, Portela, Ira i e outras, tomando
porres habituais, e pondo em polvorosa as fam ílias cachaça em balde, e fazendo demonstrações de de­
de colonos como já nos contaram por diversas v ê ­ gradação humana. Pode-se reduzir as terras dos ín­
zes. Pedim os há tempos atrás o apoiam ento na Câ- dios, e não haverá perigo que êles m orram de fo­
m rra a um ofício enviado ao Serviço de Proteção me. Porque, atualmente, só se viv em à custa de
aos índios de Curitiba. Acreditamos que o ofício já casca e folhas de árvores, porque plantar mesmo,
teni' i sido enviado, mas como sabemos da demora êles plantam figueiras pelas ruas quando etítão
na ú.a e vinda de correspondência, só daqui a um curando as carraspanas que tomam. Nem tudo a
mês, talvez, terem os a resposta. Apesar de acreditar­ Deus e nem tudo ao Diabo, êsse adágio é o que de­
mos que, com resposta ou sem resposta, com Ser­ veria valer para o presente . caso. N ã o . temos pro­
viço de Proteção ou sem Serviço de Proteção, os ín­ curação para defender a proposição de um, deputado.
dios andarão por ai da mesma forma, para escândalo Ele tem inteligência bastante para fazer a defesa da
público. Vim os ontem passar pela fren te de nossa sua tese, O que nos interessa é acabar pom o an-
emissora, um casal de bugres, e sua passagem pelas drajo, a miséria, a fome, a prostituição, o alcoolis­
ruas nada teria de anormal, se não fôsse o caso mais mo de nossos indios. O simples fato de terem terras
uma representação cômica de alcoolismo, como de não lhes cura as chagas sociais. E ’ necessário mui­
costume. Disseram-nos que o casal estava de lua de to mais, mas m uito mais mesmos. Precisa p!anifi-
m el. Lua de cachaça, isso s im ... isso é mais verd a­ çação, e se o Serviço de Proteção aos Indios não
deiro e mais condizente c.om a verdade. O casalzi- consegue resolver esse caso deixem o mesmo aos
nho passou por ai, abraçado ao m elhor estilo dos poderes municipais que êles estão ali para fiscali­
civilizados, mas num balanço de quem cai e não cai. zar e dar trabalho aos índios e tirá-los dessa misé­
O casal, de braços dados numa demonstração pú­ ria e dessa degradação. Ontem assistimos ao desfila
blica de sexo. acompanhado por uma trinca de ou­ da miséria de nossos indios, nas nossas ruas. Assis­
tros indios que deveriam certamente, ser as teste­ timos à lua de m el de um casal que terá filh o um
munhas, vinham em altos bordos, escrevendo arabes- d ia ... E que filhos poderão resultar de uma união
cos pela rua, porque calçada não á para bugre. Um efetuada ao in flu xo do álcool? Im aginem os ou­
sensacional “ p ife ” do casalzinho, que se unia pelos v in te s ...
sacrossantos laços do matrimônio, diríamos. Ora, lA p ós a leitura)
amigos, vamos e ven h a m os... A té quando irão essas Daqui desta tribuna, tiv e oportunidade de ler
demonstrações públicas de em briaguez pelas ruas carta de um professor economista, elemento do E xér­
de Três Passos. Portela e outras? N ão há uma fo r ­ cito e dos m aiores comerciantes de Santa M aria, on­
ma de reunir êsses pobres infelizes, que são já o de relata cena tristíssima ocorrida com um magete
fruto de uma civilização ma] dirigida, nos seus to l­ de índios, procedentes da região a que se refere o
dos, num regim e de educação rigorosa, quanto pos­ P ro je to e que, passando por Santa M aria, na mais
sível? ou será que o Serviço de Proteçoà aos índios, extrem a miséria, viven do na imundície, com feme,
só está aí para proteger as árvores vivas, dando a alcoolizados, deixaram abandonada numa sarjeta
concessão de aproveitam ento das mortas aos, mais uma índiai que estava menstruada, possivelm ente
vivos e espertos? Ou dá-se mais v a lor às árvores com hemorragia, e que só se salvou graças à gene­
oue não possuem alma, para esquecer míseros filhos rosidade do povo de Santa M aria.
da selva, minados pelo alcoolismo e pela tuberculose, A .cada passo se repetem essas .cenas de miséria
que lhe é concomitante? V alerá mais uma árvore e abandono dos indígenas. A in da ontem re fe ri o ca­
v il do que uma vida humana? Ou será que a civi­ so do M unicípio de Nonoai, onde foram devastadas
lização ocidental que se di7, defensora dos direitos a í terras e calcula-se que dez rrr.l pinheiros foram
da pessoa humana, passou a ser simples artigo de crim inosamente roubados e serviram para encher o
lei, num papel amarfanhado e sem valor? Berram bolso de espertalhões; enquanto isso, o nosso índio
certos cidadãos que Bresolin é um inim igo da So­ v iv e debaixo de uma casinhola coberta de samam-
baia, norque já não existem ramos de árvores para,
ciedade, inim igo da natureza, inim igo dos índios, por­
cobri-la.
que quer que se venda uma parte da reserva dos
Srs. Deputados, devemos atentar para êstes fa­
ndios, aos colonos sedentos, precisados de terra. P ro ­
tos. Se tal não ocorresse, não estaríamos a(ptí ía»
fessores de universidade, de seu alto cotum o, trove-
zendo um discurso desse naiuseza. Se algum Soe
jam im precações oentra nosso am igo B re s o lin ...
Deputados perm anecer em dúvidta, desejo §jie vis&s
A té um ilustre desconhecido do Peru, enviou tele­ ègses locais e observe com os próprios olfeos o fgne
grama afirm ando seu desacordo com a venda de lá se verifica, para v e r se há ou náo »ee«w«ià»<*<»t4e
parte da área de terras- O ilustre peruano, homem se tom ar uma p ro v id ê n ci? .
do asfalto, certamente, d everia volta r as vistas
para os incas, para os antigos dominadores do Peru, O Sr. Câir.áido N arlterio — Mas não fo i ce«sêi-
que hoje são párias miseráveis, vendendo quinqui­ tuida uma Comissão de D ep etoáee para vesiSfêss-r û-
lharias pelas ruas de Quito ou Cuzko, exnlorados p e­ te assunto?
los tais assim chamados civilizados- O tal professor O SR. A N T Ô N IO BE.ESOM N — Não. Esta Co­
pe'ruano, não está. em condições de in terfe rir em missão tão discutida aqui reíere-se à área da reser­
assuntos que são nossos. Podemos concordar ou dis­ v a florestal Irai-Nonoai. N esta área não há indios.
cordar da idéia de Bresolin, mas não admitimos que Trago, ainda-, aqui, Sr. Presidente, de-poimen+o
um pretenso civilizado do Peru,, venha manifestar-sa d e pessoas que conhecem, eíe&watBfiBite, o
ouando os indios peruanos andam hoje sem. abri»- ■wwcwte vives? P á iweio ássse dra«va. Es<£ se®
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág. 113

exemplo, o depoimento do P re fe ito de Nonoai, Jair tado, certos te que, se concretizada, veríam os solu­
de Moura C alixto, dizendo' cionada, uma vez por tôdas, a velha aspiração do po­
(L ê :) vo dêste distrito, trazendo um grande progresso pa­
ra o mesmo, bem. como para o Estado.
"Assembléia L egislativa do Estado Pa, Sem mais, aproveito o ensejo para apresentar-
Ileputado A ntônio Bresolin vos os protestos da minha mais elevada estima e
Nonoai — consideração e atenciosamente
de V. Exa. Ago. e grato.
Encarecemos necessidade aprovação Projeto vi- (a.) A rtu r Incerti” .
ía loteamento Pôsto Indígena vg virtude área índio ÍApós a leitura)
dividir perím etro urbano esta cidade pt , E eis o teor da carta do Sr. P re fe ito de Constan-
(a.) Jair de Moura Calixto, tína, Sr, Presidente e Srs. Deputados:
P re fe ito M unicipal” (L ê :)
“ Constantina, 18 de janeiro de 1961.
(Após a leitura) Senhor Deputado Estadual,
Tenho aqui mais outro telegrama, Sr. Presiden­ Com o prèsente vim os integrar nosso total apoiei.
te, telegram a êste que fo i aprovado por unanimida* ao projeto-Iei apresentado por V. Exa. que visa o
de pela Câmara de Vereadores e enviado a todos os loteamento dos postos indígenas, visto servir êste
Líderes de Bancaaas com assenta nesta Casa, con­ loteamento de estímulo aos moradores destas terras
forme cópia que jun tei ao processo. O telegrama diz do Estado.
*> seguinte: A medição e a entrega de títulos das terras que
(L ê:; constituem as Reservas do Estado, vem beneficiar
nosso novel M unicípio, pois dêsse modo podemos r e ­
‘Assem bléia L egislativa do Estado f a i colher os impostos correspondentes à T axa R odo­
Deputado Antônio Bresolin viária. '
Nonoai — Fazendo votos que êste projeto se transform e
em le i e colocando-nos ao dispor de V. Exa. apraz-
Secundamos gesto nobre uepuxaao sentido seja nos apresentar nossos protestos de elevada astima e
aprovado p rojeto loteam ento pôsto Indígena vg sen distinta consideração.
do vital desenvolvim ento esta comuna pt Mesmo
(a.) Selcio de A raú jo e Silva,
sentido telegrafam os tôdas Bancadas pt Sas P re fe ita ” .
‘ a.) O lm ir An tôn io Daimagro, (Após a leitura)
Pres. Câmara Vereadores” . Mais documentos poderiam se rep etir com m ui­
ta facilidade, porque esta iniciativa conta, ainda,
(Após a ieítura' com o apoio do Sr. P re fe ito de Tenente P ortela, on­
E tenho aqui, e vou ler para conhecimento da de está sediada uma das maiores áreas, a de Gua­
Casa, uma :arta que recebi esta semana. Ainda há rita. Sr. Rom ário Rosa Lopes, que fo i um dos que
pi>ueo aqui se falou, desta mesma tribuna que a fu­ se manifestaram, com o apoio da Câmara de V erea -
ga de elementos dos Municípios de São Jo~é do Ou­ dcies, através de tôdas as Bancadas daquele M unicí­
ro e de Cacique Doble para o E.stado de Santa Ca­ pio; conta com o apoio do P re fe ito de Santo, Augus-
tarina decorria do fato de que aquêies Municípios b./ e de tôdas as Bancadas com assento naquele L e ­
foram emancipados sem possuir os necessários re­ gislativo Municipal; conta, ainda. Sr. Presidente e
cursos. Pois bem, vou ler a carta que foi dirigida a Srs. Deputados, com o apoio de homens como o p ro ­
4ste Deputado: fessor O vídio Pires da Rocha, Delegado de Ensino
(L ê :) da região de Santa Rosa, homem que viv eu longos
anos no Distrito de Redentora e aue, m elhor do que
''Exmo. Sr. ninguém, conhèce êste problema, do que o Prof. A n ­
Dr. A n tôn io Bresolin tônio V. Grande, Fiscal de Ensino em C erro Largo.
DD. Deputado da Assembléia Legislativa
Sr. Presidente e Srs. Deputados. Estou argumen­
Pôrto A le g re
tando aqui êstes fatos para trazer ao conhecimento
Conform e prometi, remeto-vo.í alguns dados sô­ dos nobres Deputados, porque eu duvido que qual­
bre o Pôsto Indígena dêste distrito. quer um dos Srs. Deputados que conhecesse bem a
Essa área dista mais ou menos seis (6) quilôm e­ fundo êste problem a fôsse capaz de com bater uma
tros da V ila de Cacique Doble, oela estrada geral e iniciativa como esta, justa, humana e de alto inte­
ti-m atualmente uma área de sessenta (60) milhões resse para o interior e para o R io Grande do Sul. ■
de terras, de la. qualidade para cultura, ou sejam, 240 O que tem se observado no .caso, é simplesmen­
colônias, abrigando-se, nesta imensa área de terras, te um alinhamento do problem a, e êste Deputado,
apenas o reduzido número de cento e dez ( 110) ín­ que sempre agiu de form a elevada e sabe que está
dios, ou pouco mais de dez ( 10) famílias. falando a verdade, há pouco, quando a imprensa no­
Como se vê, pelos dados acima, aí está uma ticiou que se encontrava aqui uma Comissão de M i­
grande riqueza, tanto para êste distrito, como para litares, designados pelo então Presidente Jânio Qua­
o Estado, com pletamente improdutiva, a qual lotea­ dros, para proceder a um inquérito nas reservas
da, pelo menos em parte, reduziria o número de fiorestais, não teve dúvida em manifestar-se, atra­
bons colonos, que dêste distrito demandam para os vés da imprensa, do “ D iário de Notícias” , dizendo
Estados de Santa Catarina e Paraná, quase que dià- do seu desejo de ser ou vido por esta Comissão a
riamente, à procura de terras. respeito dêste assunto, porque todos sabem que até
Essa área de terras, como é do conhecimento de hoje foram roubados m ilhares e milhares de p inhei­
todos, está sendo devassada, por êsse pe,queno grupo ros e milhares e m ilhares de outras essências flo ­
de índios, os quais não têm a mínima noção de a- restais, verdadeiras riquezas do Estado e do P oder
gricultura, e, o único que aí lucra atualmente, co­ Público, e que, até hoje, nenhum dos ladrões fo i pa­
mo sempre o foi,' é o Chefe dõ Pôsto e seus prote­ ra o fundo da cadeia.
gidos. O Sr. Romeu Scheibe — V. Exa. permite? íAs«
Assim sondo, solidaiizamio-nos com a iniciativa # <»ntoivento do orador) .
«ía V, Exa.. de desapropriar essas terras para a- W V, .Exa. íoio u vid a nox esta Comissão*
Pág. 114 21 de Setembro de 1961 A n a l'

O SR. A V iò IV IO B R E S O L IN — Lam entavelm en­ a V. Exa. que repita a apresentação dêste Projeto
te não fu i procuradj. porque, já está visto, desta vez será rejeitado.
O Sr. fiom eu Scheibe — E 1 lam entavel Repita-o no ano que vem. T a lvez V. Exa. tenha
O SR A N T ô .M Ò B R E S O L IN - Tenho ainda a- a mesma sorte que eu tive — seja considerado cons­
cui e titucional — e essa gente seja atendida, como acon­
Vou ler outro ofício, para que esta Casa e teceu com a Reserva de Serrinha. O que é mais
o_ Rio Grande do Sul saibam que êste P ro jeto impressionante, como tiv e oportunidade de com.
não é uma m iragem, que não fo i feito no joelho, parar na ocasião,, é que fo i repetido “ ip-jsis literis"
como se costuma dizer em linguagem jornalística; e poderá acontecer o mesmo com o P ro jeto de V.
é produto do conhecimento de causa, que sinto­ Exa.
niza com os interêsses da população rio-grandense, O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Agradeço o
na defesa daquele patrim ônio que é nosso e que aparte do nobre Deputado. Aliás, já tiv e oportu­
nós, como Deputados, temos a obrigação 'd a de­ nidade de dizer que, se êste P ro je to fô r derrotado,
fender, êste ano, voltarei a apresentá-lo no início da Le-
L e re i o oflcjo do P re fe ito de Sarandi: 'islatura do ano que vem.
(L ê :) O Sr. Poroínio Pinto — Deus nos liv re ! Nova
demagogia!
“ Prefeitura Municipal O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Mas. Sr. Pre­
Sarandi — RS sidente e Srs. Deputados, eu vou provar, e está
provado não por mim, que êste P ro jeto é consti­
Sarandi, 22 de novem bro de 1960. tucional. A Constituição, no seu A rtig o 216, é
muito clara: ‘‘Será respeitada aos silvícolas a posse
■'rezado Deputado, das terras onde se acham perm anentemente loca­
lizados, com a condição de não a transferirem ” .
Estamos acompannando com a máxima aten* Pois tóem, ou vou mostrar, aqui, o A rtig o 2 ° do
.•5o o projeto, de V. Exa., nue manda m edir p ven­ meu P ro je to de Lei, que diz o seguinte: (L ê :)
dar as terras reservadas aos índios etc., achamos
3e justo êste vosso projeto, onrone vai regularizar “ Art. 2.° — A divisão em lotes será pre­
R Situarão de centenas de agricultores qup iá estão cedida da divisão das áreas totais, que será
instalados nessas ferras, praticamente tôda área feita de comum acôrdo, entre a D iretoria de
já. está devastada, em nosso municír»*'', ouanto à T erras e Colonização, da Secretaria da A g ri­
reserva para nc indígenas, pensamos oue vosso, p ro­ cultura, e o. Serviço de Proteção dos índios
jeto vai benpfic:á-loç, pomnp vai fixá-los d efin i­ (S P I), cabendo aos indígenas as áreas constan­
tivam ente em terras a êles destinadas, porque, tes das sedes dos postos, dos ervais, dos al-
muito poucos indí«pri!js ainda v iv em nessas terras deamentos dos índios e das glebas cobertas
e bastante espalhados. de mato, estas até o lim ite das áreas discri­
Pn- OS R.AV intpr^ódirt um ^°em ente a* minadas nesta le i” ,
p êlo ans ilustres Deputados para oue aprovem-
vosso nr m eto que será pm benefício de nossos O Sr. Jairo B nrai — Mas e daí? Onde está
agricultores nue iá ocupam aquelas terras, evitan- a constitucionaüriade?
rin. a "im , o êxodo de mais agricultores, para ou­ O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — É lei, é o que
tros Estados. p revê a Constituição, se não fôsse isto não pre­
Sem ma''! no p io m ^ to , aproveitam os ó pncpío cisaríamos falar pm legalidade.
para apresentar a V, Exa, os nossos protestos da O Sr. Jairo Bruta — Não! A.ssim. não!
elevada estima V distinta consideração. O SR. P R E S ID E N T E (Guilherm e do V a lle ) -
Atenciosamente, Está esgotado o temno d " V. Exa.
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — De acôrdc
(a.) Ivo Surandel. com o Regim ento Interno. sol:cito oue me sejam
P refeito Municipal”' concedidos mais 20 minutos, Sr. Presidente, para
continuar.
^ Sr. Gustavo t a n r s d i (Após s> leitura) —• O SR, P R E S ID E N T E (G uilherm e do V a lle ) —
V. Exa. permite? ("Assentimento do orador). N os têrmos do A rtig o «9. do R egim ento interno,
N obre Deputado, ouvi., ontem e anteontem, as submeto à d.ecisão do P lenário o requerim ento do
manifestações de Deputados oue levantaram a in- nobre Dèputado Antônio Bresolin, para continu ar
constitucionalida de dêsse P ro ie to de Lei. P elo oue na tribuna pelo espaco de mais 20 minutos. Os
sei, êle não estêve na Comissão de Constituição Srs. Deputados que concordam oueiram permane­
e Justiça. cer como se encontram. (Pausa) Aprovado. V. Exa.
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Lam entàvel- poderá permanecer na tribuna por mais 20 minu­
merite! tos.
O Sr. Gustavo Langsch — P elo oue me pare­ O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Agradeço s
ce, a orim eira coisa que V. Exa. deveria fazer generosidade dêsse gesto de V. Exa., Sr. Presi­
seria demonstrar que o P rojeto é constitucional. dente, V aos meus eminentes colegas.
Enquanto V. Exa. não provar que essa proposição O Sr. Synynl GnazzeUi — V. Exa. permite?
é constitucional, estaremos impossibilitados de v o ­ (Assentim ento do orador) Estou checando agora,
tar, a fim de não fe rir a Constituição. mas estou vendo que o debate é sôbre o aspecto
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — A gradeço o constitucional da matéria. O Parecer da Comissão
oportuno aparte do nobre Deputado G u s t a v o de Constituição e Justiça o oue é que diz?
Langsch. F arei o que me pede, com imenso prazer. O S R A N T Ô N IO B R E S 0 Ü H Í — Infelizmente,
O Sr. Rom eu Scheibe — V. Exa. permite? (A s ­ nobre colega, por iniciativa . de outro colega, êste
sentimento do orador) P ro je to não recebeu ainda Parecer da Comicsão ds
T iv e oportunidade, nobre Deputado, de apre­ Constitutuição e Justiça da Casa. Mas há mais:
sentar à Casa P ro jeto idêntico ao que V. Exa. >3- além . daquele fato citado pelo meu eminente co.
presentou, referen te à área de S.errinha; fo i tam ­ legà B.cmeiL Scheibe; quando o G overnador do Es­
bém julgado inconstitucional naquela oportunidade. tado, Dr. W a lter Jobim, com um sinwives ato do
Entretanto, um ano a£>ós, o P rojeto fo i repetido E xecu tivo dividiu, tirou dr-s terras . de Nono ais,
por outro Colega meu e, nessa ocasião, fo i con­ nada menos do que uma área de 19.SS8 hectares,
siderado constitucional. Assim, perm ito-m e^ s u g e r ir ^ e a íé _;hoie;_ne5^uia.._.GoKârnoJ.da.^Usião^.<iUAErQ-
Anais 21 de Setembro de 1SG1 Pág. 115

curador da União, reclam ou contra Lto, porque. O Sr. Jairo Brum — V. Exa. perm ite (Assenti­
Efetivamente, não existe qualquer documento que mento do orador).
prove ou que justifique a doação dessas terras para V. Exa. disse que existe neste processo uma cer­
os índios, uma vez que êies não ocupam essas tidão de processo de um índio que roubou para co­
terras, de acôrdo com a Constituição do País. E m er e, com isso, está querendo provar que todos os
há mais, ainda, Sr. Presidente: u próprio Serviço
indios têm que roubar para comer.
de Proteção aos índios, quando ae dirigiu a esta
O SK. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Não, eminente
Casa, respondendo a uma interpelação íeita pelo
colega, não foi isso que afirmei. Disse que a situa­
eminente colega Deputado Affonso Anschau, então
Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, ção dos índios é tão precária que êsses infelizes, sem
recomendou o segu in te: ( L ê :) quaisquer recursos, são forcados — e sem possuí­
rem intruções de como se planta, ctc, — são força-1
“ Esta Chefia aíyitra como solução oportu­ dos a avançar nas culturas, dos colonos, roubando
na, que sejam tomadas medidas junto ao P o ­ milho, mandioca e que, inclusive, há neste proces­
der Executivo sul-rio-grandense, atinentes à ex­ so um O fício assinado, pelo Presidente da Câmara
pedição dos títulos defin itivos de propriedade de Vereadores de Tenente Fortela, fazendo essa de­
das áreas atuais dos Postos Indígenas “ Cacique núncia. Aliás, êste é um fato notório na m inha re­
D oble’ , “ Guarita” , “ N onoai” «' "Paulino de A l­ gião. rão há quem desconheça.
m eida’'. O Sr. Jairo Bruna — E as pessoas que entram
nas reservas e roubam dos índios?
Esta è mais uma prova em favor da minha O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Não creio que
tese e está contida dentro do meu Proieto. Ouvi êsses roubos sejam feitos com o consentimento dos
de um alto funcionário do S erviço de Proteção aos índios. .Quando se verificam tais fatos, cabe a,o
índios em Brasília — o qual venha, talvez, a ser Serviço de Proteção aos índios tomar as providên­
o chefe dêsse Serviço — a afirm ativa de aue é cias cabíveis. Êsse serviço, entretanto, muitas v ê ­
perfeitamente constitucional a ''epartição dessas zes é feito através de elementos de cupula, que f i ­
glebas, contando que se respeite r que toca aos cam no R io de Janeiro ou em Brasília. Não desejo
índios, de acôrdo com a Constituição. Fui informa declinar nomes mes se V. Exas. quiserem dar-me
do que em outros Fstado? da Federação está se a honra de visitar a minha região, hão de ouvi?
fazendo isso nara cessar de um? vez nor tôdas
da boca de muitos gaúchos o que se faz n a q u e li
a política criminosa de alguns espertalhões. O que.
região.
se quer. entretanto, " oue o indígena entrose na
Mas, Sr. Presidente, faço questão de elucidar
pooula^ão brasileira, m.io <°nha im ii vida onais
dois pontos aue não ficarrm bem claros.
eomuatível com ? dignidade humana e cin° não
aconteca o que está acontecendo a^ora, em T e ­ O Sr. J * ! ro Brn*n — Mas a Secretaria da Eco-
nente Portela, nor exem plo, onde n nosso ird ife n a sentirne.nto do .orador).
vivo no mais rom nleto abandono e à= vSzec. tem V. Exa. trouxe à Casa diversas denúncias quan­
que roubar nara comer, conform e conc-ts em e x ­ to ao aue se estava passando com os índies de T e ­
pediente o ” e acomnanba ê?te nrocesso, do P resi­ nente Portela,. Quero, prestando uma colaboração a
dente da Câmara de Vereadores daquele municí­ V. Exa., dizer que, neste caso, devem ser responsa­
pio. bilizado os administradores do. Serviço de Proteção
O Sr Romeu Sebeibe — V. Exa. permite? (A s ­ aos índios, oue são os que mais perm item a exp lo­
sentimento do orador) ração dos índios.
A respeito das crianras índias, concordo nue O SK. A N T Ô N IO E IÍE S O L IN — E ’ o que tem
se dê uma assistência, agora' quanto aos velhos sido dito nesta Casa.
acho difícil nue se nossa reform á-los porque êles O Sr. Jeiro Brant — Mas a Secretaria da Ec
não têm mais ieito. Anen^p sôbr^ as crianças, nomia não fiscaliza também êsse serviço?
acho que V. Exa, tem t.ôda a razão. O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — O Serviço de
O Sr. Svnva\ — V. Fxa. permite? Proteção a^s In d :os é federal.
(Assentimento do orador) O Sr. Xairo c urua — Isso eu sei. mas estou p e r­
V. Exa se referiu à opinião de uma alta au­ guntando se a Secretaria de Economia do R io
toridade sôbre o assunto e seria muito interessante
Grande do Sul não fiscaliza, não m elhora a situa­
se V. Exa., iunto a essa autoridade, da qual não
ouis declinar o nome, pedisse a essa pessoa que ção dos índios.
transformasse, a sua oninião em ^are^er e oue O SK. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Não é atribui­
assinasse êsse parecer e o entre^asce a V. Exa.,
ção desse órgão.
para que V. Fxa. o u ^ s s e ar,exa? ao n r r v w Qeria
Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o assun­
muito interessante. N ã o lh e o correu orPa idéia?
to que eu quero trazer aqui, ainda para esclarecer
O KR, A N T Ô N IO RRÇISOF.TN — Oeorreu-m °
essa idéia, nobre Deputado, mas acontece que até a opinião pública do PJ.o Grande, é que as áreas em
nas repartições públicas existem .persemuc^ès, como debate, as áreas propostas para venda neste Projeto
já tive onortunidade d ° observar, quando ° ctava rião são .áreas de terra cobertas de mato. Aqui hou­
tratando do assunto e creio que V. Fxa. também ve muita confusão; nesta Casa houve muita con­
sabe disso. Há elementos no Serviço de Proteção fusão nó dia de ontem. E ’ possível que aquêies que
aos índios que são funcionários de a^o valor mas não conhecem estas áreas de 'terras que estamos
é preciso que também se diga que há outros ele­ propondo sejam vendidas pensem que sejam cober­
mentos nue são uns criminosos, que não cumnrem tas de mato, mas nós esclarecemos que seriamos cs
o seu dever e que procuram de uma maneira ou primeiros a. não nsrnr-tir a derrubada de uma única
de outra entravar o andamento de qualquer pro­ árvore sequer. Aquêies que conhecem a nossa re ­
cesso oue vise a b eneficiar os índios. gião, como o Deputado Luciano Machado, também
Existem, dentro do S erviço de Proteção aos com relação a Tenente P ortela, que S. Exa. conhece
índios muitos elementos de grande valor, homens
perfeitam ente, sabem o que estamos propondo. Já a
de alto gabarito, de m oral elevada, gente que. te­
situação cm Nonoai se verifica que é pior ainda,
nho certeza, se vierem a ser coltfcados à frente
dêsse - Serviço, m elhorarão em m uito a vida dêsses pois quem passa lá por Sarandi, estrada que passa
infelizes índio* pela Serraria do D AER, que dá acesso ao Planalto
Pág. 116 21 de Setembro de 1061' Anais

de Irai, pode observar algo que é verdadeiram ente O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — V. Exa. sabe que
espantoso, isto é, que há 10 ou 12 anos aquelas ter­ não estou fazendo política. O que aceito do aparte
ras eram cobertas de verdejantes pinheirais, mas, dem agógico de V. Exa. é o compromisso de votar
hoje, lá cresce apenas samambaia ou outras vege­ favoràvelm ente ao meu Projeto. N egócio fechado, não
tações rasteiras- se discute mais. Mas eu aceito o seu voto, isto é o
O Sr. Romeu Scheibe — V. Exa- permite? E o que me interessa, eminente colega.
D A E R é que está serrando aquelas árvores por or­ Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, para con­
dem do Govêrno. cluir eu devo dizer aos ilustres Pares, nesta Casa,
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Falando como que vou aceitar a sugestão do em inente Deputado
membro daquela célebre Comissão, só posso dizer que Cândido Norberto, Jamais me conform aria que pro-
isto não constatamos, pelo menos de momento. ieto desta natureza, de tanta responsabilidade, as­
O Sr. Romeu Scheibe — Mas será constatado. sunto tão com plexo e que deve ser exam inado e
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Quero dizej. debatido em seus mi.nimos detalhes, fôsse votado sem
rfr. Presidente e Srs Deputados, que, quando se dis­ que os Deputados tivessem pleno e amplo conheci­
cute m atéria desta natureza, não devemos olhar ape­ mento da matéria. P or isto vou apresentar uma
nas para a terra em si, apenas para o nosso silvíco- Emenda ao P ro je to para que o expediente vo lte às
l i para aquilo que representa, digamos assim, como comissões a fim de que os Deputados exam inem a
fator local, mas é preciso olharmos para todo o Rio matéria, E convido mesmo os Srs Deputados a v i­
Grande do Sul. N ós estamos, no Rio Grande do Sul, sitarem as áreas de terras de que trata êste Projeto
numa fase de descapitalização, porque estamos pro­ Nós estamos aqui para ouvir a opinião de todos, pa­
duzindo o m ínim o do muito que poderíamos e de­ ra debater a matéria, aceitando sugestões. C om .qut
veríam os produzir. Só naquela área de Tenente P o r­ obietivo? Com o ob jetivo de servir aos interêsses
tela mais de 940 colônias, de 940 para 1.100 tód.as do R io Grande do Sul, êste R io Grande que tantc
essas terras, a m aioria delas está se tornando ter­ necessita da compreensão e da união do esforço,
ra -desvastada, terra im produtiva e, por que não do trabalho diuturno de todos os seus filhos.
c.jzér, está hoje, a serviço da especulação de meia O Sr, Jairo Brum — V Exa. permite? (Assen­
dúzia de gananciosos. Em Nonoai não se observa ou­ tim ento do- orador'1
tra coisa senão a fuga de m ilhares e milhares de V Exa. vai me perdoar, mas a sua Emenda não
agricultores que continuam emigrando ou então vêm vai possibilita'" aos Deputados conhecer m elhor o
para os centros urbanos, agravando ainda mais o pro­ Projeto, porque cai no regim e do A rtig o n.° 58. quer
blem a do desemprego, o problem a do marginalism'-' oizer, urgência urgentíssima, conform e o processo
e, por que não dizer até o problem a do crim e da fE E E . de form a que isto funciona a jato, a ba­
O Sr. Rom eu Scheibe — E não produzem? la Quer dizer, oferecida a emenda, terem os que em
sentimento do orador). vinte minutos apreciar, aqui. o assunto. Am anhã de­
Essas terras, nobre Deputado, não são intrusa- ve ser a nova votarão dêste nrojeto. Consiga V. Exa.
das? que o Deoutado P orcínio Pinto retire seu requ eri­
O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN As áreas que m ento e êsse proieto será exam inado em vista da
pertencem a esta parte referen te ao meu Projeto, urgência ardentíssima.
tem o m ínim o de intrusamento. O SR. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Sr Presidente,
O Sr. Romeu Scheibe — Quer dizer que há in- não acredito, que os Denutados que integram esta
fcrusamento? Casa, que receberam o seu voto na colônia que têm
O SR. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Muito pouco. obrigação de zelar pelos interêsses dos seus eleito­
O Sr. Rom eu Scheibe — E nço produzem? res. não acredito que nenhum Deputado nesta Ca­
O SR. A N T Ô N IO B R E S O LIN — Produzem mas sa seja capaz de fa*er isso e se o fize r eu serei o
pagam uma taxa para o Serviço de Proteção aos ín ­ pvim.eiro a denunciar.
dios e os indígenas não, ganham nada. Aliás, tenho O Sr. fairo Brum — V. Exa. votou no caso da
iim fato a relatar sôbre êsse aspecto. Quando lá es­ CEEE.
tava. como chefe daquele Serviço, um cidadão cha­ O Sr. Romeu Scheibe — V. Exa. perm ite (Assen­
mado Rom ildo, num ano colheu mais de 400 sacos timento do orador) Êste assunto não pode ser re­
de trigo plantado pelos indígenas e êstes nem se­ solvido com urgência, precisa ser estudado com cui-
quer sentiram o cheiro do pão Mas, o referido cida­ di.do. inclusive a Comissão deveria se locom over até
dão gastou todo o dinheiro sm Iju i com uma aman­ a localidade para v erifica r “ in loco” a situação, con­
te que tinha. Isto é verdade e trago êste fato para form e V. Exa. iá disse, para ter uma pequena idéia
o conhecimento dos senhores Deputados, para que do que ocorre. Dou o meu testemunho de que o re­
esta Casa se capacite daquilo que estou defendendo. lato nue V. Exa. está fazendo é verdadeiro. Se há
É um assunto de importância e de muita seriedade. õniniões contrárias, com o a do Deputado Arlind o
Adm ito, também, que meus colegas diviríam daquilo K unrler, é outra questão.
que penso e que defendo. Gostaria, entretanto, que O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — Esta v o z é a
êsses ilustres Deputados se dessem ao trabalho de do homem do Interior, do homem que recebeu o v o ­
verificar, “ in loco” , o que estou afirmando; que vis­ to do homem do Interior, que assumiu compromis­
sem e observassem com os seus próprios olhos e sos com o colono e que deseja saldar êsses com­
depois voltassem a esta tribuna para combater o P ro ­ promissos. A cred ito que os Deputados que recebe­
jeto,. pois o que estou dizendo é uma realidade pal­ ram o voto dos que trabalham no in terior do Rio
pável. Ouçam os Prefeitos. Vereadores, sacerdotes, Grande do Sul não -trairão o seu mandato.
colonos que vivem nessa localidade e depois apare­ O Sr. Jaüro Brum — V. Exa. p erm ite um afM#rs
çam aqu i para. combater o Projeto, com o que terei te? (As.sent.';"nento do orad or).-
m uito prazer, porque estarão, assim, debatendo com Adm ira-m e que V. Exa., agora, esteja fsiaado
pleno conhecimento de causa. neste tom, quando estêve fa v o rá v e l ao apressam en-
O Sr. Arlindo Kunzier — V. Exa. permite? (A s ­ tí> velocíssim o da urgência urgentíssim a do projeto-
sentimento do ora-dor). que transform ou a CEEE em, Sociedade de Econo­
Quero testemunhar o compromisso eleitoral que m ia Mista. V. Exa. d everia ter tido mais cuHÍsdo
V . Exa. assumiu, no sentido de conseguir o lotea- na vot?cão daquele p rojeto e não teve. Agora, a&o-
m ento dessas terras e não sei, nobre Deputado, se ta critério totalm ente contrário com relação ao seu
V. Exa. conseguirá saldar tal compromisso. V otarei P rojeto.
favoravelm en te ao projeto. O SR. A N T Ô N IO B R E S O L IN — V. Exa., culto
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág.” 117

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Sstaia» coBfüj>me ee o e e J,as .) Antônio Bresolin — Deputado.
pag. 113 21 de Setembro de 1981 Anais

J U S T I F I C A T I V A conceder o título defin itivo das terras ocupadas pe-


los nossos aborígenes. Será esta uma maneira de se
P ara o observador atento não constituem segre- dar fôrça ao própria S erviço de Proteção aos Iíndios
cos os principais m otivos da emigração do nossos (S P I) — órgão criado pelo D ecreto Fed eral n.° 8.072,
melhores agricultores para os Estados de Santa Cata- de 20 de junho de 1910, com Regim ento aprovado
lina, Paraná, e até M ato Grosso. pelo Decreto Federal n.° 10.652, de 10 de outubro
P or falta de assistência técnica direta, o nosso da 1942, e alterado pelo Decreto Fed eral n ° 12.318,
agricultor, via de regra, só aprendeu, na prática, de 27 de abril de 1943 e, ainda, pelo Decreto Fede^
a derrubar mata, a devastar, a tirar da terra tudo ral n.° 17.648, de 26 de janeiro de 1945, — para
o que pode, sem nada d evo lver ao solo que se em ­ que o S P I possa executar tranqüilam ente a política
pobrece ao ponto de se tom ar estéril, Com raríssi- de proteção aos índios e terminar, de uma vez por
íi:as exceções, desconhece a importância do reflo- tôdas. com o instrusamento, as negociatas e os rou­
restamento, os meios de com bater a erosão, as van­ bos de madeiras, além de outras anormalidades, pro­
tagens do aproveitam ento das aguas pluviais atra­ fundamente prejudiciais aos interêsses dos nossos
vés de terraceamentos, o valor da rotação de cultu­ selvícolas.
ras, a im portância de adubaçâo <principalm ente com O que estamos propondo, aliás, não constitui ne­
adubo orgânico, quo pode ser preparado nas pró­ nhuma novidade. Isso iá vem sendo fe ito em Goiás,
prias roças e é superior ao quim ico) há tempo, e ultim am ente no Estado do Paraná. Aí
Devasta, aproveita o solo aos extrem os e, apôs, estão para servir de exem plo, entre outros os pos­
emigra, -em busca de novas terras cobertas de m a­ tos dos índios de Apucarana e Queimada. E todo,1
to. O nosso Estado é rico de exem plos de tôda o r­ «-b em que os postos de Nonoai, Guarita e Caciaui
dem.
Doble estão sob £ mesma jurisdição dos de Apuca-
A lém disso, as fam ílias multiplicam-se e, desta r;>na e Queimada, pois a 7a. Inspetoria do S P I tem
maneira, as terras cultiváveis vão escasseando. «ua sede em Curitiba, cujo órgão vem dando seu in­
. C opform e temos acentuado inúmeras vêzes, o tegral apoio à legalização dos postos acima referidos,
K io Grande do Sul está perdendo seus melhores situados em outros Estados
agricultores. Os que têm dinheiro, geralm ente os
A.inda há poucos dias, aito funcionário do SPI,
mais capazes, .emigram para Santa Catarina, Para­
referindo-se aos postos de Guarita, Nonoai e Caci­
ná, M ato Grosso, etc., onde compram, terras de mata
em condições favoráveis; e os que não têm recur­ que Doble, dizia: “ O S P I não teve. até hoje, alguém
sos abandonam o interior e buscam os centros urba­ que secundasse seus sonhos E por isso os postos
nos, na m aioria das vêzes contribuindo para agra­ ^entinuam com títulos precários, fictícios, meras con­
var ainda mais o problem a do desemprêgo, outras cessões. Ê p re fe rív e l menos áreas, a área que o Ín­
vêzes, aumentando a legião dos marginais e, outras dio efetivam enie habita é lhe pertence, do que tô­
vêzes, enfim — por que não dizê-lo — contribuindo das aquelas extensões de terras intrusadas e devas­
para aumentar a criminalidade. tadas, contanto que essa área seja devidam ente le­
Se o nosso agricultor tivesse assistência técnica galizada, com título d e fin itiv o ”
dir-eta, isso, em grande parte, seria evitado: além de O Pôsto da Ouarita tem a área de 23 183 hectn-
saber conservar as mates indispensáveis e o solo, res, ou sejam 927 lotes, sendo habitado por 690 ín­
com menos sacrifícios, poderia produzir' muito mais dios, constituídos, mais ou menos, em 172 famílias,
em m enor areas de terra. Mas enquanto não fô r or­ com área. superior a 134 hectares por fam ília: O
ganizada e posta em prática essa assistência — tan Pôsto de N onoai tem a área de 34.908 hectares, ou
tas vêzes reclamada desta tribuna — para fix a r ês­ seja, praticamente, 1. .400 lotes, sendo habitado pot
se elem ento no interior e aumentar a produção — 360 índtas, mais ou menos, em 90 fam ílias, com a
além das demais medidas que vimos preconizando áreas superior a 387 hectares por fam ília: e o Pôs­
— é indispensável que, ao menos, se facilite a aqui­ to de C acique D oble tem a áreas de 5 450 hecta­
sição da pequena propriedade, principalm ente pa­ res, ou sejam 218 lotes, sendo nabitado por 342 ín­
re o filh^> do agricultor. dios, mais ou menos 85 fam ílias, com a área de 54
hectares nor fam ília.
- Temos as imensas áreàs especificadas no projeto, Ê natural aue a divisão das áreas totais deve
em grande parte criminosamente exploradas, com obedecer ao critério de favorecer os aborígenes: as
suas essências florestais devastadas e até roubadas, sedes dos postos, os hervais, as áreas dos aldeamen-
O índio é o que menos aproveita, porque, além do tos dos índios (T itu lo IX , A rtig o 216 das Disposi­
número reduzido de indígenas, ocupando pequenas ções Gerais da Constituição) e as áreas cobertas de
áreas, sempre fo i vítim a dos intrusos e de outros mato, estas até o lim ite das áreas discriminadas no
elementos que, servindo-se de políticos" pòuco escru­ projeto, devem ficar nara os indígenas. A própria
pulosos ,encheram o bolso com madeiras tiradas des­ •-livisão, sl;ás, será fçita de comum acôrdo entre o
sas terras. O próprio S erviço de Proteção aos índios S P I e a D iretoria de Terras da Secretaria da A g ri­
(P P I), por falta de documento legal dessas terras, cultura, conform e determina o projeto em referên­
não ter conseguido m anter a integridade do p atri­ cia.
m ônio como seria seu desejo. O R io Grande do Sul Sugerimos, mesmo, desde já, que o expediem e
conhece de sobejo o que vem ocorrendo neste sen­ ceja submetido à apreciação do SPI, para oue *s-
tido. Enquanto m ilhares e m ilhares de braços de f i ­ ta, através dos seus dirigentes e assessores, elemen-
lhos de agricultores reclam am um pedacinho de te r ­ +os que conhecem o problema, possam se pronun­
ra — para constituir seu lar e criar seus filhos, pa­ ciar amplamente sôbre a matéria.
ra trabalhar e produzir —• grandes áreas de solo O projeto, na parte que se refere à concessão
fé r til continuam sendo muito m al exploradas, p ra­ <!e lotes, destina 5% das importâncias para os ser­
ticam ente im produtivas e até saqueadas do que tem viços de medição, etc., que será executado através
•de melhor. da D iretoria de Terras da. Secretaria da Agricultu­
A própria D iretoria de Terras da Secretaria da ra; 10% para os m unicípios em que se acham loca­
Agricultura, que tem à sua fren te o Dr.; José Caste- lizadas as glebas em referência, somas essas que se­
lano Rodrigues, de há tempo que vem se preocu­ rão aplicadas na abertura e conservação de estra­
pando com o problema. das, c-onstrução de escolos, etc., conform e estabelece
Êste é um dos pontos fundamentais da n r-;a in i­ o projeto; e 85% do produto da venda serão apli­
ciativa, consubstanciada no projeto em referência. cados em reílorestam ento, conform e o plano que
Outro ponto. não menos imnortante, é o de se . será elaborado .pela D iretoria de Produção VefietaJ
Anais 21 de Setembro de 19S1 Pãg. 119

da Secretaria aa A gricultura e executado em cola­ Venho por interm édio desta, pôr-lhe a par do
boração com tôdas as comunas üo Estado, median.u que está ocorrendo neste M unicípio de Tenente
o convênio. Será êste o maior e mais serio em pre­ P ortela aos nossos colonos, especialmente aos que
endimento já realizado no R io Grande do Sul nesle moram perto da área ocupada pelos índios.
sentido; obra de largo alcance que, executada com Vêm os índios fazendo um verdadeiro saque
tionestidade e visão pelos nossos bravos técnico», aos pobres colonos, roubando, de mandioca para
trará incalculáveis benefícios de toda a ordem. cima.
Esperamos, por isso tudo que os ilustres pares, Se continuarem os índios roubando assim, pode
homens de in vejável espirito público, inteiramente o nobre Deputado ficar certo que muitos terão
devotados aos superiores interesses da coletividade, de mudarem-se , para poderem v iv e r descansados.
estudem e apoiem esta iniciativa que traduz em seu Cumpre-nos inform ar que o C hefe do Pôsto
hójo as legítim as aspirações e necessidades de cen­ de Guarita é um bom chefe, porém a onda d£
tenas de s„elvícolas e de m ilhões de filhos de agri roubos aumenta cada vez mais e, praticados no»
cultores. Só assim criaremos condições de vida maia venta por cento dos casos, pelos índios.
compatíveis com a dignidade humana nara o homem Sei que o nobre Deputado não pode fazei
do interior, darido oportunidade ao mesmo tempo, mais do que protestar e lutar da sua cadeira nã
para nue' n elemento nue trabalha o nroduz noss? Assembléia, porém tudo o que o Sr, fize r pode
cooperar mais eficientem ente na batalha d? produ­ ficar certo estará fazendo para os pobres e tra­
ção, fator indispensável para s solução dos mais gra­ balhadores colonos de Tenente P ortela o que em
ves problemas que afligem o povo brasileiro. nome dêles antecipo agradecimentos.
Aqui fico inteiram ente às suas ordens.
Saio das Sessões, 2 de agôsto de 1960,
Ass. Vereador N oedy Rodrigues de A lm eida” .
Antônio B resolin — Deputado.
' T E LE G R A M A
“ ni-.rio de N otícias” , edição de 18 de aeôsto
M últipla
de 1961.
Líd er da Bancada do P T B
Deputado quer ser ouvido pela Comissão de índios
L fd er da Bancada do P SD
Líd er da Bancada do P E P
“ Tenho r1oniir, ^iad o fnlc^^ruas ^*-r,tipgdoc r^ló
L íd er da Bancada do P L
Serviço de Proteção a n í Tndios e oi.i+ros em p re­
Líd er da Bancaéa do P S P
juízo dos selvf^Mps. T.ouvo a àtitudo do Presi­
dente da República e até postaria do ser ouvido
A ssembléia Legislativa
nor essa Comissão” . nnlavras ^t-ofer1
’-
. Pôrto A le g re
das à reportasom do “ D iário de Notícias” , nelo
Deputado Antônio Brpsolin, do PTB. a ^rn^osUo Encarecemos necessidade aprovação projeto au­
da notícia nue divulgam os pm nossa edição de toria Deputado Antônio Bresolin v g referen te lo ­
ontem, sôbre a ''onstituicão de uma c o m ^ ã n de teamento terras pôsto indígena p t contamos apoio
sindicância obietivando apurar irregut^r *dades oue bancada neste sentido pt
estariam oeorvpndo nos postas do SPI do Kio Saudações
Grande do Sul.
O parlam entar continuou* “ Eoi com ôcco ob i°- (a) OSmyr An tôn io B a ta a ç ro
tivo. virando defender e legalizar a terra que e fe­ Presidente Câmara Vereadores —
tivamente no^tence ao aboríaene. anrnsen+ei N O N O A I” .
na Assembléia L e e isl°tiva , o proi°to-d e-lei oue
está tramitando r\as Comissões, tratando da pal­ O SR. P O R C IN IO P IN T O — Peço a palavra,
pitante m atéria” : Sr. Presidente, para discutir a matéria.
O nosso e n t"ovistado nrosse^ue:' “Não me con­ O SS. PEESCDSNTS — Tem a palavra o no­
formo com a situação do nosso índio oue v iv e bre Deputado.
como um pária; n ã o m^ conformo oue enouanto O SR. P O S C IN IO F IN T O — Sr. Presidente e
milhões de braços de filhos de acrrieidtores con­ Srs. Deputados.
tinuam sem um p s'm o d » t°'T a nara cuI+;.T,a". cen­ Venho a minha tribuna para, em ligeiras pin­
tenas ou m ilhares de colônias de terras do Estado, celadas, pedir a esta augusta Assem bléia que, com
continuem precàr'om en+“ explo'-a^as ou a ser­ a sua responsabilidade, com a sua autoridade, no
viço da especularão; não me conformo, por fim, séu mais elementar dever, fulm ine, de uma vez
oue a madeira dessas áreas de terra, ainda ho.ie, por todas, o P rojeto de le i n.° 104-60, de autoria
seqund.o estou inform ado, sirvam para encher os do nobre Deputado Antônio Bresolin.
bolsos de espertalhões. Esta Casa sabe, o Rio Grande também é tes­
O Denutado Antônio Bresolin revelou; “ Só no temunha, e, muito m elhor do que nós, sabe c
Pôsto indígena de N onoai foram roubados m ilha­ eminente Deputado A ntônio Bresolin, que a apro­
res de pinheiros, sem que até hoje, alguém tenha vação dêste P ro jeto de le i não é possível, aue
ido narar na cadeia” . êle é uma utopia, que êste projeto fo i apresentado
Concluindo, o nosso entrevistado disse: “ A pura e simplesmente com finalidades estritamente
minha iniciativa conta com o apoio de várias Câ­ políticas e demagógicas.
maras e P refeitos Municipais, entidades de clas­ O Sr. Antônio Bresolin — Isto, na opinião de
ses e milhares de agricultores. c ó os que vivem no V . Exa.
asfalto desconhecem os problemas do interior, O SR. P O R C ÍN IO F IN T O — Todo o Rio
combatem a nossa in iciativa oue é justa, honesta, Grande sabe que o Deputado Antônio Bresolin
e tc.m um sentido humano, profundam ente sociai” . está desejando fazer a m aior demagogia de que
nos dá conta a história.
“Tenente Portela, 31. de outubro de 1BG0 . Este P rojeto de Lei, não é uma determinação,
Deputado Antônio Bresolin e sim, apenas uma autorização ao P oder Execu­
tivo. Não tem nada de concreto, não tem nada de
Assembléia L egisla tiva — Pôrto A le g re
Sr. Denutado. determinativo.
Pág. 120 21 de Setembro de 1961

P o r outro lado, S. Exa. não é tão ingênuo O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Os Anais estão aí


como quer se fazer, desta tribuna, aos olhos do para mostrar!
R io Grande. Sabe S. Exa. que êste P ro jeto é O Sr. Jairo Brum — Parece até que além de
essencialmente inconstitucional; sabe S. Exa. que uma diferença ideológica há animosidade pessoal
os representantes do povo rio-grandense ainda não entre S. Exa. e o Deputado Antônio Bresolin.
perderam a responsabilidade, não perderam o bom O SR. P O P.C IN IO P IN T O — D iv irjo funda-
senso; sabe S. Exa. que êste é um dos probelmas mentalm ente do atual G ovêrno e a êle tenho te­
mais complexos, um dos problemas mais difíceis cido inúmeras críticas, mas não iguais às desen­
que existem em nosso Estado; sabe S. Exa. que cadeadas pelo eminente Deputado Antônio Ereso-
êste P ro je to de L e i não alcançaria, como não a l­ lin, a ponto dé apontar uma parte do Govêrno
cançará, as finalidades propostas pelo eminente como desonesta. Constatei, no Interior em Caxias
Deputado An tôn io Bresolin. Ainda mais, Sr. P r e ­ do Sul, Sobradinho e em outros M unicípios que
sidente. Quando o Sr. Deputado Antônio Bresolin o Deputado Antônio Bresolin deve possuir dados
fazia a sua peregrinação política pelo In terior do irretorquiveis de desonestidades praticadas por
Rio Grande, prom eteu colônias e terras aos seus setores do atual Govêrno. Isto. a meu ver, Sr.
eleitos, prom eteu d ivid ir as terras dos índios e, Presidente, é doloroso, muito grave! Se o De­
ainda há’ poucos dias, o ilustre Presidente do P a r­ putado possui essas provas que as traga, para esta
tido Trabalhista B rasileiro, de Sobradinho, me Casa, que denuncie neste P lenário e o faça de
Informou que o Deputado An tôn io Bresolin, com v iv a voz.
a sua demagogia, já havia levado inúmeros corre­ O Sr. Onil X a v ie r — V . Exa. permite?
ligionários de Po r u M unicípio para as bandas que O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Concedo-lhe o
S. Exa. pretende lotear. aparte,
Enquanto o Deputado Antônio B resolin procla-: O Sr. Onil X a v ie r — V. Exa. Deputado Por­
mava isto, aqui, nesta Assembléia, o P ro jeto de cínio Pinto, ao repetir as inform ações que lhe fo­
L e i 104-60 se encontrava engavetado, arquivado, e ram prestadas pelo D iretório do PTB , parece
a em inente Deputado não se dignou em providen­ que omitiu um detalhe muito interessante, se bem
ciar no seu desarquivamen^o. F oi êste Deputado, apreendi na p r im e ir a " inform ação que V . Exa.
Sr. Presidente, que resolveu, de conta própria, e prestou, de que o Deputado An tôn io Bresolin es­
no cum prim ento de um dever, requerer o seu tava influenciando op agricultores com promessas.
desarquivamento e, mais tarde, solicitar a sua O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Disse-me o P re­
?ind® a êste Plenário, de acôrdo com o "A rtigo sidente do Partido Trabalhista Brasileiro, de So­
58 da Constituição, para que, de uma vez por bradinho, que também é Vereador, que com a pro­
iodas, esta Assembléia, cumprindo co m o seu paganda do eminente Deputf.dn Antôm o Bresolin,
íever, esta Assembléia, dando uma demonstração de que se fô r aprovado o P ro je to de L e i 104-60,
Se coerência aos olhos atônitos do povo Rio- muitos agricultores sem terras, filhos de agriculto­
grandense que vê. que lê, que ausculta, diària- res sem terra irão receber terra em abundância,
mente esta situação; fulm ine êsse projeto 104-60. no setor dos índios,
Resolvi, Sr. Presidente, solicitar a vinda dêste
O Sr. Antônio Bresolin (Dá apartes anti-re­
projeto, repito, para que esta Assembléia o liqu i­
gimentais)
de dando fim a esta história insincera que se pro­
y O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — N ão dou apartes
cura fazer através do -mesmo.
a V . Exa, (Risos, risos!)
O Sr. O nil X a v ie r — Deputado Porcínio Pinto,
V . Exa. perm ite? (Assentim ento do orador). Disse êsse cidadão que alguns dêsses agricui^
P ediria a V . Exa. que repetisse novamente a tores já estão se transferindo para áreas a serc.n
inform ação dada ao Plenário por V . Exa. e que loteadas, aguardando a aprovação do P ro je to da
eu não consegui com preender bem. V . E x , dizia L e i 104-60.
qus recebera uma inform ação do D iretório do Sr. Presidente. Esta Casa não é Casa de brin­
P T B , de Sobradinho ou do Presidente do D ire ­ cadeira. Isso é brincar com a opinião pública.
tório. V . Exa., por gentileza, poderia repetir? Esta Assem bléia vai dar uma demonstração de bom
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — T iv e o cuidado senso, fulminando, por esmagacjora maioria, êste
de tom ar nota do nome. F oi procurado por êste P ro jeto de L e i n.° 104-60. F oi por essas razões
cidadão e que é Presidente do P T B de Sobradi­ que solicitei a vinda desta proposição pelo Artigo
nho e, também. ( V eread or e que está estarrecido n.° 58 da Constituição.
com a história dêsse projeto e dizia-m e mais O Sr. O nil X a v ie r — (Interrom pendo o ora­
ainda êsse cidadão: “ O meu correligionário B reso­ dor). P o r que razão êsses agricultores já estariam
lin está criando uma situação te rrív e l para o nosso se transferindo para essas áreas?
G overnador porque o nosso Governador, o G o v ê r­ O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — N ão sei, nobre
no Trabalhista, não poderia cum prir esta lei, não Deputado. Isso é outro capítulo. N ão estou infor­
poderia resolver êste problem a de tal magnitude mado por que razão e onde estão localizados. N a­
O Sr. Secretário de Agricultura está adotando m e­ turalmente, estão confiados nas correspondências,
didas honestas e criteriosas neste sentido e que nas informações, nas pregações que se fazem, dià-
d evem m erecer o apoio de todo o povo rio - riamente, desta tribuna. Esta Assem bléia precisa,
grandense, acima dos partidos ou dos apetites de uma vez por todas, de pôr um fim nesta his­
eleitorais. Quero, neste instante, fazer justiça ao tória. E devo dizer mais,- Sr. Presidente: êsts
aminente Secretário da Agricultura, Deputado A l ­ problem a realm ente existe, êste problem a está a
berto Hoíím ann, Sr. Presidente, que não é do desafiar a capacidade adm inistrativa do poder pú
m eu partido, que é do P R P e eu sou do P SD blico. Este problema já fo i debatido nesta Casa inú'
mas estou aqui para fazer justiça a êsse em inente meras vêzes, inclusive pelo Deputado João Csruso,
Secretário que ,,tem procedido de m aneira que Existe uma L e i que regula a matéria. Cabe à D i­
d eve m erecer o apoio de todos os Rio-grandenses retoria de Terras, à Procuradoria de Terras, à
e não as constantes “ chicanas” feitas pelo Depu­ Secretaria da Agricu ltu ra e ao próprio P oder E xe­
tado An tôn io Bresolin. cutivo tratar dêste problema, em tôda a sua ex­
O Sr. Jairo Brum — N ão vou a tanto com tensão, constituindo uma comissão para examiná-
referência ao nobre Deputado Antônio Bresolin, lo detidamente, procurando dar solução gradativí
Be V . Exa. perm ite, mas, de fato, o Deputado ao mesmo. N ão uma utopia como êste P ro je tí
Bresolin, quando se trata da nessoa do Secretário de L e i n.° 104-60.
âa Agricultura, é candente. P o r essas razões, não vou entrar noutros de­
Sinais 21 ae Setembro de 1961 Pág. 121

talhes, porque já o fizeram , com brilhantismo, os tuindo uma Comissão de técnicos e procurando, im e­
nobres Deputados Paulo Brossard, Cândido N o r ­ diatamente, dar uma solução gradativa ao problema.
berto e Jairo Brum e muitos outros eminentes
Em Vacaria temos a Fazenda de P in h al da Ser­
Deputados que assomaram a esta tribuna e que
ra, com um problema i^ e se arrasta há m ais de 87
houveram por bem de debater, em todos os seus
anos, eom uma área ae terra própria para cultura,
ângulos, tão magno assunto. O Hio Grande está
a exigir, desta Casa, que reje ite êste P rojeto de ultrapassando a 200.000.000 de metros quadrados, ter
Lei sem mais delongas, porque posso inform ar a ras essas intrusadas, há mais de 30 ou 40 anos. Existe
V. Exa., com a autoridade que m e caracteriza, que Lei que regula a matéria, inclusive desvinculando o
êle está criando, realmente, uma séria situação no problema do Poder Executivo Estadual pn.ra a órbita
interior do Estado. As promessas se avòlumam dia do Município. A Secretaria de Agricultura, por con­
a dia e a cantilena que se ouve, diáriamente, des­ vênio, deveria proceder à medição daquela fazenda.
ta tribuna, se ouve em m aior número ai no in te­ Pelo que conheço, a medição fo i interrom pida ou, en­
rior: Prom ete-se terras, promete-se lotes, promete- tão, está sendo procedida com multo vagar. O fato
se dinheiro, tira-se dinheiro e assim por diante. é que se está dando uma solução ao problema. Que
Isto tudo precisa terminar. Esta Assembléia não é se procure dar solução ao problema existente em ou­
brinquedo de ninguém e muito menos o povo que tros pontos do Estado, também, é o que desejamos,
é no caso, a autoridade máxima. mas não como pretende o Deputado Antônio Bresolin,
O Sr. A rlin d o K u nzler — V. Exa. permite? com terras distribuídas aos selvícolas e que estão re­
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — Pois não. guladas pela Lei Maior, a Constituição Federal.
O Sr. A rlin d o K u n zíer — N obre Deputado. P a ­ O Sr. Paulo Couto — V. Exa. permite? (Assenti­
rece-me que a Casa recebeu com reserva a infor­ mento do orador).
mação que V. Exa. trouxe ao Plenário e que lhe
Para colaborar eom V. Exa., queria comunicar que
foi transmitida pelo Presidente do Partido Traba­
vou’ apresentar um Projeto de L ei autorizando o Es­
lhista Brasileiro de Sobradinho.
tado a desapropriar áreas que excederem 1 500 hecta­
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — P or que com re ­
serva? Êle não é um homem honesto? res para serem distribuídos aos colonos sem terras,
e a avaliação será pelo valor declarado para o pagr-
O Sr. A rlin d o K u nzler — Mas quero,- nobre
mento do Impôsto Territorial. Quero ver quem, cou»
Deputado, inclusive assegurar à Casa \ que esta
sinceridade, está com a R eform a Agrária.
informação deve ser verdadeira, porque eu mes­
mo recebi inform ações e fa le i com diversos co- O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Nobre Deputado.
lonios de Tenente Portela, de que lá estavam e Quero dizer a V. Exa. que, lam entavelmente, o seu
ainda estão esperando que se cumpram as pro- ' Projeto será utópico e inexequivel. Vou dizer por que,
mssas, que se distribuam as terras. Logo, é verda­ nobre Deputado e vou provar. O Govêrno do Estado
deira a informação. Cabe à Casa, agora, ajudar declarou de utilidade pública, para fins de desapro­
o nabre Deputado An tôn io Bresolin a saldar as priação, uma área considerada reserva florestal no
suas promessas, aprovando êste Projeto- Barracão, M unicípio de Lagoa Vermelha. Alegando
(O Deputado Antônio Bresolin dá um aparte impossibilidade de pagar os proprietários, ou por ra­
anti-regim ental). zões que desconheço, êsse Decreto fo i revogado. V eja
V Exa., se nem aqueia área o Govêrno teve condições
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Concedo, agora, teve possibilidades ae pagar aos proprietários, como
um aparte ao nobre Deputado Cândido Norberto.
determina a Lei, como poderá, então, desapropriar
O Sr. Cândido N orberto — Quero dizer o se­
tôdas as áreas superiores a 1500 hectares existentes no
guinte. D e' certa form a não é só o Deputado A n ­
Rio Grande do KulV! Veja V. Exa. que o seu Pro­
tônio Bresolin que anda acenando com a possi­
bilidade de entregas de terras. Em realidade, esta jeto será muito oonito, mas inexequivel e utópico.
promessa , está sendo feita por todos aquêles — e O Sr. Cândido Norberto — Não, porque há um
eu me filio entre êles — que se batem pela re­ “ barbicacho” tiesse P rojeto qae permitia grandes de­
forma agrária que se há de traduzir em entregas sapropriações no R io Grande, E’ estabelecer-se como
de terras aquêles que a trabalham e não a pos­ preço, como indenização, o valor venal atribuído pelos
suem. Que se cuide, porém, de reform a agrária proprietários para os efeitos de pagamento do Im por­
nas costas dos indios é que me parece não muito to Territorial,
certo. O SR. F Ü K C IN IO P IN T O — Este é outro caso, n o­
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Chamo a atenção de bre Deputado, apenas um valor estimativo para e fei­
V. Exa., Deputados Cândido Norberto, para lhe co­ tos de loteação, V. Exa. sabe disso. Isto é a história
municar que, há poucos instantes, fiz referência ao tributária do Rio Grande do Sul, história que não va­
magnífico trabalho apresentado desta tribuna por leria a pena discutir agora.
V. Exa., Deputado Cândido Norberto, para lhe '.'0
Projeto de Lei 104.60, trabalho que deve ser lido, me­ Mas, Sr. Presidente, não quero continuar mais t o
dicado, porque, realmente, despertcu-me a atenção, mando o tempo de meus eminentes pares. Apelo a
como deve ter despertado a atenção de todo o povo V. Exa., Sr. Presidente, apelo à Casa para que, sem
rio-grandense. mais delongas, terminemos com esta história, com êst".
O Sr. Romeu Scheibe — Concordo perfeitamente Projeto de Lei '‘Fantasm a” 104.60 porque, enquanto o
com o aparte do Deputado Cândido Norberto, mas eminente Deputado Antônio Bresolin pregava os e fe i­
também não se pode continuar deixando ao aban­ tos dêste Projeto no Interior do Estado — e é para is­
dono, nessa área o nosso índio. E, não se pode falar so que quero chamar a atenção dos Srs. Deputados —
em reforma agrária sem que se equacione êsse assun­ enquanto acenava distribuição de terras, melhoria de
to. vida para os colonos, melhoria de vida _para os f i­
O SR. P O R C ÍN IO P IN T O — Deputado Romeu lhos dos colonos e outras cousas mais — e o Deputado
Scheibe, V. Exa. tem razão, e creio que V. Exa. tem Antônio Bresolin pensa que só êle pode falar em no­
em mente o que afirm ei há poucos instantes: cabe me do colono no Interior e que só êle conhece o pro­
ao Poder Executivo, à Comissão de Terras, à Procu­ blema — enquanto fazia isto, Sr. Presidente, êste P ro ­
radoria de Terras e até mesmo a esta Assembléia equa- jeto dormia arquivado. Fui descobrí-lo, pois o P ro ­
5ionar o Droblema. em todos os seus ângulos, consti­ jeto estava ai-auivado e só m uito mais tarde é «u e
Pág. 125 21 de Setembro de 19S1 inais

fui descobrir que náo havia sido distribuído às Co- P ro jeto ue JJecrtLo Legisla tivo n.u 22-61, queiraii»
nissóes Técnicas da Casa. perm anecer como se encontram, tp ausa) Aprovaao,
O Sr. Antônio üresom i — Se o fôsse, V. Exa. seria Uíscussüo e vomçao ao W ojes.0 ue De-Jieio .Le­
derrotado. gislativo n-“ 24-61, originário aa com issão ae Eau.
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — Requeri o tiesarqui- caçao e bauue. Apr-ovu term o aaitivo ao cunvêmc
vamento e, consequentemente, a vinüa a Pit-nario dês- ceieoraao e m ie o instado e a Socieuaue ae Ampare
* Projeto, peio arcxgo 5a da nossa Constituição. ao M enor ADanuonauo ae Lavras do Sui. j^aiecei
Agradeço a V. Exa. e estou ceico üe que esta Assem- fa v o rá v e l aa Comissão aè Finanças' e Orçamento.
Em aiscussao. (.Pausai flau li'-vendo quem quei­
íléia porá hoje um iim a éste assunto. (Pajnras). (O
ra aiscutir a matéria, aeclaro encerrada a discussão.
discurso revisto paio orador).
Em votaçao. üs Srs. Deputados que o aprovam,
O SK. P R E S ID E N T E — N ão há mais oradores
queiram perm anecer como sé encontram. (.Pausa)
inscritos para discutir o P rojeto de L ei 104.-60. Vou tíe- A provado.
;larar encerrada a discussão. (Pausa) Encerrada. Discussão e yotuçào dó P ro je to üe Decreto Le­
O P rojeto de L ei retornará às Comissões Técnicas gislativo n." 25-61, originário üa Comissão de Educa­
da Casa ,em virtude de Emenda ae Líder, apresentacu ção e Saude. A p rova têrm o a a itivo a convênio ce-
neste instante. íeorado entre o listado e a Cidade dos Meninos da
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — P ela ordem, Sr. Pre- Legião da Cruz,, ae ±>age. Parecer fa v o rá v e l da Co­
liüante, peço a palavra. missão d e 'iin a n ç a s e urçam ento.
O SK. F R E ü íiS L N iE — V. Exa. Tem a paiavra Em aiscussao «Pausai Ja que nenhum dos Srs.
Dela ordem . Deputaaos solicita a paiavra para discutir a mate-
O SK. P O R C ÍN IO P IN T O — Consulto a V. Exá. ria, aeclaro encerrada a dis^u^sao.
se, tendo vindo éste P rojeto de L e i a Plenário pelo ar- Em votaç&o. Os Srs Deputados que aprovanj
iigo 58 da Constituição, quantos aias ele poderia per- o P ro je to de D ecreto Legisla tivo n-° 25-61, queirara
nanecer nas Comissões Técnicas, para voltar, nova- permanecer como se encuniram iP au sa) — Apro­
nente, à apreciação do pienário. vaao .
O SR. Pü E SaB E N TE — Ja decidiu a Presidência Djscussao o ;olaçao ao P ro je to de L e i n.L 261-61
lue os projetos que vêm a Plenário em virtuae ao originário uo G overno do Estado. Cria cargos no
artigo 58, recebendo Emendas, retornam às Comissões (cjuauro oruinário de pessoal aas E xatoiias. jrarece-
Técnicas, obedecendo o regim e ue urgência do i-.egi res íavoraveis das com issões ae Finanças e Orça­
mento Interno, e portanto, as Comissões Técnicas têm mento, de Constituição e Justiça, e de s e rv iç o Pí»>
o prazo de 43 horas para apreciar a Emenda, voltan­ blico e Assistência Sociai.
do, logo após, o Processo á apreciação do P lenário Em discussão u-ausa; N ao navenao quem quei­
O SR. P O R C ÍN IO F IN T O — Agradeço a V. Exa. ra discutir a matéria, aeclaro encerrada a discussão.
O SR. P R E S ID E N 'ÍS — Discussão e votação do Em votaçao üs Srs Deputados que tp rovam a
P ro jeto de L e i 102-61, tío Govêrno do Est.sdo, Se­ presente p ro jeto ue Dei, queiram perm anecer como
cretaria de Obras Públicas. A u toriza o Estado a re~ se encontram IPausa). Aprovado.
:eber, independentem ente de indenização, os bens Discussão o votação do P ro je to de Dei n.u 246-60,
utilizados no Serviço de Hidráulica do M unicípio da de autoria ao uobie Deputado Syn val G uazzelli. A l­
Santo Antônio da Patrulha, e éa outras providências. tera aispositivo da Lej n.o 3 .88L1-A, de 30 de'dezem -
Urgência requerida no dia 4 de julho üe 1961. P a ­ Dro de 19òa. Ha duas Emendas da Comissão de Fi­
receres favoráveis tías Comissões de Constituição « nanças e Orçamento. Pareceres favoráveis das Co­
Justiça. Obras Públicas e Finanças e Orçamento missões de Finanças a Orçamento, de Constituição
Em discussão. (P au sa). N ão havendo nenhum Sr. e Justiça, e de S erviço P u blico e Assistência Social.
Deputado que queira discutir a matéria, vou declarar Em discussão (P au sa). N ão havendo quem quei-
encerrada a discussão. (Pausa) Encerrada- ra discutir o P ro je to de Dei anunciado, declaro en­
Em votação. Os Srs. Deputados' que aprovam o cerrada a discussão.
Projeto de Lei 102.61, queiram conservar-se sentados. Em votação.
iPausa) Aprovado. f uid e scob r f BROS-SARD — Peço a palavra
Discussão e votação do Projeto de Lei 137.61, de au­ Sr. Presidente, para encaminhar a votação.
toria do Deputado Euclydes Kliem ann. Concede isen­ O SR. P K ü S iiíE N i'!!, - jo in a paiavra, para en­
ção do impôsto de transmissão de propriedade “ íntef- caminhar a votação, com a palavra o nobre Depu­
/ivos” ao Coranthians Sport Club, de Santa Cruz do tado Paulo Brossard.
Sul. H á uma Emenda da Comissão de Finanças e O r­ O SR. PALjLiO JSKOSSAKD — Sr. Presidente
çamento. Pareceres favoráveis das Comissões de Cons­ e Srs. Deputados;
tituição e Justiça e Finanças e Orçamento. O P ro je to de Dei n.11 246-60, de autoria ao nobre
Em discussão. (P au sa). Não havendo quem queira Deputado Synval Guazzelli, altera o parágrafo 2 a
discuti-lo, vou declarar encerrada a discussão. (P a u ­ do A rtig o u.o IV da Dei 3.889-A, de 30 üe aezembro
sa). Encerrada. de 1959.
Em votação a Emenda da Comissão de Finanças e P elo A rtig o 1/ de Dei 3 839-A, cujo texto, infe­
Orçamento. Os Srs. Deputados «u e a aprovam, quei­ lizm ente, não se encontra no processo, fica o Poder
ram conservar-se sentados (Pausa) E xecutivo autorizado a fix a r os vencimentos do fun­
A p ro v a d a . cionalismo público, reajustando-os conform e a ele­
Em votação o P ro jeto de. L e i. Os Srs. Deputados vação do Custo de vida apurada por um Instituto
que o aprovam, queiram perm anecer com o se en­ Universitário da Faculdade de Ciências Econômicas
contram. (P au sa). A p rovad o. d>a U niversidade do B.io Grande do Sul.
Discussão e votação do P ro jeto de D ecreto L e ­ Parece-m e acertado que se recorra a uma enti­
gislativo n.° 22-61, da Comissão de A gricultura. A- dade idônea quando se queira fixa r os vencimentos
prova convênio celebrado entre o Estado, por inter­ do funcionalism o público, atualizando-os em funçãc
m édio da Secretaria de Educação e Cultura, e a do desgaste da moeda. O que não me parece corre­
Associação Rural de Santa V itória do P alm ar. Pare­ to, entretanto, Sr, Presidente, é -a norma existente
c er fa vorá vel da Comissão de Finanças e Orçamento na L e i n." 3.889-A., de 30 de dezem bro de 1959, ? «
Em discussão (P ausa). N ão havendo quem quei- seu A rtig o 17, quando delega ao P oder E xecutivo po1
i a discutir a matéria, declaro encerrada a discussão. der para, m ediante decreto, fazer esta fixação e isto
Em votação. Os Srs. Deputados aue anrovam nela mais simples das razões; é aue, nos têrmos da
f-naís 21 ae setembro cie 1961 Pág. 123

Constituição do Estado, .Artigo 45, inciso 7.", a 4s- A p rovaao q Substitutivo, vai em Pauta Suple­
iernbiéia Legisiativu, m euiante le i — isto e, com a menta/, nos lerm os ao Regimfc.nto.
sanção do tiovernauor f- Estaao — é que fix a ou -Discussão e vouaçao do Pro j eco de L e i n.°
altera — e, alteranao. nao deixa de fix a r — os ven- 125-61, ae autoria üo nobre Deputado Synval Guaz-
:imenios dos servidores públicos ao Estado sempre zelli. Concede isenção ae impostos e taxas ao Gr=-
fjor lei especial. Quer isto d izer que, nos têrmos
rnio Foot-üaü i^órto-aiegrense. Pareceres favoráveis aa
ão artigo 17 da L e i 3.889-A, houve uma üelegaçàó Comissão ae Constituição e Justiça e aa Comissão ae
io Poaer L egislativo ao P oder E xecutivo. Aquilo q inanças e Orçamento- Em discussão. Se não houver
que tinha de ser "feito caso por caso, por le i espe­ quem aeseje úiscutir a meteria, vou encerrar a discus­
rai, peia Assembléia, passou a ser feito por ato do são- (Pausa) Esta eneerráaa a discussão. Em votação.
Poáer Executivo e em virtude de uma delegaç.ao Os Srs. Deputados que o aprovam, queiram conser­
legislativa, contida no artigo 17 da L e i 3.839-A, de var-se sentados. (Pausa) Aprovaao. Discussão e
3U de dezembro de 1059.
votação do .Projeto de Decreto Legislativo SS-61, c a
Não discuío, Sr. Presidente e Srs. Deputados, uomiòsao ae ü-aueaçao e üaüde, que aprova têrm o aui-
se a delegação de poderes é um bem ou um mal. tivo a Convênio celebrado entre o Estado e o Ins­
Não indago se é uma necessidacie ou uma. desneces­ tituto de Menores, de Pelotas. Parecer favorável
sidade dos. Estados m odernos. Conheço a opinião ãe aa Comissão ae Finanças e Orçamento, tóe nao hou­
numerosos autores de alta categoria cientifica, que
ver quem solicite a palavra para discutir o Projeto, vou
afirmam que é uma necessidade aos Estados m o­
encerrar a aiscus^ao. (Pausa) Kncerrada a aiscus-
dernos. Registro, entretanto, que, sábia ou errada­
são. Em votação. Os Srs. Depucauos que o aprovam,
mente, a Constituição do Estado, em seu artigo 4 o
queiram conservar-Se seníaaos (Paus'-.; Áprovaao.
§ 2.°, repetindo, aliás, o que se lê no §2.'-, do artigo
Discussão e votação do P ro jeto ae Decreto L e ­
33 da Constituição da República, veda expressamente
gislativo 2Í-61,'da Comissão de Educação e Saúde,
a delegação de poderes,
que apro\a termo aüitivo a c on vên io celebrado en­
O SR. P R E S ID E N T E — Está esgotado o prazo
tre o Estado e o Institu to,S an ta Terezinha, de Ca­
de V. Exa.
xias do Sul- Parecer favorável da Comissão de í>-
O SR. P A U L O B R O S SA R D — É texto expresso,
nanças e Orçamento. Em discussão. (Pausa) Não ha­
imperativo, obrigatório da Constituição, e, por isto,
vendo quem queira fazer uso aa palavra para dis­
o artigo 17 da L e i 3.889, de 30 de dezembro de 1959,
é flagrantemente ínconstitutcional. P or isto, Sr. P re ­ cutir o Projeto, vou encerrar a discussão. (Pausa)
sidente. entendo oportuno lem brar êste ponto de Encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Depu­
vista, ao ensejo da m odificação do § 2-° da Lei tados. que o aprovam, queiram conservar-se sen­
3.889-A, e, apenas a título de informação, digo à Ca­ tados. (Pausa) Aprovaao.
sa, que o P ro jeto de L e i que se transformou na Lei Não irá mais m atéria a ser considerada na O r­
n. 3.889-A, de 30 de dezembro de 1959, L e i cujo ar­ dem do Dia. Não há também oradores inscriios pa­
tigo 17 contém, apresenta inconstitucionalidade pa­ ra discussão de M atéria em Pauta. Vamos passar às
tente, manifesta, tangível, pela delegação de pode­
res que encerra, não foi apreciado, Sr. Presidente,
pela Comissão de Constituição e Justiça, E ra^jim EXPLICAÇÕES PESSOAIS
Projeto que fix a v a os vencimentos do funcionaliim o
e as questões de vencim entos do montante do nível, Com a palavra o prim eiro orador inscrito, no-
absorveu com pletamente a atenção dos Srs. Depu­ ure Deputado Onil X avier. (Pausa) Ausente S- Exa.
tados e creio que quanto ao Artigo- 17 não houve com a palavra o seguinte orador inscrito, o Deputado
qualquer apreciação. Osmany Veras, (Pausa) Ausente 3. Exa., com a pa­
Era isso que queria dizer, Sr. Presidente, nêste lavra o seguinte orador inscrito, o Deputado Seno
debate, uma vez que já pensei em apresentar um Ludwig.
Projeto revogando n A rtig o 17, porque me parece de O SR. SENO L U D W IG — Desisto da palavra,
ir.constitucionalidade manifesta- Sr, Presidente.
Só isso, Sr. Presidente .íP alm a s) (Discurso nãu O SR. P R E S ID E N T E — Desistindo S- Exa. da
revisto r*f»lo o r p d o r ). sua inscrição, com a palavra, a seguir, o Deputado
O SR. P R E S ID E N T E — E m . votação as duaj Antonino Fornari.
Emendas da Comissão de Finanças e Orçamento. Os O SR. A N T O N IN O F O R N A R I — Desisto, Sr.
Srs. Deputados que aprovam as Emendas, queiram Presidente.
permanecer sentados. (Pausai Aprovada. Em vota­
ção o P rojeto de lei n-“ 24R-RO. Os, Srs. Deputados O SE. P R E S ID E N T E — Desistindo S. Exa.,
n1-!? o aorovnm, queiram perm anecer sentados. (Pau­ com a palavra, a seguir, 0 Deputado Gustavo Lan -
sa) . A p rovad o' gsch. (Pausa) Está ausente S. Exa. e não há mais
Discussão e v o ta d o [}r* P roieto d ° lei n.° H9-?U, •oradores inscritos para Explicações Pessoais. A n ­
do nobre Deputado Ruv K aercher. Concede auxílio tes d e 'e n ce rra r a presente sessão, convido os. Srs.
à Sociedade A vícola Sflíita-cruzense, Há um substi­ Deputados e comparecerem a esta Assembléia do­
tutivo dn Comissão de ^in^tiras e Oroampnto Pa- m ingo próximo, dia 17,, às 9 horas, uma vez q.ue a
receres favoráveis da Comissão de Constituição e Assembléia fo i convidade a participar de solenid.a-
Justiça e da Pomis^ão ^e ^nanca.s e Orçamento, Em
des que estão sendo promovidas pelos Centros de
votação. Os Srs. Denut>"dos oue anrov°m o- Proieto
Tradições Gaúchas do R io Grande do Sul. Às 9
quedam nprmnrlonop cpnfri/^r.tí. (P a^ sa). A-^rovado.
horas, domingo, dia 17, estará à disposição dos Srs.
o pw. P 4 r? .-0 FTÍO SSAR D — Pela ordem, Sr.
Pre<.^p"V. Deputados, em frente desta Casa, condução para
conduzí-lcs até ao -Monumento de Bento Gonçal­
O SR. P E F í W N T S — P e l» com a pa-
lavr-» o ^obrp Paiilo "Brossard. ves, onde deverá ser depositada, pela Assembléia
irma coroa dé flôres coroo partè- das solenidades ds
O SR. P.HTTiro — Sr. P re c!dente.
Crein ni?p na í pHrneirn o Sub?t'tutivo. “ Semana Crioula” que está sendo levada a efeito pe­
O s?TRi# __ Em dotação o s^b^Hu- los Pentros de Tradição Gaúcha. Estão, portanto,
frvo da C o m ilã o cie a Or^átnsrito. Os Srs.
convidados os Srs. Denutados para essa solenidade.
De^i^nrins que ar"rov"m o Substitutivo, «rueiram Nada mais hav-endo a tratar, vou encerrar a
Permanecer sentados. (Pausa) A p rovad o. presente sessãò, convocando, antes os Srs. Deputado!
Pág. 124 21 de Setembro de 1961 anais
w-------- -
para a sessão de seguudarfeira próxim a, à hora regi* Paço saber, em observância ao artigo 48 da Cons,
jnentaL-com a seguinte tituição do Esiaao, que a Assembléia Legislativa
iprovou e eu promulgo a seguinte resolução;

A r tig o Único — São concedidos dezesseis (16)


dias de licença, para tratar de interêsses particula­
res, ao Senhor Deputado Gudbem Castanheira, nos
Votação das R.edações Finais dos Projetos de L&
têrmos do art, 253, inciso V, do R egim ento Interno.
£t.o 245-60, Resolução 30-61.
Assem bléia L egislativa do Estado, em Pôrto Ale­
Discussão e votação dos P rojetos de Lei n.°s.
gre, 12 de setembro de 1961.
89-59, 119-60, 185-60.
A N O L A N D E L IA N O

Deixaram de com parecer os Srs. Deputados: Hélio Carlomagno


Presidente
Carlos Santos, Daniel Ribeiro, Siegfried. Heuse.
A r y Delgado, Euclydes Kliem ann, H é lv io Jobim. Hé
lio Carlomagno, M oab Caldas, N aio Lopes e A d a l
ía iro M oura. A SS E M B L É IA L E G IS L A T IV A

Levanta-se a Sessão, às 19,00 hora» A M E S A D A A S S E M B L É IA L E G IS L A T IV A DO


E S T A D O , no uso de suas atribuições legais, de con­
form idade com o laudo n.- 019374, de Diretoria da
B iom etria M édica, resolve conceder a Taquígrafa
P R O J E T O DE L E I N .° 195-60, DE 12 DE SE TE M B R O S I B Y L A R IB E IR O , uma licença de 11 dias (11), para
DE 1961 tratam ento de saúde, a contai de 19 de junho p.
passado.
R egula o pagam ento de taxas da R egistre-se e publique-se.
iornecim ento de água e luz -por servi*
dores estaduais. Assem bléia L egislativa do Estado, em Pôrto Alêi
çe, 11 de julh o de 1961.
A Assem bléia L egislativa do Estado do R io Grande
fio Sul, Hélio Carlomagno
Presidente
DECRETA:
Carlos Santos
A tr . l. ° — As taxas devidas aos serviços es­ 1.° Secretário
taduais pelo fornecim ento de água e luz, não ser
rão exigívêis dos servidores públicos do Estado que Alcides Costa
não estiverem em dia com o recebim ento de seus 2-° Secretário
Vencimentos.
§ 1 ° — Sem pre que se v erifica r a situação p re- Guilherme do Valle
Fista no artigo, o prazo para o respectivo pagamen- 3.° Secretário
to ficará autom aticam ente prorrogado até 48 horas
após o recebimento, pelo servidor , de seus venci» M ário Vieira Marques
uientos. 4.° Secretário
§ 2.° — Som ente após a preclusão do prazo es­
tipulado pelo p arágrafo anterior serão aplicadas
fts normas gerais que regulam entam a espécie-
A r t. 2.° — A presente lei será regulam entada w - p a w r w w a a p - s e ã ow e p d oa e w g ou w rf
dentro de trinta dias, contados da data de sua pu­ ióagwr f x no uso de suas atribuições legais, de con­
blicação . form idade com o laudo n.u 019481, da Diretoria do
A rt. 3.° — R evogam -se as disposições em con­ B iom etria Médica, resolve conceder à Assistente Le­
trário. gislativo R IT A C A S A P IC O L A , uma licença de quin*
A r t. 4.o — Esta le i entrará em vigo r na data ze (15) dias para tratam ento de saúde, a conter de
de sua publicação. 26 de junho p.passado.

R egistre-se e publique-se.
Assembléia Legislativa do Estado, em Pôrto A le
gre, 12 de setembro de 1961. Assem bléia Legislativa do Estado, em Pôrto AleJ
A N O L A N D E L IA N O gre, 11 de julho de 1961.

líé íio Cari01U3.SB0 Hélio Carlomãsno


ÍPresident» ' Presidente

Carlos Santos
1.° Secretário
K E S O L U Ç ã.0 N .° 803 DE 12 DE SE T E M B R O DE 1861
Alcides Costa
Concede dezesseis (16) dias da 2-° Secretário
licença para tratar de interesses pai~
ticulares ao Deputado Gudbem Oas- Guilherme do Valle
tan heira. 3 ° Secretário

H élio Carlomagno, Presidente da Assem bléia Le- M ário Vieira Marques


61slativa do Estado do R io G rande do Sul. 4.o Secretário
Anais 21 de Setembro de 1961 Pág. 125

A M E S A D A A S S E M B L É IA L E G IS L A T IV A DO
Art. 5.° — A organização do concurso, a e x ­
ESTADO, no uso de suas atribuições legais, designa
pedição de editais e as normas sôbre o sigilo
o D iretor da D iretoria Adm inistrativa, SK. JOÃO
dos trabalhos ficarão a cargo dá D ivisão de Cul­
CASTILH O S, para responder pela D iretoria G eral
tura aa Secretaria de Educação e Cultura.
enquanto durar o im pedim ento do titular Sr. A m o
Mora, por m otivo de férias régulamentares.
Art. 6.o — A Com issão' Julgadora, a ser con­
Registre-se e publique-se.
vidada pelo Secretário de Estado dos Negócios
da Educação e Cultura, será composta de ura D e­
Assembléia L egislativa do Estado, em Pôrto A le -
putado, ae um membro do Instituto H istórico e
gi'e. 10 de julho de 1961.
Geográfico do R io Grande do Sul e de uma pes­
soa que possua notórios conhecimentos da vid a
H élio Carlomagno e da obra do biografado.
Presidente
Parágrafo único — Os nomes dos integrantes
Carlos Santos
« a Comissão Julgadora serão divulgados no edital
1.° Secretário de lançamento do concurso e sómente será subs­
tituídos por m otivo de absoluta fôrça maior.
A lcid es Costa
2-" Secretário Art. 7.° — Serão concedidos prêmios em di­
nheiro, no valor de C r* 100.000,00 (cem m il cru­
zeiros;, a obra classificada em 1.° lugar; no valor
de Cr$ 60.000,00 (sessenta m il cruzeiros) á segun­
A M E S A D A A S S E M B L É IA L E G IS L A T IV A D o da classificação; e, no valor de Cr? 40.000,00
ESTADO DO R IO G R A N D E DO SUL, no uso da (quarenta m il cruzeiros) à terceira.
suas atribuições legais, designa o SR. W A L T E R DA
SILVA, Chefe do Serviço de Mecanografia, FGa, pa § 1.° — O julgam ento da Comissão será ir -
ra responder pelo expediente da Diretorie Adminis­ recorrivel.
trativa, enquanto durar o impedimento do respecti­
§ 2.° — A Comissão, a seu critério, poderá
vo titular, S r. João Castilhos. ora invesüdo no car­
deixar' de atribuir os prêmios a que se refere
go de D iretor G eral. o artigo, ou, à vista de outros trabalhos m eritó­
Registre-se e publique-se rios, além dos premiados, poderá propor a con­
cessão de menções honrosas, a seus autores, caso
Assembléia L egislativa do Fitado, em Pôrto Ala- em que serão expedidos os diplomas correspon­
gre, 10 de julho de 1961. dentes.
Art. 8.o — O orçamento do Estado para o
H élio Carlomagnu exercício de 1962 consignará dotação para o ates-
Presidente dimento das despesas decorrentes desta lei.

Carlos Saiatos Art. 9.° — R evogam -se as disposições eiji


1-° Secretário víontrário.

Alcides Costa Art. 10.° — Esta le i entrará em vigo r na data


2 ° Secretário 4e sua publicação.

GüiHierm e do Vaíle- Assembléia Legislativa do Estado, em Pôrto


3.° Secretário A legre, 19 de julho ' 1961.

M ário V ieira M arque» Ano Landeliano.


4.° Secretário
Hélio Carlomagno — Presidente

Carlos Santos —■ 1.° Secretário


rroj&ío de L e i n.o 26-61, de 19 de julho de 1S61
Harry Sauer — Secretário ad hoc
Institui concurso público de biografia
do Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros

A rt. l.o — F,’ in stitu íd o um concurso pú b lico A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado,
<5e biografias do dr. Antônio Augusto Borges de ao uso de suas atribuições legais, de conformidade
Medeiros. com o laudo n.° 019Õ17, da D iretoria de Biom etria
Médica, resolve conceder à Taquígrafa Ondina
Art. 2.° — O concurso será lançado, com am­ Maria Balzano Guimarães, uma licença de dez (10)
pla divulgação, no dia 19 de novem bro do cor­ dias, para tratai de pessoa da fam ília, de acôrdo
rente ano, data do nascimento do referido esta­ com o art 146 da L e i n.° 1.751, de 22.2.52, a contar
dista. de 21 de julho corrente.
Registre-se e publique-se.
Art. 3.° — A s obras serão encaminhadas à C o­
missão Julgadora até o dia 25 de abril de 1962, Assembléia Legislativa do Estado, em <rorto
data do prim eiro aniversário do . falecimento do Alegre, 24 de julho de 1961
dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros, a qual “A n o Lan delian o.
deverá realizar o julgam ento e proclamar os re ­
Hélio Carlomagno — Presidente
sultados em 19 de novem bro do mesmo ano.

Art. 4 ° — Os trabr.lhos deverão ser entregues Carlos Santos — 1.° Secretá.i


datilografados em dois espajos e encaminhados
Alcides Costa — 2.° Secretária ^
em três vias.
21 de Setembro de 193. Anais

A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado, A M E S A D A A S S E M B L É IA L E G IS L A T IV A DO


no uso de suas atribuições legais, de conform ida­ E STAD O , no uso de suas atribuições legais, de .con­
de com o laudo n.° 21606, da D iretoria de B io- form idade com o laudo nP U19541, ca Diretoria
metria M édica, resolve conceder à A u x ilia r da de B iom etria Médica, resolve conceder à Taquí-
Comunicação, A lz ir a Brum Saldanha, uma licença grafa Onaina Guimarães, uma licença de vinte
3e quinze (15) dias, para tratamento ae saúde, (20) dias, em prrogação, para tratam ento de saúde,
i contar de 14 do corrente mês. a contar da SI de julho do corrente exercício.
R egistre-se e publique-se. Rsgistre-se e publique-se.
Assem bléia Legislativa do Estado, em 24 dp Assem bléia Legislativa do Estado, em Pôrto
oilho de 3961. A legre, I P de agôsto de 1961.
A n o Landeliano "A N O L A N D E L IA N O ” ' : ■/'

E é lío Carlomagno — Presiaente Í.IA R 1 A N O B E C K


CarSos Santos — 1.° Secretário 1.P Vice-Presidente no exercício da
A lcid es Cosia — 2P Secretário Presidência

Carlos Santos
i P Secretário
A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado, A lcid es Costa
no uso de síias atribuições legais e tendo em 2P Secretário
vista o que consta no processo n.° §0-61, em con­
form idade com a Resolução n P 858, de 19.12.1960,
reso lve tornar insübcistente a punição que fo i im ­
posta pelo Senhor D iretor G eral à A u x ilia r de TÊ E M O DE R E S C IS Ã O DE CONTRATO
P ortaria V erônica Bernardi dos Santos, po.r in fra­
ção do disposto nos itens III, I V e X I, do art, 201 A o prim eiro (1 ° ) dia do mês ae agôsto do ano
da L e i n.° 1.751, de 22.2.52. de mil novecentos i. sessenta e um (1961), nesta
Registre-se e públique-se. cidade de Pôrto Aiegre, uapitaj ao Estado do Rio
Assem bléia Legislativa do E*ta4o, em Pôrto Grande do Sul, na sede da Assembléia Legislativa,
A legre, 25 de julho de 1961. cornoaxeceu perante .) .xino. Si. Deputado Carlos
A n o Landeliano Santos., iP Secretario, o Sr Carlos Arm ando Vidal
Corrêa, brasileiro, solteiro, lesideute e domiliciado
H é lio Carlomagno — Presiu^*™» nesta (Japital, sendo acordada í rescisão do seu
'C arlos Santos — 1.° Secretário contrato, lavrada a oito ( 8 ) ae junho do corrente
A lc id e s Cosia — 2.° Secretário ano, em virtude ae tiavei sido nomeado para e-
xercer largo oúblico lederai
&, em razão do que, toi lavrado o presente
têrm o de tescisáo aue vaj assinado pelas, partes
A Mesa aa Assem bléia Legislativa do Estado, e pelas testemunhas.
no uso de suas atribuições legais e tsndo em Assembléia i .egislativa do Estado, em Pôrto
vista o que consta (io processo n.° 74-61, em con- A le g re 1 ° de agôsto de 1961.
Eormidade com a Resolução nP 858, de 19.12.1960. "A N O L A N D E L IA N O ”
resolve tornar ínsubsistenté a punição que foi
imposta pelo Senhor D iretor G eral ao A u x ilia r Cario? Santos
de Portaria Rem o Felberm ayer, por infração do I P Secretário
disposto nos itens III, IV e X I, do art. 201 da Carios Arm ando Vitf* 5 Corrêa
L e i n.° 1.751, de 22.2.52.
Registre-se e publique-se. TESTEM UNHAS:
Assem bléia Legiáiativa do Estado, em Pôrto I.uoy P.ransJâo
A legre, 25 de julho de 1861. 2 erezinha O. Pithan
A n o Landeliano.

Hélio Carlooiagno — rreensem o


Carlos Santos — 1.° Secretária R E S O LU Ç Ã O N P 891. Í>E 3 DE AG Ô S TO P E 1961
fUcides Costa — 2.° Secretário
Concede 15 dias de íicenca. para
tratamento de saúde, ao Senhor De*
putado José Zachia.
A M e s A a A A s s e M d m b lA m e é ls m A i lL A aa
gesiAatv no uso de suas atribuições legais, resol­ M ART AN O H F ^K , 1 n Vice Hresidente no e-
v e conceder ao A u x ilia r de P ortaria Pedro Gu- xerelciò da Presidência ón Assembléia Legislativa
lias, cinco dias (5) de licença em prorrogação, do Estado rio Rio Gránde do Sn!
para tratamento de saúçle, a contar de 25 de julho • Faco saber, e m . observância ao disnoslo no art.
do corrente exercício, de conform idade com o lau­ 43 da Constituição do Estado, que a Assembléia
do n P 22878, da D iretoria de B iom eíria Médica Lesislatip a aprovou t eu orom ulgc a seguinte Re­
Registre-se e publique-se. solução;
Assem bléia Legislativa do Estado, em I P de Arjitfçy n n í c o _Qão concedidos, nos têrmos do
agôsto d.e 1961. art. 253, inciso TV, do Re^im^nto Interno, 15 dias
“ A N O L A N D E L IA N O ” de licença nara tratamento de saúde, em prorro­
M A E IA N O E E C K gação ao Denutado Jopp Zachia
I P Vice-Presiden te no exercício da As'em W ^ia T,e " 1=1ativa do Espado, em Pôrto
Presidência A leg re H d^ a^ô^to dc 1961.
s Carlos Santos oA E t m A E a , n g urnrnç õ
I P Secretário js f B E rR
Alfiides Costa i.o V ice-Presiden te no exercicio úa
2P Secretário Presidência
Asais 21 de Setembro de 1961 Pág. 127

A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado,


Co-missão âe Kedação, Revisã,» Legislativa e Leis
no uso de suas atribuições legais, de conformidade
Compíementares
com o laudo n.° 019226, da Diretoria de Biometria
Médica, resolve conceder à Sra. N oem i Freitas
A T A N.° 9
Trindade, funcionária da Secretaria da Agricultura,
posta à disposição desta Casa, uma licença de quin­
ze (15) dias para tratamento de saúde, a contar À s 9 horas do dia 18 ae maio de 1361, na sala
de 27 do mês em curso. Ruy Barbosa,, reuniu-se a Comissão de Redação, Re­
Ragistre-se e publique-se. visão Legislativa e Leis Compíementares, estando
Assembléia Legislativa do Estado, em Pôrto presentes os senhores Deputados: Adalm iro Moura,
Alegre, 31 de julho de 1961, Moab Caldas, Henrique Henkin, Daniel Ribeiro, Z ai­
re Nunes e Delmar Brochado da Rocha Barbosa, As­
Ano Landeliano sistente Técnico.

M ariano B eck — í.o Vice-Presidente no O Sr. Daniel Ribeiro assume a Presidência, de­
exercício da Presidência clara abertos os trabalhos da presente reunião e de­
termina a leitura da ata da sessão anterior que, pos-
Carlos Santos — 1° Secretário ;a a votos, fo i aprovada.

M ário V ieira Marques — 4.° Secretário A seguir, foi examinada a pauta dos trabalhos üt.
Plenário para á tarde de hoje.

A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado, Após, foram aprovadas e assinadas as Redações
no uso de suas atribuições legais, designa o Bel. Finais dos Projetos de Decretos Legislativos n s .; ..
João de Souza R ibeiro para exercer a função gra­ 2-61 e 3-61.
tificada de Assistente Técnico, padrão 5 G-6. a
parür de 17 de maio do corrente ano. Não íiavendo mais matéria a sei examinada o sr.
Registre-se e publique-se. Presidente encerrou os trabalhos, determinando fosse
lavrada a presente ata que, lida e achada conf"rr-~
Assembléia Legislativa do Estado, em' Pôrto vai assinada por S, Exa, e por mim Secretária
Alegre, 1° de agôsto de 1901.
Sala R uy Barbosa, em 18 de maio de 1961
Ano Landeliano.
(a ) Deputado Daniel Ribeiro Presidente e Di-
M ariano B eck — 1.° Vice-Presidente no
va Perez — Secretária
exercício da Presidência.

Carlos Santos — 1.° Secretário


A lcid es Cosia — 2.° Secretária
Comissão Cs Transportes rom unicações e Obras
Públicas
A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado,
no uso de suas atribuições legais, designa o Se­
A T A DA 6a SESSÃO
cretário de Comissão, Assistente Legislativo, pa­
drão 6-6, O ly Agne, para secretariar a Comissão
Parlamentar de Inquérito que investigará as con­ Presidência do Sr. Artur Bachini Presidente.
dições em que estão sendo exploradas as terras
do Leprosário , Itapuan, A « PtfO hr,rR* rfp dia 16 dp rr<sfc de 19«l reuriu-ss
Registre-se e publique-se. a Comissão dp Transnor*ps Comunicações <= Obras
Assembléia Legislativa do Estado, cm Pôrto Públicas na Sal*1 “ Visconde dn A/raiiá*’ do d**
Alegre, 2 de agôsto de 1961. Assembléia Lpí?is'ati.va do FPtfpdn pr^ A pn-n
rom a nresenca dos sr= nenut.adoc Artur Bachini To-
Anc Landeliano. sis Go^zalez Arlindo Kunzler, Adão Fett e Antonino
Fornari
Slariano B eck — 1.° Vice-Presidente n*
exercício da Presidência. Declarada aberta a cpssão. é irocedidft a le?tur 'i
da ata anterior, que lida p achada conforme é assi-
Carlos Santos 1.° Secretário nada,
Alcid es Costa 2.° Secretário
A serair passnu-se ao exame da m atéria da or'
dem do dia de hoje.
A Mesa da Assem bléia Legislativa do Estado,
Nada mpis havpndn a tratar declara o sr PresK
no uso de suas atribuições legais, resolve conceder
dente encerrado os trabalho» da nresente sessão con­
ao servidor contratado, Pedro Gulias, uma licença
vocando antes, outra para amranhã, à hora regim en­
de seis ( 6) dias, para tratamento de saúde, con­
forme laudo n.° 019206. da D iretoria de B iom e­ tal,
tria Médica, a contar de 20 do mês em curso.
F. nara ponstar en O lv Me sa Secretário, lavrei a
Registre-se e publique-se.
nresente Ata, oue lida e achada conforme, é ass>
Assembléia L egislativa do .Estado, em Pôrto
Alegre, 28 de .iulb.o de 1961. pada pelo Sr. Presidente e por mim.
Ano Landeliano
Sala “ Visconde de M auá” , 16 de maio de 1981.
H élio Carlomagno. — Presidente
Car5os Santos — 1.° Secretário :s ) Artur B achini — Presidente e O ly Acne -
M ário V ie ira M araaes — 4.° Secretário •Secretário.
Pág. 123 21 de Setembro de 1961 Anais

Comissão de Finanças e Orçamenf<* .^rojeto de L e i n.° 19-61.


N ão havendo mais m atéria a ser debatida, o
ATA D E C L A R A T Ó R IA N.° 8 Sr. Presidente encerrou os trabalhos, determinan­
do fôsse lavrada a presente ata que, lida e acha­
As nove e vinte e cinco (9,25) noras do dia de­ da conforme, vai assinada por S. Exa. e por mim
zoito (18) do mês de maio do ano de m il uovecen Secretária.
tos e sessenta e um (1S61), na saia Joaquim Murti- Sala Rui Barbosa, em 16 de m aio de 1961.
nho — edifício da Assembléia Legislativa do Esta­ Dep. Daniel Ribeiro
do, o Deputado senhor Sereno Chaise, Presidente, Presidente
D iva Perez
presentes os Deputados senhores M ílton Dutra, Eu­
Secretária
clydes K liem ann e A ffon so Anschau, declara q u e ,
p or falta de número legal, não se realizít a sessão
ordinária, m arcada para hoje, às nove (9 ) horas.
Comissão de Redação, Revisão Legislativa
N ão comparecem os Deputados senhores Adau­
<: Leis Compíementares
r y Filippi, P o ty Medeiros, Paulo Brossard, Leocá-
dio Antunes e M ário M ondino. A T A N.o Ü
É m arcada nova reunião para a próxima têrça- A s 9 horas do dia 17 de m aio de 1961, na Sala
feira, dia vinte e três (23), às nove (9 ) horas. Rui Barbosa, reuniu-se a Comissão de Redação,
Eu, M aria Eleonora L. dos Reis, secretário da Co­ Revisão L egislativa e Leis Compíementares, estan­
missão de Finanças e Orçamento, la v rei a presente do presentes os senhores deputados: D an iel R ibei­
ata declaratória que, lida, v a i assinada pelo sr ro, Z aire Nunes, A d alm iro Moura, H enrique Hen-
6id ente­ kin, M oab Caldas e D elm ar Brochado da Rocha
ia ) Dep. Sereno Chaise — Presidente. Barbosa, Assistente Técnico.
O Sr. D aniel R ib eiro assume a R esid ên cia , de-
clara abertos os trabalhos da presente reunião e
Comissão de Eedação, Revisão Legislativa determ ina a leitura da ata da sessão «n te rio r que,
Leis Compíementares posta a votos, toi aprovada.
A seguir. £oi exam inada a pauta dos trabalhos
ATA N .° 6 de P len ário para a tarde de hoje.
N ão havendo outra m atéria a ser debatida, o
A s 9 horas do dia 10 de m aio de 1961, na Sala
Sr. Presidente encerrou os trabalhos, determinando
Rui Barbosa, presentes os senhores deputados: D a­
a lavratura da presente ata que, lid a e achada
niel Ribeiro, Z aire Nunes, A d alm iro Moura, Moab
conforme, vai assinada por 6 , Exa e por m im Se'
Caldas e D elm ar Brochado da Rocha Barbosa, A s ­
cretaria.
sistente Técnico, reuniu-se a Comissão de Redação,
íàala R ui Barbosa, em 17 de m aio de 1961,
Revisão L egislativa e Leis Com píementares. Não
Dep. Daniel Ribeiro
compareceu o senhor deputado H enrique Henkin.
Presidente
O Sr. D aniel R ib eiro assume a Presidência, de­
Diva Perez
clara abertos os trabalhos da presente sessão s
Secretária
determ ina a leitura da ata da reunião anterior que,
posta a votos, fo i aprovada.
A seguir, fo i debatida a pauta dos trabalhos
P R O J E T O DE L E I N.° 218-60,
d e P len ário para a tarde de hoje.
ÜE U DE J U L H O DE 1961
Não havendo mais m atéria a ser examinada, o
Sr. Presidente encerrou os trabalhos, determ inan­
A lte ra vencimentos dos servido­
do a lavratura dá presente ata que, lida e achada
res aa Justiça M ilita r do Estado e dá
conform e, vai assinada por S. Exa. e por mim
outras providência*.
Secretária.
M t. 1 “ — Sao íixaaos da seguinte lorm a os ven­
Sala R ui Barbosa, em 10 de maio de 1961
cimentos mensais dos serviaorges da justiça Militar
Dep. Daniel Ribeiro
do Estaao:
Presidente
Cr$
Diva Perez
D D iretor G eral da Côrte de A p elação 45.000,00
Secretária
)) Escrivão da l.a Aud itoria ............. 36.000,00
:) Escrivão da 2.a A uditoria .............. 27.00ü,0C
Comissão de Redação, Revisão Legislativa 1) O ficiai Ju aician o da c o r te de A -
e Leis Compíementares peiaçao e ATDED CL t o t ic v e iu e da l.a
A u d i lon a _ . . „ ....... .— ........... 25.500,0(
A T A N .° 7 A r t . 2," — As uespesas. acconentes, desrp le i cor­
À s 9 horas do dia 16 de maio de 1961, na sai„ rerão a conta aa= aotaçóe*. orçam entárias próprias ác
R u i Barbosa, presentes os senhores deputados: A - orçam ento em vigor:
d alm iro Moura, Daniel Ribeiro, Moab Caldas, H en­ A r i. 3.- — R evogam -se as disposições em con-
riq u e Henkin, Zaire Nunes e D elm ar Brochado da t r á r io .
R ocha Barbosa, Assistente Técnico, reuniu-se a C o­ Esta lei entrará em vigor na data de sua publi­
missão de Redação, Revisão Legislativa e L eis Com- cação, retroagindo seus efeitos a l . u de janeiro de
plementares. 1961.
O Sr. D aniel R ib eiro assume a Presidência, Assem bléia Legisla tiva do Estado, e m 11 de ju*
declara abertos os trabalhos da presente reunião iho de 1961. >
e determ ina a leitura da ata da sessão anterior “ A N U L A N D E L IA N O ” ,
que, posta a votos, fo i aprovada.
A seguir, fo i examinada a pauta dos trabalhos H E L IO C A R L O M A U )
ü e P len ário para a tarde de hoje. Presidente
Após, foram aprovadas e assinadas as seguin­ Alcides Costa
t e Redações Finais: 2.° Secretário
! P ro je to s de D ecreto Legisla tivo n.°s: 116-60 e Mário Vieira Marques
Í7-60; _e/ 4.“ Secretário

Digitally signed by RIO GRANDE DO SUL


ASSEMBLEIA LEGISLATIVA:88243688000181
Date: 2014.09.19 14:31:26 -03:00
Reason: PUBLICAÇÃO MEMORIAL AL RS
Location: Porto Alegre - RS - BR

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