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Educação Moral e Religiosa Católica 1.

o Ciclo do Ensino Básico

O Tesouro 2.º ano

MANUAL DO ALUNO

Apoio na Internet www.emrcdigital.com


O TESOURO
MANUAL DO ALUNO — EMRC — 2.° ANO DO ENSINO BÁSICO

SUPERVISÃO E APROVAÇÃO
COMISSÃO EPISCOPAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
D. Tomaz Pedro Barbosa Silva Nunes (Presidente)
D. António Francisco dos Santos
D. Anacleto Cordeiro Gonçalves Oliveira
D. António Baltasar Marcelino
Mons. Augusto Manuel Arruda Cabral (Secretário)
COORDENAÇÃO E REVISÃO GERAL
Jorge Augusto Paulo Pereira
EQUIPA DE REDAÇÃO
Ana Maria Landeiro (Coordenação de ciclo)
Dimas Oliveira Pedrinho
Maria do Sameiro de Oliveira Morais da Cruz
Ricardo Luís Martins Pereira Homem
REVISÃO GRÁFICA
Maria Helena Calado Pereira
GESTÃO EXECUTIVA DO PROJETO E DIREÇÃO DE ARTE
ID Books
Ricardo Santos
PAGINAÇÃO
Ilda Ribeiro
ILUSTRAÇÃO
Maria João Palma
CAPA
Maria João Palma
TIRAGEM
1.ª Edição
ISBN
978-972-8690-39-7
DEPÓSITO LEGAL

EDIÇÃO E PROPRIEDADE
Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã – Lisboa, 2009
Quinta do Cabeço, Porta D; 1885-076 Moscavide
Tel.: 218 851 285; Fax: 218 851 355; E-mail: educacao-crista@sapo.pt
Todos os direitos reservados à FSNEC
IMPRESSÃO
Gráfica Almondina
APRESENTAÇÃO
O TESOURO

Aos alunos e às alunas de Educação Moral e Religiosa Católica


Um livro é o resultado de muito trabalho de quem o produziu:
um ou mais autores. Por isso, deve ser acolhido com respeito e
tratado com cuidado. Qualquer que seja o seu estilo, contém uma
mensagem, interpela o leitor e desperta a sua imaginação.
Um livro escolar é um instrumento para a aprendizagem dos
alunos. É sempre educativo. Transmite informações ligadas aos
conteúdos dos programas de ensino, contém interrogações e
propostas de trabalho e convida ao estudo. É para se usar na aula e
fora dela. É um companheiro de viagem para o percurso anual de
cada um na escola. Só assim, tornando-se um objeto familiar, que se
utiliza com frequência, o livro escolar facilita o progresso na aquisição
e desenvolvimento de competências.
Os manuais de Educação Moral e Religiosa Católica, quer se
revistam da forma de um volume por ano de escolaridade, quer
se apresentem como conjuntos de fascículos, têm todas estas
caraterísticas.
Convido os alunos e as alunas a receberem-nos com interesse
e entusiasmo, mas, sobretudo, a utilizarem-nos para proveito do
seu crescimento humano e espiritual. Deste modo, e com a ajuda
indispensável dos vossos professores ou professoras de Educação
Moral e Religiosa Católica, podeis melhor fazer as vossas opções e
elaborar um projeto de vida sólido e com sentido.
Que Deus vos ilumine e ajude na caminhada do ano escolar
que ides iniciar.
Bom trabalho!

D. Tomaz Pedro Barbosa Silva Nunes


Bispo Auxiliar de Lisboa
Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã
ce
Índi
4

Unidade Letiva 1 – Ter autodomínio

Continuo a crescer. 12

Cada vez consigo mais... 14

Sei viver com os outros. 16

Sou caprichoso(a)? 18

E em casa? 20

Um príncipe caprichoso. 22

Ser bondoso compensa. 24

Sou teimoso? 25

As teimosias dão mau resultado. 27

Paulo encontra Jesus. 29

Paulo, o mensageiro de Jesus. 30

Paulo escreveu... 32

A mensagem de Paulo... em jogral. 33

Se Paulo hoje... 34

Penso antes de agir? 35

Aprendo a controlar-me. 37
Ín d

ice
5

Unidade Letiva 2 – A mãe de Jesus

Vem aí um bebé. 40

Uma mãe igual a todas as mães do mundo. 42

Pedacinhos da vida de Maria. 44

Momentos de ouro... 47

...Doces recordações! 50

Um convite muito especial. 51

Um convite de Deus para mim, hoje! 53

Dizer «sim» a Deus. 55

Outras marcas de solidariedade. 57

Tenho tanto por onde escolher! 59

Como Maria, faço a vontade de Deus. 61

Vou pedir ajuda a Maria. 62

A cantar também se reza. 63

Um cântigo para os pequeninos. 64

Vou ler devagarinho... com o coração. 66


ce
Índi
6

Unidade Letiva 3 — Ser amigo

Ser amigo… 68

Quem são os teus amigos? 71

Ser amável e pacífico. 73

Saber escutar. 74

Os amigos são solidários. 75

Amigos especiais. 77

A quem dou a minha amizade? 79

Ter amigos diferentes. 81

Jesus: um amigo muito especial. 82

Zaqueu: um homem com poucos amigos. 83

A mensagem de Jesus. 85

Resumir a palavra de Jesus. 86

Ser amigo de todos como Jesus. 87

Rezar pelos amigos. 89

Vamos cantar com os amigos. 90


Ín d

ice
7

Unidade Letiva 4 — Viver a Páscoa

Todos os anos a Páscoa chega… com a primavera… 92

A primeira Páscoa. 94

A nossa Páscoa começa assim… 96

A Cruz de Jesus é gloriosa! 98

É Páscoa! Aleluia! 99

Celebrar a Páscoa, sempre! 102

Tradições da Páscoa. 104

A Páscoa pode ser todos os dias… 107

Vidas cheias de luz… 109

Também quero ser um pedacinho de luz! 111

Sou feliz! Jesus está sempre comigo! 113

Riquezas do meu tesouro. 115


ce
Índi
8

Unidade Letiva 5 — Deus é amor

Deus gosta de te ver feliz. 118

As ofertas de Deus. 120

Jesus — um presente de Deus. 122

Deus ama todas as pessoas. 123

Deus aceita-nos como filhos. 125

Deus dá-nos a paz. 127

Deus quer o nosso bem… 129

Há muitos anos: o amor de Deus… 130

Deus alimenta o seu povo. 132

Os nossos alimentos. 134

Deus é amor. 136

Amar a Deus é falar com ele. 138

Amar a Deus nem sempre é fácil. 140

Amar a Deus é amar os outros. 142

Vamos cantar o amor de Deus! 144

Bibliografia 145
se
pre n

tação
9

Olá, amiguinho(a)!

«Ano novo, vida nova…»


No princípio de um novo ano, a Escola volta a ocupar o centro de todas as
tuas atenções: os espaços arrumadinhos cheiram a lavado, os amigos que já não
vias há algum tempo estão mais crescidos e têm muitas novidades para partilhar
contigo… Os professores acolhem os alunos com um brilho novo no olhar e até os
materiais escolares — guardados nas mochilas novinhas em folha — te convidam
a agarrar o estudo com entusiasmo e alegria.
Tens nas tuas mãos o novo manual de EMRC. TESOURO foi o nome que escolhemos
para ele. Queres saber porquê?
• Porque sabemos que te encantam os desafios que põem à prova a tua
criatividade e imaginação…
• Porque não esquecemos como são importantes para ti os amigos que te vão
acompanhar nesta aventura de ser mais…
• Porque está cheio de segredos que te ajudam a amar a vida e a ser feliz com
os outros…

Cada Unidade Letiva (UL) é como se


fosse uma peça de ouro valiosíssima,
cravejada de tantas pedras preciosas
quantas as passagens bíblicas que ela
contém. Em cada atividade, vê uma
espécie de ferramenta que te permite
ter acesso a esse magnífico tesouro
que o Grande Amigo te destinou.
Finalmente, para que nada te escape,
faz do teu coração um baú resistente
e grande, capaz de guardar tudo
quanto fores recolhendo ao longo de
cada expedição, ou seja, em cada
aula em que participares com todas as
capacidades que em ti reconhecemos
e valorizamos.
Estamos certos de que vais adorar
esta aventura!
Vamos começar?
n ta ç ã
Ap s e

o
re

10

Tens, nas tuas mãos, o manual de EMRC.


Ao conjunto de páginas que abordam o mesmo tema, foi dado o nome de
unidade.
Cada unidade começa com uma ilustração e uma pequena frase alusiva que
te fornecerão pistas para a compreensão do tema.

Vais encontrar algumas histórias feitas de propósito para ti, pela escritora Alice
Vieira.

O teu manual também contém pequenos textos extraídos da Bíblia Sagrada,


relacionados com os temas que vais aprender nas tuas aulas de EMRC…
Alguns desses textos são histórias contadas por Jesus aos seus amigos, para os
ajudar a amar a vida e a serem muito felizes.

No fim de cada página, encontras uma frase-chave com a ideia principal do


assunto tratado.

A indicação «Procura atividades no caderno do aluno…» é a «senha» que te dá


acesso à ficha de trabalho do teu Caderno.

Com propostas como estas, aprender é muito divertido… e crescer, uma aven-
tura aliciante!
Unidade 1
Ter autodomínio

Vou aprender a mandar em mim.


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12
Un

Continuo a crescer.
Estás a começar um novo ano escolar.

As férias já passaram e é bom encontrar de novo os amigos.

Mas será que tudo está igual?

Observa as imagens.

Tu cresceste
muito neste
verão!
Vejam! Já
quase chego
à trave!

Ao regressar de férias, os meninos perceberam


que tinham crescido.
Uni

da
13

de 1
Eu também cresci.
Nestas férias,
A bicicleta a minha bicicleta
parece que parecia mais
encolheu, pequena.
avó!

A bicicleta
é a mesma.
Tu é que
cresceste.

Dialoga agora com os teus colegas Compara a altura dos teus colegas
e com o teu professor. de turma.

• O que observaste nestas imagens? • Quem era o mais alto da turma no ano
letivo anterior? E quem é o mais alto,
• Recordas-te de alguma coisa que deixou
agora que terminaram as férias?
de te servir este verão?
O que foi?

O teu corpo está a crescer.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 1).
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14
Un

Cada vez consigo mais...

Não é só o teu corpo que cresce, pois, à medida que cresces por fora,
muitas capacidades se desenvolvem dentro de ti.

Como por exemplo…

Saber ler. Saber escrever.


Uni

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15

de 1
Utilizar o computador. Telefonar a um amigo.

Queres vir
à minha
festa de
anos?

Também consegues apresentar novas Tu também vais


ideias e escutar as dos teus amigos.
para esta equipa.

Crescer não é apenas ficar mais alto.


Crescer significa igualmente...
• aprender coisas novas;
• realizar tarefas mais difíceis;
• aprender a conviver com os amigos.

Também se cresce na inteligência e no coração.


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16
Un

Sei viver com os outros.


Na nossa vida de todos os dias, Observa o que se passou com
temos connosco a nossa família, os o André.
nossos colegas da escola, os nossos
amigos.

Por isso, é muito importante aprender


a conviver com todos, com amizade
e respeito. Isso também é crescer.

O André já aprendeu a escutar com atenção as


ideias dos colegas.

O André já conhece as regras da sala de aula. Por isso, espera pela sua vez
para poder falar.
Uni

da
17

de 1
Observa o que se passou com a
Patrícia.

Se quiseres,
podes utilizar
as minhas canetas.

A Patrícia já aprendeu a partilhar. A Patrícia também já aprendeu a ser amiga, em


vez de fazer troça dos outros.

• O que aprendeste com o André e com a Patrícia?


• Dá exemplos de duas regras da escola que costumas cumprir.
• Qual é a regra que mais te custa cumprir?

Crescer também é cumprir as regras da escola, escutar as ideias dos


outros, partilhar com eles os nossos pertences e consolar quem está
triste.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 2 e 3).
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18
Un

Sou caprichoso(a)?

P���������������������������������������������������������������������������
or vezes, queremos que os nossos desejos se realizem, sem pensar na felici-
dade dos outros. Precisamos de crescer ainda mais na amizade e no respeito
pelas outras pessoas.

Quando somos egoístas, só desejamos fazer o que nos apetece: somos


caprichosos.

Repara no que se passou com a Filipa, no


dia em que foi com os colegas visitar a
Quinta Velha.

Quero ser
a primeira
a entrar!

A Filipa quis ser a primeira a entrar para escolher o melhor lugar.


Uni

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de 1
A Filipa achava que os seus desejos eram mais importantes que os dos seus colegas.
Por isso, queria que tudo se fizesse de acordo com a sua vontade.
Mas nem tudo correu bem… No final, sentiu-se só.

Vamos todos ver


o cavalo… é o que
eu mais gosto!

A Filipa queria que os colegas fizessem o que ela


desejava.

Ninguém quer
brincar comigo!

A Filipa sentiu-se só e sem amigos.

Dialoga com o teu professor e com • Porque estaria a Filipa sozinha, enquanto
os teus colegas. os seus colegas brincavam?

Ser caprichoso é pensar apenas nos nossos desejos. Mas isso não é
nada bom, nem para nós próprios nem para as outras pessoas.
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20
Un

E em casa?
Acontece também nas nossas famílias que, muitas vezes, se é caprichoso
e teimoso com os outros.

Observa o que se passou com o


Alberto e o seu irmão. Eu, primeiro!

Eu, primeiro!

Os dois irmãos querem ambos andar na mesma bicicleta em primeiro lugar.


Uni

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de 1
Sê simpático
e empresta a
bicicleta ao
teu irmão.

Finalmente, o Alberto partilhou a bicicleta com o irmão.

• Como deveriam os dois irmãos ter resolvido o problema?

 rganiza-te em grupo e apresenta um pequeno teatro sobre o que se passou


O
com o Alberto e o seu irmão. Mas, atenção, neste caso a mãe apenas observa;
são os dois irmãos que resolvem sozinhos o problema.

Ser caprichoso provoca conflitos e, assim, alguém fica triste.


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22
Un

Um principe caprichoso.

Conheces o filme intitulado «A Bela e o Monstro»?

Vamos recordar algumas cenas.

O príncipe recusa-se a dar abrigo a uma velhinha que lhe oferecia, em


troca, uma simples flor. Como castigo, é transformado em monstro… até
aprender a amar.

Vai-te embora!

O Príncipe era mimado, egoísta e antipático. Foi transformado num monstro, até amar e ser
amado por alguém.
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de 1
Uma linda jovem — a Bela — chega ao castelo e o monstro tem oportuni-
dade de mostrar que é capaz de amar. Se o fizer, voltará a ser um belo
príncipe. No entanto, ele continua a ser antipático e obstinado!

Tu vais jantar comigo! Não posso


E isto não é um pedido! ficar aqui!

O príncipe era caprichoso e estava sempre a arranjar conflitos…


Por esse motivo, a Bela deixava-o sozinho.
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24
Un

Ser bondoso compensa.

O monstro iria aprender que só a O monstro começou a esforçar-se


bondade traz felicidade e que tinha por ser bondoso com a Bela. Apren-
de se dominar para poder viver com deu, então, a amá-la e a respeitá-
os outros? -la.
A Bela compreendeu que, no interior
do monstro, havia bondade e come-
çou a amá-lo.
Quebrou-se, então, o feitiço e o
monstro voltou a ser um príncipe.

Dialoga agora com os teus colegas


e responde.

• Porque recusou o príncipe a flor


da velhinha? Que lhe aconteceu
a seguir?
• Foi fácil para a Bela gostar do
monstro? Porquê?
• Como demonstrou o monstro que
respeitava e amava a Bela?
• O que sucedeu no fim?

A Bela e o príncipe foram felizes juntos.

As pessoas que estão atentas aos outros têm beleza no coração.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 4 e 5).
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de 1
Sou teimoso?
Fica para
Por vezes, apetece-nos tanto fazer Quero um amanhã.
uma determinada coisa que nem chocolate.
fazemos um esforço para ouvir os
outros! Os adultos bem tentam con-
vencer-nos de que não vai ser bom
para nós, mas a nossa teimosia é
mais forte…

Lê esta história e ficarás a saber o


que se passou com o Simão.

Simão e o chocolate
Quando Simão dizia «eu quero», ninguém o conseguia contrariar.
— Tem cá um feitio… — murmuravam as pessoas.
Naquela noite, à hora do jantar, o Simão disse:
— Quero um chocolate.
Mas ele já tinha comido um gelado e dois pacotes de batatas fritas. Por isso o pai disse-
-lhe:
— Fica para amanhã.
— Mas é agora que me apetece e não amanhã — disse o Simão.
— Mas hoje já fizeste disparates que chegassem — disse a mãe, acrescentando:
— Um gelado e dois pacotes de batatas fritas já é suficiente para fazer mal… Nem sei
quem te deixou comer tudo isso numa só tarde…
O Simão fez que não ouviu, pois não lhe apetecia contar que tinha feito uma tal cena
de teimosia em casa do avô («Se não me derem batatas fritas e gelados, não como mais
nada!») que este, só para não o ouvir, lhe dera tudo.
— És teimoso que nem uma mula — costumava dizer o avô, mas só se a avó não esta-
va perto, porque senão esta respondia logo:
— Coitadas das mulas, não as insultes!
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26
Un

Se não
Ai, que fosses
Então o Simão não disse mais nada mas,
enjoo! teimoso…
antes de se deitar, pé ante pé, entrou na
despensa e tirou uma bolacha de choco-
late da lata que a mãe tinha sempre numa
prateleira.
Havia lá coisa melhor no mundo do que
chocolate!...
Mas uma bolacha comia-se num
instante…
E comeu mais outra.
Mas duas bolachas comiam-se num instante…
E lá foi mais outra.
Mas três bolachas comiam-se num instante…
E quatro…
E cinco…
E quando o Simão olhou para a lata, ela estava vazia. Vazia, vazia, aquilo a que se
chama mesmo vazia.
E nessa noite o Simão não dormiu.
Nem a mãe. Nem o pai.
O chocolate devia ter-se misturado com as batatas fritas e o gelado, e andava tudo
numa dança dentro da barriga do Simão, que chorava com dores e vomitava de cinco
em cinco minutos.
— Se não fosse a tua teimosia… — murmurou a mãe que, por não ter dormido, chegou
cansada à escola e se calhar com pouca paciência para os alunos.
— Se não fosse a tua teimosia — murmurou o pai que, por não ter dormido, chegou
atrasado ao escritório e, se calhar, enganou-se nas contas.
— Mas por que é que eu teimei tanto… — murmurou o Simão que nesse dia andou
sempre agoniado e não pôde comer o bolo de anos que o Gaspar levou.
À noite, a mãe olhou bem para o Simão e perguntou:
— Sabes qual é a palavra mais bonita da língua portuguesa?
O Simão sorriu, porque nestas alturas a mãe fazia sempre a mesma pergunta.
E respondeu:
— Sei, mãe. «Desculpe».
A mãe fez-lhe uma festa na cabeça, enquanto o Simão, muito baixinho, e ainda
levemente agoniado, murmurava:
— Mas logo, logo a seguir vem «chocolate», claro.

Alice Vieira (história inédita)

Nem tudo o que nos apetece é bom para nós. Por isso, é importante
escutar os conselhos dos mais velhos.
Uni

da
27

de 1
As teimosias dão
mau resultado.
Como viste, o Simão não seguiu os conselhos dos pais e comeu mesmo
as bolachas de chocolate. Tudo às escondidas!
Mas a sua teimosia deu mau resultado.
Vamos recordar o que aconteceu naquela noite e no dia a seguir.

O Simão ficou doente. Não dormiu nem deixou os pais dormirem.


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28
Un

Não posso comer.


Estou enjoado!

O Simão andou o dia todo mal disposto.

Como pudeste verificar, a teimosia do Simão fez com que ele ficasse doente.

• Já passaste por alguma situação semelhante à do Simão?


• Se sim, conta como foi.
• Que lição tiraste dessa experiência?

Ser teimoso, além de não ser bonito, por vezes traz ainda outras
consequências negativas.

Procura atividades no caderno do aluno


(fichas 6 e 7).
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29

de 1
Paulo encontra Jesus.

Jesus ensina-nos a sermos amigos


uns dos outros e a não sermos teimo-
sos. Era isso que os grandes amigos
de Jesus ensinavam a quem queria
seguir o seu caminho. Um dos maiores
amigos de Jesus chamava-se Paulo Saulo, porque
ou Saulo. me persegues?

Vamos conhecer melhor Paulo.

Prendam-nos.

Ao ouvir a voz de Jesus, Paulo decidiu ser


seu amigo e mensageiro.

Dialoga com os teus colegas:

• Que fazia Paulo aos amigos de


Jesus? Porquê?
No começo, Paulo não conhecia bem Jesus.
Por conseguinte, perseguia e fazia mal aos que • Ao ouvir a voz de Jesus, o que
acreditavam nele. decidiu Paulo?

Paulo decidiu ser amigo de Jesus. Por isso, quis saber tudo o que ele
tinha dito e o que tinha feito.
id a d e1

30
Un

Paulo, o mensageiro
de Jesus.

Paulo passou a ser um grande amigo de Jesus. Estava tão entusiasmado


que começou a percorrer muitas terras, para falar dele em toda a parte.
Muitos dos que o escutavam tornavam-se amigos de Jesus.

Observa agora estas imagens.

Sejam
Jesus disse que
bondosos,
devemos ser amigos…
porque Deus
também
é bom…

Paulo levava a todos a mensagem de Jesus. Paulo escrevia cartas aos amigos
que estavam longe.
Uni

da
31

de 1
…façam o
bem uns aos
outros…

Paulo queria que os amigos de Jesus deixassem de praticar o mal e fizessem o bem.

Dialoga com os teus colegas e com o teu professor sobre estas imagens.

• O que fazia Paulo?


• Que dizia ele aos amigos que estavam longe?

Paulo ensinava que os amigos de Jesus não deviam ser caprichosos,


mas sim bondosos uns com os outros, tal como Jesus tinha sido.
id a d e1

32
Un

Paulo escreveu...
Paulo soube que alguns amigos viviam numa cidade onde nada era proibido
e que, por vezes, se metiam em confusões.

Então escreveu-lhes cartas onde dizia o seguinte:

Podem fazer muitas


coisas, mas nem todas Não se irritem, não ofendam
são boas para vocês. nem gritem uns com os outros;
Não pensem no vosso não falem mal uns dos outros.
próprio bem, mas no bem Sejam delicados e perdoem as
dos outros. maldades como Deus também
1Cor 10,23s
nos perdoa.
Sigam o exemplo de Deus e de
Jesus que nos ama.
Ef 4,31-5,2a

Dialoga com os teus colegas. Faz um pequeno teatro:


• Que conselhos deu Paulo aos
amigos, nestas cartas? Paulo escreve as cartas;
Um mensageiro leva-as aos amigos,
que estão reunidos em dois grupos. Um
elemento de cada grupo lê a carta que
chegou.

Os amigos de Jesus devem esforçar-se por ser bondosos uns para os


outros, porque Deus também é bom para todos.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 8 e 9).
Uni

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33

de 1
A mensagem de Paulo...
em jogral.
Vamos recordar e declamar
E falou aos
o que aprendemos com Paulo.
seus amigos.
• Segue as indicações do teu
professor para a leitura
das frases escritas em baixo.
• Sê criativo.

Leitor 1 – Paulo escutou Jesus.


Leitor 2 – E aprendeu a ser amigo.
Leitor 3 – E falou aos seus amigos.
Leitor 4 – Falou allllllto!
Leitor 5 – Falou baixiiiinho!
Todos – Falou de todas as formas.
Leitor 6 – Escreveu cartas,
Leitor 7 – Graaaannnndes cartas,
Leitor 8 – Pequenas cartas, Leitor 5 – Perdoem as maldades,
Leitor 9 – Pequeninas! Leitor 6 – P
 orque Jesus também perdoa.
Todos – Todo o tipo de cartas! Todos – Porque Jesus também perdoa.
Leitor 1 – E assim dizia: Leitor 7 – Sejam bondosos,
Leitor 2 – Não se irritem, Leitor 8 – Porque Jesus também é bom.
Leitor 3 – Não sejam egoístas, Leitor 9 – Porque Jesus também é bom.
Leitor 4 – N
 ão falem mal dos outros, Todos – Porque Jesus também é bom.

Iremos sempre recordar o que Paulo ensinou aos seus amigos e a nós
também.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 10).
id a d e1

34
Un

Se Paulo hoje...

Se Paulo vivesse hoje, que nos diria?

Dialoga com os teus colegas.

• Que diria Paulo a estes meninos? Ninguém


está
Que raiva! a ver.

Querem um
pouco do meu
chocolate?
Podes utilizar as
minhas canetas.
Obrigado.

Nós continuamos a aprender com Jesus e Paulo também deixou de fazer o mal, tor-
com os seus grandes amigos a evitar o mal nando-se um dos maiores amigos de Jesus.
e a fazer o bem. Por isso lhe chamamos S. Paulo.

Com Jesus aprendemos a gostar de fazer o bem… mesmo que nos custe.
Uni

da
35

de 1
Penso antes de agir?
Como dizia S. Paulo, nem tudo o que fazemos é bom para nós ou para os
outros. Mas porque será que muitas vezes fazemos o que não está certo?

Repara no que se passou com o


Alberto.

O Alberto recebeu uma nova PlayStation.


Ficou tão entusiasmado que convidou
um amigo para festejar esse grande
acontecimento! Mas…

Eu consigo
fazer isto
sozinho!

O Alberto estava muito entusiasmado. Sem pedir ajuda, montou


tudo sozinho!
id a d e1

36
Un

O amigo que o Alberto convidara foi-se


embora, sem ter experimentado a nova Isto é mesmo
PlayStation do companheiro. divertido!

Dialoga agora sobre o que


se passou com o Alberto e o
amigo.

O Alberto fez tudo sem pensar no


amigo e acabou por ficar sozinho.
Da próxima vez, irá pensar melhor
e acabará por se divertir mais.

• Porque se foi embora o amigo do


Alberto?
• Que terá sentido o Alberto ao verificar
que o amigo se tinha ido embora?
• Achas que o Alberto pensou antes de
agir? Que farias no lugar dele?

Só o Alberto é que jogava!

Para fazer o que está certo é necessário pensar antes de agir.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 11 e 12).
Uni

da
37

de 1
Aprendo a controlar-me.
Nem sempre é fácil refletir sobre Será que temos coragem de parar
o que mais nos convém. Levados um pouco?
pelos amigos, fazemos um pouco
de tudo. Por vezes, é preciso dizer Observa o que se passou com o
«STOP!» André.

Boa ideia!
Vamos brincar
para aquela obra?

Todos ficaram com vontade de viver uma aventura no edifício que


estava em construção.
id a d e1

38
Un

Pode ser
perigoso!

Voltem!

O André pensou melhor e decidiu não ir com os colegas,


embora lhe apetecesse muito acompanhá-los.

Dialoga sobre o que se passou com • Quem agiu corretamente:


o André e os seus companheiros. o André ou os seus companheiros?
Porquê?
O André tinha vontade de viver uma • Terá sido fácil para o André não seguir os
nova aventura com os seus compa- colegas? Porquê?
nheiros. Mas controlou-se e soube
parar no momento certo. Foi muito
valente!

Por vezes é preciso controlar os próprios desejos, mesmo contra a opinião


dos nossos amigos.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 13 e 14).
Unidade 2
A mãe de Jesus
Dorme, dorme, meu bebé;
sonha, ó meu pequeno amor,
com os anjos que te guardam
e te cantam em louvor!

Maria – uma mãe muito especial!


e2
id a d

40
Un

Vem ai um bebé!
Estou grávida!
O tempo de espera �������������
até ao nasci�
Vamos ter um mento de uma criança é sempre
bebé… vivido com muita ansiedade, prin�
cipalmente por parte dos pais.
Cada dia que passa, aumenta a
curiosidade sobre o pequenino
ser e também a vontade de o ter
nos braços.

Parabéns,
mamã!

Senti, mamã! Até


parece que está a
E agora? Sentiste jogar futebol.
o pezinho do mano,
Ana?

Na «aventura» de gerar a VIDA, a


mãe desempenha um papel muito
importante. É no seu útero que se
desenvolve e alimenta o bebé que
vai nascer.

Observa a ilustração e dialoga


sobre ela com os teus amigos.

• Já alguma vez tocaste na barriga de


uma senhora grávida? Quem era ela?
O que sentiste?
Uni

da
41

de 2
Nesta fase, a relação entre a mãe e o seu bebé é de tal maneira intensa
que:
• ambos sentem quando estão mais agitados ou calmos;
• o bebé sente se a mãe está alegre ou triste, se está contente com a
gravidez ou se tem problemas.

 anta, com alegria.


C

A mamã é minha amiga


E eu gosto muito dela;
Ela dá-me tanto amor
Que eu não posso estar sem ela.
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Que eu não posso estar sem ela.

Ela dá-me comidinha


E também dá brinquedinhos;
Mas, do que eu gosto mais
É dos seus doces beijinhos.
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
É dos seus doces beijinhos!

(Letra adaptada à canção


«A barata diz que tem…»)

O nosso primeiro berço é o útero da nossa mãe.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 15).
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42
Un

Uma mãe igual a todas


as mães do mundo.
Jesus nasceu em Belém da Judeia. As pessoas ficaram felizes com esta boa
notícia porque esperavam, há muito tempo, a chegada do Salvador.
Quem ficou mais maravilhada com este acontecimento foi Maria, a sua
mãe, que o sentiu crescer dentro de si… como todas as mães do mundo!

Parece-se muito
Que lindo que é contigo, Maria.
o nosso menino!
Uni

da
43

de 2
Como qualquer mãe que ama o seu
filho, Maria cuidava do menino Jesus
com toda a ternura e dedicação:
• Dava-lhe muitos miminhos;
• Embalava-o nos seus braços, quan�
do ele ficava rabugento;
• Lavava-o e dava-lhe de comer;
• Tratava-o, quando estava doente;
• Abraçava-o, quando Jesus tinha
medo do escuro ou se sentia so-
zinho;
• Estava sempre por perto, para aju�
dar Jesus nas suas maiores dificul�
dades.

Pensa e completa as seguintes frases:

• O que eu mais admiro na (minha) mãe é…


• O momento mais bonito que eu vivi a seu lado foi quando…

Maria era uma verdadeira mãe; fazia tudo com muito amor!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 16).
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44
Un

Pedacinhos da vida
de Maria.
Quase todas as pessoas têm um álbum de fotografias. Tu também deves
ter, no teu álbum, fotografias que te ajudam a reviver momentos felizes e a
matar saudades das pessoas que mais amas.

Quem é este
senhor de barbas É o meu avô que
brancas? vive em Braga.

No tempo de Maria, não havia fotografias, nem, tão pouco, álbuns para
mais tarde recordar. Mas, ao longo dos tempos, houve sempre muitos artistas
que quiseram mostrar ao mundo inteiro como imaginavam a mãe de Jesus
e tudo aquilo que se dizia e escrevia a seu respeito.
Uni

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Vais conhecer algumas dessas obras de arte.

Aqui estão representados os pais de Maria, Joaquim e Ana.

Pormenor do Nascimento da Virgem (1504-1508), por Vittore Carpaccio


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46
Un

Descobre, agora, o que a imagem Nesses tempos, as mães tinham mais


seguinte representa.
disponibilidade para estar com os
seus filhos, porque se ocupavam uni�
Continua, filha, estás a
camente das tarefas domésticas.
ler muito bem!
Hoje, não é assim. As mães acumu�
lam esses trabalhos com o exercício
de uma profissão, fora de casa, e
têm menos tempo.

Que tal te correu


o dia, Margarida?

Pensa e responde.
Foi bom, mãe!
– Que idade terá a menina que vês
na imagem?
– Que faz ela, à medida que • O que achas do tempo que passas com
percorre a página com o dedo a tua mãe?
indicador? • Na tua opinião, o que podes fazer para
– Quem te ajuda, na tua casa, a que a tua mãe tenha mais tempo para ti
realizar essa tarefa? E na escola? e para a tua família em casa?

Maria também foi criança, como tu.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 17).
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de 2
Momentos de ouro...
Há momentos que enchem o coração de alegria e que contagiam todos
os que vivem à nossa volta. Nunca mais os apagamos da memória, porque
eles dão cor a toda a nossa vida.
Maria também viveu momentos de ouro na sua vida. Vais conhecer
alguns.

Descreve o que vês na imagem. Imagina como se sentiriam


os noivos nesse momento tão
importante das suas vidas.

Nessa cerimónia, José e Maria comprometeram-se a ser um do outro até ao


fim. E assim aconteceu.
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48
Un

Este foi o acontecimento que transformou a vida de Maria e o futuro da


Humanidade: o nascimento do seu filho, o menino Jesus.

Adoração dos Pastores, por Matthias Stom

O Menino está muito sereno, deita� Imagina o diálogo que teria sido
do nas palhinhas do presépio. Talvez proferido naquela gruta.
esteja prestes a adormecer.
Identifica todas as figuras que
Todos contemplam o menino, mara� aparecem na pintura.
vilhados.
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Canta, baixinho, a canção de Natal «O Menino está dormindo».

O menino está dormindo, O menino está dormindo,


Nas palhinhas despidinho. (bis) Nos braços de São José. (bis)
Os anjos lh’ estão cantando, Os anjos lh’ estão cantando:
Por amor tão pobrezinho. (bis) Gloria tibi Domine. (bis)

O menino está dormindo, O menino está dormindo


Nos braços da virgem pura. (bis) Um sono de amor profundo. (bis)
Os anjos lh’ estão cantando: Os anjos lh’ estão cantando:
Hossana lá na altura. (bis) Viva o Salvador do mundo. (bis)

Origem popular

A hora do sono é mágica para as


Ali, muito pertinho, havia pastores
crianças, sobretudo para as mais que guardavam de noite os seus
pequeninas. No colinho dos pais ou, rebanhos. O anjo…
simplesmente, no aconchego da
cama, as conversas ficam em dia,

há gestos de carinho, cantigas de
embalar e histórias de encantar.
Que lindo,
mãe!

Conta o que costumas fazer, na tua


casa, antes de dormir.

Na gravura, lê com muita atenção


a parte da história que a mãe
estava a contar.

Certamente, reconheceste a
história que a menina estava a
ouvir. Identifica-a e completa-a,
com a ajuda do teu professor.

Os momentos de ouro jamais são esquecidos!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 18).
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50
Un

... Doces recordações!

Os momentos de carinho entre mãe Imagina como se sentiriam mãe e


e filho são excelentes oportunidades filho neste doce momento.
Podes contar a tua experiência, se
para dar e receber AMOR. Maria sa�
quiseres.
bia disso, portanto, também gostava
de dar e de receber miminhos. Presta atenção ao menino que se
encontra ao lado de Maria. Trata-se do
Observa atentamente a imagem filho de Isabel, a prima de Maria.
e repara na ternura dos olhares • Como se chama ele?
trocados e no «calor» do abraço
dado.
João deve ter sido um dos muitos amigos
de infância de Jesus.
Tu também deves ter muitos amigos com
quem partilhas as tuas experiências.
• Quem é o teu melhor amigo? Fala um
pouco sobre ele.

Observa de novo a imagem e


responde:
– O que é que está em cima do
banco?
– Que histórias são narradas nesse
livro?

Maria e José ensinaram a Jesus todas


essas histórias, desde muito pequenino.
Na tua casa também é assim?
• Partilha com os teus amigos a tua
experiência.

Maria guardou todos estes momentos no seu coração.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 19).
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de 2
Um convite muito especial.

Maria, a mãe de Jesus, está perdida nos seus pensamentos… Recorda, com
muita emoção, o dia em que soube que ia ser a mãe do Salvador, do Filho
de Deus.
Queres saber como foi que tudo aconteceu?

O tempo passa tão depressa!


Jesus está tão crescido!
Quem diria que eu haveria de ser Jesus, o teu
mãe de um menino tão especial?! banquinho está
Até parece que estou a viver quase pronto. Vem
um sonho... ver, depressa!
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Un

Deus mandou o anjo Gabriel a Nazaré, na província da Galileia, para falar com
uma jovem chamada Maria, que estava noiva de José. O anjo aproximou-se dela e
disse-lhe:
— Eu te saúdo, ó escolhida de Deus, o Senhor está contigo!
Maria ficou intrigada com aquela saudação, mas o anjo explicou:
— Não tenhas medo, Maria, pois foste abençoada por Deus. Ficarás grávida e
terás um filho, a quem vais pôr o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado
Filho de Deus.
Maria perguntou ao anjo:
— Como é que isso pode ser, se eu ainda nem tenho marido?
O anjo respondeu:
— O Espírito Santo descerá sobre ti e a força de Deus te cobrirá como uma
nuvem. Por isso, o menino que vai nascer se chamará Filho de Deus. A tua prima
Isabel — de avançada idade — também está grávida há seis meses. Dizia-se que
não podia ter filhos, mas para Deus não há nada que seja impossível.
Maria disse então:
— Servirei o Senhor como ele quiser.
Que tudo aconteça como tu dizes.
E o anjo retirou-se.
Lc 1, 26ss (adaptado)

Pensa e responde:

— Onde vivia Maria quando


recebeu a visita do anjo Gabriel?
— Que convite lhe fez o anjo, em
nome de Deus?
— Como reagiu Maria a esse
convite?

A Anunciação, por Pietro Chiesa Dramatiza o texto com os teus


amigos.

Maria disse «sim» a Deus e foi mãe de Jesus!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 20).
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de 2
Um convite de Deus
para mim, hoje!
Deus escolheu Maria para ser a mãe de Jesus e ela aceitou fazer a sua
vontade. O seu «sim» modificou para sempre a sua vida.

Deus também nos escolhe, hoje, para sermos cristãos. Ser cristão é ser outro
Jesus na Terra, ou seja, é ser bom como Jesus era, amar como Jesus amava,
ser solidário para com os homens e as mulheres, seus irmãos e irmãs.
Lembra-te de alguns comportamentos de Jesus:

Era humilde… Jesus tinha um coração bondoso…


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Un

Era muito amigo de todos, especialmente dos mais


pequeninos, dos pobres e dos marginalizados…

Pensa e responde:

– Que resposta dás ao convite de Deus para seres bom para os outros?
– Qual é a situação do teu quotidiano em que te custa mais «ser outro Jesus na
Terra»? Considera o teu dia a dia na escola, em casa, nos tempos livres com os
teus amigos, etc.

Deus dá-me a liberdade de escolher.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 21).
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Dizer «sim» a Deus.

Todos os dias e todas as horas são oportunidades ideais para dizeres «sim»
a Deus. Não precisas de fazer coisas muito grandiosas. Deus aprecia o teu
«sim» nas atitudes simples do dia a dia.
Aqui tens um belo exemplo disso.

A prenda de Rosa
Há muitos dias que a vida de Rosa estava diferente.
Ela não entendia bem porquê.
Lembrava-se apenas de ter ouvido um dia o pai, depois do jantar, dizer que a fábrica
ia fechar.
E o pai tinha ficado com uma cara muito séria, e nessa noite nem lhe leu uma história
antes de adormecer, como ela gostava tanto.
Às vezes a mãe até dizia:
— Já não tens idade para essas coisas!
Mas o pai ria e dizia:
— Temos sempre idade para ouvir histórias!
Mas agora o pai não tinha tempo para nada, saía cedo, chegava tarde, e já não ria.
E a mãe também nunca mais tinha sorrido, com
aquele sorriso que parecia iluminar a casa inteira.
E há muito tempo que não lhe compravam um ge�
lado.
Nem morangos.
Nem cadernos novos.
A mãe só repetia que era preciso não gastar di�
nheiro, porque havia muito pouco lá em casa.
Naquela tarde, na escola, era o dia de anos de
Sofia e houve festa na sala.
Sofia levou um grande bolo de chocolate, e todos
comeram uma fatia.
Sofia levou muitas guloseimas, e todos receberam
uma caixinha pequenina com chocolates.
E todos cantaram os «Parabéns a você» com mui�
ta força.
Quando Rosa chegou a casa, a mãe tinha os olhos
muito vermelhos, de quem tinha chorado muito.
e2
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Un

ue rida... muita — Mãe… — disse Rosa.


aq s
— Que é que foi? — disse a mãe, com aquela voz que ela

fel
at
ta d

ic
agora tinha, de quem estava sempre zangada com o mundo

idades
ns a você... nes

inteiro.
Rosa sentiu um nó na garganta, mas continuou:
... muitos anos de vid — Eu quero…
— Tu não queres nada! — interrompeu a mãe — Já te disse
Parabé

que enquanto o pai não arranjar emprego, não há…


Muito baixinho, Rosa não a deixou acabar a frase:
— Eu quero dar-te uma prenda… Esta caixa de chocolates,
e esta fatia de bolo... São dos anos da Sofia, mas eu não tinha
a!

fome. Se tu quiseres, podes ir ali ao café e vendes. E assim já


arranjas algum dinheiro…
A mãe também sentiu um nó na garganta e, durante al�
gum tempo, ficou a olhar para Rosa, sem dizer nada.
Depois pegou nela ao colo, fez-lhe muitas festas e disse que
nunca ninguém lhe tinha dado uma prenda tão importante.
E que, só por causa disso, a vida ia de certeza melhorar.
Então Rosa olhou para a mãe e descobriu que ela tinha
outra vez aquele sorriso que parecia iluminar a casa inteira.

Alice Vieira (história inédita)

Reconta a história com palavras  om os teus amigos, dramatiza o


C
tuas. episódio que se seguiu à festa de
anos da Sofia.

Pensa e responde: Por que motivo Imagina que uma situação destas
é que a vida mudou tanto na casa acontecia na tua família. Como
da Rosa? reagirias tu?

Quando sou solidário, digo «sim» à vontade de Deus.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 22).
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de 2
Outras marcas de
solidariedade.
A solidariedade é caraterística de quem ama e cumpre a vontade de
Deus. Mas… atenção! A solidariedade pode manifestar-se de muitas
maneiras… Queres ver?

O meu cãozinho Imagino o


Eu entendi e
foi atropelado há que estás a
deu-me certo!
bocadinho! Era tão sentir. É tão
Vem cá que
triste ver um
eu explico-te. meu amigo…
bichinho a
Vais ver que
Não consegui sofrer.
aprendes num
entender nada
instante!
deste exercício
de Matemática…

O Pedro não conseguia fazer o exercício A Luísa entendeu que o motivo do choro
sozinho porque não entendeu a explicação da Raquel era muito sério e partilhou o seu
dada pela professora. O João teve mais sofrimento.
facilidade e prontificou-se logo a ajudá-lo. Desta maneira, foi menos difícil para a
O João foi solidário com o Pedro! Raquel viver aquele momento: a Luísa esta�
va ao seu lado para a ajudar a enfrentá-lo
com mais coragem.
A Luísa foi solidária com a Raquel.
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Un

Não te preocupes com


isso. Eu limpo-o num
Ainda me falta instante e depois vamos
limpar o pó do os dois jogar.
quarto da avó.

O Simão entende que esta tarefa é da respon�


sabilidade de toda a família. Por isso, abdica do
jogo e colabora.
O Simão é solidário.

A solidariedade une as pessoas e proporciona felicidade.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 23).
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de 2
Tenho tanto por onde
escolher!
A solidariedade ajuda-te a dizer «sim» à vontade de Deus. Mas há tantas
atitudes para além dessa!
É mesmo verdade! Surgem tantas oportunidades para dizeres «sim» a Deus!
Só precisas de estar muito atento(a) e de desejar fazê-lo com todo o teu
coração.

Não te esqueças
Foi tão divertida a tua festa, de que ela é a
Rúben! Fartaste-te de receber melhor aluna da
Não digas isso.
prendas, não é verdade? aula de Expressões.
Já pensaste que
Aposto que sei o que a Belita te Ao oferecer-te o
talvez não tenha
ofereceu: um desenho feito por desenho, está a dar o
dinheiro para
ela! Ela faz sempre isso em todas melhor de si mesma.
nos oferecer
as festas de aniversário. Eu já A minha mãe diz que
presentes?
não a convido mais para a minha isso tem muito valor!
festa. Eu concordo com ela.

Certamente, já viveste situações Conta-as aos teus colegas.


muito parecidas com esta.
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Un

Que bom! O nosso grupo Desculpa, mas isso é batota! Vocês


teve Excelente no trabalho não fizeram esforço nenhum para
de Estudo do Meio! Se não merecer essa nota! Nós, que
fosse a irmã do Paulo… Ela é fizemos todo o nosso trabalho no
que fez tudo, enquanto nós domingo à tarde, na casa da Paula,
vimos televisão. só conseguimos obter um Satisfaz
Bastante! Não é justo.

• Como reagirias tu nesta situação, • Achas que é fácil cumprir sempre


sabendo que Deus te pede para fazeres a vontade de Deus na nossa vida
a sua vontade? quotidiana? Porquê?

Presta muita atenção ao que se passa à tua volta, pois Deus pede-te para
cumprires a sua vontade!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 24).
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de 2
Como Maria, faço
a vontade de Deus.
Deus amava muito Maria e escolheu-a para ser a mãe de Jesus. Veio ao seu
encontro — através de um anjo — e fez-lhe esse convite. Ela aceitou logo e
cumpriu a vontade de Deus até ao fim.
Deus também nos ama muito e escolhe-nos para sermos seus verdadeiros
amigos. Vem ao nosso encontro, durante os acontecimentos do dia a dia,
e pede-nos para fazermos a sua vontade.
Vale a pena seguir o exemplo de Maria e dizer «sim» a Deus Pai!

Canta alegremente, como sinal do •P


 artilha com os teus amigos as situações
teu «sim» comprometido: que vais valorizar na tentativa de dizer
«sim» a Deus no teu dia a dia.
Nossa Senhora do «sim»,
Maravilha, Virgem Mãe; Por vezes, não é nada fácil dizer «sim»
Cuida, Maria, de mim a Deus! É preciso lutar contra a nossa
E que eu diga «sim» também. própria vontade e os nossos desejos mais
profundos.
Chamou o anjo de Deus:
«Maria, não tenhas medo! • Quem poderá ajudar-te nesta aventura
Serás mãe do Filho Eterno», em casa? E na escola?
Eis revelado o segredo! E na tua paróquia?
• Destaca pelo menos duas atitudes que
«Eis a serva do Senhor!» — te pareçam difíceis de tomar e que
Foi a resposta que deu. constituam um verdadeiro desafio à tua
Cumpriu-se, então, a promessa capacidade de dizer «sim» à vontade de
E o Evangelho nasceu! Deus.
Com ela, a Igreja toda
Responda que «sim» a Deus
E com Maria proclame Escreve-as e ilustra-as a teu gosto.
Nova Terra e novos Céus!

Maria é um modelo de amor a Deus!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 25).
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Un

Vou pedir ajuda


a Maria.
Antes d����������������������������
e���������������������������
m�������������������������
orrer, Jesus entregou Ma� Ave-maria,
ria aos cuidados do seu discípulo Cheia de graça,
O Senhor é convosco,
João.
Bendita sois vós entre as mulheres
Mulher, eis E bendito é o fruto do vosso ventre,
Jesus.
aí o teu filho!
João, aí tens a Santa Maria,
tua mãe! Mãe de Deus,
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora da
nossa morte.
Ámen!

Desde essa altura, Maria foi sempre


muito bem tratada pelos amigos
de Jesus. Hoje e sempre ela será
lembrada como aquela que disse
«sim» à vontade de Deus. Por causa Relê a primeira parte desta belíssima
desse «sim» é que temos Jesus como oração.
• Que episódio da vida de Maria te
irmão mais velho. faz lembrar?

A Igreja — que é a grande família Explica, por palavras tuas, o


dos filhos de Deus — venera a mãe significado da segunda parte da
de Jesus e reza-lhe com muita fé. «Ave-maria».

Os cristãos veneram Maria e rezam-lhe com muita fé.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 26).
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de 2
A cantar também se reza.

Diz um ditado popular que «cantar é rezar duas vezes». É por isso que os
cristãos rezam entoando cânticos na igreja ou em qualquer outro lugar.
Vais conhecer alguns cânticos bonitos dedicados a Maria.

Canta alegremente:

Tu és o Sol num novo amanhecer! • A esperança é um sentimento que nos


Tu és farol, a vida a renascer! ajuda a confiar que, de dia para dia,
Maria, Maria, és poema de amor! tudo vai ser melhor.
És minha mãe e mãe do meu Senhor! – O que achas que as crianças podem
Hoje quero acordar fazer, neste mundo, com a ajuda de
E ter-te junto a mim. Maria, para semear a esperança?
Quero hoje cantar
– Achas que a Virgem Maria escolhe as
Poemas de amor sem fim…
pessoas que ama? Procura na letra da
Com a luz do teu olhar, canção a frase que te pode ajudar a
Vou semear esp’rança. responder.
Pelo tempo vou voar,
– E tu, como fazes? Só amas as pessoas
Sentir que sou criança.
que te são mais queridas ou dás um
Teu carinho e ternura bocadinho desse amor a toda a gente?
Abraçam todo o mundo.
Teu sorriso de candura,
• Experimenta como é bom semear a
Certeza de amor profundo.
esperança dentro da sala de aula.
Abraça o teu colega do lado ou, então,
Lê atentamente a letra da canção se estiveres zangado, faz as pazes com a
e responde: pessoa que te magoou. Vais ver como te
– A que é que o autor compara sentirás melhor!
a Virgem Maria? És capaz
de explicar a razão destas
comparações?

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 27).
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Un

Um cântico para
os pequeninos.

Há cânticos que são feitos especialmente para crianças, como tu. São
alegres, escritos numa linguagem simples e dizem, em poucas palavras, o
muito que o nosso coração tem para oferecer a Maria.

Escuta o cântico e lê atentamente a


sua mensagem.

Tu és o meu amor,
Tu és o meu carinho,
Preciso de ti, Mãe…
Bem vês, sou pequenino.

MÃE, GOSTO DE TI MINHA MÃE!


MÃE, GOSTO DE TI MINHA MÃE!

Que lindos olhos tens,


São flores do meu jardim,
Que eu queria ver sorrir
P’ra sempre ao pé de mim.

Se estou perto de ti,


Eu sinto-me feliz.
A ti eu devo tudo,
O coração mo diz.
Uni

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de 2
Canta-o, agora, e acompanha a Este cântico é tão lindo que até deve
melodia com os instrumentos que ser entendido por todos aqueles que
existem na tua sala de aula.
não ouvem nem podem falar como
tu, porque são surdos-mudos.

Segue-se o abecedário gestual português.

Transmite o que se canta no refrão Ensina-o aos teus pais. Eles vão
em língua gestual. gostar!

Através dos cânticos, os cristãos mostram a sua fé.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 28).
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Un

Vou ler devagarinho...


com o coração.
É tão bom ter uma mãe como Maria! Obrigado, Maria, pelo teu amor de
mãe!

Canta esta canção e ensina-a à tua


família para que todos a cantem
com alegria.

Mãe Maria, onde estás?


Estás aí? Onde está Jesus?

Mamã Maria,
Sei que gostas de mim,
Por isso estou aqui
Tão pertinho de ti.

Fui ao céu buscar um presente


E de lá trouxe uma estrelinha,
É de todas a mais linda,
Inteirinha para ti.

Mamã Maria,
Quero pedir-te um favor:
Que tu sejas a Mãe
Dos meninos sem amor.

Eles precisam tanto de ti


Que nem podemos imaginar,
Tanto quanto as estrelinhas no céu
E peixinhos há no mar.

Mãe Maria, onde estás?


Estás aqui, tão pertinho de mim.

É tão bom saber que Maria, a mãe de Jesus, é nossa mãe!

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 29 e 30).
Unidade 3
Ser amigo

Quero ser feliz com os meus amigos.


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Un

Ser amigo...
Toda a gente precisa de amigos. Mas, afinal, o que é um amigo?

Lê com atenção a seguinte história.

Os três amigos
Numa selva viviam três amigos muito especiais: um leopardo, um gnu e um ja-
vali.
Um dia, houve uma enorme tempestade. Ficou tudo alagado e os nossos amigos
tiveram de fugir para não serem levados pela enxurrada.
Uni

da
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de 3
Quanto mais se afastavam, mais perdidos se sentiam, até que acharam um
lugar onde ficar.
O leopardo ficou encantado, mas os outros sentiam-se perdidos e desejavam
voltar para a sua casa.
— Isto é que é sorte! — Dizia o leopardo. — Olhem à volta este sítio magnífico!
— Pulava ele de contente.
Mas o javali estava irritado com os pulos dele.
— Estamos tristes e cansados; tu és um tolo! — E acrescentou:
— De agora em diante, tu ficas aqui, onde parece que és muito feliz; nós vamos
para o lado de lá do rio, até podermos regressar à nossa terra. — E o gnu concordou
com ele.
— Oh… vá lá! — Exclamava o leopardo, enquanto tentava segui-los.
— Para trás! — Gritava-lhe o javali.
— Está bem! — Concordou o leopardo. — Eu fico aqui, mas se precisarem de
mim, já sabem onde me encontrar.
E, afastando-se, começou a construir o seu abrigo no cimo de uma bela
árvore.
A meio da noite, o gnu suplicou ao javali:
— Já podemos ir para junto do nosso amigo leopardo?
O javali estava tão aborrecido que nem respondeu. E o gnu lá foi abrigar-se
junto ao tronco da grande árvore que o leopardo escolhera.
No outro dia, o gnu foi ter com o seu amigo javali:
— O leopardo e eu estamos a divertir-nos. Mas se tu te juntasses a nós ainda
seria melhor. Vens?
e3
id a d

70
Un

— Não, obrigado. — Murmurou o ja-


vali, para tristeza do seu amigo.
Mas, quando o dia se estava a pôr,
o javali correu para junto do tronco da
árvore onde os amigos estavam e per-
guntou:
— Posso vir para o pé de vocês?
— Claro! — Exclamou o leopardo, en-
quanto saltava para o chão, todo con-
tente.
— Sabes, amigo leopardo: fui um
idiota. Desculpa. — Disse humildemen-
te o javali.
O leopardo respondeu, muito feliz:
— Não faz mal. Eu sei que estavas
triste por teres sido obrigado a fugir
da tua terra. Senta-te e descontrai-te.
A nossa árvore é também a tua árvore.
E era visível a alegria dos três, por es-
tarem de novo juntos.

Dialoga com os teus colegas:


• Que sentiu o leopardo quando o javali se quis separar dele?
• De entre estes três amigos, qual é o que mais admiras? Porquê?

Com estes três amigos aprendemos que ser amigo é:


• Preocupar-se com os outros;
• Estar pronto para os ajudar;
• Ir ao encontro de quem está triste e sozinho;
• Saber pedir desculpa e saber perdoar;
• Gostar de estar juntos.

E para ti, o que é a amizade? Como mostras a alguém que és seu amigo?

Ser amigo é ajudar os outros a sentirem-se felizes.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 31 e 32).
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de 3
Quem são os teus amigos?

A professora da Patrícia tinha pedido aos alunos que fizessem um desenho


sobre o tema da amizade. A Patrícia decidiu desenhar alguns dos seus
melhores amigos, acrescentando uma pequena frase sobre cada um.

Observa o que ela desenhou e escreveu.

Esta é a minha família. Ela dá-me carinho


e protege-me dos perigos.
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72
Un

Estes são o Marco e a Andreia.


Nós gostamos de brincar e de estudar juntos.

Dialoga com os teus colegas e com Para a Patrícia, ser amigo é dar e
o teu professor: receber carinho; é proteger e sentir-
• Quem eram os melhores amigos -se protegido; é confiar em alguém;
da Patrícia? é conviver e colaborar com os ou-
• Porque gostava tanto deles? tros. Ela sentia-se feliz porque rece-
• Quem são as pessoas que te bia amizade da sua família e tam-
amam verdadeiramente? bém de outros meninos.

Amigo é quem nos quer bem, tanto na nossa família como fora dela.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 33).
Uni

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de 3
Ser amável e pacifico.

Toda a gente gosta de ter amigos. Mas acontece que, por vezes, algumas
pessoas se lamentam, dizendo que não têm amigos. Porque será?

Lê com muita atenção o que dizem o Jaime, o João e a Rita:

Venham! Todos
Aviso já que só joga podem jogar com
quem eu quiser! Quem quer Posso ajudar no
a minha bola! que for preciso.
luta?

Se queres que
os outros sejam …tens de ser Depois de teres lido o que estes três
teus amigos… amável com eles. meninos dizem, dialoga com os teus
colegas:
• Qual deles convidarias para a tua
festa de anos? Porquê?

Para se ter amigos é preciso ser amável com os outros, ser pacífico
e prestável.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 34).
e3
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74
Un

Saber escutar.
Todos gostamos que nos escutem com interesse e atenção. Saber escutar é
uma grande prova de amizade, mas nem sempre isso acontece.

Observa bem estas imagens.

O Simão queria muito contar o que tinha feito no fim de semana. Foi ter com
alguns colegas.
O que viste lá
Filipa! Filipa! Não fales comigo. André, eu andei de cima?
Sabes? Andei de Estou a ouvir de teleférico Conta, conta!
teleférico e… música! e gostei muito! Sentiste medo?

Dialoga agora com os teus colegas sobre o que se passou com o Simão:
• Qual dos meninos mostrou ser seu amigo? Porquê?
• Como se terá sentido o Simão ao conversar com o André e com a Filipa?

O André mostrou ser amigo do Simão, porque o escutou com atenção.


E tu? Sabes escutar os outros com atenção?

Saber escutar e compreender os outros é uma prova de amizade.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 35).
Uni

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de 3
Os amigos são solidários.
Sabes o que significa ser solidário? Certamente já ouviste dizer que «os
amigos são para as ocasiões». Ser solidário significa estarmos junto de quem
gostamos, quando eles mais precisam. E, na verdade, são muitas as ocasiões
em que podemos ser solidários com os nossos amigos.

Observa as imagens e lê o que dizem os meninos:

Vou ter um Que bom! Muitos Obrigada por


irmãozinho! parabéns! teres vindo
visitar-me.

Ser solidário é ficar feliz com a felicidade dos outros. Ser solidário é sofrer com quem sofre.
e3
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76
Un

Já passaste por alguma situação parecida com as que observaste nas


imagens? Conta-nos como foi.
•A
 gora repete, com os teus colegas, o que dizem o André e a Patrícia.

Ser solidário é consolar;


é partilhar as alegrias.
É estar pronto para ajudar,
sempre! Todos os dias!

Ser amigo é ser solidário nas alegrias e nas tristezas.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 36).
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de 3
Amigos especiais.

A amizade é um sentimento muito Observa as imagens e lê os


bonito que devemos manifestar a diálogos.
todas as pessoas.
O Rodrigo queria convidar o Sandro
No entanto, há pessoas com quem
para passar um fim de semana em
vivemos a amizade de um modo
sua casa.
diferente. Até porque quando esta-
mos com elas sentimos uma alegria
especial, embora, por vezes, não
O Sandro é um
saibamos explicar porquê. Mas não
amigo especial. Posso
temos dúvidas em afirmar que essas
convidá-lo para passar
pessoas são especiais para nós.
connosco o fim de
semana?

Porque é que é assim É sincero,


tão especial? divertido…
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Un

Vou contar-te Podes contar O Sandro era especial


um segredo. que eu não digo para o Rodrigo
a ninguém.
porque…
…Era sincero…
…Era divertido…
…Sabia guardar um
segredo…
…Sabia dizer «não»
quando achava que
ele estava errado…

Dialoga agora com os teus colegas: É bom ter amigos especiais. Mas
• O que mais admiras nos teus também é importante ser especial
melhores amigos? para os outros.

Quando és sincero e verdadeiro, mostras aos outros que podem confiar


em ti. Se assim for, serás um amigo de muito valor.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 37 e 38).
Uni

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de 3
A quem dou a minha
amizade?
É muito bom ter amigos em quem confiar, a quem contar os nossos segredos
e com quem brincar.
É fácil ser amigo desses amigos, porque estão sempre prontos para o que
for necessário.
E os outros? Aqueles com quem não simpatizamos tanto porque falam outra
língua, porque têm mais idade, porque são um pouco mais tímidos, porque
não têm brinquedos para partilhar…? Quem é amigo deles?

Tempo para ser bom


A Teresa ama a Humanidade.
Quer dizer: a Teresa ama tudo aquilo
que se escreve com letra muito grande.
O Homem. A Mulher. A Criança. Os
Animais.
O pior é quando essas coisas se es-
crevem com letra muito pequenina.
Quer dizer: quando, em vez de amar
«A Mulher», ela tem de amar a vizinha
Amélia, que mora no prédio em frente
e precisa de vez em quando de alguém
que lá vá fazer-lhe o almoço ou apenas
conversar um bocadinho com ela que
é velhota e não tem família.
Ou quando, em vez de amar «Os Ani-
mais», é preciso levar o Fidalgo ao vete-
rinário, porque a mãe não tem tempo.
Sentada no sofá, diante do compu-
tador, a Teresa gosta de toda a gente e
é capaz de salvar o Mundo inteiro.
A Teresa ama a Terra inteira.
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Un

Há sítios em que basta carregar numa nós queremos…), e abrir o nosso cora-
tecla para ajudarmos a salvar um rino- ção para as palavras que eles precisam
ceronte, um hipopótamo ou um gorila de nos dizer — e sobretudo para aque-
em vias de extinção. las que eles precisam de ouvir da nossa
A Teresa passa horas a carregar nas boca.
teclas do computador e a salvar tudo Hei de arranjar tempo para explicar
e todos. isto tudo à Teresa…
Mas nem vos digo as vezes que eu já
Alice Vieira (história inédita)
a vi dar sapatadas ao cão, ou inventar
inúmeras desculpas para não ajudar a
Olga — que veio este ano de um país Agora não posso...
estrangeiro e ainda não fala bem o por- Não tenho tempo...
tuguês — a fazer os trabalhos de casa.
Ou nunca ter tempo para passar
uma tarde com a tia Clara, que está
doente.
Sentado num sofá, não custa nada
ser bom.
Mas quando quem precisa realmen-
te da nossa ajuda está mesmo, mesmo
ao nosso lado, então é que é difícil.
Mas ser amigo é isso mesmo: inventar
tempo quando ele não existe (mentira:
o tempo existe sempre para aquilo que

Dialoga agora com os teus colegas e com o teu professor.

• A Teresa era mesmo amiga de toda a gente? Em que gastava ela o seu
tempo?
• Que farias no lugar da Teresa se conhecesses uma pessoa como a vizinha
Amélia?
• Que poderia fazer a Teresa para alegrar a tia Clara?
• Porque precisava a Olga de ajuda nos trabalhos de casa? Poderia ela contar
com a Teresa? Porquê?

A amizade é a atenção que damos às pessoas que precisam da nossa ajuda,


mesmo que sejam diferentes de nós.
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de 3
Ter amigos diferentes.

No princípio, quando o André chegou à sua nova escola, não sabia de


quem queria ser amigo.
No intervalo da manhã, pôs-se a observar os colegas e reparou que havia
muitas diferenças. Aqui estão alguns exemplos do que descobriu:

O Filipe era o mais A Miriam era romena e A Catarina era a que O Alberto era o dono
gordinho. mal falava português. falava mais alto. da bola.

Dialoga com os teus colegas:

• Se estivesses no lugar do André, de quem serias amigo? Porquê?

Cada um é como é… por fora. Mas por dentro todos têm um coração que
precisa de receber e de dar amor.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 39).
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Un

Jesus: um amigo
muito especial.
Jesus sabia olhar para o coração das pessoas, melhor do que ninguém. Por
isso, gostava de se aproximar daqueles que não tinham amigos para lhes
dizer que Deus também os amava.

O cego de Jericó
Um dia, quando Jesus se aproximava de uma cidade chamada Jericó,
estava um cego a gritar, chamando o seu nome…

Que Que me
queres dês a visão,
Jesus! Jesus! que eu Senhor! Vê, a
Cala-te! Não tua fé
Tem pena de faça?
incomodes! salvou-te!
mim!

A partir desse momento, o homem


que fora cego começou a andar com
Jesus e os seus amigos.
Procura atividades no caderno do
aluno (ficha 40). (Lc 18, 35-43)
Uni

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de 3
Zaqueu: um homem
com poucos amigos.

Depois de ter curado o cego, Jesus entrou na cidade de Jericó.


Aí vivia um homem chamado Zaqueu que tinha fama de ganhar
dinheiro, enganando as outras pessoas.
Ao saber que Jesus tinha chegado à cidade, ficou com muita vontade
de o ver, mas não conseguia, porque era de baixa estatura. Decidiu,
então, subir a uma árvore. Jesus reparou nele…
(Lc 19, 1-10)

Zaqueu, desce da
árvore. Preciso de
ficar em tua casa.

Jesus não
devia ir a
casa daquele Pois não. Ele
homem! é um grande
pecador!
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Un

Estou muito feliz por teres


vindo a minha casa. Prometo
que vou dar aos pobres
metade da minha riqueza!

Reconta o que se passou nos dois episódios que acabaste de ler.

Como vês, para Jesus a amizade é uma coisa que se dá a todos, especial-
mente aos que são desprezados pelas outras pessoas.
Recordas-te da história da ovelha perdida? Para Jesus, o homem cego e
Zaqueu eram um pouco como essa ovelha que o pastor foi procurar. Ao
cego devolveu a visão; a Zaqueu, apesar da sua má fama, deu-lhe a alegria
de ir a sua casa e ajudou-o a ser uma pessoa melhor.

Com Jesus aprendemos que a amizade é um presente precioso que se dá


a todos.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 41).
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de 3
A mensagem de Jesus.
Jesus tinha passado cerca de três anos com os seus amigos mais chegados,
os apóstolos. Durante esse tempo ensinou-os a fazer o bem e a amar a to-
dos, sem distinção.
Na última refeição que tomou com os apóstolos deixou-lhes uma mensa-
gem.

Observa esta Última Ceia, pintada em aguarela e lê o diálogo de Jesus.

O meu desejo é que se amem uns aos outros


como eu vos amei e como o Pai do céu me amou.
Se cumprirem o meu desejo serão
verdadeiramente meus amigos. (Jo 15,9 ss)

A Última Ceia, por Luís Santos

Dialoga agora com os teus colegas.


• Qual foi a mensagem que Jesus deixou aos seus amigos?
• E tu? Queres ser amigo de Jesus?

Ainda hoje, os amigos de Jesus levam amor a toda a gente, mostrando que
Deus ama a todos e a todos quer ver felizes.

Ser amigo de Jesus é ser amigo de toda a gente.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 42).
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Un

Resumir a palavra de
Jesus.
Lê com os teus colegas o seguinte texto, recordando o que aprendeste
com Jesus.

ensinou a viver a verdadeira amizade.

Um dia encontrou um à beira de uma estrada poeirenta. Sentiu mui-


to amor por ele e curou-o.

Entrando em Jericó, viu em cima de uma . Muita gente descon-


fiava de , mas fez dele um amigo.

Tanto o como eram desprezados pelas pessoas. Mas, para ,


ser amigo é ir ao encontro dos que sofrem e dos que não têm amigos. Para
ele, cada uma dessas pessoas é como uma ovelha perdida que o pastor
quer encontrar.

Muitas outras coisas fez , mostrando que Deus tem um coração cheio
de amor para dar a todos.

Por fim, sentado à com os apóstolos, pediu que se amassem


como ele os amou.

Com a sua amizade, Jesus veio mostrar-nos que Deus nos ama e que
devemos amar-nos uns aos outros.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 43).
Uni

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de 3
Ser amigo de todos
como Jesus.

Há muitas maneiras de fazer o que Jesus nos pede.

Repara no que aconteceu com o André e o João, depois de conhecerem


melhor os colegas da sua nova escola.

Pode, sim! Eu
ensino-lhe as
A Miriam não pode
frases que ela
entrar no teatro: não
tem de dizer.
fala português!
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Un

É o meu
novo skate.
Todos podem
experimentar.

Dialoga com os teus colegas e com Jesus sabia o que se passava no co-
o teu professor. ração das pessoas. Por isso as com-
• Achas que o André e o João preendia e as amava melhor do que
fizeram como Jesus pediu? ninguém.
Justifica a tua resposta.
Também o André e o João decidi-
• Se pertencesses à turma da ram não ligar às aparências: depois
Miriam, como a ajudarias?
de conhecerem melhor os novos
• Se tivesses um novo skate colegas, acharam que podiam ser
deixarias que todos os colegas da amigos de todos, sem desprezar nin-
turma o experimentassem?
guém.

Existem muitas formas de se ser amigo dos outros, como Jesus ensinou.
O importante é que ninguém fique triste e sem amor.
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de 3
Rezar pelos amigos.
Como já viste, Jesus sabe
o que sentimos no nosso
coração. Por vezes ficamos
tristes com os problemas
dos nossos amigos e não
sabemos como podemos
ajudá-los.
Talvez seja a ocasião de
olhar para Jesus, o grande
AMIGO, e dizer-lhe o que
sentimos…
Também tu podes experimentar
rezar assim:

Oração dos amigos


Jesus,
fica perto do meu amigo.
Ele está triste, porque…
e eu não sei como ajudá-lo.
Mas tu, que és bom,
dá-lhe força e esperança,
para que ele não desanime.
Peço-te, Jesus,
que faças feliz o seu coração,
hoje e sempre.
Obrigado pela tua amizade.
Obrigado por seres meu amigo. É bom estar em paz
com os amigos!

Jesus está sempre pronto para te ajudar a ser feliz com os teus
amigos.
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Un

Vamos cantar com


os amigos.

Quando estamos junto dos nossos Sorri


amigos sentimos uma grande ale-
Quando estiveres triste,
gria. Podemos mostrar esse conten- Lembra-te desta canção.
tamento através de uma canção. Não, não estás sozinho,
Ele estende a sua mão.

Sabes correr, sabes sorrir,


Sabes viver, sabes sentir…

Então, olha o céu,


Vive cada dia,
Se assim o fizeres,
Viverás com magia!

Porque ele é teu amigo,


Só quer que sejas feliz;
Nem sabes a alegria que sente…
Quando sorris!

Olha Deus nos olhos,


Guarda-o bem no coração,
Leva-o contigo
E ama o teu irmão…

Estar com os amigos é motivo de uma enorme alegria.


Unidade 4
Viver a Páscoa

A festa das festas: a vitória da vida!


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Un

Todos os anos a Páscoa


chega... com a primavera...
Durante o inverno, a paisagem parece que perde as suas cores: os campos
estão mortos, as árvores despidas… Os animaizinhos, escondidos nas suas
tocas, abrigam-se do frio e das chuvas.
Felizmente, todos os anos a primavera volta e, com ela, a natureza enche-
-se de vida e de cor! Por todo o lado nascem novas flores e animais, regres-
sam os dias de sol e até as pessoas parecem mais felizes.

Observa a figura e dialoga sobre ela com os teus amigos.


Uni

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de 4
Desde sempre, as pessoas festeja-
ram a chegada da primavera com
muita alegria. Faziam festas, canta-
vam cantigas e agradeciam o res-
surgimento da vida.
Existem muitas obras de arte que se
inspiram nas maravilhas desta esta-
ção do ano.

Escuta, atentamente, a primeira


parte da melodia de Antonio
Vivaldi, intitulada «Quatro Estações»
e, com a ajuda do teu professor…

— Escreve, no quadro, um conjunto


de palavras que te pareçam estar
de acordo com essa melodia.

— Com o teu colega do lado,


imagina uma pequena história.
As palavras escritas no quadro
podem dar-te uma ajuda.

— Representa, em grupo, através


de mímica, a história que construíste
e verifica se os teus amigos
entenderam a mensagem. Antonio Vivaldi (1678-1741), por Escola Italiana

Na Páscoa, a natureza enche-se de vida e de alegria!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 45).
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Un

A primeira Páscoa.

Observa a figura e recorda como aconteceu a primeira Páscoa.

Com a chegada da primavera, o povo judeu comemorava a libertação da


escravidão no Egito.
Em família, celebravam a Páscoa com uma refeição em que comiam um
cordeiro, pão ázimo — pão sem fermento — e ervas amargas, para não
esquecerem a pressa com que tiveram de abandonar o Egito.
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de 4
Porque, há muitos anos atrás, por esta altura,
os nossos pais foram libertados, pelo amor de
Deus, da escravidão no Egito e ele deu-lhes
Pai, porque é uma terra onde podiam habitar. Nesse local
que esta noite é havia fartura de alimentos.
diferente de todas
as outras noites?

A Páscoa comemorava a libertação do povo de Deus da escravidão no


Egito.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 46).
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96
Un

A nossa Páscoa
começa assim...
Também Jesus celebrava a Páscoa com os seus amigos.
Uma vez, quando chegou a Jerusalém, foi recebido como um rei por toda
a população. Toda a gente sabia que ele amava muito Deus, a quem cha-
mava carinhosamente papá.
Era conhecido por fazer sempre o bem a todos. Ricos ou pobres, grandes
ou pequenos, sãos ou doentes, bons ou maus, a todos Jesus amava com o
coração cheio de amor.

Hossana! Bendito
o que vem em
nome do Senhor!
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de 4
Muitas pessoas ficaram incomodadas com o amor que Jesus distribuía por
todos e não acreditaram que ele fosse o Filho de Deus. Como tinham medo
que a sua fama se espalhasse ainda mais, condenaram-no, maltrataram-
-no e, por fim, mataram-no, pregando-o a uma cruz.

Observa a figura com os teus amigos e diz o que sentes ao saber que és tão amado
por Jesus.

Pai, perdoa-lhes
porque não sabem
Afinal, ele era mesmo o que fazem!
o filho de Deus!

Jesus morreu como se fosse um malfeitor. Mas ele amava cada pessoa
como se esta fosse única no mundo.

Foi por amar todas as pessoas que Jesus morreu na cruz.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 47).
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Un

A Cruz de Jesus é gloriosa!


Ao morrer na cruz, Jesus deu a maior prova de amor que é possível dar. Sem
resistir a quem lhe fazia mal, ainda pediu a Deus que perdoasse todos os
seus malfeitores por não saberem aquilo que estavam a fazer.
Por isso, a cruz de Jesus é gloriosa: nela brilha o amor de Deus por cada um
de nós!

Canta com alegria.

O amor de Deus é maravilhoso


O amor de Deus é maravilhoso
O amor de Deus é maravilhoso
Grande é o amor de Deus

Tão alto que eu não posso estar


Acima dele;
Tão baixo que eu não posso estar
Abaixo dele;
Tão largo que eu não posso estar
Fora dele…
Grande é o amor de Deus!

O amor de Deus é maravilhoso


O amor de Deus é maravilhoso
O amor de Deus é maravilhoso
Grande é o mor de Deus

A cruz de Jesus é sinal do amor de Deus por cada um de nós.


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de 4
É Páscoa! Aleluia!
Jesus morreu e o seu corpo foi colocado numa sepultura, cavada numa
rocha e tapada com uma enorme pedra.
Como poderia ter acabado, de forma tão cruel, a vida de uma pessoa tão
extraordinária como Jesus, o filho amado de Deus?
A Bíblia conta o que se passou a seguir…

Lê atentamente.

No Domingo, Maria Madalena foi ao túmulo, logo de manhã, ainda es-


tava escuro, e viu que a pedra que o tapava fora retirada. Foi a correr
ter com Simão Pedro e com outro discípulo e disse-lhes:
— Levaram Jesus e não sei
onde o puseram.
Voltou para o mesmo sítio e co-
meçou a chorar. Viu então dois
anjos, sentados no local onde ti-
nha estado o corpo de Jesus, um
à cabeceira e outro aos pés. Eles
perguntaram-lhe:
— Mulher, porque estás a cho-
rar?
Ela respondeu-lhes:
— Porque levaram Jesus e não
sei onde o puseram.
Voltou-se, então, para trás e
viu Jesus, de pé, mas não sabia
que era ele.
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Un

E Jesus perguntou-lhe:
— Mulher, porque estás a chorar?
Pensando que aquele homem era o jardineiro, Maria respondeu-lhe:
— Se foste tu que o tiraste daí de dentro, diz-me onde o puseste
que eu vou buscá-lo.
Jesus chamou-a:
— Maria!
Então ela exclamou:
— Mestre!
E Jesus disse-lhe:
— Deixa-me, pois ainda não voltei para o Pai. Vai ter com os meus
irmãos e dá-lhes este recado: «Eu volto para o meu Pai que é o vosso
Pai, para o meu Deus que é o vosso Deus».
Maria Madalena foi dar a notícia aos discípulos:
— Eu vi Jesus!
E contou o que ele lhe tinha dito.
(Jo 20,1-2.11-18)

Eu vi Jesus!
Ele está vivo!
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de 4
Maria Madalena contou a todos aquela boa notícia: JESUS RESSUSCITOU!
ELE VIVE PARA SEMPRE! Hoje, são os cristãos que a transmitem em todos
os cantos do mundo. E essa boa notícia continua a fazer muitas pessoas
felizes!

Conta o que sentiste ao saber


que Jesus ressuscitou.

Dramatiza, com os teus amigos,


esse episódio extraordinário.

Canta com alegria.

Aleluia! Deus está


Aleluia! No meio de nós!
Aleluia! Ele ressuscitou,
Não nos deixará jamais!
Aleluia!

Aleluia! Vou cantar!


Aleluia! Para o mundo saber
Aleluia! A Boa Notícia
Que alegra o coração…
Aleluia!

Jesus ressuscitou! Ele vive para sempre!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 48).
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102
Un

Celebrar a Páscoa, sempre!

A ressurreição de Jesus é o acontecimento mais importante da vida dos


cristãos. É por isso que se comemora a Páscoa com tanto entusiasmo em
todo o mundo. Nas celebrações, são utilizados alguns símbolos que significam
a sua presença viva no meio de nós.

Observa alguns desses símbolos.

A cruz representa o amor de Deus


por cada um de nós e o perdão de
todas as nossas faltas.

Cordeiro de Deus

Como os cordeirinhos mansos, assim


Jesus deu a sua vida para o bem de
todas as pessoas.
Jesus Cristo Crucificado, por Anthony van Dyck
Uni

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de 4
Ressureição, por Niccolo di Pietro Gerini Círio pascal

Deus, o Pai de Jesus, deu-lhe a vida Jesus ressuscitado é a luz que ilumina
para sempre. Ele ressuscitou! o caminho da vida dos cristãos.

Tal como o pão é partido e distribuído


por todos, assim Jesus se deu a cada
pessoa.

Os símbolos pascais são sinais de Jesus Cristo ressuscitado.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 49).
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Tradições da Páscoa.
À festa da Páscoa estão associados alguns costumes mui-
to antigos — as chamadas tradições — que passam de
pais para filhos.
A escritora Alice Vieira fala-nos de uma dessas tradições.

Lê o texto com atenção.

O folar da Páscoa
A Madrinha vive num quarto andar de um prédio sem elevador.
Quando chega a Páscoa, vamos todos lá a casa levar o folar.
A minha mãe diz que agora já pouca gente aqui na cidade faz isso, mas este é
um ritual que cá em casa nunca se quebra.
Subimos até lá acima, chegamos à porta dela a deitar os bofes pela boca, e
ela abre a porta e ri, e diz sempre a mesma coisa:
— Ser afilhado dá cá uma trabalheira!
Nós dizemos sempre «a Madrinha», sem mais nada, sem nenhum nome a seguir,
porque na nossa família não há outra para além dela.
A Madrinha é madrinha de toda a gente: foi madrinha de batismo da minha
mãe, madrinha de casamento, minha madrinha e madrinha de todos os meus
irmãos.
Segundo a tradição — que a minha mãe diz que, infelizmente, está a desapa-
recer — no domingo de Páscoa os afilhados oferecem o folar aos padrinhos.
A Madrinha foi madrinha de muita gente para além de nós. Mas, com o tempo,
muitos dos afilhados foram desaparecendo.
E agora só estamos nós, naquela sala com cheiro a rosas secas.
Então a Madrinha relembra-os a todos sempre, um por um, enquanto vamos
comendo as fatias macias do folar, e bebendo o chá de camomila que ela tem
sempre preparado à nossa espera:
— A Lurdes escreveu-me este cartão lá do Luxemburgo.
Ou:
— O Tonico mandou a fotografia dos filhos. Acho que já nem falam português.
Ou:
— A Clarisse telefonou e prometeu passar cá por casa quando vier de férias no
verão.
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105

de 4
Obrigada, Madrinha!
Não precisava de se
ter incomodado. Sirvam-se
enquanto está
quentinho!

E o dia vai entardecendo, e o vapor do chá embacia as janelas, e ficamos to-


dos a olhar para a Madrinha.
Que todos os anos está um bocadinho mais curvada.
E com mais rugas.
E com mais cabelos brancos.
E, em silêncio, vamos todos pedindo com muita, muita força, que na próxima
Páscoa, e na outra, e em todas que se seguirem, a Madrinha esteja à nossa espe-
ra à porta do seu quarto andar, exclamando:
— Ser afilhado dá cá uma trabalheira!
Com o chá de camomila pronto, e a sala a cheirar a rosas secas.
Alice Vieira (história inédita)
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106
Un

O bolo da Páscoa ou, simplesmente, Pensa e responde.


o folar é um alimento muito antigo
feito com água, sal, ovos e farinha •Q
 ual era a tradição que esta
de trigo. A sua forma e o enriqueci- família cumpria todos os anos,
mento dos seus ingredientes variam com a chegada da Páscoa?
de região para região. • De que forma eram recebidos
Nalgumas receitas, é encimado por pela madrinha, nessa altura?
um ovo cozido com casca para re-
presentar simbolicamente o valor da
VIDA e também a ressurreição de
Jesus Cristo.
Lê, em voz alta, as frases que te
As pessoas associam esta oferta do mostram que toda a família gostava
folar ao pão que Jesus repartiu com muito da madrinha.

os discípulos na última ceia, antes de


• E em tua casa? Qual é a
morrer.
tradição que mais gostas de
celebrar durante o tempo
pascal?

Nunca te esqueças de que…


… o acontecimento mais importante
da Páscoa é a Ressurreição de Jesus…
… as tradições servem apenas para
tornar esse acontecimento mais alegre
para todos…

Seguindo a tradição, eu posso celebrar a Páscoa com os outros.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 50).
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107

de 4
A Páscoa pode ser todos
os dias...
Jesus venceu a morte. Vive para sempre junto de Deus e nos nossos corações.
Ele é a Luz que, iluminando o caminho da vida, conduz à felicidade.

Vais fazer uma experiência para entenderes melhor estas palavras.


• F echa os olhos por uns instantes e procura dirigir-te ao teu professor, sem tocares
nos teus colegas nem chocares contra os móveis da tua sala.
•P
 artilha com o grupo as conclusões que tiraste desta experiência.

Eu… eu… eu…

Nós… nós… nós…


e4
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108
Un

Na escuridão, não somos capazes Canta a Jesus.


de caminhar sem esbarrarmos uns
nos outros e nas coisas que nos ro- Esta luz pequenina,
deiam. vou deixá-la brilhar… (3 5)
Vou deixá-la, vou deixá-la brilhar.
•R
 epete a experiência, desta vez na
presença da luz, e regista no quadro — Esta luz de Cristo
as diferenças. — Na minha casa
— Na minha escola
— Onde quer que eu vá
Com o espaço iluminado, caminha-
mos sem problemas.
Da mesma maneira…
… quando nos afastamos da
Luz que é Jesus, ficamos numa
escuridão tão grande que até
nos enganamos no caminho
e magoamo-nos a nós mes-
mos e aos outros. Cada vez
ficamos mais sozinhos e, por
isso, mais tristes e infelizes…
… quando nos aproximamos
da Luz que é Jesus, tudo à
nossa volta é iluminado pela
chama do seu amor. Amamos
os outros, amamos a vida e
construímos a alegria à nossa
volta.

Ressuscitar é abandonar a escuridão e viver na luz que nos vem de Jesus!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 51).
Uni

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de 4
Vidas cheias de luz...
Onde há luz, há vida! Da mesma maneira, onde houver um amigo de Jesus,
há um pedacinho de luz que enche de vida quem estiver perto de si.

Recorda alguns exemplos.

Toma, é para ti. Come, meu irmão.


Agasalha-te do frio… Obrigado, bom O que tenho
homem! Deus te também chega
recompense. para ti.

Ao dar metade da sua capa, Martinho contribuiu S. Francisco considerava todas as pessoas suas
para a felicidade e o bem-estar do mendigo. irmãs, por isso cuidava delas com todo o amor.
e4
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110
Un

Madre Teresa de Calcutá destacou-se na ajuda aos mais desfavorecidos.


Sem esperar recompensas, dava de comer aos famintos, recolhia os doen-
tes e os abandonados e prestava-lhes todos os cuidados. Também os ensi-
nava a ler e a escrever.
Ela dizia muitas vezes: «O importante não é o que se dá, mas o AMOR com
que se dá.»

• Com a ajuda do teu professor, interpreta esta frase.


• Com gestos, ilustra uma situação em que consigas revelar o amor que sentes pelos
outros.

Em cada amigo de Jesus, brilha o amor de Deus!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 52).
Uni

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de 4
Também quero ser um
pedacinho de luz!

Os amigos de Jesus viviam iluminados pela sua presença e, por isso, sobres-
saíam no meio de todas as pessoas: sabiam amar os outros como ele lhes
tinha ensinado e eram muito unidos.
À sua volta, as pessoas recuperavam a alegria e o gosto de viver!

Tu também podes ser um pedacinho de luz, onde quer que te encontres…

Observa as imagens e comenta-as. Ah, sim… a Sofia, a minha


netinha que eu ajudei a
criar. Eu por aqui ando,
Olá, avô! Sou eu, a Sofia, minha filha! Umas vezes
a sua neta. Como se sente melhor, outras vezes pior.
hoje? Está melhor? É como Deus quer!
e4
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Un

Ninguém gosta de estar sempre sozinho. Um «olá», um aceno de mão, uma


palavra de consolo, uma pequenina conversa podem ser o suficiente para
levar a alegria e o gosto de viver a uma pessoa solitária.

Conheces alguma pessoa que viva A solidariedade é uma boa maneira


sozinha? Conta como serias para de construir VIDA à nossa volta. Ela
ela um pedacinho de luz.
fortalece a união entre as pessoas e
torna possível a PAZ.

Nem acredito que


Tem calma, Tó Zé! Hoje eles,
hoje perdemos!
amanhã nós. Mas tu foste um
Jogámos tão bem.
espetáculo! Parabéns, amigo!

Nas atitudes do dia a dia é que eu mostro a luz que tenho no meu coração.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 53).
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Sou feliz! Jesus está
sempre comigo!

Os cristãos são alegres porque sabem que não estão sozinhos: Jesus está
sempre ao seu lado. Ele próprio um dia lhes disse isso: «Onde dois ou três
estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles!»
Por isso é que se reúnem em família para recordarem as suas palavras, para
lhe rezarem com muita fé e para celebrarem, em festa, o grande aconteci-
mento que lhe deu a vida para sempre — a Páscoa.

Bom dia, senhor Joaquim!


Seja bem-vindo!
Obrigado, senhor
padre José!
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Un

Entre leituras e muitas orações conhecidas, sobressaem os cânticos que dão


vida e muita alegria às celebrações.
Vais aprender um cântico que recorda a Páscoa, a luz que ilumina a vida
dos cristãos.

Dentro de mim existe uma luz


Que me mostra por onde deverei
andar
Dentro de mim também mora Jesus
Que me ensina a buscar o seu jeito
de amar

Minha luz é Jesus


E Jesus me conduz
Pelos caminhos da paz

Dentro de mim existe um farol


Que me mostra por onde deverei
remar
Dentro de mim Jesus Cristo é o sol
Que me ensina a buscar o seu jeito
de sonhar

Minha luz é Jesus


E Jesus me conduz
Pelos caminhos da paz

Dentro de mim existe um amor


Que me faz entender e lutar por
meu irmão
Dentro de mim Jesus Cristo é o calor
Que acendeu e aqueceu p’ra valer
meu coração

A alegria dos cristãos é um sinal da presença de Jesus ressuscitado.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 54).
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Riquezas do meu tesouro.

Se acordo a meio da noite


E não vejo nada à minha volta
Por causa da escuridão…

Eu não tenho medo, porque tu estás sempre


comigo!

Se fico muito aflito


E o meu coração bate com tanta força
Que até me salta do peito…

Eu não tenho medo, porque tu estás sempre


comigo!

Se encontro, no meu grupo de amigos,


Alguém que finge não me ver
Porque não me aceita como eu sou…

Eu não tenho medo, porque tu estás sempre


comigo!

Se as pessoas a quem eu mais quero


Se esquecem de mim
Nos momentos em que eu mais preciso…

Eu não tenho medo, porque tu estás sempre


comigo!
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Un

Tu, Jesus,
És a Luz que ilumina o meu caminho,
És a Paz do meu coração,
És a Fonte que mata a minha sede de amor,
És o Amigo que me protege em todas as horas.

Por isso é que eu sou tão feliz


E levo o teu nome ao mundo inteiro!

(Hino adaptado L. H.)

Escolhe a VIDA! Escolhe JESUS!

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 55).
Unidade 5
Deus é Amor

O amor de Deus faz-me feliz.


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Un

Deus gosta de te ver feliz.


Deus gosta que todas as pessoas se sintam felizes.
Esse foi, desde sempre, o seu desejo, muito antes de cada um de nós ter
nascido.

Viva!
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Existem muitos momentos em que nos sentimos felizes.

Observa as imagens.
Que presente
será este?
Parabéns a você…

No dia do nosso aniversário sentimo-nos muito Ficamos muito felizes quando recebemos
felizes. presentes.

Dialoga com os teus colegas e com Se preferires, podes fazer um jogo


o teu professor: com os teus colegas: apenas com
— O que observas nas imagens? gestos, representa o que te fez feliz.
Eles vão querer adivinhar!

Conta um acontecimento em que Os momentos de felicidade aconte-


te tenhas sentido muito feliz. cem porque alguém gosta muito de
nós e nos quer ver felizes. Deus serve-
-se dessas pessoas para nos mostrar
que gosta muito de nós.

Deus deseja ver-nos felizes, porque gosta muito de cada um de nós.


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Un

As ofertas de Deus.

Repara como é bela a natureza:


campos, flores, erva verde…
E como são deliciosos os frutos que
colhemos das árvores!
Deus colocou tudo isto na Terra para
que todos possam viver felizes.

Mas não é apenas a natureza que nos faz felizes. O melhor de tudo são as
pessoas que nos amam e cuidam de nós.

Marca golo,
pai!

A família é uma grande prenda de Deus.


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de 5
Não me apanhas,
não me apanhas…

Os nossos amigos fazem-nos companhia e proporcionam-nos muita alegria.

A natureza, a família e os amigos são presentes muito importantes que Deus


nos ofereceu.

Dialoga:
— Na tua opinião, quais são as coisas mais importantes que existem na natureza?
— A família é importante para ti? Porquê?
— Sabes estimar os teus amigos como se estima uma prenda muito valiosa?

Deus ofereceu-nos a natureza, com a sua beleza e os seus frutos. Também


nos deu pessoas que nos amam e nos protegem.

Procura atividades no caderno do


aluno (fichas 57 e 58).
e5
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Un

Jesus — um presente de Deus.


Sejam humildes
Apesar de todas as coisas maravi-
como as crianças.
lhosas que as rodeiam, as pessoas
aborrecem-se e até brigam. Dizem
coisas que magoam as outras e fa-
zem coisas erradas. No fim de tudo,
ficam tristes e não são felizes.
E isso não é de agora. Há muitos anos
que tal aconte-
ce.
Para ajudar as
pessoas a serem
mais felizes, Deus
quis que nasces-
se Jesus, para
lhes mostrar o
caminho da feli-
cidade.
Jesus amou a todos. Junto dele, também as
crianças sentiam o amor de Deus.

Jesus mostrou que Deus nos ama,


sendo amigo de todos, em especial
Dialoga:
dos mais esquecidos e desprezados.
—C
 onheces algum acontecimento
Muitas pessoas se juntavam para o vivido por Jesus? Partilha-o com
escutar, até mesmo as crianças. os teus colegas.

Com a sua amizade e a sua mensagem de amor, Jesus mostra-nos que


Deus nos ama.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 59).
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de 5
Deus ama todas as pessoas.
Recordas-te da história do patinho feio? Não foi nada fácil para o pequeno
cisne viver desprezado, só porque era diferente!
Por vezes, as pessoas também são antipáticas umas com as outras.

Observa a figura:

E as tranças da
Francisca? Ela é
mesmo pirosa!
Não gosto da
Soraia: parece
uma maria-rapaz.

A Sara e a Matilde não simpatizam com a Soraia


nem com a Francisca.

Se a Soraia e a Francisca escutassem Como vês, algumas pessoas não


o que diziam a Sara e a Matilde gostam de outras só porque são di-
ficariam tristes, por acharem que elas ferentes.
não gostavam delas. Tudo porque Mas para Deus somos todos espe-
uma se vestia de maneira diferente ciais.
e a outra tinha tranças.
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Un

No tempo de Jesus, também havia pessoas que não gostavam de outras.


Até pensavam que Deus não se importava que sentissem ódio por alguém.
Mas Jesus não pensava assim!

O Pai do céu gosta de todos. Não faz ele


brilhar o Sol sobre os bons e os maus?
Não dá ele a chuva aos justos e aos pecadores?
Amem a todos, como faz o vosso Pai do céu.

Jesus veio mostrar-nos que Deus tem Dialoga:


um coração tão grande que todos
—C
 omo te sentes quando julgas
lá cabem, até aqueles que nós que não gostam de ti?
achamos maus.
— Que nos ensina Jesus sobre o
Jesus diz-nos que devemos amar a amor que Deus sente pelas
todos, como faz o Pai do céu. pessoas?

Deus ama todas as pessoas.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 60).
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de 5
Deus aceita-nos como filhos.
O amor de Deus não é apenas como o de um amigo. Jesus diz-nos que Deus
é Pai e que está sempre disposto a receber-nos como seus filhos queridos,
mesmo quando não nos portamos bem.

Lê a história que Jesus contou para mostrar o amor de Deus.

Um pai cheio de amor no coração


Um filho pediu muitas riquezas ao pai e depois partiu para um país distante.
Gastou toda a fortuna em festas e coisas do género, até ficar sem nada. Então,
foi procurar trabalho, mas tudo o que conseguiu foi ir para os campos cuidar dos
porcos… Mesmo assim, passava fome.
Depois de muito sofrer, sentiu sau-
dades do pai e resolveu regressar a
casa. Ainda vinha longe, quando o pai o
avistou. Correu para o filho e cobriu-o
de beijos.
O filho disse:
— Pai, não mereço que me trates
como um filho…
Mas o pai, sem dar importância,
disse para os seus empregados:
— Tragam-lhe a melhor roupa e
preparem uma grande festa. O meu
filho está de volta!

Adaptado de Lc 15, 11-32


O regresso do filho pródigo
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Dialoga:
—C
 oncordas com a reação do pai, depois de o filho ter regressado?
— Quem é o pai? De quem fala Jesus ao contar a história?
— E quem será o filho?

O amor dos pais representa o amor de Deus.

Deus é um Pai sempre pronto para nos acolher como seus filhos.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 61).
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de 5
Deus dá-nos a paz.
Deus gosta de nós como seus filhos. Viver como filho ou filha de Deus é tratar
os outros como nossos irmãos, pois também eles são amados por Deus.

Mas nem sempre agimos com ami-


Observa a imagem.
zade. Por vezes somos egoístas, anti-
páticos e até provocamos brigas.

Dá-me a minha
bola! Já!
Não te irrites,
tudo se vai
resolver.
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É muito melhor viver em paz do que no meio de brigas, não é verdade?


Jesus veio ensinar-nos que Deus dá paz ao nosso coração. Para vivermos
como seus filhos, devemos fazer com que todos os que nos rodeiam também
estejam em paz.

Repara no que disse Jesus aos seus amigos, num dia em que subiu com eles
a um monte.
Felizes são aqueles que
fazem tudo para que haja
paz. Eles serão chamados
filhos de Deus.

Dialoga: Com os teus colegas, recita, muito


—P
 orque é que por vezes as lentamente, a oração ao Pai do céu.
pessoas brigam? Pai do céu,
— Que deseja Deus para o nosso ajuda todas as pessoas
coração? a entenderem-se e a serem amigas.
— Que podes fazer para viver em Perdoa-me pelas vezes
paz com os teus colegas? em que provoco brigas.
Ajuda-me a viver em paz
e a ser amigo de todos.

Deus dá-nos a paz e pede-nos para construirmos a paz à nossa volta.


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Deus quer o nosso bem...
O amor de Deus por nós não tem limites. Como o melhor dos pais, ele deseja
sempre o nosso bem. Todos os dias cuida de nós, mesmo sem sabermos. Foi
isso que Jesus disse um dia.

Lê com atenção o texto que se segue.

As aves e as flores
Reparem nas aves do céu: não semeiam, nem ceifam os
campos. Mesmo assim, o vosso Pai do céu alimenta-as e cuida
delas.
Vejam como são bonitas as flores do
campo! Elas não trabalham nem fazem
a sua própria roupa. Mesmo assim, Deus
veste-as com cores mais bonitas do que a roupa dos reis.
Se Deus cuida assim das aves e das flores, não fará muito
mais por todos vocês, os seus filhos?
Adaptado de Mt 6, 26-30

Esta mensagem de Jesus diz-nos que


Deus se preocupa com o nosso bem- Assim como Deus
-estar. Ele está sempre disposto a dar- cuida de vocês,
-nos aquilo que nos faz verdadeiramente também vocês devem
felizes. fazer o bem uns aos
outros. Façam aos
Mas Jesus lembra-nos ainda uma outra
outros o que desejam
coisa muito importante. Para saberes o
que os outros vos
que é, lê o balão da ilustração.
façam.

• Numa folha, escreve o que gostas e o • Depois de lidas as mensagens, escre-


que não gostas que te façam. Os teus vam numa cartolina alguma coisa que
colegas fazem o mesmo. Um aluno ou todos devem fazer e outra que todos
uma aluna recolhe todas as folhas. devem evitar fazer. Afixem a cartolina.

Deus quer o nosso bem e deseja que façamos o bem uns aos outros.
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Há muitos anos: o amor


de Deus...
Muitos anos antes de Jesus nascer, os
Observa a imagem.
seus antepassados tinham fugido de
um país chamado Egito, onde eram
escravos.
Guiados por um homem chamado
Moisés, caminharam pelo deserto.
A sede era muita e toda a gente
protestava contra Moisés, pois só Atira o cajado
encontravam água suja. para a água e
ela ficará boa
para beber.

Senhor, ajuda
o teu povo!

Todos beberam da água que se tor-


nou limpa, com a ajuda de Deus.
A revolta e o desânimo passaram e
Moisés (aproximando-se do Monte Sinai), todos ganharam força para continu-
por Lesser Ury arem a caminhada.
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de 5
Mas os dons de Deus são mais abundantes do que se espera. Moisés e os
seus seguidores compreenderam isso: mais à frente encontraram mais água
e muita sombra para descansar.

Obrigado,
Senhor, por esta
água tão fresca.

Deus está atento às necessidades dos seus filhos. O que lhes dá é bom e
abundante.

Graças ao amor de Deus, o povo da Bíblia encontrou água para saciar


a sede.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 62).
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Un

Deus alimenta o seu povo.


Não era só por causa da sede que Moisés e todo o grupo sofriam no deser-
to. A dada altura, não tinham alimento. Muita gente começou a protestar.

Observa o que se passou.

Porque nos trouxeste


para aqui? Foi para
morrermos à fome?

Senhor, dá-nos
alimento!

O povo tinha fome e protestava contra Moisés.

Deus estava atento ao seu povo e escutou o pedido de Moisés. Juntamen-


te com o orvalho da noite, Deus fez aparecer um alimento semelhante ao
pão, que as pessoas recolhiam todas as manhãs.
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de 5
Tanto alimento!
Deus é mesmo
nosso amigo!

Mais uma vez, Deus veio em socorro dos seus filhos, que não tinham que
comer, no deserto.
A este alimento vindo do céu, o povo deu o nome de maná.

Dialoga: Organiza-te em grupo e faz


um pequeno teatro sobre esses
—Q
 ue dificuldades sentiram os
acontecimentos. Pede a ajuda do
antepassados de Jesus no
teu professor.
deserto?
— Como ajudou Deus essas
pessoas?

Com a água e o maná, Deus deu ao seu povo força, coragem, alegria e
esperança.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 63).
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Un

Os nossos alimentos.

Também hoje Deus continua a cuidar de nós, dando-nos o alimento de que


necessitamos para viver.

O sol e a chuva são um sinal do amor


Observa a imagem.
de Deus.
Graças a eles, os campos continuam
a produzir alimento.
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Muitas pessoas trabalham para que os alimentos cheguem à nossa mesa.

Dialoga:
—Q
 ual é o teu prato preferido?
— Existe algum alimento de que não gostas? Como reages, quando to colocam
na mesa?
— Costumas agradecer a Deus pelos alimentos que recebes?

Não desperdices os alimentos, pois estes são uma dádiva preciosa de Deus.
Come um pouco de tudo, com moderação. Partilha com os outros aquilo
de que mais gostas.
Essa é a melhor maneira de agradecer a Deus por te amar todos os dias,
dando-te o alimento de que necessitas.

Também hoje Deus nos dá o alimento de que precisamos.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 64).
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Deus é amor.
Os amigos de Jesus tinham percebido que Deus é um Pai com muito amor
para dar. Eles tinham aprendido a ter fé nesse amor e sentiam vontade de
dizer a todas as pessoas que Deus as amava.
Recordas-te de quando Paulo escrevia cartas a outros amigos de Jesus?
Pois bem, outros apóstolos também o faziam, como S. João, por exemplo.

Observa as imagens.

Deus pôs
amor no nosso
coração.

Os amigos de João receberam a carta com alegria.


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Lê o que dizia a carta.

Deus pôs amor no nosso coração. Por isso, devemos amar-nos uns
aos outros. Muitas pessoas não sabem amar, porque não conhecem o
amor de Deus.
Deus foi o primeiro a amar-nos, dando-nos Jesus. Todos podemos
amar a Deus, se amarmos as pessoas que nos rodeiam. Quem ama está
sempre com Deus e Deus está sempre com ele. Por isso, não precisa
de ter medo de nada.
Cf.: 1Jo 4, 7ss

Dialoga:
—D
 e onde vem o amor que temos no coração?
— Como podemos mostrar que amamos a Deus, nosso Pai?
— Quem são as pessoas a quem deves amar em primeiro lugar?

Coração na Mão, por Larry Moore

O amor vem de Deus. Podemos amar a Deus, amando aqueles que nos
rodeiam.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 65).
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Amar a Deus é falar com ele.


Deus está sempre pronto para te amar, como se fosses único ou única no
mundo. Está atento ao que se passa contigo.
Os amigos gostam de estar juntos, não é verdade? Também Deus aguarda
que fales um pouco com ele.
Podes fazê-lo em qualquer momento do dia. Por exemplo:

Rezar de manhã
Meu Deus,
Obrigado por este novo dia.
Ajuda-me a vivê-lo com coragem e alegria.
Conto contigo
Para me ajudares a cumprir
Todos os meus deveres
E a ser amigo de todos.
Fica sempre comigo.

Um novo dia nasceu. É bom sentir o


sol pela manhã, depois de uma boa
noite de sono.

Quando te zangas com alguém

Pai do céu,
Estou aborrecido com o/a…
Zangámo-nos porque…
Que deveria eu fazer?
Dá-me coragem para pedir desculpa
E também para desculpar. As brigas magoam, não só por fora,
Tu que és meu amigo, mas também por dentro. Deus é
Ajuda-me a ser amigo do/da… sempre nosso amigo e quer dar paz
ao nosso coração.
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Quando estás feliz
Pai do céu,
Estou feliz, porque…
Obrigado por estares comigo.
Obrigado pelos meus amigos,
Pela minha família,
E por todos os que me ajudam a ser feliz.
Ajuda-me também a fazer os outros felizes.
Por vezes, apetece-te pular de alegria.
Deus escuta-te e está feliz contigo.

No fim do dia
Pai do céu,
Agora que tenho sono,
Quero agradecer-te
Por tantas coisas boas que hoje vivi.
Perdoa-me pelas vezes
Em que não fiz o que devia.
Fica comigo.
Até amanhã.

Agora, que já é de noite, Deus continua Para viveres o teu amor a Deus, de-
a olhar por ti, enquanto dormes. ves também tentar perceber o que
ele te pede em cada momento e
cumprir a sua vontade.

• Dialoga com os teus colegas sobre uma situação que te faça feliz no momento
presente.
• Reza, com a turma, muito devagarinho, a oração «Quando estás feliz».

Falar com Deus ajuda a sentires-te mais seu amigo.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 66).
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Amar a Deus
nem sempre é fácil.
Dizer que temos muita fé e muito amor a Deus é fácil, principalmente quan-
do tudo nos corre bem. Mas quando os outros nos aborrecem e Deus nos
pede, cá dentro, que tenhamos um pouco de paciência… isso, já é mais
difícil.

Repara no que se passou com o Ricardo.

Um, dois, três!


Nestas últimas semanas, o Diogo andava muito intrigado.
O Ricardo era um dos seus melhores amigos, andavam sempre juntos no re-
creio, sentavam-se ao lado um do outro, na sala de aula, e trocavam os cromos
dos jogadores de futebol.
O Diogo era do Benfica, o Ricardo era
do Sporting, mas isso não era problema.
Ricardo! Só quando um dos clubes perdia é que
Ricardo! eles não vinham lá muito bem dispostos,
mas depois tudo passava — até porque
nessas alturas a mãe do Diogo fazia um
bolo de chocolate como só ela sabia e
dava-lhe sempre umas fatias para ele
levar para o lanche e partilhar com o
Ricardo.
— Eu sei que o açúcar faz muito mal
— dizia ela a rir — mas é só por esta
vez…
E, com o bolo a desfazer-se na boca,
os golos dos adversários esqueciam-se
mais facilmente.
Mas nestes últimos dias o Ricardo an-
dava muito estranho.
No recreio, por mais que o Diogo
chamasse por ele, ele parecia surdo.
Assobiando para o ar, passava o tem-
po todo a lançar a bola com força em
direção ao cesto de básquete.
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de 5
Entrasse ou não entrasse, para o Ri-
cardo era o mesmo. Continuava a lan-
çá-la e a dizer:
Estás a
— Um, dois, três! Um, dois, três! Um,
ver aquele
dois, três!
Depois, de repente, parava, guarda- palerma?
va a bola e entrava na escola.
No outro recreio, voltava ao mesmo.
— Um, dois, três! Um, dois, três! Um,
dois, três!
Por mais que o Diogo quisesse saber
por que fazia ele aquilo, o Ricardo não
dizia nem uma palavra.
Até que, de repente, depois de mais
uma insistência do Diogo, ele acabou
por explodir:
— É para ver se não lhe dou um es-
talo!
O Diogo ficou a olhar para ele, sem
dizer nada, até que finalmente o Ricar-
do explicou tudo:
— Estás a ver aquele palerma do 4.º ano, que nunca empresta nada a ninguém
e que anda sempre a implicar com os mais miúdos? Pois, esse. Agora passa a vida
a implicar comigo, a chamar-me caixa de óculos, a gozar com o Sporting — e eu
ando cá com uma vontade de lhe ir à cara, que nem imaginas… Mas o meu pai
disse que isso não resolvia nada, que ele ia ficar muito mais danado se pensasse
que eu não ligava nada ao que ele dizia — e então eu, para me passar a fúria,
venho atirar bolas ao cesto e contar muitas vezes até três… Depois acalmo e volto
à sala como se não fosse nada comigo.
— E ele? — perguntou o Diogo.
O Ricardo deu uma gargalhada:
— Não sei, mas há bocado também o ouvi repetir muitas vezes «Um, dois, três!
Um, dois, três! Um, dois, três!»
Alice Vieira (história inédita)

Dialoga:
—Q
 ue farias se estivesses no lugar — Como poderia ele mostrar amor a Deus,
do Ricardo? perante as provocações do menino do
4.º ano?

Amar a Deus é amar os outros, mesmo quando é difícil.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 67).
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Amar a Deus
é amar os outros.
Para provar que amamos a Deus, temos de ser capazes de amar aqueles
que nos rodeiam, tratando-os com amizade e respeito, tal como o Ricardo
e o Diogo.

Observa as imagens.

Deve estar Toma. Foi a


delicioso! minha mãe
Obrigado! que fez.

Amar a Deus é amar os outros, mesmo quando são


diferentes de nós.

Amar a Deus é partilhar e ser agradecido.


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de 5
Observa agora, com atenção, as figuras seguintes.

Também gostava
de dançar…

Se me deixassem
jogar…

Dialoga:
—C
 omo poderiam as meninas Muitas pessoas têm mostrado um
mostrar que têm amor a Deus? grande amor a Deus pela forma como
— E os dois meninos? amam os outros.

Quando somos amigos dos outros, ajudamo-los a perceber que Deus os


ama.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 68).
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Vamos cantar
o amor de Deus!
Podemos mostrar que estamos felizes por nos sentirmos amados por Deus,
cantando com alegria.

Canta com os teus amigos a seguinte canção. Em grupo, podes inventar uma
dança ou uma coreografia para esta música.

Estrelas
Acima das estrelas
Há uma luz maior.
Estrelas são mãos de esperança,
A luz de Deus, seu criador.

E por mais que contem todas elas,


Incontáveis são seus sinais,
Pois deu nome a cada uma delas
E hoje rege os seus corais.

A glória da escrita de Deus


Não é comparável, é mais,
Seu manto se estende além dos céus,
Sua glória reflete o seu poder.

Seus olhos são chamas de amor,


Sua voz é coragem e fé.
Ele é a esperança e a paz
Que todos procuram nos céus. E ainda que o negassem,
Rejeitando todo o amor,
Acima das estrelas
Uma lágrima do céu caía,
Há um amor maior.
Entre chuvas de amor.
Entregaram o seu próprio filho
Que se tornou o grande amor. Autor: Rui Lourenço

Cantar o amor de Deus transmite paz e alegria.

Procura atividades no caderno do


aluno (ficha 69).
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de 5
Bibliografia

AA.VV. 1998. O Príncipe do Egito. DVD. Estúdio Dream Works SKG. Distribuição:
Universal Pictures Portugal Lda.

AA.VV. s.d. XPTO — Canções para Evangelizar. CD áudio. Direção Artística: Ir.
Natália Costa; Ir. Ricardo Borges. Arranjos Musicais: Nuno Alexandrino. Paulinas
& Congregação das Oblatas do Divino Coração jardim de infância de Nossa
Senhora da Piedade (Odemira).

BÍBLIA SAGRADA. 1993. Tradução Interconfessional do Hebraico, do Aramaico e


do Grego em Português Corrente. Difusora Bíblica. Lisboa.

DISNEY Walt. 2002. A Bela e o Monstro — Edição Especial Limitada. VHS.


Lusomundo. Lisboa.

LÉON-DUFOUR Xavier. 2007. Vocabulário de Teologia Bíblica. Ed. Vozes.

LOURENÇO Rui. 2003. Celebra e Partilha a Vida. CD áudio. Externato Marista de


Lisboa. Lisboa.
Solistas: Catarina Dias; Joana Barbosa; Margarida Simões; Tânia Pedrinho.
Coro do Externato Marista de Lisboa.

PADRE CROISET. s.d. Ano Cristão. Vol. IX. Tipografia Porto Médico. Porto.

SANTA SÉ. 1993. Catecismo da Igreja Católica. Gráfica de Coimbra. Coimbra.

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