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outubro rosa

saúde mental e câncer de mama

amanda farisco
ÍNDICE

02 | Sobre a Autora
03 | Como Surgiu o Outubro Rosa
06 | Câncer de Mama em Homens
09 | Pessoas Trans
10 | O Impacto do Diagnóstico
12 | Impacto Emocional
13 | 5 Fases do Luto
18 | Convivendo
22 | Eu Não Sou Minha Condição
23 | Xô, Positividade Tóxica
24 | A Importância da rede de Apoio
25 | Como Oferecer Apoio
30 | Para Fechar
sobre a Autora

Amanda Farisco é
graduada em Psicologia,
pós-graduada em Terapia
Cognitivo Comportamental
e possui MBA em Gestão
de Negócios e Pessoas..

Proprietária da Farisco RH desde 2010, com


17 de experiência com psicologia
organizacional. Responsável pelo Programa de
Saúde Mental das empresas parceiras da
Farisco RH. Fundadora e responsável técnica
do Que Tal, Saúde Mental, plataforma de
atendimento psicólogo online desde 2022.

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Como Surgiu o
outubro rosa:

No Brasil, a conscientização em
torno da Campanha do Outubro
Rosa teve início em 2002. Desde
então, esse importante movimento
ganhou força, tornando-se uma
voz uníssona na luta contra o
câncer de mama. O objetivo
primordial dessa campanha é a
promoção da prevenção, visando
fornecer informações cruciais que
capacitam as pessoas a buscarem
diagnósticos mais precoces,
quando necessário.
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Como Surgiu o
outubro rosa:

Para promover a conscientização


durante o Outubro Rosa, acontece
uma grande mobilização nacional
que une indivíduos, organizações
e comunidades em torno de um
propósito maior: salvar vidas.
Durante todo o mês de outubro,
monumentos icônicos, prédios
públicos e empresas se vestem de
rosa, simbolizando a solidariedade
na luta contra o câncer de mama.
Sem esta movimentação social, o
Outubro Rosa não aconteceria na
prática. 4
Como Surgiu o
outubro rosa:

Essa campanha não só quebra tabus


em torno do câncer de mama, mas
também promove a empatia, a
informação e a esperança em todo
o país.
O Outubro Rosa é um lembrete
poderoso de que, quando a
sociedade se une em prol de uma
causa, podemos fazer a diferença.
Juntos, estamos combatendo o
câncer de mama e proporcionando
às pessoas a oportunidade de viver
uma vida saudável e plena.
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Câncer de mama em
homens

O câncer de mama em homens é


relativamente raro em comparação
com o câncer de mama em
mulheres. De todos os casos,
apenas 1% ocorrem em homens.
Mas embora a incidência seja muito
menor, ainda é essencial que os
homens também estejam cientes
dessa possibilidade e fiquem
atentos a quaisquer mudanças
suspeitas na região mamária.

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Câncer de mama em
homens

Infelizmente o machismo estrutural


é responsável pela negligência
sobre a saúde masculina, fazendo
com que homens muitas vezes
deixem de tomar os cuidados
necessários com seu corpo e sua
mente por entenderem estes
cuidados como pontos de
vulnerabilidade. E está mais do que
na hora de virarmos este jogo e
entendermos que cuidar da saúde é
essencialmente, a preservação da
vida.
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Pessoas trans

Também precisamos nos lembrar de


incluir a população trans no
combate e na prevenção ao câncer
de mama. Infelizmente por conta da
marginalização que envolve
mulheres trans e travestis, o acesso
a médicos mastologistas acaba
sendo restrito e consequentemente,
o diagnóstico pode ser dificultado.
Ainda que o risco só seja
aumentado em caso de
hormonização prolongada, é
necessário a prevenção.
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Pessoas trans

Já homens trans que possuam as


mamas, têm as mesmas chances
que mulheres cis de desenvolver
câncer de mama. Para pessoas que
optam pela retiradas das mamas, as
chances caem em 90%.
Considerando a negligência em
torno de pessoas trans em todos
os sentidos que envolvem sua
existência, é imprescindível trazê-
las para a discussão no Outubro
Rosa se queremos fazer desta
campanha, um trabalho efetivo.
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O impacto do
diagnóstico

O primeiro impacto ao receber um


diagnóstico de uma condição como
o câncer (independentemente do
tipo) é sempre avassalador. A
notícia reverbera com uma
intensidade única em cada pessoa,
desencadeando uma série de
emoções complexas e profundas.
Embora as reações possam variar
de indivíduo para indivíduo, é
inegável o sofrimento que muitas
vezes se segue.

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O impacto do
diagnóstico

A caminhada após o diagnóstico é


uma montanha-russa emocional,
onde o medo, a incerteza e a
ansiedade se entrelaçam com a
esperança, a resiliência e a
determinação. A mente e o coração
da pessoa diagnosticada podem se
encher de perguntas e
preocupações, enquanto enfrentam
um caminho repleto de desafios
físicos e emocionais.

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impacto
emocional

Medo
Frustração
Elaboração do luto (de tudo
aquilo que a pessoa abre mão)
Sentimento de desesperança
Sentimento de ser um fardo
Depressão
Ansiedade
Vergonha
Labilidade afetiva
Retraimento social
Baixa autoestima

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5 fases do luto

De acordo com a psiquiatra suiço-


americana Elizabeth Kübler-Ross,
que se destacou por seu trabalho
no campo dos cuidados paliativos,
o luto se divide em cinco fases:
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5 fases do luto

Primeiro estágio - Negação e


isolamento: Nesta fase inicial, as
pessoas tendem a negar a
realidade da dor que estão
vivenciando.
Segundo estágio - Raiva: Após
a negação, muitas vezes as
pessoas experimentam uma
intensa raiva. Se sentem
injustiçadas e podem culpar o
destino ou outras pessoas por
sua dor ou condição.

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5 fases do luto

Terceiro estágio - Barganha:


Nesta fase, as pessoas podem
tentar fazer acordos, muitas
vezes com Deus ou o destino,
na esperança de evitar o
sofrimento ou diminuir seu
impacto.
Quarto estágio - Depressão: É
quando a realidade da situação
começa a se estabelecer. As
pessoas podem se sentir tristes,
solitárias e desesperançadas
durante esta fase.
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5 fases do luto

Quinto estágio - Aceitação: É a


fase em que as pessoas
começam a aceitar sua
vivência, sua condição e tudo
que vem junto disso. Isso não
significa que elas estejam
"bem" com a situação, mas
estão em um lugar onde
podem lidar com ela de maneira
mais adaptativa.

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5 fases do luto

É importante ressaltar que nem


todas as pessoas passam por todas
essas fases, e a experiência do luto
é altamente individual e não é
necessariamente linear.

Também vale lembrar que o luto


que se manifesta no momento do
diagnóstico de um câncer de mama
não está necessariamente ligado
com o medo da morte física mas
sim, com todo o sofrimento físico e
emocional envolvido no processo.
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convivendo

Embora o câncer de mama seja o


que mais atinge mulheres, a taxa de
mortalidade, graças as campanhas
de prevenção e a ciência, são muito
mais baixas do que eram no
passado, girando em torno de 12
mulheres para cada 100.000
(2020).
O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece suporte para o tratamento
incluindo cirurgias, quimioterapia,
radioterapia e tratamento hormonal,
e cuidados pós-tratamento.
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convivendo

No que diz respeito à reconstrução


das mamas após uma mastectomia
(remoção cirúrgica da mama), o
SUS também oferece esse serviço
como parte do tratamento do
câncer de mama. A Lei Federal nº
12.802, de 2013, garante o direito
à reconstrução mamária no âmbito
do SUS.
Mas existe muito mais que pode
ser feito para amparar e resgatar a
autoestima de quem passa por este
processo:
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convivendo

Diversos profissionais que atuam


como tatuadores ou trabalham com
micropigmentação, oferecem a
preços acessíveis ou de forma
gratuita, a reconstrução da auréola
através destes processos.
Outro ponto de extrema
importância é o amparo emocional
e psicológico que pode fazer toda
a diferença no enfrentamento da
doença e seus desdobramentos.

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convivendo

A retomada da rotina e do
autocuidado é essencial. Cada
organismo reage de uma forma ao
tratamento e dentro de cada
limitação, é importante que seja
estimulado o envolvimento em
atividades sociais, atividades físicas
e laborais. Vale lembrar que o
corpo adoece mas a cognição,
neste caso, esta intacta. Então dar
voz e poder de escolha faz toda a
diferença para quem está num
momento de sofrimento.
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eu não sou minha
condição

Não existe uma regra. Tem gente


que quando está enfrentando o
sofrimento só quer falar sobre isso.
E há quem viva ou conviva com
uma condição crônica que também
quer falar sobre outros assuntos e
fazer outras coisas que não sejam
relacionadas a sua condição de
saúde. Portanto tome cuidado para
não reduzir pacientes e rede de
apoio exclusivamente àquela
condição e respeito o momento e
limite de cada indivíduo.
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xô, positividade
tóxica

Cuidado com a positividade


exagerada e evite falas como: "pelo
menos você está viva/o" ou "o
cabelo cair é o de menos, logo
cresce".
Você pode intensificar o
sofrimento do outro quando
invalida ou diminui a sua dor e
pode acabar potencializando o
isolamento da pessoa que ao sentir
que não é compreendida dentro de
sua dor, acaba por não se sentir
pertencente a nenhum vínculo.
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A importância da
rede de apoio

A rede de apoio é fundamental no


cuidado com a saúde física e
mental de pessoas que recebem o
diagnóstico de câncer de mama.
Ter com quem dividir a angústia
num momento como este faz toda
a diferença. Uma rede de apoio
pode ser composta por familiares,
amigos, médicos, psicólogos,
enfermeiros, comunidade religiosa
e uma infinidade de pessoas que
sustentam emocionalmente quem
está fragilizado.
24
Como oferecer
apoio?

Não é fácil conviver com uma


pessoa que luta com uma condição
crônica. em alguns momentos, as
emoções podem ficar a flor da pele
e quem está mais próximo pode
acabar pagando uma conta que não
é sua.
É bem provável que você também
esteja elaborando o seu luto
pessoal por estar vivendo esta
situação. Seja compreensivo com
seus limites e respeite seu tempo.

25
Como oferecer
apoio?

Tenha uma escuta ativa e evite


julgamentos desnecessários a
respeito da condição do outro.
Quando lidamos com pessoas em
sofrimento físico e emocional,
precisamos aprender a escutar de
forma genuína para que possamos
o apoio necessário para quem
necessita. E para fazermos isso,
precisamos também de informação
para evitar que tenhamos ideias
estigmatizadas e reducionistas.

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Como oferecer
apoio?

Incentive e promova a busca por


cuidados com profissionais de
saúde mental (para isso, você
também precisará de informação).
Em momentos em que enfrentamos
o maior de nossos temores que é o
adoecimento físico por uma
condição que exige uma adaptação
na rotina, tratamentos que podem
trazer limitações e uma grande
dose de dor emocional, o
acompanhamento psicológico pode
fazer toda a diferença.
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Como oferecer
apoio?

Não trate as pessoas como “café


com leite” - entenda a necessidade
de quem precisa de ajuda mas
atente-se para não anular a opinião
de quem vive na pele o sofrimento.
Ser rede de apoio é diferente de
impor nossas convicções.
Perceba qual é o tipo de ajuda que
a pessoa precisa para poder
amparar inclusive nas tarefas
rotineiras que podem se tornar um
grande desafio neste momento.

28
Como oferecer
apoio?

Entenda que alguns dias serão mais


complicados do que outros. Para
quem sofre, nunca é linear e é
esperado que a pessoa sofra com
alterações de humor e oscile entre
dias melhores e dias piores. Ter
paciência e ser resiliente nos dias
mais complicados ajuda a manter
vínculos forte e confiáveis e traz
para quem sofre, um sentimento
maior de acolhimento e
pertencimento.

29
para fechar:

Faça o auto exame;


Mantenha seus exames de
mama em dia e visite
periodicamente seu
ginecologista/mastologista;
Mantenha hábitos saudáveis;
Cuide de sua saúde mental
(sempre!);
Fale sobre este assunto e ajude
a quebrar o estigma da busca
por ajuda médica;

30
muito obrigada!

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