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1 O que é a Filosofia?

As questões da Filosofia

GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. O significado etimológico da palavra «filosofia» é
A. sabedoria.
B. amor da sabedoria.
C. capacidade de argumentar.
D. pensamento.
2. Qual destas questões é filosófica?
A. Em Portugal há alguma lei acerca dos maus tratos contra animais?
B. Que diferenças existem entre o sistema jurídico português e o sistema jurídico francês?
C. O modo como a velhice é encarada numa certa sociedade influencia ou não a prática da
eutanásia?
D. O conhecimento humano será genuíno ou ilusório?
3. Qual destas questões é filosófica?
A. As crianças bilingues começam a falar mais tarde do que as outras?
B. Porque é que há línguas mais faladas do que outras?
C. Como é que as crianças aprendem a sua língua materna?
D. Que faz uma palavra significar qualquer coisa?
4. As questões filosóficas são conceptuais, na medida em que são
A. reflexivas.
B. polémicas.
C. difíceis.
D. consensuais.
5. Qual é a frase que não se aplica à Filosofia?
A. Questiona ideias muito comuns que as pessoas usam todos os dias sem pensar.
B. Poucos dos resultados obtidos ficam por desafiar muito tempo.
C. Ocupa-se de questões muito gerais.
D. Usa métodos lógicos que asseguram o consenso entre os especialistas.
6. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta.
i. A tauromaquia deve receber subsídios do Estado destinados às Artes?
ii. Que características deve um objeto ou atividade possuir para ser considerado uma obra
de arte?
A. i. é uma questão mais básica que ii.
B. ii. é uma questão mais básica que i.
C. i. e ii. são questões igualmente básicas.
D. i. e ii. são questões específicas e não básicas.

Nota
Acrescentar em itens deste género a expressão «seleciona a alternativa correta» (ou outra equivalente) pode parecer
redundante (já que essa indicação é dada no início, mesmo que por outras palavras). Contudo, a nossa experiência, e de
outros colegas, mostra que essa repetição ajuda os alunos (sobretudo aqueles que têm mais dificuldades) a compreender
melhor o que é solicitado. Nos Exames Nacionais tal indicação costuma ser dada apenas no início.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 39


1 O que é a Filosofia? As questões da Filosofia

7. A Filosofia é uma
A. ciência social.
B. atividade humana, como a religião, a arte e a ciência.
C. história das grandes ideias.
D. área do saber caracterizada pela valorização do pensamento acrítico.
8. Na Filosofia valoriza-se a
A. incerteza.
B. ignorância.
C. atitude crítica.
D. atitude dogmática.
9. «Pensemos (…) numa afirmação como “Nenhum objeto pode viajar mais depressa do que
a luz“. As afirmações das ciências empíricas são afirmações do género desta: afirmações
que se referem ao mundo que podemos observar pelos sentidos ou que podemos inferir
a partir de observações e medições complicadas realizadas com instrumentos como um
espectrómetro ou um radiotelescópio. Mas por mais que façamos medições e observações
não iremos descobrir se os animais têm direitos, nem se Deus existe.»
Desidério Murcho, «O Que É a Filosofia?»
in Crítica – https://criticanarede.com/filos_gen.html (consultado em 5/03/2021)

Este texto refere-se ao facto de a Filosofia ser


A. um estudo conceptual.
B. empírica.
C. uma reflexão acerca de problemas que não fazem parte da nossa vida.
D. uma área de estudos onde não há respostas consensuais.
10. A Filosofia distingue-se da Matemática, porque, contrariamente a esta,
A. recorre a métodos empíricos.
B. não possui métodos formais de demonstração.
C. nunca fala de números.
D. não é racional.
11. Analisa, atentamente, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. O que é a verdade?
ii. A teoria do Big Bang é verdadeira?
A. i. é mais básica do que ii.
B. ii. é mais básica do que i.
C. i. e ii. são igualmente básicas.
D. Nem i. nem ii. são questões básicas.
12. Qual é a frase falsa?
A. A Filosofia tem um caráter eminentemente argumentativo.
B. A argumentação filosófica raramente conduz a resultados consensuais.
C. Atualmente não existem filósofos.
D. Os problemas filosóficos são problemas em aberto.

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1 O que é a Filosofia? As questões da Filosofia

13. Na «Alegoria da Caverna», a libertação do prisioneiro simboliza


A. a passagem do conhecimento para a sabedoria.
B. a passagem da ignorância para o conhecimento.
C. o facto de algumas pessoas não estarem dispostas a discutir as suas crenças com as
outras pessoas.
D. a transformação de uma atitude crítica numa atitude acrítica.
14. Na «Alegoria da Caverna», o facto de o prisioneiro libertado inicialmente ficar ofuscado
com a luz simboliza
A. a passagem do conhecimento para a sabedoria.
B. a passagem da ignorância para o conhecimento.
C. as dificuldades associadas à aprendizagem de coisas novas.
D. a transformação de uma atitude crítica numa atitude acrítica.
15. Na «Alegoria da Caverna», o prisioneiro libertado regressa à caverna
A. porque desiste de viver fora da caverna.
B. para explicar aos outros prisioneiros que não vale a pena sair da caverna.
C. para explicar aos outros prisioneiros que fora da caverna só existem ilusões.
D. para explicar aos outros prisioneiros que estão enganados acerca do que é ou não real.
16. Uma crença básica é uma crença
A. verdadeira.
B. cuja verdade ou falsidade se reflete na verdade ou falsidade das crenças derivadas.
C. cuja verdade ou falsidade depende da verdade ou falsidade das crenças derivadas.
D. que quase todas as pessoas se preocupam em justificar.
17. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. Ter uma atitude filosófica implica pensar por si mesmo e avaliar de modo imparcial as
ideias.
ii. Ter uma atitude filosófica implica concordar com a ideia que nos parece melhor
justificada, seja quem for o seu autor.
iii. A Mafalda terá uma atitude filosófica se defender sempre a sua opinião pessoal, sejam
quais for as ideias em confronto.
A. i. e ii. são corretas; iii. é incorreta.
B. i. e iii. são corretas; ii. é incorreta.
C. ii. e iii. são corretas; i. é incorreta.
D. i., ii. e iii. são corretas.
18. A Filosofia
A. é constituída por várias disciplinas que tratam de problemas específicos.
B. estuda apenas problemas a que a ciência e a religião não respondem.
C. estuda somente os problemas a que a ciência não responde.
D. corresponde a uma única área de estudo.

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1 O que é a Filosofia? As questões da Filosofia

19. O problema «Existirão boas razões a favor ou contra a existência de Deus?» é abordado pela
A. ciência.
B. religião.
C. Filosofia da religião.
D. Filosofia da ciência.
20. Considera os seguintes problemas filosóficos:
i. Haverá juízos morais que possam ser verdadeiros ou falsos independentemente da
cultura?
ii. O que é a justiça social?
iii. Como se distingue um objeto artístico de um objeto vulgar?
As disciplinas filosóficas onde se debatem estes problemas são, respetivamente:
A. Ética, Filosofia política e Filosofia da arte.
B. Filosofia política, Ética e Filosofia da arte.
C. Filosofia da religião, Filosofia política e Filosofia da arte.
D. Epistemologia, Filosofia política e Filosofia da arte.

GRUPO II
(Outras questões)
1. Quais são as disciplinas filosóficas que estudam, respetivamente, a argumentação, o livre-
-arbítrio, a eutanásia e a justiça social?
2. Indica uma expressão cujo significado seja equivalente a «atitude socrática».
3. Mostra porque é que a rapariga do cartoon a seguir apresentado tem razões para ficar
surpreendida com aquilo que a professora diz.

4. Aprender coisas novas é muitas vezes difícil. Qual é a parte da «Alegoria da Caverna» que
simboliza essa dificuldade. Porquê?
5. Na «Alegoria da Caverna», o modo como o prisioneiro é recebido pelos outros quando
regressa à caverna pode ser interpretado como uma expressão do dogmatismo.
Concordas? Porquê?

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. A Lógica não é
A. um estudo empírico do valor de verdade desta ou daquela proposição.
B. um estudo da distinção entre argumentos válidos e inválidos.
C. um estudo da distinção entre vários tipos de proposição.
D. uma disciplina filosófica.
2. Afirmar que uma certa frase tem valor de verdade significa que ela
A. é verdadeira.
B. não tem valor lógico.
C. é muito plausível.
D. pode ser verdadeira ou falsa.
3. «Há vida na lua de Júpiter chamada Europa.»
Esta frase
A. expressa uma proposição, mesmo que não se saiba se é verdadeira ou falsa.
B. não expressa uma proposição, pois não sabemos se é verdadeira ou falsa.
C. não expressa uma proposição, pois não tem valor de verdade.
D. expressa uma proposição, pois é verdadeira.
4. Há ambiguidade quando
A. várias frases exprimem o mesmo pensamento.
B. uma frase exprime mais do que uma proposição.
C. uma frase só se pode interpretar de uma maneira.
D. diversas frases declarativas têm o mesmo significado.
5. Analisa as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. Frase que contém pelo menos uma palavra com mais do que um significado.
ii. Frase com mais do que um significado devido ao modo como as palavras estão
ordenadas.
A. i. e ii. referem-se à ambiguidade semântica.
B. i. e ii. referem-se à ambiguidade sintática.
C. i. refere-se à ambiguidade semântica; ii. refere-se à ambiguidade sintática.
D. i. refere-se à ambiguidade sintática; ii. refere-se à ambiguidade semântica.
6. Uma proposição simples é uma
A. frase com poucas palavras.
B. proposição fácil de perceber.
C. proposição só com um operador proposicional.
D. proposição sem nenhum operador proposicional.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

7. Considera a seguinte frase:


«Se X é uma pintura, então X é uma obra de arte.»
No exemplo anterior,
A. «X é uma pintura» é uma condição necessária e «X é uma obra de arte» é uma
condição suficiente.
B. «X é uma pintura» é uma condição suficiente e «X é uma obra de arte» é uma condição
necessária.
C. «X é uma pintura» e «X é uma obra de arte» não são nem condições suficientes nem
condições necessárias.
D. «X é uma pintura» e «X é uma obra de arte» são simultaneamente condições
suficientes e condições necessárias.
8. Qual é a forma canónica da proposição expressa pela frase seguinte?
«Ser capaz de ler é uma condição necessária para compreenderes os exercícios de Lógica.»
A. Se compreendes os exercícios de Lógica, então é necessário que sejas capaz de ler.
B. Se és capaz de ler, então compreendes necessariamente os exercícios de Lógica.
C. Se compreendes os exercícios de Lógica, então és capaz de ler.
D. Se és capaz de ler, então compreendes os exercícios de Lógica.
9. A condicional P  Q é verdadeira na circunstância em que a antecedente é falsa e a
consequente verdadeira, pois
A. P é condição suficiente, mas não necessária, de Q.
B. P não é nem condição suficiente nem condição necessária de Q.
C. P é condição necessária, mas não suficiente, de Q.
D. Q é condição suficiente, mas não necessária, de P.

10. A forma proposicional ¬ P ∨ [¬ (Q  R)  S] é uma


A. disjunção exclusiva.
B. disjunção inclusiva.
C. condicional.
D. conjunção.
11. As condições de verdade de uma forma proposicional podem ser apresentadas através
A. de uma tabela de verdade.
B. da forma canónica.
C. da formalização.
D. da forma lógica.
12. Um argumento não é
A. um conjunto de proposições organizado de um modo tal que uma dessas proposições
se apresenta como consequência da(s) outra(s).
B. uma maneira de tentar justificar uma afirmação.
C. uma inferência.
D. qualquer sequência de proposições.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

13. Qual é a frase que se aplica aos argumentos válidos?


A. A conclusão segue-se efetivamente das premissas.
B. As premissas seguem-se efetivamente da conclusão.
C. A conclusão parece seguir-se das premissas.
D. As premissas parecem seguir-se da conclusão.
14. Usando a forma de inferência válida da contraposição, qual é conclusão que podemos
obter a partir de «Se duvido, então penso»?
A. Se penso, então duvido.
B. Se penso, então não duvido.
C. Se não duvido, então não penso.
D. Se não penso, então não duvido.
15. Usando a forma de inferência válida do modus tollens, indica a conclusão que podemos
obter a partir de
«Se todo o nosso conhecimento tem origem na experiência, então a mente não possui
ideias inatas».
A. O nosso conhecimento não tem origem na experiência.
B. Nem todo o nosso conhecimento tem origem na experiência.
C. Todo o nosso conhecimento tem origem na experiência.
D. A mente possui ideias inatas.
16. Qual é a frase que se relaciona com o facto de os argumentos dedutivos válidos
preservarem a verdade?
A. A conclusão dos argumentos dedutivos válidos é verdadeira.
B. As premissas dos argumentos dedutivos válidos são verdadeiras.
C. Se as premissas forem verdadeiras, será impossível a conclusão ser falsa.
D. Se as premissas forem falsas, será impossível ou improvável a conclusão ser verdadeira.
17. Num argumento não dedutivo forte, a verdade
A. das premissas torna provável a falsidade da conclusão.
B. da conclusão torna improvável a falsidade das premissas.
C. das premissas torna impossível a falsidade da conclusão.
D. das premissas torna improvável a falsidade da conclusão.
18. A força dos argumentos não dedutivos
A. é informal.
B. é formal.
C. é ilógica.
D. baseia-se na sua forma canónica.
19. A validade dos argumentos dedutivos que estudaste é
A. sólida.
B. formal.
C. informal.
D. baseada no seu conteúdo.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

20. Num argumento dedutivo inválido


A. não pode suceder todas as proposições serem verdadeiras.
B. não pode suceder as premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa.
C. não pode suceder as premissas e a conclusão serem falsas.
D. Pode suceder qualquer uma das possibilidades referidas nas alíneas anteriores.
21. Num argumento dedutivo válido não pode suceder
A. as premissas e a conclusão serem falsas.
B. as premissas serem falsas e a conclusão ser verdadeira.
C. as premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa.
D. uma premissa ser falsa, outra premissa ser verdadeira e a conclusão ser verdadeira.
22. Qual é a frase verdadeira?
A. Pode-se falar de verdade sem falar de validade, mas não vice-versa.
B. Pode-se falar de validade sem falar de verdade, mas não vice-versa.
C. Explicar o que é a verdade implica referir a validade e explicar o que é a validade implica
referir a verdade.
D. Pode-se explicar o que é a verdade sem referir a validade e pode-se explicar o que é a
validade sem referir a verdade.
23. Um argumento por analogia é um argumento não dedutivo em que
A. se calcula o que é provável suceder numa próxima situação.
B. a existência de semelhanças óbvias entre A e B leva a concluir que, provavelmente,
existem também semelhanças menos óbvias.
C. se defende uma ideia devido ao facto de esta ser defendida por alguém que sabe mais
do que nós sobre o assunto em causa.
D. se afirma que a totalidade de uma classe possui uma propriedade observada em certos
membros.
24. Uma previsão é um argumento não dedutivo em que
A. se calcula o que é provável suceder na próxima ou nas próximas ocasiões.
B. a existência de certas parecenças entre A e B leva a concluir a existência provável de
outras.
C. se defende uma ideia devido ao facto de esta ser defendida por alguém que sabe mais
do que nós sobre o assunto em causa.
D. se afirma que a totalidade de uma classe possui uma propriedade observada em certos
membros.
25. Uma generalização é um argumento não dedutivo em que
A. se calcula o que é provável suceder na próxima ou nas próximas ocasiões.
B. a existência de certas parecenças entre A e B leva a concluir a existência provável de
outras.
C. se defende uma ideia devido ao facto de esta ser defendida por alguém que
presumivelmente sabe mais do que nós sobre o assunto em causa.
D. se afirma que a totalidade dos membros de uma classe possui uma propriedade
observada em certos membros.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

26. Um argumento de autoridade é um argumento não dedutivo em que


A. se calcula o que é provável suceder na próxima ou nas próximas ocasiões.
B. a existência de certas parecenças entre A e B leva a concluir a existência provável de
outras.
C. se defende uma ideia devido ao facto de esta ser defendida por alguém que
presumivelmente sabe mais do que nós sobre o assunto em causa.
D. se afirma que a totalidade de uma classe possui uma propriedade observada em certos
membros.
27. Os portugueses gostam muito de ler, já que 99% da vasta clientela da livraria «O Mundo
dos Livros» declarou gostar de ler. Trata-se de uma
A. falácia da amostra não representativa.
B. generalização precipitada.
C. generalização forte.
D. previsão forte.
28. Criticar os antepassados de uma pessoa, dizendo, por exemplo, que o avô era contrabandista
ou alcoólico, para justificar o facto de se discordar de uma opinião dela, é a falácia
A. do apelo à ignorância.
B. da derrapagem.
C. do espantalho.
D. ad hominem.
29. Ao incluir nas premissas a ideia que se quer defender comete-se a falácia
A. da petição de princípio.
B. do apelo à ignorância.
C. do falso dilema.
D. do espantalho.
30. Ao rejeitar uma ideia alegando, implausivelmente, que ela provocará uma sequência de
efeitos progressivamente piores comete-se a falácia
A. do apelo à ignorância.
B. da derrapagem.
C. do falso dilema.
D. do espantalho.
31. Ao deturpar um argumento para facilitar a sua refutação comete-se a falácia
A. do apelo à ignorância.
B. da derrapagem.
C. do espantalho.
D. ad hominem.
32. Ao concluir que algo é falso devido ao facto de não se ter provado que é verdadeiro
comete-se a falácia
A. da petição de princípio.
B. do apelo à ignorância.
C. do falso dilema.
D. do espantalho.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

33. Ao reduzir um assunto a duas alternativas quando existem outras comete-se a falácia
A. do apelo à ignorância.
B. da derrapagem.
C. do falso dilema.
D. do espantalho.
34. Uma petição de princípio é uma falácia em que
A. se conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
B. se critica, de modo irrelevante, a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. a conclusão está pressuposta nas premissas.
D. não se consideram alternativas relevantes.
35. Na falácia da derrapagem
A. não se consideram alternativas relevantes.
B. critica-se a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. procede-se à distorção das ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
D. tiram-se consequências progressivamente mais graves de uma ideia na tentativa de a
refutar.
36. A falácia ad hominem é uma falácia em que
A. a conclusão está pressuposta nas premissas.
B. se critica a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. se conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
D. se distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
37. O boneco de palha é uma falácia em que
A. não se consideram alternativas relevantes.
B. se critica a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. se distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
D. se tiram consequências progressivamente mais graves de uma ideia na tentativa de a
refutar.
38. O falso dilema é uma falácia em que
A. não se consideram alternativas relevantes.
B. a conclusão está pressuposta nas premissas.
C. se conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
D. se distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
39. O apelo à ignorância é uma falácia em que se
A. critica a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
B. conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
C. distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
D. tiram consequências progressivamente mais graves de uma ideia na tentativa de a
refutar.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 49


2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

40. Uma falácia informal é um argumento


A. em que o erro reside na forma lógica.
B. que parece inválido, mas é válido.
C. que não possui nenhuma forma lógica.
D. em que o erro não reside na forma lógica.

GRUPO II
(Outras questões)
1. Explica qual é o erro de caráter lógico cometido no seguinte título de jornal.

Governo invocou argumentos falsos


para justificar escolha de magistrado
para procurador europeu
Numa carta enviada ao Conselho Europeu, o Governo português invoca argumentos falsos para
justificar a escolha do magistrado.

Jornal Público, 30/12/2020,


https://www.publico.pt/2020/12/30/sociedade/noticia/governo-invocou-argumentos-falsos-justificar
escolha-magistrado-procurador-europeu-1944691

2. Indica quais das seguintes frases exprimem proposições.


A. Que livro andas a ler?
B. Viva a vida!
C. É mais plausível o mundo ser real do que ser ilusório.
D. Cala-te já com essa conversa de a vida ser um sonho!
E. Por favor, ajuda-me!
F. Existem seres extraterrestres inteligentes.
G. Portugal não está em crise.
H. Neste preciso momento estás na praia.
3. Quantas proposições são expressas pelas frases a seguir apresentadas?
A. Que programa do Windows vais abrir?
B. A crise económica é grave.
C. The window is open.
D. A janela está aberta.
E. Não feches a janela.
F. Janela.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

4. Reescreve as seguintes frases de modo a que fiquem na forma canónica.


A. Na eventualidade de os juízos morais serem subjetivos, não será legítimo censurar os
assassinos nem argumentar contra opiniões diferentes da nossa.
B. A Filosofia é difícil de entender ou pouco útil, se não é estudada com uma atitude
crítica.
C. Uma condição necessária para existir livre-arbítrio é existirem possibilidades
alternativas de ação.
D. A Sociologia estuda a integração social dos imigrantes, embora também estude a
pobreza.
5. Elabora o dicionário das frases seguintes e formaliza-as.
A. Um ato é uma ação se, e apenas se, é voluntário e consciente.
B. Se a Filosofia investiga problemas conceptuais ou polémicos, estudar Filosofia é
principalmente refletir e não decorar as matérias.
C. A ética é objetiva ou não é objetiva, contudo é sempre importante.
D. A existência de Deus e o sentido da vida são problemas estudados pela Filosofia se, e só
se, a Filosofia não for uma disciplina empírica.
E. Ou aquela frase declarativa exprime uma proposição ou não exprime, mas se não
exprime é uma frase absurda.
F. A vida é bela, mas difícil ou breve.
6. Traduz a forma proposicional ¬ (P  ¬ Q) para a linguagem natural (língua portuguesa),
tendo em conta o seguinte dicionário:
P: Há sofrimento desnecessário no mundo.
Q: Existe um Deus omnipotente.
7. Considera os exemplos das alíneas seguintes.
A. Alguns dos mais importantes progressos na história das ideias devem-se à insistência
no rigor na investigação dos factos. Muitas pessoas de épocas diferentes tiveram essa
atitude. Três das que merecem maior destaque foram o historiador Heródoto, o físico e
matemático Galileu e o químico Louis Pasteur.
B. Ao prender os animais em locais pequenos e estreitos e ao matá-los de seguida, as
indústrias alimentares fazem-nos sofrer muito. Como tal, esse modo de tratar os
animais é moralmente errado.
C. A Sociologia estuda temas muito diferentes. Por exemplo: o namoro, os grupos sociais e
o modo como a pobreza e as desigualdades podem ser transmitidas de geração em
geração.
D. Nelson Mandela, que era sul-africano, lutou contra o racismo e pela liberdade,
igualdade e democracia. As suas ideias e ações influenciaram muitas pessoas, no seu
país e no estrangeiro.
E. A Joana não deve ser condenada, uma vez que agiu em legítima defesa e as pessoas
têm o direito de se defender.
7.1 Indica se os exemplos anteriores constituem ou não argumentos.
7.2 No caso dos exemplos que são argumentos, identifica a conclusão.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

8. Indica o nome dos argumentos a seguir apresentados e coloca-os na forma canónica.


A. No caso de ouvires música clássica com frequência, ficarás mais inteligente. E quando
ficares mais inteligente, poderás ter melhores notas. Portanto, no caso de ouvires essa
música com frequência terás melhores notas.
B. O sofrimento insuportável é moralmente errado? Então alguns doentes devem ser
ajudados a morrer. Mas se alguns doentes devem ser ajudados a morrer, a eutanásia
deve ser legalizada. Portanto, caso o sofrimento insuportável seja moralmente errado,
a eutanásia deve ser legalizada.
9. Considera os argumentos seguintes.
A. Se não pensas criticamente, não és capaz de defender as tuas opiniões. Pensas
criticamente se, e só se, sabes argumentar. Logo, se sabes argumentar, és capaz de
defender as tuas opiniões.
B. Se há mal desnecessário no mundo, então é difícil justificar a crença num Deus
omnipotente. Se é difícil justificar a crença num Deus omnipotente, então o problema
da existência de Deus não está resolvido e não faz sentido matar em nome de Deus.
Logo, se há mal desnecessário no mundo, o problema da existência de Deus não está
resolvido e não faz sentido matar em nome de Deus.
C. Os animais não têm direitos, já que não são seres racionais.
D. Reciclar é importante, pois permite poluir menos.
9.1 Elabora o dicionário e formaliza os argumentos A e B.
9.2 Identifica a conclusão dos argumentos C e D.
9.3 Explicita a premissa subentendida nos argumentos C e D.
9.4 Como se chamam os argumentos que têm uma premissa subentendida?
10. Analisa o seguinte argumento.
«Se os telemóveis roubados estão na mochila do Manuel, então foi ele quem os roubou.
Os telemóveis roubados não estão na mochila do Manuel.
Por isso, não foi ele quem os roubou.»
Este argumento é (escolhe duas alternativas):
A. Inválido, pois é possível imaginar circunstâncias em que as premissas são verdadeiras e
a conclusão é falsa.
B. Inválido, pois é possível imaginar circunstâncias em que as premissas são falsas e a
conclusão é verdadeira.
C. Inválido, pois é possível imaginar circunstâncias em que tanto as premissas como a
conclusão são falsas.
D. Inválido, pois o facto de os telemóveis roubados não estarem na mochila do Manuel
não impede que ele os tenha roubado e colocado noutro lugar.
E. Válido, pois se as suas premissas forem verdadeiras a conclusão não poderá ser falsa.
F. Válido, pois o facto de os telemóveis roubados não estarem na mochila do Manuel
mostra que ele não os roubou.
G. Válido, pois a validade é algo diferente da verdade e por isso a falsidade das
proposições não impede a validade do argumento.
H. Válido, pois há conexão lógica entre as premissas e a conclusão.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 52


2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

11. Considera a forma proposicional (P ∨ Q)  ¬ R como a primeira premissa de um silogismo


hipotético e completa a forma argumentativa.
12. Considera a frase «Se os portugueses não trabalharem mais, a crise continuará» como a
primeira premissa de um modus tollens e completa o argumento.
13. Considera a forma proposicional Q ∨ R como a conclusão de um modus ponens e
completa a forma argumentativa.
14. Considera «Se o bom nome é mais importante do que a liberdade de expressão, então é
errado fazer críticas fortes aos políticos» como premissa de um modus tollens e completa
o argumento.
15. Considera «Vivemos numa democracia ou numa ditadura» como premissa de um
silogismo disjuntivo e completa o argumento.
16. Considera «Se a vida não tem sentido, então não vale a pena fazer sacrifícios» como
premissa de uma contraposição e completa o argumento.
17. «Não é verdade que há igualdade de oportunidades em Portugal ou a sociedade
portuguesa é injusta.» Aplicando uma das leis de De Morgan, o que é possível concluir a
partir desta frase?
18. «Não é verdade que o livre-arbítrio e a responsabilidade existam.» Aplicando uma das leis
de De Morgan, o que é possível concluir a partir desta frase?
19. Considera ¬ P  ¬ R como a conclusão de um silogismo hipotético e completa a forma
argumentativa.

20. Considera Q  R como premissa de um modus tollens e completa a forma argumentativa.


21. Considera ¬ Q  P como a conclusão de uma contraposição e completa a forma
argumentativa.
22. Considera ¬ P  ¬ (R  S) como a conclusão de um silogismo hipotético e completa a forma
argumentativa.
23. Como se chamam as seguintes formas argumentativas? Indica também se são válidas ou
inválidas.
A. ¬ P  (¬ Q  R) ∴ ¬ (¬ Q  R)  P
B. (¬ P  ¬ Q) ∨ ¬ R, R ∴ ¬ P  ¬ Q
C. ¬ P  ¬ Q, ¬ Q ∴ ¬ P
D. ¬ P  Q, P ∴ ¬ Q
E. ¬ (P  ¬ Q)  ¬ (R ∨ ¬ S), ¬ (P  ¬ Q) ∴ ¬ (R ∨ ¬ S)
F. ¬ P  Q, ¬ Q ∴ P
24. Indica o que existe de errado nas seguintes formas proposicionais.
A. P ∨ Q  R
B. PQ
C. P ¬  Q

25. A negação correta de ¬ P  ¬ Q será ¬ P  Q ou P  Q? Justifica a tua resposta construindo


a tabela de verdade das formas proposicionais apresentadas.

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

26. Analisa o exemplo que se segue.


O senhor Trump, depois de passar vários dias na Quinta do Lago e na Quinta da Marinha
(dois dos locais de Portugal em que os terrenos e as casas atingem preços mais elevados) e
de ter convivido com muitas dezenas de pessoas que lá vivem, concluiu que os
portugueses têm um excelente nível de vida.
26.1 Como se chama o argumento utilizado pelo senhor Trump?
26.2 Que regra dos argumentos não dedutivos o senhor Trump inequivocamente
infringiu? Porquê?
27. Analisa o exemplo que se segue.
Conheço sete futebolistas profissionais e todos os sete adoram ler romances.
Por isso, qualquer futebolista profissional gosta de ler romances.
27.1 Como se chama o argumento apresentado?
27.2 Que regra dos argumentos não dedutivos é inequivocamente infringida por esse
argumento? Porquê?
28. Analisa o exemplo que se segue.
Os mosquitos costumam picar.
Por isso, aquele mosquito que está no meu quarto é bem capaz de me tentar picar.
28.1 Como se chama o argumento apresentado?
28.2 É forte ou fraco? Porquê?
29. Analisa o exemplo que se segue.
O livro A Vida em Surdina, que já li, e o livro A Vida Amorosa das Minhocas, que não li, têm
capas da mesma cor, o mesmo formato, foram publicados no mesmo ano e pela mesma
Editora. Além disso, o nome próprio de ambos os autores é David (David Lodge e David
Cabeça Vazia, respetivamente).
Ora, A Vida em Surdina é muito bom.
Por isso, A Vida Amorosa das Minhocas também deve ser muito bom.
29.1 Como se chama o argumento apresentado?
29.2 É forte ou fraco? Porquê?
30. Na imagem a seguir apresentada existe um argumento, embora um
pouco dissimulado: Cristiano Ronaldo, que é um grande futebolista,
usa Linic. Logo, é boa ideia usar Linic. Trata-se de um argumento de
autoridade. O que há de errado com esse argumento?
31. Esclarece se o argumento seguinte é ou não falacioso:
É claro que é errado recorrer ao aborto, pois a maioria das pessoas
tem essa opinião.
32. Imagina que num debate estás a defender a necessidade de o Estado apoiar os mais
desfavorecidos e alguém, ao discordar de ti, afirma o seguinte:
«És uma pessoa antipática e arrogante.
Por isso, é evidente que não estás a dizer a verdade.»
Quem contra-argumenta deste modo, está a utilizar que falácia informal? Porquê?

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2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

33. Identifica a falácia cometida no argumento «Alguns filósofos, como Sartre e Nietzsche,
defendem que Deus não existe. Logo, os filósofos são ateus». Justifica.
34. Será forte ou fraco o argumento subjacente às palavras de Trump contra a atriz Rosie
O’Donnel? Porquê?

«Se mandasse no programa “The View”, despediria Rosie O’Donnel (*). Olharia diretamente
para aquela cara gorda e feia e diria: “Rosie, estás despedida!”»
(*) A atriz Rosie O’Donnel criticou publicamente as decisões políticas de Donald Trump.

35. Como é que se pode demonstrar se um argumento dedutivo é válido ou inválido?


36. Identifica a falácia contida no cartoon seguinte:

Na imagem: Homer Simpson, uma das personagens da série televisiva Os Simpsons.

37. Identifica a falácia existente no seguinte exemplo:


Se o relógio não funciona, não nos diz que horas são. Ora, o relógio funciona. Por isso, diz-
-nos que horas são.
38. Como pode um falso dilema ser uma falácia, se a sua forma lógica é um silogismo disjuntivo?
39. Que outro nome pode ser dado a uma petição de princípio?
40. Numa petição de princípio é possível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa?
Porquê?

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3 Determinismo e liberdade na ação humana

GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. Dizer que os seres humanos têm livre-arbítrio é dizer que têm
A. uma vontade livre.
B. liberdade política.
C. liberdade social.
D. a possibilidade de fazer tudo o que quiserem.
2. Qual é a pergunta que não exprime o problema do livre-arbítrio?
A. A liberdade de escolha é ou não conciliável com a circunstância de todos os
acontecimentos terem causas anteriores?
B. O livre-arbítrio será compatível ou incompatível com o determinismo?
C. Os seres humanos têm ou não livre-arbítrio?
D. A liberdade de expressão deve ter limites?
3. «O problema do livre-arbítrio e do determinismo surge devido a uma aparente
contradição entre duas ideias plausíveis. A primeira é a ideia de que os seres humanos têm
_______ para fazer ou não fazer o que queiram. A segunda é a ideia de que tudo o que
acontece neste universo é causado, ou determinado, por acontecimentos ou
circunstâncias _______.»
Howard Kahane, «Livre-arbítrio, determinismo e responsabilidade moral»
– https://criticanarede.com/hkahanelivre-arbitriodeterminismo.html (consultado em 5/03/2021)

Os espaços em branco devem ser preenchidos com as palavras


A. «liberdade» e «anteriores».
B. «determinismo» e «anteriores».
C. «livre-arbítrio» e «posteriores».
D. «livre-arbítrio» e «desconhecidas».
4. «É difícil dizer algo consensual [relativamente a este assunto], mas comumente aceita-se
que uma condição necessária para ____________ é poder decidir-se de outro modo.»
Pedro Merlussi, «Em defesa do incompatibilismo»
– https://criticanarede.com/inwagen.html (consultado em 5/03/2021 e adaptado)

No espaço em branco falta a expressão


A. «haver determinismo».
B. «ter livre-arbítrio».
C. «não ter livre-arbítrio».
D. «não ter possibilidades alternativas de ação».
5. O determinismo radical defende que
A. algumas ações humanas não são determinadas.
B. nenhuma ação humana é determinada.
C. algumas ações humanas são livres.
D. nenhuma ação humana é livre.

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3 Determinismo e liberdade na ação humana

6. Inúmeras descobertas científicas revelam causas determinantes do comportamento, não


havendo nenhum facto cientificamente sustentado que milite a favor da ideia de uma
vontade humana livre. Esta tese enquadra-se no
A. libertismo.
B. determinismo moderado.
C. determinismo radical.
D. determinismo radical e no determinismo moderado.
7. Não somos moralmente responsáveis pelo que fazemos, mas devemos ainda assim ser
responsabilizados, já que isso pode influenciar positivamente o nosso comportamento.
Esta tese enquadra-se no
A. libertismo.
B. determinismo radical.
C. determinismo moderado.
D. determinismo radical e no determinismo moderado.
8. Podemos ser profundamente condicionados pelos genes e pelos costumes sociais, entre
outros fatores, sem perceber que isso está a suceder. Esta frase pode ser apresentada
como objeção ao
A. libertismo.
B. determinismo.
C. determinismo radical.
D. determinismo moderado.
9. A causalidade do agente é um conceito utilizado pelo
A. determinismo moderado.
B. determinismo radical.
C. libertismo.
D. determinismo moderado e pelo libertismo.
10. Em termos causais, as escolhas humanas são completamente diferentes dos outros
acontecimentos do mundo. Esta tese pode ser defendida por um
A. determinista radical e por um determinista moderado.
B. determinista moderado.
C. determinista radical.
D. libertista.
11. Temos inúmeras vezes a sensação de que as nossas escolhas dependem apenas de nós, ou
seja, sentimos muito frequentemente que escolhemos livremente.
Por isso, é certo que o livre-arbítrio existe.
Este argumento enquadra-se no
A. libertismo.
B. determinismo radical.
C. determinismo moderado.
D. determinismo moderado e no libertismo.

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3 Determinismo e liberdade na ação humana

12. Segundo Jean Paul Sartre,


A. somos tão livres que até podemos recusar a liberdade.
B. somos tão livres que podemos não fazer escolhas.
C. somos tão livres que não podemos recusar a própria liberdade.
D. se escolhermos não escolher deixamos de ser livres.
13. Segundo Jean Paul Sartre,
A. a essência precede sempre a existência.
B. no caso dos seres humanos, a existência precede a essência.
C. a existência precede sempre a essência.
D. no caso dos seres humanos, a essência precede a existência.
14. Segundo o determinismo moderado,
A. se não há coação imediata, então não há qualquer cadeia causal relacionada com a
ação e, portanto, esta é livre.
B. mesmo que haja uma forte coação imediata, o desejo do agente é a causa da ação e,
portanto, esta é livre.
C. se escolhermos fazer algo e se nada nos impede de o fazer, ao fazê-lo estamos a
exercer o nosso livre-arbítrio.
D. as ações livres são aquelas que, na ausência de causas anteriores, derivam do desejo do
agente.
15. O determinismo moderado considera que as ações humanas têm causas anteriores, mas
A. apesar disso existe livre-arbítrio e o determinismo é falso.
B. a sua influência não é suficientemente forte para coagir sempre o agente e impedir que
todas as ações sejam livres.
C. estas só influenciam as pessoas com pouca força de vontade.
D. a sua influência não constitui uma coação e por isso não impede que algumas ações
sejam livres.
16. Os seres humanos podem agir livremente, mas não são capazes de decidir fazer algo a
partir do nada e, por isso, quem entende o livre-arbítrio como o poder de iniciar ações
independentemente de quaisquer causas anteriores está a confundir os seus desejos com
a realidade.
Esta tese enquadra-se no
A. libertismo.
B. determinismo radical.
C. determinismo moderado.
D. no libertismo e no determinismo radical.

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3 Determinismo e liberdade na ação humana

17. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:


i. Quando analisamos uma ação qualquer encontramos sempre causas anteriores à
decisão do agente.
ii. Se todas as ações tiverem causas anteriores, então a existência de possibilidades
alternativas de ação é impossível.
iii. Evolutivamente, é implausível que a crença no livre-arbítrio seja uma mera ilusão.
A. i. Objeção ao libertismo; ii. Objeção ao determinismo moderado; iii. Objeção ao
determinismo radical.
B. i. Objeção ao determinismo moderado; ii. Objeção ao libertismo; iii. Objeção ao
determinismo radical.
C. i. Objeção ao determinismo radical; ii. Objeção ao determinismo moderado; iii. Objeção
ao libertismo.
D. i. Objeção ao libertismo; ii. Objeção ao determinismo radical; iii. Objeção ao
determinismo moderado.
18. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. Dizer que o livre-arbítrio não envolve a autodeterminação do agente é uma
simplificação grosseira do conceito de livre-arbítrio.
ii. O facto de sentirmos que escolhemos livremente algo não prova a existência de
escolhas livres.
iii. Negar a existência de liberdade da vontade é um erro, pois isso implica negar também a
existência de responsabilidade moral.
A. i. Objeção ao libertismo; ii. Objeção ao determinismo moderado; iii. Objeção ao
determinismo radical.
B. i. Objeção ao determinismo moderado; ii. Objeção ao libertismo; iii. Objeção ao
determinismo radical.
C. i. Objeção ao determinismo radical; ii. Objeção ao determinismo moderado; iii. Objeção
ao libertismo.
D. i. Objeção ao libertismo; ii. Objeção ao determinismo radical; iii. Objeção ao
determinismo moderado.
19. Considera as afirmações apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. As pessoas que não ponderam as consequências dos seus atos não merecem ter
liberdade.
ii. Nas democracias, os cidadãos têm mais liberdades do que nos outros regimes políticos.
A. Nenhuma das afirmações é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
B. Ambas as afirmações são relevantes para a discussão do problema do livre-arbítrio.
C. Apenas a afirmação 1 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
D. Apenas a afirmação 2 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 1.ª Fase / 2019)

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3 Determinismo e liberdade na ação humana

20. Imagina que queres ouvir música e que, em seguida, pões os auscultadores e ouves
música.
De acordo com o determinismo radical, o facto de quereres ouvir música
A. é um indício de livre-arbítrio apenas se não foi sujeito a coação.
B. resulta de uma causa mental independente da natural.
C. não tem qualquer conexão com uma suposta vontade livre.
D. não tem uma causa, sendo um mero produto do acaso.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 1.ª Fase / 2019)

GRUPO II
(Outras questões)
1. Qual é a diferença entre a liberdade política e o livre-arbítrio?
2. Como se distinguem as perspetivas incompatibilistas e compatibilista acerca do problema
do livre-arbítrio?
3. A ideia de que uma ação pode ser simplesmente causada por uma decisão do agente é
implausível e contraria os dados científicos. Esta afirmação constitui uma crítica a que
teoria?
4. A educação e as influências sociais fazem parte das causas dos comportamentos humanos
mas não impedem as escolhas de serem livres. Qual é a teoria que defende essa ideia?
5. Alguma das teorias que estudaste defende que ter livre-arbítrio implica poder fazer tudo o
que se quer, sem quaisquer limites? Porquê?

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4 O problema da natureza dos juízos morais

GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. Os valores não são
A. ideias como solidariedade, honestidade ou beleza.
B. ideias como flor, quadrado ou largura.
C. objetivos importantes.
D. critérios de escolha.
2. Qual é o juízo de facto?
A. A Internet é perigosa.
B. A privacidade é um valor fundamental.
C. A Internet deve ser regulamentada.
D. Nos últimos anos foram feitas diversas leis relativas aos direitos de privacidade.
3. Qual é o juízo de valor?
A. Immanuel Kant considerava a pena de morte um castigo justo.
B. A pena de morte é, por vezes, designada como pena capital.
C. A pena de morte é incompatível com os direitos humanos.
D. Na União Europeia nenhum país pratica a pena de morte.
4. Os juízos de valor e de facto distinguem-se na medida em
A. um juízo de valor visa dizer como algo é e um juízo de facto envolve uma tomada de
posição a favor ou contra algo.
B. um juízo de valor envolve uma tomada de posição a favor ou contra algo e um juízo de
facto visa dizer como algo é.
C. um juízo de valor envolve uma tomada de posição a favor ou contra algo e um juízo de
facto visa dizer como algo devia ser.
D. um juízo de valor visa dizer como algo devia ser e um juízo de facto envolve uma
tomada de posição a favor ou contra algo.
5. Qual é o juízo de valor ético?
A. A ópera é a arte mais completa que existe.
B. Deus é misericordioso.
C. A tolerância é uma virtude muito importante.
D. Em Portugal, a maioria das pessoas considera a pena de morte eticamente errada.
6. Qual é a frase falsa?
A. Os juízos de valor podem fazer-se em áreas diferentes.
B. Os juízos de valor podem ser religiosos.
C. Os juízos de valor podem ser estéticos.
D. Qualquer juízo de valor é ético.

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4 O problema da natureza dos juízos morais

7. Se um juízo é normativo,
A. procura acomodar a realidade ao pensamento.
B. procura acomodar o pensamento à realidade.
C. ajusta a realidade ao pensamento.
D. ajusta o pensamento à realidade.
8. A formulação mais precisa da tese subjetivista é:
A. A grande maioria dos juízos morais baseia-se nos sentimentos pessoais.
B. Todas as afirmações sobre o certo e o errado são subjetivas.
C. Quase todos os juízos éticos são subjetivos.
D. Só um pequeno número de verdades morais é objetivo.
9. Para um subjetivista, os juízos de valor morais exprimem
A. sentimentos.
B. razões.
C. factos.
D. tradições.
10. Para um subjetivista moral, dizer «o casamento infantil é moralmente errado» equivale a
dizer:
A. Os padrões morais da nossa sociedade reprovam o casamento infantil.
B. O casamento infantil provoca sofrimento nas crianças e, por isso, é errado.
C. Não gosto do casamento infantil.
D. Há boas razões para não fazer as crianças sofrerem.
11. Para um relativista, os juízos de valor morais baseiam-se
A. em razões adequadas.
B. em factos.
C. nos sentimentos e preferências das pessoas.
D. nos costumes e tradições das sociedades.
12. A formulação mais precisa da tese relativista é:
A. Nenhuma verdade ética é universal.
B. Muitas verdades éticas são universais.
C. Todas as verdades éticas são universais.
D. Nem todas as verdades éticas são universais.
13. Se as pessoas debatem assuntos éticos para descobrir uma verdade aceitável para todos,
então existem verdades éticas objetivas e universais. Esta tese é rejeitada
A. apenas pelo objetivismo.
B. apenas pelo relativismo.
C. pelo objetivismo e pelo subjetivismo.
D. pelo relativismo e pelo subjetivismo.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 64


4 O problema da natureza dos juízos morais

14. A excisão é objetivamente errada, porque viola os direitos humanos. Um relativista rejeita
este argumento, pois pensa que os direitos humanos
A. são ideias que apenas fazem sentido em algumas culturas, não tendo «validade»
transcultural.
B. são ideias que fazem sentido em todas as culturas, tendo um alcance transcultural.
C. têm importância moral e não jurídica.
D. são universais, mas não objetivos.
15. Se todas as tradições culturais fossem admissíveis, então não poderíamos criticar as
tradições intolerantes, o que é implausível. Trata-se de uma objeção ao
A. etnocentrismo.
B. relativismo.
C. subjetivismo.
D. objetivismo.
16. A tese defendida por um objetivista é que
A. alguns juízos de valor morais são objetivos.
B. todos os juízos de valor morais são objetivos.
C. nenhum juízo de valor moral é subjetivo.
D. não há juízos de valor morais.
17. A tese defendida por um objetivista é que
A. algumas verdades éticas são universais.
B. todas as verdades éticas são universais.
C. não há verdades na ética.
D. nenhuma verdade ética é universal.
18. Analisa, com atenção, as seguintes frases:
i. Há divergências de opinião relativamente à clonagem.
ii. Nenhuma opinião sobre a clonagem vale mais do que outra.
Para se ter uma posição subjetivista ou relativista acerca da clonagem
A. basta defender i.
B. basta defender ii.
C. não é preciso defender nem i. nem ii.
D. é preciso defender simultaneamente i. e ii.
19. Se houver juízos morais objetivos, então
A. as sociedades que tiverem valores diferentes dos nossos devem corrigir tais valores.
B. a correção, ou a incorreção, desses juízos não pode ser discutida.
C. esses juízos estão certos ou errados independentemente dos costumes.
D. as pessoas que tiverem valores diferentes dos nossos pensam e agem erradamente.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 2.ª Fase / 2019)

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4 O problema da natureza dos juízos morais

20. A liberdade religiosa é a liberdade de cada um praticar a religião que é do seu agrado, ou
de não praticar qualquer religião. Se a liberdade religiosa for um valor objetivo, então
A. todos defendem a liberdade religiosa.
B. a liberdade religiosa é um elemento central de muitas culturas.
C. deve haver liberdade religiosa.
D. a liberdade religiosa é mais importante do que os outros valores.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 2.ª Fase / 2017)

GRUPO II
(Outras questões)
1. Como se podem relacionar os valores e as ações?
2. Dá o exemplo de um valor que não seja nem ético, nem estético, nem religioso.
3. O que há de comum entre o subjetivismo e o relativismo?
4. Reconhecer a existência de uma enorme diversidade cultural, na ética e não só, implica ser
relativista?
5. Defender a objetividade da ética implica necessariamente uma atitude de arrogância e
etnocentrismo? Porquê?

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5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. Para Kant, a única motivação admissível para as ações morais era
A. a felicidade do agente.
B. o bem-estar da humanidade.
C. o dever.
D. o progresso social.
2. «Para Kant, a motivação de uma ação _________ do que a própria ação e as suas
consequências. Ele pensava que, para saber se alguém está a agir moralmente ou não,
temos de saber _________ dessa pessoa.»
Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, 2.ª ed., Gradiva, Lisboa, 2007, p. 77

Os espaços em branco devem ser preenchidos com as expressões


A. «era muito mais importante» e «a intenção».
B. «era muito menos importante» e «as consequências do comportamento».
C. «tinha a mesma importância» e «a intenção».
D. «tinha a mesma importância» e «as consequências do comportamento».
3. Segundo Kant, se uma empresa farmacêutica, no contexto de uma campanha
promocional, oferecesse vacinas anti Covid-19 a duas mil pessoas de um país pobre, essa
ação seria
A. contrária ao dever e sem valor moral.
B. meramente conforme ao dever e sem valor moral.
C. realizada por dever e com valor moral.
D. motivada por sentimentos e sem valor moral.
4. Segundo Kant, se o Pedro, dominado pelo intenso amor que sente pela Julieta, ficasse
junto dela e a ajudasse quando esta contraiu Covid-19 (correndo assim o risco de também
ficar doente), realizaria uma ação
A. motivada por sentimentos e sem valor moral.
B. contrária ao dever e sem valor moral.
C. motivada por sentimentos e sem valor moral.
D. realizada por dever e com valor moral.
5. Na perspetiva de Kant, se a Matilde ajudar uma vizinha idosa devido ao facto de pensar
que essa é a coisa certa a fazer, realizará uma ação
A. motivada pelo interesse e sem valor moral.
B. motivada por sentimentos e com valor moral.
C. contrária ao dever e sem valor moral.
D. por dever e com valor moral.

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5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

6. De acordo com a ética kantiana, para uma ação ser moralmente correta a máxima
subjacente tem de
A. ser universalizável.
B. promover bons resultados.
C. maximizar a felicidade global.
D. ser adequada aos objetivos que o agente pretende atingir.
7. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. «O seu peso, ou força motivadora, depende dos desejos concretos do sujeito a quem
eles se dirigem. (…)
ii. Tem a pretensão de obrigar o sujeito independentemente dos seus desejos
concretos».
Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna, Guerra & Paz, Lisboa, 2010, p. 198 (adaptado)

A. i. refere-se ao imperativo categórico; ii. refere-se ao imperativo hipotético.


B. i. refere-se ao imperativo hipotético; ii. refere-se ao imperativo categórico.
C. i. refere-se ao imperativo categórico e hipotético; ii. refere-se ao imperativo hipotético.
D. i. refere-se ao imperativo hipotético; ii. refere-se aos imperativos categórico e
hipotético.
8. «Este imperativo é concebido para captar, numa frase filosoficamente prenhe, a força
persuasiva da questão moral a que todos os seres racionais reagem, a questão “E se os
outros agirem de igual maneira?”»
Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna, Guerra & Paz, Lisboa, 2010, p. 199

Esta afirmação
A. refere-se ao imperativo categórico.
B. refere-se ao imperativo categórico e ao imperativo hipotético.
C. refere-se ao imperativo hipotético.
D. não se refere nem ao imperativo categórico nem ao imperativo hipotético.
9. «Uma das versões de Kant do imperativo categórico era «trata as pessoas como fins em si
e nunca apenas como meios. Esta é uma forma de dizer que não devemos…»
Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, 2.ª ed., Gradiva, Lisboa, 2007, pp. 80-81 (adaptado)

Qual é a alínea que permite completar corretamente a última frase do texto?


A. ser manipuladores ou cruéis com as outras pessoas, caso queiramos a sua amizade.
B. desrespeitar as pessoas que nos podem ser úteis.
C. tratar mal as outras pessoas, pois isso tem maus resultados para elas e para nós.
D. usar as pessoas e que devemos, ao invés, reconhecer a sua humanidade.
10. Para Kant, o único bem irrestrito é
A. a capacidade de pensar.
B. os bons sentimentos.
C. a boa vontade.
D. a felicidade da humanidade.

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5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

1. Para Kant, tirarmos a nossa própria vida é errado, pois isso


A. consiste em usar a nossa própria pessoa como um meio de acabar com o nosso
sofrimento.
B. é contrário a diversas normas jurídicas e à generalidade dos costumes e tradições
sociais.
C. é contrário aos mandamentos religiosos.
D. provoca sofrimento nas outras pessoas.
1. Segundo o utilitarismo, ao determinar o que fazer, devemos orientar-nos _________ das
nossas ações.
O espaço em branco deve ser preenchido com a expressão
A. «pelas causas».
B. «pelos motivos».
C. «pelas intenções».
D. «pelas consequências».
13. «Mill argumentou que qualquer pessoa que tenha conhecido os prazeres elevados (que
eram, na sua perspetiva, sobretudo ______), iria automaticamente preferi-los aos
chamados prazeres baixos (que eram sobretudo ______).»
Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, 2.ª ed., Gradiva, Lisboa, 2007, p. 86

Os espaços em branco devem ser preenchidos com as expressões


A. «intelectuais» e «físicos».
B. «estéticos» e «éticos».
C. «físicos» e «intelectuais».
D. «intelectuais» e «morais».
14. «… o famoso _______ que afirma que a maior felicidade de todos aqueles cujo interesse
esteja em causa é o único fim correto e apropriado, e universalmente desejável, da ação
humana.»
Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna, Guerra & Paz, Lisboa, 2010, p. 296

O espaço em branco deve ser preenchido com a expressão


A. «imperativo categórico».
B. «imperativo hipotético».
C. «princípio da utilidade».
D. «princípio do dever».
15. O princípio da utilidade supõe que a felicidade
A. dos amigos e familiares deve ser valorizada relativamente à felicidade de pessoas
desconhecidas.
B. de cada pessoa é tão importante como a de qualquer outra.
C. pessoal é moralmente mais relevante do que a felicidade das outras pessoas.
D. da comunidade em que estamos inseridos é moralmente mais relevante do que a
felicidade das outras comunidades.

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5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

16. «___________ que, se uma atividade torna as pessoas felizes sem que alguém seja
prejudicado, não pode ser errada.»
James Rachels, Problemas da Filosofia, Gradiva, Lisboa, 2009, p. 275

O espaço em branco deve ser preenchido com a expressão


A. «Qualquer teoria ética implica»
B. «A ética deontológica implica»
C. «O utilitarismo e a ética deontológica implicam»
D. «O utilitarismo implica»
17. «Não há nenhuma razão (…) para pensar que todo o prazer de um indivíduo não pode ser
sacrificado para maior benefício do todo.»
Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna, Guerra & Paz, Lisboa, 2010, p. 297

Esta frase apresenta


A. uma ideia utilitarista.
B. uma ideia de Kant.
C. uma ideia comum ao utilitarismo e à ética deontológica.
D. uma objeção ao utilitarismo.
18. «Uma teoria ética não pode limitar-se a ponderar consequências e terá de incluir
considerações sobre o tipo de pessoa que devemos ser.»
Faustino Vaz, «A ética de Mill», Crítica – https://criticanarede.com/eti_mill.html (consultado em 5/03/2021)

Esta frase apresenta uma


A. ideia utilitarista.
B. objeção ao utilitarismo.
C. objeção à ética deontológica.
D. objeção ao utilitarismo e, simultaneamente, à ética deontológica.
19. De acordo com a ética de Kant, temos a obrigação de respeitar os princípios seguintes:
• Nunca se deve violar contratos.
• Nunca se deve quebrar promessas.
Supõe que alguém prometeu fazer algo, não se apercebendo de que isso implicava violar
um contrato.
Que problema levantaria este caso à ética de Kant?
A. O primeiro princípio deverá ser desrespeitado, pois tem menos força do que o segundo.
B. O segundo princípio deverá ser desrespeitado, pois tem menos força do que o primeiro.
C. Os dois princípios deixam de ter importância moral, pois mostram não ser
universalizáveis.
D. O conflito de princípios é irresolúvel, pois ambos constituem proibições absolutas.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 2.ª Fase / 2018)

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5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

20. A perspetiva ética de Mill enfrenta a objeção seguinte.


A. A felicidade não pode ser uma questão meramente quantitativa.
B. É errado não dar prioridade aos interesses da maioria das pessoas.
C. Dar sempre prioridade à felicidade geral é demasiado exigente.
D. Temos de ser responsáveis pelas consequências do que fazemos.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 2.ª Fase / 2015)

GRUPO II
(Outras questões)
1. Será fácil calcular as consequências das ações? Porquê?
2. O que são o imperativo categórico e o princípio da utilidade?
3. Os motivos das ações não são relevantes para avaliar a moralidade das ações, mas sim o
caráter do agente. Esta ideia é defendida por Kant ou por Stuart Mill?
4. Qual é a relação entre o imperativo categórico de Kant e a chamada «regra de ouro» (não
faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti)?
5. O que há de comum entre as teorias éticas de Kant e de Stuart Mill?

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O problema da organização de uma sociedade justa:
6 a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. O problema da justiça social pode formular-se do seguinte modo:
A. Qual é o sistema económico que permite produzir mais riqueza?
B. Quais são as sociedades humanas com a riqueza mais bem distribuída?
C. Como deve ser distribuída a riqueza numa sociedade?
D. Como deve a justiça ser aplicada para que numa sociedade exista segurança?
2. John Rawls propôs uma abordagem não consequencialista da justiça social. Esta afirmação é
A. verdadeira, pois ele critica o utilitarismo e considera-o incompatível com o princípio da
liberdade.
B. falsa, pois ele considera que o véu de ignorância leva à escolha de princípios
consequencialistas.
C. verdadeira, pois ele critica o utilitarismo e considera-o uma teoria ética e não política.
D. falsa, pois ele aceita os princípios de uma redistribuição utilitarista da riqueza.
3. A teoria da justiça como equidade, de Rawls, é uma teoria contratualista na medida em que
A. aceita, tal como outras teorias consideradas contratualistas, que certos princípios
seriam adotados numa situação inicial devidamente definida.
B. procura investigar as condições sociais em que as pessoas podem fazer um «contrato»
e comprometerem-se com certos princípios éticos e políticos.
C. procura determinar momentos históricos em que se criaram consensos políticos que
permitiram fazer as leis fundamentais de certas comunidades.
D. é uma teoria que procura um equilíbrio entre o igualitarismo e o liberalismo.
4. As designações pelas quais é conhecida a teoria de Rawls são reveladoras de algumas das
suas teses principais, a saber:
A. Igualitarismo ou teoria da justiça como equidade.
B. Liberalismo igualitário ou teoria da titularidade justa.
C. Liberalismo radical ou teoria da justiça como equidade.
D. Liberalismo igualitário ou teoria da justiça como equidade.
5. «Imagina que somos livres, lúcidos e conhecemos todos os factos relevantes, mas não
conhecemos o nosso lugar na sociedade (se somos ricos ou pobres, negros ou brancos, de
sexo feminino ou masculino). A limitação do conhecimento tem o objetivo de assegurar
________. Por exemplo, se não sabemos qual é a nossa raça, não podemos manipular as
regras para favorecer uma raça e prejudicar outras.»
Harry Gensler, «Justiça Distributiva», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica2.html
(consultado em 5/03/2021)

5.1 De acordo com a teoria de Rawls, o espaço em branco deve ser completado com a
expressão
A. «a coesão social».
B. «a riqueza».
C. «a imparcialidade».
D. «a liberdade».

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O problema da organização de uma sociedade justa:
6 a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

5.2 De acordo com a teoria de Rawls, o texto refere-se diretamente


A. à posição original.
B. ao véu de ignorância.
C. à posição inicial.
D. à democracia.
6. «Segundo a perspetiva igualitária todos deveriam ter exatamente a mesma riqueza. Mas
desse modo a sociedade estagnaria, uma vez que as pessoas teriam poucos incentivos
para fazerem coisas difíceis (como tornarem-se médicos ou inventores) que acabam por
beneficiar todas as pessoas. Por isso, preferiríamos uma regra que permite incentivos.»
Harry Gensler, «Justiça Distributiva», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica2.html
(consultado em 5/03/2021)

A «regra que permite incentivos» é, segundo Rawls, o princípio


A. da oportunidade justa.
B. da liberdade igual.
C. da diferença.
D. maximin.
7. Direito de votar, direito de ser candidato a cargos públicos, direito de expressar
publicamente opiniões…
De acordo com a teoria de Rawls, estes exemplos pretendem ilustrar o princípio
A. da oportunidade justa.
B. da liberdade igual.
C. da diferença.
D. maximin.
8. «Um sistema de ensino pode permitir aos estudantes mais dotados o acesso a maiores
apoios se, por exemplo, as empresas em dificuldade vierem a beneficiar mais tarde do seu
contributo, aumentando os lucros e evitando despedimentos. Outro caso permitido é o de
os médicos ganharem mais do que a maioria das pessoas desde que isso permita aos
médicos ter acesso a tecnologia e investigação de ponta que tornem mais eficazes os
tratamentos de certas doenças e desde que, claro, esses tratamentos estejam disponíveis
para os menos favorecidos.»
Faustino Vaz, «A teoria da justiça de John Rawls», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica.html
(consultado em 5/03/2021)

De acordo com a teoria de Rawls, estes exemplos pretendem ilustrar o princípio


A. da oportunidade justa.
B. da liberdade igual.
C. da diferença.
D. maximin.

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O problema da organização de uma sociedade justa:
6 a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

9. «Por exemplo, se já tens um rendimento mínimo que te permite viver, não podes abdicar
da tua liberdade e aceitar a restrição de não poderes sair de uma exploração agrícola na
condição de passares a ganhar mais. Outro exemplo que a teoria de Rawls rejeita seria o
de abdicares de gozar de liberdade de expressão para um dia teres a vantagem económica
de não te serem cobrados impostos.»
Faustino Vaz, «A teoria da justiça de John Rawls», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica.html
(consultado em 5/03/2021)

De acordo com a teoria de Rawls, estes exemplos pretendem ilustrar a prioridade do


A. princípio da liberdade igual relativamente aos outros princípios de justiça.
B. princípio da oportunidade justa relativamente aos outros princípios de justiça.
C. princípio da diferença relativamente aos outros princípios de justiça.
D. princípio maximin relativamente aos outros princípios de justiça.
10. Segundo Rawls, a lotaria social e natural não deve determinar a qualidade de vida de uma
pessoa, pois
A. é injusto limitar a quantidade de riqueza que uma pessoa pode possuir.
B. a justiça requer que todas as pessoas tenham a mesma riqueza.
C. os seus efeitos põem em causa a coesão social e a solidariedade entre os cidadãos.
D. são fatores moralmente arbitrários e pelos quais ela não é responsável.
11. «Tudo o que ganhas honestamente através do teu esforço e de acordos justos é teu. Se
alguém ganhou legitimamente o que tem, então a distribuição que daí resulta é justa —
independentemente de poder ser desigual. Ainda que outros tenham muito menos,
ninguém tem o direito de se apropriar das tuas posses. Esquemas (como taxas
diferenciadas de impostos) que forçam a redistribuição de riqueza são errados porque
violam o teu direito à propriedade.»
Harry Gensler, «Justiça Distributiva», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica2.html
(consultado em 5/03/2021)

Esta perspetiva é defendida por


A. Michael Sandel e pode ser designada por «comunitarismo».
B. Robert Nozick e pode ser designada por «liberalismo igualitário».
C. Michael Sandel e pode ser designada por «titularidade das posses justas».
D. Robert Nozick e pode ser designada por «titularidade das posses justas».
12. De acordo com Robert Nozick,
A. as transferências de riqueza não devem aumentar as desigualdades sociais e
económicas.
B. tudo o que é legitimamente adquirido pode ser livremente transferido.
C. as transferências de riqueza não devem pôr em causa a solidariedade social.
D. tudo o que é propriedade de uma pessoa, independentemente do modo como foi
adquirido, pode ser livremente transferido.
13. Segundo Nozick, o Estado
A. deve organizar a sociedade de modo a existir plena igualdade.
B. deve existir e ter funções sociais alargadas.
C. deve existir, mas ser mínimo.
D. não devia existir.

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O problema da organização de uma sociedade justa:
6 a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

14. Qual das seguintes frases apresenta diretamente uma crítica de Nozick à cobrança coerciva
de impostos?
A. A tributação sem consentimento daqueles a quem se aplica é equivalente a trabalho
forçado.
B. O direito à liberdade e à propriedade não deve ser limitado.
C. As conceções padronizadas de justiça são incompatíveis com a liberdade de escolha.
D. O Estado não deve ter funções sociais.
15. De acordo com Sandel, somos livres, mas não independentes em relação à comunidade. A
razão de ser disso não é o facto de
A. sermos «eus» situados, isto é, socialmente enraizados.
B. a comunidade ter peso moral.
C. a nossa identidade se alicerçar na história das comunidades de que fazemos parte.
D. a sociedade nos constranger e oprimir.
16. Segundo Sandel, uma razão fundamental para tentar diminuir a desigualdade social é o
facto de esta prejudicar
A. a solidariedade entre os membros de uma sociedade democrática.
B. a solidariedade entre pessoas da mesma profissão ou classe social.
C. a solidariedade entre as pessoas mais empreendedoras e empenhadas.
D. a vida económica.
17. Na perspetiva de Sandel, o sentido de comunidade
A. é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as pessoas
compitam umas com as outras.
B. não é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as
pessoas se tentem ajudar umas às outras.
C. é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as pessoas
tenham vidas separadas e não convivam.
D. não é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as
pessoas se esforcem para melhorar as suas condições de vida e isso beneficia a
comunidade.
18. Sandel sublinha o facto de o exercício da cidadania democrática requer
A. igualdade entre todos.
B. principalmente eleições periódicas.
C. que existam cidadãos conhecedores capazes de assumir responsabilidades políticas.
D. espaços e instituições públicas onde pessoas diferentes se possam encontrar e trocar
ideias.

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O problema da organização de uma sociedade justa:
6 a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

19. Rawls defende que, na posição original, a escolha dos princípios da justiça seguiria a estratégia
maximin. Supõe que há 100 unidades de bem-estar para distribuir por três pessoas.
Seleciona a opção que apresenta o modelo de distribuição que está mais de acordo com a
estratégia maximin.
A. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 65 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 15.
B. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 60 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 20.
C. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 80 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 5.
D. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 45 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 15.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 1.ª Fase / 2017)

20. Segundo Rawls, os princípios da justiça por si apresentados


A. proíbem diferenças entre os indivíduos.
B. são aqueles que indivíduos racionais escolheriam na posição original.
C. asseguram a igualdade económica e social.
D. são aqueles que os indivíduos escolheriam sem o véu de ignorância.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 1.ª Fase / 2014)

GRUPO II
(Outras questões)
1. Analisa a situação seguinte e responde às questões apresentadas.
«No país X existiam leis que impediam as pessoas da etnia B de desempenhar certas
profissões (que, por sinal, eram as melhor remuneradas). Depois, as leis mudaram e as
pessoas dessa etnia deixaram de ser legalmente proibidas de exercer essas profissões. Os
anos foram passando, mas essas pessoas continuaram a não desempenhar tais profissões,
pois eram pobres e não tinham dinheiro para pagar a formação escolar necessária para
desempenhá-las. Além disso, as diferenças étnicas, económicas e sociais entre as pessoas
do país X eram tão acentuadas que estas viviam de costas voltadas umas para as outras e
até parecia que não faziam parte da mesma comunidade.»
Jonathan Wolff, Introdução à Filosofia Política, Gradiva, Lisboa, 2004, p. 194

1.1 Segundo Rawls, a alteração das leis foi suficiente para assegurar a igualdade de
oportunidades? Porquê?
1.2 Do ponto de vista de Nozick, o Estado deve tomar medidas para que as pessoas da
etnia B tenham acesso à educação? Porquê?
1.3 De acordo com o modo de pensar de Sandel, não há justiça social no país X. Porquê?
2. O que são, segundo Rawls, «bens sociais primários»?
3. «Uma tradição, na esteira de Locke, supõe que a valorização da liberdade exige o
reconhecimento de fortíssimos direitos naturais de propriedade.»
Qual dos filósofos considerados no capítulo de Filosofia política se insere na tradição
referida no texto?

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 78

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