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As questões da Filosofia
GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. O significado etimológico da palavra «filosofia» é
A. sabedoria.
B. amor da sabedoria.
C. capacidade de argumentar.
D. pensamento.
2. Qual destas questões é filosófica?
A. Em Portugal há alguma lei acerca dos maus tratos contra animais?
B. Que diferenças existem entre o sistema jurídico português e o sistema jurídico francês?
C. O modo como a velhice é encarada numa certa sociedade influencia ou não a prática da
eutanásia?
D. O conhecimento humano será genuíno ou ilusório?
3. Qual destas questões é filosófica?
A. As crianças bilingues começam a falar mais tarde do que as outras?
B. Porque é que há línguas mais faladas do que outras?
C. Como é que as crianças aprendem a sua língua materna?
D. Que faz uma palavra significar qualquer coisa?
4. As questões filosóficas são conceptuais, na medida em que são
A. reflexivas.
B. polémicas.
C. difíceis.
D. consensuais.
5. Qual é a frase que não se aplica à Filosofia?
A. Questiona ideias muito comuns que as pessoas usam todos os dias sem pensar.
B. Poucos dos resultados obtidos ficam por desafiar muito tempo.
C. Ocupa-se de questões muito gerais.
D. Usa métodos lógicos que asseguram o consenso entre os especialistas.
6. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta.
i. A tauromaquia deve receber subsídios do Estado destinados às Artes?
ii. Que características deve um objeto ou atividade possuir para ser considerado uma obra
de arte?
A. i. é uma questão mais básica que ii.
B. ii. é uma questão mais básica que i.
C. i. e ii. são questões igualmente básicas.
D. i. e ii. são questões específicas e não básicas.
Nota
Acrescentar em itens deste género a expressão «seleciona a alternativa correta» (ou outra equivalente) pode parecer
redundante (já que essa indicação é dada no início, mesmo que por outras palavras). Contudo, a nossa experiência, e de
outros colegas, mostra que essa repetição ajuda os alunos (sobretudo aqueles que têm mais dificuldades) a compreender
melhor o que é solicitado. Nos Exames Nacionais tal indicação costuma ser dada apenas no início.
7. A Filosofia é uma
A. ciência social.
B. atividade humana, como a religião, a arte e a ciência.
C. história das grandes ideias.
D. área do saber caracterizada pela valorização do pensamento acrítico.
8. Na Filosofia valoriza-se a
A. incerteza.
B. ignorância.
C. atitude crítica.
D. atitude dogmática.
9. «Pensemos (…) numa afirmação como “Nenhum objeto pode viajar mais depressa do que
a luz“. As afirmações das ciências empíricas são afirmações do género desta: afirmações
que se referem ao mundo que podemos observar pelos sentidos ou que podemos inferir
a partir de observações e medições complicadas realizadas com instrumentos como um
espectrómetro ou um radiotelescópio. Mas por mais que façamos medições e observações
não iremos descobrir se os animais têm direitos, nem se Deus existe.»
Desidério Murcho, «O Que É a Filosofia?»
in Crítica – https://criticanarede.com/filos_gen.html (consultado em 5/03/2021)
19. O problema «Existirão boas razões a favor ou contra a existência de Deus?» é abordado pela
A. ciência.
B. religião.
C. Filosofia da religião.
D. Filosofia da ciência.
20. Considera os seguintes problemas filosóficos:
i. Haverá juízos morais que possam ser verdadeiros ou falsos independentemente da
cultura?
ii. O que é a justiça social?
iii. Como se distingue um objeto artístico de um objeto vulgar?
As disciplinas filosóficas onde se debatem estes problemas são, respetivamente:
A. Ética, Filosofia política e Filosofia da arte.
B. Filosofia política, Ética e Filosofia da arte.
C. Filosofia da religião, Filosofia política e Filosofia da arte.
D. Epistemologia, Filosofia política e Filosofia da arte.
GRUPO II
(Outras questões)
1. Quais são as disciplinas filosóficas que estudam, respetivamente, a argumentação, o livre-
-arbítrio, a eutanásia e a justiça social?
2. Indica uma expressão cujo significado seja equivalente a «atitude socrática».
3. Mostra porque é que a rapariga do cartoon a seguir apresentado tem razões para ficar
surpreendida com aquilo que a professora diz.
4. Aprender coisas novas é muitas vezes difícil. Qual é a parte da «Alegoria da Caverna» que
simboliza essa dificuldade. Porquê?
5. Na «Alegoria da Caverna», o modo como o prisioneiro é recebido pelos outros quando
regressa à caverna pode ser interpretado como uma expressão do dogmatismo.
Concordas? Porquê?
GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. A Lógica não é
A. um estudo empírico do valor de verdade desta ou daquela proposição.
B. um estudo da distinção entre argumentos válidos e inválidos.
C. um estudo da distinção entre vários tipos de proposição.
D. uma disciplina filosófica.
2. Afirmar que uma certa frase tem valor de verdade significa que ela
A. é verdadeira.
B. não tem valor lógico.
C. é muito plausível.
D. pode ser verdadeira ou falsa.
3. «Há vida na lua de Júpiter chamada Europa.»
Esta frase
A. expressa uma proposição, mesmo que não se saiba se é verdadeira ou falsa.
B. não expressa uma proposição, pois não sabemos se é verdadeira ou falsa.
C. não expressa uma proposição, pois não tem valor de verdade.
D. expressa uma proposição, pois é verdadeira.
4. Há ambiguidade quando
A. várias frases exprimem o mesmo pensamento.
B. uma frase exprime mais do que uma proposição.
C. uma frase só se pode interpretar de uma maneira.
D. diversas frases declarativas têm o mesmo significado.
5. Analisa as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. Frase que contém pelo menos uma palavra com mais do que um significado.
ii. Frase com mais do que um significado devido ao modo como as palavras estão
ordenadas.
A. i. e ii. referem-se à ambiguidade semântica.
B. i. e ii. referem-se à ambiguidade sintática.
C. i. refere-se à ambiguidade semântica; ii. refere-se à ambiguidade sintática.
D. i. refere-se à ambiguidade sintática; ii. refere-se à ambiguidade semântica.
6. Uma proposição simples é uma
A. frase com poucas palavras.
B. proposição fácil de perceber.
C. proposição só com um operador proposicional.
D. proposição sem nenhum operador proposicional.
33. Ao reduzir um assunto a duas alternativas quando existem outras comete-se a falácia
A. do apelo à ignorância.
B. da derrapagem.
C. do falso dilema.
D. do espantalho.
34. Uma petição de princípio é uma falácia em que
A. se conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
B. se critica, de modo irrelevante, a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. a conclusão está pressuposta nas premissas.
D. não se consideram alternativas relevantes.
35. Na falácia da derrapagem
A. não se consideram alternativas relevantes.
B. critica-se a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. procede-se à distorção das ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
D. tiram-se consequências progressivamente mais graves de uma ideia na tentativa de a
refutar.
36. A falácia ad hominem é uma falácia em que
A. a conclusão está pressuposta nas premissas.
B. se critica a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. se conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
D. se distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
37. O boneco de palha é uma falácia em que
A. não se consideram alternativas relevantes.
B. se critica a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
C. se distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
D. se tiram consequências progressivamente mais graves de uma ideia na tentativa de a
refutar.
38. O falso dilema é uma falácia em que
A. não se consideram alternativas relevantes.
B. a conclusão está pressuposta nas premissas.
C. se conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
D. se distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
39. O apelo à ignorância é uma falácia em que se
A. critica a pessoa em vez de criticar as suas ideias.
B. conclui algo a partir do facto de ignorarmos o oposto disso.
C. distorce as ideias do interlocutor para ser mais fácil rejeitá-las.
D. tiram consequências progressivamente mais graves de uma ideia na tentativa de a
refutar.
GRUPO II
(Outras questões)
1. Explica qual é o erro de caráter lógico cometido no seguinte título de jornal.
33. Identifica a falácia cometida no argumento «Alguns filósofos, como Sartre e Nietzsche,
defendem que Deus não existe. Logo, os filósofos são ateus». Justifica.
34. Será forte ou fraco o argumento subjacente às palavras de Trump contra a atriz Rosie
O’Donnel? Porquê?
«Se mandasse no programa “The View”, despediria Rosie O’Donnel (*). Olharia diretamente
para aquela cara gorda e feia e diria: “Rosie, estás despedida!”»
(*) A atriz Rosie O’Donnel criticou publicamente as decisões políticas de Donald Trump.
GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. Dizer que os seres humanos têm livre-arbítrio é dizer que têm
A. uma vontade livre.
B. liberdade política.
C. liberdade social.
D. a possibilidade de fazer tudo o que quiserem.
2. Qual é a pergunta que não exprime o problema do livre-arbítrio?
A. A liberdade de escolha é ou não conciliável com a circunstância de todos os
acontecimentos terem causas anteriores?
B. O livre-arbítrio será compatível ou incompatível com o determinismo?
C. Os seres humanos têm ou não livre-arbítrio?
D. A liberdade de expressão deve ter limites?
3. «O problema do livre-arbítrio e do determinismo surge devido a uma aparente
contradição entre duas ideias plausíveis. A primeira é a ideia de que os seres humanos têm
_______ para fazer ou não fazer o que queiram. A segunda é a ideia de que tudo o que
acontece neste universo é causado, ou determinado, por acontecimentos ou
circunstâncias _______.»
Howard Kahane, «Livre-arbítrio, determinismo e responsabilidade moral»
– https://criticanarede.com/hkahanelivre-arbitriodeterminismo.html (consultado em 5/03/2021)
20. Imagina que queres ouvir música e que, em seguida, pões os auscultadores e ouves
música.
De acordo com o determinismo radical, o facto de quereres ouvir música
A. é um indício de livre-arbítrio apenas se não foi sujeito a coação.
B. resulta de uma causa mental independente da natural.
C. não tem qualquer conexão com uma suposta vontade livre.
D. não tem uma causa, sendo um mero produto do acaso.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 1.ª Fase / 2019)
GRUPO II
(Outras questões)
1. Qual é a diferença entre a liberdade política e o livre-arbítrio?
2. Como se distinguem as perspetivas incompatibilistas e compatibilista acerca do problema
do livre-arbítrio?
3. A ideia de que uma ação pode ser simplesmente causada por uma decisão do agente é
implausível e contraria os dados científicos. Esta afirmação constitui uma crítica a que
teoria?
4. A educação e as influências sociais fazem parte das causas dos comportamentos humanos
mas não impedem as escolhas de serem livres. Qual é a teoria que defende essa ideia?
5. Alguma das teorias que estudaste defende que ter livre-arbítrio implica poder fazer tudo o
que se quer, sem quaisquer limites? Porquê?
GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. Os valores não são
A. ideias como solidariedade, honestidade ou beleza.
B. ideias como flor, quadrado ou largura.
C. objetivos importantes.
D. critérios de escolha.
2. Qual é o juízo de facto?
A. A Internet é perigosa.
B. A privacidade é um valor fundamental.
C. A Internet deve ser regulamentada.
D. Nos últimos anos foram feitas diversas leis relativas aos direitos de privacidade.
3. Qual é o juízo de valor?
A. Immanuel Kant considerava a pena de morte um castigo justo.
B. A pena de morte é, por vezes, designada como pena capital.
C. A pena de morte é incompatível com os direitos humanos.
D. Na União Europeia nenhum país pratica a pena de morte.
4. Os juízos de valor e de facto distinguem-se na medida em
A. um juízo de valor visa dizer como algo é e um juízo de facto envolve uma tomada de
posição a favor ou contra algo.
B. um juízo de valor envolve uma tomada de posição a favor ou contra algo e um juízo de
facto visa dizer como algo é.
C. um juízo de valor envolve uma tomada de posição a favor ou contra algo e um juízo de
facto visa dizer como algo devia ser.
D. um juízo de valor visa dizer como algo devia ser e um juízo de facto envolve uma
tomada de posição a favor ou contra algo.
5. Qual é o juízo de valor ético?
A. A ópera é a arte mais completa que existe.
B. Deus é misericordioso.
C. A tolerância é uma virtude muito importante.
D. Em Portugal, a maioria das pessoas considera a pena de morte eticamente errada.
6. Qual é a frase falsa?
A. Os juízos de valor podem fazer-se em áreas diferentes.
B. Os juízos de valor podem ser religiosos.
C. Os juízos de valor podem ser estéticos.
D. Qualquer juízo de valor é ético.
7. Se um juízo é normativo,
A. procura acomodar a realidade ao pensamento.
B. procura acomodar o pensamento à realidade.
C. ajusta a realidade ao pensamento.
D. ajusta o pensamento à realidade.
8. A formulação mais precisa da tese subjetivista é:
A. A grande maioria dos juízos morais baseia-se nos sentimentos pessoais.
B. Todas as afirmações sobre o certo e o errado são subjetivas.
C. Quase todos os juízos éticos são subjetivos.
D. Só um pequeno número de verdades morais é objetivo.
9. Para um subjetivista, os juízos de valor morais exprimem
A. sentimentos.
B. razões.
C. factos.
D. tradições.
10. Para um subjetivista moral, dizer «o casamento infantil é moralmente errado» equivale a
dizer:
A. Os padrões morais da nossa sociedade reprovam o casamento infantil.
B. O casamento infantil provoca sofrimento nas crianças e, por isso, é errado.
C. Não gosto do casamento infantil.
D. Há boas razões para não fazer as crianças sofrerem.
11. Para um relativista, os juízos de valor morais baseiam-se
A. em razões adequadas.
B. em factos.
C. nos sentimentos e preferências das pessoas.
D. nos costumes e tradições das sociedades.
12. A formulação mais precisa da tese relativista é:
A. Nenhuma verdade ética é universal.
B. Muitas verdades éticas são universais.
C. Todas as verdades éticas são universais.
D. Nem todas as verdades éticas são universais.
13. Se as pessoas debatem assuntos éticos para descobrir uma verdade aceitável para todos,
então existem verdades éticas objetivas e universais. Esta tese é rejeitada
A. apenas pelo objetivismo.
B. apenas pelo relativismo.
C. pelo objetivismo e pelo subjetivismo.
D. pelo relativismo e pelo subjetivismo.
14. A excisão é objetivamente errada, porque viola os direitos humanos. Um relativista rejeita
este argumento, pois pensa que os direitos humanos
A. são ideias que apenas fazem sentido em algumas culturas, não tendo «validade»
transcultural.
B. são ideias que fazem sentido em todas as culturas, tendo um alcance transcultural.
C. têm importância moral e não jurídica.
D. são universais, mas não objetivos.
15. Se todas as tradições culturais fossem admissíveis, então não poderíamos criticar as
tradições intolerantes, o que é implausível. Trata-se de uma objeção ao
A. etnocentrismo.
B. relativismo.
C. subjetivismo.
D. objetivismo.
16. A tese defendida por um objetivista é que
A. alguns juízos de valor morais são objetivos.
B. todos os juízos de valor morais são objetivos.
C. nenhum juízo de valor moral é subjetivo.
D. não há juízos de valor morais.
17. A tese defendida por um objetivista é que
A. algumas verdades éticas são universais.
B. todas as verdades éticas são universais.
C. não há verdades na ética.
D. nenhuma verdade ética é universal.
18. Analisa, com atenção, as seguintes frases:
i. Há divergências de opinião relativamente à clonagem.
ii. Nenhuma opinião sobre a clonagem vale mais do que outra.
Para se ter uma posição subjetivista ou relativista acerca da clonagem
A. basta defender i.
B. basta defender ii.
C. não é preciso defender nem i. nem ii.
D. é preciso defender simultaneamente i. e ii.
19. Se houver juízos morais objetivos, então
A. as sociedades que tiverem valores diferentes dos nossos devem corrigir tais valores.
B. a correção, ou a incorreção, desses juízos não pode ser discutida.
C. esses juízos estão certos ou errados independentemente dos costumes.
D. as pessoas que tiverem valores diferentes dos nossos pensam e agem erradamente.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 2.ª Fase / 2019)
20. A liberdade religiosa é a liberdade de cada um praticar a religião que é do seu agrado, ou
de não praticar qualquer religião. Se a liberdade religiosa for um valor objetivo, então
A. todos defendem a liberdade religiosa.
B. a liberdade religiosa é um elemento central de muitas culturas.
C. deve haver liberdade religiosa.
D. a liberdade religiosa é mais importante do que os outros valores.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 2.ª Fase / 2017)
GRUPO II
(Outras questões)
1. Como se podem relacionar os valores e as ações?
2. Dá o exemplo de um valor que não seja nem ético, nem estético, nem religioso.
3. O que há de comum entre o subjetivismo e o relativismo?
4. Reconhecer a existência de uma enorme diversidade cultural, na ética e não só, implica ser
relativista?
5. Defender a objetividade da ética implica necessariamente uma atitude de arrogância e
etnocentrismo? Porquê?
GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. Para Kant, a única motivação admissível para as ações morais era
A. a felicidade do agente.
B. o bem-estar da humanidade.
C. o dever.
D. o progresso social.
2. «Para Kant, a motivação de uma ação _________ do que a própria ação e as suas
consequências. Ele pensava que, para saber se alguém está a agir moralmente ou não,
temos de saber _________ dessa pessoa.»
Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, 2.ª ed., Gradiva, Lisboa, 2007, p. 77
6. De acordo com a ética kantiana, para uma ação ser moralmente correta a máxima
subjacente tem de
A. ser universalizável.
B. promover bons resultados.
C. maximizar a felicidade global.
D. ser adequada aos objetivos que o agente pretende atingir.
7. Analisa, com atenção, as frases apresentadas e seleciona a resposta correta:
i. «O seu peso, ou força motivadora, depende dos desejos concretos do sujeito a quem
eles se dirigem. (…)
ii. Tem a pretensão de obrigar o sujeito independentemente dos seus desejos
concretos».
Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna, Guerra & Paz, Lisboa, 2010, p. 198 (adaptado)
Esta afirmação
A. refere-se ao imperativo categórico.
B. refere-se ao imperativo categórico e ao imperativo hipotético.
C. refere-se ao imperativo hipotético.
D. não se refere nem ao imperativo categórico nem ao imperativo hipotético.
9. «Uma das versões de Kant do imperativo categórico era «trata as pessoas como fins em si
e nunca apenas como meios. Esta é uma forma de dizer que não devemos…»
Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, 2.ª ed., Gradiva, Lisboa, 2007, pp. 80-81 (adaptado)
16. «___________ que, se uma atividade torna as pessoas felizes sem que alguém seja
prejudicado, não pode ser errada.»
James Rachels, Problemas da Filosofia, Gradiva, Lisboa, 2009, p. 275
GRUPO II
(Outras questões)
1. Será fácil calcular as consequências das ações? Porquê?
2. O que são o imperativo categórico e o princípio da utilidade?
3. Os motivos das ações não são relevantes para avaliar a moralidade das ações, mas sim o
caráter do agente. Esta ideia é defendida por Kant ou por Stuart Mill?
4. Qual é a relação entre o imperativo categórico de Kant e a chamada «regra de ouro» (não
faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti)?
5. O que há de comum entre as teorias éticas de Kant e de Stuart Mill?
GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
1. O problema da justiça social pode formular-se do seguinte modo:
A. Qual é o sistema económico que permite produzir mais riqueza?
B. Quais são as sociedades humanas com a riqueza mais bem distribuída?
C. Como deve ser distribuída a riqueza numa sociedade?
D. Como deve a justiça ser aplicada para que numa sociedade exista segurança?
2. John Rawls propôs uma abordagem não consequencialista da justiça social. Esta afirmação é
A. verdadeira, pois ele critica o utilitarismo e considera-o incompatível com o princípio da
liberdade.
B. falsa, pois ele considera que o véu de ignorância leva à escolha de princípios
consequencialistas.
C. verdadeira, pois ele critica o utilitarismo e considera-o uma teoria ética e não política.
D. falsa, pois ele aceita os princípios de uma redistribuição utilitarista da riqueza.
3. A teoria da justiça como equidade, de Rawls, é uma teoria contratualista na medida em que
A. aceita, tal como outras teorias consideradas contratualistas, que certos princípios
seriam adotados numa situação inicial devidamente definida.
B. procura investigar as condições sociais em que as pessoas podem fazer um «contrato»
e comprometerem-se com certos princípios éticos e políticos.
C. procura determinar momentos históricos em que se criaram consensos políticos que
permitiram fazer as leis fundamentais de certas comunidades.
D. é uma teoria que procura um equilíbrio entre o igualitarismo e o liberalismo.
4. As designações pelas quais é conhecida a teoria de Rawls são reveladoras de algumas das
suas teses principais, a saber:
A. Igualitarismo ou teoria da justiça como equidade.
B. Liberalismo igualitário ou teoria da titularidade justa.
C. Liberalismo radical ou teoria da justiça como equidade.
D. Liberalismo igualitário ou teoria da justiça como equidade.
5. «Imagina que somos livres, lúcidos e conhecemos todos os factos relevantes, mas não
conhecemos o nosso lugar na sociedade (se somos ricos ou pobres, negros ou brancos, de
sexo feminino ou masculino). A limitação do conhecimento tem o objetivo de assegurar
________. Por exemplo, se não sabemos qual é a nossa raça, não podemos manipular as
regras para favorecer uma raça e prejudicar outras.»
Harry Gensler, «Justiça Distributiva», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica2.html
(consultado em 5/03/2021)
5.1 De acordo com a teoria de Rawls, o espaço em branco deve ser completado com a
expressão
A. «a coesão social».
B. «a riqueza».
C. «a imparcialidade».
D. «a liberdade».
9. «Por exemplo, se já tens um rendimento mínimo que te permite viver, não podes abdicar
da tua liberdade e aceitar a restrição de não poderes sair de uma exploração agrícola na
condição de passares a ganhar mais. Outro exemplo que a teoria de Rawls rejeita seria o
de abdicares de gozar de liberdade de expressão para um dia teres a vantagem económica
de não te serem cobrados impostos.»
Faustino Vaz, «A teoria da justiça de John Rawls», Crítica – https://criticanarede.com/pol_justica.html
(consultado em 5/03/2021)
14. Qual das seguintes frases apresenta diretamente uma crítica de Nozick à cobrança coerciva
de impostos?
A. A tributação sem consentimento daqueles a quem se aplica é equivalente a trabalho
forçado.
B. O direito à liberdade e à propriedade não deve ser limitado.
C. As conceções padronizadas de justiça são incompatíveis com a liberdade de escolha.
D. O Estado não deve ter funções sociais.
15. De acordo com Sandel, somos livres, mas não independentes em relação à comunidade. A
razão de ser disso não é o facto de
A. sermos «eus» situados, isto é, socialmente enraizados.
B. a comunidade ter peso moral.
C. a nossa identidade se alicerçar na história das comunidades de que fazemos parte.
D. a sociedade nos constranger e oprimir.
16. Segundo Sandel, uma razão fundamental para tentar diminuir a desigualdade social é o
facto de esta prejudicar
A. a solidariedade entre os membros de uma sociedade democrática.
B. a solidariedade entre pessoas da mesma profissão ou classe social.
C. a solidariedade entre as pessoas mais empreendedoras e empenhadas.
D. a vida económica.
17. Na perspetiva de Sandel, o sentido de comunidade
A. é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as pessoas
compitam umas com as outras.
B. não é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as
pessoas se tentem ajudar umas às outras.
C. é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as pessoas
tenham vidas separadas e não convivam.
D. não é lesado pelas desigualdades sociais excessivas, pois estas fazem com que as
pessoas se esforcem para melhorar as suas condições de vida e isso beneficia a
comunidade.
18. Sandel sublinha o facto de o exercício da cidadania democrática requer
A. igualdade entre todos.
B. principalmente eleições periódicas.
C. que existam cidadãos conhecedores capazes de assumir responsabilidades políticas.
D. espaços e instituições públicas onde pessoas diferentes se possam encontrar e trocar
ideias.
19. Rawls defende que, na posição original, a escolha dos princípios da justiça seguiria a estratégia
maximin. Supõe que há 100 unidades de bem-estar para distribuir por três pessoas.
Seleciona a opção que apresenta o modelo de distribuição que está mais de acordo com a
estratégia maximin.
A. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 65 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 15.
B. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 60 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 20.
C. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 80 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 5.
D. Na melhor das hipóteses, pode receber-se 45 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 15.
(IAVE / Exame Nacional de Filosofia / 1.ª Fase / 2017)
GRUPO II
(Outras questões)
1. Analisa a situação seguinte e responde às questões apresentadas.
«No país X existiam leis que impediam as pessoas da etnia B de desempenhar certas
profissões (que, por sinal, eram as melhor remuneradas). Depois, as leis mudaram e as
pessoas dessa etnia deixaram de ser legalmente proibidas de exercer essas profissões. Os
anos foram passando, mas essas pessoas continuaram a não desempenhar tais profissões,
pois eram pobres e não tinham dinheiro para pagar a formação escolar necessária para
desempenhá-las. Além disso, as diferenças étnicas, económicas e sociais entre as pessoas
do país X eram tão acentuadas que estas viviam de costas voltadas umas para as outras e
até parecia que não faziam parte da mesma comunidade.»
Jonathan Wolff, Introdução à Filosofia Política, Gradiva, Lisboa, 2004, p. 194
1.1 Segundo Rawls, a alteração das leis foi suficiente para assegurar a igualdade de
oportunidades? Porquê?
1.2 Do ponto de vista de Nozick, o Estado deve tomar medidas para que as pessoas da
etnia B tenham acesso à educação? Porquê?
1.3 De acordo com o modo de pensar de Sandel, não há justiça social no país X. Porquê?
2. O que são, segundo Rawls, «bens sociais primários»?
3. «Uma tradição, na esteira de Locke, supõe que a valorização da liberdade exige o
reconhecimento de fortíssimos direitos naturais de propriedade.»
Qual dos filósofos considerados no capítulo de Filosofia política se insere na tradição
referida no texto?