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Eis que nos deparamos com a Classe dos Philodoxistas

Por

Leändro Santos

Diante do atual estado de coisas em que se encontra a sociedade brasileira, eis que
temos mais uma classe falante: os philodoxistas, isso mesmo, são os amantes da opinião
e o mais interessante é que no Brasil, a liberdade de expressão é confundida com o
direito de opinar, opinião vem do grego “doxa” e “Philo” amante ou amigo. Parece até
crime quando não se quer ouvir a opinião do outro, contudo, os antigos sábios gregos
davam um valor imenso à opinião, simplesmente porque antes de opinarem, eles se
dedicavam anos a fio sobre algum tema ou aspecto filosófico, porque sabiam que opinar é
um exercício que exige grande responsbilidade.

Então, surge uma pergunta: será que somos mesmos obrigados a ouvir a opinião de
alguém? Para isso, precisamos raciocinar, perguntando o seguinte: quanto tempo você
(proponente) estudou para dar a sua opinião, sobre um determinado assunto? Um dia, um
mês, um ano, dez anos, vinte anos etc, nessa medida, poderemos então determinar por
quanto tempo devemos ouvir essa pessoa. Se alguém estudou apenas quinze minutos
sobre algo ou simplesmente lê manchetes de jornais, o único direito que essa mesma
pessoa tem é de falar por cinco e com tolerância máxima de dez minutos e concedido
mesmo assim, pelo seu ouvinte. O direito em opinar deve ser extendido à opção de quem
queira ouvir também, se não há essa reciprocidade, temos um indício de ditadura velada
com aspecto de democracia, ou seja, o direito para alguém, implica na obrigação de um
outro alguém a conceder o objeto perquerido para o requerente.

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