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PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL AO PCO COMO O CANTO DA SEREIA

Segundo o artigo 5, em seus incisos IX e XIV e CCXX, da “nossa” Constituição Federal de


1988, a tão sonhada liberdade de expressão e por que não mencionar aqui a informação,
outrora censura que, durou 21 anos no Brasil, atualmente respira através do nominalismo
constitucional, influenciado por Hegel, Kelsen e John Stuart Mill, cuja elasticidade
semântica nos brinda com a seguinte interpretação: não é absoluta devendo ser exercida
com consciência e responsabilidade, ou seja, uma relatividade devendo ser exercida em
grau de excelência, e como fica a respeito de outros valores simultaneamente importantes
e protegidos pelo texto constitucional, tais como a intimidade, a vida privada, a honra, a
imagem das pessoas, sobretudo a dignidade humana, muito embora, violada
demandando reparação se o objeto a ser questionado é relativo pelo nominalismo
adotado pelo setor jurídico? Parece que, depende muito mais de como o acusador se
sente, atreladando a uma hermenêutica jurídica de um magistrado, em detrimento de um
suposto fato ocorrido propriamente dito.

Talvez tenha sido assim, que o tucano João Dória se sentiu contra os órgãos de imprensa
do Partido da Causa Operária (PCO), enquanto as perseguições à liberdade de
expressão e pensamento eram aplaudidas pela esquerda reto-friccionista, dirigidas até
então ao pensamento e opiniões dos adeptos pró-bolsonaristas, jamais poderia passar
em sua mente deformada, que isso não passava de um método praxiológico, a fim de
cratologizar o Estado Clepto-Pathocrata e Democida que há décadas se aproxima em
escaladas muito perigosas e que hoje, encontra solo fértil para o seu estabelecimento.

Se a liberdade de imprensa pode ter limites, a perseguição a ela, nem tanto! O PCO que o
diga, mas como chegamos a esse ponto? A causa se encontra na Filosofia do Direito, por
tratar de um período filosófico conhecido por Nominalismo.

Metafisicamente, o nominalismo é definido por uma visão de que os objetos cósmicos


(universais) e abstratos simplesmente não existem de fato, tratam-se apenas de nomes, a
negação das coisas universais com aspectos particulares metonímicos, tais como: força,
potência, humanidade, democracia etc. Também existe uma outra corrente dessa escola,
que nega os objetos abstratos não metonímicos, ou seja, simplesmente não cabem no
tempo e espaço, não sendo considerados concretos, temos aí então uma contradição,
tensão e conflito alarmantes, pois, a negação de objetos abstratos pressupõe a afirmação
dos objetos concretos e vice-versa, porém, nessa teoria, acaba por serem sucumbidas os
aspectos tanto abstrato como concreto, surge a suspensão do pensamento ou pra quem
preferir, a eterna dúvida.

Esse problema existe desde Platão e se antagoniza para com as filosofias realistas, como
por exemplo, o dito realismo platônico, cuja premissa se dá para além dos particulares e
do teorema da substância hilomórfica, desenvolvido por Aristóteles quando dizia que “os
universais são imanentemente reais e intrísecos, internamente deles. Até agora, tudo que
foi descrito, trata-se apenas do espectro referente ao Nominalismo.

Quando surge o termo “Nominalismo”? Na idade média no século XI com Roscellinus de


Compiègne, esse termo derivado do latim “nomen” (nome) e como já dizia o filósofo e
economista inglês John Stuart Mill: “não há nada geral, exceto nomes”, vemos esse
excesso de abstração linguística nos poderes constituídos da república brasileira.

Esse reducionismo estingue por completo toda a noção e percepção da realidade,


ontologicamente segundo Leibniz: “são nominalistas todos os que acreditam que, além
das substâncias singulares, só existem os nomes puros e, portanto, eliminam a realidade
das coisas abstratas e universais".

Depois de toda essa exposição, surge uma questão: aonde o Partido da Causa Operária
(PCO) entra nessa história? Simplesmente não entra, o partido foi convidado, intimado e
para não afirmar mais coisas, lembrem-se que podemos estar sendo checados neste
momento! O PCO foi acusado e na última instância condenado a pagar uma indenização
de R$100.000,00 para o ex-governador João Dória Júnior, por incrível que possa parecer,
o homem que teve a coragem de decretar lockdowns para proteger toda a São Paulo da
pandemia, não mediu esforços para trazer a vacina chinesa contra o vírus mortal que
assolou o mundo, será que podemos citar aqui o nome do vírus? É melhor não! Diante de
tudo isso, o senhor João Dória Júnior se sentiu ofendido, vilipendiado e….pois é,
conclamou as instituições democráticas a fim de repremirem o suposto excesso de
liberdade de expressão e de ideias de um partido político e visto por muitos como,
minúsculo e insignificante, mas curiosamente com o monopólio da palavra.

Quem outorgou tamanha façanha ao PCO? Quem ousaria tamanha audácia em dar voz a
um “partideco” diariamente atacado até mesmo pelas mídias ditas canhotas? Paira um
silêncio no olhar, todos se olham mas nada acontece. Tal partido que sequer possui fundo
partidário, talvez ainda acredite que exista democracia no Brasil e que a mesma jamais
teria sido criada ao longo da história, justamente para não dar o possível aquilo que é
prometido como impossível, mas tudo isso, é claro, pode ser apenas teoria da
conspiração! Quem levaria a sério um questionamento tão inocente como esse?

O estrangulamento financeiro parece ser um modus operandi da burguesia Wolke, que de


forma muito conveniente se apropria dessa ferramenta com intuito de silenciar seus
opositores.

A campanha do “cala a boca” reverbera com muita intensidade e num cenário tão vibrante
e alucinante, se deflagra o surgimento de mais um poder: o vigiar sem cessar! Não
somente pelos opositores e mais até mesmo, pelos pares de mesmo espectro político que
outrora se diziam marxistas.

Estamos num Estado juristocrático, por razões já descritas ao longo desta matéria, e o
que se há de fazer quando os meios políticos parecem se esgotar? Manifestação popular
poderia ser uma boa resposta? Não sabemos, ação do Senado também poderia servir
como um freio e contrapeso? Também não sabemos! Mas afinal, o que sabemos? O que
podemos? O que pensamos? Será que o pensar antes de agir está se tornando crime?

Manifestações de intenções já estão configuradas como crimes premeditados e o que


será considerado como mais crime no Brasil? Se prestarmos bastante atenção que o
processo de corrupção da linguagem não vem de agora, é bem antigo, parece que, a
decadência das grandes civilizações foi crescendo por conta da perda do poder da
linguagem que advém do pensamento, uma vez escravizando este mesmo, fica bem mais
fácil exercer a tirania que se completa com o sequestro e a escravidão da linguagem
como manifestação e condensação da inteligência.

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