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Missiologia Fundamental – Rev.

Carlos Del Pino

Aluno: Ricardo Augusto Narciso Gonçalves dos Santos

Missão Integral – René Padilla

Resumo do Capítulo 1

O autor inicia a sua argumentação realizando um esclarecimento muito


importante sobre o que nós entendemos sobre mundo. Considero imperioso essa
reflexão, pois cada indivíduo possui uma percepções diferentes de tudo o que está ao
seu redor. Curiosamente muitos cristãos se referem aos que ainda não professaram a fé
em Cristo como aqueles do “mundo”. Sendo assim, o que o mundo significa para nós.
O autor responde no texto, dizendo que mundo é a presente ordem da existência humana.
O lugar pela busca das coisas materiais, das realizações pessoais, dos banquetes do
pecado entre outros. Na parábola do filho perdido temos a história de um jovem que
pede a herança antecipada ao pai e segue mundo a fora. Mesmo o texto tratando sobre a
alegria de Deus em perdoar e se reconciliar com o pecador que se arrepende, a narrativa
apresenta a realidade de um mundo que só oferece prazeres e baquetes pecaminosos.
Muitas pessoas desejam gastar seus bens e seu tempo de maneira dissoluta. Por isso, há
a necessidade de anunciarmos um reino que não é deste mundo. Concordo com o Padilla
quando ele diz que o mundo é a humanidade que infelizmente caminha sem qualquer
referência de Deus e de sua obra, inclusive muitas igrejas apresentam um evangelho
híbrido recheado de sofismas e filosofias humanas.

Muitas igrejas e muitos falsos profetas estão pregando um falso Cristo, um falso
evangelho, uma falsa fé e um falso amor. Apresentam uma verdade incompleta sobre
Cristo, usam uma linguagem ecumênica, estão dispostos a se sentarem e a dialogarem
com todas os “vitimizados” e falam em nome de Deus sem apresentar integralmente a
doutrina de Deus. Eu costumo dizer para as minhas ovelhas que os falsos profetas
procedem do mundo, enquanto os verdadeiros procedem de Deus; o mundo ouve os
falsos profetas enquanto os verdadeiros crentes ouvem os apóstolos. Padilla cita o
evangelho de João dizendo que “a luz veio ao mundo, mas o mundo não o conheceu”
(Jo 1.10), que os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram
más (Jo 3.19). Padilla conclui a sua linha de pensamento sobre o mundo apresentando
uma análise nos escritos joaninos e paulinos, onde ele conclui que por trás da rejeição
de Jesus Cristo por parte dos homens está a influência de poderes espirituais hostis aos
homens e a Deus. De fato como João argumenta em sua primeira epístola: “o mundo jaz
no maligno” (1Jo 5.19). Mas, enfrentamos nos dias atuais um outro problema que não
minha opinião é mais preocupante que o amor ao mundo. Estou me referindo ao
analfabetismo bíblico. Muitos cristãos não frequentam estudos bíblicos ou lugares em
que a Palavra de Deus é apresentada com seriedade e respeito. Desconhecem as histórias
e muitos personagens que ela apresenta, e com isso frequentemente se tornam vítimas
frágeis nas mãos dos enganadores da fé. Muitos evangélicos não se satisfazem apenas com
os princípios regidos pelas Escrituras. Eles desejam algo a mais. Eles querem uma aplicação
diária que vá ao encontro das suas necessidades emergenciais. Inclusive na aula de hoje o senhor
mencionou sobre o crente substituindo a Bíblia por Augusto Cury (rsrs).

Na minha opinião, o analfabetismo bíblico, aliado ao desejo de atender às


necessidades de um público edonista, egocêntrico e que a cada dia se torna mais exigente
em seu consumismo imediatista, produz um crescimento avassalador de inúmeras
denominações que se dizem cristãs, mas que devido a sua interpretação errônea das
Escrituras, acabam apresentando um deus totalmente diferente do Deus revelado na
Bíblia. Por isso entendo, conforme discutimos na aula de hoje que a hermenêutica
bíblica é uma ferramenta indispensável para aquele que anuncia a Palavra. Acredito que
o remédio para este mal que atinge milhares de pessoas em nosso país e no mundo só
poderá ser combatido quando o povo se voltar para as Escrituras. O padilla finaliza o
capítulo dizendo que o problema do homem no mundo não é apenas o fato dele cometer
pecados, mas o fato de estar aprisionado dentro de um sistema que condiciona que
absolutize o relativo e relativize o absoluto. Concordo com o autor, inclusive quando
olhamos para a nossa sociedade percebemos que os valores estão invertidos. Mas eu
acrescentaria dizendo que o problema identificado pelo autor não está apenas nas
estruturas sociais, mas, dentro do coração do homem. E só existe uma cura para este
problema. O remédio é um novo coração. O evangelho trabalha de dentro para fora,
promovendo motivação interna necessária para adquirir caráter justo e para livrar-se de
toda impureza e acúmulo de maldade (Tg 1.21). Não basta ao homem apenas educação,
ele precisa de conversão.

Resumo do Capítulo 6
De fato temos um grande desafio no que tange a pensarmos em evangelização e
discipulado. A crítica que o autor faz quando usa a expressão “cristianismo paganizado”
nos faz pensar sobre que tipo de crentes estamos produzindo. A fala do autor é forte
quando diz que a América Latina é um continente batizados, mas não de evangelizados.
Há algum tempo eu faço uma crítica sobre o crescimento do evangelho no país. Hoje a
denominação protestante / evangélica cresce no Brasil, mas um crescimento em largura
e comprimento, mas não em profundidade. Eu digo isso por que o evangelho de Cristo
deveria refletir no tipo de sociedade que temos vivido hoje. Muitos falam de
avivamentos, mas o Brasil nunca experimentou isso. O autor destaca inclusive a nossa
fé, pois não houve um rompimento com o espiritismo. Percebemos os resquícios destas
religiões e filosofias presentes em várias igrejas que se dizem cristãs.

Quando olhamos o velho mundo, países que emergiram nos séculos 16 e 17 por
conta da reforma religiosa ocorrida neste período. Houveram dias de glória, dias de
envio de missionários que plantaram igrejas por todo o mundo. Me recordo dos irmãos
morávios com o Conde Von Zizendorf. No entanto, o berço do protestantismo hoje é
alvo das nossas investidas missionárias. De fato uma igreja universal exige uma igreja
universal na qual todos os membros participem efetivamente na missão mundial como
membros iguais no corpo de Cristo, diz Padilla. Mas, me pergunto: As igrejas
evangélicas não se relacionam umas com as outras como corpo de Cristo. Somos uma
colcha de retalhos, pequenos guetos, divididos em nós mesmos em vários grupos que
defendem a pregação da única verdade, mas esta verdade que dizemos anunciar não é
capaz de nos unir no que tange a uma evangelização global. Muitos desafios e muito
trabalho, pouca cooperação e muita discussão. Como podemos nos unir na missão?
Pergunta Padilla. Ele diz no texto que não se pode manter o dar e receber a menos que
entre as igrejas haja uma relação madura, baseada no evangelho.

(Professor Del Pino, precisei parar por aqui pois estourou um transformador de energia
na minha rua e o problema não foi resolvido. Meu celular também está prestes a
desligar).

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