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Aliança Bíblica Universitária do Brasil

Estudo Bíblico de Crescimento

Ciência: filha legítima do


Cristianismo
PS: O estudo que vem a seguir foi baseado no livro Gênesis Hoje – Gênesis e as Questões da Ciência, de autoria do Dr.
Ernest Lucas, cientista e teólogo, pós-graduado em Química pelas universidades de Carolina do Norte e Oxford. Sua esposa,
Hazel, é Ph.D. em Física.

“...Muitos problemas que as pessoas carregam em relação à ciência e a Bíblia resultam do fato de não
conseguirem ou não quererem compreender as limitações da ciência. Vivemos em uma cultura profundamente
influenciada pelos trezentos anos de empreendimentos científicos muitíssimo bem sucedidos. Entre coisa, eles
influenciaram o conceito popular de verdade. Para a maioria das pessoas, o conhecimento científico é a
verdade. Há uma série e razões para isso: o sucesso da ciência, a precisão da maioria das explicações
científicas, os cientistas (geralmente) conseguem concordar entre si enquanto as outras pessoas (como políticos,
teólogos, economistas) não conseguem. Essas e outras razões dão um bom prestígio à verdade científica...”

“...Os métodos e os termos de referência da ciência não permitem que ela investigue questões de valor e
de significado, as questões que seriam tratadas pela moral e pela religião. Mas isso não implica em que as
questões de valor e de significado não sejam pertinentes. Nem indica que não haja verdades morais ou
religiosas: indica que as verdades dessas áreas devem ser procuradas por outros meios...”

“... Como o cientista atribui valor a um ser humano?


Um químico pode analisar o corpo humano em termos de elementos químicos. Mas para lhe atribuir
valor, teria de recorrer aos critérios externos, não científicos, dos valores de mercado dos produtos químicos.
Isso premiaria os que têm obturações de ouro nos dentes!...”

“Um cientista social pode alegar que é errado assassinar uma pessoa porque isso desestabiliza e
desintegra a sociedade. Mas por que é bom ter uma sociedade estável? Adota-se aqui uma posição moral, sem
nenhuma base científica. Pode-se afirmar que, para a maioria das pessoas, é conveniente que a sociedade seja
estável, mas um assassino pode muito bem argumentar que era “conveniente” (talvez em termos financeiros)
matar a vítima. De quem é a conveniência que deve ter preferência?”

“O existencialista (ateu) pelo contrário, pensa que é muito incomodativo que Deus não exista, porque
desaparece com ele toda a possibilidade de achar valores num céu inteligível.”

Resuma o que se pode concluir até aqui de acordo com o que foi lido
“Algumas pessoas dizem que se a forma como nosso pensamento se processa pudesse ser explicada em
termos físicos e químicos, e, portanto, em termos de leis da natureza aparentemente fixas, então nossos
pensamentos seriam completamente determinados por essas leis. Não haveria o que se chama de livre arbítrio.
Quando prof. Taylor, matemático da Universidade de Londres, defendeu essa posição em New Scientist, em
1971, recebeu a seguinte resposta na coluna de leitores da revista: Prof. Taylor acabou com nossa confusão e
provou que o livre arbítrio é uma ilusão. Mas mesmo que o tenha dito não posso dizer que acredito: Ele é
programado para chegar a essa conclusão.”

“Se meus pensamentos mentais são totalmente determinados por átomos de meu cérebro, não tenho
motivos para supor que minhas crenças sejam verdadeiras. Elas podem ser sadias quanto à química, mas isso
não as faz sadias do ponto de vista lógico. Por conseguinte, não tenho nenhum motivo para supor que meu
cérebro seja composto de átomos. Para escapar dessa necessidade de serrar o galho em que estou sentado, sou
compelido a crer que a mente não é totalmente condicionada pela matéria.”
“O fato de acreditarmos que a vida tem um significado está intimamente ligado a nossa capacidade de
raciocinar e, portanto, com nossa racionalidade. Mas por que deveríamos confiar em nossa mente ou na mente
dos cientistas cujas conclusões são aceitas com tanta facilidade, sendo consideradas “conhecimentos
fidedignos”? Será que existe alguma base científica para essa confiança?...”

De acordo com o que vimos e concluimos até aqui, o que podemos afirmar a respeito da razão
e do raciocínio lógico, fundamentais a manutenção e progresso científico?
“Podemos ver aqui, portanto, que a própria ciência não consegue explicar nem provar que a lógica e a
razão, fundamentais para todo empreendimento científico, sejam fidedignas. Os cientistas precisam assumir que
elas têm valor. Mas qual é a base?... Os fundamentos da ciência moderna baseavam-se inteiramente em
conceitos cristãos para acreditar na razão e em sua capacidade de entender a natureza. Aliás, um filósofo, prof.
J. Mac-Murray, afirmou que “a ciência é o filho legítimo de um grande movimento religioso e sua genealogia
remonta a Jesus”

“Com todas as grandes civilizações conhecidas no mundo, por que a ciência moderna nasceu na Europa
Cristã no final da Idade Média? O conhecimento acerca do mundo e as técnicas em posse das outras culturas
não eram suficientes em si para manter em andamento a ciência como a conhecemos. Os gregos, os hindus do
Vale dos Ganges, os árabes e os outros povos possuíam conhecimento e técnicas consideráveis, mas nunca
desenvolveram a ciência como um movimento progressivo. O que lhes faltava era a estrutura certa que pudesse
dar confiança e motivação para as pessoas, fazendo com que o estudo científico florescesse.”

“A investigação científica só encontrou solo fértil depois que a fé num criador pessoal, racional,
realmente impregnou toda uma cultura, a partir dos séculos da Idade Média Alta. Essa foi a fé que forneceu
uma dose suficiente de crédito na racionalidade do universo, confiança no progresso e valorização do método
qualitativo – todos eles, ingredientes indispensáveis da investigação científica.”
S. Jaki, Science and Creation, p. VIII

“O Deus da Bíblia é um criador pessoal, racional, digno de confiança. Portanto, pode-se esperar que
sua criação seja ordenada e racional. Passagens como Gênesis 1 e 8:22 sustentam essa conclusão. Foi sobre
esse fundamento que os primeiros cientistas desenvolveram o conceito de leis naturais e começaram a procura-
las.
De acordo com Gênesis 1:26-27, os seres humanos são feitos à imagem e semelhança de Deus. Isso deu
segurança para que os primeiros cientistas pudessem crer que suas mentes eram imagens finitas da mente de
Deus e que, portanto, eram capazes de entender sua criação e suas leis naturais. Eles tinham motivos para
confiar na razão e na lógica humana.
As ordens de dominar a terra, em Gênesis 1:28, e de cuidar do jardim do Éden, em Gênesis 2:15,
forneceram um estímulo religioso para o estudo científico da natureza. Isso era visto como uma forma de
cumprir esses mandamentos.”

Para finalizar, monte um resumo esquemático da linha de raciocínio apresentada na sequência


de textos.

Texto Complementar

Somos imagens de Deus. Da mesma forma, nossa capacidade de pensar e raciocinar são um reflexo finita
da do Criador. Como projeção, nossa mente é condicionada por Deus, uma vez que Ele define de que forma será
a Sua imagem em nós. Na expectativa de ampliar os limites da ciência, alguns cientistas têm usado descobertas
e modelos recentes (mas razoavelmente aceitos) para derrubar Deus do trono. Candidatos recentes a um
possível trono vago é o acaso probabilístico, conseqüência da Mecânica Quântica e da Teoria do Vácuo
Quântico. Entretanto, tais teorias não tiram o papel de criador de Deus: só demonstram que a maneira como
entendemos e visualizamos a Sua obra é por meio de modelos probabilísticos. Por exemplo: eu crio um dado e
mando meu colega arremessa-lo 10000 vezes. Pergunto-lhe quantas vezes ele espera que a face assinalada com
6 cai para cima. Ele me responde: “Cerca de 5000/3, sendo que a probabilidade de o 6 cair voltado para cima é
1/6.” Ele, então, arremessa o dado as 10000 vezes. Mas, para seu espanto, a face assinalada com 6 caiu 6101
vezes voltada para cima, o que dá algo em torno de 3/5 de 10000. Como resultado da experiência restou a
surpresa e atribuição do fato ao acaso. Entretanto, eu, o criador do dado, sabia que o 6 apareceria cerca de 3/5
das vezes em que o dado foi arremessado, pois eu o criei para que assim fosse. Fazendo as devidas reparações e
ampliações, é assim que acontece com aqueles que tentam tirar os méritos de Deus e entrega-los a estatísticas.

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