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Caso Prático N.º 10 - Direitos Reais
Caso Prático N.º 10 - Direitos Reais
(Propriedade)
Para se salvaguardar António consagrou uma cláusula no contrato de compra e venda, no qual
previa que se a Câmara não deferisse o projecto de construção, o negócio ficava sem efeito.
Quando deu entrada do respectivo licenciamento, António apercebeu-se de que apenas podia
construir duas moradias, pretendendo reverter o negócio.
Entretanto a Câmara Municipal de Mértola decide expropriar, por utilidade pública, o terreno
de António, uma vez que os casos de Covid estavam a aumentar no município e necessitavam
de um espaço para albergar doentes.
Quid juris ?
A propriedade é um direito real de gozo de maior importância, único direito real de gozo que
tem tutela constitucional – artigo 102, CRP
Os demais direitos reais de gozo acabam por ser derivações do uso ou gozo por referência ao
direito primitivo de base: a propriedade.
Terreno urbano é uma coisa corpórea e pode ser objeto de um direito de propriedade
Condição entre ambos – pq queria construir algo lá e se não desse queria reverter o contrato
1307º
II
Abel, rico empresário português residente no Brasil, que havia arrendado um imóvel na Lapa a
Berta, em 1980, regressa a Portugal em 2022, em virtude de ter perdido todos os seus bens,
excetuando aquele apertamento.
Abel, tendo o contrato em causa tido apenas a duração de 10 anos o qual não foi renovado, e
uma vez que Berta, desde 1999, não havia liquidado os valores da renda, decide reivindicar
judicialmente a propriedade do referido imóvel.
Berta, apresenta nova acção judicial contra Abel, com o objectivo de reconhecer que em
virtude de residir no imóvel há 42 anos era ela a legítima proprietária do mesmo, tendo o
advogado intentado uma acção confessória com vista a invocar a usucapião.
Quid juris ?
III
Madalena, aproveitando que o seu marido Tiago não estava em causa, decide colocar no
contentor do lixo uma cadeira estilo Luís XIV, que esta detestava.
Bento, vizinho do casal que estava a passar no local, no momento em que Madalena se
deslocou ao mesmo, decide de imediato levar a cadeira consigo para casa.
Tiago, quando chegou a casa, verificou que não tinha a sua cadeira no escritório, pedindo
explicações à esposa, tendo Madalena referido que estava farta de antiguidades, que havia
colocado a cadeira no lixo e que a mesma já estava em casa de Bento.
Atendendo à explicação, Tiago pretende recuperar a sua cadeira, recusando Bento a devolução
daquele objecto, uma vez que havia encontrado a cadeira no lixo.