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LICENCIATURA EM DIREITO

ANO LECTIVO: 2022/2023


DIREITOS REAIS – 3.º ANO – TURMA B
REGÊNCIA: PROFESSORES DOUTORES ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO E JOSÉ LUÍS RAMOS
SUBTURMAS: 12, 15, 16 E 17

Caso Prático N.º 10

(Propriedade)

Considere a seguinte hipótese:

António comprou um terreno urbano em Mértola a Bártolo com o objectivo de construir


quatro pequenas moradias que pretendia arrendar a terceiros, tendo o vendedor garantido a
possibilidade de construção nestes termos, uma vez que um funcionário da Câmara Municipal
de Mértola lhe havia transmitido essa informação.

Para se salvaguardar António consagrou uma cláusula no contrato de compra e venda, no qual
previa que se a Câmara não deferisse o projecto de construção, o negócio ficava sem efeito.

Quando deu entrada do respectivo licenciamento, António apercebeu-se de que apenas podia
construir duas moradias, pretendendo reverter o negócio.

Entretanto a Câmara Municipal de Mértola decide expropriar, por utilidade pública, o terreno
de António, uma vez que os casos de Covid estavam a aumentar no município e necessitavam
de um espaço para albergar doentes.

Quid juris ?

A propriedade é um direito real de gozo de maior importância, único direito real de gozo que
tem tutela constitucional – artigo 102, CRP

Os demais direitos reais de gozo acabam por ser derivações do uso ou gozo por referência ao
direito primitivo de base: a propriedade.

Renúncia abdicativa e liberatória


B é proprietário de um terreno

Terreno urbano é uma coisa corpórea e pode ser objeto de um direito de propriedade

Disposição e B ia alienar a terreno a A

Condição entre ambos – pq queria construir algo lá e se não desse queria reverter o contrato

1307º

II

Abel, rico empresário português residente no Brasil, que havia arrendado um imóvel na Lapa a
Berta, em 1980, regressa a Portugal em 2022, em virtude de ter perdido todos os seus bens,
excetuando aquele apertamento.

Abel, tendo o contrato em causa tido apenas a duração de 10 anos o qual não foi renovado, e
uma vez que Berta, desde 1999, não havia liquidado os valores da renda, decide reivindicar
judicialmente a propriedade do referido imóvel.

Berta, apresenta nova acção judicial contra Abel, com o objectivo de reconhecer que em
virtude de residir no imóvel há 42 anos era ela a legítima proprietária do mesmo, tendo o
advogado intentado uma acção confessória com vista a invocar a usucapião.

Quid juris ?

III

Madalena, aproveitando que o seu marido Tiago não estava em causa, decide colocar no
contentor do lixo uma cadeira estilo Luís XIV, que esta detestava.

Bento, vizinho do casal que estava a passar no local, no momento em que Madalena se
deslocou ao mesmo, decide de imediato levar a cadeira consigo para casa.

Tiago, quando chegou a casa, verificou que não tinha a sua cadeira no escritório, pedindo
explicações à esposa, tendo Madalena referido que estava farta de antiguidades, que havia
colocado a cadeira no lixo e que a mesma já estava em casa de Bento.
Atendendo à explicação, Tiago pretende recuperar a sua cadeira, recusando Bento a devolução
daquele objecto, uma vez que havia encontrado a cadeira no lixo.

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