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(753-509)
Generalidades:
Não existem fontes certas para a origem de Roma, encontrando-se esta na mitologia, em
que Rómulo é que funda a cidade de Roma.
Neste período, no topo da hierarquia estava o Rex. Este concentrava em si todos os poderes
políticos, religiosos, militares e judiciais.
A sociedade estava dividida entre plebeus e patrícios. Havia 3 tribos, com 10 cúrias por cada
uma.
Em 510 a.C. é derrubado o último Rex de Roma, Tarquínio já que este era despótico e não
tinha sido eleito pela forma tradicional.
Existiam dois momentos, o faz (propícios) e o nefas (não propícios). O direito nasce para
gerir estes dois momentos.
Definições
Auctoritas- autoridade no sentido de conhecimento prático da vida
Mores maiorum- tradições dos antigos (como os antigos viviam a vida e solucionavam os
problemas)
Órgãos do governo
Órgãos principais:
- rex
- senado
- comitia curiata
- sacerdotes
Rex
Este era o órgão central do governo.
Ius papirianum- primeira coletânea escrita das leges regiae; não é a solução do caso
concreto, mas soluções que o Rex encontrava para gerir a cidade
- poder de mediação divina: o Rex tinha as capacidades te interpretação dos auspicia
Escolha do rei
Com a morte do rei, abre se o momento de interregnum, onde o senado passa a ser o órgão
principal, pois todos os poderes do Rex vão para este.
O senado tinha de nomear um grupo mais estrito de senadores, que, por sua vez, um deles
(interrex) tinha de indicar uma pessoa, em 5 dias, segundo a vontade dos deuses, através de
sinais, como o voo das aves.
No caso de no final dos 5 dias, não fosse indicado ninguém, então escolhia-se outro senador
para escolher.
Esta pessoa tinha de passar pelos comitia curiata, que dariam a aprovação (creatio). Isto
acontecia através da lex curiata de imperium (não é uma lei, mas um costume).
Inauguratio- sacerdote com mais poderes, numa celebração publica, dava a sua bênção à
pessoa que tinha sido escolhida e aprovada; aqui o Rex passava a ter os poderes
Senado
O senado era o órgão que representava os patrícios.
Comitia curiata
Estes eram agrupamentos do povo, divididos em três tribos (latinos, etruscos, sabinos).
Cada tribo tinhas 10 centúrias, que eram grupos mais pequenos com a funcionalidade do
exército.
Durante a monarquia, a participação nas decisões políticas ou jurídicas por parte dos
Comitia Curiata não passava de um ato de adesão ou rejeição a uma pergunta feita por um
magistrado.
Os colégios mais importantes eram os colégios dos auguras e o colégio dos pontífices.
O rex é mantido, mas apenas para questões religiosas, denominado Rex Sacrorum.
Os romanos, nos finais do século VI, passam a ser governados por dois cônsules. Porém,
estes não tinham um cargo vitalício, de forma a evitar ter todos os poderes concentrados
numa só pessoa.
Há um momento de tensão, pois a Etrúria queria mais colónias para comercializar com mais
povos, mas acabam por ser derrotados. Isto fez com que a possibilidade de comércio que os
plebeus até então tinham ficasse limitada.
494 a.C.- 1ª secessão do Aventino: a plebe divide-se do resto da cidade e fica isolada no
monte Aventino, e recusa-se a obedecer
Os patrícios não podiam fazer nada, pois a plebe fazia parte do exército.
Roma não podia ter a sociedade dividida, então, em 451 a.C., as magistraturas ordinárias
são suspensas e o poder é dado a um grupo decemvirato (grupo de 10 homens), com o
objetivo de escreverem regras para toda a sociedade. Porem, ao final de um ano estes ainda
não tinham escrito, logo foi escolhido outro grupo.
No segundo decemvirato as regras são finalmente escritas e as leis das XII tabuas são
publicadas (lex duodecim tabularum), em 449 a.C.
As leis das XII tábuas não eram uma inovação normativa, apenas eram os mores maiorum
escritos. Isto acaba com o secretismo do processo judiciário, dando uma maior segurança.
Provacatio ad populum- este instituto serve como uma segunda instância; um magistrado
aplicava uma pena de morte a um crime grave; existem duas fases: 1) o magistrado explica
os factos e porque é um crime, 2) a assembleia aceita a decisão do magistrado ou não
De início, quando a assembleia dava o seu parecer, o magistrado não estava vinculado a
observar essa deliberação dos comitia.
Este instituto faz com que haja uma maior atenção para com a plebe, uma maior proteção,
pois maior parte das vezes quem era reu era um plebeu.
Tribuno Militum
O exercício do imperium estava ligado à capacidade de auspicium.
Podendo os plebeus se integrarem nas magistraturas, mas também por serem uma parte
essencial no exército, estes eram integrados no tribuno militum.
Até ao início da República havia uma alternância do governo da cidade entre os cônsules e o
tribuno militum.
Estes tinham poderes idênticos, não podendo, o tribuno militum, exercer poderes que
resultassem da titularidade do auspicium (não podia nomear o ditador; nomear um colega
que exercesse as funções com ele; etc.).
Assembleias do Populus
Principais assembleias:
- comitia curiata
- comitia centuriata
- comitia tributa
- concilia plebis
Comita curiata
Após o fim da monarquia, estas passam a ter um poder limitado a questões de direito sacro.
A investidura dos magistrados eleitos mostra que, mesmo com a separação da religião do
direito, ainda há uma relevância sacral na tomada de posse de um eleito para exercer
imperium.
Comitia tributa
Estes eram organizados por tribos e tinham poderes de natureza civil.
Concilia plebis
Esta era uma assembleia que somente integrava plebeus, também sendo somente
convocados por magistrados plebeus.
Magistraturas
O cursus honorum tinha os seguintes pressupostos: dois titulares por magistratura (tendo
poder de intercessio sobre o outro); responsabilização dos titulares; impossibilidade de se
repetir o cargo; temporalidade (máximo um ano); pluralidade de magistraturas (o poder
estava dividido)
Cursus Honorum
Magistraturas ordinárias
Magistraturas maiores (imperium e potestas):
- Cônsul
- Pretor
Magistraturas menores (potestas):
- Edil
- Questor
- Censor
Cônsul
O imperium do cônsul correspondia ao do rei (imperium domi; imperium militae), mas não
era ilimitado como o deste, já que estava sujeito à anualidade do cargo, colegialidade,
divisão de poderes com outras magistraturas; à provocatio ad populum.
Alem destas, ainda exercias as competências residuais, que não cabiam expressamente aos
outros magistrados.
Sendo que as outras magistraturas, tirando o pretor, não tinham imperium, estas tinham de
recorrer ao cônsul para efetivar as suas ordens.
Pretor
O imperium do pretor era idêntico ao do Cônsul, mas a sua potestas era de menor
amplitude.
Funções:
- aplicava a justiça
- convocava os comícios para a eleição de magistrados menores
- apresentava propostas de lei, que eram votadas nos comícios
Em 242 a.C., ao pretor urbano (tratava de conflitos entre cidadãos romanos) junta-se o
pretor peregrino (resolvia problemas entre cidadãos e estrangeiros)
Edil
As suas funções eram:
- Guarda de arquivos
- gestão do tesouro
- Organizavam festas
- atentos a questões comerciais, podiam gerir situações de litígios no comercio
Questor
Magistratura encarregada de administrar o dinheiro publico, tendo uma função mais fiscal.
Tinham um poder de instrução, tratando os processos criminais que tinham como sanção a
pena de morte.
Censor
O censor tem um papel estratégico, sendo a polícia da moral (confere-lhe poderes de
fiscalização dos mores maiorum).
Além disso, a censura tem a finalidade do censo, contando quantas pessoas integravam a
população e quantas propriedades cada um tinha (estas faziam a sua colocação no exército).
Este não tinha imperium; era eleito nos comitia centuriais; exercia as suas funções durante
18 meses.
Ditador
Este era nomeado por um cônsul, tendo um mandato de 6 meses, no máximo, em situações
de emergência.
Não estava sujeito à provocatio ad populum, nem tinha de responder pelas suas ações no
final do seu mandato.
Tribuno da Plebe
Esta tinha como objetivo garantir os interesses da plebe.
Inicialmente eram eleitos pelos comitia tributa, mas depois passam a ser eleitos pelos
concilia plebis.
Senado
O senado garantia a Roma estabilidade, continuidade institucional e conhecimentos
suficientes para orientar as magistraturas.
Para exercer os seus poderes tinha:
- Auctoritas patrum: confirmar as deliberações das assembleias (a partir da lex publilia
philonis, em 339 a.C., este passa a ser prévio às deliberações dos comícios em relação às
propostas legislativas)
- senatus consultum; consulta dada pelo Senado a um magistrado, a pedido deste
- interregnum: evitava o vazio de poder (por morte ou ausência do cônsul), garantindo
continuidade ao imperium
O povo acredita que César Augusto era o único capaz de recuperar a paz, a justiça.
As consequências são:
- os poderes separados em Roma perdem a independência, pois é concentrada no Prínceps
- a liberdade de iniciativa dos magistrados acaba
- a decisão judicial torna-se condicionada através da lei feita como expressão da vontade do
prínceps
- há um enfraquecimento dos órgãos de republica
- fim da independência dos jurisprudentes e dos pretores, estando subordinados ao
prínceps
Sucessão do prínceps
O prínceps escolhe um filho adotivo, para que este passe a aprender as atribuições de
prínceps. Assim, este filho tem reconhecida pelo Senado a auctoritas, confirmando o novo
prínceps.
As competências legislativas dos comícios passam para o Senado, pois este era controlado
pelo prínceps.
Senado
O prínceps, formalmente, estende os poderes do Senado, retirando-os do populus.
Contudo, na prática quem os exercia era o prínceps.
Este passa a poder legislar através do senatusconsultos. Porém, a iniciativa legislativa vinha
do prínceps, que anunciava e publicava as suas decisões no Senado.
Magistraturas
Estas foram o órgão que mais sofreu, pois o prínceps concentra em si todos os poderes dos
magistrados, tendo primazia sobre todos eles.
Cônsules
Subordinados pelo prínceps, sendo que, na prática, é o prínceps que exerce a magistratura
do consulado.
Pretor
Este não foi logo substituído, pois a sua atividade exigia um elevado conhecimento dos
mecanismos processuais e das regras aplicadas na resolução de litígios.
Contudo, esta acaba por desaparecer.
Tribuno da plebe
Esta foi a magistratura que mais sofreu, pois o prínceps assumiu a tribunitia potestas.
O tribuno da plebe manteve o seu poder de intercessio, menos contra o prínceps.
Prínceps
Poderes:
- tribunícia potestas: poder de intercessio sobre todos os atos dos magistrados e do Senado
- imperium proconsulare maius: um comando militar supremo, podendo fazer guerra ou
paz.
Formalmente, César Augusto não tinha poderes originários, mas um poder derivado, pois os
seus poderes eram concedidos pelos órgãos políticos, nomeadamente o Senado.
O objetivo do prínceps era extinguir todas as magistraturas e dos outros órgãos, de forma a
concentrar em si todos os poderes.
Estes funcionários eram designados, por nomeação a tempo indeterminado, pelo prínceps
para fazer cumprir leis.
Fim do principado
Havia uma relação difícil entre o prínceps e os órgãos da república.
Há uma perda da importância de Roma no seio do império, pois as províncias já não viviam
em função e por causa de Roma. Assim, a figura do prínceps é enfraquecida.
O facto de o império ser grande faz com que haja uma incapacidade de se manter os
vínculos institucionais. Logo, há uma progressiva autonomia política das províncias.
O cristianismo tenta destruir o mito da divindade do imperador. Isto faz com que
Diocleciano ordenasse uma perseguição aos cristãos.
Teodósio reúne, pela última vez, o império. Porém, antes de morrer divide-o e entrega cada
parte aos seus filhos.
Este ainda reconhece o cristianismo como religião oficial.
Fontes
Generalidades:
- da monarquia à república: marcada pela interpretatio dos pontífices, leis das XII tábuas,
Leges Liciniae Sextiae
- dominado: falta de lierdade dos jurisprudentes, ius publicum controlado pelo poder
político
Mores Maiorum
Os Mores Maiorum eram a tradição de uma comprovada moralidade, tendo o seu
fundamento no facto de os cidadãos, tacitamente, respeitarem estas regras de forma
voluntária, dando-lhes juridicidade.
Eram os pontífices que guardavam os segredos dos mores, permitindo a manipulação das
soluções. Eram estes que tinham a tarefa de os interpretar.
A Lei das XII Tábuas foi redigida pelo decenvirato na sequência da reivindicação dos plebeus
que o Direito vigente estivesse escrito. Esta tinha como principais fontes os mores maiorum
e o ius papirianum.
A Lei das XII Tábuas possibilitou a superação do binómio norma/interpretação para passar a
haver uma busca argumentada da solução justo do caso concreto.
Ultrapassa-se a oralidade incerta para os jurisprudentes interpretarem as regras escritas,
aplicando-as nos casos concretos.
A Lei das XII Tábuas foram uma tentativa de positivar as regras mais importantes do ius
vigente e fazer aplicar de forma universal e igualitárias as regras a patrícios e plebeus
(aequatio iuris).
Jurisprudência
A jurisprudência é o conjunto de respostas dadas pelos jurisprudentes para solucionar
litígios.
O jurisprudente tem auctoritas, pois era um símbolo do saber socialmente reconhecido dos
mores maiorum.
O jurisprudente não era apenas conhecedor, mas também criador do Direito. Tinha as
seguintes funções:
- Agere: aconselhamento processual; dava assistência às partes no processo (qual forma
empregar, que palavras utilizar, etc.)
- Respondere: resolver os casos que lhe eram encaminhados (normalmente, por particulares
ou magistrados), dando um parecer
- Cavere: aconselhamento na feitura do negócio jurídico
Características da jurisprudência:
- gratuitidade: os pareceres e conselhos não eram renumerados, mas uma forma de
acumular honras
- publicidade: as respostas dadas eram públicas e argumentadas, contrastando com o
secretismo que rodeava a atividade dos pontífices antes da laicização da jurisprudência
Periodização da jurisprudência
Época arcaica- Monarquia
A jurisprudência pertencia aos sacerdotes, que a reservavam, não a divulgando ao povo.
Estes elaboravam um calendário com os dias fastos e nefastos para a decisão de conflitos
entre as pessoas.
Com a Lei das XII Tábuas implementa-se a base concetualizadora do ius civile, positivando as
regras principais; abre-se o colégio dos pontífices aos plebeus, que faz com que Tibério
Coruncânio torne publico o modo de proceder à interpretatio das regras do Ius Civile;
ensino público do Direito a jurisprudência passa a desenvolver-se com bases
racionais, e uma atividade das mais nobres que se podia aspirar.
Ius honorarium- conjunto de normas criadas a partir da ação do pretor urbano de adaptação
do ius civile às alterações da vida
Ius gentium- normas criadas pelo pretor peregrino destinadas a regular as relações entre os
romanos e os estrangeiros
Há uma cristalização do ius em códigos feitos por jurisprudentes escolhidos pelo imperador.
Permite escolher as razões que levam a decidir num certo sentido, mas apresentando as
várias soluções.
Regulae
Instrumentos para resolver casos concretos, tendo como base os precedentes.
Definitiones
Explicações do significado de um termo que se destinam a auxiliar a interpretatio dos textos
normativos.
- o ius Flavianum com Cneu flávio a dar conhecimento publico dos dias fastos e nefastos
A lei das XII tábuas formulou regras escritas e publicou-as, mas não tornou publicas
as formas de exercer o direito contido nessas regras.
Isto fez com que os patrícios continuassem com os privilégios que tinham antes da
lei das XII tábuas, pois continuavam um segredo as formas de interpretar e aplicá-las.
Foi então que Gneu Flávio, escriba de Ápio Claúdio, divulgou o “código das ações”
(legis actiones). Assim, a lei das XII tábuas passa a ter um instrumento processual
para serem aplicadas, sem segredos.
Lex Rogata
Esta era a proposta feita pelos magistrados ao comitia.
Processo de formação
-promulgatio: afixação do texto a apresentar à assembleia pelo magistrado; era afixado num
local público, para toda a gente ver
-conciones: reuniões, em lugar publico, para haver uma discussão acerca do projeto
- rogatio: o magistrado pedia aos comitia que aprovasse a lei
- votação: numa primeira fase, a votação era feita oralmente; numa segunda fase, o voto
passa a ser escrito e secreto
- aprovação: a aprovação era feita pelo Senado, através da auctoritas patrum; com a lex
publilia philonis, em 339 a.C., a provação do Senado passa a ser feita antes da rogatio
- afixação: quando eram aprovadas, as leis eram afixadas publicamente
Plebiscitos
Estes eram deliberações da plebe, que reunida em assembleia, aprovava, ou não, uma
proposta do tribuno da plebe.
Com a lex valeria horatia de plebiscitis, em 449 a.C., alguns dos plebiscitos passam a ser
vinculativos para todo o populus.
Somente com a lex hortensia de plebiscitis, em 266 a.C., é que os plebiscitos são
equiparados às leis comiciais, tendo como destinatários também os patrícios.
Ius praetorium
O pretor, além de interprete da lex, também é o defensor do ius e da justiça, interpretando
o ius civile, integrando as suas lacunas.
- baseando-se no seu poder de imperium, usa expedientes próprios para criar direito, mas
de uma forma indireta, pois, conforme era justo ou não, ele podia aplicar ou desaplicar o ius
civile
- com a lex aebutia de formulis, em 130 a.C., baseado na sua iurisdictio, passa a criar direito
de uma forma direta, usando expedientes, em que os casos que não estão previstos no ius
civile, o pretor procede a uma actio própria
Editos do pretor
Este interpretava, integrava e corrigia o ius civile.
A sua atividade podia ser controlada por:
- ius intercessionis dos cônsules
- por quem tivesse tribunitia potestas
-provocatio ad populum
- pela critica dos jurisprudentes
Porém, com a lex aebutia de formulis, o sistema passa a ser de agere per formulas, em que
o pretor dá uma ordem escrita ao iudex para condenar ou absolver.
Para evitar uma aplicação injusta de uma actio civilis, o pretor tem à sua disposição várias
actiones praetoriae:
- actiones in factum conceptae: se o pretor vir que uma certa situação merece proteção
jurídica e não a tem do ius civile, este concede uma actio para que se faça justiça
- actiones ficticciae: para aplicar justiça, o pretor finge como existente alguma coisa ou um
facto
- actiones utiles: o pretor aplica por analogia actiones civiles a casos diferentes
- actiones adiecticiae qualitatis: actiones que responsabilizam o paterfamilias, total ou
parcialmente, pelas dividas de um dos seus filius
Edictum perpetum de Adriano
Com o desenvolvimento do ius praetorium, os pretores deixam de fazer alterações aos
editos dos seus antecessores, tornando-se geral o fenómeno dos tralaticia.
Com isto, Adriano manda que codifiquem todos os editos pretórios num só.
Senatusconsultos
Cronologia
- até ao principado, os senatusconsulto eram meros pareceres do Senado ao rei e
magistrados, quando estes o consultavam; os senadores concediam, ou não, auctoritas
patrum às leis comiciais
- após o inicio do principado, estes passam a ser fonte imediata de direito, tendo a atividade
legislativa, apesar de ser em colaboração com o prínceps
Constituições imperiais
Evolução
- até Adriano: transforma-se a atividade legislativa do senado em uma mera formalidade, e
esgota-se as outras fontes de direito
- depois de Adriano: o edito perpetum retira ao pretor a atividade inovadora, havendo uma
maior intervenção do prínceps