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A ROSA

Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa

Tu és divina e graciosa Em sândalos olentes


Estátua majestosa Cheios de sabor
No amor! Em vozes tão dolentes
Por Deus esculturada Como um sonho em flor...
E formada com ardor...
És láctea estrela
Da alma da mais linda flor És mãe da realeza
De mais ativo olôr És tudo enfim
Que na vida é preferida Que tem de belo
Pelo beija-flor... Em todo resplendor
Da santa natureza...
Se Deus
Me fora tão clemente Perdão!
Aqui neste ambiente Se ouso confessar-te
De luz, formada numa tela Eu hei de sempre amar-te
Deslumbrante e bela... Oh! flor!
Meu peito não resiste
Teu coração Oh! meu Deus
Junto ao meu lanceado O quanto é triste
Pregado e crucificado A incerteza de um amor
Sobre a rosa e a cruz Que mais me faz penar
Do arfante peito teu... Em esperar
Em conduzir-te
Tu és a forma ideal Um dia ao pé do altar...
Estátua magistral
Oh! alma perenal Jurar aos pés do Onipotente
Do meu primeiro amor Em preces comoventes
Sublime amor... De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...
Tu és de Deus
A soberana flor Depois de remir meus desejos
Tu és de Deus a criação Em nuvens de beijos
Que em todo coração Hei de envolver-te
Sepultas um amor... Até meu padecer
De todo fenecer...
O riso, a fé, a dor

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