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Nome: Data: ____/_____/2015

Série: 2º Ano. Ensino: ( X )Médio ( ) Fundamental Nº_____ Turma _____

Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Michel Guimarães

Parnasianismo
Rosa Tu és de Deus Língua portuguesa (Olavo Bilac)
(Música: Pixinguinha A soberana flor
Letra: Otávio de Souza) Última flor do Lácio, inculta e bela,
Tu és de Deus a criação
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Que em todo coração
Tu és divina e graciosa Ouro nativo, que na ganga impura
Sepultas um amor...
Estátua majestosa A bruta mina entre os cascalhos vela...
No amor! O riso, a fé, a dor Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Por Deus esculturada Em sândalos olentes Tuba de alto clangor, lira singela,
E formada com ardor... Cheios de sabor Que tens o trom e o silvo da procela,
Em vozes tão dolentes E o arrolo da saudade e da ternura!
Da alma da mais linda flor Como um sonho em flor... Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De mais ativo olôr De virgens selvas e de oceano largo!
Que na vida é preferida És láctea estrela Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Pelo beija-flor... És mãe da realeza Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
És tudo enfim E em que Camões chorou, no exílio
Se Deus Que tem de belo amargo,
Me fora tão clemente Em todo resplendor O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Aqui neste ambiente Da santa natureza...
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela... Perdão!
Se ouso confessar-te
Teu coração Eu hei de sempre amar-te A Um Poeta (Olavo Bilac)
Junto ao meu lanceado Oh! flor! Longe do estéril turbilhão da rua,
Pregado e crucificado Meu peito não resiste Beneditino escreve! No aconchego Do
Sobre a rosa e a cruz Oh! meu Deus claustro, na paciência e no sossego,
Do arfante peito teu... O quanto é triste Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
A incerteza de um amor Mas que na forma se disfarce o emprego
Que mais me faz penar Do esforço: e trama viva se construa De tal
Tu és a forma ideal Em esperar modo, que a imagem fique nua Rica mas
Estátua magistral Em conduzir-te sóbria, como um templo grego
Oh! alma perenal Um dia ao pé do altar... Não se mostre na fábrica o suplicio Do
Do meu primeiro amor
mestre. E natural, o efeito agrade Sem
Sublime amor... Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes lembrar os andaimes do edifício:
Tu és de Deus De dor, e receber a unção
Porque a Beleza, gêmea da Verdade Arte
A soberana flor Da tua gratidão...
Tu és de Deus a criação pura, inimiga do artifício, É a força e a
Que em todo coração Depois de remir meus graça na simplicidade.
Sepultas um amor... desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te Leia mais:
O Pássaro Cativo (Olavo Bilac) Umpadecer
Até meu Beijo (Olavo Bilac) Perfeição (Olavo Bilac)
http://www.mensagenscomamor.com/poem
Foste o beijo melhor da minha vida,
De todo fenecer... Nunca entrarei jamais o teu
as-e-poesias/poemas_de_olavo_bilac.htm#i
Armas, num galho de árvore, o alçapão;
recinto:
Ou talvez o pior...Glória e tormento,
Na sedução e no fulgor que
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Hoje você é quem man
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estad
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Apesar de você
Amanhã há de ser
Olha-me (Olavo Bilac)
Outro dia Olha-me! O teu olhar sereno e brando
Eu pergunto a você Entra-me o peito, como um largo rio
Onde vai se esconder De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando
Da enorme euforia O ermo de um bosque tenebroso e frio.
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar Fala-me! Em grupos doudejantes, quando
Água nova brotando Falas, por noites cálidas de estio,
E a gente se amando As estrelas acendem-se, radiando,
Sem parar Altas, semeadas pelo céu sombrio.

Quando chegar o momento Olha-me assim! Fala-me assim! De pranto


Esse meu sofrimento Agora, agora de ternura cheia,
Vou cobrar com juros, juro Abre em chispas de fogo essa pupila...
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido E enquanto eu ardo em sua luz, enquanto
Este samba no escuro Em seu fulgor me abraso, uma sereia
Você que inventou a tristeza Soluce e cante nessa voz tranquila!
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada Atividade:
Nesse meu penar
A partir da leitura dos poemas de Olavo Bilac, (1) Elenque as principais
Apesar de você características parnasianas presentes nos textos, (2) dê exemplos com
Amanhã há de ser trechos das poesias e (3) desenvolva um texto no qual disserte sobre
Outro dia as diferenças do Parnasianismo brasileiro e francês tendo como base a
Inda pago pra ver poesia bilaquiana.

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