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Parnasianismo
Rosa Tu és de Deus Língua portuguesa (Olavo Bilac)
(Música: Pixinguinha A soberana flor
Letra: Otávio de Souza) Última flor do Lácio, inculta e bela,
Tu és de Deus a criação
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Que em todo coração
Tu és divina e graciosa Ouro nativo, que na ganga impura
Sepultas um amor...
Estátua majestosa A bruta mina entre os cascalhos vela...
No amor! O riso, a fé, a dor Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Por Deus esculturada Em sândalos olentes Tuba de alto clangor, lira singela,
E formada com ardor... Cheios de sabor Que tens o trom e o silvo da procela,
Em vozes tão dolentes E o arrolo da saudade e da ternura!
Da alma da mais linda flor Como um sonho em flor... Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De mais ativo olôr De virgens selvas e de oceano largo!
Que na vida é preferida És láctea estrela Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Pelo beija-flor... És mãe da realeza Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
És tudo enfim E em que Camões chorou, no exílio
Se Deus Que tem de belo amargo,
Me fora tão clemente Em todo resplendor O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Aqui neste ambiente Da santa natureza...
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela... Perdão!
Se ouso confessar-te
Teu coração Eu hei de sempre amar-te A Um Poeta (Olavo Bilac)
Junto ao meu lanceado Oh! flor! Longe do estéril turbilhão da rua,
Pregado e crucificado Meu peito não resiste Beneditino escreve! No aconchego Do
Sobre a rosa e a cruz Oh! meu Deus claustro, na paciência e no sossego,
Do arfante peito teu... O quanto é triste Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
A incerteza de um amor Mas que na forma se disfarce o emprego
Que mais me faz penar Do esforço: e trama viva se construa De tal
Tu és a forma ideal Em esperar modo, que a imagem fique nua Rica mas
Estátua magistral Em conduzir-te sóbria, como um templo grego
Oh! alma perenal Um dia ao pé do altar... Não se mostre na fábrica o suplicio Do
Do meu primeiro amor
mestre. E natural, o efeito agrade Sem
Sublime amor... Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes lembrar os andaimes do edifício:
Tu és de Deus De dor, e receber a unção
Porque a Beleza, gêmea da Verdade Arte
A soberana flor Da tua gratidão...
Tu és de Deus a criação pura, inimiga do artifício, É a força e a
Que em todo coração Depois de remir meus graça na simplicidade.
Sepultas um amor... desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te Leia mais:
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http://www.mensagenscomamor.com/poem
Foste o beijo melhor da minha vida,
De todo fenecer... Nunca entrarei jamais o teu
as-e-poesias/poemas_de_olavo_bilac.htm#i
Armas, num galho de árvore, o alçapão;
recinto:
Ou talvez o pior...Glória e tormento,
Na sedução e no fulgor que
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Hoje você é quem man
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estad
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Olha-me (Olavo Bilac)
Outro dia Olha-me! O teu olhar sereno e brando
Eu pergunto a você Entra-me o peito, como um largo rio
Onde vai se esconder De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando
Da enorme euforia O ermo de um bosque tenebroso e frio.
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar Fala-me! Em grupos doudejantes, quando
Água nova brotando Falas, por noites cálidas de estio,
E a gente se amando As estrelas acendem-se, radiando,
Sem parar Altas, semeadas pelo céu sombrio.