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DISCIPLINA DE PSICOLOGIA

Professora Brenna Fernanda Pereira Leão Santos

8 períodos do desenvolvimento Humano

1º Período pré natal – gestação

2º Período da primeira infância – do nascimento aos 6 anos

3º Período da segunda infância – dos 6 aos 10 anos

4º Período da terceira infância – dos 10 aos 12 anos

5º Período da adolescência – 12 aos 18 anos

6º Período início
da vida adulta – 18 aos 30 anos

7º Período da vida adulta intermediária – 30 aos 45 anos

8º Período da vida adulta tardia – acima dos 45 anos

Psicologia do relacionamento humano

Consideramos que todas foram necessárias para o desenvolvimento do ser


como um todo. Costumamos ouvir sobre maneiras certas e erradas de se
agir. No entanto, o que é certo e o que é errado? E para quem? Tudo depende
da educação que o indivíduo recebe, das informações que chegam por amigos,
religião e da cultura do local onde vive. E, como se não bastasse tudo que
chega pelo VATOP, que são nossos cinco sentidos (Visão, Audição, Tato,
Olfato e Paladar), a maneira como sentimos essas informações, também
influência nossos pensamentos e atitudes.

Nossas atitudes são um resultado dos estímulos externos que recebemos mais
a identificação que fazemos para, em seguida, introjetarmos essa identificação
fazendo com que ela vire um valor em nossas vidas. Nossas atitudes são
coerentes com esses valores formados, que muitas vezes são diferentes dos
formados por outras pessoas. Daí tanta variedade de atitudes.
Importante conhecermos o significado de egocentrismo e empatia para
avaliarmos como está a nossa dualidade e, também, para compreendermos
melhor o comportamento humano.
O egocêntrico pensa apenas em si mesmo, sente muita frustração quando não
consegue aquilo que deseja e acha que o mundo é responsável pelas suas
insatisfações. Uma vez que a pessoa com alto nível de egocentrismo pensa
apenas nela, o relacionamento afetivo, profissional ou entre amigos é pouco
saudável, pois é ela quem está sempre certa e sabe mais. O egocêntrico exige
muito do outro e não exige praticamente nada de si mesmo. Com o tempo
essas pessoas podem ter perdas, fazendo-as pensar que o mundo está contra
elas.
Já o empático, pensa no próximo, respeita as diferenças de pensamento e
aceita o outro como ele é. O empático se coloca em sentimento no lugar do
outro. Ele ouve, compreende, perdoa. O empático coloca as necessidades do
outro acima das suas próprias necessidades.

As relações e relacionamentos são fundamentais para a Psicologia Social, pois


dizem respeito a algo que não se encontra em um ou outro indivíduo
especificamente, mas entre os indivíduos. Assim, podemos pensar que o ser
humano é um ser relacional porque são as relações que definem o caráter
social e psicológico de cada um — seus mundos internos e externos.

As relações assumem formas de interação determinadas principalmente pelas


posições sociais que cada sujeito ocupa, criando uma distância ou uma
proximidade social. Comumente divide-se as inúmeras modalidades de
relações em três formas principais (FISCHER, 1999):
1. As relações interpessoais,
2. As relações institucionais e
3. As relações sociais

As relações interpessoais
A forma mais direta e mais facilmente observável de relação humana é a
interpessoal. Esse tipo de relação diz respeito à interação entre duas ou mais
pessoas e os sentimentos das pessoas inseridas nessa situação.
Dois temas amplamente pesquisados sobre relações interpessoais são
justamente o desenvolvimento das relações (como surgem, como se
estabelecem e quais fatores influenciam esses processos) e as relações
afetivas (amizade, matrimônio etc.).
Com relação ao desenvolvimento das relações interpessoais, inúmeros fatores
entram em jogo: fatores culturais, de personalidade, socioeconômicos etc. Esse
processo se inicia desde o nascimento, a partir do vínculo com os pais. Dentre
os fatores que predominam nas relações interpessoais entre adultos, pesquisas
recentes têm mostrado que a aparência física é um importante elemento de
atração interpessoal em praticamente todas as culturas. Um estudo realizado
na Universidade de Minnesota por Elaine Walster, Vera Aronson, Darcy
Abrahams e Leon Rottman (1966) revelou que os homens atribuem maior valor
à aparência física, enquanto as mulheres consideram as atitudes e os
interesses comuns como fatores mais importantes.

Relações institucionais
Não se pode reduzir as relações somente aos aspectos puramente
intersubjetivos, de indivíduo para indivíduo. A maioria das relações, na
verdade, não são simples e diretas. Elas se desenvolvem sempre no interior de
um meio social específico. Os meios sociais dos quais fazemos parte possuem
estruturas de diversas instâncias, entre as quais se encontram as instituições.
A família, a escola, o trabalho, a igreja, entre outros, são exemplos de
instituições das quais fazemos parte.
Assim, não se pode deixar de considerar a realidade social e institucional na
qual uma relação se inscreve. O que verdadeiramente configura uma relação
institucional é a forma organizada de se relacionar, situando os indivíduos em
um sistema estabelecido segundo a função, o papel ou
posição social ocupada por cada um. Esse modelo de organização é o que
determina como as relações se desenvolverão. Um modelo burocrático, por
exemplo, cria um modelo de relacionamento através de regras estritas.
Relações sociais
Essa forma coloca em evidência o contexto, as classes e posições sociais
ocupadas pelos indivíduos. Podemos considerar uma sociedade como sendo
uma repartição de grupos diferentes em um mesmo território e compartilhando
critérios econômicos, culturais, linguísticos etc.
Essa repartição de grupos diferentes revela uma separação e uma
categorização de posições e classes sociais distintas. Há alguns séculos a
mobilidade social era extremamente rara e existiam castas sociais hereditárias
como nobres, aristocratas, plebeus, escravos etc. Atualmente o critério de
divisão e separação é majoritariamente econômico, embora infelizmente ainda
exista uma forte divisão social baseada em critérios raciais e de gênero.
Portanto, cada relação também compreende uma distância social entre as
posições ocupadas pelos indivíduos envolvidos. Além dessa distância, existe
também um nível de diferenciação entre indivíduos e grupos que marca toda
relação social.
Características pessoais da personalidade humana

O conceito de personalidade refere-se a um conjunto de traços de


personalidade e características de uma pessoa que determinam seu
comportamento e maneira de agir diante de diferentes situações e, além disso,
permite se diferenciar das outras pessoas.

O que é a personalidade
A personalidade é entendida como a diversidade particular que caracteriza
cada pessoa e a diferencia das outras. É uma variável psicológica individual
formada por um conjunto de traços e particularidades psicológicas e
internas de cada pessoa, e esse fato determina as ações e formas de
adaptação das pessoas diante de distintas circunstâncias fundamentais.

Personalidade individualista
Embora a personalidade seja definida à nível global, cabe destacar que sua
definição é individualista. A definição geral evidencia que o conjunto de traços e
características das pessoas é o que forma a personalidade, mas o
individualismo assume o papel principal quando esses traços e características
das pessoas são discriminados e adaptados a cada pessoa com base no que
demonstra com suas ações e comportamentos em diferentes situações. Ou
seja, em cada pessoa alguns traços ou outros predominam e em
diferentes graus, dando origem a personalidades únicas.

Personalidade consistente
Outra das características comuns da personalidade é sua persistência e
constância, ou seja, a personalidade perdura no tempo. A personalidade
permanece mais ou menos estável ao longo da vida das pessoas, embora as
mudanças sempre possam ocorrer à medida que o tempo avança. Além disso,
o fato de permanecer mais ou menos constante implica que, em algumas
ocasiões, o modo como cada pessoa agirá ou se comportará pode ser prevista.

Personalidade diferenciadora
A personalidade também é caracterizada por ser a marca de identificação de
cada indivíduo, originando uma diferenciação entre as pessoas, pois, como
dissemos, não existem duas personalidades exatas. Portanto, a personalidade
é um elemento que nos permite diferenciar as pessoas de outras. Por fim, a
personalidade é o que nos permite identificar cada indivíduo como pessoas
únicas e exclusivas.

Personalidade evolutiva
Também devemos levar em consideração a evolução como característica da
personalidade. Assim, embora a personalidade seja um componente estável ao
longo do tempo, podem surgir mudanças e variações. Em algumas ocasiões, à
medida que o tempo avança, a personalidade também avança e muda, e
essas mudanças podem ocorrer devido à maturação do indivíduo, à idade, aos
fatores ambientais e à experiência, entre outros.

Personalidade não preditiva

Em algumas ocasiões, graças à estabilidade da personalidade, podemos prever os


comportamentos das pessoas diante de diferentes situações. Por outro lado, a não
predição da personalidade também é uma das características de personalidade. Pois,
a combinação dos traços, comportamentos e características da pessoa, dificulta a
possibilidade de previsão da resposta de cada pessoa à diferentes situações

Personalidade adaptativa
Outra das grandes características de personalidade é sua adaptação ao meio
ambiente. Ou seja, a personalidade permite que as pessoas possam se
adaptar e se ajustar à diferentes situações e circunstâncias vitais. Assim, a
personalidade permite que as pessoas possam resolver seus problemas
respondendo a eles de uma maneira adaptada às circunstâncias em que
ocorre. Além disso, é importante ressaltar que, se houver alterações ou
dificuldades na adaptação das pessoas em relação ao seu ambiente, isso pode
ocorrer devido a algum tipo de transtorno da personalidade

Personalidade e pensamentos
Também devemos considerar o papel dos pensamentos quando falamos das
características de personalidade, uma vez que a personalidade é
influenciada pelas maneiras de pensar dos indivíduos. Os pensamentos
relacionados com as próprias capacidades e com a nossa própria ideia como
indivíduos em geral, são os pensamentos que podem influenciar a construção e
as mudanças que ocorrem nos traços de personalidade. Por exemplo, se uma
pessoa pensa que não é suficientemente capaz de fazer as coisas bem e
sempre tem em mente pensamentos que a fazem duvidar de suas decisões e
suas ações, isso pode afetar a personalidade, que leva a uma pessoa insegura
e que, portanto, o traço de personalidade insegurança predomina em grandes
níveis.

Personalidade abstrata
Outra característica da personalidade é o fato de ser um conceito abstrato. O
conceito de personalidade é difícil de definir e de delimitar, pois é algo
abstrato, que não podemos ver nem tocar, simplesmente podemos deduzir
como é a personalidade de cada indivíduo em função da observação de seus
comportamentos e atitudes quando responde à diferentes estímulos e
situações

Personalidade baseada em cinco dimensões

 Neuroticismo. A primeira dimensão a ser levada em consideração nos


permite observar a tendência do indivíduo a experimentar sentimentos e
emoções negativas, entre as quais encontramos a melancolia, a
vergonha, a raiva, a culpa, a repugnância, entre outros.
 Extroversão. As pessoas extrovertidas são pessoas sociáveis, que
gostam de excitação e estimulação, tendem a ser alegres, espirituosas,
enérgicas, otimistas, etc.
 Abertura. A terceira dimensão refere-se a características das pessoas,
como a procura de sensações e procura de novas experiências.
 Amabilidade. Em quarto lugar, encontramos a dimensão da
personalidade que nos permite observar as tendências interpessoais dos
indivíduos. Essa dimensão pretende avaliar aspectos como o altruísmo,
a simpatia com os outros, a predisposição a ajudar os outros, entre
outros.
 Responsabilidade. Finalmente, encontramos a dimensão da
personalidade que avalia se o indivíduo é voluntarioso, decidido, se tem
vontade de realizar, entre outros.

SESMT e CIPA

A criação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT) é obrigatória para empresas com 50
colaboradores ou mais, e é uma exigência da NR-4. O seu dimensionamento
se faz conforme o grau de risco de acordo com o Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE e a quantidade total de colaboradores.
É preciso analisar as particularidades de cada empresa. O objetivo do SESMT
é promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador em seu ambiente
laboral.

Como citamos, a equipe do SESMT é composta por médico do trabalho,


engenheiro de segurança do trabalho, técnica de segurança do trabalho,
enfermeiro de segurança do trabalho e auxiliar ou técnico em enfermagem do
trabalho.

As empresas que não constituírem o SESMT e possuírem essa obrigatoriedade


de acordo com a NR-4, estão sujeitas a multas. Contudo, estabelecimentos
comerciais com qualquer classificação de grau de risco e com menos de 50
colaboradores estão desobrigados a estabelecer o SESMT. Nestes casos,
obrigatoriamente devem instituir a CIPA.
As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes — CIPA é um dos
principais responsáveis por acompanhar as atividades e exigências
relacionadas à proteção da saúde e integridade dos colaboradores. Ela deve
ser constituída em empresas com quadro profissional acima de 20
pessoas e é regulamentada pela NR-5. Caso a sua empresa possua menos
funcionários, a NR exige que você indique um designado para atuar com todas
as atribuições de um cipeiro.

A CIPA é composta por representantes indicados pelo empregador e


representantes eleitos pelos empregados. Para isso, é preciso realizar eleições
e os resultados devem ser homologados. O mandato será de dois anos e os
colaboradores eleitos pelos colaboradores não podem ser demitidos sem justa
causa, contando com estabilidade durante o seu mandato e mais um ano após.

Exercícios

MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO: ENTENDA A RELAÇÃO


Motivação e desempenho estão intrinsecamente ligados, bons resultados
dependem do quanto você está disposto a buscar por eles. Quando não há
motivação, fica difícil realizar tarefas mais complexas. Simplificando, podemos
dizer que a motivação funciona como o combustível que move as pessoas para
alcançar seus objetivos.
Por que você precisa trabalhar? Para que? Por que precisa praticar atividade
física? Por que precisa estudar? Por que precisa se aprimorar? Por que precisa
melhorar sua comunicação? Por que precisa vencer barreiras e limitações? Por
que precisa ser mais flexível? Por que precisa melhorar seus relacionamentos?
Todas as suas ações precisam de uma motivação e, quando estão diretamente
ligadas às suas realizações internas, atendendo seus sonhos e expectativas,
impulsionam ainda mais seu desempenho. O processo de desenvolvimento é
acelerado, suas habilidades e competências são aprimoradas e você alcança a
alta performance.
O bom desempenho depende da motivação do colaborador, alguém que esteja
insatisfeito com seu salário não entregará o seu melhor. É imprescindível que
as empresas tenham a preocupação de oferecer um ambiente salutar e repleto
de oportunidades para seus colaboradores. Resultados positivos dependem
dos incentivos corretos.
Quando o profissional está satisfeito com seu salário, benefícios e ambiente
corporativo, tende a se superar continuamente. O entorno do colaborador, bem
como as contrapartidas oferecidas pela companhia, contribui para lhe dar mais
segurança e estímulos. Motivação e desempenho estabelecem uma via de mão
dupla que é benéfica para ambas as partes.

Qual é o papel dos colaboradores em relação à motivação e


desempenho?
O profissional deve estar atento para resolver suas questões internas e para se
sentir mais motivado com a sua realidade. A busca por desenvolvimento
contínuo é outro ponto que depende quase que unicamente do profissional e
precisa estar em pauta. Quando o indivíduo busca continuamente por outras
ferramentas, se torna mais preparado para resolver suas questões.
Sendo assim, o papel do colaborador para fomentar uma boa relação entre
motivação e desempenho é estar aberto para as oportunidades.
Continuamente, se apresentam possibilidades de trocar experiências e adquirir
novos conhecimentos. Aproveitar cada uma dessas chances para se tornar
mais preparado é crucial para o sucesso. Cabe às empresas estimular a
motivação dos seus funcionários, mas também é função deles exercitar a
automotivação.

O que é relacionamento interpessoal na saúde?


O relacionamento interpessoal se dá por base na comunicação de quem cuida
e de quem é cuidado, aproximando-os de forma que o profissional possa
compreender a experiência do paciente tendo uma visão holística acerca do
atendimento no processo saúde doença.
Qual a melhor forma de relação interpessoal em uma equipe?
O cuidado centrado na pessoa exige que o enfermeiro crie um ambiente
facilitador, sendo empático, congruente e aceitando o outro tal qual esse se

apresenta, transformando qualquer interação ou relação interpessoal em um


encontro com qualidade
Qual a importância do relacionamento interpessoal para aos
profissionais?
As relações interpessoais têm grande importância dentro do contexto do
trabalho da enfermagem, pois o grupo necessita agir com respeito às
diferenças, a fim de desenvolver um trabalho em equipe satisfatório.
O que é relacionamento em enfermagem?
O relacionamento enfermeiro paciente é meta a ser atingida, é função
específica da enfermeira, é a interação planejada com objetivos definidos entre
duas pessoas, na qual ambas modificam seu comportamento,
construtivamente, com a evolução do processo de relacionamento
Como se desenvolvem as relações interpessoais na área da saúde?

Definição. “As relações interpessoais se estabelecem a partir de um processo


de interação entre os membros de uma mesma equipe, criando-se vínculos
profissionais, uma condição relacional entre trabalhadores, a fim de
executarem uma ação coletiva, e alcançarem um objetivo em comum”.
Qual a importância das relações interpessoais no contexto hospitalar?
Nesse contexto, a relação interpessoal surge como um componente
fundamental no alicerce da busca por maior eficiência e, consequentemente,
da maior qualidade na assistência de enfermagem prestada, tudo isso aliado
aos resultados de satisfação pessoal.

Qual a importância do estudo das relações interpessoais para a formação


dos profissionais da saúde?

A interação e comunicação entre os profissionais é um meio indispensável


para conhecer o colega, suas habilidades e posicionamentos sobre as
atividades, possibilitando desenvolver habilidades que envolvem o respeito e
adaptação de diferentes opiniões sobre uma determinada tarefa.

Qual a concepção de trabalho em equipe?

Os resultados mostram que a concepção de trabalho em equipe é


majoritariamente, ação interprofissional e que as entrevistadas elegem como
elementos necessários para o trabalho em equipe a comunicação, confiança,
vínculo, respeito mútuo, reconhecimento do trabalho do outro e colaboração.

Como o enfermeiro se relaciona com outras equipes?

O enfermeiro, além do relacionamento entre profissionais da mesma área,


precisa também se relacionar com outras equipes, como a equipe médica, a
equipe de fisioterapia, e a equipe de nutrição. Como em qualquer empresa, que
reúna pessoas de várias disciplinas, haverá queixas de várias partes.

Comunicação, feedback e delegação: três habilidades fundamentais para


o gestor

Introdução
No mundo corporativo, seja no âmbito das empresas privadas ou no Poder
Público, sobressai a importância de o gestor desenvolver certas habilidades.
Dentre as mais importantes para o gestor estão a comunicação, o feedback e a
delegação.

Canais pessoais de comunicação

Os canais de comunicação são: visual, auditivo e sinestésico. O ser humano


evoluiu a ponto de valorizar mais um canal em detrimento de outro. De fato,
nosso cérebro satura com tanto estímulo. Após dois anos e meio, enviamos
estímulo pelo canal predominante nosso e não necessariamente pelo canal que
é importante para o outro.

As pessoas precisam dos canais de comunicação para atingirem seus


objetivos. Temos uma equipe composta de várias dezenas de pessoas, cada
uma com um perfil. Uns visuais, outros auditivos e ainda outros sinestésicos. O
mesmo ocorre nas formações da educação judicial. Como a prioridade não
sabemos exatamente qual o canal de comunicação predominante de cada um,
quando nos relacionamos com um grupo devemos agir com estímulos dos três
perfis.

A pessoa do perfil visual precisa ter o espaço à sua volta organizado. Gosta de
assistir à televisão, moda e decoração; memoriza o que vê; utiliza gráficos e
esquemas. E para sentir-se amada basta que haja demonstração.

Já quem se enquadra no perfil auditivo gosta de ouvir e conversar. É mais


equilibrado em tom de voz, gestos e movimentos. Tem gosto especial por rádio
e música; e para sentir-se amado precisa ouvir que o outro o ama.

O perfil sinestésico gosta de contato físico e do bem-estar. Fala devagar e se


movimenta lentamente, e suas escolhas são baseadas no cheiro, no paladar e
no aconchego. É aquele que precisa ser tocado, beijado e acariciado para
sentir-se amado.

Feedback como ferramenta de crescimento


Conforme Simoni Missel (In Feedback Corporativo, como saber se está indo
bem, p 22), feedback é “uma técnica que consiste em realizar retornos
sistemáticos por meio dos quais os gestores podem ajudar seus funcionários a
tornarem-se conscientes de seus próprios desempenhos, sejam eles:

1. Abaixo das expectativas, caso em que são orientados e encaminhados


pelo gestor em direção ao padrão desejado.
2. Dentro das expectativas, quando recebem a informação de que
atingiram o padrão desejado e são incentivados a reafirmá-lo.”

Ainda de acordo com Missel, há dois tipos de feedback construtivos:

1. Positivo: gera um agradável bem-estar para quem o recebe e costuma


ser forte e motivador. Reforça atitudes e comportamentos bem-
sucedidos e já existentes.
2. Corretivo: redireciona o que já existe em busca de aperfeiçoamento. É
também construtivo se fornecido de forma adequada e por meio de
metodologia específica.

A liderança deve inspirar credibilidade para o que servidor perceba que o


objetivo do feedback é gerar informação útil para a melhoria do seu
desempenho. Para isso, seguem algumas recomendações: o servidor deve
conhecer antecipadamente quais são as expectativas em relação ao seu
trabalho, quais são os padrões de desempenho aceitáveis; o feedback, para
ser preciso, deve se ater à comparação entre o que foi previamente
estabelecido e o que foi realizado. Ele deve ser propiciado em momentos
planejados em que tanto o líder quanto o liderado estejam psicologicamente
preparados. Por isso, resista à tentação de dar seu feedback quando ocorre
algo negativo. Nessa hora, as emoções tendem a ter predominância, buscam-
se culpados e podem ocorrer acusações mútuas, o que desgasta a relação
entre o líder e sua equipe. O ideal é esperar um outro momento, analisar com
calma a situação e marcar a reunião de feedback.

Cuidados ao dar feedback:


-Seja descritivo em vez de avaliativo: não fale da pessoa, refira-se ao
comportamento que não está em consonância com o que foi acordado entre as
partes.

-Seja específico: evite generalizações. Trate do fato em si, pontuando


objetivamente e sem rotulações.

-Não faça julgamentos: trabalhe com os fatos e não com as inferências. Fazer
juízo de valores de nada vai ajudar no processo.

-Fale em seu próprio nome e dos seus sentimentos: não existe nada mais
irritante do que você ouvir “olha, essa não é a minha opinião, mas estão
dizendo por aí…”

-Seja oportuno: preferencialmente, o feedback deve ser dado quando o


comportamento ocorreu, mas se os ânimos estiverem exaltados, é salutar
esperar um pouco.

-Se necessário, esclareça para assegurar comunicação precisa: é possível que


o outro não tenha entendido exatamente o que você quis dizer. Peça para que
ele repita a fim de averiguar se tudo foi compreendido adequadamente.

-Lembre-se: feedback deve ser dirigido a comportamentos que podem ser


modificados – se o problema não tem solução, solucionado está.

Não deixe a sessão de feedback se encerrar sem um plano para melhorias.


Ajude o servidor a elaborar esse plano e esteja à disposição para propiciar os
recursos de que ele vá necessitar para implementar o plano. Se você não está
habituado a oferecer feedback à sua equipe, não espere que isso vá ocorrer de
forma satisfatória imediatamente.

Psicologia da saúde e hospitalar: desafios profissionais


Os profissionais que atuam nas áreas da psicologia da saúde e
hospitalar possuem um maior contato com questões que, embora
façam parte do ciclo natural da vida, ainda são tabus na sociedade
ocidental, como os processos de adoecimento e morte. Tais assuntos,
especialmente a morte e o luto, geram ansiedade e estresse e são
evitados por quem atua na área da saúde. Isso porque a faculdade
ensina que salvar vidas é a principal missão. Consequentemente, a
perda de um paciente pode ser compreendida como um fracasso
profissional. Sendo assim, um dos principais desafios dos
profissionais que atuam nas áreas da psicologia da saúde e
hospitalar envolve não se fecharem, mas, sim, elaborarem essas
questões que levam à ansiedade, ao sentimento do fracasso e, até
mesmo, à desumanização no contato com o paciente e seus
familiares. Entre as ferramentas que o psicólogo da saúde ou
hospitalar dispõe para elaborar suas dores e emoções decorrentes do
trabalho, estão os grupos de discussão, a supervisão e a
psicoterapia. E por ser o profissional que melhor possui instrumentos
para trabalhar com esses assuntos delicados, pode realizar
atividades que auxiliem o restante da equipe de saúde a lidar melhor
com essas questões de doenças e terminalidade, capacitando os
colegas para que lidem melhor também com o paciente e sua família
em sofrimento.

ROTINA INTENSA
Outro desafio encontrado na psicologia da saúde e hospitalar diz
respeito à dinâmica do trabalho, como rotina intensa e procedimentos
práticos, tais como visita multiprofissional aos leitos dos pacientes,
registro em prontuários privativos e da equipe dos atendimentos. O
setting terapêutico na realidade da psicologia da saúde e hospitalar é
peculiar e muito diferente da atuação na clínica. Para começar, o
espaço físico geralmente não é privativo ao atendimento psicológico
como no modelo de consultório. Sendo assim, o atendimento pode ser
interrompido a qualquer momento por médicos, enfermeiros e
técnicos que estão cumprindo seus deveres e suas funções. Além
disso, pode ser necessário atender ao paciente no meio de outros
vários pacientes se for em uma grande enfermaria. Nesses casos, há
impossibilidade de se manter sigilo. Diante desses aspectos, a
postura do psicólogo é importante para a sua inserção, ou seja, ele
precisa ser flexível com o objetivo de contornar as dificuldades e
reconhecer que seu trabalho sofrerá interrupções, adiantamentos e
cancelamentos fora de sua esfera de controle, pois a prioridade das
ações médicas tem que ser respeitada.

A Psicologia Hospitalar, enquanto uma especialidade – que se refere a uma


área específica de conhecimento, não se resumindo a uma adaptação ou a
uma extensão da Psicologia Clínica –, foi instituída pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP) a partir da resolução n. 14/00, de 20 de dezembro de 2000

 Ambiente – Setting terapêutico

No hospital, o corpo predomina e muitas vezes traz limitações que interferem


no atendimento. O atendimento psicológico acontece principalmente à beira do
leito em que a pessoa está internada, de forma que a privacidade nem sempre
pode ser garantida, especialmente nos casos em que existe mais de um leito
em um mesmo quarto. Muitos fatores podem ser responsáveis por interrupções
ao longo do atendimento, dentre os quais estão a necessidade de realização
de procedimentos, exames ou até mesmo a limpeza do local.
No consultório, o ambiente psíquico predomina e o espaço físico, em geral,
é mais acolhedor. Este espaço é mais parecido com uma sala de casa, com um
conforto que convida ao diálogo. A consulta já prevê um período
preestabelecido para a sessão, que é mais facilmente respeitado. Em ambos
os casos, dentro das possibilidades, busca-se estabelecer um ambiente
protegido para que o paciente se expresse. Mesmo que o nosso próprio
corpo precise ser a divisória entre o paciente e os demais. Cuida-se com o tom
de voz e busca-se com a postura profissional, propiciar o melhor ambiente
possível para a expressão emocional.

Independente do ambiente, temos que tirar o foco apenas da doença e


olhar para a pessoa como um todo.

 Trabalho em equipe

O trabalho em equipe é mais exigido no hospital, mas também é essencial


no consultório.

No hospital, há um ambiente físico que é compartilhado e pacientes que estão


sendo atendidos por diferentes profissionais. Isso pode facilitar o encontro e o
diálogo entre as diferentes áreas, mas isso por si só não é suficiente para
garantir uma atuação multidisciplinar. Até porque no hospital também há o
convite à especialização, em que cada um se concentra em uma parte
específica do problema em questão (da doença) e é difícil manter o olhar no
todo envolvido (no paciente).

Penso que o papel da Psicologia nesse ambiente é justamente o de manter o


foco sobre a pessoa como um todo. Tentar contribuir para a integração na
prática, utilizar a nossa habilidade de comunicação e nos relacionamentos para
ajudar a ampliar o olhar das pessoas (profissionais, pacientes e familiares) para
as diferentes necessidades/demandas envolvidas na situação. Mas sem
dúvida, no hospital já trabalhamos de forma multiprofissional e estamos
percorrendo o caminho para uma prática verdadeiramente interdisciplinar.
 Vínculo e intervenções

Em ambos os locais, busca-se estabelecer inicialmente um vínculo de


confiança.

Mas no consultório, quando o paciente realmente entra em psicoterapia e vai a


uma série de sessões, acaba sendo possível utilizar a própria relação
terapêutica como foco da intervenção, já que a forma como o paciente se
relaciona com o profissional tem semelhanças com a forma como ele se
relaciona com os outros e com o mundo. Além disso, como a relação tende a
ficar mais sólida com o passar do tempo, em psicoterapia é possível e
essencial que o profissional fruste, de forma habilidosa, o paciente. Mostrando
a ele como ele atua e qual o impacto disso nas relações.

No hospital, como os contatos são reduzidos, a relação ainda está sendo


construída e o momento pode ser considerado de crise – já que há um
desequilíbrio e umas rupturas significativas na vida do paciente ao internar no
hospital. Nesse caso, há um predomínio das intervenções de apoio e de
psicoeducação. Não significa que não são feitas intervenções visando a
ampliação da consciência e a frustração do paciente (por ex. questionamento
das defesas, apontamentos em relação a sua forma e consequências). Apenas,
que elas precisam ser realizadas com mais cautela, observada a relação de
confiança estabelecida.

EXERCÍCIOS

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