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Disciplina: Fundamentos de Enfermagem I

Docente: Brenna Leão


SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são as respostas das funções orgânicas, que apresentam sinais de equilíbrio ou
desequilíbrio do organismo.
São de extrema importância e devem ser analisados em conjunto com a patologia apresentada
no organismo
É representado como uma sirene que avisa se o cliente está bem ou não.
Seguem abaixo os sinais vitais:

 Pressão arterial
 Temperatura
 Respiração
 Pulso – batimentos cardíacos
 Dor
Pressão Arterial

Resulta na resistência do sangue nas paredes sanguíneas quando lançado pelo ventrículo
esquerdo. Ocorrendo a vasoconstrição (contração) e a vasodilatação (relaxamento).
Sístole – pressão máxima
Diástole – pressão mínima
Hipertensão: PA acima da média;
Hipotensão: PA inferior a média;
Valores de referência
Procedimento – passo a passo
1- Cliente sentado ou deitado com o antebraço quase no mesmo nível do braço e palma da mão na posição
anatômica
2- Se o cliente estiver ofegante ou acabou de chegar no ambiente, deve esperar 15 min para aferir a pressão
arterial
3- Esfigmomanômetro será posicionado no braço, apresentando uma distância da borda distal de 2,5 cm da fossa
antecubital, já o estetoscópio posicionado na artéria.
4- Logo em seguida será insuflado 20 mmHg
5- Abra a válvula, devagar, no primeiro som (sístole) e no final ultimo som (diástole).
Temperatura

A temperatura é verificada através do termômetro de mercúrio ou digital.


Com as variações de temperatura devemos tomar cuidado com a sudorese. A sudorese
acontece quando a temperatura central ultrapassa de 37°C.
Tipos de temperatura

Axilar
Valores normais: 35,8° a 37,0°
Oral
36,3° a 37,4°
Retal
37,0° a 38,0°
Hipotermia: valor abaixo do normal
Hipertermia: valor acima do normal
Febrícula: considerada a temperatura que oscila entre 37,2°C e 37,8°C.
Febre: 37,9° C a 40,0°C
Frequência respiratória
A avaliação da frequência respiratória tem que ter inicio sem o cliente perceber, para que ele não fique
controlando sua ventilação.
Durante a técnica devemos aguardar o cliente em repouso, com o tórax exposto, contar a expansão do tórax.
Tipos de respiração
 Apneia: ausência de movimentos respiratórios
 Bradpneia: ventilação lenta
 Cheyne Stokes: tem apneia, queda arterial e aumento do O2 no sangue
 Dispneia: dificuldade respiratória - falta de ar
 Eupneia: ventilação silenciosa e sem esforço
 Hiperventilação: ventilação profunda sem presença de dispneia, EX: ansiedade
 Ortopneia: dispneia na posição dorsal, só apresenta alívio quando senta ou fica em pé
 Taquipneia: presença dos valores da FR acima do normal
Pulso

O pulso apresenta-se a palpação de uma artéria. Os locais de palpação para verificar pulso são as artérias radial,
braquial, cubital, ulnar, femoral, pediosa, carótida e temporal.
A ventilação do pulso deve ser feita por meio da palpação com o dedo indicador e do meio.
Tipos de pulso

 Taquicardia: pulso acima da faixa normal (acelerado)


 Bradicardia: pulso abaixo da faixa normal (frequência cardíaca baixa)
 Pulso filiforme, fraco, débil: termos que indicam redução da força ou volume do pulso
periférico
 Pulso irregular: os intervalos entre os batimentos são desiguais
 Pulso dicrótico: dá a impressão de 2 batimentos.
Dor
A dor hoje em dia faz parte de um dos parâmetros vitais para saber o bem estar físico do paciente, a dor pode ser
crônica ou aguda.
Cuidados da enfermagem durante a aferição
dos sinais vitais

 É necessário reunir o material;


 Higienizar as mãos;
 Higienizar o material;
 Explicar ao paciente o que vai ser feito;
 Registrar os sinais vitais;
 Higienizar as mãos e os materiais novamente
Glicemia capilar

É um exame sanguíneo que oferece resultado imediato acerca da concentração de glicose nos
vasos capilares da polpa digital através de um aparelho que usam fitas que fazem captação
elétrica da gota de hemoglobina.
Saturação

A saturação de oxigênio é uma medição em percentuais e o seu objetivo é entender qual a relação entre a
hemoglobina ligada ao O2 e a hemoglobina que não está ligada a essa molécula. Dessa forma, quanto mais
próximo estiver dos 100%, mais oxigenado estará o sangue da pessoa.
Normal: 90% a 100%
Queda preocupante, caso de 02: abaixo de 89%
Cuidados da enfermagem na alteração dos sinais
vitais

 Favorecem à recuperação do paciente, evitando problemas e infecções e garantindo seu


bem-estar
 Os cuidados de enfermagem devem ser feitos com a maior atenção possível, pensando
sempre na segurança do paciente
 Orientação e higiene
 O profissional deve ter cuidados próprios
 Prevenir complicações provenientes de doenças.
Higiene das mãos
As mãos são as principais vias de transmissão de infecção no ambiente hospitalar, e a lavagem é a principal
precaução no controle.
Primeira coisa ser feita quando for lavar as mãos: retirar os adornos e lavar até o cotovelo.
OBJETIVO: remover os micro-organismos, remover sujidades, prevenir infecções, proporcionar conforte ao
paciente e segurança para o profissional.
RECOMENDAÇÕES: não encostar na pia, cada passo da lavagem deve durar cerca de 30 segundos, caso a
torneira não tenha sensor, fechá-la utilizando papel toalha
Utilização de luvas

As luvas são consideradas barreiras para a prevenção de disseminação de micro-organismos,


protegendo o profissional e o paciente, sendo elas de procedimento ou esterilizadas.
As luvas de procedimentos são limpas e não estéreis;
As luvas esterilizadas são direcionada para processos invasivos ou de manipulação de material
estéril
Crioterapia e termoterapia

A crioterapia é uma forma de tratamento que utiliza baixas temperaturas, neste caso -190 oC,
para tratar lesões na pele e nas mucosas. A metodologia usa o nitrogênio líquido e promove
uma pequena lesão quando em contato com a pele, resultando em uma crosta, igual ao de um
arranhão.
Sua eficácia é tamanha que a crioterapia é capaz de tratar canceres de pele mais superficiais
com apenas uma aplicação.
Doenças tratadas pela crioterapia

 Lesões malignas (câncer de pele);


 Lesões pré-malignas;
 Manchas de sol ou melanoses;
 Manchas senis;
 Ceratoses actínicas;
 Diminuição de cicatrizes hipertróficas;
 Verrugas virais;
 Queloides.
Quando a crioterapia é indicada?

A indicação de qualquer tratamento das condições acima mencionadas deve vir de um


dermatologista. Ele é o profissional capacitado a fazer o diagnóstico preciso das condições e
de avaliar se a crioterapia é o protocolo que melhor trará resultados ao paciente.
O tratamento de crioterapia não pode ser realizado em pessoas diagnosticadas com vitiligo,
doença que promove a despigmentação da pele do corpo e do rosto.
Termoterapia

A termoterapia é composta por procedimentos que usam a mudança de temperatura dos tecidos
do corpo para realizar um tratamento, que pode ser estético ou terapêutico.
Os procedimentos de termoterapia corporal têm diversas indicações, como a diminuição de
medidas e celulite. A aplicação do calor pode ocorrer através do uso de mantas ou produtos
com ativos térmicos, que aquecem o tecido, aumentando a circulação sanguínea e a
vasodilatação periférica, promovendo assim, redução das toxinas e retenção de líquidos.
Anotações de Enfermagem

A anotação de enfermagem é o registro de informações realizado pela equipe de enfermagem


(enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem), relativas ao paciente/cliente, família e
comunidade. As anotações são organizadas de forma a reproduzir os fatos na ordem em que
eles ocorreram, incluindo todos os cuidados realizados e fatos observados
A finalidade é assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde, garantir a
continuidade dos planos de cuidados e das informações nas 24 horas, a qualidade da
assistência, a segurança do paciente/ cliente e da equipe de cuidado
Do ponto de vista legal, somente o que foi registrado pode ser considerado executado, portanto, o conteúdo da
anotação deve incluir:
• Todos os cuidados prestados e avaliações realizadas, abrangendo sinais e sintomas identificados por meio da
observação e os referidos pelo paciente/cliente;
• Sinais vitais mensurados;
• Intercorrências e medidas adotadas;
• Respostas dos paciente/clientes às ações realizadas;
• Atendimento às prescrições de enfermagem e médica;
• Cuidados de rotina, encaminhamentos ou transferência de setor, entre outros.
Regras importantes para a elaboração das
anotações de enfermagem:
 Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas;
 Devem ser precedidas de data e hora, contendo o carimbo e a rubrica do profissional;
 Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços, ou seja, deve ser sequencial;
 Não é permitido escrever a lápis ou utilizar corretivo líquido;
 Deve conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados
como rotina ou cuidados individualizados;

 Registrar intercorrências;
 Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm, mm, etc.), quantidade (ml, l,
etc.), coloração e forma;
 Não conter termos que deem conotação de valor (bem, mal, muito, pouco, etc.);
 Anotar as condições gerais do paciente/cliente: consciência; humor e atitude; higiene pessoal; estado
nutricional; coloração da pele; dispositivos em uso (ex.: cateteres e como se encontram suas inserções e
fixações; curativos e seu aspecto visível externamente); queixas do paciente/cliente (tudo o que ele refere,
dados informados pela família ou responsável)
Em resumo, as anotações de enfermagem são
registros de:

 Todos os cuidados prestados


 Sinais e sintomas
 Intercorrências
 Respostas dos paciente/cliente às ações realizadas.
Exemplo - evolução de admissão

02 de agosto de 2022. 10h00 – Encaminhado paciente J.B.A de cadeira de rodas à unidade de


clínica médica para tratamento de pneumonia comunitária, orientado, comunicando-se com
coerência, referindo “cansaço”. Face descorada. Está referindo cansaço, FR= 26 Mov/Min,
FC= 89 Bat/ Min, PA= 110x60 mmHg, T= 38,6o C. Com acesso venoso com cateter sobre
agulha 20 G, na face anterior do antebraço E, sem sinais de infiltração, recebendo SF 0,9% a
14Gts/Min. Transportado com cateter nasal de O2 a 3L/Min, em cilindro de transporte. Foi
recebido pela TE Janaína de Souza. Transportado para a cama com auxílio, cabeceira elevada a
45o . Reinstalado O2 no leito a 3L/min. Entregues prontuário, roupas e objetos pessoais de
higiene à TE Janaína. Informado que o filho deverá vir acompanhar no período noturno.
Exemplo – evolução de alta

02 de agosto de 2022. 13h10 paciente A. C. T. Saiu de alta hospitalar em cadeira de rodas,


acompanhado pela esposa Janete e pelo filho Antônio. Retirado cateter venoso periférico e
verificados sinais vitais: FC= 78 Bat/Min, PA= 120x70 mmHg, T= 36,8o C, FR= 18
Mov/Min., Sat= 98%. Está consciente, orientado, comunicando-se verbalmente. Foram
reforçadas orientações sobre medicamentos prescritos para uso em casa, data e horário do
retorno ao ambulatório. Entregues cartilha com orientações sobre prevenção de quedas, receita
de medicamentos, encaminhamento para ambulatório de especialidades e sumário de alta.
Exercícios
1- Elabore 3 evoluções de enfermagem: Hipertenso e diabético, Gestante e paciente com HIV.
Coleta de materiais para exames

Os exames laboratoriais são procedimentos que avaliam diversos aspectos do nosso


organismo, além de ajudar no diagnóstico precoce de doenças.
Um ponto importante na realização dos procedimentos de coletas de material é ter em mente
que o paciente não é um agente neutro. Isso quer dizer que, dentro de um determinado
contexto, existem variáveis referentes ao indivíduo que podem influenciar nos resultados dos
exames.
Exame de sangue

 É um dos exames laboratoriais mais comuns


 Para a coleta do material o paciente, em geral, precisa estar em jejum
 A coleta de sangue é feita por meio da punção venosa, com o uso de seringa e agulha
 Deve-se higienizar o local da punção e as mãos do profissional, como forma de prevenir a contaminação
direta do paciente e da amostra
Exame de urina

 Recomenda-se que o paciente despreze o primeiro jato, colha o segundo, terceiro ou


volume total de uma micção
 Para a coleta do material, o paciente não deve ter feito uso de contraste radiológico em até
48 horas antes do exame
 É imprescindível que a urina seja colocada em um frasco limpo e estéril que é fornecido
pelo laboratório.
Exames de fezes

 Para a coleta de material biológico fecal, deve-se utilizar frascos com conservante, que irão
manter a qualidade da amostra, com permanências íntegra das formas parasitárias
 Necessário anotar o horário e entregar a amostra ao laboratório
 Os frascos de coleta contém substância conservadora que permitem ao paciente manter a
amostra fora da geladeira por até 30 dias
Hora da prática

Escolha um amigo e teste suas habilidades para a coleta de material para exame de sangue.
Limpeza/Desinfecção/Descontaminação/
Esterilização da unidade

A desinfecção tem por objetivo eliminar ou reduzir a ação de micro-organismos maléficos de


superfícies. Porém, não realiza a eliminação de esporos.
É necessária 1x por semana a equipe tirar o dia para fazer todo a limpeza terminal daquele
lugar, lembrando que após o contato com algo contaminado como: fezes, secreções purulentas,
cirurgias contaminadas é necessário fazer a limpeza sem que espere o dia certo.
Descontaminação hospitalar

 A descontaminação é a primeira etapa da higienização


 Ela consiste em um preparo para reduzir ao máximo o número de agentes infecciosos
presentes na estrutura do hospital, como objetos sujos, por exemplo
 Seu objetivo é proteger a equipe que irá manusear os materiais e, por consequência,
mitigar os riscos ocupacionais.
Limpeza

A limpeza consiste na remoção de qualquer sujeira visível a olho nu, sem a preocupação ou
atenção ao percentual de sujeira removida, apenas no que o olho humano não vê mais.
Podendo ser feita por um pano seco ou úmido.
Existem 7 tipos de limpeza hospitalar/unidade
Limpeza Preparatória

 É feita de forma diária antes dos quartos ou qualquer outro ambiente do hospital ser
utilizado, como centros cirúrgicos, salas de exames, quartos de internação, enfermarias,
etc.
 Nela, os profissionais retiram as partículas presentes nas superfícies dos locais.
Limpeza Concorrente


 É realizada diariamente nas dependências do hospital, mesmo nos quartos com pacientes
 Nesse tipo de higienização, os profissionais limpam pias, maçanetas, mesas, móveis e
pisos
 Esse processo também engloba a reposição de itens como papel toalha, papel higiênico e
sabonete líquido, assim como a troca de lixo.
Limpeza Especial
 Esse é o nome dado à desinfecção e esterilização constante dos equipamentos e materiais localizados a uma
distância mínima de um metro do leito de pacientes que estão debilitados ou infectados com bactérias
 Normalmente é realizada em áreas denominadas como “críticas”
 o objetivo primordial da limpeza especial é diminuir os riscos de infecção por objetos presentes no quarto,
como suportes de soro, grades, bombas de infusão, painel de gases, mesas de refeições, entre outros
 tudo o que for utilizado na limpeza especial deve ser encaminhado para lavagem de forma separada.
Limpeza Mecanizada de Piso

 Por isso, a limpeza mecanizada de piso é um dos tipos relacionados, no qual toda sujeira
do piso é eliminada por meio de um equipamento - como uma lavadora automática ou
enceradeira
 Esse tipo de máquina é fundamental para facilitar o trabalho que um rodo com pano faria.
Mas, ainda assim, faz-se necessário o uso de água com detergente ou desinfetante
hospitalar no piso antes da ação do equipamento.
Limpeza Terminal

 A limpeza terminal acontece após a saída do paciente, seja por alta, transferência ou óbito
 Nos casos das internações em períodos superiores a 15 dias, essa higienização respeita
níveis diferentes de acordo com os riscos de contaminação
 Todo o espaço é higienizado - inclusive janelas, móveis, luminárias, piso e até as portas
Desinfecção hospitalar

 Trata-se da eliminação de toda a sujidade visível, com o uso de detergentes e outros


produtos apropriados para o serviço
 Tem como objetivo principal eliminar os micro-organismos patogênicos (exceto os esporos
bacterianos) por meio de produtos químicos e equipamentos
 São classificadas em três áreas: criticas, semicríticas e não criticas
Área Crítica
São os lugares com maior número de pacientes em estado grave e com a imunidade comprometida,
como Pronto Socorro, Centro Cirúrgico e UTI.
Área semicrítica
São os locais onde se encontram pacientes internados, como quartos e enfermarias.
Área não crítica

São os ambientes que não contam com pacientes internados como administração e recepção,
por exemplo.
Esterilização
 A esterilização é um processo que visa destruir todas as formas de vida microbianas que possam contaminar
produtos, materiais e objetos voltados para a saúde
 Portanto, são eliminados durante a esterilização organismos como vírus, bactérias e fungos.
Tipos de banho hospitalares
Banho no leito adulto

Tem-se como objetivo prevenir infecções, observar as condições da pele, unhas e mucosas. E também estimular
a circulação sanguínea, relaxamento muscular e diminuição do estresse.
O procedimento é realizado em pacientes acamados que necessitam de repouso extremo.
Necessário: biombo, hamper, sabonete, compressas, esponjas descartáveis, toalha de banho, lençóis, fronhas,
bacia, cuba rim, balde, luvas de procedimento, avental, mascara e óculos, material para higiene oral, higiene do
couro cabeludo.
Banho de aspersão

 Conhecido como banho de chuveiro;


 Representa um momento essencial para a higiene pessoal, contribuindo para a remoção de
sujidades e odores;
 Resultando em uma sensação de conforto e bem-estar para os clientes;
Banho de imersão

 Trata-se do banho em banheira, pode ser mais confortável para pacientes que tem
dificuldades em ficar em pé para o banho de aspersão
 Feito principalmente nos primeiros banhos dos recém nascidos.
Banho de ablução

 Um tipo de banho no qual pequenas partes de água são derramadas sobre o corpo é
conhecido como “banho parcial”, popularmente um “banho de balde” ou “de panela”;
Banho em RN - Considerações
 A pele do recém-nascido é mais fina e possui pouca camada do estrato córneo, consequentemente oferece
menor proteção contra agressões externas;
 O banho é uma atividade que visa à higiene, estimula a circulação geral da pele e promove sensação de
conforto;
 Verificar a temperatura corporal do recém-nascido, do ambiente e da água utilizada para evitar perda de
calor;
 Deverá acontecer somente após a estabilidade clinica do recém-nascido de 2 a 6 horas após o nascimento,
com peso superior a 1500g;
 Evitar friccionar a pele e não remover todo o verniz;
 O primeiro banho deve ser realizado imediatamente após o nascimento somente quando o recém nascido for
filho de mãe portadora de HIV, hepatite B e herpes-vírus, com o objetivo de remover resíduos maternos e
diminuir a exposição do recém-nascido a estes agentes etiológicos;
 Recém-nascido com peso >1500g: banho de imersão;
 Recém-nascido com peso;
 Utilizar somente sabão com pH neutro;
Higiene Capilar

Devemos sempre iniciar com a higiene céfalo-podálico, tendo como objetivo a prevenção de parasitoses e
infecções, promovendo a remoção de poeira e descamações do couro, estimulando a circulação sanguínea e o
bem estar do cliente.
Higiene Oral
 Garantimos ao cliente conforto por meio da higiene, promovendo a conservação da estrutura bucal,
prevenindo o acumulo de secreções, crostas e odores.
Tricotomia

 É o ato de remoção total ou parcial dos pelos de uma determinada área corporal;
 O processo deve ser feito antes da degermação;
 Pode ser usado lamina de bisturi ou lamina de barbear;
 Deve ser realizada em um único sentido a favor do crescimento do pelo;
 Áreas que podem ser realizada: cirurgia de crânio, cirurgia torácica, cirurgia cardíaca, cirurgia abdominal e
cirurgia de membros inferiores.
Uso de comadre e papagaio
 Esse produto tem como principal função coletar urina de pacientes não podem se levantar da cama;
 A comadre é um objeto exclusivo de uso feminino;
 O papagaio é um objeto exclusivo de uso masculino;
Higiene Intima feminina e masculina

 Diminuir a colonização bacteriana;


 Prevenir infecções do trato urinário, da genitália e da região anal;
 Promover limpeza e o conforto;
 Prevenir lesões;
 Segurar o pênis perpendicularmente ao corpo com a mão não dominante, tracionando o
prepúcio;
 Realizar a higiene do meato uretral e da glande em movimentos circulares e a do corpo do
pênis em sentido único até a sua inserção;
 Fazer a higiene da bolsa escrotal e da região perianal no sentido anteroposterior;
 Higienizar a região dos grandes lábios, seguida dos pequenos lábios e do sulco Inter labial, em sentido
anteroposterior e em movimentos únicos;
 Realizar a higiene do meato uretral em movimento circular;
 Proceder à higiene da região perineal no sentido anteroposterior até a região perianal;
 Desprezar a compressa utilizada no recipiente de descarte;
 Respeitar a privacidade e estabelecer vínculo terapêutico com o cliente, a fim de minimizar
constrangimento.
Higiene nasal e auricular

 A lavagem nasal com solução salina é um procedimento simples, seguro e bem tolerado, inclusive por
crianças;
 Tem a função de umidificar a mucosa;
 Pode ser usada também para higienizar o nariz, após exposição a substâncias irritativas, como cloro, poeira e
outras partículas nocivas
 efeito benéfico das soluções salinas no muco: diminuição da viscosidade do muco; melhora do transporte
mucociliar; diminuição do edema da mucosa; influência sobre mediadores inflamatórios; limpeza mecânica
de crostas e debris; remoção de antígenos e de biofilmes.
PASSO A PASSO DA LAVAGEM NASAL
 Para qualquer dispositivo, deve-se inclinar ligeiramente o corpo para frente, para facilitar a saída da solução
em direção à pia
 Garanta o vedamento completo do dispositivo na narina, mas sem introduzir medialmente em direção ao septo
nasal
 Independente do dispositivo, a pressão de introdução da solução deve ser sempre suave.
 Se houver desconforto durante a lavagem nasal, interrompa o procedimento imediatamente e revise a técnica
de lavagem.
 Limpe o bico a cada uso
 Higienize o reservatório interno com água corrente e sabão neutro pelo menos uma vez por dia e seque bem
 Mantenha o dispositivo armazenado em local seco e limpo
 Substitua o dispositivo periodicamente, idealmente antes de 3 meses
Higiene auricular

 Este canal possui glândulas ceruminosas e glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de sebo e gordura
 A cera do ouvido é o resultado da mistura deste sebo com impurezas, pele descamada, bactérias, água e restos
de pelos que existem no ouvido
 O cerúmen é importante para a saúde do ouvido, pois serve de proteção contra traumas, a falta de lubrificação
e bactérias
 O cerúmen possui diversas propriedades protetoras, como impermeabilidade à água, presença de anticorpos e
um ph ácido, que ajuda a aglutinar corpos estranhos minúsculos
 Infecção no ouvido: acontece principalmente quando não se seca o canal auditivo corretamente após a
lavagem;
 Perfuração do tímpano: embora seja mais raro, pode surgir caso a lavagem seja feita incorretamente e
empurre o cerume para o interior do ouvido, ou caso, o jato seja demasiado intenso;
 Surgimento de vertigens: a lavagem pode interferir com os líquidos naturalmente presentes no ouvido,
causando a sensação temporária de vertigens;
 Perda temporária da audição: caso a lavagem cause algum tipo de inflamação no ouvido;
Enema
 Conhecida como lavagem intestinal;
 Ainda que seja de simples execução, pode acarretar riscos como infecções, perfuração do intestino,
hemorragias e transmissão de doenças;
 A indicação da lavagem intestinal é feita pelo médico;
 A aplicação e preparação do paciente fica a cargo das equipes de enfermagem. Técnicos só podem realizar
enemas se estiverem acompanhados de um supervisor enfermeiro;
 Quando é indicado: prisão de ventre, Ausência de fibras e líquidos na alimentação, excesso de proteína
animal, estresse e sedentarismo
 O enema tem como principal função estimular o peristaltismo e, assim, promover a evacuação.
 Algumas doenças, como diabetes, lúpus e tumores intestinais também podem gerar o problema, Isso ocorre
porque o líquido aplicado rompe a massa fecal e distende as paredes do reto
 É importante também prezar pela privacidade do paciente
Como realizar o enema

 Equipamento de proteção individual e coletiva: luvas de procedimento, avental, gorro, máscara cirúrgica, óculos de
proteção, lençol impermeável, lubrificante e comadre.
 Orientar o paciente sobre o procedimento
 O paciente deve ser colocado em posição de decúbito lateral para melhor introdução da sonda
 Lubrificar a sonda
 A sonda deve ser inserida suavemente pelo ânus até atingir o reto (cerca de 7cm a 10cm)
 De forma ritmada e lenta, é aplicado o líquido de escolha
 Após a retirada cuidadosa da sonda, é necessário que o paciente mantenha o líquido o máximo de tempo possível
 É fundamental avaliar a necessidade de fralda ou apoiar o paciente na ida ao banheiro
 Bastam poucos minutos após a aplicação para que o paciente comece a expelir as fezes.
Bolsa de colostomia

 O procedimento de colostomia exterioriza uma parte do intestino grosso por meio da parede abdominal
 É indicado quando o órgão não funciona adequadamente
 A pele ao redor do estoma precisa sempre estar limpa e depilada
 A limpeza é realizada com água e sabão neutro, além de uma esponja macia
 O indivíduo deve receber acompanhamento nutricional para mudar alguns hábitos alimentares e ter mais
conforto na hora da digestão e eliminação das fezes
Troca de bolsa de colostomia

Materiais para a troca de bolsa:


uma nova placa adesiva e bolsa coletora
um medidor de estoma
tesoura com ponta arredondada
água e sabão neutro para a higienização das mãos e do local do estoma
gaze ou pano macio
óleo de bebê
Passo a passo

 Tirando a bolsa de colostomia


 Higienizando a pele
 Protegendo a pele
 Recortando a placa de acordo com o tamanho do estoma
 Colocando a placa e a bolsa coletora
Cuidados com a bolsa de colostomia

 A troca de bolsa é indicada pela manhã, antes da primeira refeição, pois assim o seu estoma estará menos ativo
 A aparência normal do estoma é um tom rosê vivo. Já a pele ao redor dele deve aparentar igual outra parte do
corpo qualquer
 Dores e coceiras também não são sintomas comuns
 A frequência com a qual a bolsa coletora deverá ser trocada vai depender de paciente para paciente
Cateterismo Vesical

 O cateterismo vesical é uma técnica que consiste na introdução de um cateter, também conhecido por sonda
vesical, pela uretra até à bexiga de forma a fazer a permitir a saída de urina em pessoas que não conseguem
controlar esse ato
 As sondas vesicais variam quanto ao calibre
 O cateterismo da uretra começa com a limpeza
 Deve ser introduzida na técnica estéril
 Pode-se injetar gel de lidocaína
Cateterismo vesical de demora
 O cateterismo vesical de demora é usado quando o cateter permanece por mais tempo para drenagem
contínua e para isso é usado um cateter de Foley ou de Owen
 é indicada para promover o esvaziamento da bexiga, monitorar o débito urinário, fazer o preparo
cirúrgico, realização de irrigação vesical
 é um procedimento invasivo
Cateterismo vesical de alívio
 Indicação: Esvaziar a bexiga de pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico e mesmo no pós-
operatório
 O procedimento é estéril
Oxigenoterapia
 é um tratamento que fornece oxigênio extra aos pulmões quando o nível de oxigênio no sangue está muito baixo
 A função desta técnica é garantir que os níveis de oxigênio no sangue permaneçam seguros, de modo que o
paciente se mantenha saudável
Existem diferentes tipos de Oxigenoterapia e elas são classificadas de acordo com a necessidade do paciente. As mais
comuns são:
Sistema de baixo fluxo: fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de até 8 l/min
Sistema de alto fluxo: Os sistemas de alto fluxo fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos
iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim asseguram uma FiO2 precisa e estável
Ventilação não invasiva: consiste em um suporte ventilatório com utilização de pressão positiva empregado em
pacientes que não estejam fazendo uso de qualquer tipo de via aérea artificiais (tubo endotraqueal ou cânula de
traqueostomia). A conexão entre o dispositivo ventilatório e o paciente é realizada através de uma máscara nasal ou
facial.
Aspiração de secreções

 é indicada para pacientes impossibilitados de remover e eliminar secreções por fatores como alteração do
nível de consciência, falência da musculatura diafragmática e intercostal, tosse ineficaz, quadro de caquexia,
e, em crianças, por não terem a compreensão necessária sobre expectoração
 É ainda indicada para pacientes intubados e traqueostomizados
 O procedimento em paciente graves deve ser realizado pelo Enfermeiro, conforme trata a Resolução do
COFEN Nº 0557/2017 e pelos demais profissionais de enfermagem, quando prescritos e supervisionados pelo
profissional de nível superior e/ ou em casos de emergência
 A aspiração de secreções pode ser oronasofaríngea e traqueal
Nebulização/Inalação

 Sua função é desentupir as vias aéreas e aliviar os sintomas de doenças do sistema respiratório, levando partículas
de remédios e soro fisiológico até os pulmões do paciente
 O nebulizador é um aparelho elétrico ou movido a bateria
 A administração de medicamentos através da nebulização normalmente inclui soro fisiológico, corticoides e
soluções broncodilatadoras
 Benefícios: rápida absorção de medicamentos, alívio da falta de ar, pode prevenir sintomas e doenças respiratórias
mais graves e fácil de se fazer
 Efeitos Colaterais da Nebulização: tremedeira, dor no peito, batimentos irregulares e taquicardia, nervosismo
Auxílio na drenagem torácica
 Dreno de tórax é um cateter grande, inserido ao longo do tórax para remover fluídos, líquidos, sangue e ar da
cavidade pulmonar
 Feito somente pelo médico
 Tem objetivo de restabelecer a pressão negativa da atividade pleural, manter a função respiratória e a estabilidade
hemodinâmica
As principais indicações da drenagem torácica são:

 Pneumotórax: quando há acúmulo de ar na cavidade pleural;


 Hemotórax: quando há acúmulo de sangue na cavidade pleural;
 Epiema pleural: quando há acúmulo de pus na cavidade pleural;
 Hidrotórax: quando há acúmulo de líquido na cavidade pleural;
 Quilotórax: quando há acúmulo de linfa na cavidade pleural.
Cuidados de Enfermagem com Dreno de Tórax

 Preparar o paciente e a família sobre o procedimento a ser realizado;


 Higienizar as mãos;
 Organizar o material adequado para o procedimento;
 Abrir o recipiente de solução salina ou de água;
 Abrir o sistema de drenagem e deixá-lo em pé;
 Encher os frascos ou câmara em nível apropriado, até que o final da haste esteja 2 cm abaixo do nível do líquido
ou até a linha de marcação a ser atingida;
 Calçar as luvas e conectar o sistema de drenagem ao dreno de tórax e à fonte de aspiração se esta for indicada;
 Manter as pontas dos conectores estéreis;
 Marcar a data e o horário no nível de drenagem
Avaliação pós procedimento

 O sistema de drenagem do paciente está desobstruído e funcionando?


 Verificar sinais vitais antes, durante e depois do procedimento
 O paciente continua sem sinais e sintomas de sofrimento respiratório e de complicações relacionadas ao sistema de
drenagem torácica?
 O paciente expressa alívio adequado da dor, pouco a pouco, aumenta a tolerância à atividade e demonstra
compreender a necessidade da sonda torácica?
Anotações de Enfermagem Dreno de Tórax

 Data e hora do procedimento;


 Local da inserção do dreno;
 Aspecto da pele no local da inserção;
 Aspecto e característica da secreção drenada – serosa, hemática, purulenta,
com sedimentos;
 Volume drenado;
 Volume do selo d’água;
 Troca e tipo do curativo;
 Intercorrências e/ou providências adotadas – contaminação do material e/
ou sistema, desconexão acidental, etc.;
 Nome completo e Coren do responsável pelos procedimentos.
Inserção de sonda nasogástrica
A sondagem nasogástrica é a passagem de uma sonda através das fossas nasais até o estômago
 Além de ser utilizada para a alimentação, pode ser introduzida para remover secreções do estômago, remover
doses excessivas de medicamentos ingeridos ou venenos, para esvaziamento gástrico antes de cirurgias e para
administração de medicações
 É um procedimento privativo do enfermeiro
 O técnico de enfermagem pode auxiliar o enfermeiro na passagem da sonda nasogástrica (SNG)
Material utilizado na passagem de SNG

 Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18);


 Seringa de 20 ml;
 Copo com água;
 Gaze,
 Toalha de rosto;
 Xilocaína gel;
 Fita adesiva;
 Estetoscópio;
 Biombo s/n;
 Luvas de procedimento;
 Sacos para lixo.
Procedimento
 O Enfermeiro verifica no prontuário a prescrição médica da via de acesso, conhece o paciente e escolhe o calibre
adequado da sonda;
 Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente e acompanhante;
 Realizar exame físico dirigido: SSVV, nível de consciência, cavidade nasal e oral, tórax, abdômen, extremidades,
pele;
 O técnico de enfermagem organiza o material na mesa de cabeceira e auxilia o enfermeiro no procedimento;
 Colocar biombos, se necessário;
 Lavar as mãos e calçar luvas de procedimento;
 Medir a distância de introdução da sonda, colocando a extremidade da mesma do lóbulo da orelha ao ápice da
pirâmide nasal e daí para baixo até o apêndice xifoide, mais 05 cm
 Lubrificar os primeiros 8 cm da extremidade anterior da sonda com o lubrificante
 Interromper a introdução da sonda se o paciente começar a tossir ou engasgar, angustia respiratória, e dispneia.
Recuar a sonda ligeiramente para trás caso ele continue tossindo;
 Verificar posicionamento correto da sonda 2: conectar a seringa à extremidade da SNG. Colocar o diafragma do
estetoscópio sobre o hipocôndrio e, imediatamente abaixo do rebordo costal. Injetar 15 a 20 cm³ de ar, enquanto
auscultar o abdome do paciente
 Quando a sonda estiver colocada corretamente, fechar sua extremidade ou conectá-la à borracha de látex e bolsa
coletora se para finalidade de drenagem;
 Limpar a pele no local da fixação com álcool a 70%;
 Fixar a sonda: com um pedaço de fita hipoalérgica ou esparadrapo;
 Identificar na sonda a data e o nome do profissional responsável pelo procedimento;
 Fazer relatório de enfermagem: data, hora estado geral paciente, exame físico dirigido, a via, o tipo da sonda que
foi introduzida, a tolerância do paciente durante a manobra, a localização da sonda, aspecto do conteúdo gástrico,
registrar se a sonda foi trocada, e a finalidade da mesma.
Inserção de sonda mesentérica

 A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino


 Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago
 por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda
Dieta Enteral

 é um tipo de alimentação oferecida através de uma sonda que pode ser que pode ser colocada no nariz, em
conexão com o estômago ou intestino, ou cirurgicamente implementada direto no estômago ou intestino
 A necessidade de nutrientes varia de acordo com o estado nutricional atual e anterior à doença, idade, sexo,
peso, altura, atividade física, composição corporal e condição fisiológica
 Condições de higienização e manipulação de dieta
 Água potável, luz e refrigeração adequada
Dieta Parenteral

 A nutrição parenteral (NP) é a nutrição intravenosa (IV) administrada através de um cateter colocado em uma veia
 Ela é usada quando o paciente não consegue obter todos os nutrientes necessários pela boca ou pela alimentação
enteral
Diferentes tipos de cateter IV podem ser usados para nutrição parenteral. Eles incluem:
 Cateter venoso periférico: Para nutrição parenteral de curto prazo, um cateter pode ser colocado em uma veia
localizada no braço
 Cateter venoso central: Um cateter pode ser inserido por um cirurgião em uma veia grande que conduz ao coração.
Muitos pacientes têm um cateter venoso central para tratamentos de câncer e podem receber nutrição através de
um lúmen acoplado ao cateter. Cateteres venosos centrais são preferíveis para nutrição parenteral de longo prazo.
A nutrição parenteral pode ser necessária quando:

 O sistema digestivo não está funcionando corretamente para absorver nutrientes


 O paciente já passou por cirurgia no sistema digestivo
 O paciente apresenta vômito ou diarreia intensa
 O paciente teve problemas com a nutrição enteral
 O paciente consegue ter tempo sem a bomba para se mover e participar de atividades com mais facilidade
 A NP em ciclos pode promover uma resposta hormonal mais natural como a que ocorre com as refeições
Transporte de paciente

 O termo transporte de pacientes, de uma maneira geral, pode ser entendido como a transferência temporária ou
definitiva de pacientes por profissionais de saúde
 A razão básica desta intervenção é a necessidade de cuidados adicionais não disponíveis no local onde o paciente
se encontra e, dessa forma, melhorar seu prognóstico; portanto, o risco do transporte não deve se sobrepor ao
possível benefício da intervenção
 O transporte deve ser seguro e eficiente, sem expor o paciente a riscos desnecessários
 Prover condições adequadas de transporte intra e inter-hospitalar aos pacientes
 Assegurar, através da presença obrigatória do profi ssional de saúde durante todo o transporte, o fornecimento de
suporte aos pacientes que necessitem de transferência interna ou externa
Tipos de transporte

Transporte Intra-Hospitalar
É a transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais de saúde dentro do ambiente hospitalar.
deverá ser preenchido o checklist de transporte seguro
O preenchimento é de responsabilidade do enfermeiro da unidade que está transferindo, do técnico de transporte e do
enfermeiro da unidade que está recebendo. O checklist deve compor o prontuário do paciente
Transporte Inter-Hospitalar
É a transferência temporária ou definitiva de pacientes entre unidades não hospitalares ou hospitalares de referência
diagnóstica ou terapêutica
Neste caso é preenchido o checklist de transporte seguro
CONSIDERA-SE O TRANSPORTE SEGURO QUANDO:

 A equipe multidisciplinar responsável pelo paciente sabe quando e como realizá-lo e foi treinada adequadamente,
desenvolvendo habilidades para o procedimento
 Existe indicação para o deslocamento e, principalmente, planejamento;
 A integridade do paciente é assegurada, evitando o agravamento de seu quadro clínico;
 Existe rotina operacional para realizá-lo
CONTRA INDICAÇÕES DO TRANSPORTE
Instabilidade do paciente
Incapacidade de monitorizar e manter oxigenação, ventilação e hemodinâmica adequada do paciente durante o
transporte ou permanência no setor de destino
Incapacidade de controlar via aérea durante o transporte ou permanência no setor de destino pelo tempo necessário
Incapacidade de permiti r o controle dos riscos de queda
Inexistência do médico para acompanhar o transporte de pacientes críticos
FASES DO TRANSPORTE
Fase Preparatória

Conferir a presença em prontuário da documentação específica requerida pelo processo de deslocamento


Sempre que possível, explicar ao paciente como este pode cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da
locomoção
Registrar em prontuário as indicações para o transporte e o estado do paciente
Avaliar o estado geral do paciente
Selecionar o meio de transporte que atenda às necessidades de segurança do paciente
Prover equipamentos necessários à assistência durante o transporte
Realizar comunicação entre a Unidade de origem e Unidade receptora do paciente
Fase de Transferência

Compreende desde a mobilização do paciente do leito da Unidade de origem para o meio de transporte, até sua
retirada do meio de transporte para a unidade receptora
Uti lizar medidas de proteção (ex.: grades de segurança, entre outras) para assegurar a integridade física do paciente;
Manter a conexão de tubos endotraqueais, sondas vesicais e nasogástrica/nasoenterais, drenos torácicos e cateteres
endovenosos, garantindo suporte hemodinâmico, ventilatório e medicamentoso ao paciente
Todas as ocorrências e intervenções durante o transporte devem ser registradas no prontuário do paciente
Fase de Estabilização Pós-Transporte

Compreende os primeiros trinta a sessenta minutos após o transporte


Atentar para alterações nos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios do paciente, especialmente quando em
estado crítico
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA O TRANSPORTE

 TUBO ENDOTRAQUEAL
 DISPOSITIVOS DE VENTILAÇÃO
 MONITOR DE TRANSPORTE
 BOMBAS DE INFUSÃO
 DRENO DE TÓRAX
 CATETERES VENOSOS
 SONDAS NASOGÁSTRICA/NASOENTERAL E Vesical
 DROGAS
 Laringoscópio com lâmina 3 e 4 curva

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