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Teste de avaliação 12

NOME _____________________________________________ N.o ______ Turma ______ Data ___/___/___

Unidade 7 ● Palavras com asas

Grupo I
Lê o texto seguinte.

Limpar as palavras
Com elas comunicamos e pensamos. São as palavras. Alguém decidiu limpá-las para as manter
apresentáveis. «Raspar-lhes a sujidade dos dias e do mau uso», escreve Álvaro Magalhães, que
inventou uma profissão: o limpa-palavras.
«Limpo palavras. / Recolho-as à noite, por todo o lado». Assim começa o livro de Álvaro Magalhães,
5 O limpa-palavras e outros poemas, das Edições Asa. A ilustração pertence a Danuta Wojciechowska e
mereceu uma menção honrosa por parte da Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e
Juvenil. O autor acredita que a poesia é a matriz de tudo, a essência. E espera de um poema clareza,
ingenuidade e qualidade estética. Apesar de afirmar que não há poemas para crianças, há simplesmente
poemas, tem consciência de que certas referências específicas só podem ser enviadas aos adultos. Dá como
10 exemplo um livro seu que teve o condão de agradar a todas as idades – Histórias pequenas de bichos
pequenos. Talvez o êxito resulte de os seus textos se socorrerem de palavras simples, as que considera mais
nobres.
Álvaro Magalhães escolheu Danuta Wojciechowska para ilustrar os poemas de O limpa-palavras
porque se identifica com o seu traço e interpretação. Na altura não a conhecia pessoalmente, mas já era
15 apreciador do seu trabalho, pelo que lhe agradou o produto final. As cores fortes e as opções
figurativas de Danuta imprimem ao livro um caráter alegre. Assim, enquanto escutam ou leem as
palavras limpas do autor, as crianças vão inundando de cor os seus olhos.
Natural do Porto, Álvaro Magalhães nasceu em 1951 e conta na sua obra com várias narrativas para
crianças e jovens e também com peças de teatro que já foram encenadas e interpretadas pelo grupo Pé
20 de Vento, nomeadamente Enquanto a cidade dorme. A coleção Triângulo Jota é igualmente da sua
autoria e tem sido um sucesso junto dos mais novos. Além d’O Limpa-palavras, já escreveu outro
livro de poesia para jovens, O reino perdido.
www.publico.pt (texto adaptado e com supressões)

246 Editável e fotocopiável © Texto | Ponto por Ponto 5.o ano


Responde às questões apresentadas.

1. Para cada item, de 1.1 a 1.4, seleciona a opção correta. (12 pontos)

1.1 Segundo Álvaro Magalhães, o poema deverá

a) ter clareza, ingenuidade e qualidade estética.


b) ter inteligência e qualidade estética.
c) ter ilustrações que lhe imprimam maior alegria.
d) ter vocabulário difícil para ser mais interessante.

1.2 Podemos afirmar que o poeta considera que

a) há uma poesia só para crianças.


b) há uma poesia para crianças e jovens.
c) a poesia só é interessante para os adultos.
d) há apenas poemas, não há poemas para crianças.

1.3 O título do texto

a) foi inventado por quem o escreveu.


b) foi inspirado por um livro de Álvaro Magalhães.
c) foi copiado de outro artigo do jornal.
d) foi sugerido por Danuta Wojciechowska.

1.4 Além da poesia, o escritor também escreve outros géneros. Indica-os.

a) Romances e novelas. c) Ensaios.


b) Narrativas para crianças e jovens. d) Contos tradicionais.

2. Preenche o quadro com as informações sobre o livro abordado na notícia. (4 pontos)

Título do livro:

Nome do autor:

Ilustradora:

Editora:

3. Completa as afirmações. (4 pontos)

a) No segundo parágrafo do texto, afirma-se que o autor publicou um livro intitulado ___________
_____________________________________________________________ , que agradou a todas as idades.
b) O sucesso desse livro foi devido ao uso de _____________________________ , algo de que os leitores
gostaram muito.

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Grupo II
Lê o seguinte texto.
As portas
Sem portas não havia
a palavra intimidade
nem a palavra privacidade
nem a palavra casa.

5 Casas também não havia.


Quem é que as queria
se não se podia entrar nem sair delas?

Também não havia janelas, telhados, varandas.


Talvez não houvesse ruas
10 E, sendo assim, também não havia cidades.

O mundo, que é só um, ficaria parado.


Não se podia entrar em lado nenhum,
Não se podia sair de nenhum lado.

Sem portas nada acontecia.


15 Também não havia segredos
porque não havia onde os guardar.
E não nasciam nem morriam pessoas
Porque para nascer e para morrer
Também era preciso passar uma porta.
Álvaro Magalhães, O limpa-palavras e outros poemas, Lisboa, ASA, 2000

Responde às questões apresentadas.


1. O poema começa com os versos «Sem portas não havia / a palavra intimidade / nem a palavra
privacidade / nem a palavra casa.» Explica o sentido destes versos. (5 pontos)

_______________________________________________________________________________________________

2. Identifica o recurso expressivo presente nos versos seguintes. (4 pontos)

a) «Também não havia janelas, telhados, varandas». ___________________________________________


b) «em lado nenhum / (…) em nenhum lado.» __________________________________________________

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3. Completa. (6 pontos)

a) O poema é composto por _____________________________________ estrofes.


b) Classificação das estrofes, pela ordem do poema:
____________________________________________________________________________________________
c) Alguns versos do poema não rimam, por isso designam-se ___________________________________
d) Também há versos em que os sons finais são coincidentes, ou seja, versos que ___________________

4. Podemos afirmar que todo este poema assenta numa negação. Transcreve três expressões
textuais que comprovem esta afirmação. (3 pontos

_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________

5. Assinala a(s) opção(ões) correta(s).


As portas a que se refere o poema são (3 pontos)

a) as portas de madeira, de ferro, de alumínio, de vidro…

b) as barreiras que nos protegem do mundo exterior.

c) o ponto de passagem ou ligação entre duas realidades.

d) a entrada ou o acesso a um lugar.

6. Assinala a afirmação que, na tua opinião, melhor se adequa à mensagem global do poema. (3 pontos)

a) Sem portas, os verbos entrar e sair deixariam de existir.

b) Sem portas nada se poderia guardar ou esconder.

c) Sem portas não conseguiríamos guardar segredos.

d) Sem portas não haveria limites na nossa vida.

e) Sem portas, o mundo ficaria parado.

6.1 Explica o sentido da afirmação que selecionaste. Fundamenta a tua resposta com exemplos.
(6 pontos)
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__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________

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Grupo III

1. Transcreve três nomes comuns da primeira estrofe do poema. (3 pontos)

_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________

2. Completa com os tempos verbais indicados. (4 pontos)

a) O sujeito poético ______________________ (considerar – presente do modo indicativo) que as


portas ______________________ (ser – presente do modo indicativo) essenciais para estabelecer
comunicação entre as pessoas e entre estas e o mundo.
b) As portas ______________________ (permitir – futuro do modo indicativo) sempre estabelecer
ligações e ______________________ (ajudar – presente do indicativo) a comunicar.
3. Completa a família de palavras. (3 pontos)

porta    

4. Estabelece as associações, de modo a identificares o processo de formação das palavras indicadas.


(4 pontos)

a) intimidade
1. derivação por prefixação
b) telhados
2. derivação por sufixação
c) impossibilidade
3. derivação por prefixação e sufixação
d) reentrar

5. Completa a afirmação (2 pontos)

Nos versos «Porque para nascer e para morrer / Também era preciso passar uma porta.»,
podemos considerar que as palavras destacadas apresentam um sentido _____________________ ,
logo designam-se ____________________________________________ .

6. Copia os constituintes da frase para cada função sintática. (4 pontos)

As pessoas abrem as portas de casa aos amigos.

a) Sujeito

b) Complemento direto

c) Complemento indireto

d) Predicado

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Grupo IV (30 pontos)

Tomando como modelo o poema de Álvaro Magalhães, todo ele construído com base na negação
«não havia / não se podia», escreve um poema, de 100 a 200 palavras, em que faças exatamente o
contrário, ou seja, definas o que a inexistência de uma coisa traria de positivo: «sem… havia; sem…
podia-se; sem… fazia-se…».
• Atribui um título criativo ao teu poema.
• Constrói o teu poema com base em expressões afirmativas.
• Escolhe um tema sobre o qual tenhas muito para dizer.
• Segue o modelo do poema «As portas», quanto ao número e tipo de estrofes.

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