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Prova 02 - 2° Trimestre - Literatura - 1° Ano
Prova 02 - 2° Trimestre - Literatura - 1° Ano
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AVALIAÇÃO – 2º TRIMESTRE
Disciplina: Literatura Professor: Jorge Alessandro Data: Prova: 02 – 2º Trimestre
Tema: Literatura Barroca Valor: Turma: 1º Ano
Nome:_______________________________________________________________ Nota:
Orientações:
O preenchimento da prova deverá ser feito à CANETA esferográfica na cor AZUL ou PRETA.
Não é permitido o uso de equipamentos eletrônicos durante a realização da prova, como: celulares, tablet, fones de ouvido, etc.
Não é permitida a comunicação entre alunos durante a realização da prova, podendo caracterizar como cola.
O aluno que for surpreendido colando terá sua prova confiscada e será atribuída nota ZERO.
Questões de múltipla escolha que forem rasuradas serão anuladas.
01. A pintura barroca é uma pintura realista, concentrada nos retratos no interior das casas, nas paisagens e nas
naturezas mortas. Por outro lado, a expansão e o fortalecimento do protestantismo fizeram com que os católicos
utilizassem a pintura como um instrumento de divulgação da sua doutrina. Tomando como referência o quadro A
Coroação de Cristo, identifica-se que, nas artes plásticas,
a) O acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a
sensação de profundidade.
b) A composição simétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a
unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
c) A escolha de cenas no seu momento de menor intensidade dramática.
d) Os artistas eram então convocados a transformar as Escrituras em realidade perceptível aos fiéis. O conteúdo
emocional intensificado e a falta de realismo do barroco eram meios ideais para que se atingisse esse objetivo.
e) A luz aparece por um meio natural, projetada para guiar o olhar do observador até o acontecimento principal da
obra.
Leia os versos:
"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia.
Depois da luz, se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria."
Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de Matos Guerra, a principal característica Barroca é:
a) o culto a Natureza
b) a utilização de rimas alternadas
c) a forte presença de antíteses
d) o culto do amor cortês
e) o uso de aliterações
Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um
entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios e vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades
endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quando as setas são mais agudas, tanto
mais facilmente se despontam na pedra. Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas, que ainda são piores que as
pedras. (Sermão da Sexagésima, de Pe. Antônio Vieira.)
05. Pelo trecho reproduzido, pode-se concluir que o Sermão da Sexagésima trata da
a) problemática da pregação religiosa, considerando as figuras dos pregadores e dos fiéis.
b) necessidade do engajamento dos fiéis nas batalhas contra os holandeses.
c) perseguição sofrida pelo pregador em função do apoio que emprestava a índios e negros.
d) exortação que o pregador fazia em favor de seu projeto de criar a Campanha das Índias Ocidentais.
e) condenação aos governantes locais que desobedeciam os princípios do mercantilismo seiscentista.
... os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos
e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e
despojam os povos. — Os outros ladrões roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo
do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
06. Sobre esse fragmento do Sermão do bom ladrão, de Padre Antônio Vieira, pode-se reconhecer
a) a presença do cultismo, tendo em vista a sofisticação e extravagância dos termos utilizados.
b) a ausência de cuidado com a linguagem, com a utilização de repetições indevidas que apenas tornam cansativo o
texto.
c) o conceptismo que, por meio do predomínio da lógica das idéias, é praticado como recurso à crítica
contra as injustiças.
d) o uso fantasioso de antíteses e paradoxos que, tornando complexo o pensamento, filiam-se ao estilo
de gôngora.
e) a subjetividade que marca o estilo barroco do autor, preocupado em defender os poderosos.
AS COUSAS DO MUNDO
Neste mundo é mais rico o que mais rapa: A flor baixa se inculca por tulipa;
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa.
Com sua língua, ao nobre o vil decepa: Mais isento se mostra o que mais chupa.
O velhaco maior sempre tem capa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa
Mostra o patife da nobreza o mapa: E mais não igo, porque a Musa topa
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Quem menos falar pode, mais increpa; (Gregório de Matos Guerra, Seleção de Obras
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. Poéticas.)
08. Fica claro, no poema acima, que a principal crítica do autor à sociedade de sua época é feita por meio da:
a) denúncia da proteção que o mundo de então dava àqueles que agiam de modo condenável, embora sob a capa das
leis da Igreja.
b) enumeração de certos tipos que, por seus comportamentos, revelam um roteiro que identifica e recomenda a
ascensão social.
c) elaboração de uma lista de atitudes que deviam ser evitadas, por não condizerem com as práticas morais
encontradas na alta sociedade.
d) comparação de valores e comportamentos da faixa mais humilde daquela sociedade com os da faixa mais nobre e
aristocrática.
e) caracterização de comportamentos que, embora sejam moralmente condenáveis, são dissimulados em seus
opostos.
Senhor Antão de Sousa Meneses,
Quem sobe a alto lugar, que não merece,
Homem sobe, asno vai, burro parece,
Que o subir é desgraça muitas vezes.
10. A veia lírico-amorosa do poeta barroco Gregório de Matos (1636-1696) está bem exemplificada em:
A. “Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te,
Te lembra hoje Deus por sua Igreja;
De pó te faz espelho, em que se veja
A vil matéria, de que quis formar-te.”