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Teste de avaliação de Português

9.º Ano (versão A)


Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Para responderes aos itens deste


grupo, vais ver e ouvir o vídeo
«O nosso oceano, o nosso herói»,
promovido por The Ocean race, sobre
o papel do oceano no planeta.
[áudio aqui, 03:11 min]

Texto A
1. Ordena as afirmações, de 1 a 5, respeitando a sequência pela qual as ideias surgem no podcast.
(A) A constituição da biodiversidade marinha.
(B) Os objetivos dos velejadores The Ocean race.
(C) O oceano como elemento de ligação no planeta.
(D) O impacto do oceano na proteção do meio ambiente.
(E) A importância económica do oceano para as populações do litoral.

2. Assinala com , nos itens 2.1 a 2.3, a opção que completa cada frase, de acordo com as ideias do
podcast.
2.1 O oceano e as espécies que lá habitam
(A) já não têm segredos para os investigadores.
(B) permanecem, em grande parte, desconhecidos.
(C) já foram, na sua maioria, estudados.

2.2 Os mangais, as pradarias e os recifes de coral


(A) impedem a poluição de entrar no mar.
(B) protegem a linha costeira das tempestades.
(C) defendem a orla marítima da ação humana.

2.3 O vídeo termina com


(A) um aviso e um alerta ao público.
(B) uma advertência e um elogio ao público.
(C) um apelo e um convite ao público.

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Lê o texto B.

Texto B
] João Lousada
«A primeira pessoa a caminhar
em Marte já nasceu»
Em outubro do ano passado, Marte ficou no 40 No entanto, não há nada como um deserto
Sul de Israel. As características do deserto de semelhante a Marte. Voltemos a Negev. Nesta
Negev, que cobre grande parte daquele país, missão, João Lousada liderou uma tripulação
são bastante semelhantes às do planeta composta por mais cinco astronautas análogos
5 vermelho. Por essa razão, o extenso deserto de vários países. «Não só tivemos uma maior
serviu de cenário à missão AMADEE-20, que 45 complexidade de missão como foi a nossa
simulou as condições de vida em Marte. A isto missão de maior duração, foi onde estivemos
se chama uma missão análoga: «Ao simularem mais isolados do mundo exterior», conta.
diferentes ambientes espaciais, estas missões Como comandante da missão, tinha a
10 permitem-nos testar antecipadamente o responsabilidade de assegurar o seu sucesso,
equipamento e as experiências que queremos 50 mas também «a segurança de todos que faziam
realizar nesses ambientes», introduz João parte dela».
Lousada. O que se procura é «cometer o Não é tarefa fácil. Toda a tripulação precisa
máximo de erros aqui na Terra». Só o erro de ter «uma boa condição física e mental para
15 permite antecipar e corrigir problemas em lidar com os ambientes desafiantes destas
equipamentos, por exemplo, para os evitar em 55 missões». É que, como astronautas análogos,
futuras missões em Marte «ou noutro os membros que constituem este tipo de
ambiente que estejamos a simular». missões também têm de envergar um fato
O astronauta análogo João Lousada leva pesado, «com cinquenta quilos no total, que
20 quase uma mão cheia de missões deste tipo. dificulta movimentos». Num ambiente
A de Negev foi «a mais desafiante» e, 60 «normalmente quente» e no qual o terreno não
também, a primeira em que comandou a é simpático, é fácil imaginar o grau de
tripulação selecionada pelo Fórum Espacial dificuldade.
Austríaco (OeWF). A oportunidade de realizar A missão também é desafiante do ponto de
25 este tipo de missões surgiu «em 2015, quando vista mental: os astronautas análogos
o OeWF lançou um concurso para a posição». 65 estiveram isolados do mundo exterior durante
A verdade é que o também engenheiro quatro semanas (de 4 a 31 de outubro de
aeroespacial contribui diariamente para a 2021). «Tal como numa missão a Marte, não
ambição humana de explorar o Espaço. O seu temos comunicação direta com o nosso centro
30 dia a dia desenrola-se no Centro Alemão de de controlo ‒ apenas com um atraso de 10
Operações Espaciais, em Munique, 70 minutos na comunicação. E talvez não pareça
Alemanha, onde lidera o grupo de ser muito, mas esses 10 minutos já
controladores de voo que gere o Columbus, o impossibilitam um contacto direto, como uma
módulo europeu da Estação Espacial chamada telefónica ou uma vídeoconfe-
35 Internacional (ISS na sigla inglesa). É o rência», contextualiza. Assim, essas limi-
primeiro português diretor de voo na ISS. 75 tações «acabam por ter um impacto no nosso
Tal como nas missões análogas, o trabalho contacto com a família e com os amigos». «Eu
de João Lousada no Centro de Controlo diria que essa é sempre a parte mais difícil
Columbus é bastante desafiante. destas missões».

In ptsapce.pt (texto adaptado e com supressões).

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3. Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações surgem no texto.

(A) Principais ocupações do astronauta João Lousada.


(B) Descrição das roupas dos astronautas em missão.
(C) Vantagens das missões análogas.
(D) Constituição da tripulação da missão em Negev.
(E) Similitude entre o deserto de Negev e Marte.

4. Assinala com , nos itens 4.1 a 4.4, a opção que completa corretamente cada frase, de acordo com
o texto.
4.1 No segundo período do texto, a palavra «bastante» é um
(A) pronome.
(B) advérbio.
(C) adjetivo.
(D) quantificador.

4.2 No primeiro parágrafo do texto, o erro é referido como


(A) um obstáculo às futuras missões a realizar em Marte.
(B) uma oportunidade de antecipação e resolução de problemas.
(C) uma mais‐valia quando ocorrem missões no Espaço.
(D) um desafio a evitar em simulações de ambientes espaciais.

4.3 De acordo com o quinto parágrafo, as funções dos comandantes das missões passam, entre outras,
(A) pela segurança da tripulação e pelo sucesso da missão.
(B) pelo êxito e pela integração dos astronautas no ambiente externo.
(C) pela manutenção de um contacto direto com as famílias e pelo apoio a todos.
(D) pela garantia de boas condições de nutrição e pela inexistência de erros.

4.4 O desafio de ponto de vista mental referido no último parágrafo prende‐se com
(A) a inexistência de qualquer contacto com o centro de comando.
(B) o receio de não serem bem sucedidos na missão.
(C) a impossibilidade de realizarem uma missão em Marte.
(D) as saudades dos familiares e amigos.

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Lê o texto C, um excerto de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões. Se necessário, consulta as notas.

Texto C
70 Mas neste passo, assi prontos estando,
Eis o mestre, que olhando os ares anda,
O apito toca: acordam, despertando,
Os marinheiros dũa e doutra banda,
E, porque o vento vinha refrescando,
Os traquetes das gáveas1 tomar manda.
– «Alerta (disse) estai, que o vento crece
Daquela nuvem negra que aparece!»

71 Não eram os traquetes bem tomados,


Quando dá a grande e súbita procela2.
– «Amaina (disse o mestre a grandes brados),
Amaina (disse), amaina a grande vela!»
Não esperam os ventos indinados
Que amainassem, mas, juntos dando nela,
Em pedaços a fazem cum ruído
Que o Mundo pareceu ser destruído!

72 O céu fere com gritos nisto a gente,


Cum súbito temor e desacordo;
Que, no romper da vela, a nau pendente
Toma grão suma d'água pelo bordo.
– «Alija (disse o mestre rijamente,
Alija tudo ao mar, não falte acordo!
Vão outros dar à bomba, não cessando,
À bomba, que nos imos alagando!»

73 Correm logo os soldados animosos


A dar à bomba; e, tanto que3 chegaram,
Os balanços que os mares temerosos
Deram à nau, num bordo os derribaram4.
Três marinheiros, duros e forçosos,
A menear o leme não bastaram;
Talhas5 lhe punham, dũa e doutra parte,
Sem aproveitar dos homens força e arte.

74 Os ventos eram tais que não puderam


Mostrar mais força d' ímpeto6 cruel,
Se pera derribar então vieram
A fortíssima Torre de Babel7.
Nos altíssimos mares, que creceram,
A pequena grandura dum batel Os Lusíadas de Luís de Camões, leitura,
Mostra a possante nau, que move espanto, prefácio e notas de A. J. da Costa Pimpão,
Vendo que se sustém nas ondas tanto. Lisboa, ICMNE, 4.ª ed., 2000, pp. 275‐276.

1. gáveas: velas mais altas.


2. procela: tempestade.
3. tanto que: assim que.
4. derribaram: derrubar, fazer cair.
5. Talhas: cordas.
6 ímpeto: movimento violento
7 Torre de Babel: alusão bíblica a torre construída para atingir o céu, ato que foi castigado por Deus fazendo os homens
falar diferentes línguas, o que criou uma enorme confusão.

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5. Completa a afirmação com as expressões adequadas.

Na estrutura da obra, este excerto do episódio integra‐se a. _______________________ e pertence

ao plano b. ______________ , visto que se narra um momento c. __________________ , o episódio

d. __________________________ .

a. b. c. d.

1. na Narração 1. das reflexões do poeta 1. que envolve seres mitológicos. 1. da tempestade


2. na Proposição 2. da História de Portugal 2. vivido pela armada de Vasco da Gama 2. do Adamastor
3. na Dedicatória 3. da Viagem 3. evocado por Vasco da Gama 3. da partida das naus

6. Identifica a alínea que completa corretamente a afirmação.


O episódio inicia‐se com a conjunção coordenativa «Mas»
(A) com o valor de alternância para reforçar a variação do estado meteorológico.
(B) com o valor de contraste para realçar a desatenção do mestre.
(C) com o valor de adição para indicar a função cumprida pelo mestre.
(D) com o valor de contraste para acentuar a alteração do estado do tempo.

7. Indica o motivo pelo qual o mestre tocou o apito (est. 70) e comprova que foi imediatamente bem
sucedido na sua intenção.
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8. Associa cada uma das consequências da tempestade (coluna A), entre as estâncias 71 e 73, aos
excertos textuais que as comprovam (coluna B).

A B
a. A grande vela é destruída. 1. «Quando dá a grande e súbita procela» (est. 71, v. 2)
b. Os marinheiros não conseguiam o 2. «Em pedaços a fazem cum ruído» (est. 71, v. 7)
controlo do leme.
c. Com a bomba tentavam extrair a água. 3. «O céu fere com gritos nisto a gente» (est. 72, v. 1)
4. «A menear o leme não bastaram» (est. 73, v. 6)
5. «Correm logo os soldados animosos / A dar à bomba»
(est. 73, vv. 1‐2)

a. _____ b. _____ c. _____

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9. Seleciona com , nos itens 9.1. a 9.5, a opção que completa corretamente cada afirmação, de acordo
com o texto.
9.1 Através do recurso ao discurso direto, é possível caracterizar o mestre como
(A) experiente, mas desatento. (C) autoritário e agressivo.
(B) experiente e atento. (D) brando, mas experiente.

9.2 Na frase «Não esperam os ventos indinados / Que amainassem» (est. 71, vv. 5‐6),
(A) o complemento direto expressa a personificação dos ventos.
(B) o sujeito simples expressa a personificação dos ventos.
(C) a personificação dos ventos está expressa através de um sujeito composto.
(D) o complemento direto expressa um eufemismo.

9.3 As palavras «traquetes», «gáveas» e «velas» (est. 70‐71) estabelecem com «nau» uma relação de
(A) hierarquia. (C) oposição.
(B) equivalência. (D) parte‐todo.

9.4 Nos versos 1 e 2 da estância 74, a intensidade dos ventos é destacada através de uma
(A) oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
(B) oração subordinada substantiva completiva.
(C) oração subordinada adverbial comparativa.
(D) oração subordinada adverbial consecutiva.

9.5 A nível formal comprova‐se, a partir do excerto deste episódio, que, nesta epopeia,
(A) a rima é sempre cruzada, as estrofes oitavas e o verso decassílabo.
(B) a rima é cruzada e emparelhada, as estrofes oitavas e o verso decassílabo.
(C) a rima é cruzada e emparelhada, as estrofes décimas e o verso octossílabo.
(D) a rima é sempre interpolada, as estrofes oitavas e o verso decassílabo.

10. Caracteriza o estado de espírito dos marinheiros, justificando a tua resposta com expressões do
texto.
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11. Transcreve da estância 74 um exemplo dos seguintes recursos expressivos que salientam a força
da tempestade.
a. hipérbole _____________________________________________________________________

b. antítese ______________________________________________________________________

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Lê o texto D, um excerto de Aquilo que os olhos veem ou o Adamastor, de Manuel António Pina.

Texto D
Ilumina se à direita alta a Casa de Manuel, no
Porto, 13 anos antes: 1488. (…)
Casa austera e pobre.
Sentados à mesa tosca, MANUEL, a MÃE e ANA,
5 sua irmã, comem pão e bebem por uma vasilha
comum.
MANUEL tem agora 14 ou 15 anos. A irmã é um
pouco mais nova.

MÃE ‒ O vosso pai vem na barca que chegou


10 hoje à Ribeira. Dizem-me que, desde que
descarregue e se façam os autos de mercadoria, logo virá para casa. À noite, deve estar cá.
ANA ‒ Ao fim de tanto tempo…
MÃE ‒ E de tantos cuidados, filha! Pelo Mar das Trevas dentro e por terras de negros e no
meio das tormentas e de falsidades… E de pestes e de doenças.
15 ANA ‒ Virá outra vez doente da malária ou da febre amarela?
MÃE ‒ Que posso eu saber dele, filha, senão que antes prouvera que nunca partisse a desafiar
a vontade de Deus Nosso Senhor?
MANUEL ‒ Homem com cabeça de cão e com grandes pelos…
MÃE ‒ Que dizes tu?!
20 MANUEL ‒ Para lá do Cabo. Não, mãe, no Mar das Trevas. Diz-se que há por lá homens
com cabeça de cão e que comem os filhos que têm.
ANA ‒ E que adoram ídolos…
MÃE (Benzendo-se) ‒ Credo, Nosso Senhor seja louvado!
MANUEL (Malicioso) ‒ Também mulheres lindas e de grande vergonha…
MÃE ‒ Calai-vos, filhos, que ofendeis a Deus! (Pausa) Como o ofendem aqueles todos que
acometem ao Mar Oceano à procura de Ilhas Encantadas ou por amor do ouro, da pimenta e dos
escravos, e nos levam maridos e filhos.
MANUEL ‒ Quem não se aventurou, não perdeu nem ganhou, minha mãe.
Manuel António Pina, Aquilo que os olhos veem ou o Adamastor, Coleção Aviãozinho, n.º 3, 2012, pp. 26‐27.

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12. Neste excerto de um texto dramático, percebem‐se algumas das dificuldades que os portugueses
enfrentaram nas viagens marítimas.
Comprova a afirmação,
‒ apresentando três dessas dificuldades referidas pelas personagens no texto;
‒ explicitando o medo do desconhecido expresso pelas personagens;
‒ estabelecendo uma comparação com o Texto C, extraído de Os Lusíadas.
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13. Certamente a tempestade vivida durante a viagem constituiu um acontecimento marcante para o
capitão da armada.
Imagina que és o capitão da armada portuguesa, Vasco da Gama, e narra o episódio da
tempestade numa página do diário de bordo.
Respeita as características do género diarístico.

O teu texto, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras, deve incluir:
– uma introdução adequada;
– um momento descritivo;
– a narração de algumas dificuldades e atitudes dos marinheiros;
– a expressão de emoções, reações e ponto de vista;
– uma conclusão adequada.
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Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera‐se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di‐lo‐ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

COTAÇÕES

Item
Textos
Cotação (em pontos)

1. 2.1 2.2 2.3


Texto A
4 4 4 4 16
3. 4.1 4.2 4.3
16
Texto B
4 4 4 4
5. 6. 7. 8. 9.1 9.2 9.3 9.4 9.5 10. 11.
Texto C 4
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 44

12. 4
Texto D
13. 20
TOTAL 100

FIM

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SOLUÇÕES

Texto A
1. 2; 5; 1; 3; 4.
2.
2.1 (B); 2.2 (B); 2.3 (C).

Texto B
3. 3; 5; 2; 4; 1.
4.
4.1 (D); 4.2 (B); 4.3 (A); 4.4 (D).

Texto C
5. a. 1; b. 3; c. 2; d. 1.
6. (D).
7. O mestre, ao aperceber‐se de que se formava uma enorme tempestade, apitou para alertar toda a
tripulação. Este sinal de alarme foi bem sucedido, já que os marinheiros despertaram e acorreram ao
chamado.
8. a. 2; b. 4; c. 5.
9.
9.1 (B); 9.2 (B); 9.3 (D); 9.4 (D); 9.5 (B).
10. Os marinheiros, perante uma tempestade tão forte, mostram‐se agitados, mas determinados e
corajosos («duros e forçosos», est. 73, v. 5), empenhados em conseguir que as naus se mantivessem
em segurança.
11. a. «Os ventos eram tais (…) / Torre de Babel» (est. 74, vv. 1‐4); b. «A pequena grandura dum batel
/ Mostra a possante nau» (est. 74, vv. 6‐7).

Texto D
12.
Por todos é reconhecido que foram grandes as dificuldades que os navegadores portugueses
tiveram de ultrapassar nas viagens marítimas.
Assim, neste excerto, podemos perceber como os filhos e a mãe dialogam sobre vários obstáculos
que o pai tinha enfrentado nestas viagens, como a doença, peste ou febre amarela, as tempestades
ou os enganos e traições a que estavam sujeitos. De igual forma, percebemos, através da designação
de «Mar das Trevas» (l. 12) ou da alusão a «Homem com cabeça de cão e com grandes pelos» (ll. 19‐
‐20), que viajar por mar era ainda enfrentar o desconhecido, já que não conheciam o mar nem
dominavam a navegação.
Em conclusão, podemos comprovar estas dificuldades que as personagens referem através do
excerto do episódio de Os Lusíadas, em que nos é descrita uma tempestade intensa que a armada de
Vasco da Gama teve de enfrentar com coragem e determinação na viagem de descoberta do caminho
marítimo para a Índia.

13.
Oceano Índico, 3 de abril de 1497
Mais um dia e mais uma aventura. Agradeço à Divina Providência estar a escrever mais uma página
deste diário, sabendo que tão grave foi o incidente que vivemos nos dois últimos dias que poderia não
haver registo, se a morte tivesse vencido!
Estava uma noite aparentemente calma; porém, não se avistavam estrelas no céu. De repente, uma
nuvem muito escura cobriu‐nos e do mar chegaram ruídos aterrorizadores: todas as criaturas marinhas
pareciam assustadas e o som do vento era tão violento e as águas ganharam tal ondulação que a única
hipótese foi tentar que o barco ficasse mais leve. Alijámos a carga, barris, mantas e outros bens, que
falta nos farão, mas que nesse momento nos estavam a prejudicar.

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Temi, diário, temi pela minha vida e pela de todos. Mastros quebrados, velas rasgadas e muito,
muito medo da nossa parte. Os meus homens foram incansáveis e ninguém poupou esforços para que
as naus prosseguissem viagem: deram à bomba, recolheram velas... Hoje, penso na maravilha que
estamos a construir ao longo desta viagem e como a interajuda tem sido fundamental para o sucesso
desta empresa.
Amanheceu um dia calmo. O mar parece um lago… avistam‐se aves marinhas e ouve‐se o seu canto.
A tranquilidade regressou às naus.
Deveremos estar perto da Índia e anseio avistar terra.
Vasco da Gama

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