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04/10/2022 08:48 D10627

Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 10.627, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2021

Vigência Altera o Anexo I ao Decreto nº 10.030, de 30 de setembro


de 2019, que aprova o Regulamento de Produtos
(Vide ADIN 6680) Controlados.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput , incisos IV e VI, alínea
“a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, e no art. 2º, § 2º, da Lei
nº 10.834, de 29 de dezembro de 2003,

DECRETA:

Art. 1º O Anexo I ao Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019 , passa a vigorar com as seguintes
alterações:

“Art. 2º ..........................................................................................................

............................................................................................................................

§ 3º Não são considerados PCE: (Vide ADIN 6675) (Vide ADIN 6676) (Vide ADIN
6677) (Vide ADIN 6695)

I - os projéteis de munição para armas de porte ou portáteis, até ao calibre nominal


máximo com medida de 12,7 mm, exceto os químicos, perfurantes, traçantes e incendiários;

II - as máquinas e prensas, ambas não pneumáticas ou de produção industrial, para


recarga de munições, seus acessórios e suas matrizes (dies), para calibres permitidos e
restritos, para armas de porte ou portáteis;

III - as armas de fogo obsoletas, de antecarga e de retrocarga, cujos projetos sejam


anteriores a 1900 e que utilizem pólvora negra;

IV - os carregadores destacáveis tipo cofre ou tipo tubular, metálicos ou plásticos, com


qualquer capacidade de munição, cuja ausência não impeça o disparo da arma de fogo;

V - os quebra-chamas;

VI -as miras optrônicas, holográficas ou reflexivas; e

VII - as miras telescópicas, independentemente de aumento.

§ 4º As armas de fogo obsoletas poderão ser utilizadas em demonstrações e


exposições.

§ 5º O transporte das armas de fogo obsoletas não exigirá guia de tráfego e elas não
deverão estar municiadas ao serem transportadas.

§ 6º As armas de fogo obsoletas serão registradas no Sistema de Gerenciamento


Militar de Armas - Sigma apenas quando o apostilamento a acervo for solicitado por:

I - colecionador, atirador ou caçador;

II - museu público;

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III - museu privado;

IV - fundação ou associação que mantenha hoploteca;

V - federação ou confederação de tiro; ou

VI - associação nacional de colecionadores de armas de fogo e munições.” (NR)

“ Art. 3º As definições dos termos empregados neste Regulamento são aquelas


constantes deste artigo e do Anexo III.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se:

I - arma de fogo de uso permitido - as armas de fogo semiautomáticas ou de repetição


que sejam:

a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja, na
saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos
e vinte joules;

b) portáteis de alma lisa; ou

c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum,
não atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou
mil seiscentos e vinte joules;

II - arma de fogo de uso restrito - as armas de fogo automáticas, de qualquer tipo ou


calibre, semiautomáticas ou de repetição que sejam:

a) não portáteis;

b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída
do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e
vinte joules; ou

c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum,
atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil
seiscentos e vinte joules;

III - arma de fogo de uso proibido:

a) as armas de fogo classificadas como de uso proibido em acordos ou tratados


internacionais dos quais a República Federativa do Brasil seja signatária; e

b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos;

IV - munição de uso restrito - as munições que:

a) atinjam, na saída do cano de prova de armas de fogo de porte ou de armas de fogo


portáteis de alma raiada, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil
seiscentos e vinte joules;

b) sejam traçantes, perfurantes ou fumígenas;

c) sejam granadas de obuseiro, de canhão, de morteiro, de mão ou de bocal; ou

d) sejam rojões, foguetes, mísseis ou bombas de qualquer natureza;

V - munição de uso proibido - as munições:

a) assim classificadas em acordos ou tratados internacionais dos quais a República


Federativa do Brasil seja signatária; ou
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b) incendiárias ou químicas;

VI - arma de fogo obsoleta - as armas de fogo que não se prestam ao uso efetivo em
caráter permanente, em razão de:

a) sua munição e seus elementos de munição não serem mais produzidos;

b) sua produção ou seu modelo ser muito antigo e estar fora de uso, caracterizada
como relíquia ou peça de coleção inerte; ou

c) serem armas de antecarga ou de retrocarga que utilizam a pólvora negra como


carga propulsora e suas réplicas atuais;

VII - arma de fogo de porte - as armas de fogo de dimensões e peso reduzidos que
podem ser disparadas pelo atirador com apenas uma de suas mãos, tais como pistolas,
revólveres e garruchas;

VIII - arma de fogo portátil - as armas de fogo que, devido às suas dimensões ou ao
seu peso, podem ser transportadas por uma pessoa, tais como fuzil, carabina e espingarda;

IX - arma de fogo não portátil - as armas de fogo que, devido às suas dimensões ou ao
seu peso:

a) precisam ser transportadas por mais de uma pessoa, com a utilização de veículos,
automotores ou não; ou

b) sejam fixadas em estruturas permanentes;

X - cadastro de arma de fogo - inclusão de arma de fogo de produção nacional ou


importada em banco de dados, com a descrição de suas características;

XI - registro - matrícula da arma de fogo vinculada à identificação do respectivo


proprietário em banco de dados;

XII - porte de trânsito - direito previsto:

a) no § 3º do art. 5º do Decreto nº 9.846, de 25 de junho de 2019 , e nos art. 9º e art.


24 da Lei nº 10.826, de 2003 , concedido aos colecionadores, aos atiradores e aos caçadores
registrados junto ao Comando do Exército para transitar com armas de fogo registradas em
seus respectivos acervos, com os acessórios e munições necessários às práticas previstas
nos art. 42, art. 52 e art. 55;

b) nos incisos III a VIII do caput do art. 30, concedido aos estrangeiros temporários,
vedado o trânsito com arma municiada e pronta para o uso;

XIII - insumo para carregar ou recarregar munição - os materiais utilizados para


carregar cartuchos, incluídos o estojo, a espoleta, a pólvora ou outro tipo de carga
propulsora, o projétil e a bucha utilizados em armas de fogo;

XIV - arma brasonada - as armas:

a) pertencentes a uma Força Armada ou a uma instituição de segurança pública e


qualificada como material carga;

b) marcadas durante a fabricação com o brasão de armas, o nome ou a abreviatura da


instituição; e

c) que passaram por desfazimento pela instituição por transferência de carga,


alienação por licitação ou doação, registro por anistia ou outro meio legal, e que podem fazer
parte de acervos de colecionadores, atiradores e caçadores; e

XV - arma histórica - as armas de fogo:

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a) marcadas com brasões ou símbolos pátrios, nacionais ou internacionais;

b) coloniais;

c) utilizadas em guerras, combates e batalhas;

d) que pertenceram a personalidades ou que estiveram em eventos históricos; e

e) que, por sua aparência e composição das partes integrantes, possam ser
consideradas raras e únicas e possam fazer parte do patrimônio histórico e cultural .” (NR)

“Art. 7º ...........................................................................................................

§ 1º ................................................................................................................

..............................................................................................................................

V - dos proprietários de veículos automotores blindados;

VI - das pessoas jurídicas que exercem atividades de comércio, utilização ou


prestação de serviços com PCE do tipo pirotécnico ou de arma de pressão; e

VII - d as pessoas físicas que utilizam PCE do tipo arma de fogo e munição para a
prática de tiro recreativo não desportivo nas instalações de entidades, clubes ou escolas de
tiro, sem habitualidade e finalidade desportiva, quando acompanhadas de instrutor de tiro,
instrutor de tiro desportivo ou atirador desportivo registrados junto ao Comando do Exército, e
a responsabilidade pela prevenção de acidentes ou incidentes recairá sobre as referidas
entidades, clubes ou escolas de tiro e seus instrutores. (Vide ADIN 6675) (Vide ADIN
6676) (Vide ADIN 6677) (Vide ADIN 6695)

.........................................................................................................................” (NR)

“Art. 23. ............................................................................................................

.................................................................................................................................

§ 2º Em lojas de armas e munições e outros estabelecimentos comerciais congêneres,


é vedada a comercialização de munição recarregada para armas de fogo de porte ou
portáteis, de uso permitido ou de uso restrito, exceto a munição de salva e festim e a
comercializada por entidades, clubes ou escolas de tiro para uso imediato no local.” (NR)

“Art. 26. .............................................................................................................

.................................................................................................................................

X - corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal;

XI - guardas municipais; e

XII - Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia.

......................................................................................................................... ” (NR)

“Art. 30. ............................................................................................................

.................................................................................................................................

X - às pessoas a que se referem os incisos I a VII e IX a XI do caput do art. 6º da Lei


nº 10.826, de 2003 .

.........................................................................................................................” (NR)

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“Art. 39. ............................................................................................................

.................................................................................................................................

§ 9º A capacitação para a utilização de PCE dos tipos arma de fogo e seus acessórios
e munições compreende:

I - os cursos e os treinamentos promovidos por entidades registradas junto ao


Comando do Exército, sem prejuízo do disposto no inciso I do caput do art. 53; e

II - os testes de capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.

§ 10. A capacitação para a utilização de PCE dos tipos arma de fogo e seus
acessórios e munições será ministrada por:

I - instrutor de tiro desportivo, com a atividade apostilada em seu certificado de


registro;

II - instrutor de armamento e tiro credenciado na Polícia Federal; ou

III - pessoa jurídica com as atividades de capacitação para utilização dos vários tipos
de PCE apostiladas aos seus certificados de registro. ” (NR)

“ Art. 40. O Comando do Ex é rcito editar á normas relativas:

I - à seguran ç a do armazenamento de PCE;

II - ao apostilamento da atividade de instrutor de tiro desportivo ao certificado de


registro de pessoa física ; e

III - à atividade de escola de tiro e outras normas relativas à capacitação para


utilização de PCE.” (NR)

“Art. 44. ..............................................................................................................

§ 1º Para fins do disposto neste Regulamento, serão considerados os seguintes


parâmetros:

I - raridade - refere-se à quantidade das armas de fogo existentes, em circulação ou


fora de circulação;

II - originalidade - refere-se aos atributos de autenticidade e de autoria do objeto;

III - singularidade - refere-se à ligação do PCE a acontecimento, fato ou personagem


relevante da história brasileira; e

IV - critérios de pertinência - referem-se à:

a) sua ligação com a história das Forças Armadas ou das Forças Auxiliares;

b) sua ligação com a história do País; ou

c) sua contribuição para a mudança de paradigma estratégico, tático ou operacional da


doutrina militar brasileira.

§ 2º Poderão fornecer declaração ou laudo que comprove os parâmetros de que trata


o caput :

I - o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan;

II - os institutos de patrimônio histórico dos Estados e do Distrito Federal;

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III - a Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército do Departamento de


Educação e Cultura do Exército do Comando do Exército ;

IV - os museus públicos;

V - os museus privados;

VI - as fundações e as associações que mantenham hoplotecas;

VII - as federações e confederações de tiro; e

VIII - as associações nacionais de colecionadores de armas de fogo e munições.” (NR)

“Art. 45. ..........................................................................................................

I - ......................................................................................................................

................................................................................................................................

b) de uso restrito que seja automá tica, de qualquer calibre, cujo modelo original tenha
sido projetado há menos de quarenta anos:

................................................................................................................................

II - acessório de arma de fogo que tenha por objetivo suprimir o estampido;

................................................................................................................................

Parágrafo único. O dispostos no inciso II do caput não se aplica quando o acessório:

I - constituir parte integrante da arma de fogo; ou

II - for comercializado com a arma de fogo, como componente do conjunto fabricado.”


(NR)

“ Art. 51. Para fins de fiscalização de PCE, o tiro desportivo enquadra-se como esporte
formal e de rendimento, nos termos do disposto na Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.

§ 1º Fica permitida à pessoa física a prática do tiro recreativo de natureza não


desportiva, desde que :

I - realizada, sem habitualidade, nas instalações de entidades, clubes ou escolas de


tiro autorizadas pelo Comando do Exército, independente de certificado de registro de
pessoa física;

II - acompanhada por instrutor de tiro, instrutor de tiro desportivo ou instrutor de


armamento e tiro credenciado junto à Polícia Federal, nos termos do disposto no § 2º do art.
1º da Lei nº 9.615, de 1998 ; e

III - as entidades, clubes ou escolas de tiro e seus instrutores se responsabilizem pela


prevenção de acidentes ou incidentes.

§ 2º Para fins do disposto no § 1º, poderá ser utilizado o PCE da entidade de desporto
ou do acervo do instrutor .” (NR)

“Art. 52. ...........................................................................................................

................................................................................................................................

§ 1º A habitualidade da prática do tiro desportivo será comprovada mediante


declaração emitida por entidade de tiro ou agremiação que confirme frequência mínima de

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seis jornadas em estandes de tiro, em dias alternados, para treinamento ou participação em


competições, no período de doze meses.

§ 2º Os detentores de porte previstos nos incisos I, II, V, VI, VII, X e XI do caput do


art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003 , os membros da Magistratura e do Ministério Público,
incluídos os aposentados, os da reserva, os reformados, os ativos e os inativos, poderão:

I - praticar o tiro desportivo com as armas do acervo de cidadão; e

II - a cada doze meses, adquirir insumos nacionais ou importados para recarga de até
cinco mil cartuchos para os calibres das armas registradas em seu nome e que componham
o acervo de que trata o inciso I, mediante a apresentação do certificado de registro de arma
de fogo.

§ 3º Os detentores de porte de arma de que trata o § 2º deverão comunicar a


aquisição de PCE, no prazo de setenta e duas horas, ao Serviço de Fiscalização de Produtos
Controlados da circunscrição do seu domicílio legal.

§ 4º Fica dispensada a exigência de comprovação de habitualidade para a concessão


ou renovação do certificado de registro ou a emissão de guia de tráfego e autorização para a
importação ou aquisição de PCE pelos detentores de porte de arma de que trata o § 2º
mediante a apresentação da cédula de identidade funcional, acompanhada de declaração
firmada de próprio punho de que não está cumprindo condenação penal ou respondendo a
inquérito policial ou policial militar por crime doloso.” (NR)

“ Art. 52-A. O atirador registrado junto ao Comando do Exército poderá realizar seu
treinamento em qualquer entidade de tiro ou de caça.

§ 1º Fica assegurado aos atiradores o direito ao transporte de armas de fogo


desmuniciadas, munições, equipamentos e acessórios considerados PCE, para fins de
competição, treinamento, teste de tiro ou manutenção, no território nacional, mediante a
apresentação do certificado de registro de pessoa física ou do certificado de registro de arma
de fogo válido.

§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º quando o transporte destina-se a outro país, para fins


de competição, treino, manutenção ou caça, mediante o cumprimento das normas de
despacho aéreo ou terrestre, conforme o caso.” (NR)

“Art. 53. .........................................................................................................

I - ministrar cursos sobre modalidades de tiro desportivo, armamentos, recarga de


munições, seguran ç a, legislação de PCE e legisla ção sobre armas para os seus
associados e para cidadãos idôneos interessados, em locais autorizados pelo Comando do
Exército ;

II - promover o aperfei ç oamento t é cnico dos atiradores desportivos;

.............................................................................................................................

§ 1º As entidades de tiro desportivo poderão fornecer munições recarregadas ou


originais de fábrica para utilização em suas instalações, atendidas as exigências de
segurança de que tratam o art. 98 ao art. 101, de maneira que não se configure a prática de
comércio.

§ 2º Na hipótese a que se refere o § 1º, as munições deverão ser adquiridas e


deflagradas no próprio estande da entidade, sem a possibilidade de uso em outro local ou de
serem transportadas, exceto quando houver autorização específica do Comando do
Exército.” (NR)

“ Art. 54. As escolas de tiro previstas no Decreto nº 9.846, de 2019 , e no Decreto nº


9.847, de 25 de junho de 2019 , são consideradas entidades de tiro, registradas no Comando
do Exército, com a finalidade de realizar cursos de tiro para as pessoas:

I - autorizadas a ter a posse de armas de fogo; e


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II - que necessitem de treinamento para realizar os testes de tiro para fornecimento do


comprovante de capacidade técnica para:

a) posse de arma de fogo;

b) porte de arma de fogo; e

c) obtenção de certificado de registro de caçador, atirador e colecionador.

§ 1º As escolas de tiro possibilitarão, ainda, a prática de tiro recreativo quando


realizada nas instalações de entidades, clubes ou escolas de tiro e com observância das
demais condições previstas no § 1º do art. 51 .

§ 2º Para fins do disposto no § 1º, os cidadãos interessados deverão apresentar


documento de identificação pessoal e as certidões eletrônicas de antecedentes criminais das
Justiças Federal, Estadual, Militar.

§ 3º Os clubes de tiro e as escolas de tiro estarão sujeitas às mesmas regras e


condicionantes aplicáveis às entidades de tiro desportivo de que trata esta Seção e poderão
se organizar sob a forma associativa ou societária.” (NR)

“ Art. 55. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se ca ç ador a pessoa f í
sica registrada junto ao Comando do Ex é rcito que realiza o abate de esp é cies da fauna,
em observ ância à s normas de proteção ao meio ambiente.

................................................................................................................. ” (NR)

“ Art. 56. Para o exerc í cio das atividades de treinamento e de abate de esp é cies da
fauna, obedecida a compet ê ncia dos órg ãos respons á veis pela tutela do meio ambiente,
compete ao Comando do Ex é rcito a expedição de guia de tr á fego para a utilizaçã o de
PCE, exceto nas hipóteses previstas neste artigo e no § 2º do art. 5º do Decreto nº 9.846, de
2019 .

§ 1º O caçador registrado junto ao Comando do Exército poderá realizar seu


treinamento em qualquer entidade de tiro ou de caça.

§ 2º Fica garantido aos caçadores o direito do transporte desmuniciado de armas de


fogo, munições e acessórios considerados PCE, para fins de abate de espécies da fauna de
acordo com as normas ambientais, no território nacional, mediante a apresentação do
certificado de registro de pessoa física ou do certificado de registro de arma de fogo válido.

§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º quando o transporte se destinar a outro país,


mediante o cumprimento das normas de despacho aéreo ou terrestre, conforme o caso. ”
(NR)

“Art. 57. ..............................................................................................................

I - ministrar cursos sobre modalidades de ca ç a, armamentos, seguran ç a e normas


pertinentes a essa atividade para seus associados e para cidadãos idôneos;

..................................................................................................................................

Parágrafo único. As entidades de caça poderão fornecer munições recarregadas e


originais de fábrica para utilização em suas instalações .” (NR)

“ Art. 63. A concessão de registro é o processo que atesta o atendimento aos


requisitos para o exerc í cio de atividades com PCE e a sua possibilidade de aquisição. ”
(NR)

“Art. 67. ........................................................................................................

.............................................................................................................................

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Parágrafo único. Nos casos de cancelamento do registro ou do apostilamento, serão


observados o contraditório e a ampla defesa em processo administrativo sancionador. ” (NR)

“ Art. 68. A pessoa f í sica ou jur í dica cujo registro seja cancelado ter á o prazo de
noventa dias, contado da data da ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento, por telegrama ou por outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado , para providenciar:

............................................................................................................................

§ 1º Os produtos de que trata o caput poderão ser transferidos para pessoa f í sica ou
jur í dica autorizada.

§ 2º Na hipótese de impossibilidade de realização da transferência no prazo de


noventa dias, o PCE poderá ser:

I - doado às instituições de segurança pública; ou

II - destruído. ” (NR)

“Art. 71. ..............................................................................................................

..................................................................................................................................

§ 4º A vistoria dos acervos de armas de fogo de pessoa física será precedida de


comunicação ao vistoriado, por meio físico ou eletrônico, com antecedência de, no mínimo,
vinte e quatro horas .” (NR)

“Art. 72. .............................................................................................................

Parágrafo único. A suspensão da atividade deverá ser motivada e fundamentada,


observados o disposto em lei, o contraditório e a ampla defesa , e deverá ser comunicada à
Polícia Federal, quando se tratar de armeiro ou de empresa que comercializa armas de fogo.
” (NR)

“Art. 75. ............................................................................................................

Parágrafo único. ...............................................................................................

................................................................................................................................

X - corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal;

XI - guardas municipais;

XII - Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia; e

XIII - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -


Ibama;

XIV - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio;

XV - tribunais do Poder Judiciário; e

XVI - Ministério Público. ” (NR)

“ Art. 76. Serão, ainda, autorizados a adquirir armas de fogo, munições, acessórios,
insumos do tipo pólvora ou outra carga propulsora, espoletas para recarga de munição e
demais produtos controlados, nos termos da regulamentação do Comando do Exército:

..................................................................................................................................

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§ 1º Outras pessoas físicas ou jurídicas que necessitem, justificadamente, utilizar PCE,


poderão ser excepcionalmente autorizadas pelo Comando do Exército a adquirir o PCE.

§ 2º As pessoas de que trata o inciso I do caput poderão adquirir, anualmente,


insumos para recarga de até cinco mil cartuchos nos calibres das armas de fogo registradas
em seu nome, mediante a apresentação do certificado de registro de arma de fogo válido.”
(NR)

Art. 82. ...............................................................................................................

§ 1º O trânsito aduaneiro entre a unidade da Secretaria Especial da Receita Federal


do Brasil do Ministério da Economia de entrada e a de despacho deverá estar coberto por
guia de tráfego.

§ 2º O PCE dos tipos armas de fogo, acessórios e munições têm o seu transporte
autorizado para a prática de treinos, competições, manutenção, abate e demonstrações em
locais autorizados pelo Comando do Exército e pelos órgãos ambientais, conforme o caso,
mediante a apresentação do certificado de registro de pessoa física ou do certificado de
registro de arma de fogo válido, independentemente do itinerário que componha o trajeto,
assegurado, a qualquer tempo, o direito de retorno ao local de guarda destinado a este fim.

§ 3º Para fins do disposto neste artigo, serão observadas as condições previstas no §


2º e no § 3º do art. 5º do Decreto nº 9.846, de 2019 .” (NR)

“Art. 83. ..............................................................................................................

..................................................................................................................................

§ 3º Os colecionadores, os atiradores e os caçadores poderão portar uma arma de


fogo de porte municiada, alimentada e carregada, pertencente a seu acervo cadastrado no
Sigma, no trajeto entre o local de guarda do acervo e o local de treinamento, de instrução, de
competição, de manutenção, de exposição, de caça ou de abate, mediante a apresentação
do certificado de registro de arma de fogo e da guia de tráfego válidos.

§ 4º Para fins do disposto no § 3º, considera-se trajeto qualquer itinerário realizado


entre o local de guarda autorizado e os de treinamento, instrução, competição, manutenção,
exposição, caça ou abate, independentemente do horário, assegurado o direito de retorno ao
local de guarda.” (NR)

“Art. 88. ............................................................................................................

.................................................................................................................................

§ 4º As armas de fogo entregues espontaneamente à Polícia Federal ou aos postos de


recolhimento credenciados, nos termos do disposto nos art. 31 e art. 32 da Lei nº 10.826, de
2003 , e as armas e munições arrecadadas pela Polícia Federal, nas hipóteses de
cancelamento de autorização para funcionamento das empresas de segurança privada e de
transporte de valores, com trânsito em julgado da decisão administrativa, serão
encaminhadas ao Comando do Exército para triagem, classificação e, se for o caso,
destruição.

§ 5º As armas históricas poderão, excepcionalmente e mediante justificativa escrita,


ser destruídas, conforme regulamentação do Comando do Exército.

§ 6º As armas históricas e obsoletas poderão ser assim reconhecidas em declaração


ou laudo que as descrevam, elaborados:

I - pelo Iphan ;

II - por institutos de patrimônio histórico dos Estados e do Distrito Federal;

III - pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército do Departamento de


Educação e Cultura do Exército do Comando do Exército ;

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IV - p or museus públicos;

V - por museus privados;

VI - por fundações ou associações que mantenham hoplotecas;

VII - pelas federações ou confederações de tiro; ou

VIII - pelas associações nacionais de colecionadores de armas de fogo e munições.

§ 7º As armas referidas nos § 5º e § 6º poderão ser doadas para instituições ou para


colecionadores que possam possuí-las, conforme regulamentação do Comando do Exército .
” (NR)

“Art. 111. ...........................................................................................................

................................................................................................................................

X - p ortar ou ceder arma de fogo constante de acervo de colecionador, atirador


desportivo ou caçador para segurança pessoal, em desacordo com a legislação;

...............................................................................................................................

Parágrafo único. Não constitui infração administrativa a utilização de PCE dos tipos
arma de fogo e munições supervisionada por instrutor de tiro desportivo em entidades de tiro
desportivo registradas junto ao comando do Comando do Exército.” (NR)

“Art. 127. .......................................................................................................

.............................................................................................................................

III - estiver em poder de pessoas não habilitadas ao seu uso ou manuseio, exceto nas
hipóteses permitidas por este Regulamento e em disposições previstas nos decretos
regulamentadores da Lei nº 10.826, de 2003 ;

....................................................................................................................... ” (NR)

“ Art. 145. Ficam mantidos os atos administrativos para o exercício das atividades com
PCE em vigor que não contrariem o disposto neste Regulamento e nos decretos
regulamentadores da Lei nº 10.826, de 2003 .” (NR)

Art. 2º O Anexo III ao Decreto nº 10.030, de 2019 , passa a vigorar com as alterações constantes do Anexo a este
Decreto .

Art. 3º Ficam revogados os seguintes dispositivos do Anexo I ao Decreto nº 10.030, de 2019:

I - o inciso VIII do § 2º do art. 15 ;

II - o parágrafo único do art. 44;

III - o item 2 da alínea “b” do inciso I do caput do art. 45 ;

IV - o parágrafo único do art. 52;

V - o inciso IV do caput e o parágrafo único do art. 53 ;

VI - o parágrafo único do art. 54 ;

VII - os incisos III e IV do caput do art. 57 ;

VIII - o parágrafo único do art. 68 ;


www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10627.htm 11/13
04/10/2022 08:48 D10627

IX - o parágrafo único do art. 76 ; e

X - o parágrafo único do art. 82 .

Art. 4º Este Decreto entra em vigor sessenta dias após a data de sua publicação.

Brasília, 12 de fevereiro de 2021; 200º da Independência e 133º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça
Fernando Azevedo e Silva

Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.2.2021 - Edição extra

ANEXO

(Anexo III ao Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019)

“ GLOSSÁRIO

Acervo de cidadão : relação das armas de fogo pertencentes a uma pessoa física, destinadas à sua defesa
pessoal para segurança própria.

Acessório de arma de fogo : artefatos listados nominalmente na legislação como Produto Controlado pelo
Exército - PCE que, acoplados a uma arma, possibilitam a alteração da configuração normal do
armamento, tal como um supressor de som.

Acessório explosivo: .....................................................................................................

..................................................................................................................................

Área perigosa : ............................................................................................................

Arma de antecarga : armas nas quais o carregamento é feito pela parte anterior do cano, ou seja, pela
extremidade de saída do projétil, tais como bacamartes, arcabuzes e mosquetes.

Arma de fogo automática : ...........................................................................................

Arma de fogo de repetição : ..........................................................................................

Arma de fogo obsoleta : arma de fogo que não se presta ao uso regular , devido à sua munição e aos
elementos de munição não serem mais fabricados , por ser ela própria de fabricação muito antiga ou de
modelo muito antigo e fora de uso, e que, pela sua obsolescência, presta-se a ser considerada relíquia ou
a constituir peça de coleção.

Arma de fogo semiautomática : ................................................................................

..............................................................................................................................

Arma de pressão : .......................................................................................................

Arma de retrocarga : arma de fogo cuja munição é adicionada ao cano pela parte posterior, ou seja, na
parte mais próxima ao atirador, tal como pistola, revólver, carabina, fuzil e espingarda.

Artifício pirotécnico : ...................................................................................................

..................................................................................................................................

Canhão : ....................................................................................................................

Carregador : depósito ou receptáculo para armazenamento de cartuchos de munição para disparo em


armas de fogo, integrante ou destacável do armamento.

Ciclo de vida do produto : ............................................................................................

...................................................................................................................................

Fogos de Artifício : .....................................................................................................

Freio de Boca : dispositivo colocado ao final do cano para reduzir o recuo do armamento, também
conhecido como compensador.

www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10627.htm 12/13
04/10/2022 08:48 D10627

Grupo de produtos controlados : .................................................................................

...................................................................................................................................

Organismo de Avaliação da Conformidade (OAC) : ...........................................................

PCE de uso permitido : produto controlado listado nominalmente na legislação como PCE cujo acesso e
utilização podem ser autorizados para as pessoas em geral, observada a classificação elaborada pelo
Comando do Exército, prevista nos decretos regulamentadores da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de
2003.

PCE de uso restrito : produto controlado listado nominalmente na legislação como PCE que, devido às
suas particularidades técnicas ou táticas, deve ter seu acesso e sua utilização restringidos, observada a
classificação elaborada pelo Comando do Exército, prevista nos decretos regulamentadores da Lei nº
10.826, de 2003 .

Produto de interesse militar : ......................................................................................

...................................................................................................................................

Proteções balísticas : .................................................................................................

Quebra-chamas : dispositivo situado ao final do cano, que tem por objetivo diminuir o clarão oriundo do
disparo.

Réplica ou simulacro de arma de fogo : ....................................................................

......................................................................................................................” (NR)

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