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º 54 — 18 de março de 2013
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA 55.º, 56.º, 58.º, 60.º, 61.º, 62.º, 63.º, 65.º, 66.º, 67.º, 68.º,
69.º, 73.º, 74.º, 76.º, 78.º, 79.º, 81.º, 82.º e 83.º do Decreto
Decreto Regulamentar n.º 2/2013 Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de novembro, passam a
ter a seguinte redação:
de 18 de março
A Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, aprova o regime de «Artigo 5.º
entrada, permanência, saída e afastamento de cidadãos […]
estrangeiros do território nacional, com o objetivo de
enquadrar a imigração legal e de prevenir e combater a 1 - […].
imigração ilegal. Para o efeito, preconiza a utilização das 2 - […].
novas tecnologias de informação, visando a simplificação 3 - O SEF pode fazer depender a aceitação dos termos
e celeridade dos procedimentos. de responsabilidade de prova da capacidade financeira
Esta lei foi alterada pela Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, do seu subscritor, atestada, designadamente, através de
tendo em vista a harmonização de normas mínimas co- um dos seguintes documentos:
muns que permitam uma maior convergência ao nível das a) Declaração de liquidação do Imposto sobre o Ren-
políticas da União Europeia em matéria de controlo de dimento das Pessoas Singulares (IRS) do ano anterior;
fronteiras, de política de asilo e de imigração. b) Extrato de remunerações emitido pelos serviços
A Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à da segurança social;
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, procede assim à transposição c) Declaração com o saldo médio bancário;
para o ordenamento jurídico nacional de cinco Diretivas da d) Os três últimos recibos de quitação dos valores
União Europeia, nos domínios do retorno de nacionais de auferidos pela prestação de atividade subordinada ou
Estados terceiros que se encontrem em situação irregular no independente.
território nacional, da introdução de um novo tipo de título de
residência denominado cartão azul da União Europeia, para 4 - […].
regular as condições de entrada e residência dos nacionais 5 - [Revogado].
de países terceiros para efeitos de emprego altamente quali- 6 - [Revogado].
ficado, da definição de normas mínimas relativas a sanções
e medidas a aplicar a quem utilize o trabalho de nacionais Artigo 12.º
de países terceiros em situação irregular, com incidência nas
situações em que tal prática assuma cariz reiterado ou reinci- […]
dente, ou se traduza em condições particularmente abusivas 1 - […]:
e do alargamento do estatuto de residente de longa duração
aos beneficiários de proteção internacional otimizando-se, a) […];
desta forma, a coesão económica e social. b) […];
A referida lei compatibiliza, ainda, a legislação nacional c) […];
com a revogação dos vistos de trânsito operada pelo Código d) […];
Comunitário de Vistos. e) […];
A alteração da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, implica f) […];
a necessidade de se alterar o Decreto Regulamentar g) Cópia do título de transporte de regresso, salvo
n.º 84/2007, de 5 de novembro, no que concerne às nor- quando seja solicitado visto de residência.
mas que carecem de regulamentação.
Foi ouvido o Conselho Consultivo para os Assuntos 2 - […].
da Imigração. 3 - […].
Assim: 4 - […].
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 216.º da Lei 5 - […].
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei 6 - […].
n.º 29/2012, de 9 de agosto, e nos termos da alínea c) do
artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 13.º
[…]
Artigo 1.º
1 - […]:
Objeto
a) […];
O presente decreto regulamentar procede à primeira b) […];
alteração ao Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de c) […];
novembro, que regulamenta a Lei n.º 23/2007, de 4 de d) […];
julho, que aprova o regime jurídico de entrada, perma- e) […];
nência, saída e afastamento de cidadãos estrangeiros de f) […];
território nacional. g) […];
Artigo 2.º h) […];
i) […];
Alteração ao Decreto Regulamentar j) […];
n.º 84/2007, de 5 de novembro
l) […];
Os artigos 5.º, 12.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º, 20.º, 23.º, 32.º, m) Registar o pedido no sistema nacional de vistos,
35.º, 38.º, 39.º, 41.º, 44.º, 45.º, 49.º, 50.º, 51.º, 53.º, 54.º, previsto no artigo 39.º.
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cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade ser considerados contratos de trabalho compatíveis com
da situação em causa, designadamente: uma atividade altamente qualificada.
3 - Os centros de investigação, os estabelecimentos
a) [Anterior alínea a) do n.º 3];
de ensino superior ou outras entidades públicas ou pri-
b) [Anterior alínea b) do n.º 3].
vadas, nomeadamente empresas, que acolham atividade
altamente qualificada, independente ou subordinada,
5 - O pedido de concessão de autorização de resi- podem remeter os documentos referidos no número
dência para trabalho subordinado formulado por titular anterior e na alínea b) do n.º 1 do artigo 90.º da Lei
de autorização de residência para exercício de ativi- n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
dade profissional independente nos termos do n.º 3 do n.º 29/2012, de 9 de agosto, aos membros do Governo
artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada responsáveis pelas áreas da economia, do emprego, da
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece ciência, da tecnologia e do ensino superior, consoante os
ao disposto no n.º 1 do presente artigo, só ocorrendo casos, que os envia, ou a correspondente informação, de
substituição do título de residência a requerimento ex- preferência, por via eletrónica, ao SEF, tendo em vista
presso do interessado. a celeridade e facilitação na tramitação dos pedidos.
6 - [Anterior n.º 5]. 4 - O pedido de concessão do cartão azul UE pode
ser apresentado pelo empregador, o que não dispensa
Artigo 55.º a presença do requerente nos termos do disposto no
artigo 51.º
[…]
Artigo 58.º
1 - […].
2 - O procedimento oficioso de concessão excecional […]
de autorização de residência desencadeado ao abrigo do 1 - […]:
n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, a) Contrato de trabalho ou promessa de contrato de
rege-se pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do trabalho celebrados nos termos da lei;
Código do Procedimento Administrativo. b) […].
3 - Sem prejuízo do número anterior, pode ser apre-
2 - […].
sentada manifestação de interesse, por via eletrónica ou
3 - […].
presencial, que é objeto de análise pelo SEF para averi-
4 - […].
guar da suscetibilidade ou não de proposta de abertura
do procedimento oficioso, manifestação que deve ser Artigo 60.º
acompanhada dos documentos referidos no n.º 1 e ainda Pedido de concessão de autorização de residência ou de cartão
de documento que comprove a entrada e permanência azul UE por titulares de estatuto de residente de longa duração
legais em território nacional. ou de cartão azul UE concedidos por um Estado membro da
4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber- União Europeia.
tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final 1 - […].
é adotada na sequência de entrevista presencial com o 2 - O pedido de concessão de cartão azul UE apre-
cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade sentado por titular de cartão azul UE concedido por um
da situação em causa, designadamente: Estado membro da União Europeia é acompanhado dos
a) [Anterior alínea a) do n.º 2]; seguintes documentos:
b) [Anterior alínea b) do n.º 2]. a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
b) Cartão azul UE ou cópia autenticada do mesmo;
5 - O pedido de concessão de autorização de residên- c) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
cia para trabalho independente formulado por titular de d) Contrato de trabalho e inscrição na segurança social;
autorização de residência para exercício de atividade e) No caso de profissão regulamentada identificada
profissional subordinada nos termos do n.º 5 do ar- no contrato de trabalho ou na oferta de emprego vincu-
tigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada lativa, apresente comprovativo de certificação profis-
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece sional, quando aplicável, designadamente, declaração
ao disposto no presente artigo. emitida pela respetiva ordem profissional ou outra en-
tidade reguladora de profissão sobre a verificação dos
Artigo 56.º requisitos de inscrição;
f) No caso de profissão não regulamentada, apresente
[…]
comprovativo de qualificações profissionais elevadas na
1 - O pedido de concessão de autorização de residên- atividade ou setor especificado no contrato de trabalho,
cia temporária ou de cartão azul UE previstos, respeti- ou na oferta de emprego vinculativa, podendo ser ado-
vamente, nos artigos 90.º e 121.º-B da Lei n.º 23/2007, tado o critério de qualificação profissional dos grandes
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, grupos 1 e 2 da Classificação Internacional Tipo (CITP);
de 9 de agosto, são acompanhados dos documentos que g) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado
atestem o cumprimento dos requisitos previstos nos membro que concedeu o título referido na alínea b) e
n.ºs 1 daqueles artigos. requerimento para consulta do registo criminal portu-
2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 90.º da guês pelo SEF;
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo h) Seguro de saúde ou comprovativo de que se en-
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem, igualmente, contra abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde.
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que o cidadão estrangeiro se encontra nas condições de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
previstas no n.º 2 do artigo 18.º da Convenção de Apli- 9 de agosto;
cação do Acordo de Schengen. c) Contrato de trabalho ou declaração da enti-
19 - O pedido de autorização de residência nos termos dade empregadora confirmando a manutenção de
da alínea q) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei 23/2007, de 4 relação laboral ou de outra entidade legalmente au-
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de torizada;
agosto, é acompanhado dos documentos definidos no des- d) Requerimento para a consulta do registo criminal
pacho a que se refere o n.º 3 do artigo 90.º-A da mesma lei. português pelo SEF.
20 - O pedido de autorização de residência nos termos
do n.º 4 do artigo 122.º da Lei 23/2007, de 4 de julho, 3 - Os pedidos de renovação referidos nos números
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, anteriores são ainda instruídos com informação neces-
pode ser feito em simultâneo com o previsto no n.º 3 sária para a verificação do cumprimento das obrigações
do presente artigo e ser acompanhado dos seguintes fiscais e perante a segurança social, obtidas nos termos
documentos:
do n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
a) Certidão de nascimento do menor, salvo se constar julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
do respetivo processo; de agosto.
b) Prova de que o ascendente do menor exerce efetiva- 4 - Caso se verifique insuficiência de informação no
mente o poder paternal, nomeadamente, através de decla- sistema da segurança social por causa não imputável ao
ração do progenitor não requerente confirmando o facto. trabalhador e este faça prova de apresentação de queixa
junto das autoridades competentes, poderão, se neces-
21 - O pedido de autorização de residência apresen- sário, ser realizadas diligências adicionais, e renovada
tado por cidadão estrangeiro cujo estatuto de residente a autorização de residência.
de longa duração ou o cartão azul UE foi cancelado, 5 - [Anterior n.º 3].
sem decisão de afastamento de território nacional, é 6 - O pedido de renovação de autorização de residên-
acompanhado dos documentos referidos no n.º 1. cia emitida para exercício de atividade de investigação
22 - [Anterior n.º 20]. científica ou altamente qualificada independente é ainda
23 - O pedido de concessão de autorização de residên- acompanhado dos seguintes documentos:
cia com dispensa de visto ao abrigo do artigo 122.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à a) Contrato de trabalho ou declaração do beneficiário
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, não obriga à prorrogação da prestação do serviço confirmando a manutenção do
de permanência em território nacional nos termos dos vínculo contratual; ou
artigos 71.º e seguintes da mesma lei. b) Contrato de prestação de serviços ou declaração
24 - Para efeitos da alínea d) do n.º 1, só é concedida do beneficiário da prestação do serviço confirmando a
autorização de residência com dispensa de visto aos ci- manutenção do vínculo contratual; ou
dadãos estrangeiros que não tenham sido condenados c) Comprovativo da posse de bolsa de investigação
em pena ou penas que, isolada ou cumulativamente, ul- científica.
trapassem um ano de prisão, ainda que, no caso de con-
denação por crime doloso previsto no presente diploma 7 - O pedido de renovação de autorização de residên-
ou com este conexo, ou por crime de terrorismo, por cri- cia emitida para efeitos de estudos é ainda acompanhada
minalidade violenta ou por criminalidade especialmente dos seguintes documentos:
violenta ou altamente organizada, a respetiva execução
tenha sido suspensa. a) Documento de matrícula em estabelecimento de
ensino e comprovativo da atividade escolar;
Artigo 62.º b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas
pelo estabelecimento, quando aplicável;
[…]
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encon-
1 - [Anterior corpo do artigo]. tra abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde;
2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 123.º d) Quando autorizado a trabalhar, os documentos
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo mencionados na alínea a) do n.º 5;
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF pode solicitar, e) Quando aplicável, documento comprovativo da
quando se justifique, a demonstração de um período frequência de estágio profissional, ainda que de natureza
superior a um ano de inserção no mercado laboral. extracurricular, que seja conexo com o plano de estudos
de ensino superior prosseguido em território nacional.
Artigo 63.º
Pedido de renovação de autorização de residência 8 - [Anterior n.º 6].
temporária ou de cartão azul UE 9 - [Anterior n.º 7].
10 - [Anterior n.º 8].
1 - […]. 11 - [Anterior n.º 9].
2 - O pedido de renovação de cartão azul UE deve 12 - [Anterior n.º 10].
ser acompanhado dos seguintes documentos: 13 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 78.º ou
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; 121.º-E da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
b) Comprovativo da posse de meios de subsistência, em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o direito de
nos termos definidos por portaria a que se refere a alí- residência não caduca antes de decorridos seis meses
nea d) do n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de 4 sobre o termo da validade do título a renovar.
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2 - O disposto no número anterior aplica-se ao can- republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
celamento do estatuto de residente de longa duração bem como a comunicação da instauração do processo
de ex-titulares de cartão azul UE, com as adaptações de afastamento e da intenção de o concretizar para o
constantes da parte final do n.º 5 do artigo 121.º-I da território daquele Estado membro.
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à 2 - Proferida a decisão de afastamento para o terri-
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. tório do Estado membro que lhe concedeu o estatuto
de residente de longa duração ou o cartão azul UE, o
Artigo 78.º SEF assegura a notificação da mesma às autoridades
daquele Estado membro, bem como a comunicação
[…]
das medidas adotadas relativamente à sua imple-
A concessão do estatuto de residente de longa dura- mentação.
ção a cidadão titular de autorização de residência ou de 3 - A recolha de informação e as comunicações pre-
cartão azul UE emitidos, respetivamente, ao abrigo dos vistas nos números anteriores são efetuadas, preferen-
artigos 116.º e 118.º ou 121.º-I da Lei n.º 23/2007, de 4 cialmente por via eletrónica, junto das autoridades do
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 Estado membro da União Europeia que concedeu o
de agosto, é comunicada pelo SEF, preferencialmente estatuto de residente de longa duração ou o cartão azul
por via eletrónica, às autoridades do Estado membro da UE, através de ponto de contacto designado pelo diretor
União Europeia que concedeu o estatuto de residente nacional do SEF.
de longa duração ou o cartão azul UE.
Artigo 82.º
Artigo 79.º […]
[…] 1 - Notificada a decisão de afastamento e após o
1 - Quando procedam à identificação de cidadão decurso do prazo referido no n.º 1 do artigo 160.º da
estrangeiro nos termos do artigo 250.º do Código do Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
Processo Penal, as autoridades policiais referidas no à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF procede à sua
n.º 7 do artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, execução, conduzindo o cidadão à fronteira.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, 2 - Nas circunstâncias referidas no n.º 2 do
têm de consultar o SEF a fim de: artigo 160.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, repu-
blicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
a) […]; o SEF procede à execução da decisão de afastamento
b) Apresentar o cidadão estrangeiro ao SEF para no mais curto espaço de tempo possível, conduzindo
efeitos de aplicação do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, o cidadão à fronteira.
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, 3 - […].
de 9 de agosto. 4 - […].
c) [Revogada]. 5 - […].
2 - São competentes para a notificação referida no Artigo 83.º
n.º 1 do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
[…]
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
e para solicitar a realização da mesma às autoridades 1 - […].
referidas no número anterior, os agentes de autoridade 2 - Verificadas as circunstâncias referidas no número
do SEF. anterior relativamente ao cidadão nacional de Estado
3 - Quando procedam à identificação do cidadão terceiro detido e presente ao juiz competente, nos ter-
estrangeiro nos termos dos n.ºs 1 e 7 do artigo 146.º da mos do artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
Lei nº 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, ou sempre que o o diretor nacional do SEF profere decisão de reconhe-
cidadão estrangeiro seja detido para identificação, cimento da decisão de expulsão, ficando o cidadão sob
nos termos do n.º 1 do artigo 146.º da mesma lei, custódia do SEF para condução à fronteira, nos termos
tal facto é sempre comunicado ao SEF para efeitos do artigo 171.º da mesma lei.
de observância da alínea b) do n.º 1 e do n.º 2 do 3 - Nos restantes casos, recolhidos os elementos
presente artigo. referidos no n.º 1, o diretor nacional do SEF deter-
mina o envio do processo ao tribunal competente
Artigo 81.º a fim de ser proferida decisão de reconhecimento
por entidade judicial, de acordo com o disposto nos
Decisão de afastamento de residente de longa
duração ou de titular de cartão azul UE
artigos 152.º a 158.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
num Estado membro da União Europeia julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
9 de agosto.»
1 - Antes de ser proferida decisão de afastamento
coercivo de residente de longa duração ou de titular de Artigo 3.º
cartão azul UE concedidos por um Estado membro da
União Europeia, a entidade competente para determinar Alteração da epígrafe do capítulo IV do Decreto
Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de novembro
o afastamento assegura, junto da autoridade competente
do respetivo Estado membro, a recolha da informação A epígrafe do capítulo IV do Decreto Regulamentar
pertinente para análise do caso, nos termos dos n.ºs 1 n.º 84/2007, de 5 de novembro, passa a ter a seguinte re-
e 2 do artigo 136.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, dação: Autorização de residência e cartão azul UE.
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tos a controlo fronteiriço e que devem ser portadores de d) Os três últimos recibos de quitação dos valores au-
documento de viagem. feridos pela prestação de atividade subordinada ou inde-
pendente.
Artigo 2.º
Desembaraço de saída de navios e embarcações
4 - O termo de responsabilidade a apresentar pelos agen-
tes de navegação, nos termos do n.º 6 do artigo 8.º da Lei
1 - Após o controlo de saída de navio ou embarcação n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
e concluindo-se que não existe qualquer impedimento n.º 29/2012, de 9 de agosto, está sujeito às condições pre-
resultante da aplicação do regime legal de estrangeiros, o vistas nos n.ºs 2 a 4 do artigo 12.º do mesmo diploma legal.
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) emite o respe- 5 - [Revogado].
tivo desembaraço de saída que envia à autoridade marítima, 6 - [Revogado].
nos termos e para os efeitos previstos no regulamento geral
das capitanias. Artigo 6.º
2 - Estão isentas de desembaraço do SEF as embarcações
Verificação da autenticidade dos documentos
de tráfego local, de pesca local e costeira e os rebocadores
e embarcações auxiliares locais ou costeiras. As autoridades competentes para a emissão de docu-
mentos devem disponibilizar ao SEF, por via adequada,
Artigo 3.º incluindo a electrónica, o acesso aos pedidos respeitantes
Autorização de acesso à zona internacional dos portos à sua concessão ou emissão, facultando a consulta do res-
petivo processo e duplicados sempre que tal seja requerido
1 - A autorização de acesso à zona internacional dos ou se justifique.
portos é válida pelo tempo estritamente necessário à con-
cretização da finalidade que motivou a sua concessão. Artigo 7.º
2 - Sempre que a finalidade e a frequência do acesso o
justifiquem, pode ser concedida autorização com validade Responsabilidade dos transportadores
mais alargada, não superior a um ano. 1 - Compete ao transportador, logo que notificado nos
3 - Às pessoas autorizadas pelo SEF a aceder à zona termos do n.º 3 do artigo 38.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
internacional é emitida autorização de acesso cujas con- julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
dições de emissão e modelo são aprovados por despacho agosto, suportar todos os encargos inerentes à permanência
do membro do Governo responsável pela área de admi- do cidadão estrangeiro na respetiva zona internacional ou
nistração interna. em unidade habitacional situada no interior de território
nacional até ao momento do seu reembarque.
Artigo 4.º 2 - As despesas mencionadas no n.º 4 do artigo 41.º
Validade dos documentos de viagem da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, incluem, além da taxa
Para efeitos de entrada e saída do território português, prevista, as correspondentes ajudas de custo, seguro pes-
a validade do documento de viagem apresentado deve ser soal adequado, transporte, alojamento, bem como outras
superior em, pelo menos, três meses à duração da estada diretamente decorrentes da execução da escolta.
prevista, salvo quando se trate da reentrada de um estran- 3 - O regime mencionado no número anterior aplica-se
geiro residente no País ou nos casos excecionais previstos às situações relativamente às quais o transportador solicite
no n.º 4 do artigo 13.º escolta, desde que o SEF conclua pela sua necessidade.
4 - No caso de transporte por via marítima, respondem
Artigo 5.º solidariamente pelos encargos os armadores e os agentes
Termo de responsabilidade de navegação que os representam.
1 - O termo de responsabilidade que garanta a ali- Artigo 8.º
mentação e alojamento a nacional de Estado terceiro
que pretenda entrar no País, bem como a reposição de Entrada e saída de menores
custos de afastamento, em caso de permanência ilegal, 1 - A entrada no País de menores estrangeiros desacom-
deve ser subscrito por cidadão português ou cidadão panhados de quem exerce o poder paternal apenas deve
estrangeiro habilitado a permanecer regularmente em ser autorizada quando exista cidadão português ou cidadão
território nacional. estrangeiro que permaneça regularmente em Portugal que
2 - O termo de responsabilidade constitui prova da se responsabilize pela sua estada, após confirmação de
posse de meios de subsistência suficientes, sem prejuízo existência de autorização válida adequada emitida pelo
da possibilidade de apresentação de outros meios válidos respetivo representante legal e avaliação de todos os demais
de prova. elementos pertinentes.
3 - O SEF pode fazer depender a aceitação dos termos 2 - No caso de recusa de entrada e de regresso do me-
de responsabilidade de prova da capacidade financeira do nor desacompanhado, a companhia transportadora deve
seu subscritor, atestada, designadamente, através de um assegurar que o menor é entregue no país de origem ou
dos seguintes documentos: ponto onde iniciou a sua viagem a quem exerce o poder
a) Declaração de liquidação do Imposto sobre o Rendi- paternal ou a pessoa ou organização a quem o mesmo
mento das Pessoas Singulares (IRS) do ano anterior; possa ser confiado.
b) Extrato de remunerações emitido pelos serviços da 3 - Os menores estrangeiros residentes no País que
segurança social; desejem sair por uma fronteira externa desacompanhados
c) Declaração com o saldo médio bancário; de quem exerce o poder paternal devem apresentar auto-
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1669
rização subscrita por um dos progenitores ou por quem, cônjuge, dos dependentes ou dos elementos do grupo que
no caso, seja responsável pelo mesmo, certificada por neles se encontram mencionados que pretendam beneficiar
qualquer das formas legalmente previstas. do visto, quando aplicável;
4 - Sempre que existam dúvidas relativamente à situação b) O tipo, número, data e local de emissão e validade
do menor, o SEF realiza todas as diligências necessárias do documento de viagem e a identificação da autoridade
à sua identificação, com vista a garantir a sua proteção e que o emitiu;
adequado encaminhamento. c) O objetivo da estada;
d) O período de permanência;
Artigo 9.º e) Nome da pessoa ou da empresa de acolhimento e
nome da pessoa a contactar na empresa de acolhimento,
Transmissão de dados
quando aplicável;
O SEF estabelece os procedimentos e as soluções tecno- f) Local previsto de alojamento, quando aplicável.
lógicas adequadas para a transmissão pelas transportadoras
aéreas, armadores ou agentes de navegação, dos dados
previstos no artigo 42.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, Artigo 12.º
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, Documentos a apresentar
nos termos a definir por portaria do membro do Governo
responsável pela área da administração interna. 1 - Sem prejuízo dos documentos específicos exigíveis
para cada tipo de visto, os pedidos são instruídos com os
seguintes documentos:
CAPÍTULO II
a) Duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo
Vistos liso, atualizadas e com boas condições de identificação
do requerente;
SECÇÃO I b) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
c) Certificado do registo criminal emitido pela autori-
Vistos concedidos no estrangeiro dade competente do país de nacionalidade do requerente
ou do país em que este resida há mais de um ano, quando
Artigo 10.º sejam requeridos vistos de estada temporária e de resi-
Pedido de visto dência;
d) Requerimento para consulta do registo criminal por-
1 - O pedido de visto que, por força da legislação aplicá- tuguês pelo SEF, quando sejam requeridos vistos de estada
vel, deva ser apresentado numa embaixada, posto consular temporária e de residência;
de carreira ou secção consular é formulado em impresso e) Seguro de viagem válido, que permita cobrir as des-
próprio, assinado pelo requerente e instruído com toda a pesas necessárias por razões médicas, incluindo assistência
documentação necessária. médica urgente e eventual repatriamento;
2 - Salvo razões atendíveis, o pedido deve ser apresen- f) Comprovativo da existência de meios de subsistência,
tado pelo requerente no país da sua residência habitual ou tal como definidos por portaria dos membros do Governo
no país da área da jurisdição consular do Estado da sua responsáveis pelas áreas da administração interna e do
residência. trabalho e da solidariedade social, atenta a natureza do
3 - Quando o requerente for menor ou incapaz, o pedido tipo de visto solicitado;
de visto deve ser assinado pelo respetivo representante g) Cópia do título de transporte de regresso, salvo
legal. quando seja solicitado visto de residência.
4 - Em casos excecionais, devidamente justificados,
ou quando a legislação expressamente o permita, o res-
ponsável pela embaixada, posto consular de carreira ou 2 - O documento previsto na alínea f) do número anterior
secção consular pode dispensar a presença do requerente, pode ser dispensado aos titulares de passaporte diplomático
devendo os motivos da dispensa constar no formulário e de serviço especial ou oficial.
do pedido. 3 - As missões diplomáticas ou os postos consulares
5 - A apresentação do pedido de visto pode dar lugar à podem decidir, caso a caso, abrir uma exceção à exi-
aposição, no passaporte do requerente, desde que solici- gência de seguro médico de viagem para os titulares de
tada pelo próprio, de um carimbo contendo os elementos passaportes diplomáticos, de serviço e outros passapor-
respeitantes à data, embaixada, posto consular de carreira tes oficiais, ou quando tal possa proteger os interesses
ou secção consular onde foi solicitado, salvo nos casos de nacionais em matéria de política externa, de política de
passaportes diplomáticos ou de serviço. desenvolvimento ou outras áreas de relevante interesse
6 - O modelo de impresso previsto no n.º 1 está também público, devendo ser assegurada, no prazo de 90 dias
disponível em suporte eletrónico no sítio na Internet dispo- após a entrada em território nacional, a subscrição de
nibilizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. adequado seguro de saúde.
4 - Tratando-se de pedido de visto respeitante a me-
nor sujeito ao exercício do poder paternal ou incapaz
Artigo 11.º
sujeito a tutela, deve ser apresentada a respetiva au-
Elementos do pedido torização.
Do pedido de visto, apresentado em formulário próprio, 5 - Podem ser isentos de apresentação de seguro de
viagem os requerentes que comprovem a impossibilidade
devem constar os seguintes elementos:
da sua obtenção.
a) A identificação completa do requerente e, caso seja 6 - Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos de
titular de passaporte familiar ou de passaporte coletivo, do junção ao processo de informação sobre registo criminal.
1670 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013
4 - Para efeitos de concessão de visto para acompanha- 6 - As entidades empregadoras procedem à seleção e
mento familiar são considerados o cônjuge, a pessoa com informam diretamente o candidato que vai preencher o
quem viva em união de facto, os ascendentes, os filhos posto de trabalho e enviam os documentos referidos nas
ou pessoa com outro vínculo de parentesco e, no caso de alíneas a) ou b) e d) do n.º 1 para que o trabalhador possa
menores ou incapazes, na falta de familiar, a pessoa a cargo solicitar o visto junto do posto consular.
de quem estejam ou familiares desta. 7 - Todos os procedimentos referidos nos números ante-
riores podem ser efetuados por comunicação eletrónica, de-
Artigo 19.º signadamente através de sítio próprio do IEFP, I.P., na Inter-
net, sem prejuízo de recurso a outros meios de comunicação.
Visto de estada temporária no âmbito
da transferência de trabalhadores 8 - Com vista a monitorizar as promessas de contrato
de trabalho emitidas por entidade patronal, o sistema de
1 - O pedido de visto de estada temporária previsto no informação que gere as comunicações e procedimentos
artigo 55.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada regista o histórico disponível.
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado 9 - A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Co-
dos documentos que atestem o cumprimento dos requisitos munidades Portuguesas regista o visto no sistema nacional
previstos nas alíneas a) e b) do mesmo artigo. de vistos, previsto no artigo 39.º, e informa o IEFP, I.P.,
2 - Quando o estabelecimento de onde é transferido o sobre a sua concessão no prazo máximo de cinco dias.
requerente se situe no país em que apresente o pedido,
os comprovativos podem ser emitidos por esse mesmo Artigo 21.º
estabelecimento.
Visto de estada temporária para atividade de investigação,
atividade docente em estabelecimento
Artigo 20.º de ensino superior ou altamente qualificada
Visto de estada temporária para exercício de uma atividade 1 - O pedido de visto de estada temporária previsto no
profissional subordinada artigo 57.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
ou independente de carácter temporário
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado
1 - O pedido de visto de estada temporária previsto na dos documentos que atestem o cumprimento dos requisitos
alínea c) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4 previstos nas alíneas a) e b) do mesmo artigo.
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 2 - Os centros de investigação, os estabelecimentos de
agosto, é acompanhado dos seguintes documentos: ensino superior ou outras entidades, públicas ou privadas,
nomeadamente empresas, que acolham atividade altamente
a) Promessa ou contrato de trabalho no âmbito de uma ati- qualificada, podem remeter os documentos referidos no
vidade profissional subordinada de carácter temporário; ou número anterior ao Ministério da Educação e Ciência que
b) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços os envia, ou a correspondente informação, de preferência
no âmbito de uma atividade profissional independente de por via eletrónica, ao Ministério dos Negócios Estrangei-
carácter temporário; ros, tendo em vista a celeridade e facilitação na tramitação
c) Quando aplicável, declaração emitida pela entidade do pedido de visto.
competente para a verificação dos requisitos do exercício 3 - Carece de parecer prévio obrigatório do Ministério da
de profissão que, em Portugal, se encontre sujeita a qua- Educação e Ciência a concessão de vistos para o exercício
lificações especiais; de atividade altamente qualificada quando exista dúvida
d) Declaração, a emitir pelo Instituto do Emprego e da quanto ao enquadramento dessa atividade nos termos da
Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.), de que a promessa alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
ou contrato de trabalho se refere a oferta disponível para republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
cidadãos nacionais de países terceiros. 4 - O parecer referido no número anterior é emitido
no prazo de 20 dias, findo o qual a ausência de emissão
2 - O IEFP, I.P., aprecia as ofertas de emprego para corresponde a parecer favorável.
atividade de carácter temporário apresentadas pelas en-
tidades empregadoras ao abrigo do artigo 56.º da Lei Artigo 22.º
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, e publicita-as, depois de Visto de estada temporária para o exercício
de atividade desportiva amadora
devidamente identificadas e numeradas, em local próprio
do seu sítio na Internet, 30 dias após a apresentação da O pedido de visto de estada temporária previsto na
oferta de emprego. alínea e) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4
3 - As embaixadas e postos consulares acedem à in- de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
formação disponível no sítio de Internet do IEFP, I.P., agosto, é acompanhado de documento emitido pela respe-
e publicitam as ofertas de emprego em local próprio e tiva federação, confirmando o exercício da atividade des-
divulgam-nas, por via diplomática, junto dos serviços portiva, bem como de termo de responsabilidade subscrito
competentes do país terceiro. pela associação ou clube desportivo, assumindo a respon-
4 - Os cidadãos nacionais de países terceiros que pre- sabilidade pelo alojamento e pelo pagamento de eventuais
tendam ocupar uma oferta de emprego para atividade de cuidados de saúde e despesas de repatriamento.
carácter temporário apresentam a sua candidatura, prefe-
rencialmente por via eletrónica, para endereço próprio da Artigo 23.º
entidade empregadora.
Visto de estada temporária em casos excecionais
5 - A divulgação das ofertas de emprego pode ser sus-
pensa a pedido da entidade empregadora e sê-lo-á sempre 1 - O pedido de visto de estada temporária previsto
uma vez ocorrido o seu preenchimento. na alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007,
1672 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, c) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estrangei-
de 9 de agosto, é acompanhado do comprovativo da ros que vivam de rendimentos de bens móveis ou imóveis
situação de excecionalidade, relevando, para o efeito, ou da propriedade intelectual;
a estada temporária de cidadãos nacionais de países d) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estrangei-
terceiros que se encontrem abrangidos pelos acordos, ros que vivam de rendimentos de aplicações financeiras;
protocolos ou instrumentos similares bilaterais, nome- e) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estran-
adamente sobre trabalhos em férias, nas condições e geiros com a qualidade de ministros do culto, membros
termos aí previstos. de instituto de vida consagrada ou que exerçam profissio-
2 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da nalmente atividade religiosa e que, como tal, seja certifi-
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei cada pela igreja ou comunidade religiosa a que pertençam,
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada temporária devidamente reconhecidas nos termos da ordem jurídica
para frequência de um programa de estudo de duração portuguesa.
igual ou inferior a um ano em estabelecimento de ensino,
ou no âmbito de intercâmbio de estudantes com a mesma Artigo 25.º
duração, é acompanhado de: Instrumentos bilaterais de simplificação
a) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino, A seleção e recrutamento de trabalhadores nacionais de
comprovativo da aceitação da matrícula; países terceiros, para preenchimento de ofertas de emprego
b) Declaração comprovativa de acolhimento por família, que se enquadrem no contingente mencionado no n.º 2 do
nas condições previstas na alínea c) do n.º 5 do artigo 62.º artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e das ofertas
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou, de emprego para trabalho temporário, pode ser objeto de
c) Comprovativo de alojamento. protocolo a celebrar entre o IEFP, I.P., e os serviços públi-
cos de emprego congéneres de países terceiros, a publicitar
3 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da no sítio do IEFP, I.P., na Internet.
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada Artigo 26.º
temporária para estágio profissional é acompanhado
de documento emitido por empresa ou organismo de Contingente global indicativo de oportunidades de emprego
formação profissional oficialmente reconhecido ates- Os procedimentos e elementos necessários para defi-
tando a admissão no estágio, o respetivo programa e, se nição do contingente global indicativo de oportunidades
necessário, o contrato de formação e a calendarização de emprego a aprovar por resolução do Conselho de Mi-
do programa. nistros, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 59.º da Lei
4 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, são da responsabilidade do
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada temporária Ministério da Economia e do Emprego.
para voluntariado obedece à comprovação da idade mínima
fixada em portaria do membro do Governo responsável Artigo 27.º
pela área da administração interna, sendo acompanhado
Publicitação de ofertas de emprego
de documento emitido pela organização responsável em
Portugal pelo programa de voluntariado, oficialmente re- 1 - Cada oferta de emprego que se enquadre no contin-
conhecida, que ateste a admissão. gente mencionado no n.º 2 do artigo 59.º da Lei n.º 23/2007,
5 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei de 9 de agosto, apresentada por entidade empregadora
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada temporária junto do IEFP, I.P., é publicitada em local próprio no sítio
no âmbito dos compromissos internacionais ao nível da do IEFP, I.P., na Internet, 30 dias após o momento da
liberdade de prestação de serviços é emitido mediante a sua apresentação, devidamente identificada e numerada,
apresentação dos seguintes documentos: ficando também disponível para cidadãos nacionais de
a) Contrato de prestação de serviços celebrado entre o países terceiros.
cidadão estrangeiro e o consumidor final; 2 - Quando a entidade empregadora não autorize a pu-
b) Certificado de posse das habilitações técnicas reque- blicitação da oferta segue-se o procedimento previsto no
ridas para a prestação do serviço em causa. artigo 29.º
3 - As embaixadas e postos consulares acedem à infor-
mação disponível no sítio do IEFP, I.P., na Internet, publi-
Artigo 24.º
citam as ofertas de emprego em local próprio e divulgam-
Visto de residência nas, por via diplomática, junto dos serviços competentes
São definidos por portaria dos membros do Governo do país terceiro.
responsáveis pelas áreas da administração interna, do em- 4 - A divulgação das ofertas de emprego pode ser sus-
prego e da solidariedade social os comprovativos de posse pensa a pedido da entidade empregadora e sê-lo-á sempre
de meios de subsistência necessários para: uma vez ocorrido o seu preenchimento.
candidatura, preferencialmente por via eletrónica, para 2 - Nas situações excecionais previstas no n.º 7 do
endereço próprio da entidade empregadora. artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
2 - As entidades empregadoras enviam ao cidadão es- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto, instru-
trangeiro selecionado contrato de trabalho ou promessa de ído com os elementos previstos no mesmo preceito legal,
contrato de trabalho junto com a declaração emitida pelo só pode ser concedido mediante autorização expressa do
IEFP, I.P., para que aquele possa solicitar o visto junto do diretor-geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades
consulado. Portuguesas e após o parecer do SEF previsto no n.º 1 do
3 - Todos os procedimentos referidos nos números ante- artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
riores são efetuados por comunicação eletrónica, designa- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devendo ser
damente através de sítio próprio do IEFP, I.P., na Internet, registado no sistema nacional de vistos.
sem prejuízo de recurso a outros meios de comunicação. 3 - A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das
Comunidades Portuguesas, no prazo máximo de cinco
Artigo 29.º dias, informa o IEFP, I.P., sobre a concessão do visto, que
retira a correspondente oferta do sistema de informação
Procedimento aplicável
previsto no artigo 27.º
1 - As entidades empregadoras que pretendam celebrar
contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho Artigo 31.º
com nacional de país terceiro que se encontre no seu país Visto de residência para o exercício de atividade profissional
de origem, nos termos da alínea a) do n.º 5 do artigo 59.º independente ou para imigrantes empreendedores
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e que se enquadre em 1 - O pedido de visto de residência para o exercício de
sector de atividade não excluído pelo contingente global atividade profissional independente, constante da lista de
indicativo de oportunidades de emprego mencionado no profissões em vigor para identificação de sujeitos passivos
n.º 2 do mesmo artigo, devem requerer junto do IEFP, de IRS, é acompanhado de:
I.P., declaração comprovativa de que a oferta de emprego a) Contrato de sociedade ou contrato ou proposta escrita
se encontra abrangida pelo contingente global em vigor de contrato de prestação de serviços;
e de que não foi preenchida por trabalhador que goze b) Quando aplicável, declaração emitida pela entidade
de preferência, a emitir 30 dias após a apresentação da competente para a verificação dos requisitos do exercício
mesma oferta. de profissão que, em Portugal, se encontre sujeita a qua-
2 - As entidades empregadoras que pretendam efetuar lificações especiais.
uma manifestação individualizada de interesse na con-
tratação de nacional de país terceiro que se encontre no 2 - O pedido de visto de residência para imigrantes
seu país de origem, nos termos da alínea b) do n.º 5 do empreendedores que pretendam investir em Portugal ou
artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada já o tenham feito é acompanhado de:
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem requerer
junto do IEFP, I.P., declaração comprovativa dos requisitos a) Declaração de que realizou ou pretende realizar uma
referidos no número anterior, emitida no mesmo prazo, operação de investimento em Portugal, com indicação da
sendo aplicáveis para obtenção de visto os procedimentos sua natureza, valor e duração; e
previstos no artigo 30.º b) Comprovativo de que efetuou operações de inves-
3 - Nas situações excecionais previstas no n.º 7 do ar- timento; ou
tigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada c) Comprovativos de que possui meios financeiros dis-
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, as entidades poníveis em Portugal, incluindo os obtidos junto de insti-
empregadoras devem requerer junto do IEFP, I.P., decla- tuição financeira em Portugal, e da intenção de proceder
ração comprovativa de que a oferta de emprego não foi a uma operação de investimento em território português,
preenchida por trabalhador que goze de preferência nos devidamente descrita e identificada.
termos do n.º 1 do mesmo artigo, a emitir 30 dias após a
apresentação da mesma oferta. 3 - O pedido de visto de residência previsto no número
4 - Todos os procedimentos referidos nos números an- anterior será apreciado tendo em conta, nomeadamente, a
teriores são efetuados por comunicação eletrónica, através relevância económica, social, científica, tecnológica, ou
de sítio próprio do IEFP, I.P., na Internet. cultural do investimento.
pelas áreas da economia, do emprego, da ciência, da tec- b) Declaração comprovativa do seu acolhimento por
nologia e do ensino superior, consoante os casos, que os família, nas condições previstas na alínea c) do n.º 5 do
enviam, de preferência por via eletrónica, ao membro do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros, em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou
tendo em vista a celeridade e facilitação na tramitação do c) Comprovativo de alojamento assegurado.
pedido de visto.
3 - Carece de parecer prévio obrigatório dos membros 2 - O pedido de visto de residência para frequência de
do Governo responsáveis pelas áreas da economia, do programa de estudo no ensino superior é acompanhado
emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino superior, de documento emitido pelo estabelecimento de ensino
consoante os casos, a concessão de vistos para o exercício confirmando que o requerente preenche as condições de
de atividade altamente qualificada quando exista dúvida admissão ou de que foi admitido.
sobre o enquadramento dessa atividade, nos termos da 3 - É dispensada a entrega dos documentos previstos
alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 nos casos em que os reque-
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. rentes sejam beneficiários de bolsas de estudo atribuídas
4 - O parecer referido no número anterior é emitido pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.,
no prazo de 20 dias, findo o qual a ausência de emissão entidade que informa as embaixadas, postos consulares de
corresponde a parecer favorável. carreira ou secções consulares portuguesas da sua condição
5 - O regime previsto nos números anteriores é aplicável, para efeitos de concessão de visto de residência.
quando tal se justifique, aos cidadãos estrangeiros objeto 4 - O pedido de visto de residência para frequência de
de destacamento para exercício de atividade altamente estágio profissional não remunerado é acompanhado de
qualificada, com duração previsível superior a um ano, documento emitido por empresa ou organismo de for-
comprovado mediante documento idóneo da empresa que mação profissional oficialmente reconhecido, atestando
o deslocou para território nacional. a sua admissão no estágio, o programa de estágio e, se
necessário, o contrato de formação, bem como a calenda-
Artigo 32.º-A rização do curso.
5 - O pedido de visto de residência para voluntariado é
Visto de residência para atividade altamente
qualificada subordinada acompanhado de documento que comprove que o reque-
rente tem a idade mínima fixada em portaria do membro do
1 - O pedido de visto de residência previsto no ar- Governo responsável pela área da administração interna e
tigo 61.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada de que foi admitido por uma organização responsável em
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado Portugal pelo programa de voluntariado em que participe,
dos documentos que atestem o cumprimento dos requisitos oficialmente reconhecida.
previstos no n.º 1 do mesmo artigo.
2 - Os centros de investigação, os estabelecimentos Artigo 34.º
de ensino superior ou outras entidades, públicas ou pri-
Visto de residência no âmbito da mobilidade
vadas, nomeadamente empresas, que acolham atividade de estudantes do ensino superior
altamente qualificada subordinada, podem remeter os
documentos referidos no número anterior ao membro do O pedido de visto de residência apresentado por na-
Governo responsável pela área da ciência, tecnologia e cional de Estado terceiro que resida como estudante do
ensino superior, que os envia, ou a correspondente infor- ensino superior num Estado membro da União Europeia
mação, de preferência por via eletrónica, ao membro do e que se candidate a frequentar em Portugal parte de um
Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros, programa de estudos já iniciado ou a completá-lo com um
tendo em vista a celeridade e facilitação na tramitação programa de estudos afins é acompanhado dos seguintes
do pedido de visto. documentos:
3 - Carece de parecer prévio obrigatório dos membros a) Comprovativos de que preenche as condições esta-
do Governo responsáveis pelas áreas da economia, do belecidas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007,
emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino superior, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
consoante os casos, a concessão de vistos para o exercício 9 de agosto;
de atividade altamente qualificada subordinada, quando b) Comprovativo de que participa num programa de
exista dúvida quanto ao enquadramento dessa atividade, intercâmbio comunitário ou bilateral ou de que foi admitido
nos termos da alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007, como estudante num Estado membro da União Europeia
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de durante um período não inferior a dois anos.
9 de agosto.
4 - O parecer referido no número anterior é emitido no
prazo de 20 dias, considerando-se favorável se não for SECÇÃO II
emitido naquele prazo Disposições complementares
Artigo 33.º Artigo 35.º
Visto de residência para estudo, intercâmbio de estudantes, Parecer prévio obrigatório
estágio profissional ou voluntariado
1 - O pedido de visto de residência para frequência de pro- 1 - Para efeitos de emissão do parecer obrigatório do
SEF previsto no n.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de
grama de estudo no ensino secundário é acompanhado de:
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
a) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino de agosto, o responsável pela embaixada, posto consular
confirmando que o mesmo foi aceite; de carreira ou secção consular remete o processo devida-
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1675
mente instruído, acompanhado do respetivo parecer sobre 4 - As vinhetas previamente inutilizadas devem acom-
a sua admissibilidade, através do Ministério dos Negócios panhar a relação a que se referem os n.ºs 1 e 2.
Estrangeiros, por via eletrónica. 5 - No momento da concessão, os postos consulares de
2 - Para cumprimento do disposto nos n.ºs 1, 2, 3 e 5 do carreira comunicam ao SEF, por via eletrónica, os vistos
artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada concedidos sem consulta prévia, nos termos do n.º 3 do
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é competente artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
o diretor nacional do SEF com possibilidade de delegação. em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
3 - Nas representações diplomáticas e consulares onde 6 - Os processos de vistos concedidos sem consulta
estejam colocados oficiais de ligação do SEF, o parecer prévia nos termos da mesma norma devem ser enviados
prévio previsto no n.º 1 pode ser processado pelos mesmos, ao SEF, por via eletrónica, mencionando expressamente
nos termos de despacho a proferir pelo diretor nacional o domicílio indicado em território nacional.
do SEF.
4 - A consulta prévia prevista no n.º 4 do artigo 53.º da Artigo 39.º
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, é efetuada pelo Ministério dos Sistema nacional de vistos
Negócios Estrangeiros, diretamente ao Serviço de Infor- Nos termos das disposições regulamentares da União
mações de Segurança, devendo este informar também o Europeia e da legislação interna, o SEF organiza o sistema
SEF, sempre que o parecer seja desfavorável à admissão nacional de vistos no quadro do sistema europeu de infor-
do cidadão estrangeiro no território nacional. mações de vistos.
5 - A aplicação do disposto no n.º 1 do artigo 53.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Artigo 40.º
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é assegurada através do
sistema nacional de vistos. Dispensa de visto de residência
1 - Não carecem do visto de residência ou de estada
Artigo 36.º temporária os cidadãos nacionais de países terceiros resi-
Concessão dos vistos dentes num Estado membro da União Europeia e regular-
mente empregados numa empresa estabelecida num Estado
1 - Os vistos devem ser apostos em documentos de membro da União Europeia que, mantendo o respetivo
viagem válidos e reconhecidos por Portugal. vínculo laboral, se desloquem a território português para
2 - O período de permanência autorizado pelo visto prestar serviços.
fica condicionado à observância do disposto na alínea c) 2 - Os cidadãos a que se refere o número anterior devem,
do n.º 1 do artigo 13.º, sem prejuízo do disposto no n.º 4 no prazo de três dias após a entrada em território nacional,
do mesmo artigo. efetuar junto do SEF a declaração de entrada, nos termos
3 - A validade do visto concedido a familiares acom- do artigo 14.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
panhantes de titulares de visto de estada temporária não em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
pode ultrapassar a validade do visto do familiar a acom- 3 - Mediante apresentação de comprovativos das cir-
panhar. cunstâncias mencionadas no n.º 1, o SEF prorroga a per-
4 - As embaixadas, secções consulares e postos con- manência nos termos do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007, de
sulares de carreira podem, a título excecional, autorizar a 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
aposição de visto, em folha autónoma, a qual deve sempre de agosto, pelo tempo de duração correspondente ao do
acompanhar o documento de viagem. destacamento.
5 - A concessão de vistos é da competência do responsá-
vel pela embaixada, secção consular ou posto consular de
carreira e, nas suas ausências e impedimentos, do respetivo SECÇÃO III
substituto legal. Vistos concedidos em postos de fronteira
n.º 29/2012, de 9 de agosto, é emitido em vinheta modelo 3 - Nos pedidos de prorrogação de permanência é dis-
tipo de visto, sendo esta aposta no respetivo documento pensada a entrega de documentos já integrados antes no
de viagem. fluxo de trabalho eletrónico do SEF e que se mantenham
2 - Caso o cidadão se apresente sem documento de válidos.
viagem válido, a vinheta referida no número anterior é 4 - Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos de
aposta em impresso próprio. junção ao processo de informação sobre registo criminal.
3 - O visto especial é válido para uma entrada em terri-
tório nacional, habilitando o seu titular a uma permanência Artigo 45.º
até 15 dias.
Prorrogação de permanência
do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi- 4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber-
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final
é adotada na sequência de entrevista presencial com o
4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber- cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade
tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final da situação em causa, designadamente:
é adotada na sequência de entrevista presencial com o a) Motivos de força maior;
cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade b) Razões pessoais ou profissionais atendíveis.
da situação em causa, designadamente:
a) Motivos de força maior; 5 - O pedido de concessão de autorização de residên-
b) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. cia para trabalho independente formulado por titular de
autorização de residência para exercício de atividade pro-
5 - O pedido de concessão de autorização de residência fissional subordinada nos termos do n.º 5 do artigo 88.º
para trabalho subordinado formulado por titular de autori- da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
zação de residência para exercício de atividade profissional à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece ao disposto no
independente nos termos do n.º 3 do artigo 89.º da Lei presente artigo.
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece ao disposto no n.º 1 Artigo 56.º
do presente artigo, só ocorrendo substituição do título de Pedido de concessão de autorização de residência para atividade
residência a requerimento expresso do interessado. de investigação ou altamente qualificada
6 - Os representantes no conselho consultivo para os
assuntos da imigração de cada uma das comunidades de 1 - O pedido de concessão de autorização de residência
imigrantes submetem à aprovação do conselho a lista temporária ou de cartão azul UE previstos, respetivamente,
nos artigos 90.º e 121.º-B da Lei n.º 23/2007, de 4 de
das associações que relevam para os efeitos previstos na
julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
alínea a) do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4
agosto, são acompanhados dos documentos que atestem o
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
cumprimento dos requisitos previstos nos n.ºs 1 daqueles
agosto, a qual vigora durante o período correspondente ao artigos.
do respetivo mandato. 2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 90.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
Artigo 55.º Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem, igualmente, ser
Pedido de concessão de autorização de residência para exercício considerados contratos de trabalho compatíveis com uma
de atividade profissional independente atividade altamente qualificada.
1 - O pedido de concessão de autorização de residência 3 - Os centros de investigação, os estabelecimentos de
para exercício de atividade profissional independente nos ensino superior ou outras entidades públicas ou privadas,
termos do n.º 1 do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de nomeadamente empresas, que acolham atividade altamente
julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de qualificada, independente ou subordinada, podem remeter
agosto, apresentado por titular de visto de residência para os documentos referidos no número anterior e na alínea b)
do n.º 1 do artigo 90.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
a mesma finalidade deve ser acompanhado dos seguintes
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
documentos:
aos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
a) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços economia, do emprego, da ciência, da tecnologia e do
para o exercício de profissão liberal; ou ensino superior, consoante os casos, que os envia, ou a
b) Comprovativo de declaração de início de atividade correspondente informação, de preferência, por via ele-
junto da administração fiscal e da segurança social como trónica, ao SEF, tendo em vista a celeridade e facilitação
pessoa singular; na tramitação dos pedidos.
c) Quando aplicável, declaração emitida pela respetiva 4 - O pedido de concessão do cartão azul UE pode ser
ordem profissional sobre a verificação dos requisitos de apresentado pelo empregador, o que não dispensa a pre-
inscrição ou documento comprovativo de que está habili- sença do requerente nos termos do disposto no artigo 51.º
tado ao exercício da profissão quando esta, em Portugal,
esteja sujeita a qualificações especiais. Artigo 57.º
Pedido de concessão de autorização de residência para estudo,
2 - O procedimento oficioso de concessão excecional de estágio profissional não remunerado ou voluntariado
autorização de residência desencadeado ao abrigo do n.º 2
do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi- 1 - O pedido de concessão de autorização de residência
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, rege-se para estudo em estabelecimento de ensino secundário ou
pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do Código do superior deve ser acompanhado dos seguintes documentos:
Procedimento Administrativo. a) Comprovativo de matrícula no estabelecimento de
3 - Sem prejuízo do número anterior, pode ser apre- ensino;
sentada manifestação de interesse, por via eletrónica ou b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas
presencial, que é objeto de análise pelo SEF para averiguar pelo estabelecimento, quando aplicável;
da suscetibilidade ou não de proposta de abertura do proce- c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
dimento oficioso, manifestação que deve ser acompanhada abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde.
dos documentos referidos no n.º 1 e ainda de documento
que comprove a entrada e permanência legais em território 2 - É dispensada a apresentação dos documentos previs-
nacional. tos no número anterior nos casos em que o requerente seja
1680 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013
beneficiário de bolsa de estudo atribuída pelo Camões - cação da inscrição na administração fiscal e na segurança
Instituto da Cooperação e da Língua, I. P., entidade que, social, quando exigida por lei, obtida nos termos do n.º 9 do
para efeitos de autorização de residência, informa o SEF. artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
3 - O pedido de concessão de autorização de residên- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
cia para estudo em ensino superior formulado ao abrigo 4 - No caso de deferimento dos pedidos é emitido título
do n.º 3 do artigo 91.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, de residência substitutivo, com a mesma natureza e vali-
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é dade que o inicial, no qual será feita menção de autorização
acompanhado pelos documentos mencionados no n.º 1 e de trabalho.
é apreciado tendo em conta a excecionalidade da situação
pessoal do requerente, designadamente: Artigo 59.º
a) Motivos de força maior; Concessão de autorização de residência a vítimas de tráfico de pessoas
b) Razões pessoais atendíveis. ou cidadãos objeto de ação de auxílio à imigração
ilegal que colaborem com as autoridades na investigação
4 - O pedido de concessão de autorização de residência 1 - As autoridades públicas, designadamente a autori-
para frequência de estágio profissional não remunerado dade judiciária, os órgãos de polícia criminal competentes
deve ser acompanhado dos seguintes documentos: para a investigação dos crimes de tráfico de pessoas ou de
ação de auxílio à imigração ilegal, autoridades policiais
a) Contrato de formação celebrado com empresa ou ou as associações que atuem no âmbito da proteção das
organismo de formação profissional oficialmente reco- vítimas devem informar, por escrito, o cidadão estrangeiro,
nhecido; com conhecimento ao SEF, da possibilidade de beneficiar
b) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra da concessão de autorização de residência nos termos da
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto.
5 - O pedido de concessão de autorização de residência 2 - A comunicação ao SEF, pelas autoridades respon-
para frequência de um programa de voluntariado deve ser sáveis pela investigação, da solicitação de colaboração ou
acompanhado dos seguintes documentos: da manifestação da vontade em colaborar com as mesmas
a) Cópia do contrato celebrado entre o requerente e a inicia o prazo de reflexão previsto no n.º 1 do artigo 111.º
organização responsável pelo programa de voluntariado, da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
com os elementos mencionados no n.º 2 do artigo 94.º da à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, desde que haja indícios
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei de que a pessoa em causa é vítima de tráfico de pessoas
n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou de ação de auxílio à imigração ilegal.
b) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra 3 - No decurso do prazo legal mínimo de reflexão, a
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. autoridade responsável pela investigação criminal emite
parecer sobre o preenchimento dos requisitos previstos nas
Artigo 58.º alíneas a) a c) do n.º 2 do artigo 109.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
Exercício de atividade profissional subordinada, de atividade de de agosto, para efeitos de início, pelo SEF, do processo de
investigação, atividade docente em estabelecimento de ensino
superior ou altamente qualificada por titular de autorização de concessão de autorização de residência ou para prorrogar o
residência para estudo. prazo de reflexão até ao limite máximo de 60 dias, quando
os mesmos ainda não se encontrem preenchidos.
1 - O titular de autorização de residência para estudo que 4 - Quando a autoridade responsável pela investigação
pretenda exercer uma atividade profissional subordinada considerar que o cidadão estrangeiro manifesta, de forma
deve apresentar ao SEF pedido de autorização para o efeito, inequívoca, uma vontade de colaboração na investigação e
acompanhado dos seguintes documentos: considere existirem fortes indícios de que essa cooperação
a) Contrato de trabalho ou promessa de contrato de não é fraudulenta, nem que a queixa da vítima é infundada
trabalho celebrados nos termos da lei; ou fraudulenta, fará constar tal facto na comunicação re-
b) Duas fotografias iguais tipo passe, a cores e fundo ferida no n.º 2 da presente disposição para efeitos de ime-
liso, atualizadas e com boas condições de identificação, diato início do processo de concessão da autorização de
se necessário. residência e aplicação das medidas previstas no artigo 112.º
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
2 - O titular de autorização de residência para estudo que Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
pretenda exercer uma atividade de investigação, atividade
docente em estabelecimento de ensino superior ou altamente Artigo 60.º
qualificada deve apresentar ao SEF pedido de autorização Pedido de concessão de autorização de residência ou de cartão azul
para o efeito, acompanhado dos seguintes documentos: UE por titulares de estatuto de residente de longa duração ou
de cartão azul UE concedidos por um Estado membro da União
a) Contrato de trabalho celebrado nos termos da lei, Europeia.
contrato de prestação de serviços ou bolsa de investigação
científica; 1 - O pedido de concessão de autorização de residência
b) Duas fotografias iguais tipo passe, a cores e fundo apresentado por titular do estatuto de residente de longa
liso, atualizadas e com boas condições de identificação, duração concedido por um Estado membro da União Eu-
se necessário. ropeia é acompanhado dos seguintes documentos:
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
3 - Os pedidos referidos nos números anteriores são, b) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
ainda, instruídos com informação necessária para verifi- c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1681
d) Contrato de trabalho, de sociedade ou de prestação c) Prova da residência no Estado membro que conce-
de serviços; ou deu o estatuto ou o cartão enquanto familiar ou parceiro
e) Comprovativo de declaração de início de atividade de facto de um titular do estatuto de residente de longa
junto da administração fiscal e da segurança social como duração ou do cartão azul UE;
pessoa singular; ou d) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
f) Documento comprovativo de matrícula num estabele- e) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
cimento de ensino superior, oficialmente reconhecido, ou abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde;
de admissão em estabelecimento ou empresa que ministre f) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado
formação profissional, oficialmente reconhecida; ou membro que concedeu o título referido na alínea b) e re-
g) Apresente motivo atendível, nos termos da alínea d) querimento para consulta do registo criminal português
do n.º 1 do artigo 116.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, pelo SEF.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto;
h) Quando aplicável, declaração emitida pela respe- 4 - O pedido de reagrupamento familiar formulado por
tiva ordem profissional ou outra entidade reguladora de titulares do estatuto de residente de longa duração ou de
profissão sobre a verificação dos requisitos de inscrição cartão azul UE concedidos por um Estado membro da
ou documento comprovativo de que está habilitado ao União Europeia, nos casos em que a família não estava
exercício da profissão quando esta, em Portugal, esteja constituída neste, obedece ao disposto nos artigos 98.º e
sujeita a qualificações especiais; seguintes da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
i) Título de residente de longa duração ou cópia auten- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
ticada do mesmo; 5 - A concessão de cartão azul UE ou de autorização
j) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado de residência no âmbito do reagrupamento familiar nos
membro que concedeu o estatuto de residente de longa termos dos números anteriores, bem como as decisões
duração; de renovação, indeferimento e cancelamento são comu-
l) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra nicadas pelo SEF, preferencialmente por via eletrónica,
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; às autoridades do Estado membro da União Europeia que
m) Requerimento para consulta do registo criminal por- concederam o estatuto de residente de longa duração ou
tuguês pelo SEF. o cartão azul UE.
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é ainda acompanhado de documento comprovativo
agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos: da presença em território nacional.
13 - O pedido de autorização de residência nos termos
a) Certidão de registo de nascimento do menor e de da alínea k) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
certificado de inscrição consular com fotografia; 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
b) Comprovativo da frequência de estabelecimento pré- agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos:
escolar, do ensino básico, secundário ou profissional.
a) Certidão de nascimento do menor, salvo quando já
5 - O pedido de autorização de residência nos termos conste do processo do mesmo;
da alínea c) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de b) Prova do exercício efetivo do poder paternal e da
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 contribuição para o sustento do menor, nomeadamente
de agosto, é ainda acompanhado de comprovativo da ati- através de declaração do progenitor não requerente, con-
vidade desenvolvida durante a permanência em território firmando o exercício do poder paternal pelo progenitor
nacional, designadamente do percurso escolar. requerente, podendo, em casos devidamente, fundamen-
6 - O pedido de autorização de residência nos termos da tados, ser dispensado.
alínea d) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 14 - O pedido de autorização de residência nos termos
agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos: da alínea l) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
a) Certidão de registo de nascimento; agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos:
b) Comprovativos da atividade desenvolvida durante
a permanência em território nacional, designadamente do a) Comprovativo da acreditação em Portugal durante
percurso escolar. um período não inferior a três anos;
b) Comprovativo do vínculo familiar quando se trate de
7 - O pedido de autorização de residência nos termos da cônjuge, ascendente ou descendente a cargo.
alínea e) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 15 - O pedido de autorização de residência nos termos
agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos: da alínea m) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
a) Certidão de decisão que atribui a tutela do menor; ou agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos:
b) Original ou cópia autenticada da decisão de promoção
e proteção do menor, proferida pela Comissão de Proteção a) Cópia do auto de denúncia;
de Crianças e Jovens. b) Declaração emitida pela Autoridade para as Condi-
ções de Trabalho ou autoridade judiciária, confirmando a
colaboração do requerente com a investigação e a existên-
8 - O pedido de autorização de residência apresentado
cia de prova indiciária das infrações;
por cidadão estrangeiro abrangido pela alínea f) do n.º 1 c) Declaração emitida pela Autoridade para as Condi-
artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada ções de Trabalho atestando a existência de uma situação de
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é apresentado desproteção social, exploração salarial e de horário.
com dispensa dos documentos previstos nas alíneas a) e
e) do n.º 1. 16 - O pedido de autorização de residência nos termos
9 - O pedido de autorização de residência nos termos da alínea n) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
da alínea g) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, 9 de agosto, é ainda acompanhado de declaração emitida
de 9 de agosto, é ainda acompanhado de atestado médico pela autoridade judicial de onde se conclua a cessação da
emitido em estabelecimento de saúde oficial ou oficial- necessidade de colaboração, ou pela certidão da sentença
mente reconhecido, comprovativo de doença prolongada judicial.
que obste ao retorno ao país, a fim de evitar risco para a 17 - O pedido de autorização de residência nos termos
saúde do requerente. da alínea o) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
10 - O pedido de autorização de residência nos termos de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
da alínea h) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de de 9 de agosto, é ainda acompanhado de comprovativo
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 da conclusão do plano de estudos ao nível secundário ou
de agosto, é ainda acompanhado de documento comprova- superior, e contrato de trabalho ou promessa de contrato de
tivo do cumprimento de serviço militar efetivo nas Forças trabalho, contrato de prestação de serviços ou declaração
Armadas Portuguesas. de início de atividade independente.
11 - O pedido de autorização de residência nos termos 18 - O pedido de autorização de residência nos termos
da alínea i) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de da alínea p) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
agosto, é ainda acompanhado de documento comprovativo de agosto, é ainda acompanhado de contrato de trabalho ou
da perda da nacionalidade portuguesa ou, na sua falta, de de prestação de serviços referente à atividade de investiga-
declaração sobre as circunstâncias que determinaram a sua ção, docência num estabelecimento de ensino superior ou
perda, bem como de documento comprovativo da presença altamente qualificada, ou de comprovativo que o cidadão
em território nacional, designadamente da atividade pro- estrangeiro se encontra nas condições previstas no n.º 2
fissional desenvolvida pelo requerente. do artigo 18.º da Convenção de Aplicação do Acordo de
12 - O pedido de autorização de residência nos termos Schengen.
da alínea j) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 19 - O pedido de autorização de residência nos termos
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de da alínea q) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei 23/2007, de
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1683
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de d) Comprovativo da situação de excecionalidade que
9 de agosto, é acompanhado dos documentos definidos ateste o carácter humanitário ou de interesse nacional do
no despacho a que se refere o n.º 3 do artigo 90.º-A da pedido; ou
mesma lei. e) Comprovativo do exercício da atividade relevante
20 - O pedido de autorização de residência nos termos no domínio científico, cultural, desportivo, económico
do n.º 4 do artigo 122.º da Lei n. 23/2007, de 4 de julho, ou social.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
pode ser feito em simultâneo com o previsto no n.º 3 do 2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 123.º da
presente artigo e ser acompanhado dos seguintes docu- Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
mentos: n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF pode solicitar, quando
a) Certidão de nascimento do menor, salvo se constar se justifique, a demonstração de um período superior a um
do respetivo processo; ano de inserção no mercado laboral.
b) Prova de que o ascendente do menor exerce efetiva-
mente o poder paternal, nomeadamente, através de decla- Artigo 63.º
ração do progenitor não requerente confirmando o facto.
Pedido de renovação de autorização de residência
temporária ou de cartão azul UE
21 - O pedido de autorização de residência apresentado
por cidadão estrangeiro cujo estatuto de residente de longa 1 - O pedido de renovação de autorização de residência
duração ou o cartão azul UE foi cancelado, sem decisão temporária deve ser acompanhado dos seguintes docu-
de afastamento de território nacional, é acompanhado dos mentos:
documentos referidos no n.º 1. a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
22 - Enquanto não for proferida decisão sobre o pedido b) Comprovativo da posse de meios de subsistência, nos
mencionado no número anterior e se o período autori- termos definidos por portaria a que se refere a alínea d)
zado de permanência do requerente em território nacio- do n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
nal tiver terminado, pode ser concedida prorrogação de republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto;
permanência. c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
23 - O pedido de concessão de autorização de residência d) Requerimento para consulta do registo criminal por-
com dispensa de visto ao abrigo do artigo 122.º da Lei tuguês pelo SEF.
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, não obriga à prorrogação 2 - O pedido de renovação de cartão azul UE deve ser
de permanência em território nacional nos termos dos acompanhado dos seguintes documentos:
artigos 71.º e seguintes da mesma lei.
24 - Para efeitos da alínea d) do n.º 1, só é concedida au- a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
torização de residência com dispensa de visto aos cidadãos b) Comprovativo da posse de meios de subsistên-
estrangeiros que não tenham sido condenados em pena ou cia, nos termos a definir por portaria a que se refere a
penas que, isolada ou cumulativamente, ultrapassem um alínea d) do n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de
ano de prisão, ainda que, no caso de condenação por crime 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
doloso previsto no presente diploma ou com este conexo, 9 de agosto;
ou por crime de terrorismo, por criminalidade violenta ou c) Contrato de trabalho ou declaração da entidade em-
por criminalidade especialmente violenta ou altamente pregadora confirmando a manutenção de relação laboral
organizada, a respetiva execução tenha sido suspensa. ou de outra entidade legalmente autorizada;
d) Requerimento para a consulta do registo criminal
Artigo 62.º português pelo SEF.
Concessão de autorização de residência 3 - Os pedidos de renovação referidos nos números
ao abrigo do regime excecional
anteriores são ainda instruídos com informação necessária
1 - O procedimento oficioso de concessão de autorização para a verificação do cumprimento das obrigações fiscais e
de residência, desencadeado ao abrigo do artigo 123.º da perante a segurança social, obtidas nos termos do n.º 9 do
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, rege-se, com as devidas em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
adaptações, pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do 4 - Caso se verifique insuficiência de informação no
Código do Procedimento Administrativo e deve ser ins- sistema da segurança social por causa não imputável ao
truído com os seguintes meios probatórios: trabalhador e este faça prova de apresentação de queixa
junto das autoridades competentes, poderão, se necessário,
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido
ser realizadas diligências adicionais, e renovada a autori-
ou, ainda, nos casos de comprovada impossibilidade de
zação de residência.
obtenção de passaporte, comprovativo da identidade do
5 - O pedido de renovação de autorização de residência
cidadão estrangeiro;
emitida para o exercício de uma atividade profissional é
b) Certificado do registo criminal emitido pela autori-
ainda acompanhado dos seguintes documentos:
dade competente do país de nacionalidade do requerente
e do país em que este resida há mais de um ano; a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade em-
c) Requerimento para consulta do registo criminal portu- pregadora confirmando a manutenção de relação laboral
guês pelo SEF, quando existam indícios de que o requerente ou de outra entidade legalmente autorizada; ou
permaneceu em território nacional mais de um ano nos b) Contrato de prestação de serviços ou requerimento
últimos cinco anos; para verificação da declaração de IRS junto da adminis-
1684 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013
3 - No caso de o pedido de renovação do título ser apre- documento de matrícula no estabelecimento de ensino em
sentado após o decurso do seu prazo de validade, o pedido Portugal, no caso de filhos maiores a cargo;
deve ser sempre acompanhado de prova de permanência d) Comprovativo da situação de dependência econó-
em território nacional ou comprovativo dos motivos de mica, no caso de ascendente em primeiro grau;
ausência. e) Certidão da decisão que decretou a tutela, acom-
4 - À renovação do título de residência permanente panhada de certidão da decisão da autoridade nacional
por alteração dos elementos de identificação aplica-se o que a reconheceu, quando aplicável, no caso de irmãos
disposto nos n.ºs 10 e 11 do artigo 63.º menores;
f) Autorização escrita do progenitor não residente au-
SECÇÃO IV tenticada por autoridade consular portuguesa ou cópia da
decisão que atribui a confiança legal do filho menor ou a
Reagrupamento familiar tutela do incapaz ao residente ou ao seu cônjuge, quando
aplicável;
Artigo 66.º g) Prova da união de facto, conforme prevista no
Pedido
artigo 2.º-A da Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, alterada pela
Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto, acompanhada, sempre
1 - O cidadão residente em território nacional que pre- que possível, de quaisquer elementos indiciários da união
tenda beneficiar do direito ao reagrupamento familiar apre- de facto que devam ser tomados em consideração para
senta o respetivo pedido junto da direção ou delegação os efeitos do n.º 2 do artigo 104.º da Lei n.º 23/2007, de
regional do SEF da área da sua residência, o qual deve 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
conter a identificação do requerente e dos membros da de agosto.
família a que o pedido respeita.
2 - O pedido pode também ser apresentado pelo mem- 3 - Nos casos de menores referidos nas alíneas b) e f)
bro da família que tenha entrado legalmente em território do n.º 1 do artigo 99.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
nacional e que dependa ou coabite com o titular de uma republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
autorização de residência válida. que tenham entrado legalmente em território nacional,
3 - O disposto nos números anteriores é aplicável ao os pedidos podem ser acompanhados, em alternativa aos
titular de cartão azul UE que pretenda beneficiar do di- documentos referidos nas alíneas do número anterior, por
reito ao reagrupamento familiar, nos termos do n.º 2 do original ou cópia autenticada da decisão de promoção e
artigo 121.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi- proteção do menor, proferida pela Comissão de Proteção
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. de Crianças e Jovens.
4 - Em caso de dúvida, podem ser solicitados, a título
Artigo 67.º complementar, comprovativos de parentesco.
Instrução
Artigo 68.º
1 - O pedido de reagrupamento familiar é instruído com
Comunicação do deferimento
os seguintes documentos:
a) Comprovativos devidamente autenticados dos vín- 1 - O deferimento do pedido formulado nos termos
culos familiares invocados; do n.º 1 do artigo 98.º e do n.º 2 do artigo 121.º-A da Lei
b) Cópias autenticadas dos documentos de identificação n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
dos familiares do requerente; n.º 29/2012, de 9 de agosto, é comunicado ao membro do
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros,
d) Comprovativos de que dispõe de meios de subsistên- por via eletrónica, acompanhado de cópia digitalizada das
cia suficientes para suprir as necessidades da sua família, peças processuais relevantes, devendo ser facultado visto
nos termos a definir em portaria dos membros do Governo de residência aos requerentes, salvo no caso de verificação
responsáveis pelas áreas da administração interna, do em- de factos que se fossem do conhecimento da autoridade
prego e da solidariedade social; competente teriam obstado ao reconhecimento do direito
e) Requerimento do membro da família para consulta ao reagrupamento familiar.
do registo criminal português pelo SEF, sempre que este 2 - O titular do direito ao reagrupamento familiar é
tenha permanecido em território nacional mais de um ano notificado do despacho de deferimento no prazo de 8 dias,
nos últimos cinco anos; sendo informado de que os seus familiares se deverão
f) Certificado do registo criminal emitido pela autori- dirigir à missão diplomática ou posto consular de car-
dade competente do país de nacionalidade do membro da reira da respetiva área de residência, no prazo de 90 dias,
família e do país em que este resida há mais de um ano. a fim de formalizarem o pedido de emissão de visto de
residência.
3 - A não apresentação do pedido de emissão de visto
2 - O pedido é ainda acompanhado dos seguintes do-
de residência nos termos do n.º 2 implica a caducidade da
cumentos:
decisão de reconhecimento do direito ao reagrupamento
a) Comprovativo da incapacidade de filho maior, no familiar.
caso de filhos maiores incapazes a cargo;
b) Certidão da decisão que decretou a adoção, acompa- Artigo 69.º
nhada de certidão da decisão da autoridade nacional que a
Cancelamento de autorização de residência
reconheceu, quando aplicável;
c) Cópia de certidão narrativa completa de nascimento, Sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 108.º
comprovativo da situação de dependência económica e e no n.º 2 do artigo 121.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4
1686 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 2 - O pedido é instruído com a declaração dos motivos
9 de agosto, o cancelamento dos títulos de residência que o fundamentam e, no caso de furto ou roubo, com cópia
previsto naqueles artigos opera independentemente de da respetiva participação à autoridade policial.
processo de outra natureza, desde que no respetivo pro- 3 - O pedido deve ser acompanhado, se necessário, de
cedimento seja produzida prova de que o casamento, a duas fotografias do requerente, iguais, tipo passe, a cores
união de facto ou a adoção teve por fim único permitir e fundo liso, atualizadas e com boas condições de identifi-
ao beneficiário do reagrupamento familiar a entrada e a cação e, no caso de mau estado de conservação, deve ainda
residência no País. ser acompanhado da devolução do título inicial.
4 - Em caso de dúvida sobre a identidade do requerente
ou sobre a legitimidade do pedido, a passagem da segunda
SECÇÃO V via pode ser deferida ou recusada após prestação de prova
Do título de residência complementar que pode ser obtida nos termos do n.º 1 do
artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Artigo 70.º em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
Natureza e condições de validade
1 - O título de residência é individual e é o único docu- CAPÍTULO V
mento de identificação apto a comprovar a qualidade de Estatuto de residente de longa duração
residente legal em território português.
2 - Ao título de residência são aplicáveis, com as devidas Artigo 74.º
adaptações, as normas relativas à identificação civil.
3 - O título de residência só é válido se nele constar Pedido de concessão do estatuto de residente de longa duração
a assinatura do seu titular, salvo se no local indicado a 1 - O pedido de concessão do estatuto de residente de
entidade emitente fizer menção de que o mesmo não sabe longa duração previsto no n.º 1 do artigo 125.º ou no n.º 1
ou não pode assinar. do artigo 121.º-J da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, re-
4 - A emissão do título de residência obedece ao dis- publicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
posto no modelo uniforme e demais condições fixadas nos é formulado em impresso próprio, de modelo aprovado
regulamentos comunitários em vigor. por despacho do diretor nacional do SEF e assinado pelo
requerente ou, quando se trate de menor ou de incapaz,
Artigo 71.º pelo seu representante legal, devendo ser apresentado pre-
Remessa e serviço externo sencialmente junto da direção ou delegação regional do
SEF da área de residência do interessado e instruído com
1 - O título de residência pode ser remetido ao seu titular os seguintes documentos:
sob registo de correio, mediante prévio pagamento das
taxas da franquia postal e das despesas de remessa. a) Documento de viagem válido ou cópia autenticada
2 - A recolha dos elementos necessários para a emis- do mesmo;
são do título de residência pode realizar-se no local b) Documento comprovativo de que dispõe de recursos
onde se encontre o requerente, se este produzir prova estáveis e regulares, em conformidade com o disposto
devidamente justificada da doença que o incapacite na alínea b) do n.º 1 e no n.º 6 do artigo 126.º da Lei
de se poder deslocar, pelos seus próprios meios, aos n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
serviços emitentes. n.º 29/2012, de 9 de agosto;
3 - Pela realização do serviço externo é devido o pa- c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
gamento de uma taxa acrescida, sendo o pagamento do d) Cópia do contrato de seguro de saúde ou comprova-
custo do transporte necessário à deslocação assegurado tivo de que se encontra abrangido pelo Sistema Nacional
pelo requerente. de Saúde;
e) Requerimento para consulta do registo criminal por-
Artigo 72.º tuguês pelo SEF;
f) Documento comprovativo do destacamento, nas
Reclamações situações a que se refere o n.º 5 do artigo 126.º da Lei
1 - O deferimento da reclamação do interessado, com n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
fundamento em erro dos serviços emitentes, implica a n.º 29/2012, de 9 de agosto;
emissão de novo título de residência. g) Quando aplicável, certificado de habilitações emitido
2 - A emissão prevista no número anterior é gratuita, por estabelecimento português de ensino oficial ou de
desde que a reclamação tenha sido apresentada no prazo ensino particular ou cooperativo reconhecido nos termos
de 30 dias a contar da data da entrega do título. legais, certificado de aproveitamento no curso de português
básico emitido pelo IEFP, I.P., ou por estabelecimento de
Artigo 73.º ensino oficial ou de ensino particular ou cooperativo legal-
mente reconhecido, ou ainda, certificado de conhecimento
Segunda via do título de residência
de português básico, mediante a realização de teste em
1 - Pode ser solicitada segunda via do título de residência centro de avaliação de português como língua estrangeira,
em caso de mau estado de conservação, perda, destruição, reconhecido pelo Ministério da Educação e Ciência.
furto ou roubo, salvo se houver lugar à sua renovação, nos
termos dos artigos 78.º ou 121.º-E da Lei n.º 23/2007, de 2 - O pedido é, ainda, instruído com informação necessá-
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 ria para verificação do cumprimento das obrigações fiscais
de agosto. e perante a segurança social, obtida nos termos do n.º 9 do
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1687
mento nesse sentido junto de missão diplomática ou posto caso de aquele não ter abandonado o território dos Estados
consular de carreira no país da sua residência habitual ou membros da União Europeia, para efeitos de detenção e
no país da área de jurisdição consular do Estado da sua condução à fronteira ou reconhecimento da decisão de
residência. expulsão.
3 - A missão diplomática ou posto consular remetem o 4 - Nas circunstâncias previstas na segunda parte do
pedido ao SEF, que diligencia pelo apuramento e comuni- número anterior, o período de interdição de entrada con-
cação ao interessado, pela mesma via, da quantia a restituir tar-se-á a partir da data de efetivo afastamento do cidadão.
e condições de restituição, nomeadamente do número da 5 - Para efeitos do disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 151.º
conta bancária para onde deve ser transferida ou depositada da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
a quantia a restituir. à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, a entidade competente
4 - O beneficiário remete ao SEF documento bancário deve comunicar ao SEF, com a antecedência mínima
comprovativo da restituição do montante apurado para de 60 dias, os elementos de identificação dos cidadãos
efeitos de eliminação da respetiva medida de não admissão. que reúnam os requisitos para expulsão antecipada por
5 - A eliminação tem lugar no mais curto prazo, não decurso do prazo legal de cumprimento de pena de
podendo, em qualquer caso, exceder 30 dias. prisão.
6 - O SEF remete ao beneficiário documento compro-
vativo de que efetuou o pagamento e de que a medida de
não admissão foi eliminada. SECÇÃO II
Reconhecimento mútuo de decisões de expulsão
Artigo 81.º
Decisão de afastamento de residente de longa duração Artigo 83.º
ou de titular de cartão azul UE Processo de reconhecimento de decisões de expulsão
num Estado membro da União Europeia
1 - Antes de ser proferida decisão de afastamento 1 - Sempre que tenha conhecimento de decisão de ex-
coercivo de residente de longa duração ou de titular de pulsão tomada por autoridade administrativa competente
cartão azul UE concedidos por um Estado membro da de outro Estado membro da União Europeia ou de Estado
União Europeia, a entidade competente para determinar o Parte na Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen
afastamento assegura, junto da autoridade competente do contra um nacional de Estado terceiro que se encontre
respetivo Estado membro, a recolha da informação per- em território nacional, o SEF organiza um processo onde
tinente para análise do caso, nos termos dos n.ºs 1 e 2 do seja recolhida, junto da autoridade competente do outro
artigo 136.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada Estado, a documentação necessária à verificação dos
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, bem como a elementos previstos no artigo 169.º da Lei n.º 23/2007,
comunicação da instauração do processo de afastamento de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
e da intenção de o concretizar para o território daquele 9 de agosto, nomeadamente a identificação da entidade
Estado membro. que proferiu a decisão, os fundamentos da mesma e a
2 - Proferida a decisão de afastamento para o território natureza executória da medida, acompanhada de infor-
do Estado membro que lhe concedeu o estatuto de residente mação sobre a situação regular ou irregular do cidadão
de longa duração ou o cartão azul UE, o SEF assegura em território nacional.
a notificação da mesma às autoridades daquele Estado 2 - Verificadas as circunstâncias referidas no número
membro, bem como a comunicação das medidas adotadas anterior relativamente ao cidadão nacional de Estado ter-
relativamente à sua implementação. ceiro detido e presente ao juiz competente, nos termos do
3 - A recolha de informação e as comunicações previstas artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
nos números anteriores são efetuadas, preferencialmente em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o diretor
por via eletrónica, junto das autoridades do Estado membro nacional do SEF profere decisão de reconhecimento da
da União Europeia que concedeu o estatuto de residente decisão de expulsão, ficando o cidadão sob custódia do
de longa duração ou o cartão azul UE, através de ponto de SEF para condução à fronteira, nos termos do artigo 171.º
contacto designado pelo diretor nacional do SEF. da mesma lei.
3 - Nos restantes casos, recolhidos os elementos referi-
Artigo 82.º dos no n.º 1, o diretor nacional do SEF determina o envio
do processo ao tribunal competente a fim de ser proferida
Cumprimento da decisão decisão de reconhecimento por entidade judicial, de acordo
1 - Notificada a decisão de afastamento e após o decurso com o disposto nos artigos 152.º a 158.º da Lei n.º 23/2007,
do prazo referido no n.º 1 do artigo 160.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
9 de agosto, o SEF procede à sua execução, conduzindo
o cidadão à fronteira. Artigo 84.º
2 - Nas circunstâncias referidas no n.º 2 do artigo 160.º Decisão de reconhecimento
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF procede à execução 1 - À decisão de reconhecimento proferida nos termos
da decisão de afastamento no mais curto espaço de tempo do artigo anterior é aplicável o disposto nos n.ºs 2 e 3 do
possível, conduzindo o cidadão à fronteira. artigo 149.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
3 - A execução da decisão ou o final do prazo previsto em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
no número anterior implica a inscrição do cidadão na lista 2 - A decisão de reconhecimento é executada pelo SEF
nacional de pessoas não admissíveis e no Sistema de In- no mais curto prazo, através da condução do cidadão à
formação Schengen para efeitos de não admissão ou, no fronteira.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1689
O SEF é o ponto de contacto nacional para efeitos da a) Custos de transporte, do expulsando e da escolta, rela-
aplicação da Decisão n.º 2004/191/CE, do Conselho da tivos aos custos reais dos bilhetes de avião até ao montante
União Europeia, de 23 de fevereiro, a qual define os cri- da tarifa oficial IATA para o voo em causa no momento da
térios e modalidades práticas adequados para a compen- execução ou aos custos reais de transporte terrestre, por via
sação dos desequilíbrios financeiros que possam resultar rodoviária ou ferroviária, ou marítimo, com base na tarifa
da Diretiva n.º 2001/40/CE, do Conselho, de 28 de maio, de um bilhete de barco ou de comboio em 2.ª classe para
transposta nos artigos 169.º a 172.º da Lei n.º 23/2007, de a distância em causa no momento da execução;
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 b) Custos administrativos relativos aos custos reais re-
de agosto. sultantes da emissão de vistos e de outros documentos
necessários à viagem de repatriamento (salvo-condutos);
Artigo 86.º c) Ajudas de custo diárias dos elementos da escolta
de acordo com a legislação e ou prática nacionais apli-
Pedidos de reembolso a apresentar pelo SEF cáveis;
No caso de o SEF proceder, na sequência de decisão d) Custos de alojamento das escoltas, relativos aos cus-
de reconhecimento proferida nos termos do artigo 83.º, tos reais de estada dos elementos da escolta numa zona de
à execução de medida de expulsão tomada há menos de trânsito de um país terceiro e aos custos da curta estada
quatro anos por outro Estado membro da União Europeia estritamente necessária para o desempenho da sua missão
ou de Estado Parte na Convenção de Aplicação do Acordo no país de origem, não podendo exceder dois elementos
de Schengen, apresenta por escrito à autoridade competente da escolta por cidadão estrangeiro expulso, exceto se,
do respetivo Estado, no prazo máximo de um ano a contar com base na avaliação da autoridade competente para a
da data de execução da decisão de expulsão, pedido de execução e com o acordo da autoridade competente do
reembolso acompanhado dos documentos comprovativos Estado membro autor da decisão, forem necessários mais
dos custos das operações do afastamento. elementos de escolta;
e) Custos de alojamento dos cidadãos estrangeiros ob-
Artigo 87.º jeto da medida de afastamento, relativos aos custos reais
de estada do cidadão em instalações apropriadas, em con-
Pedidos de reembolso apresentados ao SEF formidade com a legislação e ou a prática nacionais, até
1 - O SEF informa de imediato o ponto de contacto um período máximo de três meses de estada;
do respetivo Estado membro da União Europeia ou de f) Despesas de saúde, relativas à prestação de tratamento
Estado Parte na Convenção de Aplicação do Acordo de médico ao cidadão estrangeiro e aos elementos das escoltas
Schengen da receção de pedido de reembolso que lhe tenha em casos de emergência, incluindo as despesas de hospi-
sido dirigido por motivo de execução de uma decisão de talização necessárias.
afastamento proferida por autoridade competente nacional.
2 - A apreciação do pedido de reembolso tem em conta 2 - Sempre que se afigure que a estada do cidadão em
a data da decisão de expulsão, a data da respetiva execução instalações apropriadas possa durar mais do que os três
e a natureza das despesas apresentadas. meses previstos na alínea e) do número anterior, o SEF
3 - O SEF responde ao pedido de reembolso no prazo e a autoridade competente do outro Estado acordam nos
máximo de três meses e, em caso de recusa, com a indi- custos excedentários.
cação dos respetivos fundamentos. 3 - Sempre que necessário, o SEF e a autoridade com-
4 - Constituem fundamento de recusa, designadamente: petente do outro Estado consultam-se mutuamente, a fim
de chegarem a acordo sobre outros custos para além dos
a) A execução da decisão de expulsão ter tido lugar mais mencionados no n.º 1 ou sobre custos adicionais.
de quatro anos após ter sido proferida;
b) O pedido de reembolso ter sido apresentado mais de
SECÇÃO III
um ano após a execução da decisão;
c) A decisão de expulsão ter sido proferida em data Apoio ao afastamento por via aérea durante
anterior a 28 de fevereiro de 2004; o trânsito aeroportuário
d) As despesas apresentadas não serem consideradas
elegíveis nos termos do artigo seguinte; Artigo 89.º
e) O pedido de reembolso não ter sido apresentado
Encargos com apoio ao trânsito
por escrito ou não ter sido acompanhado dos documentos
comprovativos das despesas elegíveis. 1 - Na sequência da prestação das medidas de apoio
requeridas por outro Estado membro da União Europeia
5 - Em caso de aceitação do pagamento, o SEF efetua a Portugal, o SEF apura os montantes dos encargos que
o pagamento num prazo máximo de três meses a contar deverão ser suportados por esse Estado membro e, logo
da data de resposta ao pedido de reembolso. que possível, informa em conformidade a respetiva auto-
ridade central, remetendo a documentação contabilística
Artigo 88.º pertinente.
2 - As despesas com as medidas de apoio prestadas
Despesas elegíveis
por outro Estado membro na sequência de prévio pedido
1 - O pedido de reembolso pelas despesas decorrentes formulado pelo SEF são suportadas pelo SEF segundo as
da execução de uma medida de afastamento reconhecida regras contabilísticas aplicáveis e pela forma acordada com
nos termos das disposições nacionais de transposição da a autoridade central do Estado membro em causa.
1690 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013
substituição de acordo com uma calendarização aprovada consumida pelos transportes, bem como definir os métodos
por despacho do membro do Governo responsável pela de cálculo da quota de energia proveniente de fontes de
área da administração interna. energia renováveis e prever o mecanismo de emissão de
14 - Até à determinação do contingente de oportunidades garantias de origem para a eletricidade a partir de fontes
de emprego previsto no artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de energia renováveis, e pelo Decreto-Lei n.º 117/2010,
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de de 25 de outubro, que transpõe os artigos 17.º a 19.º e os
agosto, o IEFP, I.P., adota as medidas provisórias tendentes anexos III e V da referida diretiva.
a divulgar, através da Internet, todas as ofertas de emprego Importa concluir a transposição da Diretiva n.º 2009/28/CE,
não preenchidas no prazo de 30 dias por trabalhadores que do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril,
gozem de preferência nos termos legais, sendo aplicáveis através da alteração ao Decreto-Lei n.º 141/2010, de 31 de
os procedimentos fixados nos artigos 20.º e 27.º a 29.º do dezembro, em articulação com os objetivos do Programa
presente decreto regulamentar. do XIX Governo Constitucional, que preconizam o apoio
15 - Até ao limite das ofertas de emprego a que se re- ao desenvolvimento das empresas do setor energético, em
fere o número anterior, e desde que cumpridas as demais particular, das que empregam tecnologias renováveis, bem
condições legais, podem ser concedidos vistos de resi- como com o disposto nas Grandes Opções do Plano para
dência para obtenção de autorização de residência para 2012-2015, aprovadas pela Lei n.º 64-A/2011, de 30 de
exercício de atividade profissional subordinada, nos termos dezembro, no sentido de melhorar a eficiência energética
do artigo 30.º do presente decreto regulamentar. do país, com redução do consumo de energia, reforçar a
16 - Os cidadãos estrangeiros que se registaram para os diversificação de fontes primárias de energia, diminuindo
efeitos do disposto no artigo 71.º do Decreto Regulamentar a dependência face ao exterior, e assegurar o cumprimento
n.º 6/2004, de 26 de abril, e que, reunindo as condições nele dos objetivos de redução das emissões de gases com efeito
previstas, não tenham visto decidido o seu processo até à de estufa.
data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar Entre as alterações previstas no presente decreto-lei,
continuam a poder beneficiar, dentro do limite temporal destaca-se, em primeiro lugar, a consagração da possi-
fixado pelo n.º 4 do artigo 217.º da Lei n.º 23/2007, de 4 bilidade, prevista naquela Diretiva, de atingir as metas
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de nacionais de utilização de energias renováveis através de
agosto, dos direitos anteriormente assegurados, aplicando- transferências estatísticas entre Estados-Membros, bem
se, com as devidas adaptações, o previsto no presente como da realização de projetos conjuntos, com entida-
decreto regulamentar. des públicas ou operadores privados de outros Estados-
-Membros ou países terceiros, no âmbito da produção de
Artigo 92.º eletricidade, aquecimento ou arrefecimento a partir de
Monitorização e fiscalização fontes de energia renováveis.
Na perspetiva nacional, a possibilidade de contribuir
O SEF e a Autoridade para as Condições de Trabalho para as metas nacionais de outros Estados-Membros,
estabelecem os mecanismos de cooperação adequados através de transferências estatísticas ou da realização de
para monitorizar e fiscalizar as práticas de emissão e projetos conjuntos em território nacional, aproveitando
concretização de promessas de contrato de trabalho ou os recursos endógenos do país, permite a rentabilização
manifestações individualizadas de interesse, por forma a
dos investimentos realizados na promoção das fontes de
garantir a aplicação rigorosa do sistema de admissão de
energia renováveis, com vantagens para o Sistema Elétrico
trabalhadores previsto no artigo 59.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de Nacional e reflexos positivos para a economia.
9 de agosto. Em segundo lugar, com vista a promover uma utilização
mais generalizada de fontes de energia renováveis por parte
Artigo 93.º das entidades públicas e do público em geral, impõe-se a
adoção de medidas de simplificação de procedimentos
Norma revogatória administrativos de controlo prévio aplicáveis à produção
É revogado o Decreto Regulamentar n.º 6/2004, de 26 de eletricidade, aquecimento ou arrefecimento a partir
de abril. de fontes de energia renováveis, bem como de medidas
tendentes a maximizar a eficiência energética na urbani-
zação e edificação. Estabelecem-se, ainda, obrigações de
desenvolvimento de ações de divulgação de medidas de
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E EMPREGO apoio e das vantagens da utilização de fontes de energia
renovável e, por fim, mecanismos visando a qualificação
Decreto-Lei n.º 39/2013 de instaladores e respetivos programas de formação.
Em terceiro lugar, revê-se o regime aplicável à emissão,
de 18 de março
transferência e utilização de garantias de origem, com
A Diretiva n.º 2009/28/CE, do Parlamento Europeu e do vista à dinamização do mercado das garantias de origem
Conselho, de 23 de abril, relativa à promoção da utilização atribuídas à produção de eletricidade e de aquecimento e
de energia proveniente de fontes renováveis, que altera e, arrefecimento a partir de fontes de energia renováveis. Com
subsequentemente, revoga as Diretivas n.ºs 2001/77/CE, esse intuito, prevê-se também a entrega à Direção-Geral
de 27 de setembro, e 2003/30/CE, de 8 de maio, do Par- de Energia e Geologia, para comercialização, das garantias
lamento Europeu e do Conselho, foi parcialmente trans- de origem atribuídas aos produtores com regime remune-
posta pelo Decreto-Lei n.º 141/2010, de 31 de dezembro, ratório bonificado, devendo os resultados líquidos de tal
que veio estabelecer as metas nacionais de utilização de atividade ser deduzidos aos sobrecustos com a aquisição
energia renovável no consumo final bruto de energia e de energia elétrica aos produtores de eletricidade a partir
para a quota de energia proveniente de fontes renováveis de fontes de energia renováveis.