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1658 Diário da República, 1.ª série — N.

º 54 — 18 de março de 2013

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA 55.º, 56.º, 58.º, 60.º, 61.º, 62.º, 63.º, 65.º, 66.º, 67.º, 68.º,
69.º, 73.º, 74.º, 76.º, 78.º, 79.º, 81.º, 82.º e 83.º do Decreto
Decreto Regulamentar n.º 2/2013 Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de novembro, passam a
ter a seguinte redação:
de 18 de março
A Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, aprova o regime de «Artigo 5.º
entrada, permanência, saída e afastamento de cidadãos […]
estrangeiros do território nacional, com o objetivo de
enquadrar a imigração legal e de prevenir e combater a 1 - […].
imigração ilegal. Para o efeito, preconiza a utilização das 2 - […].
novas tecnologias de informação, visando a simplificação 3 - O SEF pode fazer depender a aceitação dos termos
e celeridade dos procedimentos. de responsabilidade de prova da capacidade financeira
Esta lei foi alterada pela Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, do seu subscritor, atestada, designadamente, através de
tendo em vista a harmonização de normas mínimas co- um dos seguintes documentos:
muns que permitam uma maior convergência ao nível das a) Declaração de liquidação do Imposto sobre o Ren-
políticas da União Europeia em matéria de controlo de dimento das Pessoas Singulares (IRS) do ano anterior;
fronteiras, de política de asilo e de imigração. b) Extrato de remunerações emitido pelos serviços
A Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à da segurança social;
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, procede assim à transposição c) Declaração com o saldo médio bancário;
para o ordenamento jurídico nacional de cinco Diretivas da d) Os três últimos recibos de quitação dos valores
União Europeia, nos domínios do retorno de nacionais de auferidos pela prestação de atividade subordinada ou
Estados terceiros que se encontrem em situação irregular no independente.
território nacional, da introdução de um novo tipo de título de
residência denominado cartão azul da União Europeia, para 4 - […].
regular as condições de entrada e residência dos nacionais 5 - [Revogado].
de países terceiros para efeitos de emprego altamente quali- 6 - [Revogado].
ficado, da definição de normas mínimas relativas a sanções
e medidas a aplicar a quem utilize o trabalho de nacionais Artigo 12.º
de países terceiros em situação irregular, com incidência nas
situações em que tal prática assuma cariz reiterado ou reinci- […]
dente, ou se traduza em condições particularmente abusivas 1 - […]:
e do alargamento do estatuto de residente de longa duração
aos beneficiários de proteção internacional otimizando-se, a) […];
desta forma, a coesão económica e social. b) […];
A referida lei compatibiliza, ainda, a legislação nacional c) […];
com a revogação dos vistos de trânsito operada pelo Código d) […];
Comunitário de Vistos. e) […];
A alteração da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, implica f) […];
a necessidade de se alterar o Decreto Regulamentar g) Cópia do título de transporte de regresso, salvo
n.º 84/2007, de 5 de novembro, no que concerne às nor- quando seja solicitado visto de residência.
mas que carecem de regulamentação.
Foi ouvido o Conselho Consultivo para os Assuntos 2 - […].
da Imigração. 3 - […].
Assim: 4 - […].
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 216.º da Lei 5 - […].
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei 6 - […].
n.º 29/2012, de 9 de agosto, e nos termos da alínea c) do
artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 13.º
[…]
Artigo 1.º
1 - […]:
Objeto
a) […];
O presente decreto regulamentar procede à primeira b) […];
alteração ao Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de c) […];
novembro, que regulamenta a Lei n.º 23/2007, de 4 de d) […];
julho, que aprova o regime jurídico de entrada, perma- e) […];
nência, saída e afastamento de cidadãos estrangeiros de f) […];
território nacional. g) […];
Artigo 2.º h) […];
i) […];
Alteração ao Decreto Regulamentar j) […];
n.º 84/2007, de 5 de novembro
l) […];
Os artigos 5.º, 12.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º, 20.º, 23.º, 32.º, m) Registar o pedido no sistema nacional de vistos,
35.º, 38.º, 39.º, 41.º, 44.º, 45.º, 49.º, 50.º, 51.º, 53.º, 54.º, previsto no artigo 39.º.
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2 - A autoridade diplomática ou consular faz depender Artigo 23.º


a aceitação do termo de responsabilidade previsto na […]
alínea g) do número anterior de prova de capacidade
financeira do seu subscritor. 1 - […].
3 - […]. 2 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da
4 - […]. Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada tem-
Artigo 14.º porária para frequência de um programa de estudo de
[…]
duração igual ou inferior a um ano em estabelecimento
de ensino, ou no âmbito de intercâmbio de estudantes
1 - O prazo de 7 ou de 20 dias para emissão dos pare- com a mesma duração, é acompanhado de:
ceres previstos no n.º 6 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, a) Documento emitido pelo estabelecimento de en-
de 9 de agosto, é contado a partir do dia da receção do sino, comprovativo da aceitação da matrícula;
pedido de parecer apresentado por via eletrónica. b) Declaração comprovativa de acolhimento por fa-
2 - […]. mília, nas condições previstas na alínea c) do n.º 5 do
artigo 62.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Artigo 16.º em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou,
Visto de escala c) Comprovativo de alojamento.
1 - O pedido de visto de escala deve ser acompa- 3 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da
nhado de cópia do título de transporte para o país de Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
destino final, bem como de prova de que o passageiro à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada
se encontra habilitado com o correspondente visto de temporária para estágio profissional é acompanhado
entrada nesse país, sempre que exigível. de documento emitido por empresa ou organismo de
2 - [Revogado]. formação profissional oficialmente reconhecido ates-
tando a admissão no estágio, o respetivo programa e, se
Artigo 17.º necessário, o contrato de formação e a calendarização
[…] do programa.
4 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da
1 - [Anterior corpo do artigo]. Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
2 - Para efeitos do n.º 2 do artigo 51.º da Lei Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada tempo-
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei rária para voluntariado obedece à comprovação da idade
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de curta duração mínima fixada em portaria do membro do Governo
pode ser emitido para uma, duas ou múltiplas entradas, responsável pela área da administração interna, sendo
não podendo o prazo de validade exceder cinco anos. acompanhado de documento emitido pela organização
3 - Para efeitos do n.º 3 do artigo 51.º da Lei responsável em Portugal pelo programa de voluntariado,
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei oficialmente reconhecida, que ateste a admissão.
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de curta duração para 5 - [Anterior n.º 2].
múltiplas entradas é emitido com um prazo de validade
compreendido entre seis meses e cinco anos.
Artigo 32.º
Artigo 20.º […]
[…] 1 - […].
2 - Os centros de investigação, os estabelecimen-
1 - […]:
tos de ensino superior, ou outras entidades públicas
a) […]; ou privadas, nomeadamente empresas que acolham
b) […]; atividade altamente qualificada, podem remeter os do-
c) […]; cumentos referidos no número anterior aos membros
d) Declaração, a emitir pelo Instituto do Emprego do Governo responsáveis pelas áreas da economia,
e da Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.), de que do emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino
a promessa ou contrato de trabalho se refere a oferta superior, consoante os casos, que os enviam, de prefe-
disponível para cidadãos nacionais de países terceiros. rência por via eletrónica, ao membro do Governo res-
ponsável pela área dos negócios estrangeiros, tendo
2 - […]. em vista a celeridade e facilitação na tramitação do
3 - […]. pedido de visto.
4 - […]. 3 - Carece de parecer prévio obrigatório dos membros
5 - […]. do Governo responsáveis pelas áreas da economia, do
6 - […]. emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino supe-
7 - […]. rior, consoante os casos, a concessão de vistos para o
8 - […]. exercício de atividade altamente qualificada quando
9 - A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das exista dúvida sobre o enquadramento dessa atividade,
Comunidades Portuguesas regista o visto no sistema nos termos da alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007,
nacional de vistos, previsto no artigo 39.º, e informa o de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
IEFP, I.P., sobre a sua concessão no prazo máximo de de 9 de agosto.
cinco dias. 4 - […].
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5 - O regime previsto nos números anteriores é apli- Artigo 41.º


cável, quando tal se justifique, aos cidadãos estrangei- Vistos de curta duração
ros objeto de destacamento para exercício de atividade
altamente qualificada, com duração previsível superior 1 - A concessão de vistos de curta duração nos ter-
a um ano, comprovado mediante documento idóneo mos do n.º 1 do artigo 67.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
da empresa que o deslocou para território nacional. julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
agosto, fica sujeita à verificação, se possível atestada
Artigo 35.º por documento comprovativo, das razões imprevistas
que impediram o requerente de se apresentar habilitado
[…] com o necessário visto.
1 - Para efeitos de emissão do parecer obrigatório do 2 - […].
SEF previsto no n.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, Artigo 44.º
de 9 de agosto, o responsável pela embaixada, posto […]
consular de carreira ou secção consular remete o pro-
cesso devidamente instruído, acompanhado do respe- 1 - […].
tivo parecer sobre a sua admissibilidade, através do 2 - Em situações devidamente comprovadas e docu-
Ministério dos Negócios Estrangeiros, por via ele- mentadas, o documento solicitado na alínea e) do n.º 1,
trónica. pode ser substituído por comprovativo de reserva de
2 - Para cumprimento do disposto nos n.ºs 1, 2, 3 e viagem com indicação da data de regresso.
5 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, repu- 3 - [Anterior n.º 2].
blicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é 4 - [Anterior n.º 3].
competente o diretor nacional do SEF com possibilidade
de delegação. Artigo 45.º
3 - Nas representações diplomáticas e consulares […]
onde estejam colocados oficiais de ligação do SEF, o
parecer prévio previsto no n.º 1 pode ser processado 1 - […].
pelos mesmos, nos termos de despacho a proferir pelo 2 - […].
diretor nacional do SEF. 3 - […].
4 - […]. 4 - A prorrogação da duração da estada ou da vali-
5 - A aplicação do disposto no n.º 1 do artigo 53.º da dade de um Visto Schengen depende da verificação dos
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo requisitos previstos no n.º 2 e da validade do visto, não
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é assegurada através podendo exceder 90 dias em 180 dias, sendo o pedido
do sistema nacional de vistos. apreciado tendo em conta, designadamente:
a) Razões humanitárias;
Artigo 38.º b) Motivos de força maior;
c) Motivos pessoais sérios.
[…]
1 - Os postos consulares enviam aos serviços com- 5 - […].
petentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros a
relação mensal das vinhetas inutilizadas. Artigo 49.º
2 - Da relação referida no número anterior consta o […]
nome, nacionalidade, tipo de visto, número e tipo de
passaporte, validade do visto, período de permanência 1 - […].
e consulta prévia. 2 - […].
3 - [Revogado]. 3 - […].
4 - As vinhetas previamente inutilizadas devem acom- 4 - […].
panhar a relação a que se referem os n.ºs 1 e 2. 5 - […].
5 - No momento da concessão, os postos consulares 6 - O pedido de prorrogação de permanência apre-
de carreira comunicam ao SEF, por via eletrónica, os sentado por titular de visto de estada temporária emitido
vistos concedidos sem consulta prévia, nos termos do para frequência de um programa de estudo de duração
inferior a um ano em estabelecimento de ensino, ou
n.º 3 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
no âmbito de intercâmbio de estudantes com a mesma
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
duração, é acompanhado de:
6 - Os processos de vistos concedidos sem consulta
prévia nos termos da mesma norma devem ser enviados a) Documento emitido pelo estabelecimento de en-
ao SEF, por via eletrónica, mencionando expressamente sino, comprovativo da matrícula e frequência;
o domicílio indicado em território nacional. b) Declaração comprovativa de manutenção do
acolhimento por família, nas condições previstas na
Artigo 39.º alínea c) do n.º 5 do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
Sistema nacional de vistos
9 de agosto; ou,
Nos termos das disposições regulamentares da União c) Comprovativo de alojamento.
Europeia e da legislação interna, o SEF organiza o sis-
tema nacional de vistos no quadro do sistema europeu 7 - O pedido de prorrogação de permanência apre-
de informações de vistos. sentado por titular de visto de estada temporária emitido
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para estágio profissional é acompanhado de documento Artigo 53.º


emitido por empresa, ou organismo de formação profis- Pedido de concessão de autorização de residência
sional oficialmente reconhecido, atestando a frequência temporária ou de cartão azul UE
do programa de estágio em função da calendarização
definida naquele. 1 - Para além dos documentos específicos exigíveis
8 - O pedido de prorrogação de permanência apre- em função da finalidade da residência, o pedido de
sentado por titular de visto de estada temporária concessão de autorização de residência ou de cartão
emitido para voluntariado obedece à comprovação azul UE apresentado por titular do adequado visto é
da idade mínima fixada em portaria do membro do acompanhado dos seguintes documentos:
Governo responsável pela área da administração in- a) […];
terna, sendo acompanhado de documento emitido pela b) Comprovativo dos meios de subsistência, nos ter-
organização responsável em Portugal pelo programa mos definidos por portaria dos membros do Governo
de voluntariado, oficialmente reconhecida, que ateste responsáveis pelas áreas da administração interna, do
a continuidade daquele, sem que possa ultrapassar emprego e da solidariedade social;
um ano. c) Comprovativo de que dispõe de alojamento, apli-
9 - A decisão sobre os pedidos de prorrogação de cável às situações de concessão de autorização de resi-
permanência apresentados por titular de visto de estada dência temporária.
temporária para efeitos de acompanhamento de cidadão d) […];
em tratamento médico é tomada em consonância com a e) […];
adotada quanto ao cidadão acompanhado. f) […].
10 - Para efeitos da alínea e) do n.º 1 e do n.º 2 do
artigo 72.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, repu- 2 - […].
blicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, 3 - […].
a validade do visto de estada temporária, incluindo 4 - Os pedidos de concessão de autorização de resi-
a respetiva prorrogação de permanência, não pode dência ou de cartão azul UE ao abrigo das normas da
exceder um ano. Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, que permitem a
Artigo 50.º concessão do título com dispensa de visto são acom-
[…] panhados por certificado do registo criminal emitido
pela autoridade competente do país de nacionalidade
1 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
do requerente ou do país em que este resida há mais
tado por titular de visto de residência é acompanhado de
de um ano.
comprovativo do pedido de concessão de autorização
de residência ou de cartão azul UE. 5 - […].
2 - […]. 6 - A recusa da concessão de autorização de residência
temporária ou de cartão azul UE com fundamento em
razões de saúde pública obedece aos procedimentos
Artigo 51.º
e regras fixados nos n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 77.º da Lei
[…] n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
1 - O pedido de concessão e de renovação de autoriza- n.º 29/2012, de 9 de agosto.
ção de residência ou de cartão azul UE é formulado em Artigo 54.º
impresso próprio, sempre que se justificar, de modelo
aprovado por despacho do diretor nacional do SEF e as- […]
sinado pelo requerente, sem prejuízo do disposto no n.º 3 1 - […].
do artigo 56.º, ou quando se trate de menor ou incapaz 2 - O procedimento oficioso de concessão excecional
pelo seu representante legal, devendo ser apresentado de autorização de residência, desencadeado ao abrigo
presencialmente junto da direção ou delegação regional do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
do SEF da área de residência do interessado, acompa- republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
nhado, se necessário, de duas fotografias do requerente rege-se pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do
iguais, tipo passe, a cores e de fundo liso, atualizadas e Código do Procedimento Administrativo.
com boas condições de identificação. 3 - Sem prejuízo do número anterior, pode ser
2 - […]. apresentada manifestação de interesse, por via ele-
3 - […]. trónica ou presencial, que será objeto de análise
4 - Nos pedidos de concessão ou de renovação de pelo SEF para averiguar da suscetibilidade ou não
autorização de residência ou de cartão azul UE é dis- de proposta de abertura do procedimento oficioso,
pensada a entrega de documentos já integrados no fluxo manifestação que deve ser acompanhada dos seguin-
de trabalho eletrónico do SEF e que se mantenham tes documentos:
válidos.
5 - […]. a) [Anterior alínea a) do n.º 2];
6 - O fluxo de informação decorrente dos pedidos b) [Anterior alínea b) do n.º 2];
de concessão e renovação de autorização de resi- c) [Anterior alínea c) do n.º 2].
dência e de cartão azul UE é processado nos termos
do n.º 2 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de 4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber-
julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final
9 de agosto. é adotada na sequência de entrevista presencial com o
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cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade ser considerados contratos de trabalho compatíveis com
da situação em causa, designadamente: uma atividade altamente qualificada.
3 - Os centros de investigação, os estabelecimentos
a) [Anterior alínea a) do n.º 3];
de ensino superior ou outras entidades públicas ou pri-
b) [Anterior alínea b) do n.º 3].
vadas, nomeadamente empresas, que acolham atividade
altamente qualificada, independente ou subordinada,
5 - O pedido de concessão de autorização de resi- podem remeter os documentos referidos no número
dência para trabalho subordinado formulado por titular anterior e na alínea b) do n.º 1 do artigo 90.º da Lei
de autorização de residência para exercício de ativi- n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
dade profissional independente nos termos do n.º 3 do n.º 29/2012, de 9 de agosto, aos membros do Governo
artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada responsáveis pelas áreas da economia, do emprego, da
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece ciência, da tecnologia e do ensino superior, consoante os
ao disposto no n.º 1 do presente artigo, só ocorrendo casos, que os envia, ou a correspondente informação, de
substituição do título de residência a requerimento ex- preferência, por via eletrónica, ao SEF, tendo em vista
presso do interessado. a celeridade e facilitação na tramitação dos pedidos.
6 - [Anterior n.º 5]. 4 - O pedido de concessão do cartão azul UE pode
ser apresentado pelo empregador, o que não dispensa
Artigo 55.º a presença do requerente nos termos do disposto no
artigo 51.º
[…]
Artigo 58.º
1 - […].
2 - O procedimento oficioso de concessão excecional […]
de autorização de residência desencadeado ao abrigo do 1 - […]:
n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, a) Contrato de trabalho ou promessa de contrato de
rege-se pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do trabalho celebrados nos termos da lei;
Código do Procedimento Administrativo. b) […].
3 - Sem prejuízo do número anterior, pode ser apre-
2 - […].
sentada manifestação de interesse, por via eletrónica ou
3 - […].
presencial, que é objeto de análise pelo SEF para averi-
4 - […].
guar da suscetibilidade ou não de proposta de abertura
do procedimento oficioso, manifestação que deve ser Artigo 60.º
acompanhada dos documentos referidos no n.º 1 e ainda Pedido de concessão de autorização de residência ou de cartão
de documento que comprove a entrada e permanência azul UE por titulares de estatuto de residente de longa duração
legais em território nacional. ou de cartão azul UE concedidos por um Estado membro da
4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber- União Europeia.
tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final 1 - […].
é adotada na sequência de entrevista presencial com o 2 - O pedido de concessão de cartão azul UE apre-
cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade sentado por titular de cartão azul UE concedido por um
da situação em causa, designadamente: Estado membro da União Europeia é acompanhado dos
a) [Anterior alínea a) do n.º 2]; seguintes documentos:
b) [Anterior alínea b) do n.º 2]. a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
b) Cartão azul UE ou cópia autenticada do mesmo;
5 - O pedido de concessão de autorização de residên- c) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
cia para trabalho independente formulado por titular de d) Contrato de trabalho e inscrição na segurança social;
autorização de residência para exercício de atividade e) No caso de profissão regulamentada identificada
profissional subordinada nos termos do n.º 5 do ar- no contrato de trabalho ou na oferta de emprego vincu-
tigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada lativa, apresente comprovativo de certificação profis-
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece sional, quando aplicável, designadamente, declaração
ao disposto no presente artigo. emitida pela respetiva ordem profissional ou outra en-
tidade reguladora de profissão sobre a verificação dos
Artigo 56.º requisitos de inscrição;
f) No caso de profissão não regulamentada, apresente
[…]
comprovativo de qualificações profissionais elevadas na
1 - O pedido de concessão de autorização de residên- atividade ou setor especificado no contrato de trabalho,
cia temporária ou de cartão azul UE previstos, respeti- ou na oferta de emprego vinculativa, podendo ser ado-
vamente, nos artigos 90.º e 121.º-B da Lei n.º 23/2007, tado o critério de qualificação profissional dos grandes
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, grupos 1 e 2 da Classificação Internacional Tipo (CITP);
de 9 de agosto, são acompanhados dos documentos que g) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado
atestem o cumprimento dos requisitos previstos nos membro que concedeu o título referido na alínea b) e
n.ºs 1 daqueles artigos. requerimento para consulta do registo criminal portu-
2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 90.º da guês pelo SEF;
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo h) Seguro de saúde ou comprovativo de que se en-
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem, igualmente, contra abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde.
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3 - O pedido de concessão de autorização de residên- 7 - [Anterior n.º 6].


cia para os membros da família de titulares do estatuto 8 - [Anterior n.º 7].
de residente de longa duração ou de cartão azul UE 9 - O pedido de autorização de residência nos termos
concedidos por um Estado membro da União Europeia, da alínea g) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
quando a família já estava constituída neste, é acompa- de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
nhado dos seguintes documentos: de 9 de agosto, é ainda acompanhado de atestado médico
emitido em estabelecimento de saúde oficial ou oficial-
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; mente reconhecido, comprovativo de doença prolongada
b) Título de residente de longa duração ou cartão que obste ao retorno ao país, a fim de evitar risco para
azul UE; a saúde do requerente.
c) Prova da residência no Estado membro que conce- 10 - [Anterior n.º 9].
deu o estatuto ou o cartão enquanto familiar ou parceiro 11 - [Anterior n.º 10].
de facto de um titular do estatuto de residente de longa 12 - O pedido de autorização de residência nos termos
duração ou do cartão azul UE; da alínea j) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
d) Comprovativo de posse de meios de subsistência; de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
e) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encon- de 9 de agosto, é ainda acompanhado de documento
tra abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; comprovativo da presença em território nacional.
f) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado 13 - O pedido de autorização de residência nos termos
membro que concedeu o título referido na alínea b) e da alínea k) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
requerimento para consulta do registo criminal portu- de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
guês pelo SEF. de 9 de agosto, é ainda acompanhado dos seguintes
documentos:
4 - O pedido de reagrupamento familiar formulado
por titulares do estatuto de residente de longa duração ou a) [Anterior alínea a) do n.º 12];
de cartão azul UE concedidos por um Estado membro da b) [Anterior alínea b) do n.º 12].
União Europeia, nos casos em que a família não estava
constituída neste, obedece ao disposto nos artigos 98.º e 14 - O pedido de autorização de residência nos termos
seguintes da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada da alínea l) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
5 - A concessão de cartão azul UE ou de autorização de 9 de agosto, é ainda acompanhado dos seguintes
de residência no âmbito do reagrupamento familiar nos documentos:
termos dos números anteriores, bem como as decisões a) [Anterior alínea a) do n.º 13];
de renovação, indeferimento e cancelamento são comu- b) [Anterior alínea b) do n.º 13].
nicadas pelo SEF, preferencialmente por via eletrónica,
às autoridades do Estado membro da União Europeia que 15 - O pedido de autorização de residência nos termos
concederam o estatuto de residente de longa duração ou da alínea m) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
o cartão azul UE. de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
de 9 de agosto, é ainda acompanhado dos seguintes
Artigo 61.º documentos:
[…] a) [Anterior alínea a) do n.º 14];
1 - […]. b) [Anterior alínea b) do n.º 14];
2 - O pedido de autorização de residência nos termos c) [Anterior alínea c) do n.º 14].
da alínea a) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, 16 - O pedido de autorização de residência nos termos
de 9 de agosto, é acompanhado de certidão de registo da alínea n) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
de nascimento do menor e de certificado de inscrição de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
consular com fotografia, com dispensa dos documentos de 9 de agosto, é ainda acompanhado de declaração
previstos no número anterior. emitida pela autoridade judicial de onde se conclua a
3 - Nas situações em que não exista representação cessação da necessidade de colaboração, ou pela certi-
Consular em Portugal, pode a inscrição referida no nú- dão da sentença judicial.
mero anterior ser substituída por outro meio de prova, 17 - O pedido de autorização de residência nos termos
incluindo declaração sob compromisso de honra subs- da alínea o) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
crita por um dos progenitores. de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
4 - O pedido de autorização de residência nos termos de 9 de agosto, é ainda acompanhado de comprovativo
da alínea b) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, da conclusão do plano de estudos ao nível secundário
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, ou superior, e contrato de trabalho ou promessa de con-
de 9 de agosto, é ainda acompanhado dos seguintes trato de trabalho, contrato de prestação de serviços ou
documentos: declaração de início de atividade independente.
18 - O pedido de autorização de residência nos termos
a) Certidão de registo de nascimento do menor e de da alínea p) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
certificado de inscrição consular com fotografia; de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
b) [Anterior alínea b) do n.º 3]. 9 de agosto, é ainda acompanhado de contrato de traba-
lho ou de prestação de serviços referente à atividade de
5 - [Anterior n.º 4]. investigação, docência num estabelecimento de ensino
6 - [Anterior n.º 5]. superior ou altamente qualificada, ou de comprovativo
1664 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

que o cidadão estrangeiro se encontra nas condições de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
previstas no n.º 2 do artigo 18.º da Convenção de Apli- 9 de agosto;
cação do Acordo de Schengen. c) Contrato de trabalho ou declaração da enti-
19 - O pedido de autorização de residência nos termos dade empregadora confirmando a manutenção de
da alínea q) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei 23/2007, de 4 relação laboral ou de outra entidade legalmente au-
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de torizada;
agosto, é acompanhado dos documentos definidos no des- d) Requerimento para a consulta do registo criminal
pacho a que se refere o n.º 3 do artigo 90.º-A da mesma lei. português pelo SEF.
20 - O pedido de autorização de residência nos termos
do n.º 4 do artigo 122.º da Lei 23/2007, de 4 de julho, 3 - Os pedidos de renovação referidos nos números
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, anteriores são ainda instruídos com informação neces-
pode ser feito em simultâneo com o previsto no n.º 3 sária para a verificação do cumprimento das obrigações
do presente artigo e ser acompanhado dos seguintes fiscais e perante a segurança social, obtidas nos termos
documentos:
do n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
a) Certidão de nascimento do menor, salvo se constar julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
do respetivo processo; de agosto.
b) Prova de que o ascendente do menor exerce efetiva- 4 - Caso se verifique insuficiência de informação no
mente o poder paternal, nomeadamente, através de decla- sistema da segurança social por causa não imputável ao
ração do progenitor não requerente confirmando o facto. trabalhador e este faça prova de apresentação de queixa
junto das autoridades competentes, poderão, se neces-
21 - O pedido de autorização de residência apresen- sário, ser realizadas diligências adicionais, e renovada
tado por cidadão estrangeiro cujo estatuto de residente a autorização de residência.
de longa duração ou o cartão azul UE foi cancelado, 5 - [Anterior n.º 3].
sem decisão de afastamento de território nacional, é 6 - O pedido de renovação de autorização de residên-
acompanhado dos documentos referidos no n.º 1. cia emitida para exercício de atividade de investigação
22 - [Anterior n.º 20]. científica ou altamente qualificada independente é ainda
23 - O pedido de concessão de autorização de residên- acompanhado dos seguintes documentos:
cia com dispensa de visto ao abrigo do artigo 122.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à a) Contrato de trabalho ou declaração do beneficiário
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, não obriga à prorrogação da prestação do serviço confirmando a manutenção do
de permanência em território nacional nos termos dos vínculo contratual; ou
artigos 71.º e seguintes da mesma lei. b) Contrato de prestação de serviços ou declaração
24 - Para efeitos da alínea d) do n.º 1, só é concedida do beneficiário da prestação do serviço confirmando a
autorização de residência com dispensa de visto aos ci- manutenção do vínculo contratual; ou
dadãos estrangeiros que não tenham sido condenados c) Comprovativo da posse de bolsa de investigação
em pena ou penas que, isolada ou cumulativamente, ul- científica.
trapassem um ano de prisão, ainda que, no caso de con-
denação por crime doloso previsto no presente diploma 7 - O pedido de renovação de autorização de residên-
ou com este conexo, ou por crime de terrorismo, por cri- cia emitida para efeitos de estudos é ainda acompanhada
minalidade violenta ou por criminalidade especialmente dos seguintes documentos:
violenta ou altamente organizada, a respetiva execução
tenha sido suspensa. a) Documento de matrícula em estabelecimento de
ensino e comprovativo da atividade escolar;
Artigo 62.º b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas
pelo estabelecimento, quando aplicável;
[…]
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encon-
1 - [Anterior corpo do artigo]. tra abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde;
2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 123.º d) Quando autorizado a trabalhar, os documentos
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo mencionados na alínea a) do n.º 5;
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF pode solicitar, e) Quando aplicável, documento comprovativo da
quando se justifique, a demonstração de um período frequência de estágio profissional, ainda que de natureza
superior a um ano de inserção no mercado laboral. extracurricular, que seja conexo com o plano de estudos
de ensino superior prosseguido em território nacional.
Artigo 63.º
Pedido de renovação de autorização de residência 8 - [Anterior n.º 6].
temporária ou de cartão azul UE 9 - [Anterior n.º 7].
10 - [Anterior n.º 8].
1 - […]. 11 - [Anterior n.º 9].
2 - O pedido de renovação de cartão azul UE deve 12 - [Anterior n.º 10].
ser acompanhado dos seguintes documentos: 13 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 78.º ou
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; 121.º-E da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
b) Comprovativo da posse de meios de subsistência, em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o direito de
nos termos definidos por portaria a que se refere a alí- residência não caduca antes de decorridos seis meses
nea d) do n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de 4 sobre o termo da validade do título a renovar.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1665

Artigo 65.º de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de


[…]
9 de agosto, o cancelamento dos títulos de residência
previsto naqueles artigos opera independentemente de
1 - […]. processo de outra natureza, desde que no respetivo pro-
2 - […]. cedimento seja produzida prova de que o casamento, a
3 - […]. união de facto ou a adoção teve por fim único permitir
4 - À renovação do título de residência permanente ao beneficiário do reagrupamento familiar a entrada e
por alteração dos elementos de identificação aplica-se a residência no País.
o disposto nos n.ºs 10 e 11 do artigo 63.º
Artigo 73.º
Artigo 66.º […]
[…]
1 - Pode ser solicitada segunda via do título de resi-
1 - […]. dência em caso de mau estado de conservação, perda,
2 - […]. destruição, furto ou roubo, salvo se houver lugar à sua
3 - O disposto nos números anteriores é aplicável renovação, nos termos dos artigos 78.º ou 121.º-E da
ao titular de cartão azul UE que pretenda beneficiar do Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
direito ao reagrupamento familiar, nos termos do n.º 2 Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
do artigo 121.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, 2 - […].
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. 3 - […].
4 - […].
Artigo 67.º Artigo 74.º
[…] […]
1 - […]. 1 - O pedido de concessão do estatuto de residente
2 - […]: de longa duração previsto no n.º 1 do artigo 125.º ou no
a) […]; n.º 1 do artigo 121.º-J da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
b) […]; republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
c) […]; é formulado em impresso próprio, de modelo aprovado
d) […]; por despacho do diretor nacional do SEF e assinado pelo
e) […]; requerente ou, quando se trate de menor ou de incapaz,
f) […]; pelo seu representante legal, devendo ser apresentado
g) Prova da união de facto, conforme prevista no presencialmente junto da direção ou delegação regional
artigo 2.º-A da Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, alterada do SEF da área de residência do interessado e instruído
pela Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto, acompanhada, com os seguintes documentos:
sempre que possível, de quaisquer elementos indiciários a) […];
da união de facto que devam ser tomados em consi- b) […];
deração para os efeitos do n.º 2 do artigo 104.º da Lei c) […];
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei d) […];
n.º 29/2012, de 9 de agosto. e) […];
f) […];
3 - […]. g) Quando aplicável, certificado de habilitações emi-
4 - […]. tido por estabelecimento português de ensino oficial ou
Artigo 68.º de ensino particular ou cooperativo reconhecido nos
termos legais, certificado de aproveitamento no curso
[…]
de português básico emitido pelo IEFP, I.P., ou por es-
1 - O deferimento do pedido formulado nos termos tabelecimento de ensino oficial ou de ensino particular
do n.º 1 do artigo 98.º e do n.º 2 do artigo 121.º-A da ou cooperativo legalmente reconhecido, ou ainda, certi-
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo ficado de conhecimento de português básico, mediante a
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é comunicado ao realização de teste em centro de avaliação de português
membro do Governo responsável pela área dos negócios como língua estrangeira, reconhecido pelo Ministério
estrangeiros, por via eletrónica, acompanhado de cópia da Educação e Ciência.
digitalizada das peças processuais relevantes, devendo
ser facultado visto de residência aos requerentes, salvo 2 - […].
no caso de verificação de factos que se fossem do co- 3 - Aos cidadãos estrangeiros a quem seja concedida
nhecimento da autoridade competente teriam obstado ao o estatuto de residente de longa duração é emitido um
reconhecimento do direito ao reagrupamento familiar. título de residência, nos termos dos artigos 121.º-J ou
2 - […]. 130.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
3 - […]. em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, válido por
cinco anos.
Artigo 69.º
[…]
Artigo 76.º
[…]
Sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 108.º
e no n.º 2 do artigo 121.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 1 - [Anterior corpo do artigo].
1666 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

2 - O disposto no número anterior aplica-se ao can- republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
celamento do estatuto de residente de longa duração bem como a comunicação da instauração do processo
de ex-titulares de cartão azul UE, com as adaptações de afastamento e da intenção de o concretizar para o
constantes da parte final do n.º 5 do artigo 121.º-I da território daquele Estado membro.
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à 2 - Proferida a decisão de afastamento para o terri-
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. tório do Estado membro que lhe concedeu o estatuto
de residente de longa duração ou o cartão azul UE, o
Artigo 78.º SEF assegura a notificação da mesma às autoridades
daquele Estado membro, bem como a comunicação
[…]
das medidas adotadas relativamente à sua imple-
A concessão do estatuto de residente de longa dura- mentação.
ção a cidadão titular de autorização de residência ou de 3 - A recolha de informação e as comunicações pre-
cartão azul UE emitidos, respetivamente, ao abrigo dos vistas nos números anteriores são efetuadas, preferen-
artigos 116.º e 118.º ou 121.º-I da Lei n.º 23/2007, de 4 cialmente por via eletrónica, junto das autoridades do
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 Estado membro da União Europeia que concedeu o
de agosto, é comunicada pelo SEF, preferencialmente estatuto de residente de longa duração ou o cartão azul
por via eletrónica, às autoridades do Estado membro da UE, através de ponto de contacto designado pelo diretor
União Europeia que concedeu o estatuto de residente nacional do SEF.
de longa duração ou o cartão azul UE.
Artigo 82.º
Artigo 79.º […]
[…] 1 - Notificada a decisão de afastamento e após o
1 - Quando procedam à identificação de cidadão decurso do prazo referido no n.º 1 do artigo 160.º da
estrangeiro nos termos do artigo 250.º do Código do Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
Processo Penal, as autoridades policiais referidas no à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF procede à sua
n.º 7 do artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, execução, conduzindo o cidadão à fronteira.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, 2 - Nas circunstâncias referidas no n.º 2 do
têm de consultar o SEF a fim de: artigo 160.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, repu-
blicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
a) […]; o SEF procede à execução da decisão de afastamento
b) Apresentar o cidadão estrangeiro ao SEF para no mais curto espaço de tempo possível, conduzindo
efeitos de aplicação do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, o cidadão à fronteira.
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, 3 - […].
de 9 de agosto. 4 - […].
c) [Revogada]. 5 - […].
2 - São competentes para a notificação referida no Artigo 83.º
n.º 1 do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
[…]
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
e para solicitar a realização da mesma às autoridades 1 - […].
referidas no número anterior, os agentes de autoridade 2 - Verificadas as circunstâncias referidas no número
do SEF. anterior relativamente ao cidadão nacional de Estado
3 - Quando procedam à identificação do cidadão terceiro detido e presente ao juiz competente, nos ter-
estrangeiro nos termos dos n.ºs 1 e 7 do artigo 146.º da mos do artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
Lei nº 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, ou sempre que o o diretor nacional do SEF profere decisão de reconhe-
cidadão estrangeiro seja detido para identificação, cimento da decisão de expulsão, ficando o cidadão sob
nos termos do n.º 1 do artigo 146.º da mesma lei, custódia do SEF para condução à fronteira, nos termos
tal facto é sempre comunicado ao SEF para efeitos do artigo 171.º da mesma lei.
de observância da alínea b) do n.º 1 e do n.º 2 do 3 - Nos restantes casos, recolhidos os elementos
presente artigo. referidos no n.º 1, o diretor nacional do SEF deter-
mina o envio do processo ao tribunal competente
Artigo 81.º a fim de ser proferida decisão de reconhecimento
por entidade judicial, de acordo com o disposto nos
Decisão de afastamento de residente de longa
duração ou de titular de cartão azul UE
artigos 152.º a 158.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
num Estado membro da União Europeia julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
9 de agosto.»
1 - Antes de ser proferida decisão de afastamento
coercivo de residente de longa duração ou de titular de Artigo 3.º
cartão azul UE concedidos por um Estado membro da
União Europeia, a entidade competente para determinar Alteração da epígrafe do capítulo IV do Decreto
Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de novembro
o afastamento assegura, junto da autoridade competente
do respetivo Estado membro, a recolha da informação A epígrafe do capítulo IV do Decreto Regulamentar
pertinente para análise do caso, nos termos dos n.ºs 1 n.º 84/2007, de 5 de novembro, passa a ter a seguinte re-
e 2 do artigo 136.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, dação: Autorização de residência e cartão azul UE.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1667

Artigo 4.º Artigo 6.º


Aditamento ao Decreto Regulamentar Norma revogatória
n.º 87/2007, de 5 de novembro
São revogados os n.ºs 5 e 6 do artigo 5.º, o n.º 2 do
É aditado ao Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de artigo 16.º, o n.º 3 do artigo 38.º, o artigo 47.º, o artigo 52.º,
novembro, o artigo 32.º-A, com a seguinte redação: e a alínea c) do n.º 1 do artigo 79.º do Decreto Regulamen-
tar n.º 84/2007, de 5 de novembro.
«Artigo 32.º-A
Visto de residência para atividade altamente Artigo 7.º
qualificada subordinada
Republicação
1 - O pedido de visto de residência previsto no É republicado em anexo ao presente decreto regulamen-
artigo 61.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, repu- tar, do qual faz parte integrante, o Decreto Regulamen-
blicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
tar n.º 84/2007, de 5 de novembro, com a redação atual.
é acompanhado dos documentos que atestem o cum-
primento dos requisitos previstos no n.º 1 do mesmo
artigo. Artigo 8.º
2 - Os centros de investigação, os estabelecimen- Entrada em vigor
tos de ensino superior ou outras entidades, públicas
ou privadas, nomeadamente empresas, que acolham O presente decreto regulamentar entra em vigor no dia
atividade altamente qualificada subordinada, podem seguinte ao da sua publicação.
remeter os documentos referidos no número anterior Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de
ao membro do Governo responsável pela área da janeiro de 2013. — Pedro Passos Coelho — José de Al-
ciência, tecnologia e ensino superior, que os envia, meida Cesário — Miguel Bento Martins Costa Macedo
ou a correspondente informação, de preferência por e Silva — Miguel Fernando Cassola de Miranda Rel-
via eletrónica, ao membro do Governo responsável vas — Álvaro Santos Pereira — Nuno Paulo de Sousa
pela área dos negócios estrangeiros, tendo em vista Arrobas Crato — Luís Pedro Russo da Mota Soares.
a celeridade e facilitação na tramitação do pedido
de visto. Promulgado em 7 de março de 2013.
3 - Carece de parecer prévio obrigatório dos membros Publique-se.
do Governo responsáveis pelas áreas da economia, do
emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino superior, O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
consoante os casos, a concessão de vistos para o exer- Referendado em 8 de março de 2013.
cício de atividade altamente qualificada subordinada,
quando exista dúvida quanto ao enquadramento dessa O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
atividade, nos termos da alínea a) do artigo 3.º da Lei
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei ANEXO
n.º 29/2012, de 9 de agosto.
4 - O parecer referido no número anterior é emitido (a que se refere o artigo 7.º)
no prazo de 20 dias, considerando-se favorável se não
for emitido naquele prazo.» Republicação do Decreto Regulamentar n.º 84/2007,
de 5 de novembro
Artigo 5.º
Alterações terminológicas CAPÍTULO I
As referências feitas no Decreto Regulamentar Entrada e saída de território nacional
n.º 84/2007, de 5 de novembro, a «Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior», «IEFP», «diretor-geral Artigo 1.º
do SEF», «Lei n.º 23/2007, de 4 de julho», «sistema de Controlo fronteiriço
informação de vistos», «portaria conjunta», «membros
do Governo responsáveis pelas áreas da administração 1 - O controlo fronteiriço e o controlo das pessoas na
interna, do trabalho e da solidariedade social», «Mi- passagem das fronteiras externas rege-se pelo disposto no
nistério do Trabalho e da Solidariedade Social», «Mi- Regulamento (CE) n.º 562/2006, do Parlamento Europeu
nistério da Educação», «Instituto Português de Apoio e do Conselho, de 15 de março, na Lei n.º 23/2007, de 4
ao Desenvolvimento, I. P.» «ACIDI, I.P.», são substi- de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
tuídas, respetivamente, por «Ministério da Educação agosto, e no presente decreto regulamentar.
e Ciência», «IEFP, I.P.», «diretor nacional do SEF», 2 - A reposição excecional do controlo documental nas
«Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo fronteiras internas prevista no n.º 6 do artigo 6.º da Lei
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto», «sistema nacional n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
de vistos», «portaria», «membros do Governo respon- n.º 29/2012, de 9 de agosto, rege-se pelo disposto nos
sáveis pelas áreas da administração interna, do emprego artigos 23.º a 31.º do Regulamento (CE) n.º 562/2006,
e da solidariedade social», «Ministério da Economia do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de março.
e do Emprego», «Ministério da Educação e Ciência», 3 - Compete às empresas transportadoras informar os
«Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I. P.», passageiros que utilizem um troço interno de um voo com
«Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Inter- origem ou destino em países não signatários da Convenção
cultural, I.P.» de Aplicação do Acordo de Schengen de que estão sujei-
1668 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

tos a controlo fronteiriço e que devem ser portadores de d) Os três últimos recibos de quitação dos valores au-
documento de viagem. feridos pela prestação de atividade subordinada ou inde-
pendente.
Artigo 2.º
Desembaraço de saída de navios e embarcações
4 - O termo de responsabilidade a apresentar pelos agen-
tes de navegação, nos termos do n.º 6 do artigo 8.º da Lei
1 - Após o controlo de saída de navio ou embarcação n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
e concluindo-se que não existe qualquer impedimento n.º 29/2012, de 9 de agosto, está sujeito às condições pre-
resultante da aplicação do regime legal de estrangeiros, o vistas nos n.ºs 2 a 4 do artigo 12.º do mesmo diploma legal.
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) emite o respe- 5 - [Revogado].
tivo desembaraço de saída que envia à autoridade marítima, 6 - [Revogado].
nos termos e para os efeitos previstos no regulamento geral
das capitanias. Artigo 6.º
2 - Estão isentas de desembaraço do SEF as embarcações
Verificação da autenticidade dos documentos
de tráfego local, de pesca local e costeira e os rebocadores
e embarcações auxiliares locais ou costeiras. As autoridades competentes para a emissão de docu-
mentos devem disponibilizar ao SEF, por via adequada,
Artigo 3.º incluindo a electrónica, o acesso aos pedidos respeitantes
Autorização de acesso à zona internacional dos portos à sua concessão ou emissão, facultando a consulta do res-
petivo processo e duplicados sempre que tal seja requerido
1 - A autorização de acesso à zona internacional dos ou se justifique.
portos é válida pelo tempo estritamente necessário à con-
cretização da finalidade que motivou a sua concessão. Artigo 7.º
2 - Sempre que a finalidade e a frequência do acesso o
justifiquem, pode ser concedida autorização com validade Responsabilidade dos transportadores
mais alargada, não superior a um ano. 1 - Compete ao transportador, logo que notificado nos
3 - Às pessoas autorizadas pelo SEF a aceder à zona termos do n.º 3 do artigo 38.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
internacional é emitida autorização de acesso cujas con- julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
dições de emissão e modelo são aprovados por despacho agosto, suportar todos os encargos inerentes à permanência
do membro do Governo responsável pela área de admi- do cidadão estrangeiro na respetiva zona internacional ou
nistração interna. em unidade habitacional situada no interior de território
nacional até ao momento do seu reembarque.
Artigo 4.º 2 - As despesas mencionadas no n.º 4 do artigo 41.º
Validade dos documentos de viagem da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, incluem, além da taxa
Para efeitos de entrada e saída do território português, prevista, as correspondentes ajudas de custo, seguro pes-
a validade do documento de viagem apresentado deve ser soal adequado, transporte, alojamento, bem como outras
superior em, pelo menos, três meses à duração da estada diretamente decorrentes da execução da escolta.
prevista, salvo quando se trate da reentrada de um estran- 3 - O regime mencionado no número anterior aplica-se
geiro residente no País ou nos casos excecionais previstos às situações relativamente às quais o transportador solicite
no n.º 4 do artigo 13.º escolta, desde que o SEF conclua pela sua necessidade.
4 - No caso de transporte por via marítima, respondem
Artigo 5.º solidariamente pelos encargos os armadores e os agentes
Termo de responsabilidade de navegação que os representam.
1 - O termo de responsabilidade que garanta a ali- Artigo 8.º
mentação e alojamento a nacional de Estado terceiro
que pretenda entrar no País, bem como a reposição de Entrada e saída de menores
custos de afastamento, em caso de permanência ilegal, 1 - A entrada no País de menores estrangeiros desacom-
deve ser subscrito por cidadão português ou cidadão panhados de quem exerce o poder paternal apenas deve
estrangeiro habilitado a permanecer regularmente em ser autorizada quando exista cidadão português ou cidadão
território nacional. estrangeiro que permaneça regularmente em Portugal que
2 - O termo de responsabilidade constitui prova da se responsabilize pela sua estada, após confirmação de
posse de meios de subsistência suficientes, sem prejuízo existência de autorização válida adequada emitida pelo
da possibilidade de apresentação de outros meios válidos respetivo representante legal e avaliação de todos os demais
de prova. elementos pertinentes.
3 - O SEF pode fazer depender a aceitação dos termos 2 - No caso de recusa de entrada e de regresso do me-
de responsabilidade de prova da capacidade financeira do nor desacompanhado, a companhia transportadora deve
seu subscritor, atestada, designadamente, através de um assegurar que o menor é entregue no país de origem ou
dos seguintes documentos: ponto onde iniciou a sua viagem a quem exerce o poder
a) Declaração de liquidação do Imposto sobre o Rendi- paternal ou a pessoa ou organização a quem o mesmo
mento das Pessoas Singulares (IRS) do ano anterior; possa ser confiado.
b) Extrato de remunerações emitido pelos serviços da 3 - Os menores estrangeiros residentes no País que
segurança social; desejem sair por uma fronteira externa desacompanhados
c) Declaração com o saldo médio bancário; de quem exerce o poder paternal devem apresentar auto-
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1669

rização subscrita por um dos progenitores ou por quem, cônjuge, dos dependentes ou dos elementos do grupo que
no caso, seja responsável pelo mesmo, certificada por neles se encontram mencionados que pretendam beneficiar
qualquer das formas legalmente previstas. do visto, quando aplicável;
4 - Sempre que existam dúvidas relativamente à situação b) O tipo, número, data e local de emissão e validade
do menor, o SEF realiza todas as diligências necessárias do documento de viagem e a identificação da autoridade
à sua identificação, com vista a garantir a sua proteção e que o emitiu;
adequado encaminhamento. c) O objetivo da estada;
d) O período de permanência;
Artigo 9.º e) Nome da pessoa ou da empresa de acolhimento e
nome da pessoa a contactar na empresa de acolhimento,
Transmissão de dados
quando aplicável;
O SEF estabelece os procedimentos e as soluções tecno- f) Local previsto de alojamento, quando aplicável.
lógicas adequadas para a transmissão pelas transportadoras
aéreas, armadores ou agentes de navegação, dos dados
previstos no artigo 42.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, Artigo 12.º
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, Documentos a apresentar
nos termos a definir por portaria do membro do Governo
responsável pela área da administração interna. 1 - Sem prejuízo dos documentos específicos exigíveis
para cada tipo de visto, os pedidos são instruídos com os
seguintes documentos:
CAPÍTULO II
a) Duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo
Vistos liso, atualizadas e com boas condições de identificação
do requerente;
SECÇÃO I b) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
c) Certificado do registo criminal emitido pela autori-
Vistos concedidos no estrangeiro dade competente do país de nacionalidade do requerente
ou do país em que este resida há mais de um ano, quando
Artigo 10.º sejam requeridos vistos de estada temporária e de resi-
Pedido de visto dência;
d) Requerimento para consulta do registo criminal por-
1 - O pedido de visto que, por força da legislação aplicá- tuguês pelo SEF, quando sejam requeridos vistos de estada
vel, deva ser apresentado numa embaixada, posto consular temporária e de residência;
de carreira ou secção consular é formulado em impresso e) Seguro de viagem válido, que permita cobrir as des-
próprio, assinado pelo requerente e instruído com toda a pesas necessárias por razões médicas, incluindo assistência
documentação necessária. médica urgente e eventual repatriamento;
2 - Salvo razões atendíveis, o pedido deve ser apresen- f) Comprovativo da existência de meios de subsistência,
tado pelo requerente no país da sua residência habitual ou tal como definidos por portaria dos membros do Governo
no país da área da jurisdição consular do Estado da sua responsáveis pelas áreas da administração interna e do
residência. trabalho e da solidariedade social, atenta a natureza do
3 - Quando o requerente for menor ou incapaz, o pedido tipo de visto solicitado;
de visto deve ser assinado pelo respetivo representante g) Cópia do título de transporte de regresso, salvo
legal. quando seja solicitado visto de residência.
4 - Em casos excecionais, devidamente justificados,
ou quando a legislação expressamente o permita, o res-
ponsável pela embaixada, posto consular de carreira ou 2 - O documento previsto na alínea f) do número anterior
secção consular pode dispensar a presença do requerente, pode ser dispensado aos titulares de passaporte diplomático
devendo os motivos da dispensa constar no formulário e de serviço especial ou oficial.
do pedido. 3 - As missões diplomáticas ou os postos consulares
5 - A apresentação do pedido de visto pode dar lugar à podem decidir, caso a caso, abrir uma exceção à exi-
aposição, no passaporte do requerente, desde que solici- gência de seguro médico de viagem para os titulares de
tada pelo próprio, de um carimbo contendo os elementos passaportes diplomáticos, de serviço e outros passapor-
respeitantes à data, embaixada, posto consular de carreira tes oficiais, ou quando tal possa proteger os interesses
ou secção consular onde foi solicitado, salvo nos casos de nacionais em matéria de política externa, de política de
passaportes diplomáticos ou de serviço. desenvolvimento ou outras áreas de relevante interesse
6 - O modelo de impresso previsto no n.º 1 está também público, devendo ser assegurada, no prazo de 90 dias
disponível em suporte eletrónico no sítio na Internet dispo- após a entrada em território nacional, a subscrição de
nibilizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. adequado seguro de saúde.
4 - Tratando-se de pedido de visto respeitante a me-
nor sujeito ao exercício do poder paternal ou incapaz
Artigo 11.º
sujeito a tutela, deve ser apresentada a respetiva au-
Elementos do pedido torização.
Do pedido de visto, apresentado em formulário próprio, 5 - Podem ser isentos de apresentação de seguro de
viagem os requerentes que comprovem a impossibilidade
devem constar os seguintes elementos:
da sua obtenção.
a) A identificação completa do requerente e, caso seja 6 - Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos de
titular de passaporte familiar ou de passaporte coletivo, do junção ao processo de informação sobre registo criminal.
1670 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

Artigo 13.º Artigo 14.º


Instrução do pedido Parecer obrigatório
1 - A autoridade diplomática ou consular, na instrução 1 - O prazo de 7 ou de 20 dias para emissão dos pareceres
do pedido, deve: previstos no n.º 6 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
a) Comprovar a identidade do requerente;
agosto, é contado a partir do dia da receção do pedido de
b) Verificar se o requerente está indicado, para efeitos
parecer apresentado por via eletrónica.
de não admissão, no Sistema de Informação Schengen;
2 - Nas representações diplomáticas e consulares onde
c) Verificar a regularidade, autenticidade e validade do
estejam colocados oficiais de ligação do SEF o parecer
documento de viagem apresentado pelo requerente, tendo
prévio previsto no número anterior é processado pelos
em conta, neste último caso, que a mesma deve ultrapassar,
mesmos.
em pelo menos três meses, a data limite da permanência
requerida;
d) Comprovar se o documento de viagem permite o Artigo 15.º
regresso do requerente ao país de origem ou a sua entrada Indeferimento liminar do pedido
num país terceiro;
e) Apurar da existência e validade da autorização de A autoridade consular pode indeferir liminarmente os
saída ou do visto de regresso ao país de proveniência, pedidos não identificados ou cujo teor seja ininteligível.
sempre que esta formalidade seja requerida pelas autori-
dades competentes, devendo observar-se o mesmo pro- Artigo 16.º
cedimento relativamente à autorização de entrada num
Visto de escala
país terceiro;
f) Confirmar se o documento de viagem é reconhecido 1 - O pedido de visto de escala deve ser acompanhado
e válido para todos os países signatários da Convenção de cópia do título de transporte para o país de destino fi-
de Aplicação, salvo quando o visto solicitado seja exclu- nal, bem como de prova de que o passageiro se encontra
sivamente válido para uma ou várias Partes Contratantes, habilitado com o correspondente visto de entrada nesse
sendo, neste caso, suficiente o seu reconhecimento pelas país, sempre que exigível.
autoridades competentes; 2 - [Revogado].
g) Confirmar se a situação económica do requerente e
a duração da estada são adequadas ao custo e objetivos Artigo 17.º
da viagem, podendo ser apresentado termo de responsa-
Visto de curta duração
bilidade;
h) Nas situações excecionais previstas no n.º 2 do ar- 1 - O pedido de visto de curta duração é acompanhado
tigo 10.º, verificar as razões que o requerente invoca para de prova do objetivo e das condições da estada prevista.
apresentar o pedido em país diferente daquele onde tem 2 - Para efeitos do n.º 2 do artigo 51.º da Lei n.º 23/2007,
residência habitual e se aí se encontra regularmente, efe- de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
tuando, sempre que necessário, consulta prévia à respetiva 9 de agosto, o visto de curta duração pode ser emitido para
autoridade central; uma, duas ou múltiplas entradas, não podendo o prazo de
i) Exigir a apresentação dos elementos que sejam ne- validade exceder cinco anos.
cessários ao esclarecimento de quaisquer dúvidas acerca 3 - Para efeitos do n.º 3 do artigo 51.º da Lei n.º 23/2007,
dos elementos constantes do pedido, designadamente perí- de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
cias médico-legais comprovativas dos laços de parentesco de agosto, o visto de curta duração para múltiplas entradas
invocados; é emitido com um prazo de validade compreendido entre
j) Verificar se o requerente se deslocou a Portugal em seis meses e cinco anos.
ocasiões anteriores e se nestas não excedeu o período de
permanência autorizado; Artigo 18.º
l) Emitir o respetivo parecer devidamente fundamentado;
m) Registar o pedido no sistema nacional de vistos, Visto de estada temporária para tratamento médico
e para acompanhamento familiar
previsto no artigo 39.º.
1 - O pedido de visto de estada temporária previsto na
2 - A autoridade diplomática ou consular faz depen- alínea a) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4
der a aceitação do termo de responsabilidade previsto de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
na alínea g) do número anterior de prova de capacidade agosto, é acompanhado de relatório médico e comprovativo
financeira do seu subscritor. emitido pelo estabelecimento de saúde oficial ou oficial-
3 - A autoridade consular competente pode, em qualquer mente reconhecido de que o requerente tem assegurado o
fase do processo, exigir a presença do requerente na missão internamento ou o tratamento ambulatório.
diplomática ou posto consular de carreira, tendo em vista a 2 - O pedido de visto de estada temporária previsto na
recolha de elementos cujo conhecimento seja conveniente alínea g) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4
para a instrução e decisão do pedido. de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
4 - Excecionalmente, nomeadamente por razões ur- de agosto, é acompanhado de comprovativo dos laços de
gentes de carácter humanitário ou de interesse nacional, parentesco que justificam o acompanhamento.
podem ser apostos vistos em documentos de viagem cujo 3 - Os pedidos de visto previstos nos números ante-
período de validade seja inferior a três meses, desde que a riores obedecem ainda ao disposto no artigo 52.º da Lei
validade do documento seja superior à do visto e a garantia n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
de regresso não fique comprometida. n.º 29/2012, de 9 de agosto.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1671

4 - Para efeitos de concessão de visto para acompanha- 6 - As entidades empregadoras procedem à seleção e
mento familiar são considerados o cônjuge, a pessoa com informam diretamente o candidato que vai preencher o
quem viva em união de facto, os ascendentes, os filhos posto de trabalho e enviam os documentos referidos nas
ou pessoa com outro vínculo de parentesco e, no caso de alíneas a) ou b) e d) do n.º 1 para que o trabalhador possa
menores ou incapazes, na falta de familiar, a pessoa a cargo solicitar o visto junto do posto consular.
de quem estejam ou familiares desta. 7 - Todos os procedimentos referidos nos números ante-
riores podem ser efetuados por comunicação eletrónica, de-
Artigo 19.º signadamente através de sítio próprio do IEFP, I.P., na Inter-
net, sem prejuízo de recurso a outros meios de comunicação.
Visto de estada temporária no âmbito
da transferência de trabalhadores 8 - Com vista a monitorizar as promessas de contrato
de trabalho emitidas por entidade patronal, o sistema de
1 - O pedido de visto de estada temporária previsto no informação que gere as comunicações e procedimentos
artigo 55.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada regista o histórico disponível.
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado 9 - A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Co-
dos documentos que atestem o cumprimento dos requisitos munidades Portuguesas regista o visto no sistema nacional
previstos nas alíneas a) e b) do mesmo artigo. de vistos, previsto no artigo 39.º, e informa o IEFP, I.P.,
2 - Quando o estabelecimento de onde é transferido o sobre a sua concessão no prazo máximo de cinco dias.
requerente se situe no país em que apresente o pedido,
os comprovativos podem ser emitidos por esse mesmo Artigo 21.º
estabelecimento.
Visto de estada temporária para atividade de investigação,
atividade docente em estabelecimento
Artigo 20.º de ensino superior ou altamente qualificada
Visto de estada temporária para exercício de uma atividade 1 - O pedido de visto de estada temporária previsto no
profissional subordinada artigo 57.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
ou independente de carácter temporário
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado
1 - O pedido de visto de estada temporária previsto na dos documentos que atestem o cumprimento dos requisitos
alínea c) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4 previstos nas alíneas a) e b) do mesmo artigo.
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 2 - Os centros de investigação, os estabelecimentos de
agosto, é acompanhado dos seguintes documentos: ensino superior ou outras entidades, públicas ou privadas,
nomeadamente empresas, que acolham atividade altamente
a) Promessa ou contrato de trabalho no âmbito de uma ati- qualificada, podem remeter os documentos referidos no
vidade profissional subordinada de carácter temporário; ou número anterior ao Ministério da Educação e Ciência que
b) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços os envia, ou a correspondente informação, de preferência
no âmbito de uma atividade profissional independente de por via eletrónica, ao Ministério dos Negócios Estrangei-
carácter temporário; ros, tendo em vista a celeridade e facilitação na tramitação
c) Quando aplicável, declaração emitida pela entidade do pedido de visto.
competente para a verificação dos requisitos do exercício 3 - Carece de parecer prévio obrigatório do Ministério da
de profissão que, em Portugal, se encontre sujeita a qua- Educação e Ciência a concessão de vistos para o exercício
lificações especiais; de atividade altamente qualificada quando exista dúvida
d) Declaração, a emitir pelo Instituto do Emprego e da quanto ao enquadramento dessa atividade nos termos da
Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.), de que a promessa alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
ou contrato de trabalho se refere a oferta disponível para republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
cidadãos nacionais de países terceiros. 4 - O parecer referido no número anterior é emitido
no prazo de 20 dias, findo o qual a ausência de emissão
2 - O IEFP, I.P., aprecia as ofertas de emprego para corresponde a parecer favorável.
atividade de carácter temporário apresentadas pelas en-
tidades empregadoras ao abrigo do artigo 56.º da Lei Artigo 22.º
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, e publicita-as, depois de Visto de estada temporária para o exercício
de atividade desportiva amadora
devidamente identificadas e numeradas, em local próprio
do seu sítio na Internet, 30 dias após a apresentação da O pedido de visto de estada temporária previsto na
oferta de emprego. alínea e) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4
3 - As embaixadas e postos consulares acedem à in- de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
formação disponível no sítio de Internet do IEFP, I.P., agosto, é acompanhado de documento emitido pela respe-
e publicitam as ofertas de emprego em local próprio e tiva federação, confirmando o exercício da atividade des-
divulgam-nas, por via diplomática, junto dos serviços portiva, bem como de termo de responsabilidade subscrito
competentes do país terceiro. pela associação ou clube desportivo, assumindo a respon-
4 - Os cidadãos nacionais de países terceiros que pre- sabilidade pelo alojamento e pelo pagamento de eventuais
tendam ocupar uma oferta de emprego para atividade de cuidados de saúde e despesas de repatriamento.
carácter temporário apresentam a sua candidatura, prefe-
rencialmente por via eletrónica, para endereço próprio da Artigo 23.º
entidade empregadora.
Visto de estada temporária em casos excecionais
5 - A divulgação das ofertas de emprego pode ser sus-
pensa a pedido da entidade empregadora e sê-lo-á sempre 1 - O pedido de visto de estada temporária previsto
uma vez ocorrido o seu preenchimento. na alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007,
1672 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, c) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estrangei-
de 9 de agosto, é acompanhado do comprovativo da ros que vivam de rendimentos de bens móveis ou imóveis
situação de excecionalidade, relevando, para o efeito, ou da propriedade intelectual;
a estada temporária de cidadãos nacionais de países d) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estrangei-
terceiros que se encontrem abrangidos pelos acordos, ros que vivam de rendimentos de aplicações financeiras;
protocolos ou instrumentos similares bilaterais, nome- e) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estran-
adamente sobre trabalhos em férias, nas condições e geiros com a qualidade de ministros do culto, membros
termos aí previstos. de instituto de vida consagrada ou que exerçam profissio-
2 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da nalmente atividade religiosa e que, como tal, seja certifi-
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei cada pela igreja ou comunidade religiosa a que pertençam,
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada temporária devidamente reconhecidas nos termos da ordem jurídica
para frequência de um programa de estudo de duração portuguesa.
igual ou inferior a um ano em estabelecimento de ensino,
ou no âmbito de intercâmbio de estudantes com a mesma Artigo 25.º
duração, é acompanhado de: Instrumentos bilaterais de simplificação
a) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino, A seleção e recrutamento de trabalhadores nacionais de
comprovativo da aceitação da matrícula; países terceiros, para preenchimento de ofertas de emprego
b) Declaração comprovativa de acolhimento por família, que se enquadrem no contingente mencionado no n.º 2 do
nas condições previstas na alínea c) do n.º 5 do artigo 62.º artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e das ofertas
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou, de emprego para trabalho temporário, pode ser objeto de
c) Comprovativo de alojamento. protocolo a celebrar entre o IEFP, I.P., e os serviços públi-
cos de emprego congéneres de países terceiros, a publicitar
3 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da no sítio do IEFP, I.P., na Internet.
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada Artigo 26.º
temporária para estágio profissional é acompanhado
de documento emitido por empresa ou organismo de Contingente global indicativo de oportunidades de emprego
formação profissional oficialmente reconhecido ates- Os procedimentos e elementos necessários para defi-
tando a admissão no estágio, o respetivo programa e, se nição do contingente global indicativo de oportunidades
necessário, o contrato de formação e a calendarização de emprego a aprovar por resolução do Conselho de Mi-
do programa. nistros, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 59.º da Lei
4 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, são da responsabilidade do
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada temporária Ministério da Economia e do Emprego.
para voluntariado obedece à comprovação da idade mínima
fixada em portaria do membro do Governo responsável Artigo 27.º
pela área da administração interna, sendo acompanhado
Publicitação de ofertas de emprego
de documento emitido pela organização responsável em
Portugal pelo programa de voluntariado, oficialmente re- 1 - Cada oferta de emprego que se enquadre no contin-
conhecida, que ateste a admissão. gente mencionado no n.º 2 do artigo 59.º da Lei n.º 23/2007,
5 - Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei de 9 de agosto, apresentada por entidade empregadora
n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto de estada temporária junto do IEFP, I.P., é publicitada em local próprio no sítio
no âmbito dos compromissos internacionais ao nível da do IEFP, I.P., na Internet, 30 dias após o momento da
liberdade de prestação de serviços é emitido mediante a sua apresentação, devidamente identificada e numerada,
apresentação dos seguintes documentos: ficando também disponível para cidadãos nacionais de
a) Contrato de prestação de serviços celebrado entre o países terceiros.
cidadão estrangeiro e o consumidor final; 2 - Quando a entidade empregadora não autorize a pu-
b) Certificado de posse das habilitações técnicas reque- blicitação da oferta segue-se o procedimento previsto no
ridas para a prestação do serviço em causa. artigo 29.º
3 - As embaixadas e postos consulares acedem à infor-
mação disponível no sítio do IEFP, I.P., na Internet, publi-
Artigo 24.º
citam as ofertas de emprego em local próprio e divulgam-
Visto de residência nas, por via diplomática, junto dos serviços competentes
São definidos por portaria dos membros do Governo do país terceiro.
responsáveis pelas áreas da administração interna, do em- 4 - A divulgação das ofertas de emprego pode ser sus-
prego e da solidariedade social os comprovativos de posse pensa a pedido da entidade empregadora e sê-lo-á sempre
de meios de subsistência necessários para: uma vez ocorrido o seu preenchimento.

a) Os pedidos de vistos de residência para o exercício Artigo 28.º


de atividade profissional, estudo, estágio profissional não
Candidatura a ofertas de emprego
remunerado ou voluntariado;
b) Os pedidos de visto efetuados por cidadãos estran- 1 - Os cidadãos nacionais de países terceiros que pre-
geiros reformados; tendam ocupar uma oferta de emprego apresentam a sua
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1673

candidatura, preferencialmente por via eletrónica, para 2 - Nas situações excecionais previstas no n.º 7 do
endereço próprio da entidade empregadora. artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
2 - As entidades empregadoras enviam ao cidadão es- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o visto, instru-
trangeiro selecionado contrato de trabalho ou promessa de ído com os elementos previstos no mesmo preceito legal,
contrato de trabalho junto com a declaração emitida pelo só pode ser concedido mediante autorização expressa do
IEFP, I.P., para que aquele possa solicitar o visto junto do diretor-geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades
consulado. Portuguesas e após o parecer do SEF previsto no n.º 1 do
3 - Todos os procedimentos referidos nos números ante- artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
riores são efetuados por comunicação eletrónica, designa- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devendo ser
damente através de sítio próprio do IEFP, I.P., na Internet, registado no sistema nacional de vistos.
sem prejuízo de recurso a outros meios de comunicação. 3 - A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das
Comunidades Portuguesas, no prazo máximo de cinco
Artigo 29.º dias, informa o IEFP, I.P., sobre a concessão do visto, que
retira a correspondente oferta do sistema de informação
Procedimento aplicável
previsto no artigo 27.º
1 - As entidades empregadoras que pretendam celebrar
contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho Artigo 31.º
com nacional de país terceiro que se encontre no seu país Visto de residência para o exercício de atividade profissional
de origem, nos termos da alínea a) do n.º 5 do artigo 59.º independente ou para imigrantes empreendedores
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e que se enquadre em 1 - O pedido de visto de residência para o exercício de
sector de atividade não excluído pelo contingente global atividade profissional independente, constante da lista de
indicativo de oportunidades de emprego mencionado no profissões em vigor para identificação de sujeitos passivos
n.º 2 do mesmo artigo, devem requerer junto do IEFP, de IRS, é acompanhado de:
I.P., declaração comprovativa de que a oferta de emprego a) Contrato de sociedade ou contrato ou proposta escrita
se encontra abrangida pelo contingente global em vigor de contrato de prestação de serviços;
e de que não foi preenchida por trabalhador que goze b) Quando aplicável, declaração emitida pela entidade
de preferência, a emitir 30 dias após a apresentação da competente para a verificação dos requisitos do exercício
mesma oferta. de profissão que, em Portugal, se encontre sujeita a qua-
2 - As entidades empregadoras que pretendam efetuar lificações especiais.
uma manifestação individualizada de interesse na con-
tratação de nacional de país terceiro que se encontre no 2 - O pedido de visto de residência para imigrantes
seu país de origem, nos termos da alínea b) do n.º 5 do empreendedores que pretendam investir em Portugal ou
artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada já o tenham feito é acompanhado de:
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem requerer
junto do IEFP, I.P., declaração comprovativa dos requisitos a) Declaração de que realizou ou pretende realizar uma
referidos no número anterior, emitida no mesmo prazo, operação de investimento em Portugal, com indicação da
sendo aplicáveis para obtenção de visto os procedimentos sua natureza, valor e duração; e
previstos no artigo 30.º b) Comprovativo de que efetuou operações de inves-
3 - Nas situações excecionais previstas no n.º 7 do ar- timento; ou
tigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada c) Comprovativos de que possui meios financeiros dis-
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, as entidades poníveis em Portugal, incluindo os obtidos junto de insti-
empregadoras devem requerer junto do IEFP, I.P., decla- tuição financeira em Portugal, e da intenção de proceder
ração comprovativa de que a oferta de emprego não foi a uma operação de investimento em território português,
preenchida por trabalhador que goze de preferência nos devidamente descrita e identificada.
termos do n.º 1 do mesmo artigo, a emitir 30 dias após a
apresentação da mesma oferta. 3 - O pedido de visto de residência previsto no número
4 - Todos os procedimentos referidos nos números an- anterior será apreciado tendo em conta, nomeadamente, a
teriores são efetuados por comunicação eletrónica, através relevância económica, social, científica, tecnológica, ou
de sítio próprio do IEFP, I.P., na Internet. cultural do investimento.

Artigo 30.º Artigo 32.º


Visto de residência para o exercício de atividade Visto de residência para atividade de investigação,
profissional subordinada atividade docente em estabelecimento
de ensino superior ou altamente qualificada
1 - O pedido de visto de residência para o exercício de
atividade profissional subordinada é acompanhado dos 1 - O pedido de visto de residência previsto no artigo 61.º
seguintes documentos: da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado dos
a) Contrato de trabalho, promessa de contrato de traba- documentos que atestem o cumprimento dos requisitos
lho ou manifestação individualizada de interesse; previstos nos n.ºs 1 e 2 do mesmo artigo.
b) Declaração comprovativa emitida pelo IEFP, I.P., nos 2 - Os centros de investigação, os estabelecimentos de
termos dos n.ºs 1, 2 ou 3 do artigo anterior; ensino superior, ou outras entidades públicas ou privadas,
c) Comprovativo de que está habilitado ao exercício nomeadamente empresas que acolham atividade altamente
da profissão, quando esta se encontre regulamentada em qualificada, podem remeter os documentos referidos no
Portugal. número anterior aos membros do Governo responsáveis
1674 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

pelas áreas da economia, do emprego, da ciência, da tec- b) Declaração comprovativa do seu acolhimento por
nologia e do ensino superior, consoante os casos, que os família, nas condições previstas na alínea c) do n.º 5 do
enviam, de preferência por via eletrónica, ao membro do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros, em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou
tendo em vista a celeridade e facilitação na tramitação do c) Comprovativo de alojamento assegurado.
pedido de visto.
3 - Carece de parecer prévio obrigatório dos membros 2 - O pedido de visto de residência para frequência de
do Governo responsáveis pelas áreas da economia, do programa de estudo no ensino superior é acompanhado
emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino superior, de documento emitido pelo estabelecimento de ensino
consoante os casos, a concessão de vistos para o exercício confirmando que o requerente preenche as condições de
de atividade altamente qualificada quando exista dúvida admissão ou de que foi admitido.
sobre o enquadramento dessa atividade, nos termos da 3 - É dispensada a entrega dos documentos previstos
alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 nos casos em que os reque-
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. rentes sejam beneficiários de bolsas de estudo atribuídas
4 - O parecer referido no número anterior é emitido pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.,
no prazo de 20 dias, findo o qual a ausência de emissão entidade que informa as embaixadas, postos consulares de
corresponde a parecer favorável. carreira ou secções consulares portuguesas da sua condição
5 - O regime previsto nos números anteriores é aplicável, para efeitos de concessão de visto de residência.
quando tal se justifique, aos cidadãos estrangeiros objeto 4 - O pedido de visto de residência para frequência de
de destacamento para exercício de atividade altamente estágio profissional não remunerado é acompanhado de
qualificada, com duração previsível superior a um ano, documento emitido por empresa ou organismo de for-
comprovado mediante documento idóneo da empresa que mação profissional oficialmente reconhecido, atestando
o deslocou para território nacional. a sua admissão no estágio, o programa de estágio e, se
necessário, o contrato de formação, bem como a calenda-
Artigo 32.º-A rização do curso.
5 - O pedido de visto de residência para voluntariado é
Visto de residência para atividade altamente
qualificada subordinada acompanhado de documento que comprove que o reque-
rente tem a idade mínima fixada em portaria do membro do
1 - O pedido de visto de residência previsto no ar- Governo responsável pela área da administração interna e
tigo 61.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada de que foi admitido por uma organização responsável em
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado Portugal pelo programa de voluntariado em que participe,
dos documentos que atestem o cumprimento dos requisitos oficialmente reconhecida.
previstos no n.º 1 do mesmo artigo.
2 - Os centros de investigação, os estabelecimentos Artigo 34.º
de ensino superior ou outras entidades, públicas ou pri-
Visto de residência no âmbito da mobilidade
vadas, nomeadamente empresas, que acolham atividade de estudantes do ensino superior
altamente qualificada subordinada, podem remeter os
documentos referidos no número anterior ao membro do O pedido de visto de residência apresentado por na-
Governo responsável pela área da ciência, tecnologia e cional de Estado terceiro que resida como estudante do
ensino superior, que os envia, ou a correspondente infor- ensino superior num Estado membro da União Europeia
mação, de preferência por via eletrónica, ao membro do e que se candidate a frequentar em Portugal parte de um
Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros, programa de estudos já iniciado ou a completá-lo com um
tendo em vista a celeridade e facilitação na tramitação programa de estudos afins é acompanhado dos seguintes
do pedido de visto. documentos:
3 - Carece de parecer prévio obrigatório dos membros a) Comprovativos de que preenche as condições esta-
do Governo responsáveis pelas áreas da economia, do belecidas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007,
emprego, da ciência, da tecnologia e do ensino superior, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
consoante os casos, a concessão de vistos para o exercício 9 de agosto;
de atividade altamente qualificada subordinada, quando b) Comprovativo de que participa num programa de
exista dúvida quanto ao enquadramento dessa atividade, intercâmbio comunitário ou bilateral ou de que foi admitido
nos termos da alínea a) do artigo 3.º da Lei n.º 23/2007, como estudante num Estado membro da União Europeia
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de durante um período não inferior a dois anos.
9 de agosto.
4 - O parecer referido no número anterior é emitido no
prazo de 20 dias, considerando-se favorável se não for SECÇÃO II
emitido naquele prazo Disposições complementares
Artigo 33.º Artigo 35.º
Visto de residência para estudo, intercâmbio de estudantes, Parecer prévio obrigatório
estágio profissional ou voluntariado
1 - O pedido de visto de residência para frequência de pro- 1 - Para efeitos de emissão do parecer obrigatório do
SEF previsto no n.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de
grama de estudo no ensino secundário é acompanhado de:
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
a) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino de agosto, o responsável pela embaixada, posto consular
confirmando que o mesmo foi aceite; de carreira ou secção consular remete o processo devida-
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1675

mente instruído, acompanhado do respetivo parecer sobre 4 - As vinhetas previamente inutilizadas devem acom-
a sua admissibilidade, através do Ministério dos Negócios panhar a relação a que se referem os n.ºs 1 e 2.
Estrangeiros, por via eletrónica. 5 - No momento da concessão, os postos consulares de
2 - Para cumprimento do disposto nos n.ºs 1, 2, 3 e 5 do carreira comunicam ao SEF, por via eletrónica, os vistos
artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada concedidos sem consulta prévia, nos termos do n.º 3 do
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é competente artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
o diretor nacional do SEF com possibilidade de delegação. em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
3 - Nas representações diplomáticas e consulares onde 6 - Os processos de vistos concedidos sem consulta
estejam colocados oficiais de ligação do SEF, o parecer prévia nos termos da mesma norma devem ser enviados
prévio previsto no n.º 1 pode ser processado pelos mesmos, ao SEF, por via eletrónica, mencionando expressamente
nos termos de despacho a proferir pelo diretor nacional o domicílio indicado em território nacional.
do SEF.
4 - A consulta prévia prevista no n.º 4 do artigo 53.º da Artigo 39.º
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, é efetuada pelo Ministério dos Sistema nacional de vistos
Negócios Estrangeiros, diretamente ao Serviço de Infor- Nos termos das disposições regulamentares da União
mações de Segurança, devendo este informar também o Europeia e da legislação interna, o SEF organiza o sistema
SEF, sempre que o parecer seja desfavorável à admissão nacional de vistos no quadro do sistema europeu de infor-
do cidadão estrangeiro no território nacional. mações de vistos.
5 - A aplicação do disposto no n.º 1 do artigo 53.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Artigo 40.º
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é assegurada através do
sistema nacional de vistos. Dispensa de visto de residência
1 - Não carecem do visto de residência ou de estada
Artigo 36.º temporária os cidadãos nacionais de países terceiros resi-
Concessão dos vistos dentes num Estado membro da União Europeia e regular-
mente empregados numa empresa estabelecida num Estado
1 - Os vistos devem ser apostos em documentos de membro da União Europeia que, mantendo o respetivo
viagem válidos e reconhecidos por Portugal. vínculo laboral, se desloquem a território português para
2 - O período de permanência autorizado pelo visto prestar serviços.
fica condicionado à observância do disposto na alínea c) 2 - Os cidadãos a que se refere o número anterior devem,
do n.º 1 do artigo 13.º, sem prejuízo do disposto no n.º 4 no prazo de três dias após a entrada em território nacional,
do mesmo artigo. efetuar junto do SEF a declaração de entrada, nos termos
3 - A validade do visto concedido a familiares acom- do artigo 14.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
panhantes de titulares de visto de estada temporária não em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
pode ultrapassar a validade do visto do familiar a acom- 3 - Mediante apresentação de comprovativos das cir-
panhar. cunstâncias mencionadas no n.º 1, o SEF prorroga a per-
4 - As embaixadas, secções consulares e postos con- manência nos termos do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007, de
sulares de carreira podem, a título excecional, autorizar a 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
aposição de visto, em folha autónoma, a qual deve sempre de agosto, pelo tempo de duração correspondente ao do
acompanhar o documento de viagem. destacamento.
5 - A concessão de vistos é da competência do responsá-
vel pela embaixada, secção consular ou posto consular de
carreira e, nas suas ausências e impedimentos, do respetivo SECÇÃO III
substituto legal. Vistos concedidos em postos de fronteira

Artigo 37.º Artigo 41.º


Prazo para emissão dos vistos consulares Vistos de curta duração
Os vistos consulares devem ser emitidos no prazo má- 1 - A concessão de vistos de curta duração nos termos
ximo de 90 dias após a sua concessão, caducando, após do n.º 1 do artigo 67.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
tal prazo, se a não emissão for devida a não comparência republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, fica
do requerente. sujeita à verificação, se possível atestada por documento
comprovativo, das razões imprevistas que impediram o
Artigo 38.º requerente de se apresentar habilitado com o necessário
Relação de vistos concedidos
visto.
2 - A emissão dos vistos referidos no número anterior
1 - Os postos consulares enviam aos serviços compe- consiste na aposição de uma vinheta modelo tipo de visto
tentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros a relação no documento de viagem do requerente.
mensal das vinhetas inutilizadas.
2 - Da relação referida no número anterior consta o Artigo 42.º
nome, nacionalidade, tipo de visto, número e tipo de pas-
Visto especial
saporte, validade do visto, período de permanência e con-
sulta prévia. 1 - O visto especial previsto no artigo 68.º da Lei
3 - [Revogado]. n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
1676 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

n.º 29/2012, de 9 de agosto, é emitido em vinheta modelo 3 - Nos pedidos de prorrogação de permanência é dis-
tipo de visto, sendo esta aposta no respetivo documento pensada a entrega de documentos já integrados antes no
de viagem. fluxo de trabalho eletrónico do SEF e que se mantenham
2 - Caso o cidadão se apresente sem documento de válidos.
viagem válido, a vinheta referida no número anterior é 4 - Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos de
aposta em impresso próprio. junção ao processo de informação sobre registo criminal.
3 - O visto especial é válido para uma entrada em terri-
tório nacional, habilitando o seu titular a uma permanência Artigo 45.º
até 15 dias.
Prorrogação de permanência

CAPÍTULO III 1 - A prorrogação da permanência solicitada nos termos


do n.º 1 do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
Prorrogação de permanência republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
pode ser concedida desde que se mantenham as condições
Artigo 43.º que permitiram a admissão do cidadão estrangeiro em
Formulação e forma de concessão dos pedidos
território nacional.
de prorrogação de permanência 2 - Em caso de ocorrência de facto novo posterior à
entrada regular em território nacional, pode ser conce-
1 - Os pedidos de prorrogação de permanência são apre- dida, a título excecional, a prorrogação da permanência,
sentados presencialmente e em impresso próprio assinado nos termos do n.º 3 do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007, de
pelo requerente, instruídos com toda a documentação ne- 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
cessária, acompanhados, se necessário, de duas fotografias de agosto, devendo o pedido ser acompanhado dos docu-
iguais, tipo passe, a cores e fundo liso, atualizadas e com mentos previstos no artigo anterior.
boas condições de identificação. 3 - O pedido é apreciado tendo em conta, designada-
2 - Quando o requerente for menor ou incapaz, o pe- mente:
dido é formulado e assinado pelo respetivo representante
legal. a) Razões humanitárias;
3 - O SEF pode indeferir liminarmente os pedidos cujo b) Motivos de força maior;
teor seja ininteligível, que não tenham sido apresentados c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis.
presencialmente ou não tenham sido assinados por repre-
sentante legal, tratando-se de menor ou incapaz. 4 - A prorrogação da duração da estada ou da validade
4 - A prorrogação de permanência é concedida sob a de um Visto Schengen depende da verificação dos requisi-
forma de vinheta autocolante, de modelo aprovado por tos previstos no n.º 2 e da validade do visto, não podendo
portaria do membro do Governo responsável pela área da exceder 90 dias em 180 dias, sendo o pedido apreciado
administração interna. tendo em conta, designadamente:
5 - O fluxo de informação decorrente dos pedidos de a) Razões humanitárias;
prorrogação de permanência é processado nos termos do
b) Motivos de força maior;
n.º 2 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
c) Motivos pessoais sérios.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
5 - A prorrogação de permanência a que se refere o
Artigo 44.º
número anterior só é admitida a quem tenha beneficiado
Documentos necessários de um visto uniforme, com validade inferior ao limite pre-
1 - Sem prejuízo dos documentos específicos exigidos visto na Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen,
para cada tipo de prorrogação, os pedidos são instruídos em função da natureza do visto e desde que o período de
com os seguintes meios probatórios: prorrogação não ultrapasse esse limite.

a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;


b) Comprovativo dos meios de subsistência, atenta a Artigo 46.º
natureza do tipo de prorrogação solicitada; Prorrogação de permanência em casos especiais
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
d) Requerimento para consulta do registo criminal 1 - A prorrogação da permanência solicitada nos termos
português pelo SEF, sempre que a estada requerida seja do n.º 3 do artigo 72.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
superior a 90 dias; republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
e) Título de transporte que assegure o regresso, salvo nas pode ter lugar a título excecional e é apreciada tendo em
situações previstas nas alíneas a) e g) do n.º 1 do artigo 54.º conta, designadamente, a existência de:
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo a) Razões humanitárias;
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, ou sempre que a estada b) Motivos de força maior;
requerida exceda 90 dias; c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis.
f) Quando em visita familiar, comprovativo do respetivo
vínculo invocado.
2 - Nos casos em que os mesmos não existam já no
processo, o pedido deve ser acompanhado dos seguintes
2 - Em situações devidamente comprovadas e documen- elementos:
tadas, o documento solicitado na alínea e) do n.º 1, pode
ser substituído por comprovativo de reserva de viagem a) Documento comprovativo da relação de parentesco;
com indicação da data de regresso. b) Comprovativo da justificação invocada.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1677

Artigo 47.º republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,


quando aplicável.
[Revogado]
5 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
Artigo 48.º
tado por titular de visto de estada temporária emitido para
Prorrogação de vistos especiais atividade desportiva amadora deve ser acompanhado de
1 - O pedido de prorrogação de permanência apresen- documento emitido pela respetiva federação confirmando
tado por titular de visto especial é apreciado tendo em o exercício da atividade desportiva e de termo de respon-
consideração a manutenção das razões humanitárias ou sabilidade subscrito pela associação ou clube desportivo
de interesse nacional que justificaram a sua concessão, assumindo a responsabilidade pelo alojamento e pelo pa-
confirmadas pela entidade que determinou a emissão do gamento de eventuais cuidados de saúde e despesas de
mesmo. repatriamento.
2 - A prorrogação do visto é concedida no documento 6 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
de viagem ou no impresso previsto no artigo 42.º tado por titular de visto de estada temporária emitido para
frequência de um programa de estudo de duração inferior
Artigo 49.º a um ano em estabelecimento de ensino, ou no âmbito
de intercâmbio de estudantes com a mesma duração, é
Prorrogação de visto de estada temporária acompanhado de:
1 - O pedido de prorrogação de permanência apresen- a) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino,
tado por titular de visto de estada temporária emitido para comprovativo da matrícula e frequência;
efeitos de tratamento médico é acompanhado de comprova- b) Declaração comprovativa de manutenção do acolhi-
tivo de que o requerente continua em tratamento médico e mento por família, nas condições previstas na alínea c)
tem assegurado o internamento, o tratamento ambulatório do n.º 5 do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
ou se encontra inscrito em lista de espera ou no sistema republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou,
integrado de gestão para cirurgia. c) Comprovativo de alojamento.
2 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
tado por titular de visto de estada temporária emitido
7 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
no âmbito da transferência entre empresas deve ser
tado por titular de visto de estada temporária emitido para
acompanhado de documento comprovativo emitido pela
empresa situada em território nacional confirmando a estágio profissional é acompanhado de documento emi-
manutenção dos pressupostos que conduziram à con- tido por empresa, ou organismo de formação profissional
cessão do visto. oficialmente reconhecido, atestando a frequência do pro-
3 - O pedido de prorrogação de permanência apresentado grama de estágio em função da calendarização definida
por titular de visto de estada temporária emitido para exer- naquele.
cício de atividade profissional deve ser acompanhado de: 8 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
tado por titular de visto de estada temporária emitido para
a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade em- voluntariado obedece à comprovação da idade mínima
pregadora confirmando a manutenção da relação laboral; ou fixada em portaria do membro do Governo responsável
b) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços pela área da administração interna, sendo acompanhado
para o exercício de profissão liberal; de documento emitido pela organização responsável em
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra Portugal pelo programa de voluntariado, oficialmente re-
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; conhecida, que ateste a continuidade daquele, sem que
d) Informação necessária para verificação da inscrição possa ultrapassar um ano.
na administração fiscal e da regularidade da situação con- 9 - A decisão sobre os pedidos de prorrogação de per-
tributiva na segurança social, obtida nos termos do n.º 9 do manência apresentados por titular de visto de estada tem-
artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada porária para efeitos de acompanhamento de cidadão em
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. tratamento médico é tomada em consonância com a ado-
tada quanto ao cidadão acompanhado.
4 - O pedido de prorrogação de permanência apresen- 10 - Para efeitos da alínea e) do n.º 1 e do n.º 2 do ar-
tado por titular de visto de estada temporária emitido para tigo 72.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em
atividade de investigação ou altamente qualificada deve anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, a validade do visto
ser acompanhado de: de estada temporária, incluindo a respetiva prorrogação de
a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade em- permanência, não pode exceder um ano.
pregadora confirmando a manutenção da relação laboral; ou
b) Contrato da prestação de serviços ou declaração do Artigo 50.º
beneficiário da prestação do serviço confirmando a ma- Prorrogação de visto de residência
nutenção do vínculo contratual; ou
c) Comprovativo da posse de bolsa de investigação 1 - O pedido de prorrogação de permanência apresen-
científica; tado por titular de visto de residência é acompanhado de
d) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra comprovativo do pedido de concessão de autorização de
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; residência ou de cartão azul UE.
e) Informação necessária para verificação da inscri- 2 - O pedido é acompanhado de comprovativo da perma-
ção na administração fiscal e da regularidade da situação nência em território nacional, salvo se o motivo da ausência
contributiva na segurança social, obtida nos termos do decorrer de uma necessidade imperiosa de permanecer
n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, temporariamente no país de origem.
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CAPÍTULO IV c) Comprovativo de que dispõe de alojamento, aplicável


às situações de concessão de autorização de residência
Autorização de residência e cartão azul UE temporária.
d) Documento comprovativo dos vínculos de paren-
SECÇÃO I tesco, quando se justifique;
e) Comprovativo de certificação profissional, nos casos
Disposições gerais de profissões regulamentadas, quando aplicável;
f) Requerimento para consulta do registo criminal por-
Artigo 51.º tuguês pelo SEF.
Formulação do pedido
2 - O pedido é, ainda, instruído com informação neces-
1 - O pedido de concessão e de renovação de autoriza- sária para verificação da inscrição na administração fiscal
ção de residência ou de cartão azul UE é formulado em e na segurança social, quando aplicável, obtida nos termos
impresso próprio, sempre que se justificar, de modelo do n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
aprovado por despacho do diretor nacional do SEF e as- republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
sinado pelo requerente, sem prejuízo do disposto no n.º 3 3 - Em caso de dúvida, poderão ser solicitados, a título
do artigo 56.º, ou quando se trate de menor ou incapaz complementar, comprovativos de parentesco.
pelo seu representante legal, devendo ser apresentado pre- 4 - Os pedidos de concessão de autorização de resi-
sencialmente junto da direção ou delegação regional do dência ou de cartão azul UE ao abrigo das normas da Lei
SEF da área de residência do interessado, acompanhado, n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
se necessário, de duas fotografias do requerente iguais, n.º 29/2012, de 9 de agosto, que permitem a concessão
tipo passe, a cores e de fundo liso, atualizadas e com boas do título com dispensa de visto são acompanhados por
condições de identificação. certificado do registo criminal emitido pela autoridade
2 - O pedido pode ser ainda apresentado nos centros competente do país de nacionalidade do requerente ou do
nacionais de apoio ao imigrante (CNAI) em que esteja país em que este resida há mais de um ano.
assegurada a presença de funcionários do SEF. 5 - Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos de
3 - O SEF pode indeferir liminarmente os pedidos cujo junção ao processo de informação sobre registo criminal.
teor seja ininteligível, que não tenham sido apresentados 6 - A recusa da concessão de autorização de residência
presencialmente ou não tenham sido assinados por repre- temporária ou de cartão azul UE com fundamento em ra-
sentante legal, tratando-se de menor ou incapaz. zões de saúde pública obedece aos procedimentos e regras
4 - Nos pedidos de concessão ou de renovação de auto-
fixados nos n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 77.º da Lei n.º 23/2007,
rização de residência ou de cartão azul UE é dispensada a
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
entrega de documentos já integrados no fluxo de trabalho
9 de agosto.
eletrónico do SEF e que se mantenham válidos.
5 - Dos pedidos apresentados nos termos dos n.ºs 1 e
Artigo 54.º
2 do presente artigo é dado sempre conhecimento, por
via eletrónica, ao Alto Comissariado para a Imigração e Pedido de concessão de autorização de residência para exercício
Diálogo Intercultural, I.P. de atividade profissional subordinada
6 - O fluxo de informação decorrente dos pedidos de 1 - O pedido de concessão de autorização de residên-
concessão e renovação de autorização de residência e cia para exercício de atividade profissional subordinada
de cartão azul UE é processado nos termos do n.º 2 do apresentado por titular de visto de residência para a mesma
artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada finalidade, deve ser acompanhado de contrato de trabalho
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. celebrado nos termos da lei.
2 - O procedimento oficioso de concessão excecional de
Artigo 52.º autorização de residência, desencadeado ao abrigo do n.º 2
[Revogado] do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi-
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, rege-se
pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do Código do
SECÇÃO II Procedimento Administrativo.
Autorização de residência temporária 3 - Sem prejuízo do número anterior, pode ser apre-
sentada manifestação de interesse, por via eletrónica ou
Artigo 53.º presencial, que será objeto de análise pelo SEF para averi-
guar da suscetibilidade ou não de proposta de abertura do
Pedido de concessão de autorização de residência procedimento oficioso, manifestação que deve ser acom-
temporária ou de cartão azul UE
panhada dos seguintes documentos:
1 - Para além dos documentos específicos exigíveis em
a) Contrato de trabalho celebrado nos termos da lei ou
função da finalidade da residência, o pedido de concessão
documento emitido por alguma das entidades previstas
de autorização de residência ou de cartão azul UE apre-
na alínea a) do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de
sentado por titular do adequado visto é acompanhado dos
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
seguintes documentos:
de agosto, que comprove a existência da relação laboral;
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; b) Documento que comprove a sua entrada e perma-
b) Comprovativo dos meios de subsistência, nos termos nência legais em território nacional;
definidos por portaria dos membros do Governo respon- c) Informação necessária para verificação da inscrição
sáveis pelas áreas da administração interna, do emprego na administração fiscal e da regularidade da sua situação
e da solidariedade social; contributiva na segurança social, obtida nos termos do n.º 9
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1679

do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi- 4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber-
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final
é adotada na sequência de entrevista presencial com o
4 - Se, nos termos dos n.ºs 2 ou 3, houver lugar à aber- cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade
tura do procedimento oficioso, a respetiva decisão final da situação em causa, designadamente:
é adotada na sequência de entrevista presencial com o a) Motivos de força maior;
cidadão estrangeiro, e tendo em conta a excecionalidade b) Razões pessoais ou profissionais atendíveis.
da situação em causa, designadamente:
a) Motivos de força maior; 5 - O pedido de concessão de autorização de residên-
b) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. cia para trabalho independente formulado por titular de
autorização de residência para exercício de atividade pro-
5 - O pedido de concessão de autorização de residência fissional subordinada nos termos do n.º 5 do artigo 88.º
para trabalho subordinado formulado por titular de autori- da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
zação de residência para exercício de atividade profissional à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece ao disposto no
independente nos termos do n.º 3 do artigo 89.º da Lei presente artigo.
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, obedece ao disposto no n.º 1 Artigo 56.º
do presente artigo, só ocorrendo substituição do título de Pedido de concessão de autorização de residência para atividade
residência a requerimento expresso do interessado. de investigação ou altamente qualificada
6 - Os representantes no conselho consultivo para os
assuntos da imigração de cada uma das comunidades de 1 - O pedido de concessão de autorização de residência
imigrantes submetem à aprovação do conselho a lista temporária ou de cartão azul UE previstos, respetivamente,
nos artigos 90.º e 121.º-B da Lei n.º 23/2007, de 4 de
das associações que relevam para os efeitos previstos na
julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
alínea a) do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4
agosto, são acompanhados dos documentos que atestem o
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
cumprimento dos requisitos previstos nos n.ºs 1 daqueles
agosto, a qual vigora durante o período correspondente ao artigos.
do respetivo mandato. 2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 90.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
Artigo 55.º Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem, igualmente, ser
Pedido de concessão de autorização de residência para exercício considerados contratos de trabalho compatíveis com uma
de atividade profissional independente atividade altamente qualificada.
1 - O pedido de concessão de autorização de residência 3 - Os centros de investigação, os estabelecimentos de
para exercício de atividade profissional independente nos ensino superior ou outras entidades públicas ou privadas,
termos do n.º 1 do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de nomeadamente empresas, que acolham atividade altamente
julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de qualificada, independente ou subordinada, podem remeter
agosto, apresentado por titular de visto de residência para os documentos referidos no número anterior e na alínea b)
do n.º 1 do artigo 90.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
a mesma finalidade deve ser acompanhado dos seguintes
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
documentos:
aos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
a) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços economia, do emprego, da ciência, da tecnologia e do
para o exercício de profissão liberal; ou ensino superior, consoante os casos, que os envia, ou a
b) Comprovativo de declaração de início de atividade correspondente informação, de preferência, por via ele-
junto da administração fiscal e da segurança social como trónica, ao SEF, tendo em vista a celeridade e facilitação
pessoa singular; na tramitação dos pedidos.
c) Quando aplicável, declaração emitida pela respetiva 4 - O pedido de concessão do cartão azul UE pode ser
ordem profissional sobre a verificação dos requisitos de apresentado pelo empregador, o que não dispensa a pre-
inscrição ou documento comprovativo de que está habili- sença do requerente nos termos do disposto no artigo 51.º
tado ao exercício da profissão quando esta, em Portugal,
esteja sujeita a qualificações especiais. Artigo 57.º
Pedido de concessão de autorização de residência para estudo,
2 - O procedimento oficioso de concessão excecional de estágio profissional não remunerado ou voluntariado
autorização de residência desencadeado ao abrigo do n.º 2
do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi- 1 - O pedido de concessão de autorização de residência
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, rege-se para estudo em estabelecimento de ensino secundário ou
pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do Código do superior deve ser acompanhado dos seguintes documentos:
Procedimento Administrativo. a) Comprovativo de matrícula no estabelecimento de
3 - Sem prejuízo do número anterior, pode ser apre- ensino;
sentada manifestação de interesse, por via eletrónica ou b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas
presencial, que é objeto de análise pelo SEF para averiguar pelo estabelecimento, quando aplicável;
da suscetibilidade ou não de proposta de abertura do proce- c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
dimento oficioso, manifestação que deve ser acompanhada abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde.
dos documentos referidos no n.º 1 e ainda de documento
que comprove a entrada e permanência legais em território 2 - É dispensada a apresentação dos documentos previs-
nacional. tos no número anterior nos casos em que o requerente seja
1680 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

beneficiário de bolsa de estudo atribuída pelo Camões - cação da inscrição na administração fiscal e na segurança
Instituto da Cooperação e da Língua, I. P., entidade que, social, quando exigida por lei, obtida nos termos do n.º 9 do
para efeitos de autorização de residência, informa o SEF. artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
3 - O pedido de concessão de autorização de residên- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
cia para estudo em ensino superior formulado ao abrigo 4 - No caso de deferimento dos pedidos é emitido título
do n.º 3 do artigo 91.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, de residência substitutivo, com a mesma natureza e vali-
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é dade que o inicial, no qual será feita menção de autorização
acompanhado pelos documentos mencionados no n.º 1 e de trabalho.
é apreciado tendo em conta a excecionalidade da situação
pessoal do requerente, designadamente: Artigo 59.º
a) Motivos de força maior; Concessão de autorização de residência a vítimas de tráfico de pessoas
b) Razões pessoais atendíveis. ou cidadãos objeto de ação de auxílio à imigração
ilegal que colaborem com as autoridades na investigação
4 - O pedido de concessão de autorização de residência 1 - As autoridades públicas, designadamente a autori-
para frequência de estágio profissional não remunerado dade judiciária, os órgãos de polícia criminal competentes
deve ser acompanhado dos seguintes documentos: para a investigação dos crimes de tráfico de pessoas ou de
ação de auxílio à imigração ilegal, autoridades policiais
a) Contrato de formação celebrado com empresa ou ou as associações que atuem no âmbito da proteção das
organismo de formação profissional oficialmente reco- vítimas devem informar, por escrito, o cidadão estrangeiro,
nhecido; com conhecimento ao SEF, da possibilidade de beneficiar
b) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra da concessão de autorização de residência nos termos da
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto.
5 - O pedido de concessão de autorização de residência 2 - A comunicação ao SEF, pelas autoridades respon-
para frequência de um programa de voluntariado deve ser sáveis pela investigação, da solicitação de colaboração ou
acompanhado dos seguintes documentos: da manifestação da vontade em colaborar com as mesmas
a) Cópia do contrato celebrado entre o requerente e a inicia o prazo de reflexão previsto no n.º 1 do artigo 111.º
organização responsável pelo programa de voluntariado, da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
com os elementos mencionados no n.º 2 do artigo 94.º da à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, desde que haja indícios
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei de que a pessoa em causa é vítima de tráfico de pessoas
n.º 29/2012, de 9 de agosto; ou de ação de auxílio à imigração ilegal.
b) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra 3 - No decurso do prazo legal mínimo de reflexão, a
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. autoridade responsável pela investigação criminal emite
parecer sobre o preenchimento dos requisitos previstos nas
Artigo 58.º alíneas a) a c) do n.º 2 do artigo 109.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
Exercício de atividade profissional subordinada, de atividade de de agosto, para efeitos de início, pelo SEF, do processo de
investigação, atividade docente em estabelecimento de ensino
superior ou altamente qualificada por titular de autorização de concessão de autorização de residência ou para prorrogar o
residência para estudo. prazo de reflexão até ao limite máximo de 60 dias, quando
os mesmos ainda não se encontrem preenchidos.
1 - O titular de autorização de residência para estudo que 4 - Quando a autoridade responsável pela investigação
pretenda exercer uma atividade profissional subordinada considerar que o cidadão estrangeiro manifesta, de forma
deve apresentar ao SEF pedido de autorização para o efeito, inequívoca, uma vontade de colaboração na investigação e
acompanhado dos seguintes documentos: considere existirem fortes indícios de que essa cooperação
a) Contrato de trabalho ou promessa de contrato de não é fraudulenta, nem que a queixa da vítima é infundada
trabalho celebrados nos termos da lei; ou fraudulenta, fará constar tal facto na comunicação re-
b) Duas fotografias iguais tipo passe, a cores e fundo ferida no n.º 2 da presente disposição para efeitos de ime-
liso, atualizadas e com boas condições de identificação, diato início do processo de concessão da autorização de
se necessário. residência e aplicação das medidas previstas no artigo 112.º
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
2 - O titular de autorização de residência para estudo que Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
pretenda exercer uma atividade de investigação, atividade
docente em estabelecimento de ensino superior ou altamente Artigo 60.º
qualificada deve apresentar ao SEF pedido de autorização Pedido de concessão de autorização de residência ou de cartão azul
para o efeito, acompanhado dos seguintes documentos: UE por titulares de estatuto de residente de longa duração ou
de cartão azul UE concedidos por um Estado membro da União
a) Contrato de trabalho celebrado nos termos da lei, Europeia.
contrato de prestação de serviços ou bolsa de investigação
científica; 1 - O pedido de concessão de autorização de residência
b) Duas fotografias iguais tipo passe, a cores e fundo apresentado por titular do estatuto de residente de longa
liso, atualizadas e com boas condições de identificação, duração concedido por um Estado membro da União Eu-
se necessário. ropeia é acompanhado dos seguintes documentos:
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
3 - Os pedidos referidos nos números anteriores são, b) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
ainda, instruídos com informação necessária para verifi- c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1681

d) Contrato de trabalho, de sociedade ou de prestação c) Prova da residência no Estado membro que conce-
de serviços; ou deu o estatuto ou o cartão enquanto familiar ou parceiro
e) Comprovativo de declaração de início de atividade de facto de um titular do estatuto de residente de longa
junto da administração fiscal e da segurança social como duração ou do cartão azul UE;
pessoa singular; ou d) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
f) Documento comprovativo de matrícula num estabele- e) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
cimento de ensino superior, oficialmente reconhecido, ou abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde;
de admissão em estabelecimento ou empresa que ministre f) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado
formação profissional, oficialmente reconhecida; ou membro que concedeu o título referido na alínea b) e re-
g) Apresente motivo atendível, nos termos da alínea d) querimento para consulta do registo criminal português
do n.º 1 do artigo 116.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, pelo SEF.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto;
h) Quando aplicável, declaração emitida pela respe- 4 - O pedido de reagrupamento familiar formulado por
tiva ordem profissional ou outra entidade reguladora de titulares do estatuto de residente de longa duração ou de
profissão sobre a verificação dos requisitos de inscrição cartão azul UE concedidos por um Estado membro da
ou documento comprovativo de que está habilitado ao União Europeia, nos casos em que a família não estava
exercício da profissão quando esta, em Portugal, esteja constituída neste, obedece ao disposto nos artigos 98.º e
sujeita a qualificações especiais; seguintes da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
i) Título de residente de longa duração ou cópia auten- em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
ticada do mesmo; 5 - A concessão de cartão azul UE ou de autorização
j) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado de residência no âmbito do reagrupamento familiar nos
membro que concedeu o estatuto de residente de longa termos dos números anteriores, bem como as decisões
duração; de renovação, indeferimento e cancelamento são comu-
l) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra nicadas pelo SEF, preferencialmente por via eletrónica,
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; às autoridades do Estado membro da União Europeia que
m) Requerimento para consulta do registo criminal por- concederam o estatuto de residente de longa duração ou
tuguês pelo SEF. o cartão azul UE.

2 - O pedido de concessão de cartão azul UE apresentado Artigo 61.º


por titular de cartão azul UE concedido por um Estado Pedido de concessão de autorização de residência
membro da União Europeia é acompanhado dos seguintes com dispensa de visto de residência
documentos:
1 - O pedido de concessão de autorização de residência
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; com dispensa de visto nos termos do artigo 122.º da Lei
b) Cartão azul UE ou cópia autenticada do mesmo; n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
c) Comprovativo de posse de meios de subsistência; n.º 29/2012, de 9 de agosto, é acompanhado dos seguintes
d) Contrato de trabalho e inscrição na segurança social; documentos:
e) No caso de profissão regulamentada identificada
no contrato de trabalho ou na oferta de emprego vincula- a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
tiva, apresente comprovativo de certificação profissional, b) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
quando aplicável, designadamente, declaração emitida c) Comprovativo da posse de meios de subsistência,
pela respetiva ordem profissional ou outra entidade re- nos termos a definir em portaria dos membros do Governo
guladora de profissão sobre a verificação dos requisitos responsáveis pelas áreas da administração interna, do em-
de inscrição; prego e da solidariedade social;
f) No caso de profissão não regulamentada, apresente d) Requerimento para consulta de registo criminal por-
comprovativo de qualificações profissionais elevadas na tuguês pelo SEF;
atividade ou setor especificado no contrato de trabalho, ou e) Certificado do registo criminal do país de origem,
na oferta de emprego vinculativa, podendo ser adotado o salvo quando os pedidos sejam apresentados ao abrigo
critério de qualificação profissional dos grandes grupos 1 das alíneas b), c), d) e j) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei
e 2 da Classificação Internacional Tipo (CITP); n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
g) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado n.º 29/2012, de 9 de agosto.
membro que concedeu o título referido na alínea b) e re-
querimento para consulta do registo criminal português 2 - O pedido de autorização de residência nos termos
pelo SEF; da alínea a) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
h) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. de 9 de agosto, é acompanhado de certidão de registo de
nascimento do menor e de certificado de inscrição consular
3 - O pedido de concessão de autorização de residência com fotografia, com dispensa dos documentos previstos
para os membros da família de titulares do estatuto de no número anterior.
residente de longa duração ou de cartão azul UE concedi- 3 - Nas situações em que não exista representação Con-
dos por um Estado membro da União Europeia, quando sular em Portugal, pode a inscrição referida no número
a família já estava constituída neste, é acompanhado dos anterior ser substituída por outro meio de prova, incluindo
seguintes documentos: declaração sob compromisso de honra subscrita por um
dos progenitores.
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; 4 - O pedido de autorização de residência nos termos da
b) Título de residente de longa duração ou cartão azul UE; alínea b) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4
1682 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é ainda acompanhado de documento comprovativo
agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos: da presença em território nacional.
13 - O pedido de autorização de residência nos termos
a) Certidão de registo de nascimento do menor e de da alínea k) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
certificado de inscrição consular com fotografia; 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
b) Comprovativo da frequência de estabelecimento pré- agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos:
escolar, do ensino básico, secundário ou profissional.
a) Certidão de nascimento do menor, salvo quando já
5 - O pedido de autorização de residência nos termos conste do processo do mesmo;
da alínea c) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de b) Prova do exercício efetivo do poder paternal e da
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 contribuição para o sustento do menor, nomeadamente
de agosto, é ainda acompanhado de comprovativo da ati- através de declaração do progenitor não requerente, con-
vidade desenvolvida durante a permanência em território firmando o exercício do poder paternal pelo progenitor
nacional, designadamente do percurso escolar. requerente, podendo, em casos devidamente, fundamen-
6 - O pedido de autorização de residência nos termos da tados, ser dispensado.
alínea d) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 14 - O pedido de autorização de residência nos termos
agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos: da alínea l) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
a) Certidão de registo de nascimento; agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos:
b) Comprovativos da atividade desenvolvida durante
a permanência em território nacional, designadamente do a) Comprovativo da acreditação em Portugal durante
percurso escolar. um período não inferior a três anos;
b) Comprovativo do vínculo familiar quando se trate de
7 - O pedido de autorização de residência nos termos da cônjuge, ascendente ou descendente a cargo.
alínea e) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 15 - O pedido de autorização de residência nos termos
agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos: da alínea m) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
a) Certidão de decisão que atribui a tutela do menor; ou agosto, é ainda acompanhado dos seguintes documentos:
b) Original ou cópia autenticada da decisão de promoção
e proteção do menor, proferida pela Comissão de Proteção a) Cópia do auto de denúncia;
de Crianças e Jovens. b) Declaração emitida pela Autoridade para as Condi-
ções de Trabalho ou autoridade judiciária, confirmando a
colaboração do requerente com a investigação e a existên-
8 - O pedido de autorização de residência apresentado
cia de prova indiciária das infrações;
por cidadão estrangeiro abrangido pela alínea f) do n.º 1 c) Declaração emitida pela Autoridade para as Condi-
artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada ções de Trabalho atestando a existência de uma situação de
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é apresentado desproteção social, exploração salarial e de horário.
com dispensa dos documentos previstos nas alíneas a) e
e) do n.º 1. 16 - O pedido de autorização de residência nos termos
9 - O pedido de autorização de residência nos termos da alínea n) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
da alínea g) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, 9 de agosto, é ainda acompanhado de declaração emitida
de 9 de agosto, é ainda acompanhado de atestado médico pela autoridade judicial de onde se conclua a cessação da
emitido em estabelecimento de saúde oficial ou oficial- necessidade de colaboração, ou pela certidão da sentença
mente reconhecido, comprovativo de doença prolongada judicial.
que obste ao retorno ao país, a fim de evitar risco para a 17 - O pedido de autorização de residência nos termos
saúde do requerente. da alínea o) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
10 - O pedido de autorização de residência nos termos de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012,
da alínea h) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de de 9 de agosto, é ainda acompanhado de comprovativo
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 da conclusão do plano de estudos ao nível secundário ou
de agosto, é ainda acompanhado de documento comprova- superior, e contrato de trabalho ou promessa de contrato de
tivo do cumprimento de serviço militar efetivo nas Forças trabalho, contrato de prestação de serviços ou declaração
Armadas Portuguesas. de início de atividade independente.
11 - O pedido de autorização de residência nos termos 18 - O pedido de autorização de residência nos termos
da alínea i) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de da alínea p) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
agosto, é ainda acompanhado de documento comprovativo de agosto, é ainda acompanhado de contrato de trabalho ou
da perda da nacionalidade portuguesa ou, na sua falta, de de prestação de serviços referente à atividade de investiga-
declaração sobre as circunstâncias que determinaram a sua ção, docência num estabelecimento de ensino superior ou
perda, bem como de documento comprovativo da presença altamente qualificada, ou de comprovativo que o cidadão
em território nacional, designadamente da atividade pro- estrangeiro se encontra nas condições previstas no n.º 2
fissional desenvolvida pelo requerente. do artigo 18.º da Convenção de Aplicação do Acordo de
12 - O pedido de autorização de residência nos termos Schengen.
da alínea j) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 19 - O pedido de autorização de residência nos termos
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de da alínea q) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei 23/2007, de
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1683

4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de d) Comprovativo da situação de excecionalidade que
9 de agosto, é acompanhado dos documentos definidos ateste o carácter humanitário ou de interesse nacional do
no despacho a que se refere o n.º 3 do artigo 90.º-A da pedido; ou
mesma lei. e) Comprovativo do exercício da atividade relevante
20 - O pedido de autorização de residência nos termos no domínio científico, cultural, desportivo, económico
do n.º 4 do artigo 122.º da Lei n. 23/2007, de 4 de julho, ou social.
republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
pode ser feito em simultâneo com o previsto no n.º 3 do 2 - Para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 123.º da
presente artigo e ser acompanhado dos seguintes docu- Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
mentos: n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF pode solicitar, quando
a) Certidão de nascimento do menor, salvo se constar se justifique, a demonstração de um período superior a um
do respetivo processo; ano de inserção no mercado laboral.
b) Prova de que o ascendente do menor exerce efetiva-
mente o poder paternal, nomeadamente, através de decla- Artigo 63.º
ração do progenitor não requerente confirmando o facto.
Pedido de renovação de autorização de residência
temporária ou de cartão azul UE
21 - O pedido de autorização de residência apresentado
por cidadão estrangeiro cujo estatuto de residente de longa 1 - O pedido de renovação de autorização de residência
duração ou o cartão azul UE foi cancelado, sem decisão temporária deve ser acompanhado dos seguintes docu-
de afastamento de território nacional, é acompanhado dos mentos:
documentos referidos no n.º 1. a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
22 - Enquanto não for proferida decisão sobre o pedido b) Comprovativo da posse de meios de subsistência, nos
mencionado no número anterior e se o período autori- termos definidos por portaria a que se refere a alínea d)
zado de permanência do requerente em território nacio- do n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
nal tiver terminado, pode ser concedida prorrogação de republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto;
permanência. c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
23 - O pedido de concessão de autorização de residência d) Requerimento para consulta do registo criminal por-
com dispensa de visto ao abrigo do artigo 122.º da Lei tuguês pelo SEF.
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, não obriga à prorrogação 2 - O pedido de renovação de cartão azul UE deve ser
de permanência em território nacional nos termos dos acompanhado dos seguintes documentos:
artigos 71.º e seguintes da mesma lei.
24 - Para efeitos da alínea d) do n.º 1, só é concedida au- a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
torização de residência com dispensa de visto aos cidadãos b) Comprovativo da posse de meios de subsistên-
estrangeiros que não tenham sido condenados em pena ou cia, nos termos a definir por portaria a que se refere a
penas que, isolada ou cumulativamente, ultrapassem um alínea d) do n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de
ano de prisão, ainda que, no caso de condenação por crime 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
doloso previsto no presente diploma ou com este conexo, 9 de agosto;
ou por crime de terrorismo, por criminalidade violenta ou c) Contrato de trabalho ou declaração da entidade em-
por criminalidade especialmente violenta ou altamente pregadora confirmando a manutenção de relação laboral
organizada, a respetiva execução tenha sido suspensa. ou de outra entidade legalmente autorizada;
d) Requerimento para a consulta do registo criminal
Artigo 62.º português pelo SEF.
Concessão de autorização de residência 3 - Os pedidos de renovação referidos nos números
ao abrigo do regime excecional
anteriores são ainda instruídos com informação necessária
1 - O procedimento oficioso de concessão de autorização para a verificação do cumprimento das obrigações fiscais e
de residência, desencadeado ao abrigo do artigo 123.º da perante a segurança social, obtidas nos termos do n.º 9 do
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, rege-se, com as devidas em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
adaptações, pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do 4 - Caso se verifique insuficiência de informação no
Código do Procedimento Administrativo e deve ser ins- sistema da segurança social por causa não imputável ao
truído com os seguintes meios probatórios: trabalhador e este faça prova de apresentação de queixa
junto das autoridades competentes, poderão, se necessário,
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido
ser realizadas diligências adicionais, e renovada a autori-
ou, ainda, nos casos de comprovada impossibilidade de
zação de residência.
obtenção de passaporte, comprovativo da identidade do
5 - O pedido de renovação de autorização de residência
cidadão estrangeiro;
emitida para o exercício de uma atividade profissional é
b) Certificado do registo criminal emitido pela autori-
ainda acompanhado dos seguintes documentos:
dade competente do país de nacionalidade do requerente
e do país em que este resida há mais de um ano; a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade em-
c) Requerimento para consulta do registo criminal portu- pregadora confirmando a manutenção de relação laboral
guês pelo SEF, quando existam indícios de que o requerente ou de outra entidade legalmente autorizada; ou
permaneceu em território nacional mais de um ano nos b) Contrato de prestação de serviços ou requerimento
últimos cinco anos; para verificação da declaração de IRS junto da adminis-
1684 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

tração tributária, por forma a atestar a manutenção de SECÇÃO III


atividade.
Autorização de residência permanente
6 - O pedido de renovação de autorização de residên-
Artigo 64.º
cia emitida para exercício de atividade de investigação
científica ou altamente qualificada independente é ainda Pedido de concessão de autorização de residência permanente
acompanhado dos seguintes documentos: 1 - O pedido de concessão de autorização de residên-
a) Contrato de trabalho ou declaração do beneficiário cia apresentado por titular de autorização de residência
da prestação do serviço confirmando a manutenção do temporária há pelo menos cinco anos é acompanhado dos
vínculo contratual; ou seguintes documentos:
b) Contrato de prestação de serviços ou declaração do
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
beneficiário da prestação do serviço confirmando a ma-
b) Comprovativo dos meios de subsistência, nos termos
nutenção do vínculo contratual; ou
a definir em portaria dos membros do Governo responsá-
c) Comprovativo da posse de bolsa de investigação
veis pelas áreas da administração interna, do emprego e
científica.
da solidariedade social;
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
7 - O pedido de renovação de autorização de residência
d) Requerimento para consulta do registo criminal por-
emitida para efeitos de estudos é ainda acompanhada dos
tuguês pelo SEF;
seguintes documentos:
e) Certificado de habilitações emitido por estabeleci-
a) Documento de matrícula em estabelecimento de en- mento português de ensino oficial ou de ensino particular
sino e comprovativo da atividade escolar; ou cooperativo reconhecido nos termos legais, certificado
b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas de aproveitamento no curso de português básico emitido
pelo estabelecimento, quando aplicável; pelo IEFP, I.P., ou por estabelecimento de ensino oficial ou
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra de ensino particular ou cooperativo legalmente reconhecido
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; ou, ainda, certificado de conhecimento de português bá-
d) Quando autorizado a trabalhar, os documentos men- sico, mediante a realização de teste em centro de avaliação
cionados na alínea a) do n.º 5; de português como língua estrangeira, reconhecido pelo
e) Quando aplicável, documento comprovativo da Ministério da Educação e Ciência.
frequência de estágio profissional, ainda que de natu-
reza extracurricular, que seja conexo com o plano de 2 - Relativamente aos documentos mencionados na
estudos de ensino superior prosseguido em território alínea e) do número anterior, tratando-se de pessoa que
nacional. tenha frequentado estabelecimento de ensino oficial ou de
ensino particular ou cooperativo reconhecido nos termos
8 - É dispensada a apresentação dos documentos exigi- legais em país de língua oficial portuguesa, o conhecimento
dos na alínea b) do n.º 1 e nas alíneas a), b) e c) do número de português básico pode ser comprovado através de cer-
anterior nos casos em que o requerente seja beneficiário tificado de habilitação emitido por esse estabelecimento
de bolsa de estudo atribuída pelo Camões - Instituto da de ensino.
Cooperação e da Língua, I. P., entidade que, para efeitos 3 - O SEF pode dispensar a apresentação dos docu-
de autorização de residência, informa o SEF. mentos mencionados na alínea e) do n.º 1 e no n.º 2, a
9 - Na ponderação da atividade escolar a que se refere requerimento fundamentado do interessado, sempre que
a alínea a) do n.º 5, são tidos em conta factores negativos, não existam dúvidas sobre a verificação dos requisitos que
nomeadamente a desistência voluntária de qualquer dis- os mesmos se destinavam a comprovar.
ciplina, exceto se motivada por facto que não seja impu- 4 - O pedido é, ainda, instruído com informação necessá-
tável ao próprio, tal como doença prolongada, acidente, ria para verificação do cumprimento das obrigações fiscais
gravidez ou cumprimento de obrigações legais, e factores e perante a segurança social, obtida nos termos do n.º 9 do
positivos, designadamente a obtenção de aproveitamento artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
ou a transição de ano. em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
10 - O pedido de renovação de autorização de residên- 5 - Aos cidadãos estrangeiros a quem seja concedida
cia emitida para efeitos de estágio profissional é ainda autorização de residência permanente, é emitido um título
acompanhado de documento comprovativo da situação de residência válido por cinco anos, renovável por iguais
de excecionalidade emitido pelo organismo ou empresa períodos.
responsável pelo estágio.
11 - A renovação do título de residência por alteração Artigo 65.º
dos elementos de identificação, por furto, extravio ou de-
terioração não determina a alteração do prazo de validade Pedido de renovação do título de autorização
de residência permanente
do mesmo.
12 - Para os efeitos previstos no número anterior, o ci- 1 - O pedido de renovação do título de autorização de
dadão estrangeiro residente deverá fazer prova da alteração residência permanente é acompanhado de requerimento
dos elementos de identificação. para consulta do registo criminal português pelo SEF.
13 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 78.º ou 121.º-E 2 - Em circunstâncias excecionais, associadas a dúvidas
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo relativamente à identidade do requerente ou à ausência de
à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o direito de residência território nacional por longos períodos, o SEF pode exigir
não caduca antes de decorridos seis meses sobre o termo a apresentação de passaporte válido ou cópia autenticada
da validade do título a renovar. do mesmo.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1685

3 - No caso de o pedido de renovação do título ser apre- documento de matrícula no estabelecimento de ensino em
sentado após o decurso do seu prazo de validade, o pedido Portugal, no caso de filhos maiores a cargo;
deve ser sempre acompanhado de prova de permanência d) Comprovativo da situação de dependência econó-
em território nacional ou comprovativo dos motivos de mica, no caso de ascendente em primeiro grau;
ausência. e) Certidão da decisão que decretou a tutela, acom-
4 - À renovação do título de residência permanente panhada de certidão da decisão da autoridade nacional
por alteração dos elementos de identificação aplica-se o que a reconheceu, quando aplicável, no caso de irmãos
disposto nos n.ºs 10 e 11 do artigo 63.º menores;
f) Autorização escrita do progenitor não residente au-
SECÇÃO IV tenticada por autoridade consular portuguesa ou cópia da
decisão que atribui a confiança legal do filho menor ou a
Reagrupamento familiar tutela do incapaz ao residente ou ao seu cônjuge, quando
aplicável;
Artigo 66.º g) Prova da união de facto, conforme prevista no
Pedido
artigo 2.º-A da Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, alterada pela
Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto, acompanhada, sempre
1 - O cidadão residente em território nacional que pre- que possível, de quaisquer elementos indiciários da união
tenda beneficiar do direito ao reagrupamento familiar apre- de facto que devam ser tomados em consideração para
senta o respetivo pedido junto da direção ou delegação os efeitos do n.º 2 do artigo 104.º da Lei n.º 23/2007, de
regional do SEF da área da sua residência, o qual deve 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9
conter a identificação do requerente e dos membros da de agosto.
família a que o pedido respeita.
2 - O pedido pode também ser apresentado pelo mem- 3 - Nos casos de menores referidos nas alíneas b) e f)
bro da família que tenha entrado legalmente em território do n.º 1 do artigo 99.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho,
nacional e que dependa ou coabite com o titular de uma republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
autorização de residência válida. que tenham entrado legalmente em território nacional,
3 - O disposto nos números anteriores é aplicável ao os pedidos podem ser acompanhados, em alternativa aos
titular de cartão azul UE que pretenda beneficiar do di- documentos referidos nas alíneas do número anterior, por
reito ao reagrupamento familiar, nos termos do n.º 2 do original ou cópia autenticada da decisão de promoção e
artigo 121.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi- proteção do menor, proferida pela Comissão de Proteção
cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. de Crianças e Jovens.
4 - Em caso de dúvida, podem ser solicitados, a título
Artigo 67.º complementar, comprovativos de parentesco.
Instrução
Artigo 68.º
1 - O pedido de reagrupamento familiar é instruído com
Comunicação do deferimento
os seguintes documentos:
a) Comprovativos devidamente autenticados dos vín- 1 - O deferimento do pedido formulado nos termos
culos familiares invocados; do n.º 1 do artigo 98.º e do n.º 2 do artigo 121.º-A da Lei
b) Cópias autenticadas dos documentos de identificação n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
dos familiares do requerente; n.º 29/2012, de 9 de agosto, é comunicado ao membro do
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros,
d) Comprovativos de que dispõe de meios de subsistên- por via eletrónica, acompanhado de cópia digitalizada das
cia suficientes para suprir as necessidades da sua família, peças processuais relevantes, devendo ser facultado visto
nos termos a definir em portaria dos membros do Governo de residência aos requerentes, salvo no caso de verificação
responsáveis pelas áreas da administração interna, do em- de factos que se fossem do conhecimento da autoridade
prego e da solidariedade social; competente teriam obstado ao reconhecimento do direito
e) Requerimento do membro da família para consulta ao reagrupamento familiar.
do registo criminal português pelo SEF, sempre que este 2 - O titular do direito ao reagrupamento familiar é
tenha permanecido em território nacional mais de um ano notificado do despacho de deferimento no prazo de 8 dias,
nos últimos cinco anos; sendo informado de que os seus familiares se deverão
f) Certificado do registo criminal emitido pela autori- dirigir à missão diplomática ou posto consular de car-
dade competente do país de nacionalidade do membro da reira da respetiva área de residência, no prazo de 90 dias,
família e do país em que este resida há mais de um ano. a fim de formalizarem o pedido de emissão de visto de
residência.
3 - A não apresentação do pedido de emissão de visto
2 - O pedido é ainda acompanhado dos seguintes do-
de residência nos termos do n.º 2 implica a caducidade da
cumentos:
decisão de reconhecimento do direito ao reagrupamento
a) Comprovativo da incapacidade de filho maior, no familiar.
caso de filhos maiores incapazes a cargo;
b) Certidão da decisão que decretou a adoção, acompa- Artigo 69.º
nhada de certidão da decisão da autoridade nacional que a
Cancelamento de autorização de residência
reconheceu, quando aplicável;
c) Cópia de certidão narrativa completa de nascimento, Sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 108.º
comprovativo da situação de dependência económica e e no n.º 2 do artigo 121.º-A da Lei n.º 23/2007, de 4
1686 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 2 - O pedido é instruído com a declaração dos motivos
9 de agosto, o cancelamento dos títulos de residência que o fundamentam e, no caso de furto ou roubo, com cópia
previsto naqueles artigos opera independentemente de da respetiva participação à autoridade policial.
processo de outra natureza, desde que no respetivo pro- 3 - O pedido deve ser acompanhado, se necessário, de
cedimento seja produzida prova de que o casamento, a duas fotografias do requerente, iguais, tipo passe, a cores
união de facto ou a adoção teve por fim único permitir e fundo liso, atualizadas e com boas condições de identifi-
ao beneficiário do reagrupamento familiar a entrada e a cação e, no caso de mau estado de conservação, deve ainda
residência no País. ser acompanhado da devolução do título inicial.
4 - Em caso de dúvida sobre a identidade do requerente
ou sobre a legitimidade do pedido, a passagem da segunda
SECÇÃO V via pode ser deferida ou recusada após prestação de prova
Do título de residência complementar que pode ser obtida nos termos do n.º 1 do
artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Artigo 70.º em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
Natureza e condições de validade
1 - O título de residência é individual e é o único docu- CAPÍTULO V
mento de identificação apto a comprovar a qualidade de Estatuto de residente de longa duração
residente legal em território português.
2 - Ao título de residência são aplicáveis, com as devidas Artigo 74.º
adaptações, as normas relativas à identificação civil.
3 - O título de residência só é válido se nele constar Pedido de concessão do estatuto de residente de longa duração
a assinatura do seu titular, salvo se no local indicado a 1 - O pedido de concessão do estatuto de residente de
entidade emitente fizer menção de que o mesmo não sabe longa duração previsto no n.º 1 do artigo 125.º ou no n.º 1
ou não pode assinar. do artigo 121.º-J da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, re-
4 - A emissão do título de residência obedece ao dis- publicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto,
posto no modelo uniforme e demais condições fixadas nos é formulado em impresso próprio, de modelo aprovado
regulamentos comunitários em vigor. por despacho do diretor nacional do SEF e assinado pelo
requerente ou, quando se trate de menor ou de incapaz,
Artigo 71.º pelo seu representante legal, devendo ser apresentado pre-
Remessa e serviço externo sencialmente junto da direção ou delegação regional do
SEF da área de residência do interessado e instruído com
1 - O título de residência pode ser remetido ao seu titular os seguintes documentos:
sob registo de correio, mediante prévio pagamento das
taxas da franquia postal e das despesas de remessa. a) Documento de viagem válido ou cópia autenticada
2 - A recolha dos elementos necessários para a emis- do mesmo;
são do título de residência pode realizar-se no local b) Documento comprovativo de que dispõe de recursos
onde se encontre o requerente, se este produzir prova estáveis e regulares, em conformidade com o disposto
devidamente justificada da doença que o incapacite na alínea b) do n.º 1 e no n.º 6 do artigo 126.º da Lei
de se poder deslocar, pelos seus próprios meios, aos n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
serviços emitentes. n.º 29/2012, de 9 de agosto;
3 - Pela realização do serviço externo é devido o pa- c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
gamento de uma taxa acrescida, sendo o pagamento do d) Cópia do contrato de seguro de saúde ou comprova-
custo do transporte necessário à deslocação assegurado tivo de que se encontra abrangido pelo Sistema Nacional
pelo requerente. de Saúde;
e) Requerimento para consulta do registo criminal por-
Artigo 72.º tuguês pelo SEF;
f) Documento comprovativo do destacamento, nas
Reclamações situações a que se refere o n.º 5 do artigo 126.º da Lei
1 - O deferimento da reclamação do interessado, com n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
fundamento em erro dos serviços emitentes, implica a n.º 29/2012, de 9 de agosto;
emissão de novo título de residência. g) Quando aplicável, certificado de habilitações emitido
2 - A emissão prevista no número anterior é gratuita, por estabelecimento português de ensino oficial ou de
desde que a reclamação tenha sido apresentada no prazo ensino particular ou cooperativo reconhecido nos termos
de 30 dias a contar da data da entrega do título. legais, certificado de aproveitamento no curso de português
básico emitido pelo IEFP, I.P., ou por estabelecimento de
Artigo 73.º ensino oficial ou de ensino particular ou cooperativo legal-
mente reconhecido, ou ainda, certificado de conhecimento
Segunda via do título de residência
de português básico, mediante a realização de teste em
1 - Pode ser solicitada segunda via do título de residência centro de avaliação de português como língua estrangeira,
em caso de mau estado de conservação, perda, destruição, reconhecido pelo Ministério da Educação e Ciência.
furto ou roubo, salvo se houver lugar à sua renovação, nos
termos dos artigos 78.º ou 121.º-E da Lei n.º 23/2007, de 2 - O pedido é, ainda, instruído com informação necessá-
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 ria para verificação do cumprimento das obrigações fiscais
de agosto. e perante a segurança social, obtida nos termos do n.º 9 do
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1687

artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada Artigo 78.º


em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto. Comunicação
3 - Aos cidadãos estrangeiros a quem seja concedida o
estatuto de residente de longa duração é emitido um título A concessão do estatuto de residente de longa dura-
de residência, nos termos dos artigos 121.º-J ou 130.º da ção a cidadão titular de autorização de residência ou de
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei cartão azul UE emitidos, respetivamente, ao abrigo dos
n.º 29/2012, de 9 de agosto, válido por cinco anos. artigos 116.º e 118.º ou 121.º-I da Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
Artigo 75.º agosto, é comunicada pelo SEF, preferencialmente por via
eletrónica, às autoridades do Estado membro da União
Pedido de renovação do título de residente de longa duração
Europeia que concedeu o estatuto de residente de longa
1 - O pedido de renovação do título de residente de longa duração ou o cartão azul UE.
duração é acompanhado de requerimento para consulta do
registo criminal português pelo SEF.
2 - Em circunstâncias excecionais, associadas a dúvidas CAPÍTULO VI
relativamente à identidade do requerente ou à ausência de Afastamento
território nacional por longos períodos, o SEF pode exigir
a apresentação de passaporte válido ou cópia autenticada
do mesmo, sem prejuízo do disposto no n.º 1 artigo 212.º SECÇÃO I
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Disposições gerais
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
3 - No caso de o pedido de renovação do título ser apre- Artigo 79.º
sentado após o decurso do seu prazo de validade, o pedido
deve ser sempre acompanhado de prova de permanência Identificação de cidadãos estrangeiros
em território nacional ou comprovativo dos motivos de 1 - Quando procedam à identificação de cidadão es-
ausência. trangeiro nos termos do artigo 250.º do Código do Pro-
cesso Penal, as autoridades policiais referidas no n.º 7 do
Artigo 76.º artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
Cancelamento do estatuto de residente de longa duração em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, têm de con-
sultar o SEF a fim de:
1 - A decisão de cancelamento do estatuto de residente
de longa duração é proferida em processo próprio, a instruir a) Comprovar a regularidade da situação documental
pelo SEF, sempre que ocorra uma das situações mencio- do cidadão;
nadas numa das alíneas do n.º 1 do artigo 131.º da Lei b) Apresentar o cidadão estrangeiro ao SEF para efeitos
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei de aplicação do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
n.º 29/2012, de 9 de agosto. julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de
2 - O disposto no número anterior aplica-se ao cance- agosto.
lamento do estatuto de residente de longa duração de ex- c) [Revogada].
titulares de cartão azul UE, com as adaptações constantes
da parte final do n.º 5 do artigo 121.º-I da Lei n.º 23/2007, 2 - São competentes para a notificação referida no n.º 1
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republi-
9 de agosto. cada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e para
Artigo 77.º solicitar a realização da mesma às autoridades referidas no
número anterior, os agentes de autoridade do SEF.
Reaquisição do estatuto 3 - Quando procedam à identificação do cidadão es-
1 - Os residentes de longa duração que tenham perdido o trangeiro nos termos dos n.ºs 1 e 7 do artigo 146.º da Lei
estatuto de residente de longa duração por ausência de ter- nº 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
ritório nacional ou da União Europeia podem readquiri-lo, n.º 29/2012, de 9 de agosto, ou sempre que o cidadão
nos termos e condições do artigo 131.º da Lei n.º 23/2007, estrangeiro seja detido para identificação, nos termos do
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, n.º 1 do artigo 146.º da mesma lei, tal facto é sempre co-
de 9 de agosto, mediante requerimento, acompanhado municado ao SEF para efeitos de observância da alínea b)
de documento de viagem e dos seguintes documentos: do n.º 1 e do n.º 2 do presente artigo.

a) Comprovativos da posse de meios de subsistência Artigo 80.º


estáveis e regulares;
Admissão após benefício de apoio ao regresso voluntário
b) Cópia do contrato de seguro de saúde ou comprova-
tivo de que se encontra abrangido pelo Sistema Nacional 1 - Os cidadãos estrangeiros que beneficiem de apoio
de Saúde; ao regresso voluntário previsto no artigo 139.º da Lei
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento. n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
n.º 29/2012, de 9 de agosto, devem ser informados das
2 - Enquanto não for proferida decisão sobre o pedido obrigações a que ficam sujeitos, pelo SEF ou pelas or-
mencionado no número anterior e se o período autorizado ganizações com quem sejam estabelecidos programas de
de permanência do requerente em território nacional ao cooperação.
abrigo de um visto ou de um regime de isenção de vistos 2 - No caso de beneficiário de apoio ao regresso volun-
tiver terminado, pode ser concedida prorrogação de per- tário pretender regressar a Portugal durante o período de
manência. três anos após o abandono do País, deve formular requeri-
1688 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

mento nesse sentido junto de missão diplomática ou posto caso de aquele não ter abandonado o território dos Estados
consular de carreira no país da sua residência habitual ou membros da União Europeia, para efeitos de detenção e
no país da área de jurisdição consular do Estado da sua condução à fronteira ou reconhecimento da decisão de
residência. expulsão.
3 - A missão diplomática ou posto consular remetem o 4 - Nas circunstâncias previstas na segunda parte do
pedido ao SEF, que diligencia pelo apuramento e comuni- número anterior, o período de interdição de entrada con-
cação ao interessado, pela mesma via, da quantia a restituir tar-se-á a partir da data de efetivo afastamento do cidadão.
e condições de restituição, nomeadamente do número da 5 - Para efeitos do disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 151.º
conta bancária para onde deve ser transferida ou depositada da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
a quantia a restituir. à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, a entidade competente
4 - O beneficiário remete ao SEF documento bancário deve comunicar ao SEF, com a antecedência mínima
comprovativo da restituição do montante apurado para de 60 dias, os elementos de identificação dos cidadãos
efeitos de eliminação da respetiva medida de não admissão. que reúnam os requisitos para expulsão antecipada por
5 - A eliminação tem lugar no mais curto prazo, não decurso do prazo legal de cumprimento de pena de
podendo, em qualquer caso, exceder 30 dias. prisão.
6 - O SEF remete ao beneficiário documento compro-
vativo de que efetuou o pagamento e de que a medida de
não admissão foi eliminada. SECÇÃO II
Reconhecimento mútuo de decisões de expulsão
Artigo 81.º
Decisão de afastamento de residente de longa duração Artigo 83.º
ou de titular de cartão azul UE Processo de reconhecimento de decisões de expulsão
num Estado membro da União Europeia
1 - Antes de ser proferida decisão de afastamento 1 - Sempre que tenha conhecimento de decisão de ex-
coercivo de residente de longa duração ou de titular de pulsão tomada por autoridade administrativa competente
cartão azul UE concedidos por um Estado membro da de outro Estado membro da União Europeia ou de Estado
União Europeia, a entidade competente para determinar o Parte na Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen
afastamento assegura, junto da autoridade competente do contra um nacional de Estado terceiro que se encontre
respetivo Estado membro, a recolha da informação per- em território nacional, o SEF organiza um processo onde
tinente para análise do caso, nos termos dos n.ºs 1 e 2 do seja recolhida, junto da autoridade competente do outro
artigo 136.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada Estado, a documentação necessária à verificação dos
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, bem como a elementos previstos no artigo 169.º da Lei n.º 23/2007,
comunicação da instauração do processo de afastamento de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
e da intenção de o concretizar para o território daquele 9 de agosto, nomeadamente a identificação da entidade
Estado membro. que proferiu a decisão, os fundamentos da mesma e a
2 - Proferida a decisão de afastamento para o território natureza executória da medida, acompanhada de infor-
do Estado membro que lhe concedeu o estatuto de residente mação sobre a situação regular ou irregular do cidadão
de longa duração ou o cartão azul UE, o SEF assegura em território nacional.
a notificação da mesma às autoridades daquele Estado 2 - Verificadas as circunstâncias referidas no número
membro, bem como a comunicação das medidas adotadas anterior relativamente ao cidadão nacional de Estado ter-
relativamente à sua implementação. ceiro detido e presente ao juiz competente, nos termos do
3 - A recolha de informação e as comunicações previstas artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
nos números anteriores são efetuadas, preferencialmente em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o diretor
por via eletrónica, junto das autoridades do Estado membro nacional do SEF profere decisão de reconhecimento da
da União Europeia que concedeu o estatuto de residente decisão de expulsão, ficando o cidadão sob custódia do
de longa duração ou o cartão azul UE, através de ponto de SEF para condução à fronteira, nos termos do artigo 171.º
contacto designado pelo diretor nacional do SEF. da mesma lei.
3 - Nos restantes casos, recolhidos os elementos referi-
Artigo 82.º dos no n.º 1, o diretor nacional do SEF determina o envio
do processo ao tribunal competente a fim de ser proferida
Cumprimento da decisão decisão de reconhecimento por entidade judicial, de acordo
1 - Notificada a decisão de afastamento e após o decurso com o disposto nos artigos 152.º a 158.º da Lei n.º 23/2007,
do prazo referido no n.º 1 do artigo 160.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
9 de agosto, o SEF procede à sua execução, conduzindo
o cidadão à fronteira. Artigo 84.º
2 - Nas circunstâncias referidas no n.º 2 do artigo 160.º Decisão de reconhecimento
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, o SEF procede à execução 1 - À decisão de reconhecimento proferida nos termos
da decisão de afastamento no mais curto espaço de tempo do artigo anterior é aplicável o disposto nos n.ºs 2 e 3 do
possível, conduzindo o cidadão à fronteira. artigo 149.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
3 - A execução da decisão ou o final do prazo previsto em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
no número anterior implica a inscrição do cidadão na lista 2 - A decisão de reconhecimento é executada pelo SEF
nacional de pessoas não admissíveis e no Sistema de In- no mais curto prazo, através da condução do cidadão à
formação Schengen para efeitos de não admissão ou, no fronteira.
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1689

Artigo 85.º Diretiva n.º 2001/40/CE, do Conselho, de 28 de maio, pode


Ponto de contacto nacional
englobar os custos seguintes:

O SEF é o ponto de contacto nacional para efeitos da a) Custos de transporte, do expulsando e da escolta, rela-
aplicação da Decisão n.º 2004/191/CE, do Conselho da tivos aos custos reais dos bilhetes de avião até ao montante
União Europeia, de 23 de fevereiro, a qual define os cri- da tarifa oficial IATA para o voo em causa no momento da
térios e modalidades práticas adequados para a compen- execução ou aos custos reais de transporte terrestre, por via
sação dos desequilíbrios financeiros que possam resultar rodoviária ou ferroviária, ou marítimo, com base na tarifa
da Diretiva n.º 2001/40/CE, do Conselho, de 28 de maio, de um bilhete de barco ou de comboio em 2.ª classe para
transposta nos artigos 169.º a 172.º da Lei n.º 23/2007, de a distância em causa no momento da execução;
4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 b) Custos administrativos relativos aos custos reais re-
de agosto. sultantes da emissão de vistos e de outros documentos
necessários à viagem de repatriamento (salvo-condutos);
Artigo 86.º c) Ajudas de custo diárias dos elementos da escolta
de acordo com a legislação e ou prática nacionais apli-
Pedidos de reembolso a apresentar pelo SEF cáveis;
No caso de o SEF proceder, na sequência de decisão d) Custos de alojamento das escoltas, relativos aos cus-
de reconhecimento proferida nos termos do artigo 83.º, tos reais de estada dos elementos da escolta numa zona de
à execução de medida de expulsão tomada há menos de trânsito de um país terceiro e aos custos da curta estada
quatro anos por outro Estado membro da União Europeia estritamente necessária para o desempenho da sua missão
ou de Estado Parte na Convenção de Aplicação do Acordo no país de origem, não podendo exceder dois elementos
de Schengen, apresenta por escrito à autoridade competente da escolta por cidadão estrangeiro expulso, exceto se,
do respetivo Estado, no prazo máximo de um ano a contar com base na avaliação da autoridade competente para a
da data de execução da decisão de expulsão, pedido de execução e com o acordo da autoridade competente do
reembolso acompanhado dos documentos comprovativos Estado membro autor da decisão, forem necessários mais
dos custos das operações do afastamento. elementos de escolta;
e) Custos de alojamento dos cidadãos estrangeiros ob-
Artigo 87.º jeto da medida de afastamento, relativos aos custos reais
de estada do cidadão em instalações apropriadas, em con-
Pedidos de reembolso apresentados ao SEF formidade com a legislação e ou a prática nacionais, até
1 - O SEF informa de imediato o ponto de contacto um período máximo de três meses de estada;
do respetivo Estado membro da União Europeia ou de f) Despesas de saúde, relativas à prestação de tratamento
Estado Parte na Convenção de Aplicação do Acordo de médico ao cidadão estrangeiro e aos elementos das escoltas
Schengen da receção de pedido de reembolso que lhe tenha em casos de emergência, incluindo as despesas de hospi-
sido dirigido por motivo de execução de uma decisão de talização necessárias.
afastamento proferida por autoridade competente nacional.
2 - A apreciação do pedido de reembolso tem em conta 2 - Sempre que se afigure que a estada do cidadão em
a data da decisão de expulsão, a data da respetiva execução instalações apropriadas possa durar mais do que os três
e a natureza das despesas apresentadas. meses previstos na alínea e) do número anterior, o SEF
3 - O SEF responde ao pedido de reembolso no prazo e a autoridade competente do outro Estado acordam nos
máximo de três meses e, em caso de recusa, com a indi- custos excedentários.
cação dos respetivos fundamentos. 3 - Sempre que necessário, o SEF e a autoridade com-
4 - Constituem fundamento de recusa, designadamente: petente do outro Estado consultam-se mutuamente, a fim
de chegarem a acordo sobre outros custos para além dos
a) A execução da decisão de expulsão ter tido lugar mais mencionados no n.º 1 ou sobre custos adicionais.
de quatro anos após ter sido proferida;
b) O pedido de reembolso ter sido apresentado mais de
SECÇÃO III
um ano após a execução da decisão;
c) A decisão de expulsão ter sido proferida em data Apoio ao afastamento por via aérea durante
anterior a 28 de fevereiro de 2004; o trânsito aeroportuário
d) As despesas apresentadas não serem consideradas
elegíveis nos termos do artigo seguinte; Artigo 89.º
e) O pedido de reembolso não ter sido apresentado
Encargos com apoio ao trânsito
por escrito ou não ter sido acompanhado dos documentos
comprovativos das despesas elegíveis. 1 - Na sequência da prestação das medidas de apoio
requeridas por outro Estado membro da União Europeia
5 - Em caso de aceitação do pagamento, o SEF efetua a Portugal, o SEF apura os montantes dos encargos que
o pagamento num prazo máximo de três meses a contar deverão ser suportados por esse Estado membro e, logo
da data de resposta ao pedido de reembolso. que possível, informa em conformidade a respetiva auto-
ridade central, remetendo a documentação contabilística
Artigo 88.º pertinente.
2 - As despesas com as medidas de apoio prestadas
Despesas elegíveis
por outro Estado membro na sequência de prévio pedido
1 - O pedido de reembolso pelas despesas decorrentes formulado pelo SEF são suportadas pelo SEF segundo as
da execução de uma medida de afastamento reconhecida regras contabilísticas aplicáveis e pela forma acordada com
nos termos das disposições nacionais de transposição da a autoridade central do Estado membro em causa.
1690 Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013

CAPÍTULO VII médico são decididos em conformidade com o disposto


no n.º 6 do artigo 49.º
Taxas e encargos 6 - Os pedidos de prorrogação formulados por titulares
de visto de estada temporária emitido ao abrigo da alínea b)
Artigo 90.º do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de agosto, a
Taxas e encargos membros da família de cidadãos estrangeiros titulares de
visto de trabalho ou de visto de estudo são decididos em
1 - As taxas e demais encargos a cobrar pelos atos e conformidade com o disposto nos artigos 99.º e seguintes
procedimentos administrativos previstos no presente de- da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
creto regulamentar são fixados por portaria do membro do à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e no artigo 67.º do pre-
Governo responsável pela área da administração interna. sente decreto regulamentar, com as necessárias adaptações.
2 - Os encargos decorrentes dos procedimentos admi- 7 - Os pedidos de prorrogação formulados por titula-
nistrativos do controlo fronteiriço de pessoas previsto na res de visto de estada temporária emitido ao abrigo da
Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à alínea c) do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8
Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, são suportados através da de agosto, a membros da família de cidadãos estrangeiros
repartição das receitas das taxas de segurança aeroportuá- titulares de autorização de permanência são decididos em
rias e das portuárias, nos termos e condições a definir por conformidade com o disposto nos artigos 99.º e seguintes
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
da administração interna e das obras públicas, transportes à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e no artigo 67.º do pre-
e comunicações. sente decreto regulamentar, com as necessárias adaptações.
8 - Os pedidos de prorrogação formulados por titulares
CAPÍTULO VIII de visto de trabalho emitido ao abrigo do artigo 36.º do
Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de agosto, são decididos
Disposições transitórias e finais em conformidade com o disposto no artigo 78.º da Lei
n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
Artigo 91.º n.º 29/2012, de 9 de agosto, e no artigo 63.º do presente
Disposição transitória
decreto regulamentar, com as necessárias adaptações.
9 - Os pedidos de prorrogação formulados por titulares
1 - Para todos os efeitos legais os titulares de visto de de visto de estudo emitido ao abrigo das alíneas a) e b) do
trabalho, autorização de permanência, visto de estada tem- artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de agosto, são
porária com autorização para o exercício de uma atividade decididos em conformidade com o disposto no artigo 78.º
profissional subordinada, prorrogação de permanência da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à
habilitante do exercício de uma atividade profissional Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e no artigo 63.º do presente
subordinada e visto de estudo concedidos ao abrigo do decreto regulamentar, com as necessárias adaptações e
Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto, com as alterações observado o disposto no artigo 95.º da citada lei.
introduzidas pela Lei n.º 97/99, de 26 de julho, pelo De- 10 - Os pedidos de prorrogação formulados por titulares
creto-Lei n.º 4/2001, de 10 de janeiro, e pelo Decreto-Lei de visto de estudo emitido ao abrigo das alíneas c) e d) do
n.º 34/2003, de 25 de fevereiro, consideram-se titulares artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de agosto, são
de uma autorização de residência, procedendo no termo decididos em conformidade com o disposto no artigo 78.º
de validade desses títulos à sua substituição por títulos de da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
residência, sendo aplicáveis, consoante os casos, as dispo- à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e no artigo 63.º do
sições relativas à renovação de autorização de residência presente decreto regulamentar, com as necessárias adap-
temporária ou à concessão de autorização de residência tações, devendo ser observado o disposto no artigo 93.º
permanente. da citada lei.
2 - Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do 11 - Aos cidadãos que sejam portadores dos títulos men-
artigo 80.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada cionados nos números anteriores há pelo menos cinco
em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, é contabili- anos pode ser concedida, consoante os casos, autorização
zado o período de permanência legal ao abrigo dos títulos de residência permanente, de acordo com o disposto no
mencionados no número anterior. artigo 80.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada
3 - Os pedidos apresentados por portadores dos títulos em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, bem como
válidos mencionados no n.º 1, por alteração dos elemen- no artigo 64.º do presente decreto regulamentar, com as
tos de identificação, por furto, extravio ou deterioração necessárias adaptações.
determinam a emissão de uma segunda via daqueles títu- 12 - Pode ser concedido o estatuto de residente de longa
los, com a mesma natureza e prazo de validade, até à sua duração a cidadãos portadores dos títulos mencionados
caducidade. nos n.ºs 4 a 8 por um período não inferior a cinco anos,
4 - Os pedidos de prorrogação formulados por titulares de acordo com o disposto nos artigos 125.º e seguintes
de visto de estada temporária emitido ao abrigo da alínea a) da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo
do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de agosto, à Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto, e no artigo 74.º do pre-
são decididos em conformidade com o disposto no n.º 1 sente decreto regulamentar, com as necessárias adaptações.
do artigo 49.º, com as necessárias adaptações. 13 - Nos termos do n.º 8 do artigo 217.º da Lei
5 - Os pedidos de prorrogação formulados por titulares n.º 23/2007, de 4 de julho, republicada em anexo à Lei
de visto de estada temporária emitido ao abrigo da alínea b) n.º 29/2012, de 9 de agosto, e para efeitos de obtenção do
do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de agosto, cartão de identificação previsto no n.º 1 do artigo 212.º da
a membros da família de cidadãos estrangeiros titulares mesma lei, o SEF convoca os portadores dos títulos emiti-
de visto ou prorrogação de permanência para tratamento dos ao abrigo da legislação anterior e procede à respetiva
Diário da República, 1.ª série — N.º 54 — 18 de março de 2013 1691

substituição de acordo com uma calendarização aprovada consumida pelos transportes, bem como definir os métodos
por despacho do membro do Governo responsável pela de cálculo da quota de energia proveniente de fontes de
área da administração interna. energia renováveis e prever o mecanismo de emissão de
14 - Até à determinação do contingente de oportunidades garantias de origem para a eletricidade a partir de fontes
de emprego previsto no artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de energia renováveis, e pelo Decreto-Lei n.º 117/2010,
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de de 25 de outubro, que transpõe os artigos 17.º a 19.º e os
agosto, o IEFP, I.P., adota as medidas provisórias tendentes anexos III e V da referida diretiva.
a divulgar, através da Internet, todas as ofertas de emprego Importa concluir a transposição da Diretiva n.º 2009/28/CE,
não preenchidas no prazo de 30 dias por trabalhadores que do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril,
gozem de preferência nos termos legais, sendo aplicáveis através da alteração ao Decreto-Lei n.º 141/2010, de 31 de
os procedimentos fixados nos artigos 20.º e 27.º a 29.º do dezembro, em articulação com os objetivos do Programa
presente decreto regulamentar. do XIX Governo Constitucional, que preconizam o apoio
15 - Até ao limite das ofertas de emprego a que se re- ao desenvolvimento das empresas do setor energético, em
fere o número anterior, e desde que cumpridas as demais particular, das que empregam tecnologias renováveis, bem
condições legais, podem ser concedidos vistos de resi- como com o disposto nas Grandes Opções do Plano para
dência para obtenção de autorização de residência para 2012-2015, aprovadas pela Lei n.º 64-A/2011, de 30 de
exercício de atividade profissional subordinada, nos termos dezembro, no sentido de melhorar a eficiência energética
do artigo 30.º do presente decreto regulamentar. do país, com redução do consumo de energia, reforçar a
16 - Os cidadãos estrangeiros que se registaram para os diversificação de fontes primárias de energia, diminuindo
efeitos do disposto no artigo 71.º do Decreto Regulamentar a dependência face ao exterior, e assegurar o cumprimento
n.º 6/2004, de 26 de abril, e que, reunindo as condições nele dos objetivos de redução das emissões de gases com efeito
previstas, não tenham visto decidido o seu processo até à de estufa.
data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar Entre as alterações previstas no presente decreto-lei,
continuam a poder beneficiar, dentro do limite temporal destaca-se, em primeiro lugar, a consagração da possi-
fixado pelo n.º 4 do artigo 217.º da Lei n.º 23/2007, de 4 bilidade, prevista naquela Diretiva, de atingir as metas
de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de 9 de nacionais de utilização de energias renováveis através de
agosto, dos direitos anteriormente assegurados, aplicando- transferências estatísticas entre Estados-Membros, bem
se, com as devidas adaptações, o previsto no presente como da realização de projetos conjuntos, com entida-
decreto regulamentar. des públicas ou operadores privados de outros Estados-
-Membros ou países terceiros, no âmbito da produção de
Artigo 92.º eletricidade, aquecimento ou arrefecimento a partir de
Monitorização e fiscalização fontes de energia renováveis.
Na perspetiva nacional, a possibilidade de contribuir
O SEF e a Autoridade para as Condições de Trabalho para as metas nacionais de outros Estados-Membros,
estabelecem os mecanismos de cooperação adequados através de transferências estatísticas ou da realização de
para monitorizar e fiscalizar as práticas de emissão e projetos conjuntos em território nacional, aproveitando
concretização de promessas de contrato de trabalho ou os recursos endógenos do país, permite a rentabilização
manifestações individualizadas de interesse, por forma a
dos investimentos realizados na promoção das fontes de
garantir a aplicação rigorosa do sistema de admissão de
energia renováveis, com vantagens para o Sistema Elétrico
trabalhadores previsto no artigo 59.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, republicada em anexo à Lei n.º 29/2012, de Nacional e reflexos positivos para a economia.
9 de agosto. Em segundo lugar, com vista a promover uma utilização
mais generalizada de fontes de energia renováveis por parte
Artigo 93.º das entidades públicas e do público em geral, impõe-se a
adoção de medidas de simplificação de procedimentos
Norma revogatória administrativos de controlo prévio aplicáveis à produção
É revogado o Decreto Regulamentar n.º 6/2004, de 26 de eletricidade, aquecimento ou arrefecimento a partir
de abril. de fontes de energia renováveis, bem como de medidas
tendentes a maximizar a eficiência energética na urbani-
zação e edificação. Estabelecem-se, ainda, obrigações de
desenvolvimento de ações de divulgação de medidas de
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E EMPREGO apoio e das vantagens da utilização de fontes de energia
renovável e, por fim, mecanismos visando a qualificação
Decreto-Lei n.º 39/2013 de instaladores e respetivos programas de formação.
Em terceiro lugar, revê-se o regime aplicável à emissão,
de 18 de março
transferência e utilização de garantias de origem, com
A Diretiva n.º 2009/28/CE, do Parlamento Europeu e do vista à dinamização do mercado das garantias de origem
Conselho, de 23 de abril, relativa à promoção da utilização atribuídas à produção de eletricidade e de aquecimento e
de energia proveniente de fontes renováveis, que altera e, arrefecimento a partir de fontes de energia renováveis. Com
subsequentemente, revoga as Diretivas n.ºs 2001/77/CE, esse intuito, prevê-se também a entrega à Direção-Geral
de 27 de setembro, e 2003/30/CE, de 8 de maio, do Par- de Energia e Geologia, para comercialização, das garantias
lamento Europeu e do Conselho, foi parcialmente trans- de origem atribuídas aos produtores com regime remune-
posta pelo Decreto-Lei n.º 141/2010, de 31 de dezembro, ratório bonificado, devendo os resultados líquidos de tal
que veio estabelecer as metas nacionais de utilização de atividade ser deduzidos aos sobrecustos com a aquisição
energia renovável no consumo final bruto de energia e de energia elétrica aos produtores de eletricidade a partir
para a quota de energia proveniente de fontes renováveis de fontes de energia renováveis.

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