INSTRUMENTAÇÃO DO PROCESSO DE FLOTAÇÃO EM COLUNA APLICADA AO

TRATAMENTO DE MINÉRIOS.

AMANDA D. JUNQUEIRA, DIMAS J. NETO, FELIPE O. GONÇALVES, GRASIELA OTTO, JEÍSA F. P.

RODRIGUES

Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de Alfenas – MG

37700-000 Poços de Caldas, MG, Brasil
E-mails: amandajunqueiraunifal@gmail.com; dimasnetosri@gmail.com;
Felipe_nets@hotmail.com; grasiela.engma@gmail.com; jeisapr@yahoo.com.br

Resumo A flotação é um processo mecânico de separação de particulados sólidos que explora principalmente a propriedade de hidrofobia. A
coluna de flotação é um equipamento dinâmico de seção circular ou retangular com altura mais desenvolvida que o diâmetro, ela pode ser
dividida em regiões distintas com características especificas, são elas: zona de coleta e zona de limpeza. As variáveis envolvidas no processo
são manipulas ou controladas e os instrumentos escolhidos estão diretamente relacionados com o comportamento dessas variáveis. Para ser
efetuada a escolha dos instrumentos, levou-se em conta a perda de carga, as condições do processo – pH, custo e manutenção. Os
instrumentos em questão são: medidor eletromagnético de vazão, medidor de nível ultrassônico, placa de orifício e transmissor de pressão
capacitivo.
Palavras – chave: Flotação, separação, instrumentos.

Abstract – The flotation is a mechanical process of solid particles separation what explore hydrophobic properties mainly. The flotation
column is a dynamic equipment of circular or rectangular section with height more developed than diameter, it can be divided into distinct
regions with specific characteristics, which are: collection zone and cleaning zone. The variables involved in the process are manipulated or
controlled and the chosen instruments are directly related to the behavior of these variables. To make the choice of instruments was taken
into account the charge loss, the process-pH conditions, the cost and maintenance. The instruments in question are: electromagnetic flow
meter, ultrasonic level meter, orifice plate and capacitive pressure transmitter.
Keywords: flotation, separation, instruments.
através de uma suspensão aquosa contendo as

1 Introdução partículas, pois devido à afinidade química, as

partículas hidrofóbicas e as bolhas de ar se atraem
mutuamente.
A flotação é um processo de separação de
Existem naturalmente poucos minerais
particulados sólidos que explora as diferenças das
hidrofóbicos, no entanto, esta propriedade pode ser
propriedades de superfície entre as espécies presentes.
induzida pela adição de reagentes químicos
O método trata polpa de minérios e é conduzido na
especializados.
presença de bolhas de ar que “capturam” as partículas
Para que ocorra a flotação são necessários três
formando o agregado partícula/bolha. Os agregados
fenômenos:

formados então flutuam até a superfície do reator, onde
Colisão da partícula com a bolha de ar;

são removidos. A seletividade da separação baseia-se
no fato de que as superfícies das diferentes espécies Adesão da partícula na bolha e

minerais podem apresentar distintos graus de  Transporte do agregado até a espuma.

hidrofobicidade. Partículas hidrofóbicas apresentam

repelência à água. Já o conceito oposto é designado
como hidrofilicidade. Em termos de polaridade, uma 2 Motivação
partícula hidrofóbica apresenta superfície apolar e uma
hidrofílica exibe superfície polar. Os resultados metalúrgicos do processo de
Nos sistemas de flotação a fase líquida é a flotação estão diretamente relacionados ao controle do
água (polar) e a fase gasosa é o ar (apolar). Então a teor e da recuperação do mineral flotado. Contudo, a
separação é possível fazendo-se passar um fluxo de ar
medição direta destas variáveis é inviável e imprecisa. transbordo, caracterizando o material flotado
Em decorrência destas dificuldades, normalmente são (CUSTÓDIO, 2008).
utilizadas outras variáveis como forma alternativa de A flotação pode ser direta ou reversa. Na
monitorar e controlar a qualidade e a eficiência do primeira, o material flutuado é o de interesse e na outra,
processo. Algumas destas variáveis são: a altura da o afundado é o útil comercialmente. As colunas
camada de espuma, o hold up do ar e o bias. industriais têm um diâmetro efetivo da seção
Neste sentido, optou-se por descrever os sistemas de transversal variando entre 0,3 e 4,5 metros. Colunas
flotação por ser multivariável, onde a perturbação de com diâmetros superiores a 1,5 metros são
uma propriedade interfere diretamente numa segunda. normalmente compartimentadas através de baffles
verticais, com o objetivo de minimizar os efeitos de
turbulência interna. A altura total das colunas pode

3 Descrição do processo de flotação em coluna variar em função das características operacionais

requeridas, notadamente dos tempos de residência
exigidos, mas a maioria das colunas industriais tem
A coluna de flotação é um equipamento
uma altura variando entre 10 e 15 metros (AQUINO;
dinâmico que confere trajetórias distintas às partículas
OLIVEIRA: FERNANDES, 2004).
com diferentes graus de hidrofobicidade. Apresenta
Conforme a figura 1, uma coluna pode ser
seção circular ou retangular, com a altura mais
dividida basicamente em duas regiões com
desenvolvida do que o diâmetro.
características distintas, a zona de coleta ou
O material que alimenta a coluna (polpa) é
recuperação e a zona de limpeza.
condicionado com reagentes específicos em uma etapa
i- Zona de coleta: é a seção que compreende desde o
anterior, utilizando tanques agitados. Esse material
aerador até a interface polpa/espuma, onde ocorre o
alimenta a coluna a aproximadamente dois terços de
fenômeno da adesão de partículas hidrofóbicas na
sua altura total. No interior da coluna, a polpa realiza
bolha ascendente, formando o agregado
uma trajetória descendente em contracorrente com um
(partícula/bolha) que é transportado até a camada
fluxo ascendente de ar, introduzido no sistema pela
de espuma que se forma na superfície da coluna.
parte inferior (PERES et al., 2007).
ii- Zona de limpeza: compreende a seção que vai
O ar introduzido tem a finalidade de gerar
desde a interface polpa/espuma até o transbordo,
bolhas ascendentes e coletar as partículas hidrofóbicas,
onde há a adição de água de lavagem com auxílio
transportando-as para a espuma. Esta técnica utiliza o
de dispersores. A água de lavagem promove a
princípio de contracorrente para colocar em contato o
estabilização do leito de espuma e remove as
fluxo descendente de polpa com o fluxo ascendente de
partículas hidrofílicas arrastadas mecanicamente e
ar. A colisão entre partícula hidrofóbica e bolha de ar
também as partículas fracamente aderidas à
faz com que ocorra adesão entre essas espécies,
espuma.
formando uma bolha com a superfície mineralizada,
que exibe uma densidade aparente menor do que a do
meio e, portanto, flutua até o topo da coluna. As
partículas hidrofílicas que não se aderem as bolhas de
ar são retiradas na base do equipamento, caracterizando
o não flotado. Já as partículas carreadas pelas bolhas
formam uma espessa camada de espuma mineralizada
de altura aproximada de um metro, sendo retiradas por

Figura 1. Esquema representativo de uma coluna de
flotação. Fonte: OLIVEIRA e AQUINO, 2005.
A alimentação da coluna de flotação passará
por uma linha com transmissor indicador de vazão
magnético, intertravado com indicador e alarme de
vazão. Esta coluna de flotação receberá ar de processo
através de uma linha com indicadores de pressão,
válvula com controle de pressão e transmissor
indicador de vazão magnético com indicador e alarme
de vazão, intertravados com controlador de vazão da
válvula de controle de dupla ação. A água de processo
para aspersão na coluna de flotação passará por uma
linha com transmissor indicador de vazão magnético e
com válvula de controle de dupla ação com indicador
controlador de vazão (SALES, 2006).
A coluna possuirá ainda indicador transmissor
de nível e alarme de nível alto e baixo, intertravados
com indicador controlador de nível da válvula de
controle de dupla ação da linha do produto afundado,
além de dois transmissores de pressão instalados na
seção de recuperação.
Como em todo operação de concentração,
também para a flotação é difícil obter o teor e a
recuperação desejados numa única etapa. Assim, é
usual circuitos de flotação em série como o do Anexo-
I, onde a instrumentação descrita anteriormente é
válida para cada coluna.
Do ponto de vista do controle, as principais
variáveis do processo de flotação em coluna podem ser
classificadas em manipuladas e controladas. Entre as
variáveis manipuladas estão: vazão de água de
lavagem, vazão do não flotado e vazão de alimentação
de ar. Entre as variáveis controladas: recuperação,
percentagem de sólidos no concentrado, teor do metal
de interesse, bias, altura da camada de espuma e hold
up do ar, sendo as três primeiras também chamadas de
variáveis de controle primárias e as três ultimas de
variáveis de controle secundárias.
3.1 Variáveis manipuladas
Estão relacionadas com o processo como
descrito a seguir.
Vazão de água de lavagem: A água de lavagem tem por
finalidade: substituir a água de processo na fração
flotada minimizando o arraste de sólidos hidrofóbicos;
aumentar a altura e a estabilidade da camada de
espuma além de reduzir a coalescência das bolhas. Este
fluxo de água confere à coluna a possibilidade de
aumentar a seletividade sem perda de recuperação
(AQUINO; OLIVEIRA; FERNANDES, 2004).
Geralmente utiliza-se para a medição da água
de lavagem um medidor eletromagnético de vazão.
A vazão de água geralmente é expressa em
termos de velocidade superficial (vazão pela área da
seção da coluna), que para circuitos de flotação em
coluna variam de 0,2 a 1,0 cm/s.
É importante frisar que a água de lavagem
eleva a fluidez da camada de espuma e facilita seu
escoamento para a calha de coleta.
i- Vazão do afundado: A remoção do afundado deve
ser feita de modo a garantir a estabilidade da
 interface polpa/espuma frente às oscilações da recuperação pode diminuir, caso contrário, a zona de
vazão de água de lavagem e principalmente da limpeza fica menor, o que significa diminuir a
alimentação, uma vez que a vazão de alimentação drenagem da espuma, deteriorando seu teor (DELL
depende de processos anteriores (GUIMARÃES e VILLAR et al.,1994 apud PERSECHINI et al., 2001).
PERES, 1995). Para determinar a altura da camada de
A instrumentação para a medida do fluxo de espuma, usa-se o princípio da diferença de densidade
saída do material afundado normalmente conta com um entre a espuma e a polpa. Geralmente coloca-se uma
medidor de vazão volumétrico também do tipo boia de densidade intermediária entre essas duas
magnético. regiões, que auxiliará o medidor de nível ultra-sônico,
Vazão de alimentação de ar: A vazão de ar ótima conforme a figura 2.
depende do tipo de mineral, da recuperação em massa
do flotado, da granulometria e tamanho das bolhas
(GUIMARÃES e PERES, 1995). O excesso de ar
provoca perdas de recuperação devido ao aumento do
coeficiente de mistura e da passagem do fluxo para
turbulento. A escassez de ar também pode provocar
baixa recuperação devido à deficiência de contato entre
as partículas e as bolhas.
Para a medição da vazão de ar comumente
utiliza-se medidores de placa de orifício ou
eletromagnético de vazão.

3.2 Variáveis controladas Figura 2. Sistema para aferição do nível utilizando

boia em apoio ao sensor ultra-sônico. Fonte: SALES,
O objetivo principal de um sistema de controle
2006.
para a flotação é a melhor recuperação em massa e em
teor do mineral de minério no concentrado, entretanto, Bias:
esses parâmetros não são medidos diretamente. Logo, o
O bias é o fluxo residual de água que passa pela
objetivo do controle passa a ser a estabilidade da
zona de limpeza, promovendo o retorno para a região
coluna em valores pré-estabelecidos de altura da
de coleta das partículas hidrofílicas que foram
camada de espuma, do Bias e do Hold up para se obter
arrastadas mecanicamente, melhorando-se a
a recuperação e o teor desejado. (ARAUJO, 2010).
seletividade do processo. Normalmente é estimado pela
i- Nível e altura da camada de espuma:
diferença entre a vazão do afundado e a vazão da polpa
A interface polpa/espuma determina o limite entre a de alimentação. (BATISTELLA, 2009).
zona de coleta e de limpeza. O nível de polpa A velocidade superficial de bias é mantida entre 0,1
determina a altura da zona de coleta e influencia a e 0,3 cm/s em escala industrial. O aumento excessivo
recuperação do mineral útil, enquanto que a altura da deste parâmetro promove turbulência e induz
camada de espuma determina a zona de limpeza e movimentos axiais na zona de limpeza (TAKATA,
influencia na seletividade do processo. Se a interface é 2009).
muito baixa, a zona de coleta fica reduzida e a
 Para o cálculo do bias, basta utilizar os valores
obtidos nos instrumentos de vazão do afundado e da
polpa de alimentação, não necessitando de uma
instrumentação específica.
ii- Hold up:
É a fração volumétrica ocupada pelo ar em uma
determinada região da coluna.
A relação entre o hold up do ar na zona de coleta e
a vazão de ar é usada para definir o regime de flotação.
Aumentando-se a vazão de ar até certo ponto, o hold up
cresce linearmente, caracterizando uma distribuição
homogênea de bolhas. Após esse ponto, o hold up se
torna instável com o aparecimento de bolhas grandes,
conforme se nota no Anexo-II.
O hold up do ar pode ser estimado pela equação 1,
através da diferença de pressão lida entre dois
manômetros instalados na seção de recuperação. Neste
caso, a densidade da polpa. ( ) deve ser conhecida
(AQUINO; OLIVEIRA; FERNANDES, 2004).
Onde: é a diferença de pressão em kPa; éa
densidade da polpa em g/cm³ ; é a aceleração da
gravidade em cm/s2 e é a distância entre as tomadas
de pressão em cm.
Recomenda-se medir a diferença de pressão a uma
distância pequena da base da coluna (2 a 3 m), devendo
o primeiro medidor ficar a uma distancia mínima de
pelo menos um diâmetro da coluna, para evitar
distúrbios provocados pela introdução de ar. Desta
forma, a densidade da polpa na zona de coleta pode ser
aproximada pela densidade do afundado (FINCH e
DOBBY, 1990).
As tomadas de pressão podem ser feitas por
manômetros de água, transdutores ou transmissores de
pressão.
A estimação dos valores das variáveis recuperação
e teor do concentrado de forma on line não é usual. Na
prática, o controle visa os objetivos secundários, tais
como a altura da camada de espuma, hold up e o bias.
Nos sistemas de flotação, uma perturbação numa
variável influencia diretamente em outra,
caracterizando estes sistemas como multivariáveis.
Através das relações que se estabelecem entre as
variáveis que são controladas nos objetivos secundários
e as variáveis que se deseja controlar nos objetivos
primários, observa-se que o alcance dos objetivos
primários ocorre como consequência da realização dos
objetivos secundários.
4- Instrumentação da coluna
De acordo com Persechini (2001), os
instrumentos necessários para medir e manipular as
variáveis envolvidas no processo de flotação em coluna
devem apresentar as seguintes características:
i- Apresentar robustez e precisão para suportar os
diferentes tipos de minérios e as condições
operacionais, como pH e abrasividade e
ii- Possuir flexibilidade na calibração dos valores de
escala para que os instrumentos possam se adequar
às variadas condições de operação.
4.1 – Seleção dos instrumentos
De acordo com Takata (2009), os parâmetros
operacionais e de projeto normalmente utilizados em
colunas industriais no ponto médio da zona de
recuperação podem ser visualizados no Anexo-III.
De posse dos valores dos parâmetros de
projeto, pode-se fazer a seleção da instrumentação
necessária ao controle.
Medidor eletromagnético de vazão:
Este instrumento é aplicado para medir vazão
de água de lavagem, vazão de alimentação, vazão de ar
e vazão do afundado, pois apresenta uma perda de
carga mínima equivalente a um trecho reto da
tubulação, o que diminui os custos por bombeamento; a
calibração do sistema praticamente não é afetada pela
variação da condutividade, densidade, turbulência e
viscosidade do fluido.
 O medidor eletromagnético a ser adotado, para
a medida da vazão de polpa será o OPTIFLUX 5000 F
da empresa Conaut por possuir revestimento interno
cerâmico, resistente a abrasão e corrosão necessários
devido ao elevado pH e a presença de sólidos
particulados. O diâmetro da linha de alimentação
estimado é de 200 mm, o qual encontra-se dentro do
range de diâmetro nominal do instrumento em questão,
conforme pode ser visualizado no anexo IV.
Para a medida de vazão de ar o medidor
eletromagnético a ser adotado será o Tubo Sensor
OPTIFLUX 2000 da empresa Conaut (anexo V) por
estar adequado à estimativa de diâmetro, 300 mm, e à
pressão de trabalho de 4.5 bar, encaixando-se na classe
de pressão ASME 150#. Como o ar não é abrasivo
dispensa-se um revestimento especial , utilizando o de
borracha diminuindo assim o custo do instrumento.
O medidor eletromagnético a ser adotado para
a medida de vazão de água de lavagem será o Tubo
Sensor OPTIFLUX 4000 da empresa Conaut por estar
enquadrado no diâmetro necessário, estimado em
127mm e não possuir revestimento de alto custo
(Anexo VI).
Todos os instrumentos medidores descritos
acima utilizam de flanges
Medidor de nível ultrassônico:
Os sensores ultrassônicos são os medidores de
nível de uso mais corriqueiro no âmbito da flotação.
Este instrumento é aplicado para medição do nível e
altura da camada de espuma, pois não tem contato com
o fluido. A onda sonora de ultrassom ao ser emitida e
encontrar um obstáculo (a bóia com densidade
intermediária polpa/espuma - item 3.2.i), retornando ao
receptor em determinado tempo de trânsito. A partir
deste tempo é possível a determinação da altura da
camada de espuma.
O medidor de nível ultrassônico a ser adotado
será o Sensor de nível IP68 da empresa Nivetec por
possuir eletrônica inteligente para suprimir
interferências internas, ruídos, ondulações, agitação ou
espumas, interferências recorrentes em uma coluna de
processamento de minérios. A altura da coluna de 10
m, encontra-se dentro do range, conforme Anexo - VII.
Transmissor de pressão capacitivo:
A técnica de medição do hold up do ar mais
frequentemente utilizada dois medidores de pressão
posicionados na seção de concentração da coluna, os
mais utilizados são os do tipo capacitivo, devido a sua
alta exatidão, rangeabilidade e estabilidade. Estes
sistemas de medição não sofrem influencia de
temperatura, campo magnético ou oscilações
mecânicas, o que é um ponto positivo para a sua
seleção.
Nele um diafragma de medição se move entre
dois diafragmas fixos. Entre os diafragmas fixos e o
móvel, existe um fluido de enchimento dielétrico.
Como um capacitor de placas paralelas é constituído
por duas placas separadas por um meio dielétrico, ao
sofrer o esforço de pressão, o diafragma móvel (que
vem a ser uma das placas do capacitor) tem sua
distância em relação ao diafragma modificada. Isso
provoca modificação na capacitância de um circuito de
medição, e então, tem-se a medição de pressão.
A medida do hold up utilizando outros
equipamentos, como os baseados no perfil de
temperatura e de condutividade térmica, é imprecisa
devido às oscilações da densidade da polpa de minério
durante a operação.
O transmissor de pressão capacitivo a ser adotado
será o Transmissor de Pressão Inteligente LD1.0
modelo: LD1.0-M4-1l-0H0 da empresa SMAR. O
LD1.0 é um transmissor inteligente para medição de
pressão manométrica. O transmissor é baseado num
sensor capacitivo, que proporciona uma operação
segura e um excelente desempenho em campo. Este
equipamento foi escolhido por apresentar uma pressão
de trabalho compatível com a requerida. (Anexo VIII).
5- Conclusão
 Conclui-se que para a escolha dos instrumentos
utilizados em qualquer processo industrial deve-se
conhecer o processo, as variáveis envolvidas bem
como o principio de funcionamento dos instrumentos
em questão.
Para o caso da coluna de flotação, consideraram-se
os custos envolvidos, a precisão dos equipamentos, a
estabilidade e a manutenção envolvida.
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ANEXO-I: Fluxograma simplificado do circuito de flotação da ITM – I do Pico.
Fonte: ANTUNES, 2011.

Anexo-II: Efeito da velocidade superficial do ar ( sobre o “hold up”.

FONTE: VIEIRA, 2005.
ANEXO-III: Parâmetros operacionais e de projeto normalmente utilizados em colunas industriais.
FONTE: TAKATA, 2009

ANEXO IV - Datasheet Optiflux 5000 F

ANEXO V - Datasheet Tubo Sensor OPTIFLUX 2000
ANEXO VI – Datasheet Tubo Sensor OPTIFLUX 2000
ANEXO VIII – Datasheet Transmissor de Pressão Inteligente LD1.0