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Orientadora:
Silvana Perez
Co-orientador:
Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Belém/Pa
Novembro de 2016
M PEF
Mestrado Nacional
Profissional em
Ensino de Física Universidade Federal do Pará
INTITU ADA "UMA PROPOSTA PARA ENSINAR FÍSICA QUÂNTICA NO ENSINO MÉDIO POR MEIO
INTERNO) E PROFS. ORS. CARLOS EDUARDO AGUIAR, LEONOR BEZERRA GUERRA E JOSÉ
PARA CONSTAR, FORAM LAVRADOS OS TERMOS DA PRESENTE ATA, QUE LIDA E APROVADA
BANCA:
MNPEF ~__;2;BF
Mestrado Nacional
Profissional em
Ensino de Física
•
Univers idade Federa l do Pará
SOCIE DADE BRAS/1-1:IFIA OC rlSICA
(X ) APROVADO ) REPROVADO
Orientadora
Membro Externo
~
Membro Externo
Orientadora:
Silvana Perez
Co-orientador:
Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Aprovada por:
_______________________________________
Profª Drª Silvana
Perez (UFPA)
_______________________________________
Prof. Dr. Alexandre Guimarães
(UFPA)
_______________________________________
Prof. Dr. Carlos Eduardo Aguiar
(UFRJ)
_______________________________________
Prof. Dr. Jose Anglada Rivera
(UFAM)
_______________________________________
Profa. Dra. Leonor Bezerra Guerra
(UFMG)
Belém/Pa
Novembro de 2016
3
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Orientadora:
Silvana Perez
Co-orientador:
Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Este trabalho tem como objeto propor a utilização de uma Unidade de Ensino
Potencialmente Significativa, com o intuito de ensinar física quântica em turmas
de ensino médio, segundo os pressupostos teóricos da Aprendizagem
Significativa de David Ausubel, cuja principal característica é considerar o
conhecimento preexistente na estrutura cognitiva do aprendiz. A experiência
didática foi aplicada em duas turmas de terceiro ano do ensino médio, com 50
alunos cada, da Escola Estadual Avertano Rocha, em Belém-Pa. Com auxílio
de recursos tecnológicos como slides, animações passivas e interativas, entre
outros, buscamos promover, através de atividades participativas além das
aulas expositivas dialogadas, o ensino de física quântica, buscando relacionar
seus conteúdos com outras áreas do conhecimento, entendendo que esse
processo facilita a compreensão dos conteúdos, pois enaltece sua relevância
ao aumentar a possibilidade de ancoragem de seus conceitos. As avaliações
aconteceram de forma contínua, através de perguntas orais, listas de
exercícios contendo questões conceituais e teórico-matemáticas, além de uma
prova escrita ao final do bimestre contendo cinco questões, das quais três eram
objetivas e duas analítico-discursivas. Os resultados foram analisados através
da comparação estatística das notas bimestrais dos alunos com os dos três
últimos anos e revelaram que houve um aumento significativo das médias do
grupo experimental. Acreditamos que o sucesso obtido está na metodologia
adotada, pois, ao considerar o conhecimento prévio dos discentes, estamos
mostrando a área onde eles podem ser aplicados, enfatizando sua importância
e tornando o estudo mais interessante. Esta conclusão pôde ser reforçada por
relatos de alguns alunos durante as aulas, elogiando a metodologia de ensino.
Os materiais utilizados nas aulas (questionários, slides, animações, apostilas,
listas de exercícios, além da prova aplicada) estão incluídos em um CD-rom,
que integra esta dissertação, e estará disponível online livremente para
utilização de professores e alunos.
Belém/Pa
Novembro de 2016
7
ABSTRACT
Advisors:
Silvana Perez
Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Belem/Pa
November of 2016
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 2
Capítulo 1: Levantamento bibliográfico .............................................................. 7
1.1 Alguns trabalhos sobre física moderna .............................................. 7
1.2 Exemplos de UEPS aplicadas no ensino médio e superior .............. 11
Capítulo 2: Fundamentação teórica ................................................................. 17
2.1 David Ausubel................................................................................. 17
2.2 Ausubel e a Aprendizagem Significativa ......................................... 18
2.3 Natureza da Aprendizagem Significativa ........................................ 21
2.4 Aprendizagem Significativa e neurociência .................................... 23
Capítulo 3: Metodologia ................................................................................... 27
3.1 Metodologia didática ............................................................................ 27
3.1.1 Unidade de Ensino Potencialmente Significativa (UEPS) ................ 27
3.2 Metodologia investigativa ........................................................................................... 29
Capítulo 4: As UEPS desenvolvidas ...................................................................................... 32
4.1 UEPS sobre teoria quântica ...................................................................................... 32
4.2 UEPS sobre teoria atômica de Bohr ...................................................................... 36
Capítulo 5: Aplicações das UEPS ........................................................................................... 40
Capítulo 6: Análise dos resultados.......................................................................................... 43
CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS ...................................................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 60
Apêndice A Provas Aplicadas ................................................................................................... 63
Apêndice B: Produto ...................................................................................................................... 67
Anexo 1 UEPS Glauco Pantoja ............................................................................................ .100
9
LISTA DE FIGURAS
INTRODUÇÃO
Em todo início de ano letivo, na semana que antecede o retorno dos
alunos às atividades escolares, acontece nas escolas de educação básica,
tanto públicas quanto privadas, as chamadas jornadas pedagógicas. Tal evento
tem como finalidade avaliar o ano que passou e traçar as atividades para o ano
que está começando.
Na oportunidade, destina-se dois ou três dias para se realizar o
planejamento anual por área de conhecimento no qual são projetados os
conteúdos a serem trabalhados, além da forma como o professor irá
desenvolvê-los junto ao aluno, ou seja, a metodologia que será adotada no
desenvolvimento de suas atividas durante o ciclo anual corrente.
Todavia, nota-se, na grande maioria dos casos, um prevalecimento do
modelo tradicional de ensino, em que o professor deposita o conhecimento no
aluno de forma arbitrária, sem considerar seus conhecimentos prévios ou suas
experiências extraclasse, o que vai de encontro àquilo que é proposto pela Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB em seu artigo 3º, inciso X
(BRASIL,1996), que afirma que o professor deve valorizar a experiência
extraescolar do aluno.
No caso da física, este fato se torna ainda mais grave, pois, de acordo
com Hestenes, apud Melo (200-?), "a física é uma ciência de caráter
experimental e que apresenta alguns conceitos abstratos, e apenas o uso do
ensino tradicional se torna inadequado”, ou seja, a apresentação dos conceitos
da física segundo uma metodologia unicamente verbal e textual não contempla
a necessidade requerida para sua plena compreensão. Este cenário contribui
consideravelmente para tornar a física uma das matérias mais difíceis de se
compreender, fato comprovado pelo alto índice de retenções nesta disciplina.
Para Santos, apud Melo (200-?), as dificuldades que os alunos
possuem na aprendizagem dos conceitos da física são reflexos de métodos
tradicionais de ensino, somados à ausência de meios pedagógicos modernos e
de ferramentas que auxiliem a aprendizagem.
Deste modo, é necessário que o professor saia do método didático
tradicional e mecânico de ensino e pratique metodologias que considerem
principalmente o conhecimento prévio do aluno mostrando-lhes, se possível,
11
conhecimento é assimilado por ele. Desta formar buscaremos analisar por que
uma informação é mais bem assimilada quando é absorvida de forma
significativa, ou seja quando ela é ancorada em um conhecimento preexistente
na estrutura cognitiva deste indivíduo, do que quando ela lhe é implantada de
maneira arbitrária, como acontece na aprendizagem mecânica. Sendo assim
entenderemos por que, na aprendizagem mecânica, as informações
assimiladas estão mais propensas ao esquecimento do que quando são
aprendidas significativamente. Essa discussão é preliminar, uma vez que a
relação entre essas duas áreas do conhecimento não é o objetivo principal de
nossa proposta, e também pede um estudo muito mais aprofundado.
Em seguida, faremos uma explanação sobre a metodologia com a qual o
trabalho foi desenvolvido. Neste capítulo detalharemos a evolução de todas as
etapas que compõem sua estrutura, desde a descrição do significado de UEPS e
enumeração de suas partes principais, destacando os objetivos de cada uma
delas, até sua culminância, que foi a aplicação da mesma em sala de aula.
Nesta calátide, também encontraremos uma análise de duas propostas
de UEPS como exemplos, que foram aplicadas, uma em nível médio e outra
em nível superior, cujos autores são Adriane Griebeler (2012) e Glauco Pantoja
(2015), respectivamente, que elucidam satisfatoriamente a importância de se
trabalhar os conteúdos de física seguindo os pressupostos teóricos da
aprendizagem significativa.
Os capítulos 5 e 6 discorrerão sobre a aplicação do produto e análise
dos resultados obtidos, respectivamente. Neles serão relatadas as ações
promovidas em sala de aula durante a aplicação das UEPS assim como as
avaliações acerca de sua eficácia.
Finalmente, na conclusão, resumiremos os principais resultados
obtidos com a experiência afim de reforçar a avaliação da aplicação da UEPS e
de elaborar as conclusões acerca da eficácia do trabalho desenvolvido assim
como suas perspectivas para a execução de futuros trabalhos desta natureza.
14
Capítulo 1
Levantamento Bibliográfico
organizado pela professora. Será dado um tempo para que os alunos leiam o texto
e depois se reúnam em pequenos grupos para discussão do mesmo e dele façam
um resumo ou um diagrama, ou um desenho, em atividade colaborativa.
Os produtos dessa atividade deverão ser entregues à professora que os avaliará
qualitativamente e os devolverá aos alunos permitindo que os refaçam em função
de seus comentários. O desenvolvimento desta etapa ocupará três aulas.
futuras desta natureza, já que se tem uma orientação inicial das peculiaridades
de cada turma.
Embora se deva anuir com a excelência com que foram confeccionadas
e aplicadas as UEPS acima, nenhuma delas trabalho focando a
interdisciplinaridade. Isso não significa que elas estejam incorretas ou
inadequadas, mas sim este tema não fez partes dos seus objetivos.
24
Capítulo 2
Fundamentação Teórica
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica Nacional (LDB), (BRASIL,
1996), em seu artigo 3º, inciso X, estabelece como um “Dos Princípios e Fins da
Educação Nacional” a “valorização da experiência extraescolar”. Observando
as transformações que vêm acontecendo na estrutura curricular da educação
básica brasileira nas últimas décadas, verificamos que esta parte da lei ratifica
uma tendência que vem ganhando força neste nível de ensino nos últimos
tempos, que consiste na valorização do conhecimento que o aluno traz de sua
vida social, fruto de suas experiências vividas ou estudos anteriores, assim
como objetivar o ensino para utilização em sua vida como cidadão e também
preparação para sua vida profissional. Essa perspectiva de ensino valoriza o
conhecimento prévio do educando e se constrói a partir de informações já
existentes em sua estrutura cognitiva.
Um segmento desta corrente teórica, conhecida como Teoria da
Aprendizagem Significativa, foi apresentado em 1963 pelo psicólogo David
Ausubel (AUSUBEL, 1968, 2000). Ele defendia que “aprender
significativamente é ampliar e reconfigurar ideias já existentes na estrutura
mental e com isso ser capaz de relacionar e acessar novos conteúdos”
(FERNANDES, 2011). Seguindo essa corrente filosófica, o presente trabalho se
insere na Teoria da Aprendizagem Significativa, TAS (AUSUBEL, apud
MOREIRA 1999), efetivando-se por meio da produção de Unidades de Ensino
Potencialmente Significativas, UEPS (MOREIRA, 2011).
“Escandalizou-se com um palavrão que eu, patife de seis anos, empreguei certo dia.
Com sabão de lixívia lavou-me a boca. Submeti-me. Fiquei de pé num canto o dia
inteiro, para servir de escarmento a uma classe de cinquenta meninos assustados
(...)”. Ausubel conclui afirmando que “A escola é um cárcere para meninos. O crime de
todos é a pouca idade e por isso os carcereiros lhes dão castigos” (AUSUBEL, 1968).
Teve sua formação acadêmica no Canadá, onde passou por diversas
universidades e centro de pesquisas nos quais desenvolveu importantes
trabalhos. Entretanto, foi após sua volta aos Estados Unidos na década de 70,
trabalhando em pesquisas sobre educação na City University of New York, que
ele ganhou destaque com sua busca por melhorias no processo ensino
aprendizagem, exercendo uma postura contrária às metodologias puramente
mecânicas.
Dedicou-se à educação com intuito de buscar as melhorias necessárias
ao “verdadeiro aprendizado”, sendo contrário ao método de aprendizagem
comportamentalista, baseado no processo estímulo-resposta, cuja principal
corrente é o behaviorismo (do inglês to behavior, que significa comportar), que
apresenta como principal nome B.F. Skinner (1904-1990), além de outros como
Ivan Pavlov (1849-1936) e John Watson (1878-1959).
Neste contexto, Ausubel começou a desenvolver seus trabalhos sobre
aprendizagem significativa. Tal estudo visava desenvolver modelos de ensino
aprendizagem que visassem remodelar a aprendizagem e intensificá-la como
um processo de captação de informações que pudessem ser utilizadas
adequadamente pelo indivíduo através da organização e interação dos
conteúdos aprendidos de forma significativa, já que, na concepção do teórico
americano, “quanto mais sabemos, mais aprendemos”
base para a introdução de uma nova informação que seja relevante para si. Se
houver uma consonância entre o subsunçor e o novo conhecimento adquirido, isto
é se o novo conhecimento conseguir transformar aquele que existe na estrutura
cognitiva do aluno, então está ocorrendo a aprendizagem significativa.
Vale ressaltar que este é um processo dinâmico, uma vez que o
conhecimento modificado pode, futuramente, servir de âncora e ser modificado
por outros conhecimentos, indefinidamente. A este processo Ausubel deu o
nome de Diferenciação Progressiva (AUSUBEL et al., 1980; MOREIRA, 1999a,
1999b; Apud MACHADO, 2006). No caso do exemplo supracitado, a
diferenciação progressiva ocorre à medida que a palavra partícula ganha
significados novos em diferentes contextos. Quando lhe for ensinado que o Sol
é considerado uma partícula em relação ao cosmos, o aluno verificará que a
partícula é uma parte muito pequena, mas considerando o todo no qual ela faz
parte.
Todavia, devemos salientar que, de acordo com Ausubel, para se
promover uma aprendizagem significativa de forma satisfatória, é importante
que o professor tenha em mãos os organizadores prévios. Define-se como
organizadores prévios os materiais utilizados com objetivo de preencher
possíveis lacunas existentes entre aquilo que o aprendiz sabe e aquilo que ele
precisa saber (MOREIRA, Apud MACHADO e OSTERMANN, 2006).
Finalmente, é importante entender que para que exista a aprendizagem
significativa existem certas condições. Para Ausubel estas condições são duas:
- que o material instrucional seja potencialmente significativo;
- que haja uma predisposição do aprendiz em aprender.
De Acordo com Machado e Ostermann (2006, p3),
Todo o material instrucional deve ter um potencial significativo para o
aprendiz. Aqui, quando falamos em todo material instrucional,
estamos nos referindo a figuras, gravuras, simulações, textos,
exemplos, aula de laboratório e, até mesmo, a aula expositiva
(condenada por muitos). Um professor pode preparar uma aula
repleta de elementos bem elaborados; porém, se estes elementos
não tiverem nenhuma relação com aquilo que o aluno já conhece, o
material não tem potencial significativo. Isto é, se ocorrer uma
aprendizagem nesta situação, é bem provável que esta seja
meramente uma relação arbitrária de conceitos, uma memorização,
uma aprendizagem dita mecânica.
qualquer metodologia e/ou material adotado, por melhor que pareçam ser,
tornar-se-ão ineficazes
Dizemos então que a aquela noção mais específica sobre energia (a de que
energia consistia somente em energia elétrica) foi incorporada a uma ideia bem
mais ampla e geral, aquela apresentada pela física.
Na aprendizagem significativa, o desenvolvimento cognitivo do aprendiz
se caracteriza principalmente por dois processos, a diferenciação progressiva e
a reconciliação integradora.
A diferenciação progressiva é o processo no qual um subsunçor vai
ganhando novos significados ou conceitos, frutos de suas sucessivas
utilizações como âncora para novos conhecimentos. Para que se promova uma
diferenciação progressiva mais eficaz, é necessário que as ideias mais gerais e
mais inclusivas da disciplina sejam apresentadas no início para, depois irem
sendo progressivamente diferenciadas, em termos de detalhes e
especificidades.
Já a reconciliação integradora também chamada de reconciliação
integrativa, é um processo dinâmico da estrutura cognitiva em que há a
filtragem e ordenação do conhecimento, ou seja, consiste na eliminação de
diferenças aparentes, solução de inconsistências e integração dos significados
que ainda possam se apresentar “soltos” na estrutura cognitiva do aprendiz.
Para Moreira (2010), uma premissa da teoria da aprendizagem
significativa é que
o sujeito que aprende vai diferenciando progressivamente e, ao
mesmo tempo, reconciliando integrativamente, os novos
conhecimentos em interação com aqueles já existentes. Ou seja, a
diferenciação progressiva e a reconciliação integradora são dois
processos, simultâneos, da dinâmica da estrutura cognitiva. Através
desses processos o aprendiz vai organizando, hierarquicamente, sua
estrutura cognitiva em determinado campo de conhecimentos.
Ao longo de sucessivas aprendizagens significativas, o subsunçor vai se
moldando, isto é, adquirindo vários significados aumentando sua capacidade
de servir como ideia-âncora para novos conhecimentos.
Capítulo 3
Metodologia
* Foram produzidas e aplicadas duas UEPS, uma de conceitos básicos de física quântica e outra de
teorias atômicas, com ênfase na de Bohr. Porém a segunda foi prejudicada pela desativação do
laboratório de informática, o que inviabilizou parte da proposta idealizada. Assim, para a análise foi
considerada somente a primeira delas.
34
Capitulo 4
As UEPS desenvolvidas
O trabalho desenvolvido foi por meio de duas Unidades de Ensino
Potencialmente Significativo que exploraram os temas “Teoria Quântica e Efeito
Fotoelétrico” e “Modelos Atômicos e Teoria Atômica de Bohr”, e foram
aplicadas em uma escola estadual de ensino no distrito de Icoaraci, localizada
na região metropolitana de Belém.
Todavia, a UEPS escolhida como produto do mestrado foi somente a
primeira, uma vez que não havia tempo hábil para o execução e análise plena
das duas. Mesmo assim faremos a seguir uma explanação das duas UEPS.
Sequência:
01- Situação inicial: Os alunos serão estimulados a fazer conexões
mentais entre tópicos de física quântica e seus conhecimentos
extraescolar através de palavras-chave (contínua, discreta, radiação
eletromagnética, partícula, corpúsculo, fóton e função trabalho). Eles
escreverão o que entendem sobre essas palavras e informarão se
conhecem algum fenômeno cotidiano em que elas aparecem ou
situações nas quais elas se empregam. Caso haja situações em que
eles afirmem nunca ter ouvido falar de alguma delas, os aprendizes
serão estimulados a analisar seu significado a partir de sua origem
etimológica. Nesse processo, os discentes terão total liberdade para
fazer essas relações, inclusive com outras áreas do conhecimento. A
atividade não consiste, necessariamente, em um mapa conceitual, pois,
além de investigar o conhecimento prévio do aluno sobre o assunto, a
mesma visa também analisar o desempenho desse discente quanto à
escrita, assim como avaliar previamente sua capacidade em expor suas
ideias. Esta atividade deverá ser entregue ao professor e servirá para
que ele possa realizar uma diagnose prévia do perfil da turma.
40
05- Aula final e avaliação das respostas dos exercícios: análise das
respostas às questões propostas na avaliação individual. Comentários
finais integradores sobre o assunto abordado. Avaliação oral por parte dos
alunos sobre as estratégias de ensino utilizadas e sobre seu aprendizado,
além de sugestões proferidas pelos mesmos acerca de possíveis melhorias
a ser realizadas na UEPS. Atividade ocupará uma aula. Caso os alunos
concordem, essas falas seriam gravadas para posteriori auxiliarem em
possíveis ajustes na própria UEPS. Esta atividade ocupará
2 aulas
Sequência:
01- Situação inicial:
Esta atividade deverá ser realizada na sala de informática. A turma será
dividida em grupos de 4 alunos e cada grupo ficará com um computador.
Os grupos terão cerca de 10 minutos para observar e analisar a
simulação que aparecerá na tela do computador e, ao final, deverão
apresentar pelo menos três aspectos observados.
Em seguida, o professor deverá listrar esses aspectos na lousa para
serem discutidos com a turma. Caso algum aspecto importante não
tenha sido notado por nenhum grupo, o docente deverá adicioná-lo à
lista formada pelos alunos. Após esta sequência de atividades, serão
listados na lousa os principais modelos atômicos existentes, (modelo de
Dalton, Thompson, Rutherford e Bohr) apontando suas principais
características e os alunos deverão informar qual desses modelos
melhor explica o fenômeno observado na animação.
Finalmente os discentes deverão escrever um pequeno texto tentando
explicar de maneira sucinta como o modelo atômico apontado explica a
situação colocada na animação. Esta atividade servirá para o professor
ter uma visão do perfil da turma em relação ao que os aluno ainda
lembram sobre modelos atômicos, visto que os mesmo os já estudaram
no 1° ano do ensino médio.
Esta Etapa realizar-se-á em duas aulas.
44
04- Aula final e avaliação da UEPS em sala de aula: análise das respostas
das questões propostas na avaliação individual. Comentários finais
integradores sobre o assunto abordado. Avaliação oral por parte dos alunos
sobre as estratégias de ensino utilizadas e sobre seu aprendizado
45
Capitulo 5
Capitulo 6
Significado de discreto
“aquilo que não tem importância” ou “aquele cara que é na dele”. Embora este
termo seja comumente utilizado no cotidiano de todos e os alunos afirmarem que
sabiam o seu significado, mas estavam com dificuldade de “passar para o papel”.
Nenhum conseguiu produzir uma frase totalmente correta acerca de sua
definição. Ninguém associou o significado físico à palavra discreto, o que
sugere que os discentes ainda não haviam tido nenhum contato com a física
quântica até aquele momento.
No gráfico seguinte temos a análise quantitativa das respostas dos
alunos acerca do significado da expressão "radiação eletromagnética”.
Significado de partícula
Figura 10: Apresentação de algumas respostas dos alunos para o significado de Partícula
Significado de corpúsculo
Significado de corpúsculo
Figura 14: Apresentação de algumas respostas dos alunos para o significado de fóton
8%
22%
60%
10%
Figura 16: Apresentação de algumas respostas dos alunos para o significado de função
trabalho
59
utilizam esta área da física moderna para seu pleno funcionamento, como no
caso das lâmpadas dos postes de iluminação pública que acendem durante à
noite e se apagam durante o dia, além das portas dos Shopping Centers se
abrem automaticamente assim que um cliente se aproxima da mesma e
fecham depois que são transpassadas.
Na sequência realizamos as avaliações com intuito de se verificar o grau
de aprendizado. Inicialmente foi proposta uma lista de listas de exercícios com
questões conceituais e teórico-matemáticas sobre física quântica. Além disso
os discentes tiveram que refazer a primeira atividade, ou seja, reescrever os
significados das mesmas palavras que lhes foram propostas na primeira aula.
Finalmente, realizamos uma avaliação por meio de uma prova contendo 3
questões objetivas e 2 subjetivas, nas quais englobam, também, questões
conceituais e teórico-matemáticas.
Como o processo avaliativo se deu de várias formas, e devido ao pouco
tempo disponível no bimestre para a execução completa da UEPS, resolvemos
analisar o rendimento final dos alunos através de suas médias individuais
bimestrais, comparando-as com os três últimos anos anteriores. Os resultados
estão descritos no gráfico 8 abaixo.
CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Referências Bibliográficas
AUSUBEL, D. P (1968). Educational psychology - a cognitive view. New York:
Holt, Rinehart and Winston.
PENA, F.L.A. (2006). Por que nós, professores de Física do Ensino Médio,
devemos inserir tópicos e ideias de física moderna e contemporânea na sala de
aula? Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n. 1, 1.
SILVA, A.C. & ALMEIDA, M.J.M. (2011). Física Quântica no ensino médio: o que
dizem as pesquisas. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 28, n. 3, 624.
Apêndice A
01 (1,0 pt)- (PUC-RS) A escolha do ano de 2005 03 (1,0 pt)- (ITA) Um trecho da música Quanta,
como o Ano Mundial da Física teve como um de Gilberto Gil, é reproduzido a seguir:
de seus objetivos a comemoração do centenário “Fragmento infinitesimal,
da publicação dos primeiros trabalhos de Albert Quase que apenas mental,
Einstein. No entanto, é importante salientar que Quantum granulado no mel,
muitos outros cientistas contribuíram para o Quantum ondulado do sal,
excepcional desenvolvimento da Física no século Mel de urânio, sal de rádio
passado. Entre eles, cabe destacar Max Planck, o Qualquer coisa quase ideal.”
qual, em 1900, propôs a teoria da quantização da
energia. As frases “Quantum granulado no mel” e
Segundo esta teoria, um corpo negro irradia “Quantum ondulado do sal” relacionam-se na
energia de forma _________, em porções que são Física com:
chamadas de _________, cuja energia é
proporcional à _________ da radiação a) Conservação da energia.
eletromagnética envolvida nessa troca de energia. b) Conservação do momentum linear.
A sequência de termos que preenche c) Dualidade onda-partícula.
corretamente as lacunas do texto é d) Princípio da causalidade.
a) Descontínua – prótons – frequência e) Conservação do momentum angular.
b) Contínua – prótons – amplitude
c) Descontínua – fótons – frequência 04 (1,5 pt)- (Eliney Trindade) A função trabalho de
d) Contínua – fótons – amplitude um determinado metal é 1,20 eV. Se incidirmos
e) Descontínua – elétrons – frequência uma radiação de frequência 5 x 1014 Hz, qual a
energia cinética dos fotoelétrons emitidos?
02 (1,0 pt)- (PUC-RS) Um feixe de luz incide
sobre uma lâmina de metal, provocando a
emissão de alguns elétrons. A respeito desse
fenômeno, denominado efeito fotoelétrico, é
correto afirmar que:
a) Qualquer que seja a frequência da luz
incidente, é possível que sejam arrancados 05 (1,5 pt)- (Eliney Trindade) A energia de um
elétrons do metal fóton é diretamente proporcional a sua frequência,
b) Quaisquer que sejam a frequência e a com a constante de Planck, h, sendo o fator de
intensidade da luz, os elétrons são emitidos proporcionalidade. Fisicamente, o fóton não possui
com mesma energia cinética massa, mas, através da teoria da relatividade geral
c) Quanto maior a intensidade da luz de uma de Einstein, podemos verificar a equivalência entre
determinada frequência incidida sobre o sua energia em massa por meio da relação E = mc²,
metal, maiores são as energias com que os em que E é a energia do fóton, m sua equivalência
elétrons abandonam o metal em massa e c é a velocidade da luz no vácuo. Sendo
d) Quanto maior a frequência da luz de uma assim, qual a relação matemática para calcular a
determinada intensidade incidida sobre o massa de um fóton?
metal, maiores são as energias com que os
elétrons abandonam o metal
e) Quanto maior a frequência da luz de uma
determinada intensidade incidida sobre o
metal, mais elétrons abandonam o metal
69
2014
E.E.E.F.M. “AVERTANO ROCHA”
PROFESSOR: ELINEY TRINDADE Lista. _____
ALUNO (Nome Completo): Ativ. _____
SÉRIE: 3º ANO TURMA: TURNO:
DATA: Prova:_____
1ª AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE FÍSICA (6,0 PTS)
01 (1,0 pt)- (UFRGS) Assinale a alternativa que a) A radiação tem comportamento corpuscular.
preenche corretamente a lacuna do parágrafo b) A luz se propaga com velocidade de 3 x 108
abaixo. m/s.
O ano de 1900 pode ser considerado marco c) O elétron tem comportamento ondulatório.
inicial de uma revolução ocorrida na física do d) A luz se propaga em ondas transversais.
século XX. Naquele ano, Marx Planck apresentou e) Existem os níveis de energia no átomo.
um artigo à Sociedade Alemã de Física,
introduzindo a ideia da __________ da energia,
da qual Einstein se valeu para, em 1905,
desenvolver sua teoria sobre o efeito fotoelétrico. 04 (1,5 pt)- (PUC) Qual é, aproximadamente, a
a) conservação energia portada por um fóton de luz de frequência
b) quantização 5 x 1014 Hz?:
c) transformação (Dado: h= 6,63 x 10-34 J.s)
d) conversão
e) propagação
2015
E.E.E.F.M. “AVERTANO ROCHA”
PROFESSOR: ELINEY TRINDADE Lista. _____
ALUNO (Nome Completo): Ativ. _____
SÉRIE: 3º ANO TURMA: TURNO:
DATA: Prova:_____
1ª AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE FÍSICA (5,0 PTS)
01 (1,0 pt)- (Eliney Trindade) Dois metais, A e B, IV- Quanto mais intensa a radiação, maior a
apresentam função trabalho de 2,2 eV e 5,13 eV, energia dos seus fótons, logo maiores são as
respectivamente. Os dois são submetidos à chances de ocorrer o efeito fotoelétrico
radiações eletromagnética de tal modo que ocorra Das afirmações acima, estão corretas:
o efeito fotoelétrico nos dois metais. Os a) I e II d) Todas
resultados foram plotados em um gráfico. Qual b) II e III d) Nenhuma
dos gráficos abaixo é o corrento? c) III e IV
a) EC d) EC
B B
A A 03 (1,0 pt)- (Eliney Trindade) Em 1923 O físico
Alemão Albert Einstein ganhou o prêmio Nobel
f f de física pela explicação do efeito fotoelétrico,
fenômeno que consiste na emissão de ________
b) EC e) EC por metais devido à incidência de radiação. Para
A A tal, Einstein lançou mão de uma teoria formulada
B B em 1900 por seu compatriota Max Planck, onde,
segundo ela, a radiação se dá de forma ________
constituída por “pacotes” de energia
f f
denominados de _________. Nesse fenômeno a
c) EC luz se comporta como uma _________, o que
A ratifica seu caráter dual.
B Marque a alternativa que contém as palavras, na
mesma ordem, que completam as lacunas acima
a) Radiação, contínua, quantum, partícula
f
b) Elétrons, discreta, quantum, onda
c) Elétrons, discreta, quantum, partícula
02 (1,0 pt) - (Eliney Trindade) O efeito fotoelétrico d) Fótons, contínua, elétrons, onda
é um fenômeno descoberto pelo físico alemão e) Radiação, discreta, elétrons, partícula
Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894). Ele percebeu
que uma radiação eletromagnética poderia arrancar
elétrons da superfície de um determinado metal. 04 (1,5 pt)- (Eliney Trindade) Em um experimento
Entretanto esse fenômeno permaneceu sem sobre efeito fotoelétrico, verificou -se que um
explicação até em 1905, quando outro físico elétron, ao ser arrancado do metal, apresentava uma
também alemão – Albert Einstein – o explicou energia cinética de 2,2 eV quando o metal era
utilizando o conceito de quantização da energia
submetida a uma radiação ultravioleta de 2 x 10 15
proposta pelo seu compatriota Max Planck. A
respeito da explicação desse fenômeno fazem-se Hz. Então, Qual o valor da função trabalho desse
algumas proposições: metal? (dado h = 4,1 x 10-15 eVs):
I- No efeito fotoelétrico a energia apresenta
caráter ondulatório e os elétrons apresentam
caráter corpuscular
II- Cada elétron se prende a um único fóton da
radiação como se fosse uma colisão 05 (1,5 pt) - (Eliney Trindade) Em um exame de
inelástica entre duas partículas radiografia o raio -X emitido pela máquina e que
III- Para que ocorra o efeito fotoelétrico é
atinge o paciente tem frequência de 5 x 1018 Hz.
necessária uma freqüência mínima da Então qual a energia, em elétron-volt dos fótons
radiação incidente desse raio-X?
(Dado: h = 6,63 x 10-34 J.s ou 4,14 x 10-15 eVs).
71
2016
E.E.E.F.M. “AVERTANO ROCHA”
PROFESSOR: ELINEY TRINDADE Lista. _____
ALUNO (Nome Completo): Ativ. _____
SÉRIE: 3º ANO TURMA: TURNO:
DATA: Prova:_____
1ª AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE FÍSICA (5,0 PTS)
01 (1,0 pt)- (Eliney Trindade) Em 1923 O físico absorvidos pelos fotorreceptores (bastonetes) na
Alemão Albert Einstein ganhou o prêmio Nobel retina, sendo os responsáveis pela percepção
de física pela explicação do efeito fotoelétrico, luminosa.
fenômeno que consiste na emissão de ________ (Considere a constante de Planck h igual a 6,6 x
por metais devido à incidência de radiação. Para 10-34 J.s.)
tal, Einstein lançou mão de uma teoria formulada Com base nessas informações, é correto afirmar
em 1900 por seu compatriota Max Planck, onde, que, em média, a energia absorvida pelos
segundo ela, a radiação se dá de forma ________ fotorreceptores quando luz verde com com
constituída por “pacotes” de energia denominados frequência de 6 x 1014 Hz atinge o olho humano
de _________. Nesse fenômeno a luz se comporta é igual a
como _________, o que ratifica seu caráter dual. a) 3,30 x 10-41 J. d) 3,96 x 10-19 J.
-33
Marque a alternativa que contém as palavras que b) 3,96 x 10 J. e) 1,98 x 10-18 J.
completam, na mesma ordem, as lacunas acima -32
c) 1,98 x 10 J.
a) Elétrons, contínua, quantum, partícula
b) Elétrons, discreta, quantum, onda 4 (1,5 pt)- (UFPA-Adaptada) A função trabalho de
c) Elétrons, discreta, quantum, partícula um certo material é 4,2 eV. Qual a frequência, em
d) Fótons, contínua, elétrons, onda Hertz, da luz capaz de produzir efeito fotoelétrico,
e) Radiação, discreta, elétrons, partícula tendo os fotoelétrons emitidos energia cinética
máxima de 2,0 eV, é aproximadamente (constante
02 (1,0 pt)- ( UFC) Quanto ao número de fótons de Planck igual a 6,6
existentes em 1 joule de luz verde, 1 joule de luz · 10-34 Js)?
vermelha e 1 joule de luz azul, podemos afirmar,
corretamente, que:
a) Existem mais fótons em 1 joule de luz verde 5 (1,5 pt)- (UFC-CE Adaptada) O gráfico
que em 1 joule de luz vermelha e existem mostrado abaixo resultou de uma experiência na
mais fótons em 1 joule de luz verde que em 1 qual a superfície metálica de uma célula
joule de luz azul. fotoelétrica foi iluminada, separadamente, por
b) Existem mais fótons em 1 joule de luz duas fontes de luz monocromática distintas, de
vermelha que em 1 joule de luz verde e frequências f1 = 6,0 x 1014 Hz e f2 = 7,5 x 1014
existem mais fótons em 1 joule de luz verde Hz, respectivamente.
que em 1 joule de luz azul.
EC (eV)
c) Existem mais fótons em 1 joule de luz azul
2,6
que em 1 joule de luz verde e existem mais
fótons em 1 joule de luz vermelha que em 1 2,0
joule de luz azul.
d) Existem mais fótons em 1 joule de luz verde 6,0 7,5 f (1014 Hz)
que em 1 joule de luz azul e existem mais
fótons em 1 joule de luz verde que em 1 As energias cinéticas máximas, EC1 = 2,0 eV e EC2 =
joule de luz vermelha. 2,6 eV, dos elétrons arrancados do metal, pelos dois
e) Existem mais fótons em um joule de luz tipos de luz, estão indicadas no gráfico. A reta que
vermelha que em 1 joule de luz azul e passa pelos dois pontos experimentais do gráfico
existem mais fótons em 1 joule de luz azul obedece à relação estabelecida por Einstein para o
que em 1 joule de luz verde. efeito fotoelétrico, ou seja, Ec = hf
– Φ, em que h é a constante de Planck e Φ é a
03 (1,0 pt)- (UFRGS) Cerca de 60 fótons devem chamada função trabalho, característica de cada
atingir a córnea para que o olho humano perceba um material. Baseando-se na relação de Einstein,
flash de luz, e aproximadamente metade deles são calcule o valor da frequência de corte fc desse
absorvidos ou refletidos pelo meio ocular. Em metal.
média, apenas 5 dos fótons restantes são realmente (dado: h = 4,1 x 10-15 eVs ou 6,6 x 10-34 Js)
72
Apêndice B
Produto
MNPEF
Mestrado Nacional
Profissional em
Ensino de Física
Autores
Eliney Trindade Miranda, Silvana Perez e Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Apoio:
Belém-PA
2016
73
Apresentação
O Material aqui apresentado é o resultado de um trabalho desenvolvido ao
longo de dois anos e consiste no produto elaborado para o Mestrado Nacional
Profissional em Ensino de Física, polo UFPA. O principal Instrumento
Educacional confeccionado é uma Unidade de Ensino Potencialmente
Significativa (UEPS) em que se trabalhou os conceitos básicos de física quântica e
é apresentado por uma dissertação cujo tema é UMA PROPOSTA PARA O
ENSINO DE FÍSICA QUÂNTICA NO ENSINO MÉDIO POR MEIO DE
UNIDADES DE ENSINO POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVAS. O objetivo
aqui é apresentar o produto e discorrer de forma sucinta e objetiva sobre as
experiências vividas durante a confecção e aplicação desta UEPS além de
propor sugestões de adequações para trabalhos futuros que visem contemplar
os pressupostos teóricos da aprendizagem significativa.
75
1 e 2: Estes exemplos, na verdade não utilizam efeito fotoelétrico como princípio. Seu funcionamento se dá
por meio de células fotovoltaicas.
76
Descrição da UEPS
A UEPS deve obedecer aos pressupostos teóricos da
aprendizagem significativa e, em sua elaboração, cada UEPS deve ser
construída em cima de um tópico específico do conhecimento e deve
obrigatoriamente promover este modelo de aprendizado.
As principais partes de uma UEPS são:
Objetivo: relata a intenção com a qual determinado conteúdo é
apresentado
Sequência de atividades: Mostra as atividades, ordenadamente,
e como elas serão trabalhadas ao longo das aulas
Avaliação: descreve como será verificado o quanto o conteúdo
foi assimilado por parte dos alunos. Pode haver também uma avaliação
da própria UEPS, tanto por parte dos alunos quanto por parte do
professor.
Referência bibliográfica: listagem de todo material bibliográfico
utilizado para elaboração das aulas e organização dos conteúdos
apresentados.
Como foi possível verificar, uma UEPS é formada por etapas e
cada uma delas é planejada de tal forma que sempre busque promover
a aprendizagem significativa. De acordo com Moreira (2011), as UEPS
devem obedecer aos seguintes princípios:
- O conhecimento prévio é o fator mais importante e que mais
influencia a aprendizagem significativa, pois é nele que os novos
conhecimentos vão se ancorar;
- A ponte entre os novos conhecimentos e o subsunçor do aluno
é feita através dos organizadores prévios;
- A importância dos novos conhecimentos é percebida através
das situações problemas;
- O Professor pode utilizar, caso ache necessário ou mais
apropriado, uma situação problema com os próprios organizadores
prévios e deve ser apresentado aos alunos de forma gradativa/evolutiva,
isto é, em níveis crescentes de dificuldades.
80
Sequência:
81
05. Aula final e avaliação das respostas dos exercícios: análise das
respostas às questões propostas na avaliação individual. Comentários
finais integradores sobre o assunto abordado. Avaliação oral por parte
dos alunos sobre as estratégias de ensino utilizadas e sobre seu
aprendizado, além de sugestões proferidas pelos mesmos acerca de
possíveis melhorias a ser realizadas na UEPS. Atividade ocupará uma
aula. Caso os alunos concordem, essas falas seriam gravadas para
posteriori auxiliarem em possíveis ajustes na própria UEPS.
REFERENCIAIS
PENA, F.L.A. (2006). Por que nós, professores de Física do Ensino Médio,
devemos inserir tópicos e ideias de física moderna e contemporânea na sala de
aula? Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n. 1, 1.
SILVA, A.C. & ALMEIDA, M.J.M. (2011). Física Quântica no ensino médio: o que
dizem as pesquisas. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 28, n. 3, 624.
MATERIAIS INSTRUCIONAIS
Fonte: aurtoprofessorbiriba.com.br
B
QUANTIZAÇÃO DA ENERGIA
Figura 2
h
L
q
EFEITO FOTOELÉTRICO
Figura 4
Fo to : wikipe d ia
E = h.f
(Unidade adotada no SI), e seu valor será h = 6,63 x 10 -34 J.s. Se a energia
estiver medida em elétron-volt, seu valor será 4,14 x 10-15 eV.s. 1 eV = 1,6 x
10-19 J. Define-se 1 eV como sendo o trabalho realizado por um elétron, ou um
próton, ao se deslocar de um ponto a outro, cuja diferença de potencial entre
eles é 1 V.
81
92
Figura 5
Frequência (Hz) Comprimento de onda (m)
1023 10-14
1022 10-13
21
10 Raios Gama 10-12
20
10 10-11
1019 10-10
Raios X
1018 10-9
1017 10-8
1016 Ultravioleta 10-7
1015 Luz visível 10-6
14
10 10-5
Infravermelho
1013 10-4
1012 10-3
1011 Micro-ondas 10-2
Ondas curtas de rádio
1010 10-1
109 1
8
10 10
7
10 Ondas médias (AM) 102
106 103
105 104
104 105
Ondas longas de rádio
103 106
102 107
Fonte: Produção do Autor
Figura 6 Comprimento de
Energia Frequência onda
Violeta
Anil
Azul
Verde
Amarelo
Alaranjado
Vermelho
Ec = E – Ф
fc
h
95
Figura 7
Foto: universoracionalista.org
e importantes explicou, em 1905,
utilizando as teorias da quantização
da energia eletromagnética, o efeito
fotoelétrico.
Luz monocromática
Elétrons arrancados
da superfície
Superfície metálica
1.1. Observação:
1.1.1. Se uma determinada fonte emite uma radiação, a
energia total Et desta radiação é a soma das energias de todos os n
fótons que a constitui. Como para uma luz monocromática os fótons
têm a mesma energia, então podemos escrever a seguinte relação:
Et = n.E ou Et = n.h.f
96
Ec
fc f
O gráfico sempre será uma reta crescente, pois sempre teremos h > 0;
A reta nunca partirá da origem pois sempre teremos Φ ≠ 0 e
consequentemente fc ≠ 0;
A reta sempre terá a mesma declividade pois h é constante;
O gráfico inexiste na região abaixo do eixo x (Ec < 0) e o ponto onde ele
inicia, sobre a reta das abscissas, corresponde à frequência de conte do
metal;
Foto: mariagracadias.com
Outra aplicação está nas lâmpadas dos postes, em que a luz solar
incide sobre o sensor fotoelétrico ativando-o. Nesse caso seu papel é desligar
a lâmpada à noite, sem luz, ele é desativado e as lâmpadas acendem.
Para sermos mais precisos os primeiros equipamentos usavam
sensores fotoelétricos, que gradativamente foram sendo substituídos por
mecanismos mais sofisticados, usando a mesma ideia, porém com células
fotovoltaicas, mas isso já é outra história...
98
EXERCÍCIO
a) Somente I é verdadeira
b) Somente II é verdadeira
c) Somente III é verdadeira
d) Somente I e II são verdadeiras
e) Todas as afirmativas são verdadeiras
03- (UFRN) Amanda, apaixonada por história da ciência, ficou surpresa ao ouvir
de um colega de turma o seguinte relato: J. J. Thomson recebeu o prêmio
Nobel de física, em 1906, pela descoberta da partícula elétron. Curiosamente,
seu filho, G. P. Thomson, recebeu o prêmio Nobel de física, em 1937, por seu
importante trabalho experimental sobre difração de elétrons por cristais. Ou
seja, enquanto87 um verificou aspecto de partícula para o elétron, outro
percebeu a natureza ondulatória do elétron. Nesse relato, de conteúdo
incomum para a maioria das pessoas, Amanda teve a lucidez de perceber que o
aspecto ondulatório do elétron era uma comprovação experimental da teoria das
ondas de matéria, proposta por Louis de Broglie, em
1924. Ou seja, o relato do colega de Amanda estava apoiado num fato bem
estabelecido em física, que é o seguinte:
a) O princípio da superposição, bastante usado em toda física, diz que
aspectos de onda e de partícula se complementam um ao outro e podem
se superpor num mesmo experimento.
b) Princípio da incerteza de Heisenberg afirma que uma entidade física exibe
ao mesmo tempo suas características de onda e de partícula.
c) A teoria da relatividade de Einstein afirma ser tudo relativo, assim,
dependendo da situação, características de onda e partícula podem ser
exibidas simultaneamente.
d) Aspectos de onda e de partículas se complementam um ao outro, mas não
podem ser observados simultaneamente num mesmo experimento
04- (UFRGS) Quando a luz incide sobre uma fotocélula ocorre o evento
conhecido como efeito fotoelétrico. Nesse evento,
100
a) É necessária uma energia mínima dos fótons da luz incidente para arrancar
os elétrons do metal.
b) Os elétrons arrancados do metal saem todos com a mesma energia cinética.
c) A quantidade de elétrons emitidos por unidade de tempo depende do
quantum de energia da luz incidente.
d) A quantidade de elétrons emitidos por unidade de tempo depende da
frequência da luz incidente.
e) O quantum de energia de um fóton da luz incidente é diretamente
proporcional a sua intensidade.
Tubo de vidro
A B
V G
08- Um cátodo é feito de cobre bem polido. Sabendo que a função trabalho do
cobre é 4,7 eV, determine a frequência mínima da radiação (frequência de
corte) capaz de provocar a emissão de elétrons deste cátodo.
09- (UFRS) Uma emissora de rádio transmite na frequência de 100 MHz, com
10- Satélites artificiais orbitando a terra podem ficar eletrizados devido ao efeito
fotoelétrico. Suponha que a superfície do satélite seja recoberta com uma camada
de metal, com função trabalho 5,32 eV. Determine o maior comprimento
91
Luz solar
Corrente
Luz Fotoelétrica
Metal
Emisso
r
Bateria Amperímetro
imax Emax
(A) (B)
Intensidade Frequência
Luminosa Energia cinética máxima
Variação da corrente
fotoelétrica máxima em dos fotoelétrons em
função da intensidade função da freqüência da
luminosa. luz incidente.
Demais grandezas Demais grandezas
mantidas inalteradas. mantidas inalteradas.
104
b) Para cada proposta selecionada, justifique sua resposta, com base nas
informações disponíveis nos gráficos acima.
105
1 Anexo 1