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= mS See ee r MeO eee Cee CS PU ec cand Pacer Oe ir eee a Ma es ne Rey IF ew rain sty VALDEMAR FISCHER, DIRETOR GERAL DA SYNGENTA NO BRASIL, QUE COMPROUA STARTUP STRIDER. DA ‘AREA DE AGRICULTURA DIGITAL PSCC Ls mal) ANY PESQUISA EXCLUSIVA DA SUR TES Ta) RURAL MOSTRA COMO ELAS ESTAO gS EL ETS OTS Oe eC ST AGROTECNOLOGIA FORCA NO CEU Os servicos de drones estao em alta até para quem vendia apenas maquinas agricolas. Saiba por que isso é benéfico na digitalizacao da agricultura [FABIO MOITINHO, DE SOROCABA (SP) ay UR PA bombas voadoras alemas da década de 1960, e nas primeiras aeronaves nao tripuladas do engenheiro espacial judeu Abraham Karem, na década de 1970, os dro- nes definitivamente extrapolaram as trincheiras de guerra para sobre- Voar territérios bem mais amenos. Entre eles, fazendas de graos, de cana-de-agticar e de florestas plan- tadas no Pais. E, em vez de uma bomba, os equipamentos esto munidos com cameras fotograficas superpotentes, eapazes de captar imagens infravermelhas e até em | nspirados nas buzz bomb, as DINHEIRO RURALA62-OUTUBRO-2018 3D. “Essas méquinas estao em campo na identifieacao de plantas daninhas, de falhas de plantio e em intimeras outras aplieagbes”, afirma © executivo italiano Mirco Romagnoli, viee-presidente da Case IH para a América Latina. “O uso do mapeamento aéreo, realizado por meio de drones, gera economia de tempo ao fazer levantamentos para sistematizagao de éreas de eul- tivo.” Uma corriqueira tarefa de identificagao de linhas de plantio, que leva até cinco horas em uma operagao manual, pode ser feita em 40 minutos por um drone. ‘Nao € por menos que a monta- dora, subsididria da CNH Industrial, com sede em Sorocaba (SP), grupo que faturou globalmen- te US$ 28 bilhdes no ano passado, tratou de incorporar os servigos de imagens digitais, feitos por drones, em seu portfolio de tratores, colhe- 11,7 mil oe fue deiras, planta- deiras pulveri- zadores. “Mais do que méqui- nas agricolas, a marea forneee teenologias que colaboram para Pen oprodutor Os tomar as deci- prone) ses mais asser- mostra o drone RODE braid e Romagnoli. “O cree servigo de ry ‘mapeamento aéreo passa a ser uma delzs.” A Case IH nao est sozinha na onda da transfor- macio digital do campo, criando nichos espeeificos para atrair 0 pro- dutor. Outras empresas do setor de méquinas agricolas, entre elas a americana John Deere, também querem abocanhar uma fatia dese negécio. Segundo Filippo Di Cesare, CEO da Engineering do Brasil, o potencial é grande porque ainda so poucos os produtores que demandam por tecnologias desse tipo no campo. “Para nés, tudo bem que haja sempre mais empresas oferecendo solugbes digitais a0 agronegécio”, diz Cesare. ‘No caso dos drones, as tendén- cias so as mais promissoras possi- veis para o agronegécio. Segundo uma pesquisa do banco americano Merzil Lynch, até 2025, de cada dez aparelhos em uso no mundo, oito estarao ligados exclusivamente & agricultura. No Brasil, no ha dados | ESPACO AEREO BP opominapo 5 nimeros atuals sobre drones ¢ Aeronaves Remotamente 3g Pilotadas (ARPs) no Pais, & 14,6mil i 71,5 mil oficiais sobre a atual representati- vidade rural dessas Aeronaves Remotamente Pllotadas (ARPs) ~ © termo, para a Agéncla Nacional de Aviagao Civil (Anac) é mals adlequado do que Veiculo Aéreo Nao Tripulado (Vant). Segundo a Anac, em setembro, eram de 11,7 mil ARPs eadastradas, 14,6 mil pilotos e um total de 56,9 mil vos autorizados. Nesta safra 2018/2019, uma dessss aeronaves j4 comeca a sobrevoar a fazenda Igreja Velha, do produtor Sidnei Alberti, no municipio de Tibagi, no interior do Parand. Sto sete mil hectares culti- vados com milho, soja, feijao, trigo, cevada e aveia. Segundo Leuro Antunes Neto, gerente agricola da propriedade, o aparelho passa a ajudar na andlise do tragado de linhas de plantio, além de ser uma boa ferramenta para monitorar 0 desenvolvimento da safra. “Os dro- nes so a mais nova tecnologia que vem ganhando espaco na agricultura”, diz, Antunes Neto. “Apostar neles € ganhar tempo e benefi- cios para quem cuida da plantagio.” Na fazenda, manter os resultados de safra é uma tarefa didria. Nao 6a toa que a proprie- dade registra uma das produtividades mais altas de sua regio. Na safra de vero passada, a produtividade de DINHEIRO RURALAG-OUTUBRO-2018 56,9 mil Dpedldos de voos _voos aprovados milho chegou a 11,5 mil qui- los por hectare, 16.5% a mais que a média do munieipio e 85,5% acima da média esta dual. A soja também est4 na mesma linha. O rendimento médio do griio, na safra pas- sada, foi de 4,2 mil quilos por hectare, 2.4% acima da média local e 14,7% acima da estadual. No caso do servigo de drones da Case TH, a fer- ramenta passa a integrar uma série de tecnologias digitais j4 presentes na propriedade, ‘como 0 mapeamento da colheita de grfos,a coleta sistematizada de amostras de solo, a aplieagdo de eal- cario e de cloreto de potéssio em taxa varidvel, além do mapeamento das aplicagdes de agroquimicos. a0 exemplos com o da Igreja ‘Velha que a Engineering do Brasil, com sede na capital paulista, quer multiplicar no Pais, onde hd 5,1 milhées de propriedades rurais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistiea. Para a empresa, 0 desafio é numérico. ‘Dos cerea de R$ 200 milhdes de receita deste ano, apenas 8% vém do agronegécio. Para Di Cesare, aumen- tar a fatia rural nos negéeios da empresa passa por uma oferta estru- turada de dados dos sistemas elabo- rados pela companhia, nos quais também esto os servigos de capta- fo e andlise de imagens de drones. “Hoje, o grande valor ea grande complexida- de para as empresas que precisam atuar no mundo digital est4 em dados”, diz Di Cesare. “Trata-se do ouro real e que ainda é muito pouco aproveitado.” Atualmente, os servi- cos de imagens tém sido demandados pelos setores sucroenergéti- coe de florestas plantadas, mas 0 agro- negocio é sustentado por cerca de 60 cadeias de culturas. Q pe a

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