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PROFISSIONALIZAÇÃO

FINANCEIRA PARA
EMPREENDEDORES QUE
ESTÃO COMEÇANDO E
PRECISAM DE UM NORTE
EBOOK POR:

Felipe Cassola
@alemdocnpj
SUMÁRIO
Palavras do autor..........................................................4

A importância do financeiro.........................................6

Quebras de paradigmas e mindset..............................8

Pessoa física e pessoa jurídica....................................9

O que é Pró-labore, e como defini-lo............................10

Custo fixo e custo variável............................................13

Fluxo de caixa................................................................14

Categorização de despesas.........................................15

Competência e Vencimento.........................................17

Capital de giro...............................................................17

O que é DRE?.................................................................19

Importância da DRE......................................................20

Fundo SDM....................................................................22

Onde isso vai te levar?..................................................24

Bônus 1..........................................................................27

Bônus 2..........................................................................30

Encerramento................................................................32
Palavras do autor
Eu sempre soube que iria vencer na vida, sempre tive
essa certeza!

A questão é que, lá atrás, quando dizia isso, tudo não


passava de um menino sonhador. Eu sabia que chegaria
onde eu queria, mas nem tinha ideia quando, muito
menos como.

Mas essa certeza me trazia confiança, a confiança de


um predestinado que, custava o que custar, iria usar
tudo o que viesse como combustível para voar.
Enfim saí da CLT e me lancei no empreendedorismo.

Sem nenhuma certeza, sem conhecimento, sem


experiência... Um louco inocente achando que tudo
seriam flores, até que percebi, na prática, errando,
tomando prejuízo, com falta de dinheiro e dívidas e mais
dívidas, que o empreendedorismo é duro. O
empreendedorismo é uma floresta, e o mais forte tem
uma vantagem, mas principalmente, o que mais se
adapta sobrevive.

Ok... então o que fazer para se adaptar?

Profissionalização!

Ela não vem do dia pra noite, nem possui atalhos. A


profissionalização é uma construção tijolinho a tijolinho,
muita resiliência e persistência para, durante os erros e
acertos, a caminhada prospera.

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E depois de quase uma década empreendendo, a
maioria deles batendo cabeça e somente nos últimos,
de fato, lucrando, posso afirmar: A profissionalização é
o que te deixa forte para sobreviver, e mais, prosperar,
na selva empreendedora.

Parte de tudo eu devo à profissionalização financeira.

E é por isso que quero trazer esse conteúdo aqui, para


dar esse start pra você, empreendedor e empreendedora
que precisa de um norte para traçar essa trilha.

Esse e-book, como tudo o que eu faço, será vida real.


Vou colocar teorias, mas muito mais prática para você
pegar, ler, entender, adaptar para seu negócio e aplicar.

Nessa trajetória vou falar bastante das minhas


dificuldades e impressões... te dando as dicas da minha
vivência em business. E por que isso? Por que eu posso
lhe afirmar: De todas minhas experiências de negócios,
nos mais variados segmentos, a cobertura do bolo
muda, mas o recheio é tudo igual. Gestão é gestão,
depois disso é tradução do que deu certo em A,
adaptado para B.

É isso, vamos começar. Pra cima...

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A IMPORTÂNCIA DO FINANCEIRO
Como falei acima, grande parte da prosperidade nos
negócios foi quando eu entendi a importância do
financeiro, e não só entendi, mas apliquei. O financeiro é
um dos pilares mais importantes de um negócio.
Vendas é o coração, financeiro é o cérebro, o sangue
são os processos e alma as pessoas!

Ter um setor financeiro organizado e profissional é a


bússola do empreendedor e da empreendedora para as
estratégias mais importantes de um negócio. E vejo
muitos empreendedores com seus negócios pequenos,
suas “EUpresas”, ao invés de pensarem em se
profissionalizar, já soltam as desculpas:

“Ah, mas sozinho(a) é muito difícil,


tudo nas minhas costas, não dou conta”

“Sou muito pequeno para ficar bitolado com isso,


conforme eu crescer eu melhoro essa parte”

E é exatamente aí que os empreendedores erram!

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Não pode ser “quando eu crescer”... porque são coisas
como essa que justamente lhe favorecem o
crescimento, então antes de tudo seja, e assim sendo,
depois se torne!

A profissionalização é um passo a passo, um caminho


lento, mas contínuo. Por isso não adianta querer ser a
empresa mais organizada e profissional possível antes
mesmo de ter clientes e pagar as contas, mas, desde
sempre você já precisa pensar de forma profissional,
para ir já estruturando a base do negócio para crescer e
se consolidar.

Uma dica de alguém que já errou muito com isso:

DÊ IMPORTÂNCIA E
SEJA DISCIPLINADO
COM SEU FINANCEIRO!

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QUEBRAS DE PARADIGMAS E MINDSET
Apesar de eu mesmo nunca ter sido fã de matemática,
tenho que concordar, ela é linda! Chega a parecer
mágica... portanto, fazendo direitinho, o resultado final é
exato, não tem segredo;

O que falarmos aqui é só um pontapé. Gostaria de ter


recebido um e-book como esse no começo da minha
trajetória empreendedora. Se abra pra essas
informações e daqui em diante busque conhecimento, a
internet tem muito conteúdo bom e mais aprofundado;

Quem não controla não administra, por isso que é


importante ter métricas no seu negócio. Saiba quanto
custa trazer um cliente, quanto custa a hora de trabalho
de cada pessoa, quanto de insumos e matéria-prima
você gasta em cada unidade produzida, qual é a
quantidade de horas que tal equipe usa em um serviço,
e por aí vai. É importante você ter o máximo de
informação na ponta do lápis, vai te ajudar bastante na
gestão estratégica do negócio;

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DISCIPLINA!
Isso chega a parecer clichê, mas não é! O sucesso está
em você exercitar a disciplina. Quem vive só por
motivação está ferrado, pois teremos dias super em alta
e de boas vibrações, mas também os dias péssimos,
que não queremos nem sair da cama. É justamente aí
que a disciplina entra. E o mesmo acontece com suas
finanças, você precisa estar comprometido e assumir
isso como um objetivo real, que só com disciplina será
implementado com sucesso.

Profissionalizar-se não é fácil, é chato, mexe na nossa


zona de conforto, mas vale muito a pena. Então toma
uma decisão, respira fundo e acredita em mim: São
essas coisas que farão você ter resultados diferentes.
Eu já passei por isso, falo com conhecimento de causa.
Topa o desafio da profissionalização? Se sim, vamos
começar...

PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA


Entenda: Ao abrir um negócio, sua pessoa jurídica
(CNPJ) precisa enriquecer primeiro do que sua pessoa
física (CPF), por isso não coloque a carroça na frente
dos bois. Sua pessoa física é você, na sua vida pessoal,
com seus custos de moradia, alimentação, água de
casa, luz, telefone, internet, escola dos filhos, e por aí
vai... E todos esses custos, TODOS, precisam ser
bancados por você, e não pela empresa.

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“Ah, mas a escola dos meus filhos não cabe
no meu orçamento, por isso que eu pago pela
conta da empresa... NÃO, ESTÁ ERRADO!”

É ai que entra a disciplina e mindset que falei lá em


cima.

Você precisa começar a dividir certinho. E para começar


pegue uma folha ou abra uma planilha, e liste todos
seus custos da pessoa física, todos.

Some os valores e chegue à um valor... adicione 10-15%


em cima (número base para cobrir imprevistos e gastos
espontâneos).

O QUE É PRÓ-LABORE, E COMO DEFINI-LO


Esse valor que você chegou deveria ser seu pró-labore.
Mas o que é pró-labore?

Pró-labore nada mais é que o salário do dono do


negócio.

Mas não é qualquer dono, e sim somente os donos que


trabalham de fato.

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Exemplo:

José e Maria são donos de uma padaria. No contrato eles


são sócios iguais, com mesmo percentual. Mas João tem
outro negócio, uma distribuidora de gás, e é lá que ele
trabalha.

Já Maria trabalha na padaria que são sócios, seu tempo é


todo focado ali. Maria, que trabalha para a padaria, tem
uma função operacional, ganha salário, que é o
prólabore. Já João, apesar de sócio, ele não trabalha,
portanto João não ganha esse pró-labore.

Enfim, pró-labore é de fato um salário, mas por sua vez é


nome que se dá quando esse “salário” é do dono ou da
dona. Se o dono não trabalha não ganha, simples assim.

E como definir esse pró-labore?

O ideal é que o pró-labore seja muito próximo do valor


que se pagaria à alguém para que essa pessoa fizesse
essa função. Usando o mesmo exemplo da Maria, que
trabalha na padaria.

Imagina que ela desempenhe a função de caixa. Ela não


prepara os lanches, para isso tem o chapeiro. Não
prepara os pães e doces, para isso tem o padeiro. Não
atende as mesas, para isso tem os garçons.

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Qual seria a função a ser contratada se precisássemos
substituir Maria?

Um gerente talvez, um supervisor... um caixa com


funções de coordenação? Ok, e contratando essa
pessoa, quanto custaria? R$ 3.000,00, R$ 4.000,00?
Enfim, o custo de contratar essa pessoa no mercado
deveria balizar o pro-labore de Maria. Agora, voltando
um capítulo, você na sua pessoa física listou todos os
custos pessoais e adicionou 10-15% em cima, certo?

Quanto deu? Esse valor deveria ser o seu pró-labore.

Mas o que mais acontece por aí é o empreendedor ou a


empreendedora ter um elevadíssimo custo pessoal,
além do estilo de vida que sua empresa pode suportar.

E o que acontece quando temos esse cenário?

Na grande maioria das vezes, a pessoa que está à frente


do negócio acaba sendo um sanguessuga, que ao invés
de ajudar seu negócio acaba atrapalhando, pois pega
mais dinheiro que deveria da empresa por ter um custo
de vida maior do que poderia. Lembre-se, o ideal é que
seu pró-labore seja próximo ao valor de mercado de
alguém que fosse contratar. Se tiver muito longe,
reavalie seus custos pessoais.

É necessário abrir mão de alguns luxos para manter


uma aceleração firme da empresa, e no futuro isso
valerá muito a pena. De novo, não podemos colocar a
carroça na frente dos bois.

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Estude seu custo pessoal, reavalie, chegue em um valor
bom pra você e bom para a empresa e pronto, fixe esse
valor. Você será um funcionário como qualquer outro,
você terá essa retirada mensal e nada mais, sua vida
pessoal terá que ser bancada por esse dinheiro.
Organize sua vida para não se descontrolar.

CUSTO FIXO E CUSTO VARIÁVEL


Sabe o que você fez com sua vida pessoal? Listando
todos os custos?

Pois é, agora é a vez da empresa.

Liste tudo...

Aluguel, água, luz, telefone, internet, folha salarial, tudo...

Inclusive, se você vende marmitas por exemplo, coloque


o “mercado”, nesse caso colocando um valor médio de
gasto que tem mensal.

Nessa fase não se apegue no valor exato, coloque


aproximado se necessário. Depois de tudo listado, do
lado de cada lançamento, escreva se o valor se trata de
um custo fixo ou um custo variável. Entendendo a
diferença entre fixo e variável:

Custo Fixo: Valores que são pagos independentemente


do volume de produção da empresa. Isso é, no mesmo
exemplo das marmitas, se você vender 10 marmitas ou
100 marmitas, seu aluguel vai mudar? Não! Pois ele é
fixo, não muda, por isso o aluguel é um custo fixo.

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Custo Variável: Ao contrário dos custos fixos, são os
valores que crescem conforme você vende mais, da
mesma forma que caem proporcionalmente em épocas
de baixa. Isso é, quanto mais marmitas vendidas mais
alimentos são comprados. Gás também, pois quanto
mais se cozinha, mais gás é usado, por isso tanto
mercado, quanto gás, são custos variáveis.

Agora que você já sabe a diferença, faça o exercício...


escreva do lado das despesas que você anotou, se elas
são fixas ou variáveis.

FLUXO DE CAIXA
Esse é um gerenciamento importantíssimo e que
poucas PMEs (pequenas e médias empresas) possuem.
O fluxo de caixa te dá visão para tomar boas decisões.

O que é o fluxo de caixa?


Não mais é que o extrato do seu financeiro.

Mas por que não usamos o extrato do banco? Não é


mais fácil?

Seria! Mas o extrato sempre mostra o passado! Já o


fluxo de caixa é a mesma coisa, mas projetando o
futuro. Isso é, você lança tudo o que vai pagar e receber
para que, olhando pra frente, saiba se terá dinheiro para
arcar seus compromissos, se não, como está seu fôlego
financeiro, entre diversas visões importantes para gerir
uma empresa.

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O fluxo de caixa também retrata o passado, como o
extrato, mas de forma bem detalhada, explicando o que
foi cada coisa, para quê, mantendo um histórico rico de
informações.

E agora vamos nos aprofundar nas informações


necessárias para que você implemente o fluxo de caixa
na sua empresa com sucesso.

CATEGORIZAÇÃO DE DESPESAS
Crie categorias para seu negócio, tanto para as contas a
pagar, quanto para as contas a receber. Toda e qualquer
despesa (a pagar) ou receita (a receber) precisa conter
uma categoria. A ideia da categoria é ser algo
abrangente, que realmente consolide algumas despesas
e receitas.

O que é uma categoria?

Futebol seria a despesa, esporte


seria a categoria. Panqueca seria a
despesa, alimento seria a categoria.
Simples, né? Vamos exemplificar no
mundo dos negócios, continuando
com as marmitas. Arroz, feijão,
carne, frango, molho, legumes, etc...
tudo isso são os alimentos
necessários para cozinhar a comida
e então fazer as marmitas.

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Todos esse itens poderiam entrar em “alimentos”.
Portanto os gastos com mercado, açougue, sacolão etc
seriam da categoria “alimentos”. E o gás? Poderia entrar
na categoria “estrutura”. E as embalagens? Poderia
entrar na categoria “insumos”.

Ou tudo isso poderia estar consolidado numa categoria


única, que seria “fornecedores”.

O nome tanto faz, o importante é que cada coisa tenha


sua categoria. E essas categorias sejam fixas, bem
organizadas.

DICA: TENTE CRIAR CATEGORIAS BEM


DIVIDIDAS NESSE COMEÇO, PARA QUE NO
FUTURO VOCÊ TENHA UMA BOA VISÃO.

Se no futuro, conforme for evoluindo, achar melhor


consolidar algumas categorias, tudo bem, mas nesse
começo quanto mais dividido melhor, para ter uma
visão bem ampla. Criada as categorias, pegue todas
suas despesas e coloque ao lado as categorias. Vai
ficar mais ou menos assim:

DESCRIÇÃO TIPO CATEGORIA VALOR

SACOLÃO CUSTO VARIÁVEL ALIMENTOS R$ 4.500,00


GÁS CUSTO VARIÁVEL ESTRUTURA R$ 175,00
ALUGUEL CUSTO FIXO ESTRUTURA R$ 650,00
SALÁRIOS CUSTO FIXO FUNCIONÁRIOS R$ 1.200,00

E por aí vai...

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COMPETÊNCIA E VENCIMENTO
Quando você compra algo para sua empresa, se você
comprou hoje e pagou hoje, tanto a competência quanto
o vencimento são hoje, resumindo, entram nesse mês.
Porém se você comprou hoje e recebeu um boleto para
30 dias, a competência será hoje (esse mês) e o
pagamento será no mês seguinte (mês que vem).

Competência = Data oficial do ato, seja compra ou


venda
Vencimento = Data que se paga ou recebe o dinheiro

Simples né?! Fechado, então já vamos pro próximo


tema.

CAPITAL DE GIRO
Imagina que a empresa de marmitas, para comprar os
alimentos em um bom preço, compra no atacado. Ao
comprar arroz, por exemplo, compra logo 1 fardo com
60kg, porque dessa forma o valor do arroz sai bem mais
barato, aumentando suas margens de lucro.

Mas no dia a dia, com a venda das marmitas, o


consumo é bem menor que isso. Diariamente se usa
2kg apenas. Isso é, se a compra é de 60kg e se usa 2kg
ao dia. 60 quilos estoque / 2 quilos ao dia = 30 dias de
estoque.

Porém você pagou o arroz à vista, e vai receber o


retorno desse dinheiro dia a dia, no decorrer dos
próximos 30 dias, conforme for vendendo suas
marmitas. Por isso, para bancar isso, você precisa de
dinheiro.

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Esse dinheiro você põe na frente, só para depois receber
de volta com o lucro do seu negócio. E é esse valor que
é o capital de giro.

O dinheiro que sua empresa precisa ter guardado para


somente “girar” a operação, isso é, fechar um ciclo,
como o caso das marmitas que é de 30 dias. No meu
caso, Felipe Cassola, eu trabalho com construção civil.
Algumas obras demoram 8 meses, outras chegam a 1
ano do momento que fechamos o pedido até a entrega
completa. Isso mostra que o capital de giro varia de
negócio para negócio.

Outros pontos a se avaliar para compor seu giro, além


das contas a pagar e receber: Pequenos investimentos,
inadimplências, manutenção de estoque, etc.

CAPITAL DE GIRO = AR QUE RESPIRAMOS


Ele é quem garante o fôlego do negócio, bem como sua
saúde.
Tenha em mente: O dinheiro do giro não é dinheiro da
empresa.

Não veja o capital de giro como dinheiro. Nunca!

Devemos olhar para ele como se fosse uma máquina da


sua empresa. De novo, não olhe para o capital de giro
como dinheiro, e sim como um dos mecanismos que
auxiliam a empresa a funcionar. Por isso é essencial
entende-lo para avaliar qual é o dinheiro necessário para
obedecer ao ciclo do negócio e garantir uma operação
sem riscos.

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O QUE É DRE?
Muita gente fala sobre DRE, mas a grande maioria dos
empreendedores e empreendedoras nem sabem do que
se trata. Ou, se sabem, não aplicam. DRE quer dizer
Demonstração do Resultado do Exercício, isso é, um
relatório que mostra tudo o que aconteceu com sua
empresa em determinados períodos. Trata-se de um
relatório contábil, que, quando preenchida, te dá uma
visão sucinta, mas completa e muito estratégica do seu
negócio, apontando lucro, prejuízo, projeções,
distorções, entre outros.

DRE no puro princípio contábil é gerenciado, em sua


maioria, pelo regime de competência, isso é, analisando
sua empresa pelo que de fato acontece com ela, ali, no
dia a dia. E a competência, como vimos acima, é a data
oficial do ato, portanto a DRE por esse regime analisa a
empresa em período de realização, isso é, no momento
presente da ocorrência da operação. Existe um outro
meio de se fazer a DRE, que não abrange as teorias
contábeis, que é o DRE Gerencial. E você deve estar se
perguntando:

“Pra que fazer uma DRE se não vai


servir para a contabilidade?”

E a resposta é: Para administrar!

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Por isso que muitas vezes é criada, paralela à DRE
contábil, essa DRE gerencial, a qual serve para você
mesmo ter maior visão para administrar com liberdade
o que fizer mais sentido para seu controle.

As pessoas acham a DRE difícil, bicho de sete cabeças.


Mas não é!

É super simples quando se pega o jeito e se entende o


conceito, e faz MUITA diferença ao seu negócio. É
quase como se você ganhasse super poderes.

IMPORTÂNCIA DA DRE
Aqui vou falar mais da minha experiência pessoal do
que outra coisa, afinal, o que promovo desde o início do
@alemdocnpj é ser vida real.

Eu comecei empreendendo como a maioria de vocês, no


susto! Mesmo sendo algo que eu procurei, eu estava
indo atrás do meu sonho, aí me lancei no CNPJ e fui ali,
no decorrer do dia a dia, precisando aprender. Eu não
estava preparado para aquilo. E na verdade nunca
estamos preparados. Eu sou uma das pessoas que
defende que a preparação vem no decorrer do desafio.
Eu sou prova viva disso.

Enfim, foram anos empreendendo. Anos!

Já fiz quase tudo o que um empreendedor pode errar na


sua trajetória, eu descobri todos os jeitos de errar. E
quando não tinha mais, eu inventei rsrs

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O porquê estou falando de tudo isso?
Porque eu comecei de fato a prosperar quando
profissionalizei o negócio.

Foram 7 anos trabalhando todos os dias, centenas de


finais de semana, noites sem dormir, preocupações e
mais preocupações sem ver dinheiro sobrando. Foi
quando, entendendo que é o trabalho duro o fator
principal, mas que por si só não resolveria, que comecei
a me preparar. Foi o trabalho duro aliado ao estudo e a
aplicação, que me fizeram entender onde estava o erro.
Não bastava trabalhar. Tinha que trabalhar direito!

Sou grato aos 7 anos “batendo cabeça”, porque foram


eles que me trouxeram até aqui. Mas quem dera se eu
tivesse, lá atrás, recebido um e-book bússola desse.
Esse e-book é a bússola, o caminho quem cria é você!

Com base nisso tudo que disse, falando da importância


da DRE, foi ela a gota d’água que fez minha empresa
virar a chave e começar a ganhar dinheiro.

Eu já tinha feito tudo. Éramos profissionais, tínhamos


clientes, tínhamos expressão no mercado, uma boa
equipe, processos bem definidos... não faltava mais
nada! E não sobrava dinheiro!

Foi quando a DRE entrou na minha vida e me trouxe a


clareza que estava precisando.

A DRE é muito importante para um negócio, mas muito


mesmo. Foi com ela que consegui entender os
problemas, identificar os gargalos, corrigi-los e
finalmente transformar todo aquele esforço em lucro.

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FUNDO SDM
O fundo SDM foi um fluxo financeiro que criei para ter
planos de contingências para imprevistos, bem como ter
a capacidade financeira para oportunidades, o famoso
“cash is king”, que quer dizer que quando se tem caixa
(dinheiro), conseguimos ter força no mercado para
aproveitar as melhores oportunidades.

Fundo SDM quer dizer “Se Der Merda” e, como o


português é claro, será usado exatamente para isso, se
der merda rs.

O fluxo começa lá na torneira (vendas) que, conforme


acontecem vão enchendo o primeiro balde, que é o
capital de giro. Esse balde em um determinado ponto
tem um furo, que chegando ali o nível da água vaza para
um baldinho que é o nosso CDB, esse usamos para
cobrir passivos trabalhistas, férias, 13º salário entre
outros custos acumulativos e que, uma vez que são
pontuais no ano, dividimos por todos os meses,
formando esse caixa para tal.

O primeiro balde, mesmo com o “furo” continua


enchendo o capital de giro até que vaza. Nesse
vazamento ele inicia então o transbordo de caixa para o
fundo SDM.

Esse fundo SDM usamos para investimentos, proteção


do capital de giro, havendo resgate se necessário do
fôlego financeiro das empresas.

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Nada mais é que uma contingência mesmo, essa por
exemplo foi a responsável em manter nossa empresa
firme durante os sombrosos períodos de pandemia, foi
o fundo SDM que segurou as pontas. Mas esse balde
também tem um budget, isso é, meta limite de capital,
que ao atingir acontece novo transbordo. Dessa vez
para dois fundos paralelos, cursos e patrimônio. Em
cursos é o fundo que se investe em qualificação de
equipe e nossa própria, dos sócios. Em patrimônio é o
valor responsável por cobrir o “custo da ruína”, isso é, se
tudo der MUITO errado. É como se fosse SDMDM (se der
merda da merda) rsrs.

E então, somente depois de toda essa segurança


estabelecida e operando, que esse último balde ao
encher transborda o capital para a pessoa física.

Furo

Transborda
Capital
de giro

Passivo
trabalhista,
13°salário, férias...
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Investimentos,
Proteção de
Fundo
capital (resgate) SDM

Transborda

Cursos Patrimônio
SDM 2

Transborda

Pessoa
física

ONDE ISSO VAI TE LEVAR?

O que todo empreendedor e empreendedora sonha é a


prosperidade na vida.

E para vivermos em prosperidade temos que entender


que a vida possui uma fórmula universal infalível, que se
manifesta na natureza inclusive, que é o do plantio,
cuidado e colheita.

E o que é prosperidade?

Prosperidade é viver na energia da abundância, pois o


mundo é abundante.

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Parece louco isso que estou falando, mas leia de novo e
escute bem:

O MUNDO É ABUNDANTE

Essa é uma frequência que somente uma pequena


parcela do mundo que sintoniza. Uma pessoa próspera
não necessariamente é uma pessoa rica de dinheiro,
pois a prosperidade se manifesta em todas as áreas da
vida.

Quando se respeita as fases do ciclo dessa fórmula


universal infalível (plantio, cuidado e colheita), hora ou
outra, cedo ou tarde, sua vida prospera. E o que isso quer
dizer no mundo empreendedor?

Plantio: Coragem, ação, trabalho duro, estudo,


preparação, aplicação...

Cuidado: Jogo do longo prazo, reinvestimento, mais


coragem, mais ação, mais trabalho duro, mais estudo,
mais aplicação...

Colheita: Impacto, Lucro, continuidade do longo prazo,


continuidade do reinvestimento, continuidade da
coragem, continuidade da ação, continuidade do
trabalho duro, continuidade do estudo, continuidade da
aplicação, novos plantios...

25
PLANTIO
CORAGEM, AÇÃO,
TRABALHO DURO, CUIDADO
ESTUDO E AÇÃO
JOGO DO LONGO PRAZO,
REINVESTIMENTO, CORAGEM,
AÇÃO, TRABALHO DURO,
ESTUDO E APLICAÇÃO

COLHEITA
MPACTO, LUCRO, LONGO
PRAZO, REINVESTIMENTO,
CORAGEM, AÇÃO, TRABALHO
DURO, ESTUDO, APLICAÇÃO
E NOVOS PLANTIOS

Percebe que no fim isso vira cíclico?

Pois é, por isso NADA supera o longo prazo!

Para isso, não foque em sacar os primeiros lucros da


sua empresa como se você fosse um drogado em busca
do vício... se tem uma coisa que atrapalha de uma
empresa crescer é o/a empresário(a) ter vício por
dinheiro e com isso atrapalhar o CNPJ em prol do CPF.
Empresa rica sempre deve ser seu foco! Nunca coloque
o CPF à frente dos interesses do CNPJ. No longo prazo
isso te torna forte, estável e próspero. Vale muito a pena
e poucos, pouquíssimos empreendedores entendem e
possuem tal atitude com disciplina.

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BÔNUS 1

Junto com esse e-book enviamos um modelo de


planilha de fluxo de caixa para você começar a
usar agora mesmo.

Dicas para usar a planilha:

COLUNA 1: DATA COMPETÊNCIA

A data que você comprou ou vendeu determinada


coisa, o dia real do ato.

COLUNA 2: DATA VENCIMENTO

Quando você pagará ou receberá de fato o dinheiro


daquele lançamento.

COLUNA 3: CATEGORIA

O arroz do exemplo entra na categoria “Alimentos”,


o aluguel em “estrutura” e por aí vai. As categorias
são você mesmo que cria de acordo com a
necessidade do seu negócio, porém, nessa
planilha de fluxo de caixa, uma segunda aba te traz
algumas ideias de categorias a serem usadas.

27
COLUNA 4: DESCRIÇÃO

Aqui é o que você traduz de um jeito que você


olhando no futuro, saiba do que se trata. Não
coloque por exemplo “Leonardo Bezerra” e sim
“Leonardo Bezerra – Cozinheiro freelancer”, ou ao
invés de “Terezina Plásticos LTDA” para “Terezina
Plásticos – Embalagens”.

COLUNA 5: PAGAR

Se for uma conta a pagar, coloque o valor. Se não


deixe em branco.

COLUNA 6: RECEBER

Se for uma conta a receber, coloque o valor. Se


não deixe em branco.

COLUNA 7: SALDO

Essa coluna final possui fórmula, portanto ao


atualizar as informações, automaticamente essa
planilha lhe mostrará o valor.

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DICA A:

Essa planilha, para funcionar, precisa estar lançado


exatamente na ordem por data, portanto, se por
algum motivo precisar fazer um lançamento entre
dois já feitos, insira uma linha de acordo com a
ordem cronológica e em seguida replique a
fórmula do saldo.

DICA B:

Essa planilha é algo simples e básico para atender


aos negócios que não possuem nada. Porém, se
puder investir uma média de R$ 100,00 por mês, é
melhor contratar algum ERP online que já possui
essa função, além de diversas outras e assim fica
tudo organizado conforme for lançando.

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BÔNUS 2
O segundo bônus é um modelo de DRE também
em planilha aberta para você usar. Esse exemplo
de DRE será a melhor forma de você aprender.

Como? Abra ele e fuce.

Tente entender como funciona a estrutura da


planilha, qual a lógica usada, etc. Perceba que ele,
na exibição, nunca puxa a descrição dos
lançamentos (a pagar e receber) e sim as
categorias – Assim entendemos a importância da
categorização. Apesar de tanta coisa na planilha,
sua estrutura será sempre a mesma:

30
No DRE que enviamos, ele foi montado em cima de
valores hipotéticos de uma pizzaria, para que o
exemplo ficasse claro e simples de entender.

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ENCERRAMENTO

Eu sei que essa é uma trajetória tortuosa,


complicada e que exige demais de quem está à
frente do negócio, mas em contrapartida é algo
que nos faz evoluir demais como pessoas e
profissionais.

Eu amo empreender!

E por isso sou tão feliz em estar aqui no


@alemdocnpj de algum modo te mentorando a
evitar os erros que eu tive, ou, se por acaso errar,
que tenha algo a se agarrar... uma mão para te
ajudar! Quanto mais o empreendedor e a
empreendedora no Brasil estiverem dispostos(as)
e preparados(as), mais cresceremos, ajudaremos
as pessoas ao nosso redor e fortaleceremos o país
e o mundo!

Empreender é, além de tudo, um trabalho social!!!


Empreender vai muito além do CNPJ!

Espero que tenham curtido, que tenha ajudado a


ampliar sua mente com insights. Vamos juntos,
esse é apenas o começo.

Sucesso!

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