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ANO XXI N.° 224 i JULHO/AGOSTO es ce 1983 PREGO 75$00 1 FORCA x REA Be Tet ea sali \ oe ’ CTC ae yg Ly a" ag A FIGURAS DA HISTORIA DE PORTUGAL REVISTA roRGA AEREA REVISTA AO SERVIGO DA AVIAGAO PORTUGUESA SE SUMARIO Verso da Capa: FIGURAS DA HISTORIA DE PORTUGAL 3 © EDITORIAL — AGABARAM OS MILITARES "INGENUOS" 13 © AVIOES — 0 BOEING 8.17 “FORTALEZA VOADORA 16 © REFLEXOES SOBRE O ESTUDO TEORICO DA TOMADA OF DECiIsAO, 20 » OBJECT {GURANGA DO RIO NJUE T AIELECTRONICA © GUERRA ~ RADARES AEREDS Mi Seats ®6 © O H-4 “HERCULES! UM CAPRICHO DE HOWARD HUGHES FORCA AEREA ATRAVES DA IMAGEM: IIVENSARIG DA FORGA AEREA COMEMORADO EM PORT <2 » XXV PEREGRINACAO MILITAR A LOURDES: 83 — A PAZ. DOM BE DEUS CONFIADO NOS HON + PAGINAS DA HISTORIA ROMENA » VILAREAL QUER MAS IG i YE FUNGAO. 47 © DILEWA— A SUA VIDA OU OL DES AERONAUTICS & NA CAP MONUMENTO AOS MILITARES PORTUGUESES, CAl- DOS NO’ COMBATE DE MARRACUENE, EM VILA LUIZA (MAPUTO) ESTADO-MAIOR DA FORGA AEREA PUBLICACAO MENSAL JULHO/AGOSTO DE 1963 'ANO XXI * NUMERO 224 PREGO 75800 DIRECTOR Brigadeiro oto Aviador JOAO MENDES QUINTELA Tole! 90 07 98 ANTONIO PERESTRELO DA SILVA CHEFE DE REDACGAO. Tenente Coronet TOMET ARMANDO SILVA COELHO ORDENADOR GRAFICO VITOR H. MATOS. OTOGRAFIA CENTRO DE AUDIO-VISUAIS DA FORGA AEREA DIRECCAO, REDACGAO E ADMINISTRAGAO ‘Av. Leite de Vasconcelos — Alfragide Telots. 97 23 83 - 97 05 12 — Ext. 375 FOTOLITO — COMPOSIGAO — IMPRESSAO CENTRAL DE PUBLICAGOES DA FORGA AEREA ASSINATURAS PORTUGAL (Continente) ‘Anual — 450800 facrescidas do respective porte AGORES, MADEIRA ESTRANGEIRO ‘Anval — 450800 acrescidas do respectivo pore Miltares em servigo obrigatério ‘anual — 200800 [AS MATERIAS EXPOSTAS NESTA REVISTA SAO DA RESPONSAGI LIDADE EXCLUSIVA DOS SEUS AUTORES NAO REPRESENTANDO, NECESSARIAMENTE, A/DOUTRINA OU 0 PENSAMENTO 00 ESTADO-MAIOR DA FORGA AEREA CAMPA RASA WO Aarim do silencio ssuavemente numbra Intecede a escuridéo. fhos rasos de dgua p raso Soldado Desconhecido sando em campa rasa. Do oficio ‘ossos calcinados de coragem; de fervor; de bravura; de dor! Ossos do oficio amargurados torturados Osos que jazem sés abandonados: Ossos humildemente sepultados! Sacrificio da vida... Soldados (velados por nds) efernamente ‘em campas rasas! Do silencio da noite desperta a alvorada... Som melédico estridente, Patriético alvorecer da Nagio! Almas jévens alerta esto othando a campa rasat. (anténio perestrello) 2 — MAIS ALTO ACABARAM OS MILITARES Forcas Armadas comemoraram os seus dias festivos: a Forca Aérea no dia 1; a Armada no dia 8 e 0 Exército no dia 25. Julho foi, quase podera dizer-se, 0 més das Forgas Armadas, sem que para tal tenha havido arranjo prévio e nem tao pouco negociada uma aparente delimitacao de calendario. Naturalmente, a Forca Aérea festejouoseu31.° aniversario de 11a 7 de Julho ea Marinha iniciou as celebracées do seu “dia” em 8, j4 quando a Forca Aérea terminara a parte do seu programa em terras algarvias, zona escolhida para levar este ano a sua saudacao fraterna aos portugue- ses. Por seu turno, 0 Exército, iniciou as suas, celebrages em 22de Julho, com seu pontoaltoa 25. Nao houve sobreposi¢ées, mas nada fol con- certado para que assim acontecesse. Isto ndo evitard que pessoas sempre amedron- tadas com o destaque publico, ainda que pacifico, € episddico das forcas armadas na vida corren- te, vejam nestas ceriménias um virulento mil rismo a caminho da obstrucao a vida desregrada e pandeménica que provocam e desejam alas- trada. E que manifestacdes de disciplina, de total devo¢ao aos interesses nacionais, de respeito pelos direitos civicos dos cidadaos, de resistén- cia persistente e determinada a erosao dos con- ceitos de patriotismo, de oposicao tenaz a destruicao dos fundamentos hist6ricos da Nacao e as correntes internacionalistas de dominio em territério _consagrado por oito séculos de independéncia, nao séo benquistas a individuos de portuguesismo suspeito, para os quais a sobrevivéncia se ajusta somente aos caminhos da submissdo materialista perante quem mai Ihes oferece. Os militares de agora no deixam campo livre @ manobra dos interessados na defec¢ao das forcas armadas, ja que para elas passou o periodo da sua propria crise ese encon- tram de novo coesas e conscientes. Nao estarao as forgas armadas, todavia, potencialmente for- tes como seria para desejar. Mas nao ¢ de sua culpa tal facto. O quadro econémico do Pais nao 6 de molde a doté-las com os meios indispensé- veis as missées que tem a cumprir. Isso com- preendem as forcas armadas, pelo que aceitam o sacrificio que thes é imposto. D urante 0 més de Julho os trés ramos das “INGENUOS” Mas naturalmente que nao se conformam se preteridas desajustadamente e isso foi bem tra- duzido nas palavras oportunas do Almirante SOUSA LEITAO, Chefe do Estado-Maior da Armada, pronunciadas em Ponta Delgada ao dar inicio as ceriménias do Dia da Marinha, palavras que constituem oportuna chamada de atengao aos portugueses, podendo dizer-se que tradu- zem oestado de espirito dos trés ramos. “O futuro imediato” — disse o almirante — “é de forte aus- teridade, para a qual a Marinha esta preparada, ja que a tem vindo a viver nos iiltimos anos. A Mari nha aceitara patrioticamente essa austeridade, sobretudo se estiver ciente de que semelhantes sactificios sdo exigidos a todos os sectores que vivem do Orcamento Geral do Estado”. © almirante Sousa Leitao nao manifestou as preocupacées da Marinha somente no campo da crise econémica e financeira. Denunciou tam- bem, e até como mais preocupante, “a crise dos valores éticos, dos valores de carécter que, no seu conjunto, sempre constituiram o alicerce moral da Nagao Portuguesa’. Colocando os factores da crise neste campo estranhos @ Marinha, 0 almirante Sousa Leitao afirmou que eles “a permeiam pois provem da sociedade portuguesa” e caracterizou-os como “factores de egoismo materialista”, de “dissolu- do e nihilismo” e de “poluicdo moral”. Naturalmente que 0 Chefe do Estado-Maior da Armada quis falar somente em nome do seu ramo. Mas as suas palavras tém, assim o cremos, toda a aplicabilidade na traducao dos sentimen- tos dos outros dois ramos que, com a gloriosa Marinha Portuguesa, nao existem para provocar a guerra, mas nao Ihe viram as costas se ela atin- gir Portugal. Paraisso, requerem, realisticamente, aatencao de quem tem a responsabilidade para Ihes garan- tir 08 indispensaveis meios. E que ja passou o tempo dos militares “ingé- nuos”, permedveis aos cAnticos utépicos. Nos aquartelamentos, hoje, ouve-se o Hino Nacional, a revelar a maturidade dos novos militares, como sucedeu no momento emocionante em que os cadetes finalistas da Academia da Forca Aérea, nto Juramento de Bandeira, entoaram a Portu- guesa. O Pais pode estar seguro de que acaba- ram os militares “ingénuos”. J. QUINTELA Mais ALTO — 3 CIAS-NOTICIAS-NOTICIAS OFICIAIS- -GENERAIS NA RESERVA VISITAM BAG No prossequimento sitas que 8 da pelo general Ci pelo comandant coronel Vaz to. de operacionaligade aerondutica, de que a base do Montijo ¢ expoente de wulto EMBAIXADOR SUECO VISITA AS OGMA cia, Sven F. Hedin vsitou oficlalmente as ‘Alverca Em meados de Majo o embaixador da Si Oficinas Gerais de Material Aeronautico, ‘© Chele do Estado-Maior da Fora Aérea, General Lemos Ferreira eo Director das OGMA. General Conceicao Espadinna acompannaram aquolaindividualidade na visita 4 — mats ALTO DISTINGOES NO DGMFA No Depésito Geral de Material da Forca Aérea, em Alverca, teve lugar recentemente a coriménia de entrega de medalhas ao pes- soal civil e militar que ali presta servico © que se distingulu por mérito na sua actividade quoti- diana e cuja satisfagdo a foto revela Castelo do Sabugal e burgo ll CONGRESSO SOBRE MONUMENTOS MILITARES PORTUGUESES Realizou-se no més de Junho, em Lisboa.0 Il Congresso sobre manus +380, pela directa inter stitute. Portugues do Patrimonio Cultural, estiveram presen: tes especialistas estrangeiros que fala ram sobre.0 restauro de monumentos Capelao-Chete Ten-Cor’ Goncalves Pedro. 1 CONCURSO DE FOTOGRAFIA INTER-ACADEMIAS A time desenvower 0 intrcambio cultural eestretar os lagos de ‘amizade ent on alunos das Academias dos tes famos des forces ‘Xmadas Eavola Naval,Academia Miltars Academia ca Forca As‘eay Fealzau-ce o | Concurso de Fotogratia tendo os elementos da AFA Dolio onze as doze primeiras claseicagaes: TEMAMILITAR Preto trance | 2° GAb/ALeILAY Ceveon’ {Aral 5 GADALPILAV BORREGO {Aral 1 CAD/AUPILAY SOARES, (AFA) cor | 2 SADIALTEN CORREIA (any 5° EABALwAV GORGES (APA) TEMA LIVRE 1! CAD/AUPILAY MAGALHAES (AEA) Pro etranco | 2° GAB/AUPICAY GONGALVES (APA) S° TEN/ALIPIAV MARTINS. (AFA) Jo SAD/AUPILAY CEPEDA (96 cor | 2 cADIALIAY Bento’ (AEA) 4B EADVALIPILAY WeaRTINS (AFA) VI JOGOS ASSOCIAGAO FLORAIS Dos NA BAS DEFICIENTES DAS Termina @ 30 de Agosto 0 ORCAS prazo de entega cos taba ARMADAS thos enviar & Seog do Acct Social da 8AS- Monte Fal com vista aos jogos tlo- es Se ied Reslizouse no Estadio comemoragoes do 24. an veradro da ua fundagto, ‘Serta admitidos trabalnos ineditos om lingua. port guess, nas modalidades de: Poesia Lite, Soneto; Nara tia © Conto, da autoria de Ingividvos. militares. (no activo ounareserva) overs pertencentos & FAP. (Em cada modalidade 01 ‘Nacional -Valo do Jamor,em ‘moadoe ge Malo, uma festa Convvioassinalando oIXa Vorsdrio desta Associate. ‘le de diversas acivida es desportvas ¢ cultural, ‘80. programa ‘canstou um Coloquio. subordinado 40 toma “Integragto. © Des: porto" comapaticipagao do Presidente da Federacao prémio 6 do 10.000800, endo Freee fos 2°80 3% atribuidos Sede om Lisboa Largo de S ‘Trotéus ¢ Lembrangas). Domingos. CLUBE DE SARGENTOS DA BA3 "No pasado més de Maio lugar aceriménia dainauguracto de noves nstaagbes do Clubs de Sargentos da As em Tancos, pelo due Gasnou' epor ene autres de ummodernizago Bareceurtaampla Stig de convivo e TV, Ao acto eativeram presentes alam doe eleman= ts daclasea, que presiam sorviga naquela Undade: os Coranais AY {Gamerade Cortesto Carvalho GubssfanteroreaSomanantet).a0e Some aclu Cor Si'Av Castano Mens pousbitaram aconcrehta. {Ro do tho desejado meshoramente Oscadetes ‘e plant \cademia da orga Aéreaentrogues a saudavela ‘vores que nos fornecem 0 oxigen sta, DIA MUNDIAL DA ARVORE | Forga Aéres nto ficou alia ao “Dia Mundial da Arvore”, nor: quanto, Raquela data vanes unisadee assinalaram a efemeide a indo arvores oto cavo da Academia da Forea Aérea onde os cadetes marcaram gesig 2 plana drores mbotizando a presonea dos seus cur- Florestas @da Camara Muricipal Gs Lisboa foram planta Als ALTO — 5 NOT(CIAS-NOTICIAS-NOT(CIAS-NOT(CIAS-NOTICIAS-NOTICIAS ENCARREGADO DE PESSOAL CONTINUO ‘Um homem da FAP tem sempre muito que contar, por exemplo. eu podia escrever um liyro do tamanoda Fista dos tetetones, Foi assim que comecou ANTONIO AUGUSTO DA COSTA, recentemente ‘empossado do cargo de encarregado, {de pessoal continuo, quando ihe pedi mos que nos coniasse alguns episo- dios mais curiosos dos seus 30 anos Vividos 40 Sorvigo da Forga Aérea, © ‘acrescentou de imediato: “Mas ha coi: Sas que emelnar esquecer..por exem= plo, 0 que se passou em 1974 Antonio Costa —'o Sr Costa, como € Conhecido no EMFA — goza da mais ffectuosa simpatia por parte de todos que 0 conhesem, desde que entrou ara a Forga Aereaem 16de Dezembro fe. 1952, como continuo de 2 classe. Natural de Roge, Conceino de Vale de Cambra, disinto de Aveiro, sempre prestou servigo no. EMA, “desde 0 fempo em que era Comandante Geral da" Aeronautica Millar”o. General ‘Alfredo Cintra” — como ele proprio recorsa. Das suas memorias, que evoca com fa simplicidage e o encanto de uma ln ‘uagem pitoresca, Augusto Costa foalga 0 fascinio com que assistiu ao primeiro grande. festival da orca area, realizado em 1958, no Aero- roms Base m1, hoje Aerédromo,de Transito n. 1. na'portela de Sacavern ‘Ainda. 0. nosso “rio Lemos” era dos Dragoes” —confidencia ele, numa familiar referénela 20 General Lemos Ferreira ‘Augusto Costa prometeu contar um dia, “Zom mais vagar, colsas que sabe e580. inferessantes".. "Mais. Alto faguarda a ocasiao propicia, com 0 maior interesse. E, por agora, felicita primeiro Encarregado de Pessoal Con finuo a preencher 0 lugar criado no Quacro de Pessoal Civil Ga FAP, aque ‘Auguisto Costa ascendeu por recone ‘ido menito, ee justo premioa devarao fem que sempre serviu e singularmente traduz ao dizer: "vivo @ Forca Agrea Como unica expressdo da minna vida Mals ALTO. BUSCA E SALVAMENTO NOS AGORES A tripulacdo de um avido “P-3" do Destacamento Americano na BA4 — Terceira numa operagso de Busca e Salvamento no Mar dos Acores, consegulu localizar em Maio: findo, 8 sobreviventes naufragos do N/M “Milhatre” que se havia afundado, Contribuindo desse modo eliciente, para que o N/M “Ursula”, que navegava nas prox: midades, de imediato os recolhesse. {Esta fo! mala uma das multas miss6es levadas a cabo na dea sobre o controle aéreo do Comando Aéreo dos Agores, em que colaborou a USAF estacionada nas Lajes. pe es ee NAUFRAGIO NA PRAIA DE VIEIRA DE LEIRIA No pasado més de Maio, de imediato, a BAS de Monte Real, accionou uma operacso de Busca ¢ Salvamento que fora solicitada pelos Bombelros da Praia de Vieira de Leiria, para socorro do pesquetro "Filho da Escola” que se encontrava a deriva ‘Envolvendo meios aéreos — uma avido CESSNA FTBe um helicoptero ALLOUETTE ila embarcagao fo1 prontamente localizada, vindo a serem evacuados por guincho, (05 quatro tripulantes que se encontravam em perigo ‘Nesta missao numanitaria, a FAP evitou mais uma tragédia no mar. DIA DA BA1 — SINTRA (© CEMFA — General Lemos Ferreira presidiu no dia 13 de Maio, em Sintra, as ceriménias comemorativas do DIA DA UNIDADE, em que se festejou 0 seu 69 PUPILOS DO EXERCITO © Instituto Militar dos Pupilos do Exército comemorau em 25 de Maioo 72.°aniversé- rio da sua fundagao com diversas cerimanias, entre elas, a da entrega de CARTAS DE CURSO aos excalunos que conclulram os Cursos Superiores, nesse Instituto nos anos lectivos 80/81 « 81/82 0 do festival gimnodesportivo. 'No dia 29, em saquéncia das cerimanias comemorativas teve lugar no Mosteiro dos Jordnimos uma missa de sufragio pelos antigos alunos militares, protessores e demais, Servidores do Instituto durante a qual actuou 0 Grupo Goral e Instrumental do Instituto, 43.° ANIVERSARIO DA BA2 A OTA comemorou 0 seu 43,” aniversario em cerimonia a que presidiu o VCEMFA, General Brochado de Miranda 'Na ocasiao o comandante da unidade Cor. Pil, Av. Afonso Franca proteriu um alusivo discurso em que, além de evocar o pasado historico brilhante da BA2, a dado passo afiemou: Tal como outros o fizeram no passada, cumprimos no presente o nosso dever de senvir a Forga Asrea. E porque ‘somos militares, estamos vinculados, perante a Nagao, a um cédigo de honra que voluntariamente juramos e ao qual nao podemos, nunca, renunciar. Por isso, mais do que a colebracao de uma data em que se recorda 0 passado e se honram os nossos mortos, esta ceriménia representa a afirmacao publica da nossa vontade em servir a Nagao, na defesa dos seus direitos, dos seus valores © da sua soberania Este 6, ais, um dever de todo 0 cidadao e a natural vocacao dos militares” Também posteriormente teve lugar a ceriménia do Juramento de Bandeira dos militares que terminaram a Escola de Recrutas naquela unidade destinados as diversas especiaidades da orca Aérea, aque presi © SUBCEMFA (PES), General Helder de reitas. BRIG. ENGEL JOAQUIM CANDIDO MACHADO DA SILVA © setual director da DE — Oireceto de Eocrotecnia os racentemente, promo ‘igo ao posto de brgadevo ‘Natur do Port, cedo se lcenciou am lengenaia elsctrotecnica © Ingressou na Frea Aérea om 1358 ‘Desomponnou dwersas tn¢bes docontes como protessor nas Academias da Forea da GSGA na IAEFA ‘Do seu “curnculum” contam, © curso ‘Ground Electronics nos EUA. um estagia 9 Estagio inesForgat no. Insitute ce Detesa Nacional SINTRA 1983 FESTA DO PILOTACO AvFESTADOPILOTAGO” quejascestaa como cenaro a Base Aérea de Sintra que miner de pices © alunowpiotes, cvs © ‘A patrulha acrobatica “Asa de Portugal sob 0 comando do Major Pessoa. spresen tovo show ~ Sequencta 85 tendoum 76 Harvard” do Musou do Ar, plotado pelo Ten-Cor Nico, sabevoad de niclo © ‘Apas 0. almoco. de. confratenizagao segulu-se um cormosial also, pleno de avacgces em que muitos deram largae 8 Imaginagio e jovaliade e onde no falta ram 08 cadets alunos-plotos da AFA com lima bem homoradapstruina® denominada ‘Azarelos de Portugal Mais ato — 7 ASPECTOS HISTORICOS [Nos ultimos anos eresceu sensivelmente © interesse das principais poténcias mun ‘iais pela defesa quimica, juntamente com ‘ preocupagao quanto a ameaca que repre- sentam as armas quimicas (1), Hoje, ao contrario do que sucedia a partir do fim dos anos 60 e ainda durante os pri meiros anos do decenio seguinte quando mais provavel etemida forma de guerranao Convencional era a guerra nuclear, esta @ fassisti-se @ uma revalorizacao das hipste- ‘88s de emprego de armas quimicas emcaso de conflito, ‘Depois do uso macigo de ads toxico que ‘caracterizou a 1." Grande Guerra, durante o bitimo conflito mundial, os agressivos qul- micos nao foram ullizados e a sua utliza- 80 mantem-se em estado potencial mas @ Guerra quimica, ainda que nao travada, Constitue todavia uma ameaca pendente Sobre todos e em particular sobre as popu: ages civis, em virtude das possiveis incur- ‘800s aero-quimicas nos centros habitados, que ninguém ousou subvalorizar ou descurar (O nao emprego dos agressivos quimicos ‘durante a segunda Guerra Mundial nao per= mite coneluir que eles no possam ser util Zados num eventual conflito no futuro; f4ctualmente 0 agressivos quimicos e res- ectivos condutores notavelmente mais Sotisticados temiveis que os utlizados durante a primeira guerra mundial estao ‘isponivels nos arsenais das principals po- tencias e tem sido utilizados, ainda que em Teduzida escala, em varios confltos locals {basta pensar no Vietnam e no Afeganistao) ‘A ullizagao dos agressivos pode consti- tulr um optimo sistema para ocupar bases, Centros habitados e teritorios Completos ‘em causar danos aos equipamentos. servi- (905, fabricas e estabelecimentos por forma 8 dispor de todas as estruturas na sua eficd- cia plena ‘Os agressivos poderiam, além disso, serem vtiizados para resolver situagoes Particulares em alternativa as armas con- Vencionals ou quando se temesse uma perda excessiva de vidas humanas © de Por causa desta versatilidade poucos pal ses actualmente ignoram aameaga quimica sendo de considerar ainda os progressos Conseguidos na pesquisa © na preparacdo {de novos agressivos e nas suas formas de Utilizagao e bem assim 0 poder conseguido pelos sistemas de armas aéreas; por conse- Quinte face @ actual situagao, em continua 2volueao nas prineipais potencias militares, surge como ldgica adedugao de que aarma ‘Quimica constitue hoje um perigo que nao pode ser descurado nem subestimado. E neste quadto de sensibilizagao que se = MAISALTO Insere a presente explanagao, em cuja pri meira parte serdo apresentados. alguns ados histéricos que. permitem ao leitor seguir 0 progresso realizado no dominio ddas armas quimicas, de armas claramente terrestres a armas essencialmente aéreas; sero depois analisados alguns aspectos ‘peracionais do problema examinando a Situagao actual ¢ as mais recentes utiiza- (Goes de armas quimicas, a concluir serao ‘nalisados o8 aspectos de maior interesse para as instalagdes aeronauticas ¢ as ope- rages abreas em ambiente contaminado. OS AGRESSIVOS ANTES DO SECULO XX 0 uso de furmos e gases iritantes para surpreender 0 adversério.@ obriga-io a abandonar 8 abrigos defensivos nao 6 recente, Embora o inicio da guerra quimica se situe geralmente no primeiro contlto mun- ial, a historia do homem esta repieta de episodios bélicos durante os quals foram Uilizados compostos quimicos toxicos e Yenenosos obtidos inicialmente de forma empirica 0 caso do anidrido sulfurico, um gas incolor, de oddr sufocante fortement it tante paraasmucosas das vias respiratorias {que se pode ober facilmente queimando po de enxotre Este gas de acordo com a descrigao de Tucidides (2 fo utlizado, pela primeira vez, inconscientemente, durante a guerra do Peloponneso iiciada em 431 a.C. por parte ‘dos espartanos contra os atenienses, por iversas vezes foram queimadas sob os muros da cidade adversaria grandes quanti- ades de madeira impregnada de betumee tenxotre provacando assim a formacao de chamas persistentes © densas nuvens de ‘nidrido sulfurice que impediam ao inimigo ualquer acgao de extingao dos incéndios. Putarco, por sua vez, #0 narrara vida do Consul Quinto Sertorio (3) refere que num ‘combate durante # Campanha de Espana (61aC.) 0 chete romano mandou preparar lum extracto de terra muito fina misturada om pd de enxotre e cal viva, fazendo-a Tevantar depois sob a forma de nuvem pelos avalos a galope protegendo cavalos e ‘cavaleiros com panos molhados colocados ‘sobre a boca e o nariz(primeiroexemplo de mascara anti-gés!). Levada pelo vento a hhuvem deslocou-se em direccao ao inimigo {ue rapidamente foi obrigado a render-se. ‘Ap6s um longo periodo de desinteresse, tum forte impulso para o emprego militar de {945 toxico foi dado durante a dade média e fos séculos XV e XVI.com 0 renovado inte- esse em relagao aos segredos da natureza, fatraves da pratica dealquimia, racas qual POPU Ee tet Por MAURO CIFANI In Revista Aeronautica ‘Ano 7° N° 6 — NOV/DEZ 1881 Traducdo de Dr. VITORIA DA SILVA (Assessor do GABCEMFA) se chega & descoberta, embora nao cienti- fica, de numerosos compostos quimicos Primeiros 0s alquimistas arabes; alemaes fe venezianos depois, foram prodigos em faconselhar 0 uso de “fumos venenosos" ‘com formulas obviamente socretas e pelo problema veio a interessar-se Leonardo da Vinci que, entre outras coisas, tentou ideall 2zar uma mascara protectora primitiva cons- tituida por uma “fina peca de pano banhada fem agua e vinagre e em que o pé nao pas- (0 interesse pelas armas quimicasaumen- tou mais no seculo XVII, paralelamente com rogressos conseguidos pelos meios de Srihari, tanto assim que muitos chefes de fstadoe © comandantes militares convida- ram os seus estudiosos a elaborar substan cas venenosas ou iritantes. Tals pedidos, frequentemente ficavam por atender satis: fatoriamente pois 0s conhecimentos quimi- 08 @ toxicoldgicos estavam ainda bem Tonge de poderom realizar a arma quimica tal como 6 entendida em sentido moderno. preciso chegar ao século XIX em que a quimica comeca a assumir um caracter Cientifico rigoroso e com uma produgao ‘cada vez mais abundante ¢ diversificada, para ver realizados os primelros verdadei- fos projécteis de artifaria funcionando ‘com uma carga quimica. E sabido, na ver- ‘dade, que Napoleao Bonaparte de recusou ‘usar projécteis carregados com Acido cia~ hidrico que the haviam sido propostos por lum quimico inglés; por outro lado, alguns autores admitem @ hipétese de na ultima campanna napolednica os franceses terem Utiizado. a titulo experimental, projécteis contends produtos @ base de arsénico; ‘assim parece por, durante muito tempo, nos Campos de batalha, os animais de pasto te- rem continuado a morrer, mostrando os classicos sintomas deste tipo de fenvenamento Em 1865, foram ainda os franceses que experimentaram um novo projéctl para ‘obuzes que no acto da explosao difundia Vapores venenosos. Napoledo Ill que a0 Aassistir & provas ficou muito impressio- fhado, mandou suspender as experiéncias, considerando que o uso militar de compos- tos toxicos seria um acto de barbarie, Na Tealidade os grandes pragressos efectua~ {dos naquele periodo no dominio dos explo- 'iv0s e os métodos de combate entao em voga, baseados no confronto directo, em amplas extensbes de terreno aber, limita- ram notavelmente o interesse pratico pelos agressivos quimicos, fortemente depen- entes das condicoes meteoroldgicas no ‘momento da sua utlizacao, entreas quals, @ principal eraadireccao do vento, Por outras palavras temia-se que o gis agisse indistin. tamente sobre ambos 08 contendores sem trazer grandes vantagens a quem os utiizava, 'Nos decénios seguintes a quimica obtém resultados excepcionais e a industria, em forte expansao, passou a disfrutar em larga escala, das descobertas que acabavam de ser feitas nos laboratorios. Sobretudo no sector da quimica organica, comecaram a ser produzidos muitos composts © em ‘grande quantidade, querem Inglaterra quer na Alemanha e alguns destes bem depressa revelaram propriedades toxicas elevadissi- ‘mas como, por exemplo, 0 gas fosgénio, o loro e a cioropicrina (trinitrometano) ull zados na preparagao dos corantes. A pro- pria iperte (sulfureto de 8-8 -dicloroeti) liguido altamente vesicante, tristemente famoso durante a primeira guerra mundiale ainda presente em muitos arsenals fo des- oberta casualmente pelo quimico Des- pretz em 1822 ¢, em 1912, um aluno do {quimico alemao Mayer — Clarke —apertel- {g00u um método para a sua sintese em scala industria Muitos agressivos quimicos comegaram portanto a estar disponiveis em grande ‘Quantidade. sobretudo nas nagoes com industrias quimicas desenvolvidas (a pri- meira das quaiseraa Alemanna) que utli- zavam tais compostos para fins pacificos e ue podiam sintetiza-los facilmente em caso de necessidade. Neste meio tempo, muitas realizacoes tacnolégicas, mesmo em sectores diferentes da quimica, come- Garam a ter aplicagao militar alterando as Usuais tacticas e estratégias militares, No pbrimeiro decénio do seculo Xx venticava-se ‘deste modo e ao mesmo tempo a possili- dade de obter, de forma economia, vene. nos quimicos em grande quantidade aproveltando a capacidade potencial da industria quimica de paz, entretanto desen- volvida, a realizacao de obras de fortfica- {gdo. em cimento armado resistentes aos explosives convencionais e a recentissima aparicao do aeroplano que poderia langar do alto engenhos com carregamento guimico Provavelmente até por causa de tals fac- tores concomitantes de natureza econd- mica e militar, os estados-maiores das principals poténcias, com o abrir das host- lidades passaram a interessar-se com reno- vada aten¢ao pelas descobertas da quimica com o fim de conseguir 0 emprego de gas ‘ou vapores com densidades superiores as do ar, capazes por isso de penetrar nos lugares. invulnerdveis aos projéeteis, Os tempos estavam doravante maduros para 0 Uso mais macigo de armas quimicas que caracteriza a primeira guerra mundial A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ‘As causas que levaram o estado-maior alemao a empregar armas quimicas, como jd referimos, encontram-se essenciaimente Na necessidade de modificar a situagao ‘extremamente estatica da guerra de posi ‘90es om trincheiras, levantadas Imediata- mente apés as primeiras hostlidades, Ltilizando compostos aeritormes mais den- 505 que 0 ar por forma aatingir os adversa- Tios situados. nas. mais impenetraveis © protegidas trincheiras e posigoes. Alem disso nao se deve esquecer um importante elemento de caracter econdmico que era a impossibilidade dea Alemanha produzir tao ‘grandes quantidades de explosives con- 5 na Alemanha — 1981 vencionais por causa do bloqueio naval aliado que tinha obstruidoas vias de forne- Cimento de nitratos do Chile, essenciais para a produgao do cido nirico que é 0 Composto necessirio para a sintose dos principals explosives. Este aspecto allado a0 facto de possuirem amais potente indis tria quimica da época, convenceu os milita- res alemaes da ulilizagao cada vez mais ‘macica das armas quimicas Convém, todavia, precisar que a respon- sabilidade da primeira utilizagao dos agres- sivos quimics é. dos franceses que langaram projéctels carregados com com- ppostos lacrimogeneos logo em Outubro de 1814; apds este episodio, a Grande Guerra foi caracterizada por uma escalada incas- sante no emprego dos compostos cada vez mais mortferos @ dos meios de emprego mais seguros e precisos. primeiro-ataque quimico com produtos asfixiantes ocorreu em 22 de Abril de 1915 perto de Ypres, uma localidade belga, com ‘9 emprego do gas cloro. Este ataque teve Sxito excepcional sobretudo por causa da forte surpresa causada por uma arma total- mente nova contraa qual nao existiam dete sas possiveis, a nuvem de cloro causou ‘cerca de quinze mil perdas, entre mortos ¢ feridos, entre as linhas francesas e um ata- {que andlogo lancado dois dias depois cau- Sou outros cinco mil mortos, Provavelmente se 08 alemaes tivessem aproveltadoafundo 4 surpresa, com imediatos e repetides ata~ {ques a0 longo das diferentes zonas da frente, a primeira guerra mundial teria tido um desfecho diferente. ‘Omitindo as consideracdes de cardcter estratégico e histrico quo ultrapassam 03 limites desta exposicao convira, noentanto, feferir que qualquer ataque quimico exigia, ‘muito trabalho de preparacaclevadoa cabo or grande numero de soldados © especia Tistas. De facto, todos os ataques com cloro feram efectuados por meio de mithares de {garratas metdlicas colocadas nas trinchei- as mais avancadas que deveriam ser aber- MAIS ALTO — tas quando as condigoes meteorologicas feram mais favorave's, isto 6, sobretudo ‘quando a direcgao do vento visava deforma ‘constante as linhas inimigas. Ogasera ut zado portanto como arma tipica de infanta~ fia por detras da qual se aglomeravam as ‘ivisdes a pé, prontas a avancar para apro- veltar a destrulgao ea debandada provoca~ das pelas nuvens txicas nas trincheiras atingidas, ‘A neutralizagao do efeito surpresa obtida pela construgao das primeiras mascaras fnti-gas levou de seguida ao emprego de lm agressivo mais t6xico que o cloracapaz {de atravessar os primitives filtro rudimen- fares e de originar eida cloridrico no inte- for dos pulmées de quem o respirava: 0 fosgénio, Este gas substituiu o cloro em todas as aplicagdes militares @ causou milhares de perdas em 1916 mesmoontre os italianosna frente austriaca do Isonzo, O fosgénio foi titlizado em garrafas e, num segundo tempo, em qranadas de arillharia caracteri- zadas todavia por um balxo rendimento por ‘causa da elevada volatlidade do texico. O proprio Acido cianidrico composto extre- framente letal foi usado com reduzido Sucesso pois revelou-se demasiado volatile nao utiizavel com os condutores entao disponiveis. ‘Ainda no decurso de 1916 foi utilizado pela primeira vez 0 projector Livens, uma fhova arma para dilundiro gés, mais precisa fe comoda que as garrafas, O projector era ‘onstituido por um tubo de ago cravado no terreno com uma inclinagao de 45' capaz de lanear bombas contendo gas mediante uma carga de langamento interna activada por tim dispositive de ascengaoeléctrico. Com- Dinando centenas de projectores e fazendo partir as bombas.simultaneamente, 08 ingleses consequiram levar aefeito ataques ‘Quimicos consideravelmente mais precisos @reficazes que os anteriores, efectuados mediante garratas, surpreendendo 0s al mmaes e etirando-Ihe o monopolioda guerra quimica 'Na corrida as armas cada vez mais teri= vels decisivas 0s alemaes responderam com a utilizagao da iperte, © composto Nesicante ao tempo connecido pelos cien- tistas da grande industria quimica de Badiske Anilin und Soda Fabrik. A iperite revelou-ee imediatamente de forma dra fmatica como um agressive nitidamente diferente dos anteriores. Sendo um liquido fe no um gas, @ sua utlizagao foi forne- ‘ida com as granadas de ariharia, obtendo tim melhor rendimento e uma maior capaci- dade de penetragaa dos ataques quimicos ppor causa do maior alcance dos meios de fangamento: ¢ absorviéa pelo organismo ‘nao tanto sob a forma de vapor, através das ‘vias respiratorias, mas sobretudo sob forma Tiquida através da roupa e da pele tornando por isso initia protecgao das antigas mas- ras, evaporando além disso muito lenta- 10 — MAIS ALTO mente e permanecendo sobre o objectivo or forma a contaminar, por muitos dias, 0 terreno, as infraesteuturas e o material Em 22-de Julho de 1917, 0 primelro ata- que com iperite, levado a cabo tambem ‘desta vez perto de Ypres (o vesicante deve 0 seu nome a esta localidade belga onde foi ttilizado pela primeira vez) causou cerca de {tes mil vitimas e desde entao até ao fim do conflito, a Alemanha @ os Impérios Gentrais btilizaram diversificadamente o nove agres- sivo em granadas de artilharia, a ponto de, fem 1918, produzirem 1.000 toneladas de Iperite, por més, com 50% das granadas de anilnaria com carga quimica. Esta mesma iperite foi utlizada para proteger a retirada das tropas alamas dos teritrios franceses f belgas NNo total, foram langadas das duas partes mais de nove milnoes de granadas de ipe- tite, causando cerca de 400 000 vitimas.e fot tutlizado um quantitativo total de 124.000 toneladas de compostos toxicos. ‘A primeira guerra mundial finda com as ‘armas quimicas transformadas, de entao fm diante, de armas de nfantaria em armas de artlharia e com 0 desaparecimento do {948 propriamente dito subsistindo pela afir- magao dos agressivos liquidos e sdlidos ob a forma de aerosol como no caso das arsinasirritantes, ulizadas na primavera de 1918, DE 1935 A 1945, Como primeiro contlito mundial todasas prineipais poténcias militares ficaram sen~ Siblizadas para as novas armas quimicas, pelo que nas nagdes mais avancadas tecno- fogicamente os anos 20 ¢ 30 foram caracte- rizados pelo nascimentoe desenvolvimento {dos cada vez mais sofisticados Servigos ou Corpos quimicos militares destinados a optimizer as técnicas de utilizacao_ dos agressivos ea estudar ea fabricar materiais @ meios para a ablencao, proteccao e melhoramento de tals compostos t6xicos. Foram anos de intenso estudo que levaram A sintese de novos agressivos sobretudo do tipo vesicante e de uma grande quantidade de materials protectores, como mascaras ‘mais aperteigoadas, roupas impermesveise Produtos para a descontaminacao do ter eno e do material No sector dos meios de_utlizacao verificou-se.a total afirmacao das granadas ‘com carga liguida mas simultaneamente tum nove condutor comecou a substituir-se ‘aos meios de artlharia, 0 aeroplano. Durante a guerra de 1914-1918 nao houve noticias acerea de emprego de meios aero- {uimicos; sucede, no entanto, que algumas Bombas contendo agressivos espirro- svomitatorios foram langadas pelos avides falemaes ao longo da frente francesa entre $817 © 1918 e pelos avioes austriacos junto de Veneza e Grado, enquanto que em 1918 foram encontradas muitas bombas de aviao POPU Eee tS ‘carregadas com Acido sulfdrico @ arseniuro {de zinco no arsenal de Pola ‘A possibilidade de dessiminar agressivos de alto @ efectuar ataques com compostos téxicas mesmo & distancia de centenas de quilometros deixara de ser uma fantasia para se tornar uma possibilidade cada vez ais real gragas a ullizagao de avioes mais ‘elozes, potentes @ seguros. A Italia, com uma aerondutica militar Jovem mas ja no vértice mundial e com um {dos melhores servigos quimicos militares {de que derivam as actuals unidades NBC do Exército) experimentou pela primeira ‘vez, a combinagao da arma quimica com 0 avido durante a campanha da Etiopia. Do fim de 1935 até metade de 1936 os bobar- deirositalianos utlizaram a iperite conjun- tamenta com bombas de explosivos convencionals sobrevoando concentra- goes de tropas de Haile Selassie. Inical mente foram empregues bombas fudimentares ou mesmo simples recipien- tes chelos de liquido téxico e lancados sobre a vertical do objectivo;rapidamenteo fendimento das missoes aeroquimicas ‘aumentou com 0 aparecimento dos primei- os modelos irigatorios de aviao que per- ‘mitiam a rapida e eficaz disseminagao de vesicante nubilizado, com passagem a Daixa altitude sobre’ @ adjectivo © que factualmente sto, em exemplares obvia~ mente mais perfeltos, os condutoresaéreos ‘mais eficazes para 08 agressivos quimicos liquidos. 'As armas quimicas sofreram pois nesta ‘ocasiao uma nova transformagao manites- tando a sua potencialidade como armas ‘aéreas © assumindo, pela primeira vez, 0 ‘earacter maderno e actual que ainda hoje mantém. sobretudo em empregos taticos specials ‘Com efeito, podem encontrar-se algunas analogias enire 0 uso da iperite na Etiopia por parte da Italia eo emprego das armas uimicas recentemente efectuado no Ate- {anistao pelas tropas sovieticas contra os {uerrilheiros das zonas montanhosas. Em ambos 0s casos se assiste a0 ‘emprego de compostos tOxicos, numa fun- ‘edo anti-guerrilha por meio de sistemas de armas aéreas que se revelam muitoeticazes ‘contra adversities dificmente vulneraveis ‘com as normais operacdes militares terres- tres, num terreno que The é favoravel, mas ineapazes de opr uma dofosa antiaéreacti- caz.¢ uma adequada proteceao quimica (03 anos que se seguiram, embora sendo ‘dos mais dramaticos da historia contompo- rlinea nao presenciaram utlizacdes poste- Flores de armas quimicas que se ‘mantiveram confinadas aos laboratorios secretos nazis ¢ aliados onde continuaram todavia a ser aperfeigoadas. Sobretudo foram os alemaes que mais avancaram na ‘ua preparagao da guerra quimica, obtendo nivels elevados, soja no que respeita aos meios de utilizagao sejana realizagao de um amplo evariado arsenal de compostos tox! £08. Aos ja conhecidos vesicantes (iperite, azotoiperit, leutisite) acresceram os tOxi- 0s do sangue tal como o acidocanidricoe Co clareto de cianogénio largamente utiliza dos nas cémaras de gis dos campos de ‘exterminio nazis @ os mais temiveis descon- twoladores do sistema nervoso. Quando nos finais da segunda guerra ‘mundial os aliados atingiram e descobriram 05 depdsitos secretos alemaes de armas quimicas, encontraram milhares de grana- das de artilharia carregadas do mortitero agressive neurotéxico Tabun (ou, mais figorosamente, dimetilaminocianofostato ‘deetilo) que, descoberto ja em 1938 porum ppesquisador alamao que se interessava por Insecticidas, foi sintetizado por uma fabriea no Oder & razlo de 12 toneladas por dia. Presumivelmente 0 Tabun era a arma secreta em que Hitler confiava particular- mente dadas as caracteristicas completa- mente novas de neurotéxico que, bastante mais toxico que iperite,éinodoroe incolor @.actua impedindo o relaxamento muscular fem todo 0 organismo causando a morte ‘mesmo em concentracdes muito baixas, ap6s poucos décimos de segundos, da ina- lagao. 0 Tabun ndo foi o nico neurotéxico onseguido pelos alemaes que igualmente fabricaram em quantidades assinalaveis 0 Sarin e@ 0 Soman que ainda hoje sao dos mais temiveis agressivos quimicos em ter- ‘mos absolutos. Entre os meios de emprego idealizados durante a 2.' guerra mundial figuram varias ‘ranadas de artilharia, bombas e irigado- Fes aéreos, enquanto os V2, 08 primelros Imisseis nazis, faziam antever @ possibili- dade da arma autopropulsionada como ‘condutor de um ataque quimico ou biolé- gico em profundidade na rectaguarda Aadversaria, possibilidade, no entanto, que ficou felizmente no seu estado potencial, no segundo conflito mundial Porque no empregaram os nazis as sofisticadas armas quimicas, nem mesmo hos momentos mais evidentes, como por ‘exemplo, logo apds o desembarque na Nor- mandia ém Junho de 1944, para atingit 2 testa de ponta aliada ou poralturas da ofen- siva_das Ardenas em Dezembro deste mesmo ano? Provavelmente por medo de epresdlias em grande escala do natureza uimica ou, pior ainda, de natureza biolo- {gica que 08 allados facilmente paderiam fevar a efeito sobre as cidades alemas dado COnitido predominio de espaco.éreo de que ‘gozavam. Este temor decortia da conside- ragdo de que a elevada toxidade dos mais recentes agressivos quimicose sobretudoa capacidade de penetracao dos meios aéreos poderiam fazer assumir as armas quimicas uma funcao diferente da estrita- ‘mente téctica que’tinha caracterizado as anteriores utlizagdes ransformando-as em armas estratégicas de “destruigao macica” se utilizadas contra populagdes civis. AS ARMAS E AS UTILIZAGOES MAIS RECENTES Foliamente nos ultimos anos este aspecto {da sua utilizagao nao foi considerado anao ‘ser em quadros hipoteticos de apocalipti- 08 conflitos globais, conjugado ou nao com armas estratégicas nucleares, (0 valor tdctico de tais armas foi porém evidenciado em contlitos locals limitados como resulta da historia mais recente ou ‘mesmo dos ultimos relatos quotidianos. Frequentemente encontramo-nos perante utllizagoes nao publicitadas ou ‘desmentidas pelas nagdes que porventura fo acusadas, mas de seguida confirmadas por provas e testemunhas evidentes recoln: {as anivel internacional por comissoes pro- positadamente criadas por organismos, tals como a Cruz Vermelha internacional Eo caso, por exemplo, do langamento de neuro-agressivos que causou 155 mortos.e 200 intoxicados junto da aldeia de Kitaf no ‘Yemen, em de Janeiro de 1967, no quadro dda guerra civil entre republicanos, apoiados polos egipcios, e guerrlheiros’ imanitas Sequazes da monarquia deposta Mas novos agressivos foram entretanto sintetizados: nos finais dos anos 50 foi ‘Obtido © VX (aminoetiimatilfostotiolate de O-etil-S-2_disopropil) um composto eurotoxico extremamente persistente, capaz de actuar quer sob a forma de vapor Por via inalatéria quer como liquide por via ppercutanea com doses mortais de tal modo Baixas que so suficientes uma ou duas gotas penetrando atraves da pele nua para ausar a morte da vitima. Em meados dos anos 60 fol tornada publica a existéncia de agressivos inabiltantes que actuam sobre o Sistema nervoso central causando distir- bios psico-sométicas no pessoal por forma 2 6-l0 fora de combate durante cerca de 24-48 horas sem provocar a sua morte ou a ‘sua deficiéncia permanente. Igualmente evoluiram os meios de utiliza- ‘980 de tal modo que, doravante, as princi- pais poténcias podem dispor de uma gama fextensissima de condutores para os agres- sivos em que se incluer: ‘* granagas de artiiharia aperfeicoadas por forma a tornar mais segura a sua mani- Pulagao, sobretudo em caso de carga com Actuantos nervosos: '* engenhos explosivos ¢difusores varia- dos para langamento de agressivos solidos {irrtantes @ inabiltantes) sob a forma de aerosol * lanca-foguetes multiples que, dado 0 ‘levado volume de togo desenvolvido, per- miter saturar 6 objective mesmo com com- Postos muito voldteis como os téxicos ‘sanguineos, ‘© minas _quimicas, porsistentes; ‘* foguetes e misseis com cabecas de carga quimica que permitem efectuar ata- ques a centenas de quilometros de distan- Irrigadores aéreos * bombas de avioes do tipo "massive" para agressivos volateis, ou “cluster” para 0s porsistontes, 'No recente conflito do Vietnam foram uti- lizados grandes quantidades de agressivos no mortals na fungao anti-guertilna, de tipo lacrimogeneo, espirro-vomitatorio e, experimentalmente, inabilitantes, Das esti- mativas disponivels resulta que os militares dos Estados Unidos utlizaram na totalidade fenire 1964 e 1969 cerca de 7.000 toneladas de compostos entre os quais cabe a prima- ia ao lacrimogéneo CS (ortoclorobenzal- ‘malononitrl) usado com os mais variados meios de difusao, E, todavia, de Considerar que os agressi- vos Iritantes do tipo lacrimogéneo nao sao Considerados “stricto jure” compostos toxi- cos de guerra mas apenas “riot control agents" como sao definidos nos paises anglosaxénicos, isto é, substancias para Controle de sublevacdes a utilizar sobre- tudo em operacdes de ordem publica ‘Como consequéncia, os lacrimogéneos ‘nao sto considerades no Protocolo de Genebra de 1925 que proibe 0 uso dos agressivos quimicos, de modo que tals compostos sdo trequentemente utilizados do 86 em operacdes de guerra mas até plas forgas da ordem e como material de treino das Forcas Armadas 'No Vietnam, além disso, apareceram pela primeira vez na cena militar os compostos Antiplantas, isto 6, desfolhantes, hebicidas ® secantes. Estes produtos andlogos aos Utilizados na agricultura civil mas lancados ‘om concentragdes dez vezes superiores, foram utlizadas contra a farta vegetagao ‘que caracteriza o ambiente vietnamita com dus finalidades diferentes: em sentido tatico, primeito, para rarefazer a vegetagao ‘onde convinha manter sob controle visivel para agressivos MAIS ALTO — 11 as extensbes de terreno com interesse ope- racional, depois, para desencorajaraactivi- dade de grupos de guerrilneiros @ em Sentido estrategico para destruirasculturas ‘limentares ou de intoresse econémico eral nos terrterios sob controle vietcong, Para tal feito foram construidos especit- ‘camente difusores de varios tipos apoiados Ou montados em helicépteros e, inicial- mente, também em avides do tipo C-47 Mais tarde, 0s americanos transformaram pastantes C-123 ¢ C-190 em avides cisterna para irigar amplas extensoes. Na verdace, B carga de C-123, cerca de 4.000 litros de esfolhante, pode cobrir até 120 hectares 40 terreno, No periodo entre 1962 e 1968 foram utilizados cerca de 50.000 toneladas entre desfolhantes herbicidas num total teorico de 1.200.000 hectares, Mesmo con- siderando que foram efectuadas muitas fmissOes tepetidas sobre a mesma zona, pode calcular-se que no Vietnam do Sul a Negetacao. fol desiruida em cerca de 400,000 hectares, Posteriormente os Estados Unidos inter- romperam. as "misses quimicas” por- Quanto se verificava que alguns destolhantes usados nao atacavam apenas fas plantas, como se esperava teoricamente, thas, dadas as altas concontragdes na sua Utiizagao, provocavam danos também & opulagao evil continuamente exposta. (Os compostos antiplantas além disso ‘mostraram-se mais temiveis que os agressi- ‘Yos quimicos sob 0 ponto de vista ambien- tal, De facto, por um lado, podem produzir ‘consequéneias por periodos de tempo da rdem dos anos pela elovada persisténcia {e alguns desfolhantes e herbicidas no ter- eno, enquanto, por outro lado, dados os fongos periodos de tempo necessatios para tcrlar as plantas de alto porte atingidas, teriam condigdes indspitas de vida. Aaditar ainda que as alleragoes provocadas na pro- pria estrutura do terreno quando ¢ tratado ‘Com tais compostos quimicos suscitam a possibllidade de virem a causar problemas (raves, incluso do ponto de vista ecologico. Nos nossos dias, cabe citar o recurso as armas quimicas, denunciado por ambas as partes, na recente guerra de fronteira entre 8 China e 0 Vietnam ha cerca de dois anos. ‘© macigo e evidente emprego de lanca- foguetes miltiplos os varios testemu iihos relatando os sintomas causados pelos gressivos levam a pensar no emprego, de Testo nunea contirmado oficialmente, de toxicos do sangue. "As descrigdes mais recentes junta-se a intervengao sovietica no Aleganisto, que rmuitas fontes autorizadas dizem ter sido ‘apoiada, sobretudo nos primeiros dias, por larmas quimicas, Parece certo que 0s sovieé~ ticos empregaram e talvez ainda empre- guem compostos lacrimogéneos e irritantes em geral paraatacar os querrithe' fos de maneira allamente eficaz. Simulta- hheamente fol posta a hipotese da utilizagao {de agressivos inabilitantes e outros com- postos bem mais mortals que osenervantes 12 — MAISALTO UU CUTS (em particular um dos mais temiveis, 0 ‘Somain, quer s0® a forma de vapor nao per- sistente quer como liquido contaminante) ttiizando ‘condutores muito modernos & ‘Sobretudo aéreos, como irigadores e bom- bas de aviao. ‘Um dos testemunhos que corroboram a hipétese da utlizagaode liquidos persisten- tes, consiste na presenca confirmada de tropas sovieticas especializadas na limpeza de terrenos e de veiculos automoveis, Estas tinidades estao dotadas com um apareino ‘especial e inconfundival que é aplicado na rapida descontaminacao das colunas de ‘carros armados, Gabe pensar que tals utlizacbes sao etec- tuadas, nao tanto para as ja conhecidas operagaes anti-guerrilha para as quais os Inritantes so considerados mais do. que suficientes, mas antes porque os contlitos Tocais vem sendo crescentemente utiliza~ dos como campo de experiéncias.e de veri- ticagao, quer das armas quimicas, quer da ‘uncionalidade dos novos meiose materiais de detesa quimica. Convem nao esquecer ‘Que @ guerra quimica goza de particular dtencao nas forgas armadas dos paises ade- fentes ao Pacto de Varsévia 6, em particu- lar, nas sovisticas, CONSIDERACOES CONCLUSIVAS Estes breves dados histéricos que. pela vastidao do tema considerado, sdo certa- mente incompletos permitem ao leitor uma rapida visdo do conjunto sobre a evolugao Gas armas quimicas. A principal conclusao Que se pode tirar €a da que a guerra qui fica. entendida num sentido restrito de femprego de compostos toxics para o homem, embora ndo travada em larga scala nos uitimos 60 anos nao foi esque~ ida, antes pelo contrario, adquiriucaracte- fisticas mals modernas e preocupantes ‘Demonstrou-se como esta em marcha uma evolugao cientifica, tecnologica e ope Facional no dominio dos agressivos quimi- os € dos respectivas meios de emprego Que, do gés cloro inicial chegou ao terrivel Yk liquido, enquanto as primeiras garralas Usadas para criar nuvens tOxicas tornaram= “Se uma recordagao longinqua agora subs- tituida por condutores bastante mais cficazes, como sa0 08 foguetes, misseis © "A mesma evolugao transformou as armas guimicas de auxilio da infantaria em meios de artinariae, por fim, em armas particular- Tente temiveis, ‘Consequentemente, esta ultima transfor magao implica a existencia de uma forte Sensiblizagao relativamente a0. problema ‘Quimica no ambito da Aeronautica Militar, Uma vez que esta pode ser fortemente afec- tada operacionalmente por aquele. Por !ss0, 6 necessarioe indispensavel um maior conhecimento das potencialidades de tals armas, “conditio sine qua non” para @ efectivagdo de uma detesa quimica rea- Equipamento de soldados portugueses em exer- ‘ele de guerra quimica lista @ eficaz das instalagbes aeronauticas ue, pela sua propria configuracao, consti~ tuem objectivos extremamente lucrativos para as. armas quimicas num hipotetico Conflte futuro. (1) Por ama auimice entendeseo ares quimics com raspecivo meso ae lancamento Ao'presente aruigo'eerdo,anaisados apenas os deine lian ob excompaietoncs {ee guimicos belicos como selem oe nebula ‘eos 0s ncendiaros (gasoline dleos minerals, Napalm outros tes de lguidos incendlarios Selatinzacos) ("Riera do Peloponneso’ Lv I Cap. ©. Sertorus, Cap. xv 7 ("Parent BIBLIOGRAFIA lzzo Attilo “Guerra Quimica ¢ protecgdo antl- ats" Hoepli 1983. Molasesta Paolo “Agressivos quimicos" Stu~ ium, 1966. Hefsh Seymour M.:”A guerra quimico-biologl- cat Laterea 1970, 'A guerra quimica: monoat trad n= 151 dunno 1970. ‘Dmiriey V.i"Os ellos destuldores dos pro- tos guimicos toxics utllzados na Indochina pelo. Exereto. des EUA". Voenno-Mecieinst} Zhurnal, ne 1 (1978) pag. 88-9. ‘Meselson M.S. “Armas quimicase bolegicas” LelSelenze n® 24 Agosto 197 to para uso dos alunos dos jo em daleta NBC. Escola Ed, 1980, la da Histor NOTA DA REDACCKO (Oautor, Ten, A.A. rs. Mauro Gian, fem quimica 8 iu um curso deaperfelgoament laureado ft escola N1ELC. NATO ae Oberammergau. Fe Derte de um grupo de trabalho para a roolabor (Cho normativa relative adefesaN.8.C. dasinstal ‘$Besaeronsutioss Aetualmente pesia servigone ‘Scola unica intor-ramos para a detess nuclear, frolegiea © gulmica onde esta encarregaco do fensino da detosa quimica Fotogra 4a Fortaleza Vondora 8-17, com insignias portuguesa, em pleno oo Se "FORTALEZA VOADORA 4. Sempre pensei que, ao propor a publica~ cio na "MAIS ALTO" de uma serie de art 08 de recordacio e de informacao sobre omo voavam avides que foram equlpando ‘nossa Forga Aérea, sompre pensel, dzia Que escrevesse apenas uma unica vez ‘cerca do aviao de que fosse um dos mais experientes. Outros Vviriam escrever sobre Outros vides, © assim se conseguiria uma Sequéncia, taivez hoterogénea de estos & de crterios de apreciagao, mas por isso ‘mais valorizada Nao foi porém assim, Constato que se me tivesse ficado pelo fnigo de inauguragao, a seri teria morrido or falta de colaboradorese, epena, porque 3 ha bem bons, entre os pilotos ja retira- os... Alina, também nisto estamos cheios de boas cabecas, mas. 2. Por outro lado pode pensar-se que nao aparecem colaboradores, porque o tema ‘go temo intoresse em que se fundamentou ‘iniciativa: se fosse assim, esperava-se que 4 sua quota-parte se manifestasse noutras modalidades. Todavia, j& sendo tarde, Pelo General da F.A. (R) RUI TAVARES MONTEIRO, parece que a colaboragao estéril se vai veris ficando, sem qualquer mérito, Entre’os avides mals célebres no Mundo a ‘que voavam conosco, sobressai 0 B17, fabricado pela Boeing com o nome de Ford taleza Voadora, e por isso nao deve, a met ver, Ser esquecido nesta série. Temos mula tos' pilotos que 0 voaram intensamente Gesejaria ler 0 que eles escreveriam. Falol ‘com alguns ha alguns meses e envieicartag ‘entusiasmando-o8 & colaboragao; mas, até 2 data, nenhum reagiu e nada apareceu na MAIS ALTO" 3. Ainda hoje lamento nao ter tido oportus nidade de voar 017; mas, posso aproveltat MAISALTO — 13

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