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No Brasil, a agricultura globalizada surgiu, introduzindo novas culturas, atores e formas de

produção, que mudam não apenas a paisagem, mas também as interações entre o campo e a
cidade, trazendo desafios e oportunidades para os envolvidos. No entanto, a urbanização,
modernização da agricultura e falta de políticas públicas adequadas geraram processos
contraditórios e excludentes nessas áreas, nesse sentido, a abordagem territorial surge como
uma opção relevante para superar a dicotomia entre essas duas esferas.

O estudo tem como recorte focal Campanha, um município de pequeno porte brasileiro que
teve um impressionante aumento de 560% no cultivo de tangerina nas últimas três décadas,
tornando-se o maior produtor da fruta no país em 2018 e recebendo diversos eventos culturais
e técnicos relacionados ao cultivo de citrus. O artigo tem como objetivo analisar as mudanças
na organização espacial do município devido ao aumento do cultivo de tangerina, bem como
avaliar as contradições que surgem entre diferentes atores envolvidos na produção, como
agricultores familiares, cooperativas e entidades governamentais. A pesquisa utiliza técnicas
qualitativas e quantitativas para compreender as contradições e os fatores de produção que
influenciam a produção de tangerina em Campanha.

A pesquisa visa contribuir para a compreensão das transformações socioespaciais resultantes


da especialização em determinadas culturas agrícolas e refletir sobre as relações de poder e os
processos de construção territorial em áreas rurais e urbanas.

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