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Francelina Oliveira 4 a . Aw } y eS aN 3 Assédjo Toho Anilise de Casos Reais ntoropensinst nce Enero ay c Eenevcoen etna 505das atahands also comanen oe Senos orn merry fay gerdsren fuente ined iinet comm er aang he ats nein) FRANCELINA OLIVEIRA ASSEDIO SEXUAL NAS ORGANIZACOES E APLICACAO PRATICA DA LEGISLACAO ANALISE DE Casos REAIS Chiado Editora Poe Bal | Angola Cab Verde NOTAS DA AUTORA Esta obra foi baseada na pesquisa intensiva com trabalho de campo que agora apresentamos em livro técnico, onde o leitor poder encontrar algumas solugdes alternativas, e transformar os obsticulos legais em recursos validos. Nao é um livro cor-de-rosa. Escrever sobre assédio organizacional, é remexer em softimento e humilhago de alguém perante outro. Os direitos as opgdes sexuais so muitas vezes ques- tionaveis mas sempre individuais, jamais as organizagdes poderio admitir situagdes dibias, onde o respeito pela dignidade humana perde-se com a necessidade de manter 0 emprego. Sao historias chocantes, de uma sociedade cada vez mais vergada sobre o “umbiguismo” individual do luero facil, nesta sociedade cada vez mais exigente com produtos ¢ servigos, to tolerante, tio moderna € com atitudes comportamentais tio primitivas. Maria Francelina Ferreira De Oliveira St* M* da Feira, 2013 Tese de Mestrado realizada sob a orientagio do Prof, Doutor Manuel Pinto Teixeira, apre~ sentada ao Instituto Superior de Linguas ¢ ‘Administragio de Vila Nova de Gaia para obtengio do Grau de Mestre em Gesttio de Recursos Humano especialidade em Compor- tamentos Individuais em contexto Laboral, conforme Aviso n° 16961/2010, da DGES, publicado no n° 217, na 2* Série do Didrio da Republica, em 9 de Novembro de 2010. DEDICATORIA Este trabalho teve como ponto de partida 0 sofrimento ¢ a dor de alguém que foi vitima deste fendmeno que acontece no ambiente de trabalho. Pela coragem de nos contar a sua historia, ainda que com o nome ficticio, Para a Rosa que poderia ter o nome de outra flor ‘qualquer, legamos 0 nosso sincero obrigado. Este trabalho é dedicado a todas as Rosas © a todas as outras flores, que so homens ou mu- Iheres que 86 pelo facto de serem assediados no contexto organizacional, destabilizaram toda a sua vida pessoal ¢ carregaram muitas vezes sozinhas a amargura de uma injustiga profissional que feriu a sua dignidade. RESUMO © assédio sexual deveria transformar-se numa preocupagdo, permanente para os médicos, advogados, magistrados, psicélogos, socidlogos, gestores de recursos humanos, administradores ¢ diretores de empresas, ¢ a sociedade em geral, de forma a manter os valores morais ¢ profissionais. A sociedade atual preocupa-se muito mais com a ostentagdo de valores materiais visiveis, sendo o assédio sexual considerado como algo oculto, que as viti- mas tentam esconder. A maioria das mulheres nao denuncia © assédio sexual por varios medos, que alternam entre as represalias ou retaliagdes, de serem rebaixadas, de perderem 0 emprego, — ja que dependem desse para sobreviver ~ de serem transferidas, de se expor ao ridiculo frente aos cole- gas, familiares e amigas, de perderem a carta de referéncia, etc. Habitualmente, tém muitas dificuldades em falar, néo $6 porque revivem algo desagradavel que as incomoda psicologicamente, mas também porque nao acreditam que 7 FFRANCELINA OLIVEIRA existam recursos para (ratar de maneira eficaz e eficient 0 problema que as afeta dramaticamente. Palavra-chave: Assédio Sexual; Comportam lento Oreanizacional; Enquadramento Le orm egal e Valores Etico- 18 Nota PREVIA Gostariamos de exibir uma extensa bibliografia, mas tal ndo nos é possivel. Dentro desta tematica, nao so tantos os autores nem as obras publicadas que conseguimos encontrar para expor esta matéria. No ambito nacional, tivemos que recorrer a autores da drea juridica, No ambito Europeu, recorremos a autora talvez mais conhecida por ter realizado um trabalho notavel e reconhecido internacio- nalmente no campo da Psicologia do trabalho. A nivel Internacional, escolhemos um dos autores mais citados em varios trabalhos. Contudo, parece-nos um estudo necessirio, que poder abrir mecanismos que facilitem novas abordagens e meios para diminuir este problema que nao sendo novo emerge num mercado cada vez mais escasso. A feitura de uma qualquer obra, literaria, cien- fica ou outra, nfo necessita, em bom rigor, de qualquer justficagio especial. Para que nasca, & bastante a vontade legitima de criar ou de a FRANCELINA OLIVEIRA testemunhar algo. Todavia, a essa vontade aliam-se, as mais das vezes, circunstancias acidentais ¢ inesperadas que a transformam num projeto concreto ¢ tornam, para o autor, urgente essa tarefa. (Mario Pinto, Pedro Fur- tado Martins, Anténio Nunes De Carvalho, Comentério ds Leis do Trabalho, Volume 1,1994, Lisboa: LEX Edigdes Juridicas, p.7), INDICE Introdugio ANecessidade deste estudo . ‘Anilise Conceptual Parte A Anilise conceptual do estado da arte e revisao da literatura se me Capitulo I - 0 assédio sexual dentro das organizagdes 1. Distingio entre assédio Moral e assédio Sexual ... 33 1.1 Assédio Sexual por chantagem e por intimidagao 1.2.0 Assédio Sexual em Contexto Laboral: ‘Ameaga, implicita ou explicita... 1.3. 0 Assédio Sexual e a fraca produtividade .... 41 .A importancia dos Valores, da Moral e da it ees ica como recurso (mecanismo) 49 1.5.0 Codigo de regulador Capitulo t~ Enquadramento tedrico Capitlo 11 -Enquadramento Legal. 88 2. Amecessidde do estudo desta problemétia e suas consequenclas a 2 1Anilise das Organizades; Confltos, Smee e ASEEI0 orn 9 22.0 assdio sexual nas Organizagies: Problema soba ee: tained — 27 oe 70 aC, des e ou sociais. E natural que a sua confianga, jm abaladas, “para alguns sett Sa lpia sett didnt dado =, ‘Brando cm tera dsconecid, som {Blaces, 2010p. 21) Pro, orase necesito Pens Galeiésuticient, ese protege as vitims, Ou s 4 ita ‘Themar acs. “Mas hi ftliades que tazem cada © {itnam graves e prolongadas sequels pelo que, antes de Soltar a viver saudavelmente,temos de resuperar dessas Teguces perniciosas, case psicoldsics,deixadas por tian” omo eeru auto ars sto. ANALISE CONCEPTUAL Importa aprofundar os conceitos, A definigio de Assédio sexual dada pola Recomendagao da Comissio n® S2/ SLICE, de 27 de Novembro de 1991, reltiva & pro- tegio da ignidade da mulher edo homem no trabatho* diz ‘que se tata de “um comportamento indesejado de carcter ‘Sexual ou outros comportamentas em razio do sexo que Revommalago i Camis Europia (perc orpe-cuLexU Serdar CELEN:3 199240131: PruTM, Tr gua to moss OMS seo ei tat Cpa ise Ft i ak, ov a me 0 088 vey git mi seal ms can ato mo een en ZODTIC, de Plamen i cote de Ste de 0, ee pantntmpio Bl ode a se opi pip Oe ame ce ots «male ‘eo nen oem om and conics de tl, ncn em que pod UM COMPETENT (0 fo larga e, td hind com o sexo da pss0, com an are» nae sro apnwan de caramanbine intiidatii host, ee hanes (ia @ Poa one, ‘ADireiva 200654CE do Palamento Europeu e do CConsclho de 5 de Julho de 2006 relativa& aplicagdo do pricpio da igualdade de oporunidades ¢ igualdade de {ratameno ene omens ¢ mulheres em dominios Figados so enpreg ed atividade profissional considera que existe ass sea Sempre qu sear un comportament ine cid eat seas forma eb, ono ver fs, cm o obe0 ou9 elo de volar a ihe dese, parts pelcigo de um snot iin, bs, pride, ian ‘ecm fev (loa Oficial da Uni Europa, 2472006 1.20429, 2B _ ; PARTE A ANALISE CONCEPTUAL DO ESTADO DA ARTE E REVISAO DA LITERATURA CapituLo I —O ASsEDIO SEXUAL DENTRO DAS ORGANIZACOES. 1, _ DISTINCAO ENTRE ASSEDIO MORAL E ASSEDIO SEXUAL Acxpressio “haredlement” designa, em frances, ssé- «dio moral. Na Inglaterra, diz-se“bulliving”e esti associado 0s mienores, que significa tiranizar, Nos Estados Unidos a nti”, 86 Fepresent) molest No Jpg ss tad or sta Sc Ng raat onaas com 0 aIGUIS OF charnam tas ero no trabalho, manipulagdo perversa oy de psietio piclogico, como forma de assédig sin eos cons 0 pol regs ral’ uni, caralho (2008). (co2, 7380. tS open ach aC ren oes ni enw set ei aee « agciewe faire assédio moral ¢assédio sexual a diferenga exenil entre as duasmodalidades reside sobretudo no arte serum vez que oassédio sexual atenta contra 2 ierade sexual doinivido,e pode inclu, em nosso ntender,assio moral, uma vez que também magoa ¢ tinge a digniadepsiguica do serhumano, Muniz (2008), ‘bu sj, o asso seual esti sempre dentro da esfera do so moral uma vez que acrescenta a condua sexual Deira, Amgen da discs sobre qual & dvi fndancal em quest findanenta asso sexs nln soe qual Ea soo que se deve sd hin itncia seapeserdum lt que ste conta ide a pesos haan (AES a ae "Mi Wh ae ii, Rpg guy aoa do su nt so snl ic a (hap: just comiartiges 36075), ‘a ae “Treg 2002, p64, it in Rita G Peri, 2009p 13. (© asséio & uma conduta humana, quer sea Sexual cou moral. E pois uma conduta que tem como fator iuilificantee caracterizador a responsabiidade civil: que ‘origina anos, patrimonias ow extra patrimoniais, € que ddevem ser devidamenie salvaguardados quet_pelas ‘empresas empregidoras quer pelo sistema juriico. © dano moral & precisumente este dano extra patrimonial ue pode sr originado pelo ass, ou sea & violagdo de um direito da personaliade, ocasionada pelo eomportamento condenivel aul investigado.O dano moral a consequéncia de um ato que lest, QUE atinge 0s direitos «da personalidad dos inividos (dos direitos da pessoa) € {que se lomam vitimas das consequescias das condutas de terceiros € com isso ficam sujeitos © condicionados 0 exervicio da sua lderdade assim como com a sua imager macula, Atoral pao Dirt consist a valor insta 99 abrangengo cris pessoais que fogem do dominio ‘xclusvo da raz, This ents eiam peinsipios mo: 0 dito vids, liber, intimidad, pea cide, hon, imagem € outs gue so chamados, Direios de Personalidad’ scotia de sada se humano cago ii A desestabilizagdo emocional originada pela pressio psicoldgica e pela humilhagdo leva o assediado @ uma reago, que, no seu limite, pode culminar num simples “Pedid de lndemaizaeo por danos moras (ilu br istream handle 0183/1410 (00649850 pdscquense=1). 3B slug ov denincia contrat faresouciom™ eet ten genres 0888 pee rginramte sige wraps Mut vzes pode osasiona pe eva vit 9 sd. O gue conning SSevie ms o di d cna ro oli. aso pod comprometra iden sees sua digi tere nepavamente se FS pes abr, fev soci ura Margarida Barto 200, p. 1538 tins ge wai em context labora! podem pasar a sof es seasons, como distirbis aliments pecrhe meno da presso arterial, depresio, apsedaye ei pico, cans iseBUra2,podendo cheer, rote, inelsive por sii. ‘Osseo sexual eoasite Mum “ataque” drsionsy so tnbslnador, por agué em posigho privilegiage “aie esse no dsead. Pssu intengSo sexual. gy inssteca importa, Oassediadr€alguém que que obey ores sexuas de um subltero ou de alguém que he ¢ dependent. Pro, oaséio sexual assume-e como ung tina iberdade sexual, noo fundamental que cada a pra Bn mle do Talo «Pa epee eae Calls So Pn com drs ‘Sean me pcg, ys om 30% pecan Sorat ens ¢ nme pg nitro Means Bes ole oie, ee © bet Se ees At cw, bs tee a fo ttn ctr emeulce epeee oe oe Seni mas pene) be como or ens mtr Sinan A anon rut prqu coo 2017 near 9 capes Ta or lade pega Sao ‘tnt jo + igus cepa’ ¢ Sina iets terested ane we ‘um tem da Tivre disposigdo do sew corpo, & autodeter- ninagio sexual e pessoal Para. investigadora Margarida Barreto ca propésito do assédio moral, ela caraceriza-oclaramente Come: Jos poses patcaos por superiors heirquicos contra seus soborands, Na verdad, so conus shusias, qu vkimdemararoeagug do poder: que mands ¢ quem obedece, © agressor no di trégua quel pessou qu deve simi depres. Faz umbloguio constant gue epte fo joa Manifest atrvés de gets, lavas ini esqualitizagbes,itiuasizages pls fess cameagaors qu atingsmn a digniide,senidads sae ds tntuadores, degrada a conden de mao © as elades interes colsando om rigoa vida pemanénia no emprego. (Ci in Rit G Pesca 2009159. Ll. ASSEDIO SEXUAL POR CHANTAGEM E POR INTIMIDACAO © assédio sexual pode ser earacterizado de duas ‘formas disinta: por chantagem ou por intimidagao. Por chantagem, quando traduz uma exigéncia prove- niente de superior hierirquico a um subordinado, com 0 ‘objetivo do assediador obter favores de indole sexual, sem vontade expressa do subordinado, esob pena de este perder ‘ emprego ou benelcios associa relago contratual de trabalho, racrnn NEA asso seul por intimitasao& consi a rece ttt rs peso seul ou mnistaex da ee quer verais ou fics, com 6 props esempento labora docoaborado end cee? clo de cater ofesivo, de inimidagi, hoa ge atwo mo tablo, host ‘ontasta, o a¥e dstingve 0 asso moray sito seal € GUE, NS © rOpSsit final dessa poe sie gta vanlgem recent sex, ene ueno primeio,oobeti éhumilhare diminuié auton eta asediado. “Em term0s gens, qualquer simple nt exmprtament pod Umirse come objeto des vel asso, pracad por cuss do sexo, com ee Faldde, esa inten, objetivo" Diz-nos Panis atl Rit in Morera Antio (2002, p. 189, (0 asso seual trade, na rite, por conta eretr sna no eseads, que comproma ‘edd inividal, a digidad pessoal do asediade: Gaasando loeamene,efeins negatios, por conseuine, resides impedes e resis na execupio de {rauloe que sete no ambiente labora em si. 4 raturez prejicar 1.2. OAssépio Sexual &1 ConTExtO LABORAL: AMEACA, IMPLICITA OU EXPLiciTA Esme rn on to pb Spe nh po Penney eu tinha o dirito de passr a noite de metas pecasado, Era 0 que senor Sera expost do servo da gla recém SFanado fas prinae nctis (dzéio a primeira note), oe polio a Franga em 1409, Mas como a participasao FRninna no mercado de trabalho aumentou, ¢ 0 conv¥ie em o seX0 oposto n0 mesmo ambiente laboral comPor's esas jornadas, a Tula pelo direitos laborais € maior evidéncia a essa questio. Foi ent0 que © msiderado como theres. era ‘So sexwal no trabalho passou a ser €0 ‘ums forma de diseriminagoinaceitvel contra as mull ‘Coavém esclarecer que tanto a mulher como @ em podem ser viimas do assédio sexual por 0s tidos por pessoas de outro ou do mesmo Seo. 'Nos nosso das ¢ coma oicalizagio dos asamentos entre homossexvais, a “perseguigio sexual” alarga-se © gsontua-se também ence estes grupes ida que de foe rminoritria, o mesmo acontee para algumas minorias & fas." () Nao & um fema exclusivamente feminists, nem pova por exagers cegos de razi0 porgus, no ssio do assédio ‘exual, coexstem sujeitos assediadorese assediads, ho sens ¢ mulheres” (Pamplona Filo, 2001, p. 21). Nio se ‘escarta, portma possibilidade da configurao do assédi, nda entre pessoas do mesmo sexo, ter como assediador dima mulher. (..) Apesar da destinatiria habitual sera mulher, também 9 pode ser 0 homem: que, apesar de nor- malmente © autor ser um homem, também o pode ser ums mulher ¢ contra pessoas do mesmo sexo; (...). Segundo Parreir, Isabel R. cit in Moreira Ant6nio (2002, p. 187). or iss, concordamos que a legisago se mantenha ‘6 mais ampla possivel para prever ambas as situagSes, Asso Mora e Asso seal aps Inseom br revsaterta1467Sassedio.morabaselo semua agentes). procrsns Os ‘pul eé facto comprovado que as cia = a cons ds tp de comportenn an a ne sexo feito eu maseulng™ (Pye os el (Pamplon, Filo, 201, p34) Aci enna do meio labora para aceon ‘penptads de asso Sel ~ com fortsimas ¢ ‘roenaene ves EETEUSES em eos humge nw pessoas, sepals, at cconimico, : deprive ex, 0 minimo, um aera get pian pra 0 fe8e00 © para a sua ampla« devasadon iad. Adin, eertamene, uma 2 legisla aati (ora, 2001, p 163), (ssi prada quand 5 ace 20 erprego cy so pila tala, como into de aftr ‘anid a peso casi um ambient denis oe unig a pip iia, o que se eperci ‘bie vido no sid empress (Gg, 2004 ‘Asim ein, ¢ fortwo reir que 0 asst assinlid ports fatores observes, assim como refers Garo (202, p. 165 “am pao de components inion dejo ma iad vita; ua ae ‘api ov xpi, reels or ests ato: um meg rani sei pla peso ue Eameagada= (haynes aletgracahetas1 88h, ———__ por ots pals, um individ itomete-se ma Vids (Ge outas owoa som ues quer que coe {pu como tit de provca dans sam esis, poms cu monctros, abtendose dos events problemas que cus no si da faa ds wii" No qu di spit 20 asso nos locas de trabalho, este pode set considerado de natueza: “Vertical ~ 2 ‘Golencia parte do chefe ou superior hierrquico; Horizontal Milena praticada por um ou varios colegss de Jpesmo nivel hier; Ascendente ~ 2 violencia € Fraica por um grpo de empregados conta um chefs” (Uirigoyen, 2002.9. 39, 1.3. O AsséDIO SEXUAL E A FRACA PRODUTIVIDADE [A pereesio deste fendmeno, e das suas dinimicas inerentes, toma-se necessirio na medida em que estas priticas parecem consttuir um fator de stress para as ‘itimas, Tendo em conta que numa situagdo de assédio no Tocal de trabalho € possivel que @ moral e @ motivagdo dos teabathadores seja diminuta ou nula, ¢ também previsivel «qu a produtvidae possaenaquecer. As empresas podem, com feito, perder empregados valiosos, pois. muitas ‘mulheres preferem resolver 0s seus contratos do que passar por dessgradiveis confrontagdes, que colocam em causa 2 ee ee ‘Asstt Maral oo Trabalho (pine fc pefotesrabahos 2008018 pd. a ——™ paced OUNERA pact eto nado La tan sexual ste Liew de Travall dans L Ub ra Aoi hel iin Amnio Mors 2003, ne (rok esos estmiam gue, em geal; 8h “Arma pate ds 4906 Si pasivas, ignorand, aid, 6 poucoseetam exresamente gay {apes atc saute compe, ee heiekieee oe one ne nana 6) opus se conteptem purer ee mee is ee cto aac aml gare Fes prenive eateicimreciini osooge acneimento. Pernt um cenirio de comportament, Ato dvesoe, que suciam verses diferentes subjesine toma-seextemarente cif saber qual linha que sya, 0 stl seul 0 tabalo do scialnete sector ‘nines ceed ani 3s ail es vo gen com oa grin eee pomeartoce Evens -ndo configuram o assédio no sentido de ie, tl ul oo hs i a abe xis cana Rae ‘consentimento do outro, completamente desay aso Sropruneo al. eam ma eda, 3 0 cle Salo Ups oT Gas DU ete Sl a Us Tal di Uns ivan de prasad eae mens Choma 158 Se sen ass ONANLAGOXSE ARICAHO PRAT jléncia fisiea (poraue fe ral”. Aloysio| ica natural, € uma vi ye, 90 meso femP—O sig sexual p. 21 fsiol ma violencia mor ), in Parris, Isabel R. cit santos, (A Storeira Antonio (2002, p. 188). Dagui defender Motptridade de um ego de cond, one cons a de forma clara epecetivel a todos & CO” yee No obstanea exsténcia onto do Bdge 6 eit, 0 nosso sistema jurdic, como veremes mals Geant, ¢ apesar da Tei ji existent, toma & sus Prov Codigo Penal. pratcamenteimposivel, No enanto no reontrarse previsto o crime de imputasio sexual que epprdena 0s chamados “propos”. Também sio poucds OS gue ocreditam numa justga juss, como verifiaremos 69 AMfjse do trabalho de campo, Como jireferimos, oassédio rua em context labora no ¢excTuivamente feminino, por sso oplamos pr usar uma finguagem generis, ae hargue os dois gener, 1.4. A IMPORTANCIA, DOS ‘Watores, DA MORAL E DA ETICA A Moral aludea um agrupado de regras seguidas, em determinado meio, pela pessoa de maneiraaatuarem em cencordinsia com 0 que & considerado certo ou errado {Quando dizemos que algo € bom ou mau, nfo julgamos Sitar apentsaexprimirasnossasemogBes.Julgamos igo objeivamente verdadero, independentemente dos imentos e convengSes sociais. A Moral € sen iza-se com of procedimentes didrios dos tida © vv 6 ivan elo gb ning ead salads. a, Feimem oso eratzacional 0 qual deveremge ‘thes comorttes COm a regrasimpostas, : ‘Aiea guna medio sobreas ade eas gn, ess quan, saat argumenago eapovaios Af Seah efce sora esitimiade ds comporamey Sue oe produto sobretudo dos. pensadory ok TEumentgio do Bia ou de Teitimagao das noms ene num inp de univeraliagio dos ines pao da meligio dos inereses deter SS Frsieisatetaos" M, Do Carmo (2005), hind, meg alum distro en os tems Mo cei. inerent orgem destestermos produz anda agus Soni, Alavi al do greg0 “thos” que designa ‘ns de sere Mo tem su proveniénea no atm, que spree de "more, designdohabios ov costumes. "A Moral € un ennjunto de regras que ajuam a contd suet em said, ¢ ets reas ou noms So obs pla sro dana educagdo, pela mera As ibis e plo quoiine, Durkheim explica Mom como aaa ds costumes, sendo algo precedente ria sociedad A Moral em cari obriatrio, ‘Mata (1984p. 27) deserve ero ica, como um “euruno de valores qu orienta o comportamente do omen em el 20 outros omens na sociedad em qe ‘i gumind. asin, oben-ste social, ou sj, Eten £afema como ond se deve comport ou rege no S20 mcio scl e por comseguine no contexto organiza. onl, inditentement do nimero de rabalhadores. Ser rats emma ns {Boga ie atin clanking dein, = | purnie a Revougéo Fans, em 1789, 0 2p- a lrstodo Dios do Haron 8 em va Sajunto de dietosfundamentais ds pessoas, 59 Pe xo de serem pessoas, dotadas de consciéncia € Crt Muierdode do que esses == pefietosnalicniveis, entre os quas a Vida i ree ace Sone ee a pode ser errada noutra. A natrea seal da cond, enendids como um ‘oni eral eabstrato& dedidaments, um con- ee ee ‘Spesiarsb ds Dirton do Nomen eo Ciao, d= 26 de agosto Se esl 789KmE Hh — Pascrins uns cnn ine ta pa deca gemmntelpeinirootey perchance errno ‘Sic one er nde dom davon conan dra wae ‘oaths tele era a ‘Sonn sin 08 p mut ose pesos scoot con indice de alia ose conportanertoportepese ‘fier mais aden ou als mercedon ceo, emis Tle oo alvaces como nessa tapes ede oma os inde asinam gue igor de proedrdsa 00 dauca forma, Comte Seon 2 conequnia ds rer ou nomar tonsnids no send, una deliv cogeni nua un ee ue quale ond comport Jeo E patente oie die ene Morte Lica er ‘esta é0 drbitro das moras, ea Etica é um género de lei que igs conpomeno moral dos inde As eis sa tsras, Mao pape eel & Encode qualue cone oa or aaa, cxpicarov pesquisa ama determina verso ade, AMrd ao peas wna e530 pessoa, pois os inv, por est, ses rites. Dest ona cece se qt Moral tub 6 uma consol, Vs (1998, 9.8) consider Mol como! Unites de norms pinipose ales, segundo also eglamenadas a els mits entre os indians owen comatlas, dt mincics, ‘sts norms datas de um eter hstrico€ Sova sim ands lines consiatmcnt fetements, por uncon iin eodeum mini ini, ‘etm ong 0 eer ‘Os aiores valores do omen ive so sem dvi, abricaea Mor Ams design, honrare prez Vida “jos proven do grea0 significa valor, dgnidade Este atta dlcilin gus ests os valores que chamarse axio~ fogs O Homem avalis permaneatemente agi ue © {Riot dando mais ou mos mpotincia a ums 01 os ass. E ess importnca que define os seus valores. Os $Soespvdem ser arupados em categoria: Ee, Es {beleza,burmonia),Religdo (sgrad), valor monetio, {ator da ante, valor da exabiidage... e tao quanto for Gefiido come valor a0 qual concede importinea, Quando Se fala da Etc est-se a fizer ua avalag um juizo dt alo, que pode sempre tomar dus dees (dag dizer se que ui ds caratristias dos valores & plaridade) 6 bem ou o mal jusiga ow injutg. a igualdade ou a desigualdade. Os valores assumem sind una hierargui- ‘apo pois tem inortnsias diferentes e vam a de cima quando alg se dara com cents devises em particular 0 que a8 nasas ages giram em toro de eixos Por ‘alorativos, que diresonam as nossas ates. 153 O Conico ve Erica COMO RECURSO (MECANISMO) REGULADOR jviduo, com seu livre juizo, vai amoldando ‘ seu meio cireundante ou vai-o destruindo, ou ele con- ‘uista tudo 0 que pode apodera-se,e assim ele proprio se converte no bem ou no mal deste, do seu meio ou da sua paves seta vee was a fica ¢ 1 Mor man xp te, que a dsotad dr a se peel Meshes o io sb tena 0 seu cigo de Eta, an it, no Basa Fiske so ch poet emo gh one sm ado abandon i 20 5 CUMPME, QU 08 ts ja scone nal cing. Asin ok els Sra ep os linden por eo cologa Os ‘es pblicns, so de deninciaobrgatria, assim parece. sare dad a compleidae d problemitica que envolve 9 odd sexul em coteto labora, que deva constituirse Sie ii. Tense meside de repr, dentro dos engi, 8 compotametes dos individu, mesmo ucesareglamentagso init as ages inviduns de cada colabordor. (sjlanesos mrisinddis varia no apenas «om pes masta com as ulias ms quis i insti.) De acord com st firma false de cies mort reas cules 05 inte, maads no epg € 90 tempo (.) Asim, um meso ao pode ser simultancamente tad moa ioral em nga do pis das nese que psa se encanta.) xe, aps tudo, mis conser tanscltra (Paes ex trea cults da mae, un sed sobre deinads valores fandnsn..)oomo base ma gua de disitos eos os eres ums (.), mas expliia- ‘acim dpi da pesoahunana, Pretend, soto SEUSS ORGANS ARAGLOPATIEADALICSLACAD tum minizo dco por toss sciodades humans independetement do sci poco odo reine sotnco (Cristian Nae, 200, pp. 30-31 P32). Pode-se dizer que, do ponto de vista do comum, 0 proveito pessoal ¢ 9 proveito social ou organi= {acional ilo devent exceder olimiar imposto pels nommas (ds moralidade comum, “Ao considerarse a responsabiidade moral de um individuo, ilo Enecessirio que este a rconhieya eu assum, desde que 0S Outtos agentes envolvides Ihe imputem, & pair do exterior, essa responsabilidade moralmente mi do agit” (Cristina Nunes, 2008, pp. 120-121). Sahemos que o objetivo primordial das empresas € a maximizagio dos lucrs, Para isso rentabilizam os recursos fisieos e humanos, para alcangar 0 fit a que se propdem. Dagui 0 facto das diversas comportamentos e ag0es, algumas vezes ingonvenientes ¢ Fora de propisito, 130 serem considerados como relevantes comunidad empresaril dent uma endcia geat para consrtarcom Adam Smite como seuconeito de “epamo modero pois tie empresa, de cord com a prin d ness, efron com tert gol oder.) Porque os inereses prtclares io pose lips detrinadeslini- tes impostos tant pols reas pias dos ngs como pela morale commun (Cfistia Nunes, 2008, 8). 3 ‘Toma-se entio importante ajustar a Moral ea Etca a0 assédio sexual em contexto labora, visto 0 assédio ‘sexual, em contest laborl ser pr sis6 um comportamento st cee envied do bahay ce pt nS por aie esl iets cre on com Mes ua socedae ie, jt esl, seis a apmages assent em alice besadoy rigs psa umana € que ES Sociedade ne i mera renal os ses deve Mx pews fo sres mors, que vivem mum amine povado de valores 1s Que So da mig arena que iegam a sia personaidde © que ar wel ju, designadamente civil" (Magno co 2007, p53, tin Pedr Pais Vasconcelos, p59). ‘Ossi sexual em context labora respi peo reno s pesca de dts pessoas O ascliador € 0 ass. Gdn sendooasedador oquele que ofende a ntegrdade nesediado eimppe mcomporameto de caicter ex apeni € dsen. 1 so muias a empresas que esto a optar pelo inplae de Cdigos de Etca que 18m a finalidade de stale criteos de rientag30 aos Ses colaboradores, descoduts qu devem x perante determina itunes, 4s fora a gaantchomogeneidad e aumentar ou manter 2interoio ds seus coiboradores,proporionando assim tum eorambient de rabao, ue consequenemente se repre que na qualidade quer em quantdade, num sumeno de produto e dose renmento, melhorando sin, dst fora os negécos eo ueto que possuem. ‘satis do ambiente gerald organizagio provo- car sensbitdade ene a comuniade labora deforma a sant obe-starente todos os envolidoseestimular 0

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