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SARAU 2022

CUIDANDO
UNS
DOS
OUTROS
AGOSTO / 2022

Instituto Presbiteriano Gammon

1
Apresentação

Estrutura geral

Abertura
Dramatização
Resolução do drama
Finalização

Composição:

Poesias, músicas e teatralização

Tema: Cuidando uns dos outros

5 atos

ATO I: Tempo de refletir


ATO II: Tempo de rever
ATO III: Tempo de conscientizar
ATO IV: Tempo de cuidar
ATO FINAL: Tempo de conviver

2
Detalhes

⮚ Convite para grupos (casa do vovô / associação de deficientes / representantes de


cuidados coletivos).
⮚ Verificar Intérprete de Libras.

⮚ Instrumentos / Materiais

⮚ Painel / Telão para projeção de imagens e animações.


⮚ Plataforma elevatória para PCD ou Pessoas com dificuldades de locomoção.

3
Integrantes

Equipe de Organização:
Prof. Antônio Lima
Profa. Ana Castanheira
Profa. Haidêe A. Andrade
Prof. Alexandre Lopes
Profa. Patrícia Romeiro
Prof. Giovanni Silveira
Prof. Ernani Augusto
Prof. Bruno Veronezi

4
Equipe de Participantes

Música Teatro
Marcela Matzy
Alexandre (piano) Isadora
Ana Clara Ana Luísa da Silva
Isabela Giovana Teixeira **
Isabela Natividade Gabriel Moreira (Texto Monte Castelo)
Davi David Sofia Teixeira (Texto Carlota)
Matheus Reis Evandro Penido (Texto Samuel)
Giovana Capelli Maria Clara (Crônica Colasanti)
Eduarda Victória Godinho (Cerimonial)
Mariana Marta Pedro Figueiredo (Cerimonial)
Carlos André Luca (Poema Tempo de Travessia)
Matheus Lucca Celani (Texto introdução Raul Seixas)
Bruno Bernardo Martins (Esquete)
Thiago Kevin Borges (Cordel)
Júlia Lola Gabriela Castro (Crônica Otto)
Dudu Ana Zorkot (Poema: Se nos amássemos)
Evandro Maria Vitória (Poema: Drummond)
Maria Clara Caio Lucas (Ubuntu)
Arthur Crown (Ubuntu)
Nicole Corrêa (Crônica Otto)
Fabiana Santos (Encerramento)
Bruna Oliveira (Poema Villarta)
João Carlos (Poema Villarta)
Luiza Rezende

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Tempo estimado: 75 min.
Fio condutor - Tempo: antes e pós-pandemia

ATO I: Tempo de refletir


ATO II: Tempo de rever
ATO III: Tempo de conscientizar
ATO IV: Tempo de cuidar
ATO FINAL: Tempo de conviver

ATO I: Tempo de refletir (25 min)

0 - Flash mob “Fix You”, Coldplay


I - Abertura – Cerimonial - Cuidando uns dos outros
II – Mensagem inicial
III – Música: Raul Seixas
IV – Crônica: Ver não Vendo – Otto Lara Resende
V – Declamação: Se nos amássemos
VI – Música + Declamação: Monte Castelo / Pais e Filhos / Carta aos Coríntios

Texto conexão: Pequeno Príncipe (Rei e Homem Vaidoso)

ATO II: Tempo de rever (12:30 min)

VII – Poema: Tempo – Drummond


VIII - Dança Inclusiva: O tempo de incluir
IX - Poema: “Continente”, Marco Villarta
X – Música: “Together”, For King and Country

Texto conexão: Pequeno Príncipe (Homem de Negócios e Geógrafo)

ATO III: Tempo de conscientizar (10 min)

XI – Crônica: Marina Colasanti


XII – Música: “Cuida”, Paulo César Baruk
XIII - Poema: Tempo de travessia – Fernando Pessoa
XIV - Esquete: Carlota Kemper e Samuel Gammon

6
Texto conexão: Pequeno Príncipe (Bêbado e Acendedor de Lampião)

ATO IV: Tempo de cuidar (17:40 min)

XV – Música: “Cuidando uns dos outros”, Haidêe


XVI – Esquete: Parábola “Bom Samaritano”
XVII – Texto: Ubuntu

Texto conexão: Pequeno Príncipe (Raposa)

ATO FINAL: Tempo de conviver (5 - 10 min)

XVIII – Música: “Amor em qualquer língua”


XIX – Mensagem de Encerramento

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ESPECIFICAÇÃO
ATO I: Tempo de refletir (~25 minutos)

0 - Flashmob: “Fix you” (elenco do Sarau) - 5 min.

Início na plateia. Cortina abrindo aos poucos no meio da música conectando à apresentação no palco.

I - Abertura – Cerimonial – Texto: Cuidando uns dos outros (Pedro Figueiredo e


Victoria): (3:30 min)

Boa noite, senhoras e senhores, jovens e crianças aqui presentes.

Sejam todos bem-vindos a este evento de comemoração do aniversário de 153 anos do Instituto Presbiteriano
Gammon, cuja visão, centrada ao longo desse tempo no trabalho pela educação de qualidade e na busca pela excelência na
formação humana, continua sendo para a Glória de Deus.
Com o tema “Cuidando uns dos Outros”, neste ano, especialmente, essa nossa proposta tem por objetivos fomentar e
conscientizar o maior número de pessoas acerca da importância e da necessidade de cuidarmos, verdadeiramente, uns dos
outros, por meio da empatia, da solidariedade e da compaixão, na busca e tentativa de sentir no outro o que nele está.
Queremos crer que com essa pandemia que ainda se faz presente em todo o mundo, provocando dor e sofrimento a
tantas famílias, tenhamos aprendido não somente a nos cuidar e a cuidar de nossos familiares e amigos, adotando métodos
convencionais no combate ao coronavírus, mas sobretudo, a nos questionar e refletir, com base nessa perspectiva de
sobrevivência, sobre a nossa vulnerabilidade e os impactos decorrentes desse acontecimento daqui por diante.
Assim, e pautados nos valores desta Instituição, como: Fé reformada, Ética Cristã, Respeito, Sabedoria, Cooperação,
Responsabilidade Social, acreditamos que cuidar de nós mesmos e dos outros se faz hoje mais necessário e urgente. Um
desafio, acreditamos, que pode ser, para todos nós, a oportunidade de questionamento sobre o sentido da vida e o que realmente
nos importa. Sobre as escolhas que fazemos e o que de fato é valioso e merece a nossa atenção e cuidado.
Agora é, pois, tão somente, o chamado da nossa consciência, para a legalidade de nosso papel, como "cuidadores uns
dos outros", por meio de uma convivência mais efetiva, fraterna e harmônica. A começar pela nossa habilidade na arte de saber
ouvir. Escutar com atenção é sinal de respeito, de acolhida, de valorização do outro. Respeitar a diversidade, aceitar as
diferenças; ir além, com um olhar cada vez mais humano. Valorizar todo esforço, conquista, sorriso.
Cuidar uns dos outros é dar sentido à vida, é fazer valer a existência no ato de doar e de receber. É quando entre nós
nos unimos, com um amor sincero e generoso, sem nos deixar levar pelo egoísmo, mas por esse amor que faz novas todas as
coisas.
"Assim como Deus cuida de nós, devemos cuidar do outro”
“Desse modo, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.”
Agradecemos a atenção! Um ótimo espetáculo a todos

II – Mensagem inicial: Lucca: 1:00

Raul Seixas no passado


Foi incrível, quem diria
Falou do inacreditável
Através da melodia
Mas o que ninguém imaginou
É que o dia em que a Terra parou
A causa fosse pandemia

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III – Música: “O dia em que a Terra parou”, Raul Seixas: 4:00 (grupo + coral)
No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
Essa noite eu tive um sonho
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
de sonhador
No dia em que a Terra parou
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou
O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
Foi assim
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
No dia em que todas as pessoas
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
Do planeta inteiro
E o paciente não saiu pra se tratar
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Pois sabia que o doutor também não tava lá
Como que se fosse combinado em todo
E o doutor não saiu pra medicar
o planeta
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém ninguém

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)


O empregado não saiu pro seu trabalho
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
Pois sabia que o patrão também não tava lá
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
Dona de casa não saiu pra comprar pão
No dia em que a Terra parou
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
Maluco que sou, acordei
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar
No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)

IV – Crônica: Ver não Vendo – Otto Lara Resende: (4 min): a definir

Otto Lara Rezende


De tanto ver, a gente banaliza o olhar - vê... não vendo. Em 32 anos nunca conseguiu vê-lo.
Experimente ver, pela primeira vez, Para ser notado, o porteiro teve que morrer.
o que você vê todo dia, sem ver. Se um dia, em algum lugar estivesse uma girafa
Parece fácil, mas não é: cumprindo o rito, pode ser, também,
o que nos cerca, o que nos é familiar, que ninguém desse por sua ausência.
já não desperta curiosidade. O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.
O campo visual da nossa retina é como um vazio. Mas há sempre o que ver:
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. gente, coisas, bichos. E vemos?
Se alguém lhe perguntar o que você vê Não, não vemos.
no caminho, você não sabe. Uma criança vê que o adulto não vê.
De tanto ver, você banaliza o olhar. Tem olhos atentos e limpos
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio para o espetáculo do mundo.
pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. O poeta é capaz de ver pela primeira vez,
Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro. o que de tão visto, ninguém vê.
Dava-lhe bom-dia e, às vezes, Há pai que raramente vê o filho.
lhe passava um recado ou uma correspondência. Marido que nunca viu a própria mulher.
Um dia o porteiro faleceu. Como era ele? Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos...
Seu rosto? Sua voz? Como se vestia? é por aí que se instala no coração
Não fazia a mínima ideia. o monstro da indiferença.

2
V – Poema: Se nos amássemos (Ana Zorkot) (1:00)

Se nos amássemos um pouco mais...


Sentiríamos as dores uns dos outros,
Festejaríamos no muito e
Alegraríamos no pouco.

Os seus problemas poderiam ser meus,


E os meus também poderiam ser seus,
Pois quem cuida do próximo
Certamente se achega a Deus.

VI – Música + Declamação: “Monte Castelo/Pais e Filhos/1ª Carta aos Coríntios”


(Gabriel Guarino e Coral): 3:40 min

Coral: Ainda que eu falasse a língua do homens


E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria

Gabriel Guarino: Se eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um sino que ressoa ou
um címbalo que retine.
Se eu tivesse o dom de profecias, se entendesse todos os mistérios de Deus e tivesse todo o conhecimento, e se tivesse uma
fé que me permitisse mover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria.
Se desse tudo que tenho aos pobres e até entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, de nada me adiantaria.

Coral: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

Gabriel Guarino: O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso,
nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso.
Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade.
O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.

Coral: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

Gabriel Guarino: Tudo que sei agora é parcial e incompleto, mas conhecerei tudo plenamente, assim como Deus já me
conhece plenamente.
Três coisas, na verdade, permanecerão: a fé, a esperança e o amor, e a maior delas é o amor.

Coral: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

Texto conexão: Pequeno Príncipe: Rei e Homem Vaidoso (3:00)

ATO II: Tempo de rever (12:30 min)

VI – Poema: Tempo – Drummond (Maria Vitória) (1:00)

1
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

VII – Dança inclusiva: (Profa. Michelle e Lucca): 03:10

VIII - Poema: “Continente”, Marco Villarta (Bruna Laurente e João Carlos) (2:30)
Nenhum homem é uma ilha A água que separa seus cumes
Escreveu John Donne Lágrima
Para mim Suor
Talvez arquipélago Linfa
Porque desconhece Redoma
A vizinhança Que condensa
Do ser As tensas paixões
Ainda Pretensas razões
Confinado, sim De se desfazer
Isolado? Liquefazer
Ilhas são quase sempre Nos sonhos outros
Montanhas De ser ainda unidade
Que nascem juntas Na imensidão
No leito profundo De se refazer
Das águas. Não por si
Penso como cada um Mas por ter bem dentro
Não deixa de ser No agora e no aqui
O repositório de A ética memória
Todas as dores Do que, somente junto,
A história de todas as vidas Se fez.
A morte de todos os sonhos.

IX – Música: “Together” For King & Country (Coral): (3:52)

This is for the busted heart Together


This is for the question marks This is for the second chance
This is for the outcast soul This is for the new romance
Lost control, no one knows Sing it for the loved in vain
Sing it for the can't-go-back Overcame, it's not too late
Sing it for the broken past If you're lookin' for hope tonight, raise your hand
Sing it for the just found out If you feelin' alone and don't understand
Life is now upside down If you're fightin' in the fight of your life, then stand
If you're lookin' for hope tonight, raise your hand We're gonna make it through this hand-in-hand
If you feelin' alone and don't understand And if we fall, we will fall together
If you're fightin' in the fight of your life, then stand Together (together, together)
We're gonna make it through this hand-in-hand Oh, and when we rise, we will rise together
And if we fall, we will fall together Together, ooh

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We will rise together, ooh Together (together)
Listen I see you my sister
If you're lookin' for hope tonight (and you're all alone) And when we rise, we will rise together
If you're feelin' alone tonight (can you feel?) Together (oh)
If you're in the fight of your life (I can promise) If we fall (if we fall), we will fall together
We're gonna make it happen, yeah Take my hand (together)
I will be by your side (by your side) Come and stand
'Cause love is in the air tonight (can you feel it?) When we rise (when we rise)
All up and see the light (come on!) We will rise together (we will rise together)
Whenever, ever, ever Together (that's right!)
Just as long as we're together, say Together we are dangerous
If we fall (fall), we will fall together Together with our differences
Ha ha, I got you, my brother Together we are bolder, braver, stronger

Texto conexão: Homem de negócios e geógrafo (3:00)

ATO III: Tempo de conscientizar (10 min)

X – Crônica: Marina Colasanti (1:15) (Maria Clara)


A gente se acostuma
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A
ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do
trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um
sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para
esquivar-se da dor, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de
tanto acostumar, se perde de si mesma.

XI – Música: “Cuida”, Paulo César Baruk (3:10) (grupo)


Cai bem em dias de escuridão Cuide bem da vovó e do vovô
Ações de luz Seja compassivo
Pra o bem de todos e não só de uns Não ponha em perigo aquele a quem Deus ama
Faz bem em meio a tantos medos Você chama de meu amor
Ecoar a voz do amor Cuide bem do amigo
Nutrindo a esperança, aliviando a dor Cuide bem do enfermo e do doutor
A nossa empatia ameniza sofrimentos Seja compassivo
Trazendo em meio ao pranto Não ponha em perigo quem Deus ama
Um pouco de alegria Cuide bem, amigo
Assim ninguém precisa usar tantos argumentos Cuide bem da vovó e do vovô
Pra cuidar bem do outro a cada novo dia Seja compassivo
Com amor, oh, oh, oh, oh Não ponha em perigo aquele a quem Deus ama
Com amor, oh, oh, oh, oh E você chama de meu amor
Cuide bem do amigo Cuide bem, cuide bem
Cuide bem do enfermo e do doutor Cuide bem de quem você quer bem
Seja compassivo Cai bem em dias de escuridão
Não ponha em perigo quem Deus ama Ações de luz
Cuide bem, amigo Pra o bem de todos e não só de uns

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XII - Poema: Tempo de travessia – Fernando Pessoa (0:30) (André Luca)

Há um tempo em que é preciso


abandonar as roupas usadas
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que
nos levam sempre aos mesmos lugares
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos

XIII - Texto Carlota e Samuel (Sofia e Evandro) (2:00)

Carlota: Vês, Samuel, a grandeza de Deus está em todas as coisas. E, embora todo esse sofrimento, a tragédia que se abateu
sobre todos nós, rendemos graças ao Senhor!

Samuel: Pode ser mesmo que um dos maiores desafios do ser humano seja render ao Senhor ações de graças. Isso porque
agradecer a Deus por todas as coisas, sejam elas boas ou ruins, não é atitude dos fracos, mas daqueles que perseveram, que
amam, que reconhecem que Deus está no controle de suas vidas, aconteça o que acontecer.

Carlota: “Porque o Senhor é bom, sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, sua fidelidade”. É isso que
precisamos entender, hoje e sempre.

Samuel: Ah, quisera agora poder viajar no tempo, para daqui a cem, cento e cinquenta anos ou mais, e, a partir daqui, onde
tudo começou, para a glória de Deus, nos alegrarmos, ao nos deparar com tamanha evolução da humanidade e que
certamente há de acontecer.

Carlota: E o que o nosso maior legado continue a ser a formação do ser humano como um todo, em ações que demonstrem,
sobretudo, solidariedade, respeito, compaixão e amor ao próximo.

Samuel: Enfim, se o passado é história, o futuro é mistério, o hoje é uma dádiva. Por isso, se chama presente. E o que de
bom tiveres que fazer, que comeces agora.

Carlota: Exatamente! E seja de que tempo for, lembremo-nos de que é na partilha dos favorecidos que está o milagre do
pão. E é cuidando uns dos outros que o bem faz-se logo multiplicação.

Texto conexão: Bêbado e acendedor de lampião (3:00)

ATO IV: Tempo de cuidar (17:40 min)

XIV: Música: Haidêe: Cuidando uns dos outros (2:40)

Falta a Letra

3
XV: Esquete: Parábola: Bom Samaritano (Bernardo e Kevin) (5:00)

Texto-base: Em resposta, disse Jesus: "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes.
Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada
um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu,
passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve
piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio
animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele.
Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'. "Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu
nas mãos dos assaltantes?" "Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.
Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".

Lucas 10:30-37

XVI: Texto: Ubuntu (Arthur e Caio) (5:00)


Um antropólogo estava estudando os usos e costumes de uma tribo africana, quando ao final dos trabalhos, propôs
uma brincadeira às crianças da região. Colocou um cesto cheio de doces debaixo de uma árvore e propôs uma corrida e disse
“olha, quem chegar primeiro, leva o cesto”. As crianças se alinharam prontas para correr e, quando estavam prontas, ele disse
“JÁ”.
Todas deram as mãos e correram juntas até a árvore e pegaram o cesto juntas e comemoraram juntas. O antropólogo
olhou curioso para aquela situação e uma das crianças olhou de volta para ele e disse: “ubuntu, tio. Como um de nós poderia
ficar feliz se todas as outras iriam ficar tristes?”
Ubuntu é uma palavra que representa uma filosofia e uma ética antiga africana, que significa “sou quem sou, porque
somos todos NÓS”. Uma pessoa com ubuntu tem a consciência de que ela é afetada quando um semelhante seu é afetado. Ela
sabe que o mundo não é uma ilha, que ela precisa dos outros para ser ela mesma.
Ubuntu fala de respeito básico pelos outros. Ubuntu é compaixão, partilha, empatia. Ubuntu diz que ser humano é ser
com os outros. Que ser com os outros deve ser tudo.Deus é três. Mesmo sendo um só Deus, consegue ter comunhão plena,
como diz Ricardo Barbosa que Deus é uma eterna comunhão de três pessoas divinas. Jesus orou um dia dizendo: “Pai eu oro
para que eles sejam um, assim como eu e tu somos um”.
Esse conceito de unidade, de pluralidade única e de sermos indivíduos unitários, mas plurais ao mesmo tempo, é algo
que me chama muito a atenção em Jesus. As pessoas olham muito para o fato de Jesus andar sobre as águas, multiplicar pães
e peixes, assim como ele também demonstrava poder e autoridade nesses atos, chama mais a atenção a compaixão; o fato de
Jesus chorar a morte de um amigo como Lázaro, o fato de Jesus certamente lacrimejar ao ver mulheres sendo arrastadas pelas
calçadas para serem apedrejadas, isso, sim, mostra compaixão, mostra esse espírito Ubuntu, esse espírito caridoso,
misericordioso da parte de Jesus para com as pessoas.
Jesus se importa com as pessoas. Deus se importa justamente por um motivo: para ensinar que nós, seres humanos,
devemos nos importar uns com os outros. Segundo os hebreus, fomos feitos um do outro. Foi do lado de Adão que Deus tirou
a porção necessária para a construção do novo humano, Eva, e não de uma nova porção de terra. Deve vir de lá do Éden, ou
de algum outro lugar muito antigo, essa vontade necessária, nossa, de ser sempre nós, de ser sempre junto, de ser sempre pares.
Ninguém é feliz sozinho, ninguém brinca sozinho, ninguém joga bola sozinho, ninguém nasce sozinho, ninguém é
igreja sozinho. Ninguém vai para o céu sozinho. A plena e mais completa realização humana reside, inclusive, em um triângulo:
Deus, eu e o outro. Assim como Deus é unidade plural, nós seremos mais humanos se formos um com nossos semelhantes.
Em outras palavras, gente precisa de gente para ser gente. Na verdade, quanto mais dedicado a outras gentes, mais
gente você se tornará. Minha oração é que você faça a partir de hoje mais ou alguma coisa por alguém. Hoje, amanhã e sempre.
Enxergue o outro. Conecte-se com gente. Faça alguma coisa por alguém, até porque ninguém é alguém sem um outro alguém.
Somos seres únicos, mas fomos feitos para viver coletivamente. Deve ser por isso que na oração que Jesus nos ensina,
ele diz que o Pai é nosso. Ele diz que o pão é nosso. Quando pede livramento, ele diz: Livra-nos do mal. E diz que venha Teu
reino a nós. “Nós” é realmente uma mensagem que precisa não só estar na nossa boca, mas precisa estar dentro do nosso
coração. Você precisa, para ser gente, estar diretamente ligado com vínculos de amor, de amizade e de afeto com outra gente.
Vire-se para o ser humano e pratique sua fé nele. Ubuntu para você.

4
Thiago Rodrigo
Texto de conexão: Raposa (5:00)

ATO FINAL: Tempo de conviver (5 - 10 min)

XXIII – Música: Amor em qualquer Língua

(Ainda não recebi o texto digitado. Apenas a canção no ritmo, orquestrado pelo prof. Alexandre)

XXIV – Mensagem de Encerramento (1:15) – (Fabiana)

Em razão de tudo isso, e sabendo que, enquanto alguns especialistas especulam sobre o que a humanidade aprendeu
com essa crise sem precedentes, e se haverá legado positivo desse acontecimento, há relatos e evidências de que essa pandemia
tem sim nos ensinado uma valiosa lição sobre "empatia", pois agora temos a oportunidade de expandir as nossas fronteiras de
cuidado, para além de familiares e amigos, e ajudar até mesmo quem a gente não conhece.
E foi assim que, no Brasil e no mundo, a solidariedade" se tornou uma das principais armas no combate à pandemia.
Aprendemos com isso que isolados nenhum desafio será vencido por nós.
Sejamos, portanto, a partir de agora, mais solidários e mais sensíveis ao cuidado com o outro, colocando em prática
a nossa natureza instintiva de ajudar o próximo para transformar a vida daqueles que Deus coloca em nosso caminho.

Que assim seja!

Obrigado (a) pela presença! Tenham todos uma excelente noite e até a próxima oportunidade.

FIM

5
TEXTOS PENDENTES DE AVALIAÇÃO

V – Poesia ex-aluno - Juliano Expedito de Andrade Godinho

Cidade das lágrimas

Nestas ruas desertas


Onde a solidão caminha
Permeiam as almas aflitas
Cobertas de medo pelo que se avizinha

Os homens aterrorizados
Se refugiam em teus pobres lares
Com teus corações inundados
Por uma profunda tristeza amarga

As memórias que outrora povoavam


Teus pensamentos com orgulho e alegria
Se esvaem, partindo
Para insondáveis profundezas do esquecimento

Uma garota pálida e


Com os olhos brancos como mármore
Aventurava-se pelas avenidas mortas
Agora tomadas pela solitude

Teu semblante, calmo e doce


Se aproximava, com modéstia
Dos pobres moribundos
Abandonados ao relento

Atraía olhares das janelas


Olhares agudos recheados de curiosidade
Que te impressionavam com a andarilha alva
Que se aventurava por esta selva fúgida

Em meio aos ventos cortantes


Moldava-se ao lado de cada um
Dos que foram ajudados
Um fulgor tão luminoso quanto a aurora

Este brilho tremeluzente


Iluminava os olhos daqueles
Que se afugentavam na escuridão de tuas entranhas
Revelando-os a chama mais bela
Mais abrasadora, livrando-os
Deste amargo sofrimento sem fim.

XV – Texto globalização/ gamificação: cerimonialista

6
Em produção

XVIII - “Ráris”, Marco Villarta (Texto conexão)


Sinto que a vida é de profundezas
Algumas, de reverso, nos elevam
Outras, nos desafiam nos mergulhos
Todas nos espelham, no final:
A face que vemos é mais que a soma dos mistérios
São as pegadas que pisamos juntos
Nesse terreno do fascínio, que é o (con)viver.

XX – Música: Travessia: Milton Nascimento

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver


Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

XXI – Poema: Se – Rudyard Kipling (Nicole e X)

Se

Se és capaz de manter tua calma, quando,


todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,


ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

7
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,


em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,


tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,


a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,


e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,


ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

8
SUGESTÕES DE TEXTOS:
Celebrate this heartbeat
Randy Stonehill

Celebrarei este coração pulsante;


Bem pode este o último batimento ser.
Cada dia é um presente vindo do Senhor dos céus,
Dias que passam tão rapidamente a correr.

Quantos pelo sonho se deixam levar?


Só quero o real experimentar.
Celebrarei este coração pulsante, e vou em frente,
Pois o passado já se foi; olho o que vem adiante.

Não é crime se dou risada –


minha mente de grandes novidades está tomada.
É uma esperança que nunca se desfaz.
Agora não consigo seu plano ver
Nem todos os mistérios compreender,
Mas estou certo de que meu Mestre o entende.
Então, tudo está sob controle.
########

You Gotta keep dancin’


Tim Hansel

Não há muito que eu possa fazer,


Mas um pedaço do meu pão você pode comer,
E, às vezes, dizer-me o que dói pra valer,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


Mas uma hora do meu tempo eu posso ceder
Com uma piada posso entreter,
E, às vezes, de uns reveses eu posso saber,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


Mas minhas flores eu posso dividir com você,
Posso emprestar meus livros pra que você possa ler,

9
e, às vezes as dificuldades ajuda-lo a vencer,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


das posso cantar canções que lhe tragam prazer,
da minha energia você pode beber,
e, às vezes, proximidade e diversão acrescer,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


mas minhas esperanças você pode absorver,
contar-me o que tem a temer,
e, às vezes, algumas lágrimas a seu lado verter,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


mas meus amigos você pode conhecer,
com você um pedaço da vida viver,
e incluí-lo nas orações que venha a fazer
enquanto vamos pelo caminho.
####

Salmo 118.24
Filipenses 4.4
João 15.11
1 Coríntios 13

10
SARAU 2022

CUIDANDO
UNS
DOS
OUTROS
AGOSTO / 2022

Instituto Presbiteriano Gammon

1
Apresentação

Estrutura geral

Abertura
Dramatização
Resolução do drama
Finalização

Composição:

Poesias, músicas e teatralização

Tema: Cuidando uns dos outros

5 atos

ATO I: Tempo de refletir


ATO II: Tempo de rever
ATO III: Tempo de conscientizar
ATO IV: Tempo de cuidar
ATO FINAL: Tempo de conviver

2
Detalhes

⮚ Convite para grupos (casa do vovô / associação de deficientes / representantes de


cuidados coletivos).
⮚ Verificar Intérprete de Libras.

⮚ Instrumentos / Materiais

⮚ Painel / Telão para projeção de imagens e animações.


⮚ Plataforma elevatória para PCD ou Pessoas com dificuldades de locomoção.

3
Integrantes

Equipe de Organização:
Prof. Antônio Lima
Profa. Ana Castanheira
Profa. Haidêe A. Andrade
Prof. Alexandre Lopes
Profa. Patrícia Romeiro
Prof. Giovanni Silveira
Prof. Ernani Augusto
Prof. Bruno Veronezi

4
Equipe de Participantes

Música Teatro
Marcela Matzy
Alexandre (piano) Isadora
Ana Clara Ana Luísa da Silva
Isabela Giovana Teixeira **
Isabela Natividade Gabriel Moreira (Texto Monte Castelo)
Davi David Sofia Teixeira (Texto Carlota)
Matheus Reis Evandro Penido (Texto Samuel)
Giovana Capelli Maria Clara (Crônica Colasanti)
Eduarda Victória Godinho (Cerimonial)
Mariana Marta Pedro Figueiredo (Cerimonial)
Carlos André Luca (Poema Tempo de Travessia)
Matheus Lucca Celani (Texto introdução Raul Seixas)
Bruno Bernardo Martins (Esquete)
Thiago Kevin Borges (Cordel)
Júlia Lola Gabriela Castro (Crônica Otto)
Dudu Ana Zorkot (Poema: Se nos amássemos)
Evandro Maria Vitória (Poema: Drummond)
Maria Clara Caio Lucas (Ubuntu)
Arthur Crown (Ubuntu)
Nicole Corrêa (Crônica Otto)
Fabiana Santos (Encerramento)
Bruna Oliveira (Poema Villarta)
João Carlos (Poema Villarta)
Luiza Rezende

5
Tempo estimado: 75 min.
Fio condutor - Tempo: antes e pós-pandemia

ATO I: Tempo de refletir


ATO II: Tempo de rever
ATO III: Tempo de conscientizar
ATO IV: Tempo de cuidar
ATO FINAL: Tempo de conviver

ATO I: Tempo de refletir (25 min)

0 - Flash mob “Fix You”, Coldplay


I - Abertura – Cerimonial - Cuidando uns dos outros
II – Mensagem inicial
III – Música: Raul Seixas
IV – Crônica: Ver não Vendo – Otto Lara Resende
V – Declamação: Se nos amássemos
VI – Música + Declamação: Monte Castelo / Pais e Filhos / Carta aos Coríntios

Texto conexão: Pequeno Príncipe (Rei e Homem Vaidoso)

ATO II: Tempo de rever (12:30 min)

VII – Poema: Tempo – Drummond


VIII - Dança Inclusiva: O tempo de incluir
IX - Poema: “Continente”, Marco Villarta
X – Música: “Together”, For King and Country

Texto conexão: Pequeno Príncipe (Homem de Negócios e Geógrafo)

ATO III: Tempo de conscientizar (10 min)

XI – Crônica: Marina Colasanti


XII – Música: “Cuida”, Paulo César Baruk
XIII - Poema: Tempo de travessia – Fernando Pessoa
XIV - Esquete: Carlota Kemper e Samuel Gammon

6
Texto conexão: Pequeno Príncipe (Bêbado e Acendedor de Lampião)

ATO IV: Tempo de cuidar (17:40 min)

XV – Música: “Cuidando uns dos outros”, Haidêe


XVI – Esquete: Parábola “Bom Samaritano”
XVII – Texto: Ubuntu

Texto conexão: Pequeno Príncipe (Raposa)

ATO FINAL: Tempo de conviver (5 - 10 min)

XVIII – Música: “Amor em qualquer língua”


XIX – Mensagem de Encerramento

7
ESPECIFICAÇÃO
ATO I: Tempo de refletir (~25 minutos)

0 - Flashmob: “Fix you” (elenco do Sarau) - 5 min.

Início na plateia. Cortina abrindo aos poucos no meio da música conectando à apresentação no palco.

I - Abertura – Cerimonial – Texto: Cuidando uns dos outros (Pedro Figueiredo e


Victoria): (3:30 min)

Boa noite, senhoras e senhores, jovens e crianças aqui presentes.

Sejam todos bem-vindos a este evento de comemoração do aniversário de 153 anos do Instituto Presbiteriano
Gammon, cuja visão, centrada ao longo desse tempo no trabalho pela educação de qualidade e na busca pela excelência na
formação humana, continua sendo para a Glória de Deus.
Com o tema “Cuidando uns dos Outros”, neste ano, especialmente, essa nossa proposta tem por objetivos fomentar e
conscientizar o maior número de pessoas acerca da importância e da necessidade de cuidarmos, verdadeiramente, uns dos
outros, por meio da empatia, da solidariedade e da compaixão, na busca e tentativa de sentir no outro o que nele está.
Queremos crer que com essa pandemia que ainda se faz presente em todo o mundo, provocando dor e sofrimento a
tantas famílias, tenhamos aprendido não somente a nos cuidar e a cuidar de nossos familiares e amigos, adotando métodos
convencionais no combate ao coronavírus, mas sobretudo, a nos questionar e refletir, com base nessa perspectiva de
sobrevivência, sobre a nossa vulnerabilidade e os impactos decorrentes desse acontecimento daqui por diante.
Assim, e pautados nos valores desta Instituição, como: Fé reformada, Ética Cristã, Respeito, Sabedoria, Cooperação,
Responsabilidade Social, acreditamos que cuidar de nós mesmos e dos outros se faz hoje mais necessário e urgente. Um
desafio, acreditamos, que pode ser, para todos nós, a oportunidade de questionamento sobre o sentido da vida e o que realmente
nos importa. Sobre as escolhas que fazemos e o que de fato é valioso e merece a nossa atenção e cuidado.
Agora é, pois, tão somente, o chamado da nossa consciência, para a legalidade de nosso papel, como "cuidadores uns
dos outros", por meio de uma convivência mais efetiva, fraterna e harmônica. A começar pela nossa habilidade na arte de saber
ouvir. Escutar com atenção é sinal de respeito, de acolhida, de valorização do outro. Respeitar a diversidade, aceitar as
diferenças; ir além, com um olhar cada vez mais humano. Valorizar todo esforço, conquista, sorriso.
Cuidar uns dos outros é dar sentido à vida, é fazer valer a existência no ato de doar e de receber. É quando entre nós
nos unimos, com um amor sincero e generoso, sem nos deixar levar pelo egoísmo, mas por esse amor que faz novas todas as
coisas.
"Assim como Deus cuida de nós, devemos cuidar do outro”
“Desse modo, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.”
Agradecemos a atenção! Um ótimo espetáculo a todos

II – Mensagem inicial: Lucca: 1:00

Raul Seixas no passado


Foi incrível, quem diria
Falou do inacreditável
Através da melodia
Mas o que ninguém imaginou
É que o dia em que a Terra parou
A causa fosse pandemia

8
III – Música: “O dia em que a Terra parou”, Raul Seixas: 4:00 (grupo + coral)
No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
Essa noite eu tive um sonho
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
de sonhador
No dia em que a Terra parou
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou
O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
Foi assim
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
No dia em que todas as pessoas
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
Do planeta inteiro
E o paciente não saiu pra se tratar
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Pois sabia que o doutor também não tava lá
Como que se fosse combinado em todo
E o doutor não saiu pra medicar
o planeta
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém ninguém

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)


O empregado não saiu pro seu trabalho
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
Pois sabia que o patrão também não tava lá
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
Dona de casa não saiu pra comprar pão
No dia em que a Terra parou
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
Maluco que sou, acordei
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar
No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)

IV – Crônica: Ver não Vendo – Otto Lara Resende: (4 min): a definir

Otto Lara Rezende


De tanto ver, a gente banaliza o olhar - vê... não vendo. Em 32 anos nunca conseguiu vê-lo.
Experimente ver, pela primeira vez, Para ser notado, o porteiro teve que morrer.
o que você vê todo dia, sem ver. Se um dia, em algum lugar estivesse uma girafa
Parece fácil, mas não é: cumprindo o rito, pode ser, também,
o que nos cerca, o que nos é familiar, que ninguém desse por sua ausência.
já não desperta curiosidade. O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.
O campo visual da nossa retina é como um vazio. Mas há sempre o que ver:
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. gente, coisas, bichos. E vemos?
Se alguém lhe perguntar o que você vê Não, não vemos.
no caminho, você não sabe. Uma criança vê que o adulto não vê.
De tanto ver, você banaliza o olhar. Tem olhos atentos e limpos
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio para o espetáculo do mundo.
pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. O poeta é capaz de ver pela primeira vez,
Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro. o que de tão visto, ninguém vê.
Dava-lhe bom-dia e, às vezes, Há pai que raramente vê o filho.
lhe passava um recado ou uma correspondência. Marido que nunca viu a própria mulher.
Um dia o porteiro faleceu. Como era ele? Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos...
Seu rosto? Sua voz? Como se vestia? é por aí que se instala no coração
Não fazia a mínima ideia. o monstro da indiferença.

2
V – Poema: Se nos amássemos (Ana Zorkot) (1:00)

Se nos amássemos um pouco mais...


Sentiríamos as dores uns dos outros,
Festejaríamos no muito e
Alegraríamos no pouco.

Os seus problemas poderiam ser meus,


E os meus também poderiam ser seus,
Pois quem cuida do próximo
Certamente se achega a Deus.

VI – Música + Declamação: “Monte Castelo/Pais e Filhos/1ª Carta aos Coríntios”


(Gabriel Guarino e Coral): 3:40 min

Coral: Ainda que eu falasse a língua do homens


E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria

Gabriel Guarino: Se eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um sino que ressoa ou
um címbalo que retine.
Se eu tivesse o dom de profecias, se entendesse todos os mistérios de Deus e tivesse todo o conhecimento, e se tivesse uma
fé que me permitisse mover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria.
Se desse tudo que tenho aos pobres e até entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, de nada me adiantaria.

Coral: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

Gabriel Guarino: O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso,
nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso.
Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade.
O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.

Coral: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

Gabriel Guarino: Tudo que sei agora é parcial e incompleto, mas conhecerei tudo plenamente, assim como Deus já me
conhece plenamente.
Três coisas, na verdade, permanecerão: a fé, a esperança e o amor, e a maior delas é o amor.

Coral: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

Texto conexão: Pequeno Príncipe: Rei e Homem Vaidoso (3:00)

ATO II: Tempo de rever (12:30 min)

VI – Poema: Tempo – Drummond (Maria Vitória) (1:00)

1
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

VII – Dança inclusiva: (Profa. Michelle e Lucca): 03:10

VIII - Poema: “Continente”, Marco Villarta (Bruna Laurente e João Carlos) (2:30)
Nenhum homem é uma ilha A água que separa seus cumes
Escreveu John Donne Lágrima
Para mim Suor
Talvez arquipélago Linfa
Porque desconhece Redoma
A vizinhança Que condensa
Do ser As tensas paixões
Ainda Pretensas razões
Confinado, sim De se desfazer
Isolado? Liquefazer
Ilhas são quase sempre Nos sonhos outros
Montanhas De ser ainda unidade
Que nascem juntas Na imensidão
No leito profundo De se refazer
Das águas. Não por si
Penso como cada um Mas por ter bem dentro
Não deixa de ser No agora e no aqui
O repositório de A ética memória
Todas as dores Do que, somente junto,
A história de todas as vidas Se fez.
A morte de todos os sonhos.

IX – Música: “Together” For King & Country (Coral): (3:52)

This is for the busted heart Together


This is for the question marks This is for the second chance
This is for the outcast soul This is for the new romance
Lost control, no one knows Sing it for the loved in vain
Sing it for the can't-go-back Overcame, it's not too late
Sing it for the broken past If you're lookin' for hope tonight, raise your hand
Sing it for the just found out If you feelin' alone and don't understand
Life is now upside down If you're fightin' in the fight of your life, then stand
If you're lookin' for hope tonight, raise your hand We're gonna make it through this hand-in-hand
If you feelin' alone and don't understand And if we fall, we will fall together
If you're fightin' in the fight of your life, then stand Together (together, together)
We're gonna make it through this hand-in-hand Oh, and when we rise, we will rise together
And if we fall, we will fall together Together, ooh

2
We will rise together, ooh Together (together)
Listen I see you my sister
If you're lookin' for hope tonight (and you're all alone) And when we rise, we will rise together
If you're feelin' alone tonight (can you feel?) Together (oh)
If you're in the fight of your life (I can promise) If we fall (if we fall), we will fall together
We're gonna make it happen, yeah Take my hand (together)
I will be by your side (by your side) Come and stand
'Cause love is in the air tonight (can you feel it?) When we rise (when we rise)
All up and see the light (come on!) We will rise together (we will rise together)
Whenever, ever, ever Together (that's right!)
Just as long as we're together, say Together we are dangerous
If we fall (fall), we will fall together Together with our differences
Ha ha, I got you, my brother Together we are bolder, braver, stronger

Texto conexão: Homem de negócios e geógrafo (3:00)

ATO III: Tempo de conscientizar (10 min)

X – Crônica: Marina Colasanti (1:15) (Maria Clara)


A gente se acostuma
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A
ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do
trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um
sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para
esquivar-se da dor, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de
tanto acostumar, se perde de si mesma.

XI – Música: “Cuida”, Paulo César Baruk (3:10) (grupo)


Cai bem em dias de escuridão Cuide bem da vovó e do vovô
Ações de luz Seja compassivo
Pra o bem de todos e não só de uns Não ponha em perigo aquele a quem Deus ama
Faz bem em meio a tantos medos Você chama de meu amor
Ecoar a voz do amor Cuide bem do amigo
Nutrindo a esperança, aliviando a dor Cuide bem do enfermo e do doutor
A nossa empatia ameniza sofrimentos Seja compassivo
Trazendo em meio ao pranto Não ponha em perigo quem Deus ama
Um pouco de alegria Cuide bem, amigo
Assim ninguém precisa usar tantos argumentos Cuide bem da vovó e do vovô
Pra cuidar bem do outro a cada novo dia Seja compassivo
Com amor, oh, oh, oh, oh Não ponha em perigo aquele a quem Deus ama
Com amor, oh, oh, oh, oh E você chama de meu amor
Cuide bem do amigo Cuide bem, cuide bem
Cuide bem do enfermo e do doutor Cuide bem de quem você quer bem
Seja compassivo Cai bem em dias de escuridão
Não ponha em perigo quem Deus ama Ações de luz
Cuide bem, amigo Pra o bem de todos e não só de uns

2
XII - Poema: Tempo de travessia – Fernando Pessoa (0:30) (André Luca)

Há um tempo em que é preciso


abandonar as roupas usadas
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que
nos levam sempre aos mesmos lugares
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos

XIII - Texto Carlota e Samuel (Sofia e Evandro) (2:00)

Carlota: Vês, Samuel, a grandeza de Deus está em todas as coisas. E, embora todo esse sofrimento, a tragédia que se abateu
sobre todos nós, rendemos graças ao Senhor!

Samuel: Pode ser mesmo que um dos maiores desafios do ser humano seja render ao Senhor ações de graças. Isso porque
agradecer a Deus por todas as coisas, sejam elas boas ou ruins, não é atitude dos fracos, mas daqueles que perseveram, que
amam, que reconhecem que Deus está no controle de suas vidas, aconteça o que acontecer.

Carlota: “Porque o Senhor é bom, sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, sua fidelidade”. É isso que
precisamos entender, hoje e sempre.

Samuel: Ah, quisera agora poder viajar no tempo, para daqui a cem, cento e cinquenta anos ou mais, e, a partir daqui, onde
tudo começou, para a glória de Deus, nos alegrarmos, ao nos deparar com tamanha evolução da humanidade e que
certamente há de acontecer.

Carlota: E o que o nosso maior legado continue a ser a formação do ser humano como um todo, em ações que demonstrem,
sobretudo, solidariedade, respeito, compaixão e amor ao próximo.

Samuel: Enfim, se o passado é história, o futuro é mistério, o hoje é uma dádiva. Por isso, se chama presente. E o que de
bom tiveres que fazer, que comeces agora.

Carlota: Exatamente! E seja de que tempo for, lembremo-nos de que é na partilha dos favorecidos que está o milagre do
pão. E é cuidando uns dos outros que o bem faz-se logo multiplicação.

Texto conexão: Bêbado e acendedor de lampião (3:00)

ATO IV: Tempo de cuidar (17:40 min)

XIV: Música: Haidêe: Cuidando uns dos outros (2:40)

Falta a Letra

3
XV: Esquete: Parábola: Bom Samaritano (Bernardo e Kevin) (5:00)

Texto-base: Em resposta, disse Jesus: "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes.
Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada
um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu,
passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve
piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio
animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele.
Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'. "Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu
nas mãos dos assaltantes?" "Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.
Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".

Lucas 10:30-37

XVI: Texto: Ubuntu (Arthur e Caio) (5:00)


Um antropólogo estava estudando os usos e costumes de uma tribo africana, quando ao final dos trabalhos, propôs
uma brincadeira às crianças da região. Colocou um cesto cheio de doces debaixo de uma árvore e propôs uma corrida e disse
“olha, quem chegar primeiro, leva o cesto”. As crianças se alinharam prontas para correr e, quando estavam prontas, ele disse
“JÁ”.
Todas deram as mãos e correram juntas até a árvore e pegaram o cesto juntas e comemoraram juntas. O antropólogo
olhou curioso para aquela situação e uma das crianças olhou de volta para ele e disse: “ubuntu, tio. Como um de nós poderia
ficar feliz se todas as outras iriam ficar tristes?”
Ubuntu é uma palavra que representa uma filosofia e uma ética antiga africana, que significa “sou quem sou, porque
somos todos NÓS”. Uma pessoa com ubuntu tem a consciência de que ela é afetada quando um semelhante seu é afetado. Ela
sabe que o mundo não é uma ilha, que ela precisa dos outros para ser ela mesma.
Ubuntu fala de respeito básico pelos outros. Ubuntu é compaixão, partilha, empatia. Ubuntu diz que ser humano é ser
com os outros. Que ser com os outros deve ser tudo.Deus é três. Mesmo sendo um só Deus, consegue ter comunhão plena,
como diz Ricardo Barbosa que Deus é uma eterna comunhão de três pessoas divinas. Jesus orou um dia dizendo: “Pai eu oro
para que eles sejam um, assim como eu e tu somos um”.
Esse conceito de unidade, de pluralidade única e de sermos indivíduos unitários, mas plurais ao mesmo tempo, é algo
que me chama muito a atenção em Jesus. As pessoas olham muito para o fato de Jesus andar sobre as águas, multiplicar pães
e peixes, assim como ele também demonstrava poder e autoridade nesses atos, chama mais a atenção a compaixão; o fato de
Jesus chorar a morte de um amigo como Lázaro, o fato de Jesus certamente lacrimejar ao ver mulheres sendo arrastadas pelas
calçadas para serem apedrejadas, isso, sim, mostra compaixão, mostra esse espírito Ubuntu, esse espírito caridoso,
misericordioso da parte de Jesus para com as pessoas.
Jesus se importa com as pessoas. Deus se importa justamente por um motivo: para ensinar que nós, seres humanos,
devemos nos importar uns com os outros. Segundo os hebreus, fomos feitos um do outro. Foi do lado de Adão que Deus tirou
a porção necessária para a construção do novo humano, Eva, e não de uma nova porção de terra. Deve vir de lá do Éden, ou
de algum outro lugar muito antigo, essa vontade necessária, nossa, de ser sempre nós, de ser sempre junto, de ser sempre pares.
Ninguém é feliz sozinho, ninguém brinca sozinho, ninguém joga bola sozinho, ninguém nasce sozinho, ninguém é
igreja sozinho. Ninguém vai para o céu sozinho. A plena e mais completa realização humana reside, inclusive, em um triângulo:
Deus, eu e o outro. Assim como Deus é unidade plural, nós seremos mais humanos se formos um com nossos semelhantes.
Em outras palavras, gente precisa de gente para ser gente. Na verdade, quanto mais dedicado a outras gentes, mais
gente você se tornará. Minha oração é que você faça a partir de hoje mais ou alguma coisa por alguém. Hoje, amanhã e sempre.
Enxergue o outro. Conecte-se com gente. Faça alguma coisa por alguém, até porque ninguém é alguém sem um outro alguém.
Somos seres únicos, mas fomos feitos para viver coletivamente. Deve ser por isso que na oração que Jesus nos ensina,
ele diz que o Pai é nosso. Ele diz que o pão é nosso. Quando pede livramento, ele diz: Livra-nos do mal. E diz que venha Teu
reino a nós. “Nós” é realmente uma mensagem que precisa não só estar na nossa boca, mas precisa estar dentro do nosso
coração. Você precisa, para ser gente, estar diretamente ligado com vínculos de amor, de amizade e de afeto com outra gente.
Vire-se para o ser humano e pratique sua fé nele. Ubuntu para você.

4
Thiago Rodrigo
Texto de conexão: Raposa (5:00)

ATO FINAL: Tempo de conviver (5 - 10 min)

XXIII – Música: Amor em qualquer Língua

(Ainda não recebi o texto digitado. Apenas a canção no ritmo, orquestrado pelo prof. Alexandre)

XXIV – Mensagem de Encerramento (1:15) – (Fabiana)

Em razão de tudo isso, e sabendo que, enquanto alguns especialistas especulam sobre o que a humanidade aprendeu
com essa crise sem precedentes, e se haverá legado positivo desse acontecimento, há relatos e evidências de que essa pandemia
tem sim nos ensinado uma valiosa lição sobre "empatia", pois agora temos a oportunidade de expandir as nossas fronteiras de
cuidado, para além de familiares e amigos, e ajudar até mesmo quem a gente não conhece.
E foi assim que, no Brasil e no mundo, a solidariedade" se tornou uma das principais armas no combate à pandemia.
Aprendemos com isso que isolados nenhum desafio será vencido por nós.
Sejamos, portanto, a partir de agora, mais solidários e mais sensíveis ao cuidado com o outro, colocando em prática
a nossa natureza instintiva de ajudar o próximo para transformar a vida daqueles que Deus coloca em nosso caminho.

Que assim seja!

Obrigado (a) pela presença! Tenham todos uma excelente noite e até a próxima oportunidade.

FIM

5
TEXTOS PENDENTES DE AVALIAÇÃO

V – Poesia ex-aluno - Juliano Expedito de Andrade Godinho

Cidade das lágrimas

Nestas ruas desertas


Onde a solidão caminha
Permeiam as almas aflitas
Cobertas de medo pelo que se avizinha

Os homens aterrorizados
Se refugiam em teus pobres lares
Com teus corações inundados
Por uma profunda tristeza amarga

As memórias que outrora povoavam


Teus pensamentos com orgulho e alegria
Se esvaem, partindo
Para insondáveis profundezas do esquecimento

Uma garota pálida e


Com os olhos brancos como mármore
Aventurava-se pelas avenidas mortas
Agora tomadas pela solitude

Teu semblante, calmo e doce


Se aproximava, com modéstia
Dos pobres moribundos
Abandonados ao relento

Atraía olhares das janelas


Olhares agudos recheados de curiosidade
Que te impressionavam com a andarilha alva
Que se aventurava por esta selva fúgida

Em meio aos ventos cortantes


Moldava-se ao lado de cada um
Dos que foram ajudados
Um fulgor tão luminoso quanto a aurora

Este brilho tremeluzente


Iluminava os olhos daqueles
Que se afugentavam na escuridão de tuas entranhas
Revelando-os a chama mais bela
Mais abrasadora, livrando-os
Deste amargo sofrimento sem fim.

XV – Texto globalização/ gamificação: cerimonialista

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Em produção

XVIII - “Ráris”, Marco Villarta (Texto conexão)


Sinto que a vida é de profundezas
Algumas, de reverso, nos elevam
Outras, nos desafiam nos mergulhos
Todas nos espelham, no final:
A face que vemos é mais que a soma dos mistérios
São as pegadas que pisamos juntos
Nesse terreno do fascínio, que é o (con)viver.

XX – Música: Travessia: Milton Nascimento

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver


Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

XXI – Poema: Se – Rudyard Kipling (Nicole e X)

Se

Se és capaz de manter tua calma, quando,


todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,


ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

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Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,


em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,


tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,


a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,


e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,


ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

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SUGESTÕES DE TEXTOS:
Celebrate this heartbeat
Randy Stonehill

Celebrarei este coração pulsante;


Bem pode este o último batimento ser.
Cada dia é um presente vindo do Senhor dos céus,
Dias que passam tão rapidamente a correr.

Quantos pelo sonho se deixam levar?


Só quero o real experimentar.
Celebrarei este coração pulsante, e vou em frente,
Pois o passado já se foi; olho o que vem adiante.

Não é crime se dou risada –


minha mente de grandes novidades está tomada.
É uma esperança que nunca se desfaz.
Agora não consigo seu plano ver
Nem todos os mistérios compreender,
Mas estou certo de que meu Mestre o entende.
Então, tudo está sob controle.
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You Gotta keep dancin’


Tim Hansel

Não há muito que eu possa fazer,


Mas um pedaço do meu pão você pode comer,
E, às vezes, dizer-me o que dói pra valer,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


Mas uma hora do meu tempo eu posso ceder
Com uma piada posso entreter,
E, às vezes, de uns reveses eu posso saber,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


Mas minhas flores eu posso dividir com você,
Posso emprestar meus livros pra que você possa ler,

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e, às vezes as dificuldades ajuda-lo a vencer,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


das posso cantar canções que lhe tragam prazer,
da minha energia você pode beber,
e, às vezes, proximidade e diversão acrescer,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


mas minhas esperanças você pode absorver,
contar-me o que tem a temer,
e, às vezes, algumas lágrimas a seu lado verter,
enquanto vamos pelo caminho.

Não há muito que eu possa fazer,


mas meus amigos você pode conhecer,
com você um pedaço da vida viver,
e incluí-lo nas orações que venha a fazer
enquanto vamos pelo caminho.
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Salmo 118.24
Filipenses 4.4
João 15.11
1 Coríntios 13

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