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Sumário
Aprova o regulamento sobre o Cálculo e Constituição da Margem de Solvência e do Fundo
de Garantia, Informações Obrigatórias e Periódicas e Responsabilidades Relativas a Planos
de Pensões das Entidades Gestoras e Contabilização e Valorimetria dos Activos de Fundos de
Pensões. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente despacho.
Conteúdo
Considerando que as sociedades gestoras de fundos de pensões e as empresas de
seguros devem dispor de uma margem de solvência suficiente, bem como de um fundo
de garantia o qual faz parte integrante da margem de solvência;
Considerando que a margem de solvência de uma sociedade gestora de fundos de
pensões e de empresas de seguros nos termos do disposto no artigo 20.º do decreto
executivo sobre as Garantias Financeiras deve corresponder ao seu património, livre de
toda e qualquer obrigação previsível, deduzido dos elementos incorpóreos;
Considerando que, para efeitos de controlo do cálculo das exigências de margem de
solvência e do fundo de garantia e dos seus elementos constitutivos, as sociedades
gestoras de fundos de pensões e as empresas de seguros devem prestar as informações
necessárias ao Instituto de Supervisão de Seguros;
Considerando que os fundos de pensões constituídos no âmbito do Decreto n.º 25/98,
de 7 de Agosto devem ser objecto de um tratamento contabilístico uniforme por parte
das entidades que o gerem, sociedades gestoras e empresas de seguros que explorem o
ramo «Vida»;
Considerando que esses compromissos devem ser objecto de um adequado
financiamento, durante o período em que os mesmos se constituem;
Nos termos dos artigos 23.º n.º 7, 24.º n.º 2 e 27.º, do regulamento anexo ao Decreto n.º
25/98 de 7 de Agosto, e ainda de acordo com o previsto no decreto executivo sobre os
Fundos de Pensões e Sociedades Gestoras, conjugados com as alíneas d) e e) do artigo
112.º e com o artigo 114.º, ambos da Lei Constitucional, determino:
ARTIGO 1.º
É aprovado o regulamento sobre o Cálculo e Constituição da Margem de Solvência
e do Fundo de Garantia, Informações Obrigatórias e Periódicas e Responsabilidades
Relativas a Planos de Pensões das Entidades Gestoras e Contabilização e Valorimetria
dos Activos de Fundos de Pensões, anexo ao presente despacho, do qual faz parte
integrante.
ARTIGO 2.º
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no presente despacho.
ARTIGO 3.º
As dúvidas e omissões que resultarem da aplicação e interpretação do presente despacho
serão resolvidas por despacho do Ministro das Finanças.
ARTIGO 4.º
O presente despacho entra em vigor na data da sua publicação.
Publique-se.
CAPÍTULO I
DO CÁLCULO E CONSTITUIÇÃO DA MARGEM DE
SOLVÊNCIA E DO FUNDO DE GARANTIA
SECÇÃO I
Sobre as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões
ARTIGO 1.º
(Margem de solvência)
A margem de solvência das sociedades gestoras de fundos de pensões é calculada, no
que respeita aos Fundos de Pensões por ela geridos, nos termos do disposto no artigo
11.º do decreto executivo sobre Fundos de Pensões e Sociedades Gestoras.
ARTIGO 2.º
(Fundo de garantia)
As sociedades gestoras devem dispor e manter um fundo de garantia que faz parte
integrante da margem de solvência e que corresponde a 1/3 do seu valor não podendo,
no entanto, ser inferior ao limite fixado de 16% do capital social mínimo obrigatório
de uma seguradora autorizada a explorar o ramo «Vida», o qual constitui o fundo de
garantia mínimo legal.
ARTIGO 3.º
(Elementos constitutivos da margem de solvência)
Os elementos constitutivos da margem de solvência são os definidos nos termos do
disposto no artigo 18.º do regulamento aprovado pelo decreto executivo sobre as
garantias financeiras para a actividade seguradora, sem prejuízo do disposto no n.º 1 do
artigo 5.º deste despacho.
ARTIGO 4.º
(Elementos constitutivos do fundo de garantia)
Os elementos constitutivos do fundo de garantia são os definidos nos termos do
disposto no artigo 21.º do mesmo diploma, relativamente à actividade de seguros de
vida, sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 5.º deste despacho.
ARTIGO 5.º
(Condições)
1. A margem de solvência de uma sociedade gestora de fundos de pensões deve
corresponder ao seu património, livre de toda e qualquer obrigação previsível
e deduzido dos elementos incorpóreos, devendo ser deduzidos aos elementos
constitutivos da margem de solvência e do fundo de garantia os montantes
respeitantes às imobilizações incorpóreas.
2. Os cálculos relativos à margem de solvência e ao fundo de garantia devem ser
efectuados segundo os mapas cujos modelos constam do anexo I e que são parte
integrante do presente despacho.
ARTIGO 6.º
(Informações)
A informação constante dos mapas referidos no n.º 2 do artigo 5.º deve ser enviada ao
Instituto de Supervisão de Seguros, até ao dia 30 de Abril de cada ano, reportando-se a
informação ao exercício anterior.
ARTIGO 7.º
(Insuficiência de garantias)
1. As sociedades gestoras de fundos de pensões que não apresentem a margem de
solvência e o respectivo fundo de garantia suficientemente constituídos devem
enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros, juntamente com os mapas referidos
no artigo 6.º, um plano de financiamento a curto prazo, a fim de ser submetido à
aprovação do Ministro das Finanças.
2. O Instituto de Supervisão de Seguros define, caso a caso, as condições específicas
a que deve obedecer o plano de financiamento referido no número anterior, bem
como o seu acompanhamento.
ARTIGO 8.º
(Alterações de limites)
O Ministro das Finanças pode, por diploma, alterar o limite fixado no artigo 2.º, ouvido
o Instituto de Supervisão de Seguros.
SECÇÃO II
Sobre as Empresas de Seguros
ARTIGO 9.º
(Margem de solvência)
A margem de solvência, no que respeita a todos os ramos de seguros «Não Vida», é
calculada nos termos do disposto no artigo 17.º do regulamento aprovado pelo decreto
executivo sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora.
ARTIGO 10.º
(Cálculo da margem de solvência)
A margem de solvência, no que respeita ao ramo «Vida» é calculada:
1. Para os seguros de vida não mencionados no número seguinte, nos termos do
disposto no n.º 1 do artigo 19.º, regulamento aprovado pelo decreto executivo
sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora, devendo a percentagem
nele indicada, de 6%, ser considerada como máxima não podendo, no entanto,
ser inferior a 4%.
2. Para os seguros complementares dos seguros de vida, nos termos do disposto no
n.º 2 do artigo 19.º do mesmo diploma.
3. Para os fundos de pensões, nos termos do disposto no artigo 11.º das Normas de
Funcionamento aprovadas pelo decreto executivo sobre Fundos de Pensões.
ARTIGO 11.º
(Condições)
As empresas de seguros que explorem cumulativamente os ramos «Não Vida» e o ramo
«Vida» devem dispor de uma margem de solvência correspondente ao conjunto das
responsabilidades assumidas, isto é, de valor igual ao somatório dos valores obtidos
nos termos do artigo 9.º e dos n.os 1 a 3 do artigo 10.º do presente despacho, tendo em
conta os seguros que exploram.
ARTIGO 12.º
(Elementos constitutivos da margem de solvência para os ramos «Não Vida»)
Os elementos constitutivos da margem de solvência no que respeita a todos os
ramos de seguro «Não Vida» são os definidos nos termos do disposto no artigo 16.º
do regulamento aprovado pelo decreto executivo sobre as Garantias Financeiras da
actividade seguradora sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 15.º deste despacho.
ARTIGO 13.º
(Elementos constitutivos da margem de solvência para os ramos «Vida»)
Os elementos constitutivos da margem de solvência no que respeita ao ramo «Vida» são
os definidos nos termos do disposto no artigo 18.º do mesmo diploma constante do
artigo anterior sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 15.º deste despacho.
ARTIGO 14.º
(Elementos constitutivos do fundo de garantia)
Os elementos constitutivos do fundo de garantia são os definidos nos termos do
disposto no artigo. 21.º do mesmo diploma constante do artigo 12.º, sem prejuízo do
disposto no n.º 1 do artigo 15.º deste despacho.
ARTIGO 15.º
(Condições)
1. A margem de solvência de uma empresa de seguros deve corresponder ao seu
património, livre de toda e qualquer obrigação previsível e deduzido dos elementos
incorpóreos, devendo ser deduzido aos elementos constitutivos da margem
de solvência e do fundo de garantia os montantes respeitantes às imobilizações
incorpóreas.
2. Os cálculos relativos à margem de solvência e ao fundo de garantia devem ser
efectuados segundo os mapas cujos modelos constam do anexo 2 e que são parte
integrante do presente despacho.
ARTIGO 16.º
(Informações)
A informação constante dos mapas referidos no n.º 2 do artigo 15.º deve ser enviada ao
Instituto de Supervisão de Seguros, até ao dia 30 de Abril de cada ano, reportando-se a
informação ao exercício anterior.
ARTIGO 17.º
(Insuficiência de garantias)
1. A empresa de seguros que não apresente a margem de solvência suficientemente
constituída deve enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros, juntamente com
os mapas referidos no n.º 2 do artigo 15.º e nos termos do n.º 2 do artigo 23.º do
decreto executivo sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora, um
plano de recuperação com vista ao restabelecimento da sua situação financeira, a
fim de ser submetido à aprovação do Ministro das Finanças.
2. A empresa de seguros que não apresente o fundo de garantia suficientemente
constituído deve enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros, juntamente com
os mapas referidos no artigo 17.º e nos termos do n.º 3 do artigo 23.º do decreto
executivo sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora, um plano de
financiamento a curto prazo a fim de ser submetido à aprovação do Ministro das
Finanças.
CAPÍTULO II
DAS INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS E PERIÓDICAS
SECÇÃO I
Da Obrigatoriedade da Informação
ARTIGO 18.º
(Prestação de informação)
As entidades gestoras a operarem no mercado de fundos de pensões ficam obrigadas
à prestação de informações contabilísticas, estatísticas ou outras, ao Instituto de
Supervisão de Seguros e às demais entidades competentes relacionadas com a sua
actividade.
ARTIGO 19.º
(Estabelecimento e alteração das informações)
Compete ao Ministro das Finanças estabelecer e/ou alterar as informações referidas no
artigo 20.º, ouvido o Instituto de Supervisão de Seguros.
SECÇÃO II
Das Informações Anuais
ARTIGO 20.º
(Recolha de dados)
1. As entidades gestoras de fundos de pensões devem apresentar ao Instituto de
Supervisão de Seguros os elementos do Anexo n.º 3, referentes ao encerramento
do exercício:
Mod. 07/001/ISSIFP1/IOP — (Benefícios - Sobrevivência);
Mod. 07/002/ISS/FP2/IOP — (Benefícios - Reforma, Pré-reforma. Invalidez);
Mod. 07/003/ISS/FP3/IOP — (Actualização das pensões pagas através de
rendas vitalícias);
Mod. 07/004/ISS/FP4/IOP — (Novos Beneficiários);
Mod. 07/005/ISS/FP5/IOP — (Mortalidade de Pensionistas);
Mod. 07/006/ISS/FP6/IOP — (Distribuição Etária por Sexo);
Mod. 07/007/ISS/FP7/IOP — (Adesões Individuais a Fundos de Pensões
Abertos);
Mod. 07/008/ISS/FP87IOP — (Distribuição dos montantes detidos por
adesão Individual);
Mod. 07/009/ISS/FP9/IOP – (Adesão Colectiva - Número de Associados e
Valor da Unidade de Participação).
2. As informações referidas no n.º 1 devem ser comunicadas ao Instituto de
Supervisão de Seguros através de mapas elaborados em conformidade com o
SECÇÃO III
Das Informações Periódicas
ARTIGO 23.º
(Controlo da composição dos activos dos fundos de pensões)
1. As entidades gestoras de fundos de pensões devem apresentar ao Instituto de
Supervisão de Seguros, no prazo de 90 dias após o final de cada trimestre, com
referência à situação no último dia desse trimestre, a composição dos activos dos
fundos de pensões através dos mapas 10 a 12, do anexo 4.
2. Os activos devem ser avaliados de acordo com as regras estabelecidas na
regulamentação em vigor.
3. Nos casos em que não tenham sido cumpridos os limites estabelecidos nas
disposições legais em vigor, as entidades gestoras devem, quando enviarem os
elementos referidos em 1 deste artigo, informar quais as situações em que foi dado
posterior cumprimento àqueles limites e enviar, nos restantes casos, os respectivos
planos de regularização.
ARTIGO 24.º
(Relatório actuarial anual)
CAPÍTULO III
DA CONTABILIZAÇÃO E VALORIMETRIA DOS ACTIVOS DOS
FUNDOS DE PENSÕES
ARTIGO 25.º
(Princípios gerais)
1. As sociedades gestoras de fundos de pensões, constituídas nos termos do Decreto
n.º 25/98 de 7 de Agosto ficam sujeitas, no aspecto contabilístico, à disciplina do
Plano Geral de Contabilidade em vigor.
2. As empresas de seguros autorizadas a explorar o ramo «Vida» que pretendam gerir
fundos de pensões estão sujeitas, no aspecto contabilístico, às disposições legais e
normativas em vigor para a actividade seguradora.
3. A contabilidade das operações que directamente se relacionem com os fundos
de pensões é feita na escrita da respectiva entidade gestora, em contas de ordem,
utilizando as entidades gestoras para o efeito a classe zero do respectivo plano.
4. A planificação contabilística da escrita das entidades gestoras, tendo em conta os
princípios acima definidos, deve ter a estrutura mínima estabelecida nos pontos
2 e 3. Sem prejuízo dos códigos estabelecidos, as subcontas relativas às aplicações
dos fundos apenas devem ser utilizadas no caso dessas aplicações serem permitidas
pela legislação em vigor.
ARTIGO 26.º
Contas patrimoniais
1. Sociedades gestoras.
A contabilização nas sociedades gestoras, no que se refere a contas patrimoniais, deve
obedecer à disciplina do Plano Geral de Contabilidade em vigor, observando-se os
princípios seguintes:
a) os recebimentos e pagamentos por conta dos fundos de pensões que não
possam desde logo ser movimentados exclusivamente nas contas de ordem,
nomeadamente as contribuições dos associados e participantes, as aplicações,
os rendimentos, as pensões ou os prémios de seguro, são contabilizados na
Conta «Clientes Fundos de Pensões» em subcontas específicas para cada
fundo;
b) os encargos decorrentes da gestão de fundos, designadamente os resultantes
de diferenças de rendimento no caso das sociedades gestoras garantirem um
rendimento mínimo, são contabilizados na conta «Outras despesas e encargos
Gestão de fundos de pensões» em subcontas específicas para cada fundo;
c) os proveitos obtidos pelas sociedades gestoras na gestão dos fundos,
incluindo quaisquer comissões, nomeadamente as comissões de gestão, são
1. Fundos de pensões.
0101 Fundo de pensões (identificação do fundo)
01011 Aplicações do fundo
010111 - Imóveis
0101111 - Imóveis
0101112 - Imobilizações em curso e adiantamentos por conta de terrenos e
edifícios 010112 - Títulos de rendimento variável
01011201 - Em kwanzas
010112011 - Acções
010112012 -Títulos de participação
010112013 - Unidades de participação em fundos de investimento mobiliário
010112014 - Unidades de participação em fundos de investimento imobiliário
010112015 – Outros
01011202 - Em (moeda)
01011 3 - Títulos de rendimento fixo
01011301 - Em kwanzas
010113011 - De dívida pública
0101130111 - Obrigações
01 01 13 01 12 - Outros títulos
01 01 13 01 2 - De outros emissores públicos
01 01 13 01 21 - Obrigações
01 01 13 01 22 - Outros títulos
01 01 13 01 3 - De outros emissores
0101 13 01 31 - Obrigações
01 01 13 01 32 - Outros títulos
01 01 13 02 - Em (moeda)
01 01 14 - Empréstimos hipotecários
01 01 15 - Outros empréstimos
01 01 16 - Numerário e depósitos em instituições de crédito e aplicações no
MMI
01 01 16 1-Numerário
01 01 16 2 - Depósitos à ordem
01 01 16 3 - Depósitos com pré-aviso
01 01 16 4 - Depósitos a prazo
01 01 16 5 - Outros depósitos
01 01 16 6 - Aplicações no MMI
01 01 17 - Outras aplicações.
01 01 2 - DEVEDORES E CREDORES DIVERSOS
01 01 2 1 - Entidade gestora
01 01 3 - PENSÕES A PAGAR (já vencidas)
01 01 4 - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
01 01 41 - Juros a receber
01 01 42 - Rendas recebidas
01 01 43 - Outros acréscimos e diferimentos
02 - GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES
02 01 - FUNDO DE PENSÕES (identificação do Fundo)
CAPÍTULO IV
RESPONSABILIDADE RELATIVA A PLANOS DE PENSÕES
ARTIGO 31.º
(Obrigação de cobertura das responsabilidades)
1. As empresas de seguros com sede em Angola, bem como as sociedades gestoras de
fundos de pensões, devem assegurar o financiamento das responsabilidades por
ARTIGO 33.º
(Âmbito)
1. O cálculo do valor actual da responsabilidade deve ser efectuado de acordo com o
plano de pensões garantido pelo associado do fundo de pensões.
2. A determinação do valor actual da responsabilidade assumida com um plano de
pensões deve ser efectuada discriminando o valor actual das responsabilidades
relativas a:
a) «pensões e prestações em pagamento», especificando em separado as
respeitantes a velhice, invalidez, pré-reforma e reforma antecipada até à idade
normal de reforma e após essa idade, ou qualquer outro tipo de pensões
garantidas;
b) «serviços passados de pessoal no activo», excluindo pré-reformados;
c) «serviços futuros de pessoal no activo».
3. O valor actual das pensões e prestações em pagamento e da responsabilidade por
serviços passados de pessoal no activo deve estar integralmente financiado no final
de cada exercício, de acordo com as hipóteses definidas no artigo 34.º da presente
norma, sem prejuízo do disposto nas alíneas a) e b) deste número:
a) os fundos de pensões de contribuição definida que garantam o compromisso
do pagamento de pensões a beneficiários existentes à data de constituição
do fundo e desde que esteja garantida a suficiência de meios para saldar
as pensões em pagamento durante o período de financiamento, podem
estabelecer um período máximo de cinco anos para a amortização daquelas
responsabilidades;
b) nos casos previstos na alínea anterior, o período máximo de financiamento
dos capitais de cobertura relativos às responsabilidades por serviços passados
de pessoal no activo será de 20 anos.
ARTIGO 34.º
(Hipóteses de cálculo)
Para efeitos da determinação do valor actual das responsabilidades referidas no n.º 3 do
artigo 33.º anterior, devem ser utilizados os seguintes pressupostos:
a) a tábua de mortalidade ANGV-2020P é de referência mínima obrigatória,
podendo ser utilizadas outras tábuas de mortalidade, nacionais ou estrangeiras,
desde que os valores actuais quer das pensões e prestações em pagamento,
quer dos serviços passados de pessoal no activo, obtidos através do cálculo
baseado nas tábuas alternativas, não sejam inferiores aos que resultariam da
aplicação da tábua de referência.
§ Único: — Em alternativa e quando não sejam postos em causa os direitos adquiridos
dos participantes e beneficiários do fundo de pensões, nomeadamente em
caso de remição de pensões ou transferência de responsabilidades, pode-
se admitir a utilização de outras tábuas de mortalidade desde que o valor
actual das responsabilidades globais obtido através do cálculo baseado nas
tábuas alternativas, não seja inferior ao que resultaria da aplicação da tábua
de referência.
1. Do plano de pensões:
a) o plano de pensões a incluir no contrato de adesão, elaborado de acordo com
as disposições constantes do n.º 3 do artigo 1.º do Decreto n.º 25/98 de 7
de Agosto, só pode prever o pagamento de pensões a título de pré-reforma
nos termos da legislação em vigor, reforma por velhice ou invalidez ou por
sobrevivência;
b) a idade prevista no plano de pensões, a partir da qual se obtém o direito a
uma pensão de reforma por velhice ou pré-reforma, não pode ser inferior a
50 anos, se outra não for estipulada por disposições legais ou de contratação
colectiva;
c) para efeitos da concessão da pensão, estabelecida nos termos dos números
anteriores, é necessário que a entidade gestora possua documento
comprovativo da situação que determina o direito de recebimento da pensão;
d) as bases técnicas, a utilizar no cálculo da remição de parte da pensão em
capital ou na sua transformação noutro tipo de renda, têm que ser coerentes
com os pressupostos definidos nos termos do artigo 34.º desta norma, excepto
quando a legislação expressamente regular a utilização de bases universais
para os mesmos efeitos.
2. Do contrato de gestão:
a) os contratos de gestão devem estabelecer a necessidade do pagamento,
por parte dos associados, de eventuais contribuições extraordinárias,
nomeadamente se os planos de pensões previrem o pagamento de pensões
em caso de invalidez e/ou sobrevivência, caso não seja utilizada a faculdade
prevista no n.º 3 do artigo 23.º do Decreto n.º 25/98, de 7 de Agosto;
b) o plano técnico, actuarial e financeiro, mencionado nos artigos 15.º e 16.º
e referido na alínea e) do Anexo I e na alínea g) do anexo II do Decreto n.º
25/98, da responsabilidade da entidade gestora que serve de base à respectiva
gestão, tem que ser revisto nos termos da lei e, além disso, sempre que a
modificação das hipóteses que serviram de base ao cálculo das contribuições,
incluindo as referentes aos planos de amortização previstos nas alíneas a) e b)
do artigo 33.º desta norma, o justifiquem;
c) o plano a que se refere o número anterior deve conter, devidamente
actualizados, os seguintes elementos:
Número inicial de participantes e de pensionistas, idade a idade;
Data em que se efectua o cálculo actuarial dos valores necessários para a
determinação do custo do plano e data aniversária a que aquele cálculo se
reporta;
Justificação das alterações, eventualmente verificadas, nas hipóteses actuariais
ou na forma de cálculo das contribuições;
Método de financiamento, especificando as modalidades de seguro
eventualmente subscritas, nível de contribuições e formulário técnico
utilizado no seu cálculo;
Eventuais planos de amortização, nos termos das alíneas a) e b) do n.º 3 do
artigo 33.º desta norma;
Fórmula ou processo de determinação da taxa de rendimento, caso a entidade
gestora garanta um rendimento mínimo;
ANEXO 1
(Modelo a que se refere o n.º 2 do artigo 5.º do regulamento que antecede)
Notas:
(i) Os elementos referidos em (8) só podem ser considerados mediante autorização do
ISS;
(ii) As adesões individuais a fundos de pensões abertos incluem-se em (11), se a entidade
gestora não assume o risco de investimento.
(XI) referente ao conceito de margem mínima de solvência da actividade seguradora;
(X2) referente ao conceito de margem mínima de solvência legal da actividade
seguradora.
(IV) (V) — Quando estas indicações forem, respectivamente, inferiores a II e a I, a
situação é de «insuficiência de garantias financeiras».
ANEXO 2
Notas:
(i) Os elementos referidos em 1 — B (8) só podem ser considerados mediante autorização
do ISS;
(ii) A percentagem deve ser indicada com duas casas decimais;
(iii) O período de referência para o valor médio anual das indemnizações e reportado
aos três últimos exercícios, com excepção das empresas de seguros que exploram apenas
um ou vários dos riscos de créditos ou outros riscos relacionados com elementos da
natureza que não constituam fenómenos sísmicos em que esse período é de sete anos;
(iv) As adesões individuais a fundos de pensões abertos incluem-se em (33), se a entidade
gestora não assume o risco de investimento.
(XI) referente ao conceito de margem mínima de solvência da actividade seguradora;
(X2) referente ao conceito de margem mínima de solvência legal da actividade
seguradora.
ANEXO 3
Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de participantes» indicar o número em 31 de Dezembro.
3 — Em «Pensão paga por» indicar F, S ou A, consoante se trate de pagamento através
do fundo, de compra de seguro ou de ambas.
4 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontram
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenham sido adquiridas
uma renda vitalícia no ano, consoante os casos.
5 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
6 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
7 — Em «Remições» indicar o montante de capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.
Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de participantes» indicar o número em 31 de Dezembro.
3 — Em «Pensão paga por» indicar F, S ou A, consoante se trate de pagamento através
do fundo, de compra de seguro ou de ambas.
4 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontram
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenham sido adquirida
uma renda vitalícia no ano, consoante os casos.
5 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
6 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
7 — Em «Remições» indicar o montante de capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.
Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontrem
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenha sido adquirida uma
renda vitalícia no ano, consoante os casos.
3 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
4 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
5 — Em «Remições» indicar o montante do capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.
Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontrem
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenha sido adquirida uma
renda vitalícia no ano, consoante os casos.
3 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
4 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
5 — Em «Remições» indicar o montante do capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.
Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontrem
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenha sido adquirida uma
renda vitalícia no ano, consoante os casos.
3 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
4 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
5 — Em «Remições» indicar o montante do capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.
Notas:
1 — Em «Actualização paga por» indicar F ou S, consoante se trate de actualização paga
directamente pelo fundo ou através da aquisição de seguro.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários para os quais
tenham sido actualizadas, no ano, as rendas vitalícias anteriormente adquiridas
pelo fundo.
3 — Em «Pensões/Prémios únicos» indicar o montante anual das actualizações pagas
directamente pelo fundo ou através de aquisição de seguro.
Notas:
1 — Em «actualização paga por» indicar F ou S, consoante se trate de actualização paga
directamente pelo fundo ou através da aquisição de seguro.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários para os quais
tenham sido actualizadas, no ano, as rendas vitalícias anteriormente adquiridas
pelo fundo.
3 — Em «Pensões/Prémios únicos» indicar o montante anual das actualizações pagas
directamente pelo fundo ou através de aquisição de seguro.
Notas:
Em relação às colunas A):
1 — Preencher, relativamente aos dados dos fundos de pensões geridos no final do
exercício, para cada fundo.
2 — Ex = Ax + (Bx-Cx)/2 em que:
Ax — Número de pensionistas com idade X no início do exercício.
Bx — Número de pensionistas que atingem a idade X durante o exercício e
ainda os que começam a receber pensão à idade X.
Notas:
1 — Em «Existentes», indicar o número de adesões ou de unidades de participação
existentes cm 31 de Dezembro do ano anterior.
2 — Em «No ano», indicar o número de adesões efectuadas ou o número de unidade
de participação adquiridas no ano em curso.
3 — Em «Valor da unidade de participação» indicar o valor da unidade de participação
em 31 de Dezembro.
Nota:
Preencher para cada fundo.
Notas:
1 — Preencher para cada fundo.
Preencher um mapa por cada fundo; (x) Estas rubricas devem corresponder à alínea f)
do n.º 2 do artigo 12.º do Decreto executivo n.º /03.
(2) —Não podem ser concedidos empréstimos aos participantes dos fundos de pensões
abertos.
(3) —Discriminar em anexo as rubricas cujos valores justificam a diferença entre este
total e o valor do fundo.
(vide continuação)
1 — Preencher um mapa para cada tipo de activo indicando o respectivo número de
código, na listagem — Verso.
2 — As colunas 2 e 3 não são preenchidas nos casos dos tipos de activos 9 a 14 inclusive.
Vide Mapa FP11.
LISTAGEM CODIFICADA
Tipos de Activo
Activos expressos em moeda nacional:
1— Títulos do Estado.
2— Obrigações, incluindo obrigações de caixa.
3— Títulos de participação.
4— Outros títulos negociáveis de dívida.
5— Acções de sociedades anónimas.
6— Fundos de capital de risco.
7— Unidades de participação em fundos de investimento mobiliário.
8— Unidades de participação em fundos de investimento imobiliário.
9— Empréstimos hipotecários, excepto sobre imóveis que sejam de exploração
industrial.
10 — Empréstimos concedidos aos participantes do fundo de pensões.
11 — Numerário.
12 — Depósitos em instituições de crédito.
13 — Aplicações no M.M.I.
14 — Imóveis inscritos no registo predial como integrantes do fundo, desde que não
sejam de exploração industrial.
15 — Outros activos não englobados pelos códigos anteriores.
Activos expressos em moeda estrangeira:
16 — Obrigações cotadas em bolsas de valores de outros Estados, cujos mercados estejam
devidamente regulamentados e com funcionamento regular.
17 — Acções cotadas nas bolsas de valores de outros Estados, cujos mercados estejam
devidamente regulamentados e com funcionamento regular.