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DESPACHO N.º 9/03 DE 21 DE FEVEREIRO
Ministério das Finanças

Publicado na Iª Série do Diário da República n.º 14 de 21 de Fevereiro de 2003

Sumário
Aprova o regulamento sobre o Cálculo e Constituição da Margem de Solvência e do Fundo
de Garantia, Informações Obrigatórias e Periódicas e Responsabilidades Relativas a Planos
de Pensões das Entidades Gestoras e Contabilização e Valorimetria dos Activos de Fundos de
Pensões. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente despacho.

Conteúdo
Considerando que as sociedades gestoras de fundos de pensões e as empresas de
seguros devem dispor de uma margem de solvência suficiente, bem como de um fundo
de garantia o qual faz parte integrante da margem de solvência;
Considerando que a margem de solvência de uma sociedade gestora de fundos de
pensões e de empresas de seguros nos termos do disposto no artigo 20.º do decreto
executivo sobre as Garantias Financeiras deve corresponder ao seu património, livre de
toda e qualquer obrigação previsível, deduzido dos elementos incorpóreos;
Considerando que, para efeitos de controlo do cálculo das exigências de margem de
solvência e do fundo de garantia e dos seus elementos constitutivos, as sociedades
gestoras de fundos de pensões e as empresas de seguros devem prestar as informações
necessárias ao Instituto de Supervisão de Seguros;
Considerando que os fundos de pensões constituídos no âmbito do Decreto n.º 25/98,
de 7 de Agosto devem ser objecto de um tratamento contabilístico uniforme por parte
das entidades que o gerem, sociedades gestoras e empresas de seguros que explorem o
ramo «Vida»;
Considerando que esses compromissos devem ser objecto de um adequado
financiamento, durante o período em que os mesmos se constituem;
Nos termos dos artigos 23.º n.º 7, 24.º n.º 2 e 27.º, do regulamento anexo ao Decreto n.º
25/98 de 7 de Agosto, e ainda de acordo com o previsto no decreto executivo sobre os
Fundos de Pensões e Sociedades Gestoras, conjugados com as alíneas d) e e) do artigo
112.º e com o artigo 114.º, ambos da Lei Constitucional, determino:
ARTIGO 1.º
É aprovado o regulamento sobre o Cálculo e Constituição da Margem de Solvência
e do Fundo de Garantia, Informações Obrigatórias e Periódicas e Responsabilidades
Relativas a Planos de Pensões das Entidades Gestoras e Contabilização e Valorimetria

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 255

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

dos Activos de Fundos de Pensões, anexo ao presente despacho, do qual faz parte
integrante.
ARTIGO 2.º
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no presente despacho.
ARTIGO 3.º
As dúvidas e omissões que resultarem da aplicação e interpretação do presente despacho
serão resolvidas por despacho do Ministro das Finanças.
ARTIGO 4.º
O presente despacho entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 21 de Fevereiro de 2003.

O Ministro, José Pedro de Morais Júnior.

REGULAMENTO SOBRE O CÁLCULO E CONSTITUIÇÃO DA MARGEM


DE SOLVÊNCIA E DO FUNDO DE GARANTIA

CAPÍTULO I
DO CÁLCULO E CONSTITUIÇÃO DA MARGEM DE
SOLVÊNCIA E DO FUNDO DE GARANTIA

SECÇÃO I
Sobre as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões

ARTIGO 1.º
(Margem de solvência)
A margem de solvência das sociedades gestoras de fundos de pensões é calculada, no
que respeita aos Fundos de Pensões por ela geridos, nos termos do disposto no artigo
11.º do decreto executivo sobre Fundos de Pensões e Sociedades Gestoras.
ARTIGO 2.º
(Fundo de garantia)

256 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

As sociedades gestoras devem dispor e manter um fundo de garantia que faz parte
integrante da margem de solvência e que corresponde a 1/3 do seu valor não podendo,
no entanto, ser inferior ao limite fixado de 16% do capital social mínimo obrigatório
de uma seguradora autorizada a explorar o ramo «Vida», o qual constitui o fundo de
garantia mínimo legal.
ARTIGO 3.º
(Elementos constitutivos da margem de solvência)
Os elementos constitutivos da margem de solvência são os definidos nos termos do
disposto no artigo 18.º do regulamento aprovado pelo decreto executivo sobre as
garantias financeiras para a actividade seguradora, sem prejuízo do disposto no n.º 1 do
artigo 5.º deste despacho.
ARTIGO 4.º
(Elementos constitutivos do fundo de garantia)
Os elementos constitutivos do fundo de garantia são os definidos nos termos do
disposto no artigo 21.º do mesmo diploma, relativamente à actividade de seguros de
vida, sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 5.º deste despacho.
ARTIGO 5.º
(Condições)
1. A margem de solvência de uma sociedade gestora de fundos de pensões deve
corresponder ao seu património, livre de toda e qualquer obrigação previsível
e deduzido dos elementos incorpóreos, devendo ser deduzidos aos elementos
constitutivos da margem de solvência e do fundo de garantia os montantes
respeitantes às imobilizações incorpóreas.
2. Os cálculos relativos à margem de solvência e ao fundo de garantia devem ser
efectuados segundo os mapas cujos modelos constam do anexo I e que são parte
integrante do presente despacho.
ARTIGO 6.º
(Informações)
A informação constante dos mapas referidos no n.º 2 do artigo 5.º deve ser enviada ao
Instituto de Supervisão de Seguros, até ao dia 30 de Abril de cada ano, reportando-se a
informação ao exercício anterior.
ARTIGO 7.º
(Insuficiência de garantias)
1. As sociedades gestoras de fundos de pensões que não apresentem a margem de
solvência e o respectivo fundo de garantia suficientemente constituídos devem
enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros, juntamente com os mapas referidos
no artigo 6.º, um plano de financiamento a curto prazo, a fim de ser submetido à
aprovação do Ministro das Finanças.
2. O Instituto de Supervisão de Seguros define, caso a caso, as condições específicas
a que deve obedecer o plano de financiamento referido no número anterior, bem
como o seu acompanhamento.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 257

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

ARTIGO 8.º
(Alterações de limites)
O Ministro das Finanças pode, por diploma, alterar o limite fixado no artigo 2.º, ouvido
o Instituto de Supervisão de Seguros.

SECÇÃO II
Sobre as Empresas de Seguros

ARTIGO 9.º
(Margem de solvência)
A margem de solvência, no que respeita a todos os ramos de seguros «Não Vida», é
calculada nos termos do disposto no artigo 17.º do regulamento aprovado pelo decreto
executivo sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora.
ARTIGO 10.º
(Cálculo da margem de solvência)
A margem de solvência, no que respeita ao ramo «Vida» é calculada:
1. Para os seguros de vida não mencionados no número seguinte, nos termos do
disposto no n.º 1 do artigo 19.º, regulamento aprovado pelo decreto executivo
sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora, devendo a percentagem
nele indicada, de 6%, ser considerada como máxima não podendo, no entanto,
ser inferior a 4%.
2. Para os seguros complementares dos seguros de vida, nos termos do disposto no
n.º 2 do artigo 19.º do mesmo diploma.
3. Para os fundos de pensões, nos termos do disposto no artigo 11.º das Normas de
Funcionamento aprovadas pelo decreto executivo sobre Fundos de Pensões.
ARTIGO 11.º
(Condições)
As empresas de seguros que explorem cumulativamente os ramos «Não Vida» e o ramo
«Vida» devem dispor de uma margem de solvência correspondente ao conjunto das
responsabilidades assumidas, isto é, de valor igual ao somatório dos valores obtidos
nos termos do artigo 9.º e dos n.os 1 a 3 do artigo 10.º do presente despacho, tendo em
conta os seguros que exploram.
ARTIGO 12.º
(Elementos constitutivos da margem de solvência para os ramos «Não Vida»)
Os elementos constitutivos da margem de solvência no que respeita a todos os
ramos de seguro «Não Vida» são os definidos nos termos do disposto no artigo 16.º
do regulamento aprovado pelo decreto executivo sobre as Garantias Financeiras da
actividade seguradora sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 15.º deste despacho.

258 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

ARTIGO 13.º
(Elementos constitutivos da margem de solvência para os ramos «Vida»)
Os elementos constitutivos da margem de solvência no que respeita ao ramo «Vida» são
os definidos nos termos do disposto no artigo 18.º do mesmo diploma constante do
artigo anterior sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 15.º deste despacho.
ARTIGO 14.º
(Elementos constitutivos do fundo de garantia)
Os elementos constitutivos do fundo de garantia são os definidos nos termos do
disposto no artigo. 21.º do mesmo diploma constante do artigo 12.º, sem prejuízo do
disposto no n.º 1 do artigo 15.º deste despacho.
ARTIGO 15.º
(Condições)
1. A margem de solvência de uma empresa de seguros deve corresponder ao seu
património, livre de toda e qualquer obrigação previsível e deduzido dos elementos
incorpóreos, devendo ser deduzido aos elementos constitutivos da margem
de solvência e do fundo de garantia os montantes respeitantes às imobilizações
incorpóreas.
2. Os cálculos relativos à margem de solvência e ao fundo de garantia devem ser
efectuados segundo os mapas cujos modelos constam do anexo 2 e que são parte
integrante do presente despacho.
ARTIGO 16.º
(Informações)
A informação constante dos mapas referidos no n.º 2 do artigo 15.º deve ser enviada ao
Instituto de Supervisão de Seguros, até ao dia 30 de Abril de cada ano, reportando-se a
informação ao exercício anterior.
ARTIGO 17.º
(Insuficiência de garantias)
1. A empresa de seguros que não apresente a margem de solvência suficientemente
constituída deve enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros, juntamente com
os mapas referidos no n.º 2 do artigo 15.º e nos termos do n.º 2 do artigo 23.º do
decreto executivo sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora, um
plano de recuperação com vista ao restabelecimento da sua situação financeira, a
fim de ser submetido à aprovação do Ministro das Finanças.
2. A empresa de seguros que não apresente o fundo de garantia suficientemente
constituído deve enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros, juntamente com
os mapas referidos no artigo 17.º e nos termos do n.º 3 do artigo 23.º do decreto
executivo sobre as Garantias Financeiras da actividade seguradora, um plano de
financiamento a curto prazo a fim de ser submetido à aprovação do Ministro das
Finanças.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 259

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

CAPÍTULO II
DAS INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS E PERIÓDICAS

SECÇÃO I
Da Obrigatoriedade da Informação

ARTIGO 18.º
(Prestação de informação)
As entidades gestoras a operarem no mercado de fundos de pensões ficam obrigadas
à prestação de informações contabilísticas, estatísticas ou outras, ao Instituto de
Supervisão de Seguros e às demais entidades competentes relacionadas com a sua
actividade.
ARTIGO 19.º
(Estabelecimento e alteração das informações)
Compete ao Ministro das Finanças estabelecer e/ou alterar as informações referidas no
artigo 20.º, ouvido o Instituto de Supervisão de Seguros.

SECÇÃO II
Das Informações Anuais

ARTIGO 20.º
(Recolha de dados)
1. As entidades gestoras de fundos de pensões devem apresentar ao Instituto de
Supervisão de Seguros os elementos do Anexo n.º 3, referentes ao encerramento
do exercício:
Mod. 07/001/ISSIFP1/IOP — (Benefícios - Sobrevivência);
Mod. 07/002/ISS/FP2/IOP — (Benefícios - Reforma, Pré-reforma. Invalidez);
Mod. 07/003/ISS/FP3/IOP — (Actualização das pensões pagas através de
rendas vitalícias);
Mod. 07/004/ISS/FP4/IOP — (Novos Beneficiários);
Mod. 07/005/ISS/FP5/IOP — (Mortalidade de Pensionistas);
Mod. 07/006/ISS/FP6/IOP — (Distribuição Etária por Sexo);
Mod. 07/007/ISS/FP7/IOP — (Adesões Individuais a Fundos de Pensões
Abertos);
Mod. 07/008/ISS/FP87IOP — (Distribuição dos montantes detidos por
adesão Individual);
Mod. 07/009/ISS/FP9/IOP – (Adesão Colectiva - Número de Associados e
Valor da Unidade de Participação).
2. As informações referidas no n.º 1 devem ser comunicadas ao Instituto de
Supervisão de Seguros através de mapas elaborados em conformidade com o

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

disposto no Plano de Contas Empresarial em vigor e no Plano de Contas para as


Empresas de Seguros e de harmonia com os modelos que se anexam.
ARTIGO 21.º
(Contas anuais das entidades gestoras)
1. As sociedades gestoras de fundos de pensões devem enviar ao Instituto de
Supervisão de Seguros os elementos exigíveis às empresas abrangidas pelo Plano
de Contas Empresarial em vigor.
2. As seguradoras autorizadas a explorar o ramo «Vida» e a gerir fundos de pensões
devem enviar ao Instituto de Supervisão de Seguros os elementos exigíveis às
empresas abrangidas pelo Plano de Contas para as Empresas de Seguros e de
conformidade com as informações obrigatórias e periódicas das seguradoras,
«mutatis mutandis».
ARTIGO 22.º
(Prazos)
Os elementos indicados no capítulo II devem ser enviados ao Instituto de Supervisão
de Seguros nos prazos a seguir indicados:
a) até 15 dias antes da realização da Assembleia Geral Anual para aprovação das
contas;
b) caso, por qualquer motivo, a Assembleia Geral referida no número anterior
não se realize, a documentação deve ser enviada até 31 de Março de cada
ano relativamente à informação reportada a 31 de Dezembro do ano
imediatamente anterior.

SECÇÃO III
Das Informações Periódicas

ARTIGO 23.º
(Controlo da composição dos activos dos fundos de pensões)
1. As entidades gestoras de fundos de pensões devem apresentar ao Instituto de
Supervisão de Seguros, no prazo de 90 dias após o final de cada trimestre, com
referência à situação no último dia desse trimestre, a composição dos activos dos
fundos de pensões através dos mapas 10 a 12, do anexo 4.
2. Os activos devem ser avaliados de acordo com as regras estabelecidas na
regulamentação em vigor.
3. Nos casos em que não tenham sido cumpridos os limites estabelecidos nas
disposições legais em vigor, as entidades gestoras devem, quando enviarem os
elementos referidos em 1 deste artigo, informar quais as situações em que foi dado
posterior cumprimento àqueles limites e enviar, nos restantes casos, os respectivos
planos de regularização.
ARTIGO 24.º
(Relatório actuarial anual)

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 261

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

O relatório actuarial anual deve ser enviado ao Instituto de Supervisão de Seguros no


prazo de 60 dias após a data aniversária do fundo.

CAPÍTULO III
DA CONTABILIZAÇÃO E VALORIMETRIA DOS ACTIVOS DOS
FUNDOS DE PENSÕES

ARTIGO 25.º
(Princípios gerais)
1. As sociedades gestoras de fundos de pensões, constituídas nos termos do Decreto
n.º 25/98 de 7 de Agosto ficam sujeitas, no aspecto contabilístico, à disciplina do
Plano Geral de Contabilidade em vigor.
2. As empresas de seguros autorizadas a explorar o ramo «Vida» que pretendam gerir
fundos de pensões estão sujeitas, no aspecto contabilístico, às disposições legais e
normativas em vigor para a actividade seguradora.
3. A contabilidade das operações que directamente se relacionem com os fundos
de pensões é feita na escrita da respectiva entidade gestora, em contas de ordem,
utilizando as entidades gestoras para o efeito a classe zero do respectivo plano.
4. A planificação contabilística da escrita das entidades gestoras, tendo em conta os
princípios acima definidos, deve ter a estrutura mínima estabelecida nos pontos
2 e 3. Sem prejuízo dos códigos estabelecidos, as subcontas relativas às aplicações
dos fundos apenas devem ser utilizadas no caso dessas aplicações serem permitidas
pela legislação em vigor.
ARTIGO 26.º
Contas patrimoniais
1. Sociedades gestoras.
A contabilização nas sociedades gestoras, no que se refere a contas patrimoniais, deve
obedecer à disciplina do Plano Geral de Contabilidade em vigor, observando-se os
princípios seguintes:
a) os recebimentos e pagamentos por conta dos fundos de pensões que não
possam desde logo ser movimentados exclusivamente nas contas de ordem,
nomeadamente as contribuições dos associados e participantes, as aplicações,
os rendimentos, as pensões ou os prémios de seguro, são contabilizados na
Conta «Clientes Fundos de Pensões» em subcontas específicas para cada
fundo;
b) os encargos decorrentes da gestão de fundos, designadamente os resultantes
de diferenças de rendimento no caso das sociedades gestoras garantirem um
rendimento mínimo, são contabilizados na conta «Outras despesas e encargos
Gestão de fundos de pensões» em subcontas específicas para cada fundo;
c) os proveitos obtidos pelas sociedades gestoras na gestão dos fundos,
incluindo quaisquer comissões, nomeadamente as comissões de gestão, são

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

contabilizados na conta «Outros proveitos - Gestão de fundos de pensões» em


subcontas específicas para cada fundo;
d) o movimento decorrente das relações das sociedades gestoras com os
associados e participantes dos fundos é contabilizado na conta «Devedores e
credores diversos. — Outros devedores e credores».
2. Empresas de Seguros.
A contabilização nas empresas de seguros, no que se refere a contas patrimoniais,
deve obedecer à disciplina do Plano de Contas para as Empresas de Seguros,
observando-se os princípios seguintes:
a) os recebimentos e pagamentos por conta dos fundos de pensões que não
possam desde logo ser movimentados exclusivamente nas contas de ordem,
nomeadamente as contribuições dos associados e participantes, as aplicações,
os rendimentos dessas aplicações, os prémios de seguro, são contabilizados na
conta «4743. — Outros devedores e credores. — Outras entidades Fundos de
pensões» em subcontas específicas para cada fundo;
b) os encargos decorrentes da gestão de fundos designadamente os resultantes
de diferenças de rendimento no caso da empresa de seguros garantir um
rendimento mínimo, são contabilizados na conta «6720. Outros custos e
perdas. — Outros custos com fundos de Pensões» em subcontas específicas
para cada fundo;
c) os proveitos obtidos pelas empresas de seguros na gestão dos fundos,
incluindo quaisquer comissões, nomeadamente as comissões de gestão, são
contabilizados na conta «7720. Outros proveitos e ganhos. - Outros proveitos
por gestão de fundos de pensões» em subcontas específicas para cada fundo;
d) o movimento decorrente das relações das empresas de seguros com os
associados e participantes dos fundos é contabilizado na conta «4745. Outros
devedores e credores — Outras entidades. — Devedores e credores diversos».
ARTIGO 27.º
Contas de ordem ou extra-patrimoniais
Na classe das Contas de Ordem ou Extra-Patrimoniais do Plano Geral de Contabilidade
e do Plano de Contas para as Empresas de Seguros é contabilizado todo o movimento
que afecta directamente os fundos de pensões utilizando-se, para tanto, as seguintes
contas de ordem:
1. Fundos de pensões.
2. Gestão de fundos de pensões.
A conta «01. Fundos de pensões» deve representar o valor dos activos dos
fundos incluindo juros de obrigações, adquiridos mas não recebidos, líquidos
do valor de eventuais responsabilidades já vencidas e não pagas.
A conta «02. Gestão de fundos de pensões» corresponde ao valor acumulado
dos fundos, tomando em consideração as receitas e despesas dos próprios
fundos e o seu saldo é, naturalmente, sempre igual ao da conta «1. Fundos de
pensões», embora de sinal contrário.
2. Para que a contabilidade possa dar resposta directa às necessidades de informação
a prestar pelas entidades gestoras sobre os fundos de pensões, indica-se em seguida
a listagem das contas e subcontas a utilizar:

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 263

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

1. Fundos de pensões.
0101 Fundo de pensões (identificação do fundo)
01011 Aplicações do fundo
010111 - Imóveis
0101111 - Imóveis
0101112 - Imobilizações em curso e adiantamentos por conta de terrenos e
edifícios 010112 - Títulos de rendimento variável
01011201 - Em kwanzas
010112011 - Acções
010112012 -Títulos de participação
010112013 - Unidades de participação em fundos de investimento mobiliário
010112014 - Unidades de participação em fundos de investimento imobiliário
010112015 – Outros
01011202 - Em (moeda)
01011 3 - Títulos de rendimento fixo
01011301 - Em kwanzas
010113011 - De dívida pública
0101130111 - Obrigações
01 01 13 01 12 - Outros títulos
01 01 13 01 2 - De outros emissores públicos
01 01 13 01 21 - Obrigações
01 01 13 01 22 - Outros títulos
01 01 13 01 3 - De outros emissores
0101 13 01 31 - Obrigações
01 01 13 01 32 - Outros títulos
01 01 13 02 - Em (moeda)
01 01 14 - Empréstimos hipotecários
01 01 15 - Outros empréstimos
01 01 16 - Numerário e depósitos em instituições de crédito e aplicações no
MMI
01 01 16 1-Numerário
01 01 16 2 - Depósitos à ordem
01 01 16 3 - Depósitos com pré-aviso
01 01 16 4 - Depósitos a prazo
01 01 16 5 - Outros depósitos
01 01 16 6 - Aplicações no MMI
01 01 17 - Outras aplicações.
01 01 2 - DEVEDORES E CREDORES DIVERSOS
01 01 2 1 - Entidade gestora
01 01 3 - PENSÕES A PAGAR (já vencidas)
01 01 4 - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
01 01 41 - Juros a receber
01 01 42 - Rendas recebidas
01 01 43 - Outros acréscimos e diferimentos
02 - GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES
02 01 - FUNDO DE PENSÕES (identificação do Fundo)

264 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

02 01 1 - ACRÉSCIMOS NO VALOR DO FUNDO


02 01 11 - Contribuições
02 01 12 - Rendimentos
02 01 12 1 - Imóveis
02 01 12 2 - Títulos de crédito
02 01 12 21 - Acções e outros títulos de rendimento variável
02 01 12 22 - Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
02 01 12 22 1 - De dívida pública
02 01 12 22 2 - De outros emissores públicos
02 01 12 22 3 - De outros emissores
02 01 12 3 - De empréstimos hipotecários
02 01 12 4 - Outros empréstimos
02 01 12 5 - Depósitos
02 01 12 6 - Outras aplicações
02 01 13 - Ganhos resultantes da avaliação ou da alienação ou reembolso das
aplicações
02 01 14 - Receitas provenientes de seguros efectuados pelos fundos de
pensões
02 01 19 - Outras receitas
02 01 2 - Decréscimos no valor do fundo
02 01 21 - Prémios de seguros
02 01 22 - Pensões e capitais vencidos
02 01 23 - Reembolsos
02 01 24 - Comissões de gestão e de depósito
02 01 25 - Comissões de mediação
02 01 26 - Impostos
02 01 27 - Perdas resultantes da avaliação ou da alienação ou reembolso das
aplicações
02 01 2 9 - Outras despesas
02 01 9 - Valor do fundo.
3. Notas sobre a contabilização das contas:
a) os valores contabilizados em «Acréscimos no valor do fundo» e «Decréscimos
no valor do fundo» correspondem ao período entre duas datas aniversárias
consecutivas, salvo nos fundos de pensões abertos em que o período
considerado é o do ano civil (1 de Janeiro a 31 de Dezembro);
b) os saldos das contas de «Acréscimos no valor do fundo» e «Decréscimos no
valor do fundo» devem ser transferidos para a conta «Valor do fundo» na data
aniversária, salvo em fundos de pensões abertos, em que aquela transferência
deve ser feita em 31 de Dezembro;
c) no anexo ao balanço e à demonstração de resultados das sociedades gestoras
deve ser indicado o valor dos fundos de pensões geridos explicitando o valor
dos fundos em que se garante um rendimento mínimo;
d) os valores referidos na alínea anterior são os relativos à data do balanço;
e) cada fundo deve ser autonomizado com o mesmo código em contas de 2.º
grau (4 dígitos), quer em «01. Fundos de pensões» quer em «02. Gestão de
fundos de pensões»;

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 265

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

f) as contribuições a contabilizar na respectiva conta de acréscimos no valor do


fundo devem ser as efectivamente recebidas;
g) os juros de títulos de rendimento fixo adquiridos, mas não recebidos, devem
ser contabilizados no final de cada trimestre e ainda;
g1) para os fundos de pensões abertos nas datas em que for determinado o valor
das unidades de participação, nos termos dos respectivos regulamentos de
gestão;
g2) para os outros fundos de pensões sempre que seja apresentado relatório sobre
a situação financeira do fundo aos associados;
h) não devem ser contabilizados (como rendimentos) juros, nos termos da alínea
anterior, cujo recebimento seja considerado duvidoso, assim como quaisquer
juros já vencidos cujo pagamento se encontre suspenso;
i) os juros correspondentes à parte fixa dos títulos de participação devem ter
tratamento idêntico aos juros de obrigações;
j) a contabilização dos ganhos e perdas resultantes da avaliação ou da alienação
ou reembolso das aplicações deve ser efectuada de acordo com as seguintes
regras:
j1) pela diferença entre o produto de venda do investimento respectivo e o valor
pelo qual se encontra contabilizado;
j2) pela diferença entre o valor de cada investimento determinado de acordo com
o artigo 29.º desta norma e o valor pelo qual se encontra contabilizado;
l) os prémios de reembolso das obrigações devem ser contabilizados na conta de
rendimentos;
m) as indemnizações pagas a rendeiros para rescisão de contrato de arrendamento
podem ser contabilizadas na conta de imóveis, desde que esses contratos já
existissem à data da última avaliação do imóvel;
n) a participação de resultados e os capitais por morte e invalidez provenientes
de seguros efectuados pelos fundos de pensões devem ser contabilizados na
conta 02 01 1 4 Receitas provenientes de seguros efectuados pelos fundos de
pensões;
o) a contabilidade deve reflectir, nas datas indicadas na alínea g) deste número,
os critérios valorimétricos definidos no artigo 29.º desta norma.
ARTIGO 28.º
(Registos)
1. As entidades gestoras devem criar para cada fundo de pensões um registo
discriminado dos valores ou bens representativos das aplicações do fundo,
movimentado com base na documentação comprovativa do seu depósito na
instituição de crédito depositária do fundo.
2. Para os títulos de crédito, o registo referido em (1) deve ser discriminado por
espécies, indicando para cada uma a quantidade e o valor de aquisição e incluindo
por ordem cronológica todos os movimentos ou transacções efectuadas.
3. As entidades gestoras de fundos de pensões abertos devem, além dos registos
referidos em 1 e 2, criar um registo cronológico para todos os recibos emitidos
comprovativos da compra de unidades de participação, por cada fundo, onde
conste a identificação do contribuinte e do participante, o valor recebido e o

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Book 1.indb 266 10-05-2010 11:52:49


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

número de unidades de participação correspondente e criar ainda um registo


cronológico para os reembolsos das unidades de participação.
4. As entidades gestoras referidas no número anterior devem elaborar anualmente,
reportada à data de encerramento das contas, uma listagem dos participantes,
por ordem alfabética, com indicação do número de unidades de participação em
circulação detidas por cada um e dos recibos emitidos correspondentes.
ARTIGO 29.º
(Valorimetria)
Para efeitos de valorimetria dos activos dos fundos de pensões, devem as respectivas
entidades gestoras adoptar:
1. Nos Títulos:
a) no caso de títulos cotados em bolsas estrangeiras, a última cotação na bolsa
em que foram adquiridos, efectuada nos últimos 90 dias. Na sua conversão
para kwanzas deve ser utilizado o câmbio do Banco Nacional de Angola;
b) se não se encontrarem cotados ou na falta de um valor de cotação no período
acima referido, deve ser atribuído um valor de acordo com os princípios de
uma adequada avaliação, não podendo ser atribuído valor superior a:
b1) para acções, ao valor contabilístico apurado, excepto se a sociedade emitente
daquelas tiver acções cotadas, com os mesmos direitos, caso em que se deve
tomar a cotação destas como referência, devendo o valor contabilístico das
acções ser determinado de acordo com as contas das respectivas empresas
relativas ao exercício anterior podendo, até 30 de Junho, ser calculado de
acordo com as contas do exercício imediatamente anterior;
b2) para as obrigações emitidas no ano, ao valor de aquisição, sem prejuízo no
disposto na alínea c);
b3) para as outras obrigações, ao valor nominal, sem prejuízo no disposto na
alínea e);
b4) para os títulos de participação, ao valor nominal;
b5) para as unidades de participação em fundos de investimento fechados, ao
valor patrimonial;
b6) para os títulos de dívida de curto prazo, ao valor de aquisição;
c) no caso de unidades de participação em fundos de investimento abertos, o
valor patrimonial;
d) no caso de acções, se o valor determinado apenas pela aplicação dos
princípios acima referidos não reflectir um aumento de capital reservado
a accionistas, anterior à data de avaliação, devem também considerar-se os
factores decorrentes daquele aumento;
e) o valor máximo a atribuir às obrigações que estejam em situações de
incumprimento de juros e/ou reembolsos deve ser determinado de acordo
com os seguintes critérios:

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 267

Book 1.indb 267 10-05-2010 11:52:50


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

e1) as percentagens indicadas no quadro incidem sobre o valor nominal;


e2) no caso de incumprimento de juros e reembolsos aplica-se o critério
conducente à menor avaliação.
2. Nos Imóveis:
a) o valor de mercado, ou seja, o preço pelos quais os imóveis poderiam ser
vendidos, à data de avaliação;
b) determina-se o valor de mercado através de uma avaliação separada de cada
terreno e de cada edifício, devendo aquele valor resultar da avaliação efectuada
por um perito independente, nos termos regulamentares e devendo:
b1) nos fundos de pensões abertos, proceder-se a avaliações separadas de cada
terreno ou edifício, à data de 31 de Dezembro, podendo proceder-se a
valorizações intercalares nas datas de cálculo do valor das unidades de
participação, segundo esquema proposto pela entidade gestora e aprovado
pelo Instituto de Supervisão de Seguros;
b2) nos fundos de pensões fechados ser efectuadas avaliações separadas de cada
terreno ou edifício pelo menos todos os três anos;
b3) a primeira avaliação deve ser efectuada logo após a aquisição de um terreno
ou edifício ou após a data de conclusão da construção dum edifício;
c) no caso de imóveis adquiridos há menos de um ano, o valor a considerar deve
ser o menor dos valores de aquisição ou resultante da avaliação nos termos da
alínea anterior.
ARTIGO 30.º
(Envio de documentação)
1. Como informação complementar a ser enviada ao Instituto de Supervisão
de Seguros relativa à composição dos activos dos fundos de pensões devem ser
remetidos os seguintes documentos:
a) um exemplar do balancete desse fundo, referente à mesma data;
b) no caso de títulos valorizados segundo a alínea a) do artigo 29.º desta norma,
uma fotocópia do jornal da bolsa em que esses títulos foram valorizados;
c) no caso de títulos valorizados segundo a alínea b1) do artigo 29.º desta norma,
os elementos utilizados no apuramento do valor contabilístico.
2. Sempre que um terreno ou edifício seja avaliado, deve ser enviado ao Instituto
de Supervisão de Seguros, no prazo máximo de 30 dias, o respectivo relatório do
avaliador.

CAPÍTULO IV
RESPONSABILIDADE RELATIVA A PLANOS DE PENSÕES

ARTIGO 31.º
(Obrigação de cobertura das responsabilidades)
1. As empresas de seguros com sede em Angola, bem como as sociedades gestoras de
fundos de pensões, devem assegurar o financiamento das responsabilidades por

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

elas assumidas com plano de pensões através de fundos de pensões, de contratos


de seguro ou de outros veículos financeiros legalmente permitidos para a cobertura
dessas responsabilidades, nos termos dos números subsequentes.
2. O meio de financiamento deve ser tal que os activos financeiros afectos não façam
parte do património da entidade que assume a responsabilidade pelo plano de
pensões que se pretende financiar.
3. Sempre que exista coincidência entre a entidade que gere os activos afectos ao
meio de financiamento adoptado e a entidade que assume a responsabilidade pelo
plano de pensões que se pretende financiar esta deve comunicar, anualmente, aos
participantes e aos beneficiários abrangidos, a composição dos activos afectos,
tratando-se de fundos ou de seguros com investimento autónomo das provisões
técnicas e a taxa interna de rendibilidade obtida.
4. As garantias dos contratos de seguro, subscritos com o objectivo de financiar as
responsabilidades assumidas com planos de pensões, têm que corresponder ao
tipo de benefícios em causa admitindo-se, designadamente:
a) rendas vitalícias imediatas e/ou temporárias para garantia do financiamento
de pensões ou prestações em pagamento;
b) rendas vitalícias diferidas com vencimento à idade de reforma prevista no
plano de pensões e impossibilidade do tomador de seguro proceder ao resgate
do contrato, excepto se esse for efectuado para aplicação dos montantes
resgatados noutro meio de financiamento autorizado nos termos desta
norma, para garantia do financiamento da responsabilidade por serviços
passados ou de outras responsabilidades diferidas.
ARTIGO 32.º
(Definições)
1. Sem prejuízo do estabelecido na alínea seguinte, entende-se que «o valor actual de
uma responsabilidade se encontra integralmente financiado» quando o conjunto
dos activos financeiros afectos a essa responsabilidade, avaliados de acordo com a
regulamentação aplicável, for suficiente para assegurar a cobertura daquele valor
actual.
2. Sempre que uma empresa adquira seguros de rendas vitalícias imediatas para
financiamento de pensões em pagamento ou seguros de rendas temporárias para
financiamento de prestações de pré-reforma em pagamento, considera-se que o
valor actual da responsabilidade pelo pagamento das pensões assim financiadas se
encontra integralmente financiado.
3. O «valor actual das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo»,
sempre que esse pessoal faça parte integrante dos participantes de um plano de
pensões, deve ser calculado tendo em conta:
a) a pensão ou a prestação garantida à idade de reforma, nos termos do plano,
considerando o salário projectado na idade respectiva;
b) o quociente entre o número de anos de serviço prestados até à data a que se
refere o cálculo e o número total de anos de serviço à data de reforma.

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

ARTIGO 33.º
(Âmbito)
1. O cálculo do valor actual da responsabilidade deve ser efectuado de acordo com o
plano de pensões garantido pelo associado do fundo de pensões.
2. A determinação do valor actual da responsabilidade assumida com um plano de
pensões deve ser efectuada discriminando o valor actual das responsabilidades
relativas a:
a) «pensões e prestações em pagamento», especificando em separado as
respeitantes a velhice, invalidez, pré-reforma e reforma antecipada até à idade
normal de reforma e após essa idade, ou qualquer outro tipo de pensões
garantidas;
b) «serviços passados de pessoal no activo», excluindo pré-reformados;
c) «serviços futuros de pessoal no activo».
3. O valor actual das pensões e prestações em pagamento e da responsabilidade por
serviços passados de pessoal no activo deve estar integralmente financiado no final
de cada exercício, de acordo com as hipóteses definidas no artigo 34.º da presente
norma, sem prejuízo do disposto nas alíneas a) e b) deste número:
a) os fundos de pensões de contribuição definida que garantam o compromisso
do pagamento de pensões a beneficiários existentes à data de constituição
do fundo e desde que esteja garantida a suficiência de meios para saldar
as pensões em pagamento durante o período de financiamento, podem
estabelecer um período máximo de cinco anos para a amortização daquelas
responsabilidades;
b) nos casos previstos na alínea anterior, o período máximo de financiamento
dos capitais de cobertura relativos às responsabilidades por serviços passados
de pessoal no activo será de 20 anos.
ARTIGO 34.º
(Hipóteses de cálculo)
Para efeitos da determinação do valor actual das responsabilidades referidas no n.º 3 do
artigo 33.º anterior, devem ser utilizados os seguintes pressupostos:
a) a tábua de mortalidade ANGV-2020P é de referência mínima obrigatória,
podendo ser utilizadas outras tábuas de mortalidade, nacionais ou estrangeiras,
desde que os valores actuais quer das pensões e prestações em pagamento,
quer dos serviços passados de pessoal no activo, obtidos através do cálculo
baseado nas tábuas alternativas, não sejam inferiores aos que resultariam da
aplicação da tábua de referência.
§ Único: — Em alternativa e quando não sejam postos em causa os direitos adquiridos
dos participantes e beneficiários do fundo de pensões, nomeadamente em
caso de remição de pensões ou transferência de responsabilidades, pode-
se admitir a utilização de outras tábuas de mortalidade desde que o valor
actual das responsabilidades globais obtido através do cálculo baseado nas
tábuas alternativas, não seja inferior ao que resultaria da aplicação da tábua
de referência.

270 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

b) o cálculo do valor actual das responsabilidades relativas aos planos de pensões


pode ser efectuado numa moeda de referência estável de modo que seja
possível associar um longo histórico estatístico e económico que relacione a
desvalorização da moeda e as taxas de juro de longo prazo, sem prejuízo da
possibilidade das garantias previstas nos planos de pensões estarem expressas
em moeda nacional, conforme n.º 14 do decreto executivo sobre os fundos de
pensões e sociedades gestoras;
c) a taxa de rendimento a utilizar nos cálculos deve ser estabelecida de forma
prudente, isto é, deve ter em conta uma margem razoável para variações
desfavoráveis dos diferentes factores que influenciam a sua evolução, não
podendo basear-se exclusivamente nas hipóteses consideradas mais prováveis.
d) a diferença entre a taxa de rendimento anual utilizada no cálculo do valor
actual das pensões e a taxa de crescimento da pensão não pode exceder quatro
pontos percentuais, não podendo esta última ser negativa;
e) a diferença entre a taxa de rendimento e a taxa de crescimento salarial não
pode exceder três pontos percentuais;
f) a diferença entre a taxa de crescimento salarial a taxa de actualização, até
a idade normal de reforma, das prestações de pré-reforma ou de reforma
antecipada, não pode exceder um ponto percentual;
g) sempre que, para determinação do valor actual das responsabilidades, seja
necessário utilizar outros pressupostos actuariais para além dos definidos nas
alíneas anteriores, os respectivos valores devem ser devidamente justificados.
ARTIGO 35.º
(Financiamento)
1. O montante das contribuições previstas e/ou dos prémios de seguros entregues
para o financiamento do valor actual das responsabilidades por pensões e
prestações em pagamento e por serviços passados de pessoal no activo não pode
determinar que o valor actual dos correspondentes fluxos de caixa projectados, de
entrada e de saída do fundo de pensões, seja negativo em qualquer dos anos futuros
até a previsível extinção do referido fundo por falecimento dos participantes e
beneficiários.
2. Em alternativa e mediante prévia autorização do Instituto de Supervisão de
Seguros é aceitável a demonstração de que o método de financiamento do plano de
pensões é tal que o montante da contribuição e/ou do prémio de seguro entregues
para financiamento das responsabilidades referidas no número anterior, não gera
um valor financiado no final do exercício — superior ao calculado de acordo com o
método «entry age» e os pressupostos indicados no artigo 34.º do presente diploma
com as seguintes modificações:
a) uma diferença entre a taxa de rendimento utilizada no cálculo do valor
actual das pensões e a taxa de crescimento da pensão de dois e meio pontos
percentuais;
b) uma diferença entre a taxa de rendimento e a taxa de crescimento salarial de
dois pontos percentuais.
ARTIGO 36.º
(Gestão financeira, técnica e actuarial)

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 271

Book 1.indb 271 10-05-2010 11:52:51


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

1. Do plano de pensões:
a) o plano de pensões a incluir no contrato de adesão, elaborado de acordo com
as disposições constantes do n.º 3 do artigo 1.º do Decreto n.º 25/98 de 7
de Agosto, só pode prever o pagamento de pensões a título de pré-reforma
nos termos da legislação em vigor, reforma por velhice ou invalidez ou por
sobrevivência;
b) a idade prevista no plano de pensões, a partir da qual se obtém o direito a
uma pensão de reforma por velhice ou pré-reforma, não pode ser inferior a
50 anos, se outra não for estipulada por disposições legais ou de contratação
colectiva;
c) para efeitos da concessão da pensão, estabelecida nos termos dos números
anteriores, é necessário que a entidade gestora possua documento
comprovativo da situação que determina o direito de recebimento da pensão;
d) as bases técnicas, a utilizar no cálculo da remição de parte da pensão em
capital ou na sua transformação noutro tipo de renda, têm que ser coerentes
com os pressupostos definidos nos termos do artigo 34.º desta norma, excepto
quando a legislação expressamente regular a utilização de bases universais
para os mesmos efeitos.
2. Do contrato de gestão:
a) os contratos de gestão devem estabelecer a necessidade do pagamento,
por parte dos associados, de eventuais contribuições extraordinárias,
nomeadamente se os planos de pensões previrem o pagamento de pensões
em caso de invalidez e/ou sobrevivência, caso não seja utilizada a faculdade
prevista no n.º 3 do artigo 23.º do Decreto n.º 25/98, de 7 de Agosto;
b) o plano técnico, actuarial e financeiro, mencionado nos artigos 15.º e 16.º
e referido na alínea e) do Anexo I e na alínea g) do anexo II do Decreto n.º
25/98, da responsabilidade da entidade gestora que serve de base à respectiva
gestão, tem que ser revisto nos termos da lei e, além disso, sempre que a
modificação das hipóteses que serviram de base ao cálculo das contribuições,
incluindo as referentes aos planos de amortização previstos nas alíneas a) e b)
do artigo 33.º desta norma, o justifiquem;
c) o plano a que se refere o número anterior deve conter, devidamente
actualizados, os seguintes elementos:
Número inicial de participantes e de pensionistas, idade a idade;
Data em que se efectua o cálculo actuarial dos valores necessários para a
determinação do custo do plano e data aniversária a que aquele cálculo se
reporta;
Justificação das alterações, eventualmente verificadas, nas hipóteses actuariais
ou na forma de cálculo das contribuições;
Método de financiamento, especificando as modalidades de seguro
eventualmente subscritas, nível de contribuições e formulário técnico
utilizado no seu cálculo;
Eventuais planos de amortização, nos termos das alíneas a) e b) do n.º 3 do
artigo 33.º desta norma;
Fórmula ou processo de determinação da taxa de rendimento, caso a entidade
gestora garanta um rendimento mínimo;

272 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 272 10-05-2010 11:52:51


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Qualquer outra informação considerada necessária para o completo


esclarecimento da posição técnica, actuarial e financeira do plano,
nomeadamente as constantes do artigo 34.º desta norma.
d) os contratos de seguro subscritos no âmbito do n.º 3 do artigo 23.º do
Decreto n.º 25/98 de 7 de Agosto, para garantia das pensões por morte e,
eventualmente, de invalidez permanente, devem:
Revestir a forma de seguros temporários com complementar de invalidez, se a
cobertura deste risco estiver contemplada no plano de pensões;
Indicar o fundo de pensões como único beneficiário do seguro.
e) nos fundos de pensões abertos o montante a debitar ao fundo, a título de
prémio de seguro, deve ser convertido em unidade de participação;
f) a compra de seguros para garantia de pensões é efectuada a prémio de
inventário, isto é, não é permitido o pagamento de comissões de intermediação.
3. Da extinção:
a) se não tiver sido estabelecido um adequado plano de financiamento, de
acordo com o estipulado no n.º 4 do artigo 22.º do Decreto n.º 25/98 de 7 de
Agosto, ou se aquele plano não for cumprido, a entidade gestora deve:
Comunicar ao(s) associado(s),através de carta registada, que se vai proceder à
extinção do fundo de pensões;
Publicitar junto dos participantes e beneficiários a referida extinção;
Elaborar um relatório sobre a situação do fundo de pensões, de que constem,
nomeadamente:
valor do fundo e composição do património respectivo;
forma de distribuição do remanescente do fundo pelos participantes e
destino deste património, em conformidade com as disposições do contrato
constitutivo, regulamento de gestão ou contrato de adesão;
data prevista para a extinção.
b) o pedido de autorização previsto no n.º 5 do artigo 22.º do decreto supra
referido deve integrar os seguintes elementos:
relatório mencionado no parágrafo 3.º da alínea a) anterior do presente ponto
3;
cópia da informação prestada aos associados, participantes e beneficiários e
prova do cumprimento do disposto no parágrafo 2.º também da alínea a)
anterior.
4. Do relatório actuarial:
a) o relatório actuarial previsto no n.º 6 do artigo 23.º do Decreto n.º 25/98 de
7 de Agosto, deve conter os seguintes elementos:
Anuidade a que se reporta;
Número de participantes e de pensionistas, bem como o valor agregado dos
seus salários pensionáveis e das suas pensões, discriminadas por natureza e
idade a idade, à data a que se reporta o relatório;
Comparação, de forma discriminada, entre as receitas e as despesas previstas,
de acordo com as hipóteses formuladas no plano técnico-actuarial e as
realmente ocorridas;
Razões que determinaram as diferenças verificadas relativamente às hipóteses
formuladas;

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 273

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Plano técnico, actuarial e financeiro, sempre que se proceda a sua revisão;


Comparação entre o valor do fundo e os montantes mínimos de referência,
resultantes da aplicação das disposições no artigo 34.º desta norma;
Em caso de incumprimento dos montantes mínimos, indicação do plano de
financiamento proposto;
Caso o plano de pensões preveja o aumento facultativo das pensões em
pagamento, informação sobre a sua actualização e respectivo modo de
financiamento.
b) o relatório actuarial anual deve ser enviado ao Instituto de Supervisão de
Seguros e ao associado, na parte que lhe diga respeito no prazo de 60 dias
após a data aniversária do fundo.
5. Do relatório de gestão:
a) a necessidade de acompanhamento da evolução da situação dos fundos
de pensões requer que, para além das informações previstas no relatório
actuarial, sejam também examinados outros aspectos relacionados com o
cumprimento do contrato de gestão. Nessa medida deverá ser elaborado um
relatório de gestão, a elaborar nos 60 dias seguintes à data aniversaria de cada
fundo, que deve conter os seguintes elementos:
Activos e passivos do fundo, na data aniversária, devidamente classificados e
discriminados;
Comparação dos referidos valores com os da data aniversaria anterior;
Resumo das receitas e despesas do fundo durante o ano anterior, classificadas,
respectivamente, segundo a sua origem ou destino. A diferença entre estes
valores indicará o incremento líquido do activo durante o referido ano;
Relação das mais e menos-valias potenciais, distribuídas pelas categorias de
bens a que se reportam.
b) se razões especiais o justificarem poderá fixar-se, por acordo escrito entre a
entidade gestora e os associados, nova data aniversária;
c) o relatório de gestão a que se refere na alínea a) anterior, destina-se às entidades
ligadas a cada fundo de pensões, devendo a entidade gestora conservar e
manter disponível um exemplar daquele relatório para eventual análise pelo
Instituto de Supervisão de Seguros.
6. Dos dados de base:
A entidade gestora deve manter uma lista nominal actualizada dos pensionistas de cada
fundo e um ficheiro com os dados que servem de base ao cálculo actuarial do custo do
plano e do montante mínimo do fundo exigido na presente norma.
ARTIGO 37.º
(Dos fundos de pensões abertos)
1. Os contratos de adesão individual ou de adesão colectiva a um fundo de pensões
aberto, previstos no n.º 5 do artigo 18.º e no n.º 3 do artigo 19.º do Decreto n.º
25/98, de 7 de Agosto, são celebrados no montante da aquisição das primeiras
unidades de participação e devem incluir o regulamento de gestão do fundo ou,
pelo menos, a data da sua publicação no Diário da República.

274 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 274 10-05-2010 11:52:51


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

3. Deve existir uma numeração sequencial distinta para os contratos de adesão


individual e adesão colectiva a cada fundo de pensões.
4. Do relatório actuarial devem constar os seguintes elementos:
a) número de contratos de adesão individual e colectiva;
b) relativamente ao conjunto de contratos de adesão individual, o respectivo
número de unidades de participação detidas;
c) relativamente a cada contrato de adesão colectiva, que financie um plano de
benefício definido, as informações estipuladas no n.º 4 do artigo 36.º desta
norma, com as devidas adaptações;
d) relativamente aos contratos de adesão colectiva que financiem planos de
contribuição definida, por cada associado, o número de participantes
abrangidos e o respectivo número de unidades de participação detidas.
ARTIGO 38.º
(Da adesão individual a fundos de pensões abertos)
1. No contrato de adesão individual deve constar a identificação do contribuinte e
do participante.
2. Se não coincidir na mesma pessoa a figura de contribuinte e do participante, deve
também ser enviado a este último um duplicado do contrato referido no número
anterior.
3. No momento de cada aquisição de unidades de participação deve ser entregue
ao contribuinte um recibo comprovativo do respectivo pagamento e do número
de unidades de participação adquiridas, devendo ainda esse recibo conter os
elementos na alínea a) do Anexo III, a que se refere o n.º 5 do artigo 17.º do
Decreto n.º 25/98 de 7 de Agosto e o n.º 1 do presente artigo, para além do
número do contrato de adesão.
4. Se não coincidir na mesma pessoa a figura do contribuinte e do participante deve
também ser enviado a este último um duplicado do recibo referido no número
anterior.
5. A entidade gestora deve informar o participante do número de unidades de
participação adquiridas a seu favor, sempre que este o solicite.
6. A transferência das unidades de participação, a pedido do participante, deve
processar-se da seguinte forma:
a) formulação do pedido por escrito;
b) pagamento directo, por uma entidade gestora à outra, do montante do valor
global das unidades de participação detidas, deduzido da taxa de reembolso;
c) comunicação ao participante pela nova entidade gestora do montante, data
da transferência e número de unidades de participação detidas.
7. No caso de não coincidir na mesma pessoa a figura do participante e do
contribuinte deve ser enviado a este último cópia da informação mencionada na
alínea c) do número anterior.
ARTIGO 39.º
(Da adesão colectiva a fundos de pensões abertos)

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 275

Book 1.indb 275 10-05-2010 11:52:51


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Deve ser estabelecida uma relação cronológica de todas as operações realizadas


relativamente a cada contrato de adesão colectiva a um fundo de pensões aberto,
indicando as unidades de participação transaccionadas e detidas.
ARTIGO 40.º
(Disposições finais)
O presente despacho é de aplicação obrigatória para todas as entidades gestoras de
fundos de pensões e em relação aos fundos já constituídos ou a constituir.
ARTIGO 41.º
(Dúvidas e omissões)
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação do presente diploma
serão resolvidas por despacho do Ministro das Finanças.
ARTIGO 42.º
(Entrada em vigor)
Este despacho entra em vigor na data da sua publicação.

O Ministro, José Pedro de Morais Júnior.

ANEXO 1
(Modelo a que se refere o n.º 2 do artigo 5.º do regulamento que antecede)

276 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 276 10-05-2010 11:52:51


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 277

Book 1.indb 277 10-05-2010 11:52:52


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
(i) Os elementos referidos em (8) só podem ser considerados mediante autorização do
ISS;
(ii) As adesões individuais a fundos de pensões abertos incluem-se em (11), se a entidade
gestora não assume o risco de investimento.
(XI) referente ao conceito de margem mínima de solvência da actividade seguradora;
(X2) referente ao conceito de margem mínima de solvência legal da actividade
seguradora.
(IV) (V) — Quando estas indicações forem, respectivamente, inferiores a II e a I, a
situação é de «insuficiência de garantias financeiras».

O Ministro, José Pedro de Morais Júnior.

278 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

ANEXO 2

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 279

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

280 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 281

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
(i) Os elementos referidos em 1 — B (8) só podem ser considerados mediante autorização
do ISS;
(ii) A percentagem deve ser indicada com duas casas decimais;
(iii) O período de referência para o valor médio anual das indemnizações e reportado
aos três últimos exercícios, com excepção das empresas de seguros que exploram apenas
um ou vários dos riscos de créditos ou outros riscos relacionados com elementos da
natureza que não constituam fenómenos sísmicos em que esse período é de sete anos;
(iv) As adesões individuais a fundos de pensões abertos incluem-se em (33), se a entidade
gestora não assume o risco de investimento.
(XI) referente ao conceito de margem mínima de solvência da actividade seguradora;
(X2) referente ao conceito de margem mínima de solvência legal da actividade
seguradora.

O Ministro, José Pedro de Morais Júnior.

282 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

ANEXO 3

Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de participantes» indicar o número em 31 de Dezembro.
3 — Em «Pensão paga por» indicar F, S ou A, consoante se trate de pagamento através
do fundo, de compra de seguro ou de ambas.
4 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontram
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenham sido adquiridas
uma renda vitalícia no ano, consoante os casos.
5 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
6 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
7 — Em «Remições» indicar o montante de capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 283

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de participantes» indicar o número em 31 de Dezembro.
3 — Em «Pensão paga por» indicar F, S ou A, consoante se trate de pagamento através
do fundo, de compra de seguro ou de ambas.
4 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontram
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenham sido adquirida
uma renda vitalícia no ano, consoante os casos.
5 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
6 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
7 — Em «Remições» indicar o montante de capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.

284 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 284 10-05-2010 11:52:53


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontrem
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenha sido adquirida uma
renda vitalícia no ano, consoante os casos.
3 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
4 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
5 — Em «Remições» indicar o montante do capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 285

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontrem
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenha sido adquirida uma
renda vitalícia no ano, consoante os casos.
3 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
4 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
5 — Em «Remições» indicar o montante do capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.

286 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 286 10-05-2010 11:52:54


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Para os fundos de pensões abertos indicar a informação relativa a cada adesão em
linhas separadas com a identificação «Fundo/Adesão n.º» e «Designação do Fundo
da Adesão Colectiva», e a informação relativa ao conjunto das adesões individuais
numa única linha, identificando apenas o número do fundo.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários que se encontrem
a receber uma pensão paga pelo fundo ou para os quais tenha sido adquirida uma
renda vitalícia no ano, consoante os casos.
3 — Em «Pensões» indicar o montante das pensões pagas pelo fundo no ano.
4 — Em «Prémios únicos» indicar o montante dos prémios únicos de rendas vitalícias
adquiridas pelo fundo no ano.
5 — Em «Remições» indicar o montante do capital ou do prémio único de outro tipo
de renda resultante da remição, pagos no ano.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 287

Book 1.indb 287 10-05-2010 11:52:54


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Em «Actualização paga por» indicar F ou S, consoante se trate de actualização paga
directamente pelo fundo ou através da aquisição de seguro.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários para os quais
tenham sido actualizadas, no ano, as rendas vitalícias anteriormente adquiridas
pelo fundo.
3 — Em «Pensões/Prémios únicos» indicar o montante anual das actualizações pagas
directamente pelo fundo ou através de aquisição de seguro.

288 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 288 10-05-2010 11:52:54


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Em «actualização paga por» indicar F ou S, consoante se trate de actualização paga
directamente pelo fundo ou através da aquisição de seguro.
2 — Em «Número de beneficiários» indicar o número de beneficiários para os quais
tenham sido actualizadas, no ano, as rendas vitalícias anteriormente adquiridas
pelo fundo.
3 — Em «Pensões/Prémios únicos» indicar o montante anual das actualizações pagas
directamente pelo fundo ou através de aquisição de seguro.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 289

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

1 — Preencher para cada fundo.


2 — Indicar o número de novos beneficiários que durante o exercício começam a
receber um benefício à idade (x), quer este seja garantido pelo fundo ou através de
compra de rendas vitalícias.

290 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
Em relação às colunas A):
1 — Preencher, relativamente aos dados dos fundos de pensões geridos no final do
exercício, para cada fundo.
2 — Ex = Ax + (Bx-Cx)/2 em que:
Ax — Número de pensionistas com idade X no início do exercício.
Bx — Número de pensionistas que atingem a idade X durante o exercício e
ainda os que começam a receber pensão à idade X.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 291

Book 1.indb 291 10-05-2010 11:52:55


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Cx — Número de pensionistas que morrem com idade X ou que atingem a


idade X+1 durante o exercício.
Se existirem pensões de orfandade deve-se também ter em conta, no cálculo
de Cx2, o número de pensionistas que perdem o direito à pensão à idade X.
Em relação às colunas B):
1 — Preencher para cada fundo: Para os fundos de pensões abertos criar uma folha por
adesão colectiva e uma folha com a informação relativa ao conjunto das adesões
individuais.
2 — Indicar o número de participantes com idade (X) à data de 31 de Dezembro.

292 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 292 10-05-2010 11:52:55


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Notas:
1 — Em «Existentes», indicar o número de adesões ou de unidades de participação
existentes cm 31 de Dezembro do ano anterior.
2 — Em «No ano», indicar o número de adesões efectuadas ou o número de unidade
de participação adquiridas no ano em curso.
3 — Em «Valor da unidade de participação» indicar o valor da unidade de participação
em 31 de Dezembro.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 293

Book 1.indb 293 10-05-2010 11:52:56


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Nota:
Preencher para cada fundo.

Notas:
1 — Preencher para cada fundo.

294 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 294 10-05-2010 11:52:56


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

2 — Em «Valor da unidade de participação» indicar o valor da unidade de participação


em 31 de Dezembro, em kwanzas.
3 — Em «Associados» preencher uma linha para cada associado.
4 — Em «Tipo de benefício» indicar se o plano de pensões é de benefício definido
(BD), contribuição definida (CD) ou misto (M).
5 — Em «Número» indicar o número existente em 31 de Dezembro.
(Modelo a que se refere o artigo 23.º do regulamento que antecede)

ANEXO 4 COMPOSIÇÃO DO ACTIVO

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 295

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

Preencher um mapa por cada fundo; (x) Estas rubricas devem corresponder à alínea f)
do n.º 2 do artigo 12.º do Decreto executivo n.º /03.

1 — Preencher um mapa por cada fundo.

296 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

Book 1.indb 296 10-05-2010 11:52:56


Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

(2) —Não podem ser concedidos empréstimos aos participantes dos fundos de pensões
abertos.
(3) —Discriminar em anexo as rubricas cujos valores justificam a diferença entre este
total e o valor do fundo.

Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 297

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Despacho n.º 9/2003 de 21 de Fevereiro

(vide continuação)
1 — Preencher um mapa para cada tipo de activo indicando o respectivo número de
código, na listagem — Verso.
2 — As colunas 2 e 3 não são preenchidas nos casos dos tipos de activos 9 a 14 inclusive.
Vide Mapa FP11.

LISTAGEM CODIFICADA
Tipos de Activo
Activos expressos em moeda nacional:

1— Títulos do Estado.
2— Obrigações, incluindo obrigações de caixa.
3— Títulos de participação.
4— Outros títulos negociáveis de dívida.
5— Acções de sociedades anónimas.
6— Fundos de capital de risco.
7— Unidades de participação em fundos de investimento mobiliário.
8— Unidades de participação em fundos de investimento imobiliário.
9— Empréstimos hipotecários, excepto sobre imóveis que sejam de exploração
industrial.
10 — Empréstimos concedidos aos participantes do fundo de pensões.
11 — Numerário.
12 — Depósitos em instituições de crédito.
13 — Aplicações no M.M.I.
14 — Imóveis inscritos no registo predial como integrantes do fundo, desde que não
sejam de exploração industrial.
15 — Outros activos não englobados pelos códigos anteriores.
Activos expressos em moeda estrangeira:
16 — Obrigações cotadas em bolsas de valores de outros Estados, cujos mercados estejam
devidamente regulamentados e com funcionamento regular.
17 — Acções cotadas nas bolsas de valores de outros Estados, cujos mercados estejam
devidamente regulamentados e com funcionamento regular.

O Ministro, José Pedro de Morais Júnior.

298 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

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