a frase "para que Tu possas", en- feitas de forma convicta e segura. Daí dar a paz. (Núm.
az. (Núm. 6:24-26; esta seria de
N contramos o verbo poder conju-
gado no presente do subjuntivo:
que eu possa, que tu possas, que
ele possa, que nós possamos, etc. A pa-
lavra subjuntivo significa "subordina-
do", que está dependente de alguém,
ou condicionado a determinada cir-
cunstância. O termo subordinado ou
dependente designa aquilo ou alguém
que não tem autonomia plena, que
está vinculado a outrem ou vive às suas
expensas, devendo-lhe obediência.
Quando falamos em "condiciona-
do", identificamos algo ou alguém que
está sujeito a determinadas condições,
que não tem autonomia total, que está
onerado no todo ou em parte, ou foi-
lhe imposta qualquer sanção. É um
dependente. Tudo que faz ou realiza,
depende de alguém.
A palavra "poder" implica na exis-
tência da capacidade de exercer, na
vontade de agir, dirigir, usar e dispor
do que é seu, e em alguns casos, até do
que é de outrem. O "poder" é a facul-
dade de ter autoridade e exercê-la, dis-
pondo dela com potência e vigor. É a
aplicação da força moral, intelectual
ou física. É o exercício pleno da sobe-
rania, da influência e do domínio tan-
to temporal quanto espiritual.
Aquilo que é temporal, na acepção
adjetivada, é secular, é profano. É antô-
nimo de eterno que, por sua vez, não
tem princípio nem fim. É imutável,
não está dependente de tempo, de es-
paço ou de qualquer outra dimensão.
O Senhor Deus Altíssimo é Eterno,
bem como as Suas virtudes tais como
Seu Amor, Justiça e Evangelho. Do Se-
nhor Deus, como disse Seu Filho Jesus,
"é o reino, o poder, e a glória para todo
o sempre. Amém" (Mat. 6:13).
Várias afirmativas inspiradas
confirmam que o Senhor Deus é o
Todo-poderoso, portanto, ilimitada é
a Sua capacidade e entendimento.
Disse Jesus: "para Deus tudo é possí-
vel" (Mat. 19:26). E disse Jó: "Bem sei
que tudo podes" (Jó 42:2). Assim,
chegamos facilmente à conclusão de
que não é correto nos dirigirmos ao
Todo-poderoso usando o verbo "po-
der" no presente do subjuntivo, d i -
zendo: Senhor, que Tu possas; ou Se-
nhor, para que Tu possas.
As orações na Bíblia são súplicas
os verbos serem usados sempre e in-
variavelmente no imperativo e no
presente do indicativo, nunca no con-
dicional ou subjuntivo, para que não
haja dúvida no que está sendo pedido, e
muito menos na capacidade dAquele a
quem é dirigida a petição.
Vejamos somente duas das mui-
tas orações encontradas na Bíblia, re-
cheadas de certeza, de segurança, de
fé, e abolutamente desprovidas de d ú -
vidas. Iniciemos com a oração mode-
lo, o Pai Nosso, ensinada pelo Mestre
Jesus Cristo:
"Pai nosso, que estás nos céus, san-
tificado seja o Teu nome; venha o Teu
reino, seja feita a Tua vontade, assim na
Terra como no céu. O pão nosso de
cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós perdoa-
mos aos nossos devedores. E não nos
deixes cair em tentação; mas livra-nos
do mal; porque Teu é o reino, e o poder,
e a glória, para sempre. Amém" (Mat.
6:9-13). Que maravilhosa oração! To-
dos os verbos estão expressando firme-
za inabalável, sem nenhum "que o Se-
nhor possa", ou "para que Tu possas".
Porque Teu é o poder, oh! Senhor
nosso Deus!
Continuando, contemplemos a
oração perfeita do profeta Daniel,
onde ele disse: " 0 Senhor, ouve; ó Se-
nhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e
age; não Te retardes, por amor de T i
mesmo, ó Deus meu" (Dan. 9:19).
Que bendita segurança tinha o
profeta. Ele em nenhum momento
disse, "ó Senhor, que Tu possas ouvir;
ó Senhor, que Tu possas perdoar; ó
Senhor, que Tu possas atender; ó Se-
nhor, que Tu possas agir". O jovem
profeta sabia que o Senhor Deus pode.
Comparemos as duas orações
abaixo e concluamos qual delas está
de forma correta:
1) O Senhor te abençoe e te guarde;
o Senhor faça resplandecer o Seu rosto
sobre ti e tenha misericórdia de ti. O
Senhor sobre ti levante o Seu rosto e te
dê a paz. ( N ú m . 6:24-26; com segu-
rança, com fé).
2) O Senhor possa te abençoar e
possa te guardar; o Senhor possa res-
plandecer o Seu rosto sobre ti, e possa
ter misericórdia de ti. O Senhor possa
levantar sobre t i o Seu rosto e possa te
forma duvidosa, sem fé.)
Se alguém diz ao orar: Senhor,
para que Tu possas, não tem confiança
em Deus e por isso está duvidando do
Seu grande poder. Essa pessoa está
O
^
desejando, de início, que o próprio * g .
Deus possa, ou possa ter o poder de o
atender sua oração. Será que o Deus
todo-poderoso pode mesmo atender
uma oração? Será que Deus pode? Se
pode, como de fato pode mesmo, por
que é que algumas pessoas ainda es-
tão em dúvida quanto a isso? Pelo
menos é o que dizem os que assim se
expressam, pois oram vacilando sem
ter a certeza de que o Deus todo-po-
deroso pode atendê-los.
Disse Jesus: "Homem de pequena
fé, por que duvidaste?" (Mat.14:31).
Certo dia um pai aflito trouxe o filho
para ser curado por Jesus e disse-lhe:
"Mas, se o Senhor pode, então nos aju-
de. Tenha pena de nós! Se Eu posso?
Tudo é possível para quem tem fé, res-
pondeu Jesus" (Mar. 9:22-23, BLH).
"Imediatamente o pai do menino
exclamou, com lágrimas nos olhos, per-
cebendo que tinha duvidado do poder
do Senhor Jesus, e disse agora arrepen-
dido e com firmeza: "Eu creio! Ajuda-
me na minha falta de fé!" (Mar. 9:24). O
pai do menino, percebendo que tinha
duvidado do poder do Senhor Jesus, ex-
clamou com lágrimas nos olhos: "Eu
creio! Ajuda-me na minha falta de fé!"
Note-se que nessa passagem bí-
blica o Senhor Jesus condenou a tão
errada expressão, "se o Senhor pode",
ou em outras traduções, "se Tu po-
des", e repreendeu o homem, dizen-
do-lhe: "Se Eu posso?!" É uma tre-
menda falta de fé dirigir-se a qualquer
um dos membros da Trindade, dizen-
do "que Tu possas". Lembremo-nos
de que "sem fé é impossível agradar a
Deus" (Heb. 11:6).
Ora, se para quem tem fé, tudo é
possível (Filíp.4:13), como é que para
o Autor da fé não vai ser possível? Te-
nhamos a certeza absoluta de que
Deus é todo-poderoso, portanto, Ele
tudo pode. Não digamos nunca mais
"que o Senhor possa"; exerçamos com
plenitude a nossa fé. A
Josias Gonsioroski, advogado, é ancião da
Igreja Central de Brasília.