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NOÇÕES DE PEDOLOGIA

Horizontes dos Solos


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HORIZONTES DOS SOLOS

RELEMBRANDO
Pedogênese é a formação (gênese) dos solos.

CLASSIFICAÇÃO DO PERFIL DOS SOLOS

Pédon (do grego, solo) é uma unidade de estudo do solo. Nesse sentido, utiliza-se a
porção métrica, sendo a face do pédon o perfil do solo, isto é, como se dá a divisão dos hori-
zontes do solo.
A importância dos horizontes está no fato de que é necessário saber cada horizonte para
se colocar na chave do Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS), a fim de clas-
sificar o solo de maneira correta.


ANOTAÇÕES

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Obs.: Uma fatia do solo não possui, necessariamente, todos os horizontes. Assim, alguns
podem ser suprimidos e outros podem não possuir horizontes de transições.

Horizonte: Seção de constituição mineral ou orgânica, à superfície do terreno ou apro-


ximadamente paralela a ela, parcialmente exposta no perfil e dotada de propriedades gera-
das por processos formadores do solo que lhe confere características de inter-relacio-
namento com outros horizontes componentes do perfil, dos quais se diferencia em virtude
da diversidade de propriedades resultantes da ação da pedogênese.
Horizontes e camadas designadas pelo perfil:
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• O, H – Orgânicos: horizontes mais superficiais, que possuem grande quantidade de


matéria orgânica. Nesse sentido, as suas pedogênses são, primordialmente, dadas à
decomposição da matéria orgânica.
• A, E, B, C, F, R – Minerais: horizontes considerados minerais, pois são resultantes da
pedogênese da rocha-mãe.
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Horizonte O

• Camada superficial.
• Constituição orgânica (C > 80 g/kg).
• Formado em condições sem estagnação de água. Portanto, apresenta uma
boa drenagem.
• Pode variar a espessura de acordo com o clima.
– Em climas mais frios, a mineralização da matéria orgânica é menor.
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Horizonte H

• Constituição orgânica (C > 80 g/kg).


• Resíduos acumulados em condições prolongadas de EXCESSO em água, sendo
isso a diferença do O.
• É encontrado em terrenos pouco drenados.
• Em decorrência do acúmulo de água, há pouco oxigênio no solo.
• A mineralização da matéria orgânica é menor, em consequência do acúmulo de água.
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Horizonte A

• Horizonte mineral.
• Constituição orgânica (C < 80 g/kg).
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• Matéria orgânica decomposta encontrada em menor quantidade.
• Possui uma cor mais escura e granular, permitindo maior fluxo de ar e água.
• Favorece a fixação de vegetais.
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Horizonte B

• Horizonte mineral subsuperficial.


• Bastante afetado pelos processos de formação do solo, ou seja, sofreu muito
intemperismo.

ATENÇÃO
Importante para a classificação dos solos brasileiros.

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Horizonte C

• Horizonte mineral subsuperficial.


• Material inconsolidado.
• Pouco afetado pelos processos de formação do solo.
• Pode apresentar cores mescladas, pois existe uma intercomunicação muito grande
com os horizontes superiores e inferiores.

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Horizonte E

• Horizonte mineral.
• Coloração clara.
• Perda de argila, ferro, alumínio, matéria orgânica (de forma individual ou em conjunto),
que desce(m) para o horizonte subjacente.
• Horizonte mais jovem e, portanto, há uma predominância de minerais primários, que
se encontram mais próximos à rocha mãe.
• Constituído de quartzo.
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Horizonte F

• Horizonte mineral.
• Horizonte bem endurecido e consolidado.
• Abaixo do A, E ou B.
15m
• Rico em ferro, alumínio ou cobre, o que favorece o endurecimento.
• Pobre em matéria orgânica.
• Difícil penetração de raízes, devido à sua dureza.

Obs.: A riqueza em ferro, alumínio etc. pode se dar por meio de translocações laterais, e
não somente de um horizonte que está acima.
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Horizonte R

• Segundo a literatura, não se trata de um horizonte, mas de uma camada mineral.


• Material consolidado. Portanto, não passou pelo processo de formação do solo.
• Constituindo o substrato rochoso (R).

Horizontes Transicionais

• Sub-horizontais para caracterizar melhor o horizonte principal.


• Características conjuntas.
• Exemplos: AO, AB, AH, EB, BC etc.
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Para designar características específicas de horizontes. São sufixos representados por


letras minúsculas. As principais são as seguintes:
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• c – concreções ou nódulos endurecidos de Fe, Al, Mn.


• d – acentuada decomposição de matéria orgânica.
20m
• f – material (ferro – plíntico) e/ou bauxítico brando.
• g – gleização (cores cinzentas e neutras), devido à perda de ferro.
• h – acumulação iluvial de matéria orgânica. Ocorre somente para os horizontes
B-escurecidos.
• j – tiomorfismo (material rico em sulfetos). Por exemplo, no manguezal.
• k – presença de carbonatos alcalino-terrosos.
• m – extremamente cimentado.
• n – acumulação de sódio.
• o – material orgânico mal ou não decomposto, sendo possível a identificação da maté-
ria orgânica.
• p – (plow = lavrar) aração ou outras pedoturbações. É voltado para ambientes agrícolas.
• q – acumulação de sílica.
• s – exclusivamente com os horizontes B. É uma acumulação iluvial de sesquióxidos e
possui cores vivas – valor e croma > 3.
• t – acumulação de argila.
• u – modificações antropogênicas (terra preta do índio).
• v – características vérticas, como expansão, contração, fricção, fendilhamento (forma-
ção de fendas) etc.
• w – intensa intemperização. É exclusivo para o horizonte B, sendo característica dos
latossolos.
• x – cimentação aparente reversível.
• y – acumulação de sulfato de cálcio.
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• z – acumulação de sais prontamente solúveis (KCl, NaCl, CaCl2).
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Profundidades
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• Solos rasos – até 50 cm.


• Pouco profundo – 51 a 100 cm.
• Profundo – 101 a 200 cm.
• Muito profundo – mais de 200 cm.

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/CEBRASPE/POLÍCIA CIENTÍFICA/PE/PERITO CRIMINAL/ENGENHARIA
AGRONÔMICA/2016) A respeito das transições dos horizontes do perfil de um solo,
assinale a opção correta.
a. A transição entre horizontes A e B implica que o horizonte do solo seja classificado
como AB, ou seja, que esse solo apresenta características do horizonte A e similari-
dades com o horizonte B.
b. Na transição AC entre horizontes do solo, ignora-se a existência do horizonte B, situ-
ação inexistente nos solos brasileiros.
c. Em operações de coleta de amostras de solo com trado, é necessário eliminar o
material das faixas de transição entre horizontes, até nos casos em que houver tran-
sição abrupta.
d. Recomenda-se avaliar o perfil de um solo após dias chuvosos, pois, nessas condi-
ções, é mais fácil avaliar a transição entre os horizontes e as características morfoló-
gicas do solo, como textura, estrutura e cerosidade.
e. A simples observação do contraste entre horizontes e da topografia do perfil do solo
é suficiente para se classificar a transição de horizontes em um solo.

COMENTÁRIO

a. Solos que apresentam similaridade com seus solos subsequentes têm a nomeação a
partir dos dois horizontes.
b. Não se ignora a existência de um possível horizonte. Além disso, o horizonte B é predo-
minante nos solos brasileiros.
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c. Não é necessário eliminar o material das faixas de transição entre horizontes. Inclusive,
as faixas de transição são muito importantes para a caracterização.
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d. Não é recomendado avaliar o perfil de um solo após dias chuvosos, pois isso afeta as
condições de cores e texturas do solo.
e. A classificação de transição é complexa.

2. (CESPE/CEBRASPE/CODEVASF/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIO-


NAL/2021) Considerando a importância do solo para a estruturação de atividades pro-
dutivas, julgue o item a seguir, acerca da gênese, da morfologia, da classificação e dos
métodos de conservação do solo.
A classe textural e a cor são propriedades morfológicas úteis na diferenciação de hori-
zontes e na avaliação da drenagem do perfil do solo.

3. (CESPE/CEBRASPE/ICMBIO/ANALISTA AMBIENTAL/2014) A respeito de solos e da


hidrologia da bacia amazônica, julgue os itens a seguir.
Solo é um corpo natural com fases sólida, líquida e gasosa que ocupa espaço na su-
perfície terrestre e que se distingue do material de origem por horizontes e camadas
formados a partir da adição, da perda, da transferência e da transformação de matéria
e energia, ou que seja capaz de suportar o desenvolvimento de sistemas radiculares.

4. (CESPE/CEBRASPE/ICMBIO/ANALISTA AMBIENTAL/2014) Com relação às notações


utilizadas em sistemas taxonômicos de classificação de horizontes e de camadas de
solo, assinale a opção correta.
a. Um perfil descrito com sequência vertical do tipo Bt1, Bt2, Btx1, Btx2; C1, C2, Cg1,
Cg2 apresenta uma notação errada, visto que a numeração na descrição do solo
deve ser contínua.
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b. Os sufixos numéricos são empregados em uma notação para representar a subdivi-
são de horizontes principais em relação à sua profundidade.
c. O prefixo numérico é utilizado para designar quaisquer horizontes do solo, exceto o
horizonte R, por ser este uma camada de rocha consolidada.
d. Letras maiúsculas são utilizadas para denotar a descontinuidade litológica do hori-
zonte ou da camada do solo.
e. A notação Cp para um horizonte do solo indica que houve modificações da camada
superficial desse solo devido a cultivo, pastoreio, aração ou revolvimento.
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COMENTÁRIO

a. A notação não está errada.


b. Em um perfil descrito com sequência vertical do tipo Bt1 e Bt2, aquele está mais perto
da superfície (indicado pelo prefixo “1”), enquanto este está mais distante da superfície
(indicado pelo prefixo “2”).
c. Apesar de o horizonte R ser uma camada consolidada, ainda é possível utilizar o prefi-
xo numérico.
d. Letras maiúsculas são utilizadas para denotar a descontinuidade pedológica. Assim, lito-
lógica se refere aos minerais e às rochas.
e. O horizonte C não é um horizonte superficial.

GABARITO
1. a
2. C
3. C
4. b

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Clara Wandenkolck Silva Aragão.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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