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XVI SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE

15º SIMPÓSIO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS DOS PAÍSES


DE LÍNGUA PORTUGUESA

ESTUDO DOS ÍNDICES DE ESTADO TRÓFICO EM UM RESERVATÓRIO


DO SEMIÁRIDO

Antônio Carlos Lucas Pontes 1; Fernanda Monicelli Câmara Brito 2& Vanessa Becker 3

RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi comparar e analisar o índice de estado Trófico – IET dos modelos de
Carlson (1977) e Lamparelli (2004) em um reservatório (Cruzeta) do semiárido do Rio Grande do
Norte a fim de identificar qual modelo melhor se adapta ao semiárido com base na classificação
trófica. Os resultados mostraram que o reservatório estava eutrofizado e foi piorando ao longo do
tempo. O modelo de Carlson classificou o ambiente como hipereutrófico e o de Lamparelli mostrou
três classificações tróficas distintas (eutrófico, supereutrófico e hipereutrófico), sendo que este último
apresentou menor valor de IET. Diante disso, o IET de Lamparelli , foi o modelo que melhor se
adaptou aos dados para estimar o estado trófico, pois foi possível identificar diferentes estágios no
processo de eutrofização. Os resultados desse estudo podem auxiliar os gestores em tomadas de
decisão futuras com relação ao modelo que melhor se adapta nos estudos dos IET no semiárido e
demais regiões do país.

ABSTRACT
The goal of this research was to compare and analyze the Trophic State Index - TSI of the Carlson
(1977) and Lamparelli (2004) models in a reservoir (Cruzeta) in the semiarid region of Rio Grande
do Norte in order to identify which model best fits the semiarid region based on in trophic
classification. The results showed that the reservoir was eutrophic and worsened over time. Carlson's
model classified the environment as hypereutrophic and Lamparelli showed three distinct trophic
classifications (eutrophic, supereutrophic and hypereutrophic), with the latter having a lower ETI
value. Therefore, Lamparelli's ETI ) was the model that best adapted to the data to estimate the trophic
state, as it was possible to identify different stages in the eutrophication process. The results of this
study can help managers in future decision making regarding the model that best fits in the studies of
IET in the semiarid region and other regions of the country.

Palavras-Chave: Eutrofização, Índices de Estado Trófico – IET, Semiárido

1
) Granduando em Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (84) 998029559, carlospontes.eng.ambiental@gmail.com.
2
) Pós-Graduanda em Ecologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (84) 999285619, monicellif@gmail.com
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) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento, (51) 98154-6261, becker.vs@gmail.com
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XVI Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste
15º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Portuguesa
INTRODUÇÃO
A eutrofização se tornou um problema global que pode comprometer a qualidade da água
[Smith e Schindler (2009); Feng et al. (2016)]. Ocorre quando um sistema aquático recebe uma
quantidade excessiva de nutrientes, principalmente fósforo e nitrogênio, estimulando a produtividade
primária [Schindler (2012); Le Moal et al. (2019)], seja por um processo natural ou em razão das
ações antrópicas [Mendes e Almeida (2008)]. Esses nutrientes, geram alterações qualitativas e
quantitativas em comunidades aquáticas, aumentando a ocorrência de florações de cianobactérias,
que podem ser produtoras de toxinas [Hu & Hong (2008)]. Além disso, a eutrofização também
ocasiona a redução dos níveis de oxigênio com eventuais condições anóxicas, aumento da turbidez,
odores indesejáveis, mortalidade de peixes e problemas estéticos [Carpenter (1998); Smith e
Schindler (2009; Paerl (2018)].
Para fazer uma avaliação da eutrofização, é necessário realizar o monitoramento da qualidade
da água, principalmente das concentrações de fósforo (P) e da biomassa algal [Bem et al. (2013)]. Os
resultados de monitoramento devem ser apresentados de uma forma clara, mostrando a classificação
dos ambientes conforme sua qualidade. Uma forma de apresentar esses resultados é através de índices
de estado trófico, caracterizando o estágio de eutrofização em que se encontra o corpo hídrico,
tornando-o uma importante ferramenta de gestão [Lamparelli (2004); Cunha (2013)].
Entre os vários modelos para classificar o Índice de Estado trófico (IET), destaca-se o de
Carlson (1977), que desenvolveu um modelo para estimar o IET de lagos temperados. O IET de
Carlson tem sido utilizado globalmente para classificar o estado trófico em lagos naturais e
reservatórios [Noori et al. (2021); Kehayias e Doulka (2014); Özkundakci, et al. (2010)]. Contudo,
mesmo seu modelo sendo fundamentado em regiões temperadas, estudos foram desenvolvidos
fazendo uso do índice em regiões tropicais e subtropicais [Toledo et al. (1983); Cunha et al. (2013)].
Os ambientes tropicais possuem características distintas dos ambientes temperados, como por
exemplo, maior radiação solar e temperaturas e maior assimilação de fósforo, podendo ser mais
vulneráveis à produtividade primária ao longo do ano quando comparado com regiões temperadas
[Calijuri (2001)]. Diante disso, o índice de Lamparelli (2004) foi criado para reservatórios tropicais,
e esse índice, mostra uma maior sensibilidade, aumentando a abrangência das classificações tróficas,
assim como, melhoram a concordância entre as classificações de clorofila-a e as concentrações de
fósforo total, para um mesmo ambiente [Lamparelli (2004)].
Por sua vez, os ambientes tropicais semiáridos também possuem particularidades que o
distinguem, como altas taxas de evaporação, tempo de residência, solos rasos e mal estruturados,
balanço hídrico negativo e passam por constantes períodos de seca fazendo desses ambientes
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naturalmente vulneráveis ao processo de eutrofização [Barbosa et al. (2012); Rocha Júnior et al.
(2018); Leite e Becker (2019)]. Essas características naturais associadas a processos antrópicos, vem
degradando muitos ambientes aquáticos do semiárido pelo processo de eutrofização, comprometendo
a qualidade da água, essa alteração pode ser observada nos indicadores tróficos dos reservatórios.
Portanto, o objetivo desta pesquisa foi comparar e analisar os Índices de Estado Trófico – IET
dos modelos de Carlson (1977) e Lamparelli (2004) de um reservatório do semiárido do Rio Grande
do Norte. Com base em estudos realizados anteriormente em reservatórios tropicais, a hipótese é que
o modelo de Lamparelli amplie a sensibilidade no sistema de classificação trófica com o propósito de
diferenciar os estágios da eutrofização.

METODOLOGIA
Área de estudo
Para o estudo foi escolhido o reservatório de Cruzeta, localizado no Seridó do Rio Grande do
Norte, inserido na bacia hidrográfica Piancó Piranhas-Açu na região semiárida do nordeste brasileiro,
sendo 40% dessa área pertencente ao estado do Rio Grande do Norte e os outros 60% pertencentes
ao estado da Paraíba (ANA, 2016). Os principais usos de água identificados pela (ANA, 2016) foram
o abastecimento humano, irrigação e dessedentação animal, sendo que o uso mais restritivo é para o
abastecimento humano. A demanda para abastecimento para o reservatório de Cruzeta representa
15% de seu total. Além disso, esse reservatório possui uma capacidade máxima de 23.545.745,33
(m³) e uma área de (996,5 km²).
A amostragem no reservatório foi realizada entre janeiro de 2012 e dezembro de 2019. Dentro
desse período, o reservatório passou por épocas de esgotamento hídrico completo. O período de
secagem total correspondeu à: novembro de 2016 a fevereiro de 2017; outubro de 2017 a abril de
2018; outubro de 2018 a março de 2019.
Análises de dados
A escolha das variáveis tomou como base o modelo de Carlson (1977) desenvolvido para
reservatórios temperados e o modelo de Lamparelli (2004) desenvolvido para reservatórios
tropicais/subtropicais. Primeiramente, foram calculadas as médias anuais dos parâmetros clorofila-a,
fósforo total e Secchi e em seguida, os Índices de Estado Trófico (IETs) com base nas fórmulas
encontradas nos artigos de [Carlson (1977) e Cunha et al. (2021)]. Com os resultados obtidos será
feita a classificação trófica com base nas tabelas 1 e 2.
Tabela 1: Classificação do Índice de Estado Trófico de Carlson (1977)
Estado trófico IET
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Ultraoligrotrófico IET < 20
Oligotrófico 21 ≤ IET ≤40

Mesotrófico 41 ≤ IET ≤ 50

Eutrófico 51 ≤ IET ≤ 60
Hipereutrófico IET > 61

Para analisar os modelos, foi realizada uma regressão linear para um nível de confiança de 95%
(p < 0,05) com a clorofila-a sendo nossa variável dependente, essa regressão indica a relação entre
nutriente-clorofila-a. Uma correlação de Spearman foi feita para indicar se houve uma relação
positiva ou negativa entre todas as variáveis e examinar o grau de correlação (fraca, moderada, forte
ou muito forte) entre elas, assim como o comportamento temporal dos reservatórios. Além disso, foi
realizado um teste de normalidade de Shapiro-Wilk em um nível de confiança de 95% (p < 0,05).
Tabela 2: Índice de Estado Trófico e equivalência com as medidas de fósforo total (PT),
clorofila-a (chla), Secchi (SSD) para reservatórios
Fósforo total Clorofila-a Secchi
Nível Trófico Global
(mg.L-1) (μg.L-1) (m)
Ultraoligotrófico ≤ 0,008 ≤ 1,17 ≥ 2,4 ≤ 47
Oligotrófico 0,008 < PT ≤ 0,019 1,17 < chla ≤ 3,24 2,4 > SSD ≥ 1,7 47 < IET ≤ 52

Mesotrófico 0,019 < PT ≤ 0,052 3,24 < chla ≤ 11,03 1,7 > SSD ≥ 1,1 52 < IET ≤ 59

Eutrófico 0,052 < PT ≤ 0,120 11,03 < chla ≤ 30,55 1,1 > SSD ≥ 0,8 59 < IET ≤ 63

Supereutrófico 0,120 < PT ≤ 0,233 30,55 < chla ≤ 69,05 0,8 > SSD ≥ 0,6 63 < IET ≤ 67

Hipereutrófico > 0,233 > 69,05 < 0,6 > 67

RESULTADOS
Clorofila-a, fósforo total e Secchi
O reservatório de Cruzeta revelou uma variação distinta nos parâmetros de clorofila-a (Chl-
a), fósforo total (TP) e Secchi (SSD) ao longo dos anos (Figura 1). A menor concentração de clorofila-
a (Chla) foi registrada no ano de 2013 com um valor de 2,40 µg/L e a maior foi de 1.206,04 µg/L no
ano de 2016. O fósforo total teve uma mínima de 18,2 µg/L em 2019 e um valor máximo de 3.156,67
µg/L em 2016. Secchi apresentou uma profundidade mínima de 0,03 m em 2016 com uma máxima

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de 1,24 m no ano de 2019. Foi observado que até o ano de 2013, as concentrações de Chla e PT eram
menores, após isso apresentou um aumento nesses parâmetros.

Figura 1: Boxplots dos parâmetros de (a) Clorofila-a (µg/L) , (b) Fósforo Total PT (µg/L) e (c)
Secchi (m) do reservatório de Cruzeta ao longo dos anos

Índices de Estado Trófico de Carlson e Lamparelli


Os resultados obtidos a partir da média global para os valores dos Índices de Estado Trófico
(IET) mostraram diferença ao longo do tempo, sendo que o modelo de Carlson apresentou valores de
IET mais elevados que o de Lamparelli (Figura 2).
O modelo de Carlson mostrou-se hipereutrófico em todos os anos em que o estudo foi
realizado, apresentando valor mínimo do IET 61,24 e máximo de 86,05, enquanto isso, Lamparelli
no mesmo reservatório teve três classificações distintas a de Carlson, classificando-o como eutrófico
nos anos de 2011, 2012 e 2013 com valores de IET entre 59,08 e 61,66, supereutrófico em 2014 e
2019 com IET 64,31 e 64,76 e hipereutrófico nos anos de 2015 a 2018 com IETs entre 67,61 e 71,42.

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Figura 2: Boxplots dos Índices de Estado Tróficos (IET) Carlson (Global) x Lamparelli
(Global) do reservatório de Cruzeta, de 2011 a 2019
DISCUSSÃO
A comparação e a análise dos Índices de Estado Trófico – IET, utilizando os modelos de
Carlson (1977) e Lamparelli (2004) no reservatório de Cruzeta apresentou uma diferença na
classificação trófica entre ambos os modelos. De fato, os resultados obtidos corroboram que o
reservatório estudado se encontrava em condições eutróficas com base na classificação trófica dos
modelos utilizados. As diferenças entre as classificações do IET Global foram observadas durante
todo o período em que o estudo foi realizado, sempre mostrando altos valores no índice de Carlson
(1977). Os resultados para o modelo de Lamparelli (2004) apresentou três classificações tróficas
distintas (eutrófico, supereutrófico e hipereutrófico) aumentando a gama de classificação neste
reservatório e confirmando a hipótese deste estudo.
A região semiárida passa por períodos regulares de seca fazendo com que piore o seu estado
trófico [Brasil et al. (2016); Rocha Jr. et al. (2018)]. Com a ausência de chuvas durante o período de
estiagem, aumenta o tempo de detenção de água, o volume de água é reduzido, com as altas taxas de
evaporação e, com isso pode ocorrer um aumento na concentração de nutrientes e clorofila-a
agravando as condições de eutrofização [Medeiros et al. (2015); Rocha Jr et al. (2018); Santos et al.
(2021)]. No reservatório de Cruzeta, os dados mostraram que houve um aumento nas concentrações
com a intensificação da seca, mas que apresentou uma melhora no final do estudo com o ganho de
água no reservatório.
Ao ser aplicado nos dados desse estudo o IET global de Carlson (1977) praticamente não
ocorreu variação, classificando o reservatório em hipereutrófico. Com isso, seu modelo mostra ser
mais difícil de entender a dinâmica das condições tróficas no semiárido, uma vez que seu índice
superestimou o grau de eutrofização no reservatório. Uma aplicação do modelo de Carlson (1977) foi
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realizada no estudo de em três reservatórios do semiárido, resultando numa classificação entre
oligotrófico a mesotrófico, dada pelo período chuvoso nos anos de 2003 e 2004 [Chellappa et al.
(2009)]. Isso pode ter acontecido porque o volume dos reservatórios deste estudo havia de um maior
volume de água e uma menor concentração de nutrientes [Chellappa et al. (2009)].
Já o IET proposto por Lamparelli (2004) amplia a sensibilidade para o sistema que classifica
o estado trófico e inclui uma nova classe supereutrófica, com o objetivo de diferenciar as fases da
eutrofização. O resultado desse estudo mostrou que o modelo de Lamparelli (2004) é o que melhor
se adaptou ao reservatório desse estudo, pois foi possível observar as transições entre os estágios da
eutrofização com base nos IETs globais, classificando o reservatório de eutrófico a hipereutrófico.
CONCLUSÃO
O IET global de Carlson, indicou maior grau de eutrofização para o reservatório desse estudo
classificando-o como hipereutrófico, enquanto o IET global de Lamparelli mostrou que o reservatório
apresentara diferentes estágios no processo de eutrofização (eutrófico, supereutrófico e
hipereutrófico), sendo que este último apresentou valores mais baixos de IET.
O modelo de Carlson (1977) embora seja um dos mais utilizados para estimar a condição
trófica de um reservatório, certamente não é o mais adequado para todos eles, como para o
reservatório deste estudo (Cruzeta) Modelos como este devem ser vistos como uma evidência ou um
ponto de partida para estudos mais aprofundados. Com isso, pode-se concluir que o modelo de
Lamparelli (2004) se adaptou melhor aos dados para estimar o estado trófico do reservatório estudado
e sua utilização pode contribuir para estudos futuros do IET na região semiárida. Porém, recomenda-
se um aprofundamento no estudo do IET e a influência de outros fatores, além do fósforo em
reservatórios da região semiárida.
AGRADECIMENTOS
Agradecer ao grupo ELISA - Estudos Limnológicos do Semiárido e ao LARHISA –
Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte pelo conjunto de dados que foi utilizado para esta pesquisa.
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