Você está na página 1de 26

Conversores Estáticos de

Potência – CC-CC
FEEVALE

Prof. Ronaldo Antonio Guisso

2º Semestre de 2023
Aulas Anteriores
• Conversores CC-CC não-isolados
➢Conversor abaixador (buck)
➢Conversor elevador (boost)
➢Conversor abaixador-elevador (buck-boost)
Nesta Aula
• Conversores CC-CC isolados
➢Conversor flyback (buck-boost isolado)
➢Conversor forward (buck isolado)
Conversores CC-CC isolados
• Embora os conversores CC-CC sem transformador de isolamento
sejam bastante simples de serem projetados, os mesmos
possuem algumas restrições.
➢ Por questões de segurança, muitas vezes normas são impostas para
isolar a carga e a rede elétrica.
➢ Possibilita que uma fonte possua várias saídas usando 1 interruptor.
➢ O uso de transformador amplia a faixa de variação da tensão de
saída.

• Contudo, o uso do transformador de isolamento introduz alguns


problemas:
➢ Aumento de volume e custo.
➢ Perdas no núcleo e nos enrolamentos.
➢ Sobretensão nos semicondutores devido as indutâncias de
dispersão.
Conversores CC-CC isolados

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor flyback
• O conversor flyback é derivado do conversor Buck-Boost, pela substituição do
indutor de acumulação de energia pelo transformador de isolamento (INDUTOR
ACOPLADO).
• O transformador do conversor flyback, além de sua função clássica de isolação e
adaptação dos níveis de tensão primária e secundária, apresenta a função de
indutor de acúmulo de energia através de sua indutância magnetizante.
• A corrente não flui pelo primário e pelo secundário ao mesmo tempo

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor flyback: Etapas de
operação (descontínuo)
• 1ª etapa – Armazenamento de energia: Semelhante ao
conversor buck-boost.

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor flyback: Etapas de
operação (descontínuo)
• 2ª etapa – Transferência de energia: Inversão da
polaridade de tensão nos enrolamentos e entrada em
condução do diodo de saída.

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor flyback: Etapas de
operação (descontínuo)
• 3ª etapa – Repouso:

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor flyback: Etapas de
operação (descontínuo)

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor forward
• O conversor forward é derivado do conversor buck, com a adição do
transformador e de outro diodo no circuito de saída.
• É quase sempre usado no modo de condução contínua, já que nesta
condição os picos de corrente no primário e no secundário são
menores, assim como a variação da tensão de saída do conversor.
• Existe uma pequena energia magnetizante que circula pelo núcleo, que
deve ser retirada a cada ciclo. Isto faz com que haja necessidade de um
enrolamento auxiliar no transformador para garantir a
desmagnetização.

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor forward:
Etapas de operação
• Etapas de operação:
• 1ª etapa: o interruptor TR encontra-se em condução, e
devido à polaridade dos enrolamentos primário e secundário
há transferência de energia para a carga e acúmulo de
energia na indutância L.

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor forward:
Etapas de operação
• 2ª etapa: ao desligar o interruptor, a polaridade da tensão no primário
se inverte, devido à variação do fluxo. O diodo D1 é reversamente
polarizado. A energia acumulada no indutor L circula pelo diodo de
roda livre D2. A energia acumulada na indutância magnetizante é
devolvida para a fonte através do diodo DD do enrolamento de
desmagnetização. Deve-se garantir que durante esta etapa a corrente
de magnetização se anule, garantindo a desmagnetização do
transformador.

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor forward:
Formas de Onda

Fonte: (MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. , 1995)


Conversor forward:
Equacionamento
• Seja VS a tensão no secundário do transformador e Vin a tensão
no primário:
𝑉𝑖𝑛 = 𝑁𝑉𝑆
• Onde N é a relação de transformação:
𝑁𝑝
𝑁=
𝑁𝑆
• A expressão que define o ganho estático para o conversor buck
pode ser estendida para o conversor forward:
𝑉𝑜 = 𝐷. 𝑉𝑠
𝐷. 𝑉𝑖𝑛 Razão cíclica é limitada em
𝑉𝑜 = 0,5 para não saturar o núcleo.
𝑁
Exercício 1
• Seja o circuito representado abaixo. A chave ideal S fecha e abre
periodicamente, com frequência f, e com razão cíclica igual a D.
• a) Determinar as expressões dos valores médio e eficaz da
tensão de carga;
• b) Determinar a expressão da potência média transferida ao
resistor R;
• c) Determinar os valores da tensão e corrente média na chave S;
• d) Demonstrar que a potência dissipada na chave ideal é igual a
zero.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 2
• Seja o circuito representado abaixo. A chave ideal S fecha e abre
periodicamente, com frequência f, e com razão cíclica igual a D.
Onde V1 = 100 V; R = 20Ω; D = 0,5.
• a) Determinar os valores médio e eficaz da tensão de carga;
• b) Determinar os valores da potência média transferida ao
resistor R;
• c) Determinar os valores da tensão e corrente média na chave S.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 3
• Seja o circuito representado abaixo. Deseja-se uma tensão
média na carga de 150 V . A chave S opera com uma frequência f
= 20kHz, e a tensão de entrada V1 = 200 V. Admitindo que a
potência dissipada na carga seja de 300W, determinar:
• a) A razão cíclica (D);
• b) A tensão eficaz na carga (Vref);
• c) Valor da resistência de carga (R);
• d) A corrente média na carga (IRmed);
• e) As formas de onda de tensão e corrente na carga.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 4
• Seja o circuito representado abaixo. Deseja-se uma tensão
média na carga de 150 V . A chave S opera com uma frequência f
= 20kHz, e a tensão de entrada V1 = 200 V. Admitindo que a
potência dissipada na carga seja de 300W, determinar:
• a) As correntes máxima, eficaz e média na chave S (ISmax, ISef e
ISmed);
• b) A tensão máxima e média na chave S (VSmax, VSmed);
• c) O tempo durante o qual a chave S permanece em condução
(tc);
• d) As formas de onda de tensão e corrente na chave S.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 5
• O conversor CC-CC abaixador (Buck) apresentado na figura
abaixo opera em condução contínua com uma frequência de
50kHz. A tensão de alimentação é de 50V. Deseja-se que a
tensão média de saída seja de 24V, e que a ondulação máxima
de tensão permaneça em 25mV. A ondulação máxima da
corrente no indutor deve ficar na ordem de 500mA. Determine:
• a) A razão cíclica de trabalho;
• b) O valor da indutância de filtro Lo;
• c) O valor do capacitor de filtro Co;

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 6
• Um conversor buck apresenta os seguintes parâmetros: f = 50
kHz, E = 150 V, R = 1 Ω, Vo = 50 V e L = 50 μH. Calcular:
• a) Razão cíclica e tempo de condução do interruptor;
• b) Corrente média na carga;
• c) Ondulação de corrente no indutor;
• d) Valor eficaz e médio da corrente no interruptor;
• e) Desenhar as formas de onda da tensão e da corrente no
indutor L, a corrente no diodo de roda livre, a corrente no
interruptor e a corrente no capacitor.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 7
• O conversor boost apresentado na figura abaixo opera em condução contínua
com frequência de comutação de 100 kHz, tensão de entrada de 100 V,
indutância boost de 1 mH e carga de 200 Ω. A ondulação da tensão de saída é
de 1% da tensão média aplicada à carga. Imaginando que o conversor
opere com razão cíclica de 0,75, determinar:
a) O valor da tensão média na carga (Vo);
• b) A ondulação de corrente no indutor L (∆𝐼𝐿 );
• c) A corrente média no diodo D (𝐼𝐷𝑚𝑒𝑑 );
• d) Potência consumida pela carga (Po);
• e) Corrente média na fonte de entrada (IEmed);
• f) Corrente máxima e mínima no interruptor (ISmax e ISmin);
• g) Valor do capacitor.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 8
• Um conversor boost possui tensão de entrada de 100 V e uma indutância de
500 μH. O interruptor permanece fechado durante 8 μs. Sabendo que esse
tempo representa 80% do tempo necessário para escoar toda a energia
armazenada no indutor boost, e que o circuito opera em condução
descontínua, com frequência de comutação de 50 kHz, calcular:
• a) Razão cíclica;
• b) Tempo de condução do diodo;
• c) Tensão média de saída;
• d) Corrente de pico no interruptor;
• e) Corrente média na carga;
• f) Valor da resistência da carga;
• g) Potência dissipada na carga;
• h) Corrente média no diodo;
• i) Corrente média no indutor.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 9
• O conversor buck-boost apresentado abaixo opera com frequência de 20 kHz.
O capacitor de saída é suficientemente grande de forma que as variações da
tensão na carga são praticamente nulas. A tensão de saída é regulada para 10
V, e a potência na carga é de 10 W. Admitindo uma tensão de entrada de 15 V
e um indutor de 50 μH, determine o modo de operação do conversor. Calcule
posteriormente o valor da razão cíclica.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Exercício 10
• Um conversor buck-boost apresenta os seguintes parâmetros: Vin = 20 V,
fs= 100 kHz, C = 470 μF, R = 10 Ω, D = 0,6 e L = 24 μH. Calcular:
a) Tensão e corrente média na carga;
• b) Potência de saída;
c) Corrente média e eficaz no diodo;
d) Corrente média e eficaz no interruptor;
e) Corrente média e eficaz no indutor;
f) Ondulação de tensão no capacitor;
g) Ondulação de corrente no indutor.

Fonte: (BARBI, I. , MARTINS, D. C., 2000)


Referências Bibliográficas

• BARBI, I. , MARTINS, D. C. Conversores CC-CC Básicos Não Isolados.


Primeira Edição. Florianópolis: Edição do autor, 2000.

• MOHAN, N., UNDELAND, T. M., ROBBINS, W. P. Power Electronics:


Converters, Applications and Design. Second edition. New York: John
Wiley & Sons, 1995.

• RASHID, M. H. Power Electronics: Circuits, Devices, and Applications.


Second Edition. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1993

Você também pode gostar