Você está na página 1de 17
FORMA E DESIGN (1960) ‘Um over arguiteto veo fazer uma pergunta ~Eusonho com espa cheios de maravilas. Espa- ‘9s que surgem e envolvem harmoniosamente, sem co _mego nom fim eitos dem material sem juntas, bronco ‘dorado. Quando eu coloco a primeiea linha no papel Para caplurar 0 sonho,o sonha se tna menor: Essaé umabospergunta, Uma vezeu apeend que ma boa pergunta & maior do que a mais bthanteresposta Essa 6uma questiodoimensaréveleda mensursvel, vel Natureza, naturezafsea, 6 mens Sentiment e sanho nia tém medida, nc tan in ssuagem, eo sonho de cada un & nico Tudo que & feito, no entanto, obedece & ei da na teyeza. © homem & sempre maior do que o sou trabalho Porque ele nunca pede expressar completamente sas aspiragbes. Porque & pelos meios mensurives da com- Posiggoe do design que le se expressa na mnsiea ou na anguitetura. A primeira linha no papel fi € uma medida doque ndo se pede expressar completamente. primet ralinha no papel & menor. = Entdo = disse ojover arquitoto-, qual seria a dis ptina, qual seria 0 ital que tata uma pessoa para mais pertode psique? Porque, ness aura de imaterialidadee no Tinguagem, eu sinta que o homem, verdadeirament,é Vir para « Sentimentoc sfate-se da Tensamen: to, No Sentimento esté a Psique. Fensamento 6 Sent mento e presenga de Oren. A Osten, aeiadora de toda 2 exiséncia tom Vontade da Nao Esisténca, Fu escolho 8 palavta Ordem om vez de sabedoria, ponquc sabeda- ria pessoal 6 muito pouco para expressarabstestamente @ Fonsamento, Basa Vontade est na Psigu. Tao que desejams erat tem 0 te1no sentimenta. Iso € a verdade para o clentista. Ea verde para 0 artista. Mas eu alerte para o fata de que ppermanecer no Sentimento longe do Pensatnento sign fica fazer nada, Disse o jovem arguiteto: ~Vivere fazer nada éintolevel. © sonho j tem em sia oontae de sere 0 desejo ce expressar essa vont, O ensamento € inseparivel do Sentimento, De que ma nea, entdo, pode o Feasamento entrar na eiago, para {que essa vontade psiguica possa ser expressa com mals ‘ate? Essa 6a minha préxima pergunt, ‘Quando um sentimento pessoal transcende para a Religiio (nto uma religi, mas a esséncia de uma te {do) eo Pensamento conchz 3 Fila, a mente se bre Para percepcaes. Percepgio do que pode sero dessa de enistcia de, digamos,espagos anquitténicos singular, A percepsio & a fundigio do Pensamento com © Sent ‘mento na mais perfeita harmonia da mente com a Pique, fonte do que wna evse quer ser E oiinicio da Forma. A Forma compreende uma har ‘ona de sistemas, um senso de Ordem eaguilo que cis tingue uma existénela de outa. A Forma nia tein corpo ‘ou dimensio, Por exemplo, na diferenciaga0 cle una eo thee da colher a colher caraeteriza uma forma que possi das parts insepardves, haste ea concha, Unt caer implica um projet espectice, uma caller fits de prata fou made, gare on pequena, asa ou und Fora & “0 qué”. O Design 6 “como”, Forma éimpessoa, Design Pertence 20 desenhista. Design é um ato ckeunstancia: ‘quanto dinheiro hi disponive, terreno, 0 dente, a ex lensio do conkecimento. Forma no tem nada a ver cm ‘oncligbescircunstanciis. Em anquitetur, ela catateiza ‘uma harmon de espacos satisfac para certaativida- cle humana Refitaentdo sobre © que earacterza, de forma abs- trata, a Casa, ura casa um la. A Casa & a carctritica stata de espagos bons para se viver. A Casa a for ma, devera estar sem corpo ox dimenso, na mente da coat Una easa & a interprtacio condicionsl desis ‘spaces. Iso 6 design, Na minha opin, a grandeza do anguitelo depend do sev poder de perepiso daquilo ‘que & Casa, em wez de seu design de uma casa, que & urn ato ctcunstancal.O Lar 6a eae ses acopantes.O Lae ‘0 torna diferente com cada pessoa que nee vive, ‘O cliente para quem a casa é projtads define as reas de que necessita. O arquitelo cra expagos fora solcitadas,Também se pode dizer que essa es Gre 28a, eriada para uma famflia em partielat, dove ser bon para uma otra familia. Desse modo, o design re ote sua verdade A Foxma iu penso em escola como um ambiente de espagos ‘onde se & bom aprender. Asescalas comesaram cam in hhomem, que nfo sabia que era um professor, iscutindo suas percepgBes deka de uma drvore com uns poseos {que no sabiom que eram shunos, Os estudantes rele iam sobre a toca ele conheimentose sobre como era ‘Dom estar na presengadesse homem. les esperavatn que seus fihos também o eseutassem, Em poco tempo, es pos foram ergulds ¢ apareceram as primelras escolas. (0 estabelecimento de escols era inevitsvel, porque fa- 2a pate do desejo do homem. Nosso aamplo sistema de ceducagio, hoje investido em instituigdes,& proveniente esas pequenas escolas ~ 0 espitto da come, porém, ‘oi esquecid. As sas solictadas por nossasinsiuigaes «de ensino so estereotipadas e nada inspradoras, Ass las de aula uniformes, os armarios alinhados nos carte doves € cutrasdrease dspositivos chamados funciona, requistados pelo institut, si cettamente ajitados em acotes organizados pelo arquitete, que acompanha com tenglo as dreas e seus limites orcamentirios de acono «com o que foi soicitado pelas autoridades escolates. As *scolas so boos para olhar no entanto,sio varias em ar- ‘quitetura, porque elas nfo refletom o esptito do homem

Você também pode gostar