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BIM MANDATE

ORÇAFASCIO
Sumário
CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................................................... 2
OBJETIVO....................................................................................................................................................... 3
Organograma ................................................................................................................................................ 4
APLICAÇÃO .................................................................................................................................................... 6
Nível de detalhamento dos modelos ............................................................................................................ 7
Nível de informação dos modelos ................................................................................................................ 8
Usos do BIM .................................................................................................................................................. 9

BIM MANDATE PREFEITURA


CONTEXTUALIZAÇÃO
No mercado público, desde 1º de janeiro de 2021 o DECRETO Nº 10.306 DE 02 DE ABRIL DE 2020
(conhecido como Decreto BIM) e o Ato 56 (PORTARIA NORMATIVA Nº 56/GM-MD, DE 6 DE
JULHO DE 2020), descrevem as principais normativas federais para adoção do BIM, estão valendo
para projetos que envolvam qualquer construção nova, ampliação, reforma ou reabilitação.
Dentro das descrições neles contidas.

No mercado privado, 123 das 500 maiores da lista Forbes, e tantas outras de menor porte, já
aderiram ao BIM por vários motivos, mas principalmente pela eficiência no tocante à redução
dos custos de engenharia e execução, e da parte de gestão.

Para toda empresa, pública ou privada, que queira adotar o BIM, é de extrema necessidade que
utilize o BIM Mandate, um documento que descreve em linhas gerais, o fluxo de processos, e
padrões para projeto e execução BIM.

Este BIM Mandate tem a intenção de cobrir toda a agenda de implantação da Estratégia BIM BR
do governo Federal, obrigatórias desde 1º de janeiro de 2020, até 1º de janeiro de 2024,
descrevendo os itens mínimos a serem entregues nos projetos BIM realizados ou chancelados
pela PREFEITURA

Durante o feasibility, é essencial identificar atividades BIM específicas que podem aumentar o
risco do projeto ou exigir tempo extra para serem concluídas. Essas atividades precisam ser
levantadas com os departamentos comercial e jurídico, para solicitar ajustes dos termos
contratuais (solicitações de orçamento, licitações e afins) se necessário. É comum encontrar
licitações e solicitações de orçamento que mencionam o BIM, mas não fornecem detalhes sobre
como os projetos devem ser entregues, o que aumentará o risco do projeto. Em uma situação
em que o cliente não forneça informações, a parte designada principal deve criar um BEP com
produtos padrão.

Para evitar riscos como estes, além do aspecto legal, há uma série de normas, ABNT ISO para
normatização no uso do BIM. A saber:

• NBR 5410
• NBR 6492
• NBR 5626
• NBR 8160
• NBR 6118:2014
• NBR 14931
• NBR 6122
• ISO 19650-1:2018
• ABNT NBR ISO 19650-2:2019
• ISO 19650-3:2020
• ISO/CD 19650-4
• ISO 19650-5:2020
• ABNT NBR 15965-1:2011
• ABNT NBR 15965-2:2012
• ABNT NBR 15965-3:2014
• ABNT NBR 15965-7:2015
• ABNT NBR ISO 12006-2:2018
OBJETIVO
Esse documento tem como objetivo fornecer uma orientação geral quanto à utilização da
metodologia Building Information Modeling (BIM) nos projetos da AXIOM. Apresenta conceitos,
dados de referência e anexos com a finalidade de suportar os processos de engenharia BIM nas
diferentes fases e características dos projetos, evidenciando os possíveis ganhos e benefícios
para o empreendimento.

O BIM NA PREFEITURA
Papéis & Funções
O organograma da PREFEITURA está em constante evolução, adaptando-se às necessidades do
mercado. Assim composto:

• BIM Manager:
o Desenvolve e mantém protocolos e processos BIM;
o Aplica o controle de qualidade da produção do modelo e desenhos;
o Configura a saída de informações do projeto;
o Verifica os diferentes aspectos dos modelos quanto a consistência;
o Gerencia a produção e as entregas de projetos BIM;
o Modelagem e sincronização das informações e a federação dos modelos;
o Certifica a infraestrutura de hardware e software locados apropriadamente;
o Administrar o compartilhamento e publicação e documentos e modelos;
o Desenvolver soluções inovadoras utilizando o BIM para otimizar resultados;
o Fornecer mentoria na aplicação de softwares BIM para a equipe;
o Geração modelos 4D e 5D;
o Prover suporte técnico na habilitação do software BIM para as equipes;
o Gerenciar/entregar apresentações visuais (de projeto) apropriadas aos
membros da equipe;
o Organizar e controlar a Bibliotecas dos objetos BIM;
o Coordena membros BIM das equipes;
o Comunica com membros externos e internos das equipes de projeto;

• BIM Coordinate:
o Guiar a empresa na melhoria do processo de implementação BIM;
o Especificar objetivos BIM;
o Gerir a resistência a mudanças;
o Ajudar no desenvolvimento do negócio;
o Desenvolver e manter processos e protocolos BIM;
o Entender as implicações legais do BIM;
o Compilar documentos contratuais;
o Realizar o controle de qualidade da produção de modelos e desenhos;
o Planejar e desenvolver os formatos de troca de informações;
o Gerir a produção e entrega de projetos BIM;
o Coordenar membros de equipes BIM;
o Realizar a detecção de interferência e registro de informação;
o Modelagem e sincronização de dados e federação de modelos;
Documentar como a modelagem de projetos base deve ter um determinado nível de informação
e um modelo padrão para seguir, para que possam ser usados de base para que quando for
explicar para uma pessoa nova ela possa entender a hierarquia das informações do modelo e
como elas se comportam.

APLICAÇÃO
Este BIM Mandate deve ser considerado o guia para aplicação dos padrões de engenharia da
PREFEITURA a todos os projetos de engenharia contratados de fornecedores externos, ou,
desenvolvidos internamente para que não haja diferentes projetos com detalhamentos de
informações diferentes.

REFERÊNCIAS LEGAIS E NORMATIVAS PARA CHECKLISTS


Os checklists são tabelas para orientação das atividades desenvolvidas por cada time. Cada
departamento terá uma tabela para verificação.
Todos os checklists serão criados obedecendo às legislações nacionais e adicionalmente em
conformidade com normas internacionais vigentes a saber:

• ABNT NBR 15965-1:2011 - Sistema de classificação da informação da construção Parte


1: Terminologia e estrutura;
• ABNT NBR 15965-2:2012 - Sistema de classificação da informação da construção Parte
2: Características dos objetos da construção;
• ABNT NBR 15965-3:2014 - Sistema de classificação da informação da construção - Parte
3: Processos da construção;
• ABNT NBR 15965-4:2021 - Sistema de classificação da informação da construção Parte
4: Recursos da construção;
• ABNT NBR 15965-7:2015 - Sistema de classificação da informação da construção - Parte
7: Informação da construção;
• ISO 19650-2: 2018 - Organização e digitalização de informações sobre edifícios e obras
de engenharia civil, incluindo modelagem de informações de construção (BIM)
• 1 A ABNT NBR 16636-1: 2017 não trata especificamente sobre BIM, mas menciona sobre

a produção de documentação em projetos complexos, e da necessidade de criação de


um plano de trabalho, que no entendimento deste comitê, refere-se ao Plano de
Execução BIM”.
• 1 As normas ISO 19650-1: 2018 e ISO 19650-2: 2018 Já estão traduzidas para o

português, com previsão de publicação em janeiro de 2022.


• A ABNT NBR 5410 - Sistema de padronização e dimensionamento de projetos elétricos
Lege
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FIGURA 2- EXEMPLO DE PROCESSO DE ENTREGAS BIM – FONTE ABDI - GDP

Essencialmente, exceto em casos que não se fizerem necessários a utilização de todos os


recursos, as entregas para todo projeto BIM utilizarão ferramentas de software da ERP e
Autodesk (AEC Collection), e são:

• Diretrizes de projeto: Definidas pelo cliente e ou patrocinador do projeto. Esta entrega


é composta pelos documentos recebidos e acordados no pelo departamento comercial
através do escopo;
• Programa de necessidades, em um checklist Excel, que será importado na ERP;
• Validação de Construtibilidade (Navisworks / ERP);
• Análise de custos unitários (ERP);
• Validação do programa de necessidades (Infraworks, Civil 3D, Revit e ERP);
• Modelo BIM preliminar (Infraworks, Revit);
• Projetos FEED (Front-End Engineering Design, que é a engenharia básica);
• Modelo Federado (Navisworks);
• Relatórios de inexistência de conflitos (Navisworks);
• Sequenciamento construtivo (Navisworks);
• Desenhos de fabricação (Revit, AutoCAD);
• Lista de materiais e mão de obra (Revit, Civil 3D, Navisworks, ERP);
• Desenhos de engenharia 2D e modelos 3D (Revit, Civil 3D, AutoCAD);
• Especificações (Excel, ERP);
• Relatório de conformidade de padrões IFC (Revit [Autodesk Interoperability Tools],
Navisworks);
• Desenhos e modelos de As Built (Infraworks, Civil 3D, Revit, AutoCAD);
Nível de detalhamento dos modelos
O nível de detalhamento de cada modelo será estipulado em checklist no Plano de Execução BIM
(PEB), seguindo a orientação da Figura 3 - Level of Detail do modelo (LOD).

LEVEL OF DETAIL DO MODELO (LOD) E ASSOCIAÇÃO LEVEL OF INFORMATION (LOI)

LOD 400

FIGURA 3 - L EVEL OF DETAIL DO MODELO (LOD)

Nível de informação dos modelos


Conforme a NBR ISO 19650-1, o nível de informação mínimo para cada entrega, se dá conforme
seu propósito de utilização. Em termos práticos, um nível que garanta após a construção, um
desempenho mínimo conforme seus propósitos, o que pode ser estabelecido conforme o
conjunto de normas ABNT 15575. A ABNT NBR ISO 12006 é que estabelece o nível mínimo de
informações. O LOI será disponibilizado no CDE da Orçafascio, o Autodesk Construction Cloud,
em conformidade com o, banco de dados de Model View Definitions (MVDs) da buildingSMART
International e a NBR ISO 12006. A Figura 4- Esquema geral das classes e seu relacionamento –
adaptado de ISO 12006-2- 2015. Ilustra o sistema de classificação. Esta informação constará em
detalhes no plano de execução BIM de cada projeto.
FIGURA 4- E SQUEMA GERAL DAS CLASSES E SEU RELACIONAMENTO – ADAPTADO DE ISO 12006-2-
2015.

Este nível de informação, será incluído no modelo BIM, no nível de objeto modelado, seguindo
a orientação da ABNT NBR 15965. A Figura 5- Relação entre as tabelas da ABNT NBR 15965 e ISO
12006-2. ilustra o sistema de classificação. Esta informação constará em detalhes no plano de
execução BIM de cada projeto.
A especificação de LOD (Level of Detail) é um conceito padronizado pelo American Institute of
Architects (AIA) para medir e classificar os níveis de informações, geométricas ou não, de um
projeto. Esse conceito surgiu para solucionar um problema comum nos modelos BIM, que é
como padronizar e definir o nível de detalhes ou de informações de um projeto. O Level Of Detail
do modelo (LOD) não deve ser desassociado do Level Of Information (LOI).

Existem no mercado algumas classificações de LOD, a mais usada e adotada neste documento
foi formulada pelo AIA e classifica o LOD em cinco estágios:

• LOD 100 - O Elemento do Modelo pode ser representado graficamente no Modelo com um
símbolo ou outra representação genérica, mas não satisfaz o
requisitos para LOD 200. Informações relacionadas ao Elemento do Modelo (ou seja, custo por
pé quadrado, tonelagem de HVAC, etc.) podem ser derivadas
de outros elementos do modelo.

• LOD 200 - O Elemento do Modelo é representado graficamente dentro do Modelo como um


sistema genérico, objeto ou montagem com quantidades aproximadas,
tamanho, forma, localização e orientação. Informações não gráficas também podem ser
anexadas ao elemento do modelo.

• LOD 300 - O Elemento do Modelo é representado graficamente dentro do Modelo como um


sistema, objeto ou conjunto específico em termos de quantidade, tamanho,
forma, localização e orientação. Informações não gráficas também podem ser anexadas ao
elemento do modelo

LOD 350 - O Elemento do Modelo é representado graficamente dentro do Modelo como um


sistema, objeto ou conjunto específico em termos de quantidade, tamanho,
forma, localização, orientação e interfaces com outros sistemas de construção. Informações não
gráficas também podem ser anexadas ao Modelo
Elemento

• LOD 400 - O Elemento do Modelo é representado graficamente dentro do Modelo como um


sistema, objeto ou conjunto específico em termos de tamanho, forma,
localização, quantidade e orientação com detalhamento, fabricação, montagem e informações
de instalação. Informações não gráficas também podem
ser anexado ao elemento de modelo.

• LOD 500 – O elemento do modelo é uma representação verificada em campo em termos de


tamanho, forma, localização, quantidade e orientação. Informações não gráficas também podem
ser anexados aos elementos do modelo.

Além das classificações citadas, existem outras utilizadas no mercado. É importante ressaltar que
a classificação dos LODs tem grandes intervalos para que seja possível introduzir níveis
intermediários, como LOD 250 ou LOD 350, dependendo do escopo e da necessidade de cada
projeto.

Os níveis de desenvolvimento não estão, necessariamente, relacionados com as fases de projeto.


Diferentes disciplinas de modelagem podem estar em diferentes LODs para uma mesma fase de
projeto. Em compensação, os projetos podem definir um mesmo LOD para todas as disciplinas
em cada fase. Em geral, o LOD está relacionado com a necessidade de informações e detalhes
geométricos de cada disciplina e/ou fase de projeto.

O LOD considera os processos de gestão que serão implementados no projeto. A recomendação


é que seja utilizada a metodologia Advanced Work Packageing (AWP). A definição de LOD
também inclui conceitos de pacotes (EWPs, CWPs, IWPs e outros) da metodologia AWP. Para
mais detalhes sobre o conceito de pacotes da metodologia AWP,

A recomendação principal é que o LOD seja definido no início do projeto, junto com a empresa
ou equipe que desenvolverá a engenharia e a equipe de construção, levando em consideração
quais são as demandas do projeto e como a modelagem deverá ser conduzida, em termos de
detalhamento geométrico e de informações, para a execução da obra na etapa de construção. É
importante considerar na definição do LOD a capacidade de processamento dos sistemas de
engenharia utilizados na modelagem e dos sistemas de gestão em campo para que os níveis de
detalhamento e informação não comprometam o desenvolvimento das atividades de
engenharia, extração dos respectivos produtos e atividades de gestão do projeto.

As definições acerca dos LODs utilizados nos projetos devem constar no Plano de Execução BIM
(PEB).
DIMENSÕES E USOS DO BIM

MODELO 2D

A dimensão 2D relaciona-se ao conceito de agregar informações vetoriais em desenhos de


engenharia. Na modelagem 2D, por exemplo, desenhos que expressem uma vista em planta, ou
corte dos vários modelos, incluindo fluxogramas, possibilitando a utilização dessas informações
pelas demais fases e disciplinas envolvidas no desenvolvimento, implantação e operação do
futuro empreendimento.

MODELO 3D

A dimensão 3D é a representação do terceiro eixo, o Z, ao plano 2D (X e Y), expressando uma


visão próxima que que temos do mundo real. A modelagem 3D é o processo de elaboração de
todos os elementos presentes em um projeto de forma tridimensional, agregando informações
relevantes detalhes geométricos na engenharia. Este modelo será base para a orientação da
construção, devendo integrar todas as disciplinas projetuais. Diferentemente de uma maquete
3D, com a modelagem 3D funcionalidades como detecção antecipada de interferências, extração
de desenhos e extração de

quantitativos são automatizadas em sistemas computacionais que utilizam o modelo 3D como


base para melhorar a qualidade do projeto a ser construído.

O modelo 3D, além do papel de facilitar a visualização do projeto, é uma ferramenta de gestão
utilizada durante todo o ciclo de vida do projeto. O desenvolvimento do modelo 3D pela
engenharia deve seguir os requerimentos técnicos estipulados para assegurar que ele seja o
unificador das informações do projeto, auxiliando os processos de gestão desde o planejamento
até o close-out. Para mais detalhes sobre os requerimentos técnicos de desenvolvimento do
modelo 3D,

Durante o desenvolvimento do modelo 3D é importante entender as necessidades da construção


e comissionamento, para assegurar que o modelo seja usado para suportar os processos de
gestão. De forma geral, dois pontos chaves a serem observados são: a inclusão de atributos para
os processos de gestão integrada e a modelagem dos elementos de acordo com as necessidades
e limitações da construção.

MODELO 4D

A dimensão 4D associa a informação de tempo ao modelo tridimensional. A partir dos dados


oriundos do planejamento, como as datas das etapas e atividades presente no cronograma da
construção, associados ao modelo 3D é possível realizar uma gestão da construção de forma
visual e interativa. Complementarmente, a modelagem 4D também oferece suporte ao
planejamento em Lean Construction, utilizando metodologias de empacotamento, como o
Advanced Work Packaging (AWP). Este, por sua vez, visa a priorização da construção e
comissionamento, facilitando a associação das informações presentes no cronograma do
planejamento com o modelo 3D.

Além do cronograma da construção, é possível associar as datas do planejamento de entrega


dos materiais, realizando a gestão deles quanto à logística, inspeção, diligenciamento e entrada
e saída dos materiais do almoxarifado. Dessa forma, o modelo 4D se torna a ferramenta principal
durante a fase de Workface Planning (WFP). O modelo 4D deve atender aos requerimentos

MODELO 5D

O modelo 5D associa à dimensão tempo (4D) informações sobre custos. São incorporados no
modelo 3D os valores monetários de material, mão de obra e equipamentos. A partir da
modelagem 5D, é possível acompanhar a evolução orçamentária do empreendimento ao longo
do tempo, denominado planejamento de custo em tempo real. Outra grande vantagem da
modelagem para a etapa de orçamento é a extração de quantidades do modelo 3D para suporte
à estimativa de custos detalhada. A modelagem 5D também garante outros valores aos estudos
de engenharia, uma vez que permite a representação e visualização de novos cenários junto à
extração de seus quantitativos, permitindo novas tomadas de decisão.

Usos do BIM
As dimensões de modelagem 3D, do tempo, 4D, e do custo 5D, são suficientes para construir um
empreendimento. Há melhorias que podem ser empregadas. A estas melhorias denominamos
"usos do BIM". Outras camadas (dimensões), a exemplo da dimensão de eficiência energética,
que pode ou não ser a mesma tratativa da sustentabilidade, que pode ainda incluir as
certificações LEED. podem ser solicitadas pelo contratante. Da mesma maneira, que para a
garantia legal, a dimensão de facilities management, facilita a operação e manutenção da
construção. Dentre outras. No entendimento do Comitê BIM da Prefeitura, estas dimensões, sem
nomenclatura "D" devem ser incluídas apenas por solicitação do contratante, tratada como
exceção no Plano de Execução BIM, e submetida pela aprovação do comitê antes de
implementada em um projeto.

GESTÃO DE PROJETOS BIM

O AWP é um framework de gerenciamento integrado e execução de projetos. Essa metodologia


tem como princípio dividir o escopo do projeto em pacotes gerenciáveis de trabalho para
planejamento e execução. A gestão por pacotes de trabalho inicia na fase conceitual e continua
até a entrega do projeto. Os processos do AWP fomentam o alinhamento dos stakeholders com
a estratégia construtiva, aumentando a produtividade e previsibilidade do projeto.

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (2009), a produtividade é o


elemento básico do crescimento ao longo do tempo, e para elevar a produtividade é necessário
utilizar de maneira mais eficiente os recursos disponíveis o BIM oferece muitos benefícios aos
seus usuários. Por exemplo, ele pode potencialmente aumentar a eficiência, a qualidade e a
produtividade do projeto de construção através da redução do número de erros e
incompatibilidades, proporcionando projetos mais precisos e a atualização de informações.

Para potencializar os processos de AWP, incorpora-se conceitos ágeis e Lean na engenharia,


construção e fornecimento. O BIM tem papel fundamental para sustentar a implementação da
gestão integrada com o AWP, portanto é imprescindível que, durante a definição das diretrizes
para a implementação de BIM, também se considere as diretrizes de implementação de AWP.

As aplicações do BIM como ferramenta para a gestão AWP podem variar de acordo com o tipo
de projeto e o nível de implementação do AWP. Durante a engenharia básica e planejamento, o
BIM tem um papel de facilitar e documentar o Path of Construction (POC). O POC são sessões de
planejamento integradas, que tem como objetivo definir pacotes de trabalho e a sequência
construtiva de forma colaborativa. O modelo 3D é usado como principal ferramenta para
visualização dos pacotes e condução das sessões. Ao longo desse processo, o modelo 3D deve
ser atualizado para refletir as definições das áreas de construção (CWAs) e pacotes de construção
(CWPs). Com a finalização das sessões de POC, o cronograma master do projeto com a visão de
AWP é construído e integrado ao modelo 3D, assim possibilitando a construção de simulações
4D para validação da sequência construtiva. Para mais informações sobre os processos de
planejamento,
GLOSSÁRIO

Advanced Work Packaging (AWP)

Metodologia que tem como princípio a interligação da cadeia desde a Engenharia, envolvendo
o Suprimentos e a Construção, por meio do detalhamento dos pacotes de trabalho.

Building Information Modeling (BIM)

Metodologia que visa a gestão da informação por todo o clico de vida de um projeto.

BIM Execution Plan (BEP)

Plano de execução da metodologia BIM em projetos

Modelo

Conteúdo do banco de dados de um sistema de engenharia digital, associado às suas bibliotecas


de referência e demais arquivos que são utilizados e produzidos ao longo do projeto.

DRM

Dados de Referência para Modelagem, utilizados como padrões mínimos para elaboração de
bibliotecas e modelos BIM.

(POC)

Definição do sequenciamento construtivo do projeto, identificando as áreas de construção


(CWAs) e os pacotes de trabalho.

Workface Planning (WFP)

Processo de organização e entrega de todos os elementos necessários para os pacotes de


serviços (work packages), antes do início da sua execução. É obtida através da quebra dos
pacotes de serviços em pacotes distintos, que descrevem e cobrem todo o escopo de trabalho
de um projeto.

Last Planner System (LPS)

Método que tem por objetivo melhorar o desempenho do processo de planejamento e controle
de produção (PCP), através de medidas que buscam proteger o planejamento contra os efeitos
da incerteza.

Construction Work Area (CWA)

Área de trabalho definida pela Construção. Cada CWA tem seus limites definidos pela associação
lógica de trabalho.

Construction Work Package (CWP)

Um CWP define a divisão lógica e gerenciável de trabalho no âmbito da Construção. Eles são
definidos em FEL 3 de forma a suportar o caminho da Construção, desta forma precisam estar
alinhados com o plano da Construção.

Engineering Work Package (EWP)


É um produto da engenharia que contém todos os dados, documentos e informações requeridos
para os CWPs. O EWP deve ser definido na fase de engenharia detalhada, e estar alinhado com
a sequência construtiva e suas prioridades.

Procurement Work Package (PWP)

Um PWP é uma lista completa de todos os materiais e equipamentos fornecidos para os CWPs.
O escopo de um PWP pode ser específico para um equipamento de engenharia ou para um grupo
de fornecimento. O PWP visa o alinhamento de suprimentos com a sequência construtiva.

Installation Work Package (IWP)

Plano de trabalho para frente de serviços que compreende a programação semanal e que é
desenvolvido a partir de um CWP, EWP e PWP. É um produto da etapa de Execução, que capacita
a equipe de Construção a executar suas atividades de forma segura, previsível, mensurável e
eficiente. Pode ser conhecido também como FIWP (Field Installation Work Package)

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