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Tratamento Nutricional da

Insuficiência Cardíaca Crônica


Introdução - Nos estágios finais da ICC, há uma escala
subjetiva usada para classificar os sintomas
- A Insuficiência cardíaca é um distúrbio com base no grau de limitação nas
progressivo que ocorre quando o ventrículo
esquerdo não pode fornecer o fluxo atividades diárias😊
sanguíneo adequado para o restante do
 Classe 1: Sem sintomas excessivos
corpo..
relacionados com as atividades e

-Três sintomas são o marco da ICC 😊


sem limitação de atividade física.
 Classe I I: Leve limitação a
atividade física, paciente confortável
 Fadiga
em repouso.
 Falta de ar que piora e ocorre no
 Classe I I I: Marcante limitação a
repouso (ortopneia) e á noite –
atividade física, paciente confortável
(dispneia paroxística noturna),
em repouso.
porém a falta de ar ao esforço é o
 Classe V I: Incapacidade de realizar
primeiro sintoma.
atividades físicas sem desconforto,
 Retenção de líquido (pode se
sintomas de insuficiência cardíaca
manifestar como edema pulmonar –
ou dor torácica em repouso.
congestão ou edema periférico)

Caquexia Cardíaca
- A maioria das pessoas com ICC possui - Dos pacientes com ICC moderada a
disfunção sistólica ventricular esquerda. As severa, 35% a 53% possuem desnutrição,
doenças do coração (válvulas, músculos, conhecida como caquexia cardíaca.
vasos e artérias) e vasculatura (HAS) - A caquexia é caracterizada por redução
podem levar a ICC. involuntária do peso corporal, de pelo

- Os fatores de risco para ICC são 😊


menos 6% do peso corporal seco que

ocorre em período maior que de 6 meses. 😊


 Hipertensão
- A etiologia da caquexia não é
 Hipertrofia Ventricular esquerda
completamente esclarecida, e vários fatores
 Cardiopatia Coronária e Valvar
tem sido associados com o seu
 Diabetes (mais importante fator de
risco em mulheres) desenvolvimento como😊
Obs: Os indivíduos que tem DM e
doença cardíaca isquêmica  Hipóxia Celular generalizada
desenvolvem ICC mais  Ingestão calórica diminuída
frequentemente.  Depressão
 Náuseas e vômitos  Obesos: 1000kcal/dia a 1200kcal/dia
 Falta de ar e cansaço a alimentação  Desnutridos: 31 – 35kcal/kg/dia
 Eutróficos: 28,1kcal/kg/dia
Tratamento
- CHO
- As metas a curto prazo do tratamento da
ICC são aliviar os sintomas e melhorar a  50% a 55% doVET
qualidade de vida do indivíduo e a longo - Gorduras
prazo é prolongar a vida pela diminuição,  30% a 35% do VET.
cessação ou reversão da disfunção -Proteína
ventricular esquerda..
 Krause: Desnutridos – 1,37g/kg/dia
- O Tratamento inicial da ICC inclui😊 Eutróficos – 1,12/kg/dia
 Cuppari: Desnutridos – Até
 Dieta com restrição de sódio (menos 3g/kg/dia
que 2g ao dia) Eutróficos – 1g/kg/dia
 Atividade física regular (conforme Disfunção renal – 0,8g/kg/dia
os sintomas permitirem)
-Sódio
 Restrição de líquidos (Restrição
padrão em 2000ml/dia e em casos de  Varia de 1200mg/dia a 2400mg/dia
descompensação, pode-se utilizar  Idosos saúdaveis >71 anos:
restrição de 1000ml/dia a 1200mg/dia
11500ml/dia.  São fontes dietéticas de sódio:
 Uma combinação de quatro drogas e -Sal usado na mesa
usada inicialmente para tratar a ICC: -Sal ou composto de sódio
um diurético, um inibidor da ECA, adicionado durante o preparo ou
um bloqueador β-adrenergico e processamento de alimentos
digoxina. Estas medicações, -Sódio inerente dos alimentos
basicamente, reduzem o excesso de -Água quimicamente amolecida
líquidos, dilatam os vasos
-Líquidos
sanguíneos e aumentam a força de
contração do coração.  Restrição de líquidos (Restrição
padrão em 2000ml/dia e em casos de
descompensação, pode-se utilizar
restrição de 1000ml/dia a
Terapia Nutricional😊
11500ml/dia.
 Congelar pedaços de fruta ou
- A terapia nutricional visa:
consumir balas sem açúcar pode
 Fornecer energia e nutrientes moderar o mecanismo da sede em
adequados, minimizando a perda de pacientes com restrição hídrica.
peso.
-Caféina
 Recuperar o estado nutricional
 Evitar a sobrecarga cardíaca  A cafeína não é recomendada para
pacientes com ICC
- Energia
-Nutrição enteral e parenteral na ICC  Fornecer aporte proteico e calórico
para evitar o catabolismo e
 Enteral: Recomenda-se uma dieta
promover cicatrização.
polimérica, hiperproteica, densidade
 Monitorar e corrigir alterações
calórica de 15kcal/ml, hipossódicas,
gotejamento contínuo em eletrolíticas
posicionamento gástrico (na  Normalização da glicose
ausência de vômitos ou refluxos) -Recomendação:
 Parenteral: Deve-se cuidar o volume
 CHO: 50% a 70% das calorias não
infundido, pois os pacientes já se
proteicas
encontram hipervolêmicos. Atenção
especial deve ser dada a presença de  PTN: 1,5 a 2,0g/kcal/dia
acidemia, níveis séricos de sódio e  LIP: 30% a 50% das calorias não
potássio e função renal. proteicas
 Calorias: 1,3 a 1,5 x GEB para
recuperação
Transplante Cardíaco  Líquidos: 1 ml/kcal
- O transplante cardíaco é a única cura para  Sódio: 2-4g/dia
ICC refratária. Pós Transplante Cardíaco
-As taxas de sobrevida são de 83% em um
ano, 72% em 5 anos e 50% em 9 anos. Tardio😊

-Com a sobrevida mais longa os pacientes


Pré Transplante Cardíaco😊 podem experimentar complicações como
hiperlipidemia, hipertensão, obesidade,
-Deve-se objetivar no pré transplante um diabetes e osteopenia devido aos efeitos
peso o mais próximo do ideal, pois os colaterais das drogas utilizadas (corticoides
extremos de peso corporal (<80% ou e imunossupressores)
>140% do peso corporal ideal) aumentam
- O ganho de peso e a hiperlipidemia são
o risco de complicações como infecções e
duas sequelas importantes á longo prazo no
diabetes, bem como reduzem a sobrevida.
uso de drogas imunossupressoras, além das
-Avaliar os pacientes com relação a acima citadas. Minimizar o aumento
osteopenia, secundária a períodos de excessivo de peso corporal é importante,
inatividade, desnutrição e uso de diuréticos uma vez que os pacientes, que se tornam
de alça. O Tratamento para osteopenia obesos após o transplante, apresentam
consiste em usar suplementos de cálcio maior risco de rejeições e menores taxas de
( 1,0g a 1,5g ao dia) e Vit.D hidrossolúvel sobrevida.

Pós Transplante Cardíaco


Imediato
-Etapas Nutricionais no pós transplante:

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