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A replicação de um banco de dados é um processo que envolve a criação e manutenção de

cópias consistentes e atualizadas dos dados de um banco de dados em um ou mais servidores


adicionais, conhecidos como réplicas. O objetivo principal da replicação de banco de dados é
melhorar o desempenho, a disponibilidade, a escalabilidade e a confiabilidade do sistema de
banco de dados, garantindo que os dados estejam disponíveis mesmo em caso de falhas no
servidor principal.

Aqui estão os principais conceitos relacionados à replicação de banco de dados:

Servidor Principal (Master): É o servidor de banco de dados que contém a fonte principal dos
dados. Todas as alterações nos dados são feitas inicialmente no servidor principal.

Réplicas (Replicas): São servidores adicionais que mantêm cópias dos dados do servidor
principal. Existem vários tipos de réplicas, incluindo réplicas de leitura (para consulta), réplicas
de gravação (para escrita) e réplicas mistas (que suportam tanto leitura quanto gravação). As
réplicas podem estar em locais geográficos diferentes para fins de recuperação de desastres ou
distribuição geográfica de carga.

Sincronização: A replicação envolve a sincronização contínua dos dados entre o servidor


principal e as réplicas. As alterações feitas no servidor principal são replicadas para as réplicas
de acordo com uma política de replicação específica.

Consistência: Para manter a consistência dos dados em todas as réplicas, diferentes estratégias
de replicação podem ser utilizadas, como replicação síncrona (onde as alterações são
confirmadas apenas após serem replicadas para todas as réplicas) ou replicação assíncrona
(onde as alterações são replicadas posteriormente).

Failover: A replicação pode ser usada para fornecer alta disponibilidade. Se o servidor principal
falhar, uma das réplicas pode ser promovida a servidor principal para garantir que os serviços
de banco de dados permaneçam disponíveis.

Escalabilidade: A replicação também pode ser usada para distribuir a carga de trabalho entre
várias réplicas de leitura, melhorando o desempenho geral do sistema de banco de dados.

Recuperação de Desastres: Manter réplicas em locais geograficamente diferentes permite uma


rápida recuperação em caso de desastres, como falhas de data center ou problemas naturais.

Latência: A replicação pode introduzir alguma latência na propagação de alterações,


dependendo do método de replicação e da distância geográfica entre os servidores. Isso deve
ser considerado ao projetar um sistema de replicação.

A replicação de banco de dados pode ser classificada em vários tipos com base na direção da
replicação e no fluxo de dados entre os servidores. Alguns dos tipos mais comuns de replicação
incluem:

Replicação Unidirecional:
• Mestre-para-Escravo (Master-Slave): Nesse tipo de replicação, o servidor principal
(mestre) envia todas as atualizações para um ou mais servidores secundários
(escravos). Os servidores escravos são apenas para leitura e não podem fazer
alterações nos dados. Essa configuração é comumente usada para melhorar o
desempenho de leitura e a disponibilidade. Exemplo: MySQL com replicação mestre-
escravo.

Replicação Bidirecional:

Mestre-Mestre (Master-Master):

• Nesse tipo de replicação, dois ou mais servidores atuam como mestres e escravos ao
mesmo tempo. Isso permite que ambos os servidores façam gravações e leituras. As
atualizações feitas em um mestre são replicadas para o outro, e vice-versa. Isso é útil
para alta disponibilidade e balanceamento de carga. Exemplo: PostgreSQL com
replicação mestre-mestre.
• Replicação em Cascata (Cascade Replication):

Replicação em Três Níveis (Three-Tier Replication):

• Envolve três camadas de servidores: o mestre, os intermediários e os escravos. As


atualizações são replicadas do mestre para os intermediários e, em seguida, dos
intermediários para os escravos. Isso permite que os escravos sejam isolados das
alterações diretas feitas no mestre. Exemplo: Oracle GoldenGate.

Replicação de Ponto a Ponto (Peer-to-Peer Replication):

Replicação de Ponto a Ponto Bidirecional:

• Vários servidores estão interconectados e podem trocar dados diretamente uns com os
outros. Isso é útil quando você tem várias localizações ou data centers e deseja que
todos os servidores estejam sincronizados entre si. Exemplo: Couchbase Server com
replicação ponto a ponto.
• Replicação de Dados Distribuídos (Distributed Data Replication):

Replicação Distribuída em Grade (Grid-Based Replication):

• Nesse cenário, os dados são replicados em vários servidores de forma distribuída,


geralmente em uma rede de grade. Cada servidor tem uma cópia completa dos dados
e pode atender a solicitações de leitura e gravação. Exemplo: MongoDB com replicação
distribuída em grade.
• Replicação de Dados Geograficamente Distribuídos:

Replicação Geográfica Assíncrona:

• Dados são replicados para servidores localizados em diferentes regiões geográficas


para melhorar a disponibilidade e a recuperação de desastres. A replicação pode ser
assíncrona para minimizar a latência. Exemplo: Azure SQL Database com replicação
geográfica.
• Esses são apenas alguns exemplos dos tipos de replicação de banco de dados. A
escolha do tipo de replicação depende dos requisitos específicos do sistema, como
disponibilidade, desempenho, latência, escalabilidade e tolerância a falhas. Cada tipo
de replicação tem suas vantagens e desvantagens, e a seleção adequada depende das
necessidades do seu aplicativo e da infraestrutura disponível.

• A replicação de banco de dados pode ser aplicada em uma variedade de projetos e


cenários, dependendo dos requisitos específicos de disponibilidade, desempenho,
segurança e escalabilidade. Aqui estão alguns exemplos de onde a replicação de banco
de dados pode ser uma escolha apropriada:

Aplicativos de Alta Disponibilidade:

• Projetos que não podem tolerar longos períodos de inatividade se beneficiam da


replicação para garantir a alta disponibilidade dos serviços. Isso inclui aplicativos
críticos, como sistemas bancários, comércio eletrônico e serviços de saúde.

Balanceamento de Carga:

• Projetos que experimentam picos de tráfego ou que têm uma carga de leitura
significativa podem usar réplicas de leitura para distribuir a carga e melhorar o
desempenho. Isso é comum em aplicativos da web, redes sociais e aplicativos de
análise de dados em tempo real.

Recuperação de Desastres:

• Projetos que precisam de um plano de recuperação de desastres eficaz podem usar a


replicação geograficamente distribuída para garantir que os dados estejam disponíveis,
mesmo em caso de falhas de data center, incêndios, inundações ou outros desastres
naturais.

Escalabilidade Horizontal:

• Projetos que precisam dimensionar horizontalmente podem adotar a replicação para


adicionar servidores adicionais conforme a carga aumenta. Isso é útil em aplicativos
que experimentam um crescimento rápido e imprevisível da base de usuários.

Relatórios e Análises:

• Aplicativos que exigem consultas complexas e pesadas em grandes conjuntos de dados


podem usar réplicas de leitura dedicadas para processar essas consultas sem afetar o
desempenho do servidor principal.

Aplicativos com Requisitos Geográficos:

• Projetos que precisam de baixa latência em várias regiões geográficas podem usar a
replicação para manter cópias locais dos dados em servidores próximos aos usuários
finais. Isso é comum em aplicativos de jogos online e serviços de entrega de conteúdo.

Aplicativos de Gerenciamento de Conteúdo:

• Sistemas de gerenciamento de conteúdo, como blogs e sites de notícias, podem usar a


replicação para garantir que o conteúdo seja distribuído globalmente e esteja
disponível rapidamente em várias regiões.

Aplicativos de Big Data:


• Em projetos que envolvem análise de big data, a replicação pode ser usada para
manter cópias dos dados em clusters de processamento distribuído, facilitando a
análise paralela.

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