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LipERANGA Escotar, Projeto E TRABALHO EM Equipa: ExpLoranpo CRuzaMENTos ConceTuais' Jorge Adelino Costa? Sandra Cristina Soares? Patricia Castanheira* Resumo Alideranga nas escolas constitui um dos dominios da andlise organizacional ausufruir de uma atencdo progressiva, jd que, ds tradicionais competéncias de geste do diretor, ha que asseciar a dimenséo da lideranea, enquanto capacidade para influenciar © envolvimento coletive dos membros da erganizagao na consecucae dos objetivos. Neste artige, que assume uma abordagom oxploratéria de sistematizagao concetual, procura-se cruzar alguns aspetos que se percecionam como essenciais nas praticas do lideranga em contexto escolar, a saber: projeto, equipa e emocées. O dirator da escola, numa perspetiva de lideranca eficaz, necessita de se socorrer de um projeto, enquanto contetide e orientacée da sua agdo, do trabalho em equipa, como estratégia de desenvolvimento organizacional, e de néo menosprezaravertente emocionaldo comportamento humano, enquanto aspeto nevralgico do relacionamento interpessoal. Palavras-chave: Lideranca escolar. Projet. Emocées o trabalhe em oquipa. IntropucAo A lideranca 6 um conceito que foi ganhando importéncia ao longo do século vinte o que, nos nossos dias, continua a constituir um dos principais assuntos das agendas sobre questées organizacionais. O terme encontra-se presente em inumeras areas do conhecimento, cluindo no nosso quotidiano, e tem um uso multivariado. Este Este trabalho é cofinanciado por Funces FEDER atrovés de Programe Operacionel Factores de Competitividade - COMPETE e por Fundos Nacionais através da FCT ~ Fundacéo para a Giéncia e a Tecnologie, no éimbito do projeto ELO - EducationalLeadershipObservatory (PTDCICPE-CED/108655/2008). 2 Doutor e Agregado em Educagéio, Professor Catedirétticoda Universidade de Aveiro, Portugal, E-mail: costa@uc.pt. 3 Doutora em Psicologia. Professora: Auxiliar da Universidade de Aveiro, Portugal. E-mail sandra.soares@ua.pt. 4 Doutora em Educacéio, Investigaciora na Universidade de Aveiro, Portugal. E-mail peastonheira@ucpt. 164 Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira facto tem dado origem a diversas teorias ou modelos de lideranga que ropresentam as diversas perspotivas sob as quais 0 conceito tem sido analisado. Assim sendo, 0 conceito de lideranca nao é consensual. Existem tantos conceitos de lideranca que ja lugar-comum afirmar que sGo tantas as definigées de lideranga como as pessoas que estudaram © conceito (CASTANHEIRA, 2010; COSTA, 2000). No entanto, a maior parte das defini¢ées de lideranga tem em comum trés conceitos: influéncia, grupo e objetives. Deste modo, podemos afirmar que a lideranga 6 um processo de influéncia exercido num grupo de modo a atingir dotorminados objotivos (BRYMAN, 1996, p. 276). Esto tipo do definicao, convém reforcar, é, todavia, relativamente recente. Os estudos sobre lideranga, cujo inicio se situa nas primeiras décadas do século vinte, comecaram por se focar nos tragos que um individuo deve deter para ser tornar um bom lider. Esta teoria - a teoria dos tracos — foi desenvolvida em resultado da observagdo das caracteristicas de um bom lider. Mais tarde, surgiu a ideia de que estas caracteristicas deviam sor ensinadas o aprondidas o a teoria dos estilos de lideranca entrou em voga. Com 0 avango dos estudos organizacionais, surgiu uma nova teoria: a de que o lider se deveria ajustar as situagdes com as quais teria que lidar no seu quotidiano. Esta visao contingencial defendia que “tudo depende” e que nao existem caracteristicas de lideranca de sucesso dado que os lideres devem sempre ter em conta as circunstancias nas quais desenvolyem a sua acdo. A perspetiva de que existem tracos especificos do lideranga foi reavivada pelo modelo cultural de lideranca, através da defesa de nogées como a associacdo de lideranca a carisma, a uma viséo especifica da organizacéo, a uma certa inspiragéo que podoria lovar os seguidores ao cumprimento dos objotives dofinidos pelo lider. No entanto, a ideia de certa maneira deterministica de lideranga (em que uns sao lideres e os outros seguidores)comecou a ser desafiada pelas recentes teorias de lideranca que afirmam que a mesma se encontra distribuida e dispersa por toda a organizacao, e onde o lider surge como coordenador ou facilitador do trabalho dos outros membros da organizagae (COSTA, 2000). No caso concrete da lideranca escolar, esta pode ser perspetivada com um enfoque especifico no ambito das teorias organizacionais sobre lideranca. Embora as escolas nao possam ser vistas como um cendrio isolado, rente de todas as outras organizagées, e a investigagao om teoria organizacional possa ser aplicada as oscolas, CCaveswos ue Pesqusa: Pessnuento Eovcacionat, Cyaan, VT, eT, 2164-16, senfoez, 2012. 165 166 Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira a especificidade da escola enquanto organizagao tem sido apontada por diversos autores. GroontioldJr. (1995) aponta trés razées para a especificidade da escola enquanto organizacao: i) 0 facto de que a escola tem como principal objetivos a educagéo dos jovens coloca um desafio ético especial j4 que os lideres escolares devem ter om linha de conta que sao, om tiltima instancia, responsdveis pelo desenvolvimento social, psicolégico ¢ fisico dos seus alunos; ii) para além disso, os lideres escolares tém que lidar com professores altamente especializados e auténomos, os quais, nao raras vezes, tém um grande controlo sobre o sou trabalho, normalmente nao trabalham em coordena¢do com outros profissionais o nado sao frequentemente supervisionados de forma direta; iii) por outro lado, as escolas sdo, ainda, sujeitas a ameacas imprevisiveis 4 sua estabilidade organizacional devido ao facto de estarom abortas ao seu ambiente e a ele serem sensiveis. Costa (2000) também aponta diversas caracteristicas que tornam as organizacées escolares e respetivas liderancasdiferentes. O facto do a lideranga so encontrar distribuida nas escolas através das estruturas de coordonacao intermédia o de o desonvolvimento dossas estruturas ser encorajado sdo especificidades da lideranca escolar. O lider escolar dever respeitar as decisées dos outros lideres e, em alguns casos, ir mesmo contra as suas préprias ideias para colocar om pratica o que os outros lideres docidiram. O caracter democratico da lideranga escolar, com a tomada de decisao partilhada e o encorajamento 4 participagde na tomada de decisdo, também coloca desafios especiticos ao lider escolar. A colegialidade — que implica a climinagae de hicrarquias, promovendo a comunicacao lateral e a nogdo que todos os professores devem fazer parte do processo de tomada de decisdo — reflete o cardcter democratico que a lideranca escolar assume em determinadas culturas. Para além destas caractoristicas, a natureza altamente especializada, auténoma e independente do trabalho que os profissionais da escola desenvolvem é uma marca distintiva e implica uma série de desafios para o trabalho do lider escolar. Nopetos pe Liperanca Esco.ar & LipERANCA INsTRUCIONAL A assuncéo da especificidade da lideranca escolar tem permitido abrir caminho a um grande nimero de modelos ou teorias CCanzewos oe Pesousa Pessnuento Eovcacronat, Cuma 67, Ne, Pe 1GH-178, senor, 2012. Disponivel em

Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira de lideranga. Um dos quadros teéricos que temos vindo a utilizar no mapeamento concetual dos nossos trabalhos de invostigacao mais recentes (COSTAet al., 2011) é 0 proposto por Bush (2011), em que © autor, partindo de seis modelos de gestao (formal, colegial, politico, ambiguo, subjetivo e cultural), identifica nove tipos de lideranca nas organizacées oscolares: gestiondria, transformacional, participativa, distribuida, transacional, pés-moderna, emocional, contingente e moral. O cardcter democratico da lideranga escolar, uma das vinculagées mais utilizadas na literatura, resulta, de acordo com autores como Harris (2004; 2005) e Gronn (2002), na lideranca distribuida. Este tipo de lideranga implica nao sé uma distribuigao das tarefas de lideranca polos diversos membros da organizacao, mas também uma intera¢cdo entre estes multiplos lideres. Os lideres necessitam que os restantes membros organizacionais desempenhem os seus papéis ou porque estes papéis se sobrepoem ou porque as suas rosponsabilidades sao complomentares. Esto facto coloca desafios aos lideres escolares dado que requer um grande nivel de coordenagdo e planeamento do trabalho dos diversos lidores. A existéncia de trabalhadores altamente especializados e auténomos pode favorecer um contexto no qual a lideranca se encontre distribuida, dado que os professores podem usar as suas competéncias e sabedoria para desempenhar papéis de lideranga dontro da escola, sob supervisdo © coordenagao do lider escolar. Um modelo de lideranga escolar que tem vindo também a ser aplicado as escolas ¢ a lideranga transformacional. Esta abordagem de lideranca enfatiza o desenvolvimento de capacidades e de niv do compromotimento com os valores organizacionais mais elevados. Ainfluéncia encontra-se distribuida por toda a organizagao e o poder ndo estd especificamente alocado aos titulares de posicées m elevadas na hierarquia. O lider transformacional motiva os seguidores ao introduzir mudancas nas suas atitudes de forma a inspird-los tendo em vista o cumprimento de determinades objetivos. Esta componente de inspiracde da lideranca transformacional tem sido apontada como sendo crucial para o desenvolvimento das escolas dade que promove a inevagae e a mudanca, elementos-chave para a sobrevivéncia da escola perante as ameacas imprevisiveis & sua estabilidade (LEITHWOOD e JANTZI, 2005; HARRIS, 2003; AVOLIO ot al., 2004; CASTANHEIRA « COSTA, 2007). CCavesos ue Pesqusa: Pessaue 10 Eovcacronat, Conan, ve, He 17, Pe GS-16, sears, 2012. 167 168 Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira Dado 0 cardcter moral das escolas, a lideranga moral é um modalo que também néo é desconhacido das organizacées educativas. A lideranga moral esta associada 4 moral, valores e ética. O lider escolar deve ter, como principios orientadores da sua acéo, principios que lhe permitam cuidar da escola como instituicéo, promovendo © cardctor moral da escola — a oducacdo do jovons. O lider escolar deve ser um modelo de conduta ética e de forte compromisso moral. Assim sendo, os valores serao uma forga orientadora na gestao da vida da escola @ 0 lider escolar terd que trabalhar no sentido da sua implomontacao (SERGIOVANNI, 2004). No entanto, existe uma perspetiva de enfoque na lideranca escolar que tem vindo a ganhar relevancia: a lideranga instrucional. A lideranga instrucional tem sido vista como um conjunto do comportamentos que 0 lider exibe procurando criar altas expectativas e objetivos de desempenho elevados quer para professores, quer para alunos, tendo em conta a opgdo por uma aco estratégica na monitorizagao, apoio 0 avaliacaodo processo de onsino o do aprendizagem. De acordo com Bush (2011),0 tipo instrucional é um género que partilha carateristicas e significados de diferentes modelos de lideranca, espocialmente dos ostilos formal, colegial o cultural.Deste modo, o lider escolar deve desenvolver estratégias que promovam um curriculo melhorado, incentivando a colaboragao entre professores de modo a ajuda-los a desenvolver as competéncias necessdrias para um melhor ensino, monitorizando e supervisionando os resultados dos alunos, de modo a verificar as melhorias no processo de ensino e de aprendizagem. O desenvolvimento mais recente da lideranca instrucional pronde-se com a lideranca instrucional partilhada (BLASE o BLASE, 1999). © lider escolar ja nao é 0 Unico responsavel pelo desenvolvimento de expectativas de desempenho mais elevadas para professores e alunos e pela supervisdo das tarefas instrucionais dado que partilha estas responsabilidades com outros professores. Os professores exercem a sua lideranca em colaboragdo com o lider escolar e usam o seu conhecimento para ajudar a melhorar © processo de onsino © de aprondizagom para todos os mombros da comunidade educativa. A lideranca instrucional, nesta nova abordagem colaborativa, esta associada 4 assessoria e a reflexado em grupo a fim de permitir melhores respostas para problemas comuns no onsine © para novos, ¢ inesporades, dilemas educativos. Trata- CCanzewos oe Pesousa Pessnuento Eovcacronat, Cuma 67, Ne, Pe 1GH-178, senor, 2012. Disponivel em

Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira se de uma perspetiva que, ndo obstante o seu desenvolvimento em outros contoxtos geogrdficos, ainda surge pouco incisiva no contexto educativo portugués (COSTA e FIGUEIREDO, 2012). Liperanca Escoar E Projeto A lideranga néo se exerce no vazio, trata-se de uma acdo que necesita de orientagdo e de contetido, ou melhor, de projeto. Neste sentide, poderiamos dizer quendo ha lideranca som projeto. Eis o que sobre 0 assunto escreviamos recentemente: Liderar uma organizagéo implica necessariamente saber © que se pretende para essa mesma organizagéo nas mais diversas facetas do seu desenvolvimento. Em termos globais, diriamos que liderar implica ter um projeto, ainda que este assuma uma feigéo mais implicita endo se materialize num documento escrito. O projeto constituird o préprio contetido da liderangae, neste sentido, a lideranga sem projeto 6 uma lideranca vazia, artificial e certamente pouco duradoura ¢ eficaz (CASTANHEIRA e COSTA, 2011, p. 125). De acordo com 0 enquadramento legal da escola portuguesalo que ocorre também noutroscontextos geogrdficos), os projetos constituem instrumentos comuns de organizacao e gestao educativa (COSTA, 2007). Oprojeto educativo da escola é, em Portugal, um desses documentos orientadores, bem como o projeto de interven¢éo do Diretor (Decrato-Lei n° 75/2008, do22 do Abril). De acordo com este diploma legal, o candidato a diretor de uma escola tem que apresentar um projeto de intervencéo aquando do concurso ao cargo. Este projeto de intervengao é um instrumento do mobilizagao no sontido do ostabolecimonto de uma visdo para a escola que o candidato pretende implementar, tendo como pano de fundo as orientagées fornecidas pelo projeto educative da escola. Este projeto de intervencdo deverd apresentar as dreas nas qu © candidato ao cargo de diretor entende que a escola necessita de mudanca. Trata-se de uma metodologiaque se encontrarelacionado com a perspetiva transformacional de lideranga, dado que é a viséo do futuro, a missdo 0 os objetives dofinidos polo lider que ostéo om destaque neste projeto. A concecao aqui implicita é a de que a visao CCavesos ue Pesqusa: Pessaue 10 Eovcacronat, Conan, ve, He 17, Pe GS-16, sears, 2012. 169 170 Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira do lider pode ser, no caso do projeto de intervengao do diretor, a chave para o sucesso da escola através da implomentacao de ostratégias que possam corrigir os problemas que a escola possa tem ou que possam criar novas oportunidades de desenvolvimento de estratégias educativas que promovam o sucesso dos alunos. No entanto, este projeto necessita tor om linha de conta o cardcter moral das escolas 0 da lideranca escolar — deve respeitar as nogées éticas essenciais paraa gestdo de uma instituigéo na qual as criangas estao a ser educadas. Outra caracteristica espocifica das escolas que 6 abordada com 0s projotos educativos (tanto 0 projeto educative da escola, como © projeto de intervencao do diretor) ¢ o facto de as escolas terem atores com um grau significative de autonomia — os professores —quenecessitam de coordenagde © supervisdo especificas. A coordenagao do trabalho de varios professores em funcao de um projeto educative comum constitui uma ferramenta valiosa para a monitorizagéio e avaliagao do processo de ensino e de aprendizagem do que o lidor se pode munir. Os projotos educativos podem sor usados para esta coordenacdo e supervisdo ao estabelecer linhas de conduta e objetivos de desempenho, num quadro democrdtico de lideranca escolar,em que o trabalho em equipa se torna indispensdvel. O desenvolvimento de projetos pressupoe, por conseguinte, a construgao e o desenvolvimento de equipas. LIDERANGA E TRABALHO EM EouIPA A floxibilidado face 4 mudanca assume um papol critico na melhoria do desempenho organizacional. Neste sentido, a capacidade de se envolver em processos de construgao de equipas tem sido descrita como uma meta-competéncia com um papel critico na capacidade das organizagées, o dos rospotivos lidores, do so adaptarom aos constantes desafios da nossa sociedade, particularmente em contexto escolar. Os membros das equipas devem complementar o conhocimento, capacidade o competéncias uns dos outros de modo a que exista uma adequada coordenacao no estabelecimento de objetivos, na tomada de decisées, na comunicacéo e na gestao de conflitos. De modo a ser eficaz, 0 trabalho em equipa deve estar suportado por um ambiento de confianca e apoio no qual os membros da equipa reconhecam as suas forcas e fraquezas e exibam a sua adaptabilidade 4 mudanga (BASS-JOSSEY, 2007). 1 me, Po AGA-MT, set fore, 20. CCanzewos oe Pesgusa: Pessuento Eovcacionat, Cuanna,v Dispaniel em

Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira eficacia deste desempenho nas organizacées escolares, é importante considorar a (ra)oriontacdo dos tradicionais procossos de lideranca nas escolas para novas praticas assentes na monitorizagdo e na avaliagao do ensino e da aprendizagem, envolvendo e motivando os professores e investindo no acompanhamentopréximo do progresso dos alunos - vartonte quo alguns autores classificam como lideranca instrucional.Perante este cendrio, torna-se prioritario ter em conta que a lideranga nao se exerce sem contetido e que o projeto constituiu © suporte fundacional do seuexercicio. Mas, a lideranca com projeto tom quo so traduzir numa acéo colotiva, com o envolvimento o a participagdo de todos, em que a construcéo (e o desenvolvimento) deequipas constitui um modusoperandi eficaz.Contudo, trabalhar om cquipa, lidorar uma equipa 6 ossencialmonto trabalhar com pessoas, num quadro de relacionamento interpessoal complexo, onde a tradicional vinculagéo racional de procedimentos cede perante as pressées do cérebro emocional. Ou seja, concegées e praticas de gestao parecem ter mais a ganhar se assumiromos sentimentos o as emogéescomo campos estratégicos da a¢do organizacional,num quadro de desenvolvimento da lideranga ancorada na inteligéncia emocional. ScHooL LIDERSHIP, Project AND TEAMWORK: ExpLorinc ConcepTUAL FRAMEWORKS AsstTRact School leadership constitutes one of the areas of organizational analysis that has been assuming a progressive interest. The traditional management skills of the Director are increasingly associated with the dimension of leadership, which involves the ability to influence the members of the organization towards their goal achievements. In the present article, we assume an exploratory approach that aims to integrate different conceptual frameworks. In particular, we intend to explore come particular aspects perceived az crucial to effective leadership practices within the school context, cuch az the nature of the project, the teamwork and the emotion components involved in the leadership process. The school Director, within an effective leadership perspective, needs to take the project as a guideline, while pursuing its content and action orientation, as well as the teamwork. Indeed, and although CCaveswos ue Pesqusa: Pessnuento Eovcacionat, Cyaan, VT, eT, 2164-16, senfoez, 2012. 7 176 Lideranga... - Jorge A. Costa, Sandra Soares e Patricia Castanheira this should be the engine of the organizational development, the emotional facet of human behavier, as a central aspect of interpersonal relationships, should net be underestimated. Keywords: School leadership. Project. Emotions and teamwork. REFERENCIAS ALBROW, M. Sine iraet studio - or do organizetions have feelings? OrgonizationStudias. v. 13, p. 313-29, 1992. AVOLIO, 8. J.; ZHU, W.; KOH, W.; BHATIA, P. Transformational leadership and organizational commitment: mediating role of psychological empowerment and moderating role of structural distance. Journal of Organizational Behavior, v. 25, p. 951-968, 2004. DYER, W.; DYER JR., W; DYER, J. Team Building: Proven Strategies for Improving Team Performance. San Francisco: John Wiley & Sons, 2007. BLASE, J.; BLASE, J. Principals’ instructional leadership and teacher development: teachers’ perspectives, Educational Administration Quarterly, v.35, n. 3, p. 349-378, 1999. BRYMAN, A. Leadership in organizations. In CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. (Eds.) Handbook of Organization Studies. London: Sage, 1996. BUSH, T. Theories of Educational Leadership and Management. London: Sage, 2011 CASTANHEIRA, P. Lideranga e gestdo das escolas em Portugal: o quotidiano do presidente de conselho executive. Aveiro: Universidade de Aveiro (tese de doutoramento), 2010. ; COSTA, |. A. Liderangas transformacianal, transacional e laissez-faire: um estudo exploratério sobre os gastores escolares com base no MLQ. In: SOUSA, J. M.; FINO, C. N. (Eds.). A Escola sob suspeita. Porto: Asa, 2007. «i COSTA, J. A. “O projeto de intervencée do diretor: onde anda e para que serve?” In: COSTA, J. A; NETO-MENDES, A.; VENTURA, A. (Eds.). A emergéncia do diretor da escola: questées politicas e organizacionais. Aveiro: Universidade de Aveiro, 2011, p. 125-134. COSTA, J. A. Liderangas nas organizagées: revisitando teorias organizacionais num olhar cruzado sobre as escolas. In: COSTA, J. A; NETO-MENDES, A,; VENTURA, A. (Eds.). Lideranga e Estratégia nas Organizagées Escolares. Aveiro: Universidade de Aveiro, 2000, p.15-31. CCanzewos oe Pesgusa: Pessuento Eovcacionat, Cuanna,v Disponiel em

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