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6551 Ministério Do Ambiente, Do Ordenamento Do Território E Do Desenvolvimento Regional
6551 Ministério Do Ambiente, Do Ordenamento Do Território E Do Desenvolvimento Regional
MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO Deve referir-se que, não obstante a presente alteração
DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL se restringir à matéria das acções insusceptíveis de pre-
judicar o equilíbrio ecológico, aproveita-se a oportunida-
de para actualizar remissões para legislação entretanto
Decreto-Lei n.o 180/2006
revogada e para actualizar as designações dos serviços
de 6 de Setembro com competência em matéria de Reserva Ecológica Na-
O Programa do Governo do XVII Governo Cons- cional.
titucional assumiu como tarefa fundamental na concre- Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das
tização da política de ordenamento do território e de Regiões Autónomas, a Associação Nacional de Municí-
ambiente a revisão do regime jurídico da Reserva Eco- pios Portugueses e a Comissão Nacional da Reserva Eco-
lógica Nacional, «preservando o seu âmbito nacional lógica Nacional.
e incidindo, principalmente, nos princípios e critérios Assim:
de demarcação, modos futuros de gestão, regime de Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198º da cons-
usos e compatibilidades e integração eficaz no sistema tituição, o Governo decreta o seguinte:
nacional de áreas classificadas, permitindo que estas
reservas actuem pela positiva no ordenamento do ter-
ritório (usos recomendáveis e usos compatíveis, incen- Artigo 1.º
tivos para a gestão flexível mas coerente com o interesse Alteração ao Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março
nacional)».
Há já algum tempo que os vários intervenientes na Os artigos 3.º, 4.º, 5.º, 10.º, 12.º e 14.º do Decreto-Lei
delimitação e gestão da Reserva Ecológica Nacional têm n.º 93/90, de 19 de Março, com a redacção conferida pe-
sentido a necessidade de ver alterado o regime jurídico los Decretos-Leis n.os 316/90, de 13 de Outubro, 213/92,
em vigor. de 12 de Outubro, 79/95, de 20 de Abril, e 203/2002, de 1
De facto, existe um largo consenso, partilhado pelas de Outubro, passam a ter a seguinte redacção:
várias entidades com competências na matéria, pelos
municípios e pelos particulares em geral, sobre a neces- «Artigo 3.º
sidade de rever o regime da Reserva Ecológica Nacional,
Delimitação
com vista ao seu aperfeiçoamento tendo por base a ava-
liação da experiência adquirida, volvidos mais de 20 anos 1 — .............................................................................
desde a sua criação. 2 — As propostas de delimitação da REN são elabo-
Desde já, é urgente consagrar a possibilidade de via- radas pelas comissões de coordenação e desenvolvi-
bilizar usos e acções que, por reconhecidamente não
mento regional, adiante designadas por CCDR, com base
porem em causa a permanência dos recursos, valores
e processos ecológicos que a Reserva Ecológica Nacional em estudos próprios ou que lhes sejam apresentados
pretende preservar, se justificam plenamente para a por entidades públicas ou privadas.
manutenção e viabilização de actividades que podem 3 — A proposta de delimitação da REN deve ponde-
e devem existir nestas áreas. rar a necessidade de exclusão de áreas legalmente cons-
Alguns desses usos e acções têm vindo já a ser admi- truídas ou de construção já licenciada ou autorizada,
tidos através da avaliação dos pedidos de reconheci- bem como das destinadas à satisfação das carências
mento de interesse público relacionados com actividades existentes em termos de habitação, actividades econó-
localizadas em áreas afectas ao regime da Reserva Eco- micas, equipamentos e infra-estruturas.
lógica Nacional. 4 — A delimitação da REN é de realização obriga-
Assim, e sem prejuízo de uma revisão mais profunda tória.
do regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional, que 5 — Quando esteja em causa o domínio público hí-
assegurará a sua plena operacionalidade e integração
drico, as propostas de delimitação referidas no n.º 2 são
nos instrumentos de gestão do território adoptados na
última década, considera o Governo importante iden- elaboradas em conjunto com as entidades com jurisdi-
tificar de imediato um conjunto de usos e acções que ção própria ou delegada nessa área.
podem ser admitidos, dado que não prejudicam o equi- 6 — (Anterior n.º 4.)
líbrio ecológico das áreas afectas à Reserva Ecológica 7 — As propostas de delimitação são efectuadas à
Nacional, definindo-se, para cada caso, as regras para escala de 1:25 000 ou superior e devem ser acompanha-
a sua realização. das de parecer dos municípios interessados, a solicitar
Dado que se reafirmam os objectivos fundamentais pela comissão de coordenação e desenvolvimento re-
do regime jurídico em causa, estes usos e acções não gional competente.
poderão abranger intervenções que, pela sua natureza 8 — A falta de emissão, no prazo de 30 dias, de
e dimensão, ponham em causa a manutenção dos recur- qualquer um dos pareceres referidos no número ante-
sos, valores e processos a salvaguardar. rior equivale à emissão de parecer favorável.
É ainda de referir que a manutenção e a viabilização
9 — (Anterior n.º 6.)
dos usos e acções referidos nos anexos ao presente
diploma dependem sempre da sua conformidade ou 10 — A delimitação da REN pode ocorrer juntamen-
compatibilidade, consoante os casos, com os instrumen- te com a elaboração, alteração ou revisão de plano es-
tos de gestão territorial aplicáveis, o que significa que pecial ou plano municipal de ordenamento do território,
cabe aos municípios, no âmbito do planeamento muni- sendo nesse caso praticados simultaneamente o acto de
cipal, uma responsabilidade importante na definição das aprovação da delimitação da REN e o acto de aprova-
acções insusceptíveis de prejudicar o equilíbrio ecológico ção ou ratificação do instrumento de gestão territorial
com a Reserva Ecológica Nacional. em causa.
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mente com a coima, e nos termos do disposto no regi- da recepção dos elementos solicitados para sanar even-
me geral do ilícito de mera ordenação social, as seguin- tuais omissões de instrução, promover a consulta da
tes sanções acessórias: CCDR para emissão de autorização da ocupação de
áreas integradas na REN, nos termos da alínea a) do
a) Perda de objectos pertencentes ao agente; n.º 2 do artigo anterior.
b) Interdição do exercício de profissões ou activida- 3 — O interessado pode solicitar previamente a au-
des cujo exercício dependa de autorização de autorida- torização da CCDR, caso em que não há lugar a novo
de pública; procedimento de autorização desde que, até à data da
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outor- apresentação do pedido à entidade licenciadora, não
gado por entidades ou serviços públicos; haja decorrido mais de um ano sobre a emissão da
d) Privação do direito de participar em concursos autorização e não se tenha verificado a alteração dos
públicos que tenham por objecto o fornecimento de pressupostos de facto ou de direito em que a mesma
bens ou serviços, a concessão de serviços públicos ou se baseou.
a atribuição de licenças e alvarás; 4 — O previsto no número anterior não se aplica
e) Encerramento de estabelecimento cujo funciona- quando o procedimento de licenciamento seja dirigido
mento esteja sujeito a autorização ou licença de autori- por uma entidade coordenadora ao abrigo de legislação
dade pública; sectorial.
f ) A apreensão de maquinaria, equipamentos ou ou- 5 — Nos procedimentos iniciados ao abrigo da alí-
tros meios utilizados na prática da infracção; nea a) do n.º 2 do artigo anterior e no prazo máximo de
g) Obrigação de reposição da situação no estado 10 dias a contar da data da recepção do processo, a
anterior ao momento da prática da infracção. CCDR solicita os elementos exigidos nos termos do
presente decreto-lei, podendo ainda solicitar ao reque-
4 — A tentativa e a negligência são puníveis nos rente ou ao organismo competente em razão da maté-
termos gerais, sendo os montantes máximos e mínimos ria, sempre que tal se mostre necessário e por uma única
das coimas previstas nos n.os 1 e 2 reduzidos a metade. vez, os elementos adicionais relevantes para a decisão,
suspendendo-se, em qualquer dos casos, o prazo pre-
Artigo 14.º visto no n.º 8 do presente artigo.
6 — Reunidas as condições para autorização, a CCDR
Embargos e demolições pode estabelecer condicionamentos de ordem ambien-
1 — ............................................................................. tal e paisagística à realização das obras.
2 — ............................................................................. 7 — Nos casos em que a CCDR autorize uma preten-
3 — Decorridos os prazos referidos no número ante- são ao abrigo de legislação especial deve nesse acto
rior sem que a intimação se mostre cumprida, procede- pronunciar-se sobre a possibilidade de afectação das
-se à demolição ou reposição nos termos do n.º 1, por áreas integradas na REN, nos termos do presente di-
conta do proprietário, sendo as despesas cobradas ploma.
8 — A falta de decisão final quanto ao pedido de
coercivamente através do processo de execução fiscal,
autorização no prazo de 45 dias equivale à emissão de
servindo de título executivo a certidão extraída de livros
decisão favorável.
ou documentos de onde conste a importância e os
9 — A autorização referida na alínea a) do n.º 2 do
demais requisitos exigidos no artigo 163.º do Código de
artigo anterior vigora enquanto se mantiver válida a
Procedimento e Processo Tributário.» autorização ou licença da ocupação para a qual foi
emitida.
Artigo 2.º 10 — No prazo de 20 dias contado a partir da data
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março da apresentação da comunicação prévia prevista na alí-
nea b) do n.º 2 do artigo anterior e respectivos elemen-
1 — São aditados o artigo 4.º-A e o artigo 16.º-A ao
tos instrutórios, a CCDR pode determinar a sujeição da
Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, com as altera-
ções introduzidas pelos Decretos-Leis n.os 316/90, de 13 acção a autorização, quando se verifique que a mesma
de Outubro, 213/92, de 12 de Outubro, 79/95, de 20 de é exigível de acordo com o anexo IV do presente decreto-
Abril, e 203/2002, de 1 de Outubro, com a seguinte re- -lei.
dacção: 11 — Nos procedimentos iniciados ao abrigo da alí-
nea b) do n.º 2 do artigo anterior, as obras podem
«Artigo 4.º-A realizar-se decorrido o prazo de 30 dias sobre a apre-
sentação da comunicação prévia à CCDR.
Procedimento
Acções insusceptíveis de prejudicar o equilíbrio ecológico das áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional
ALBUFEIRAS
ZONAS
ÁREAS FAIXA DE LEITOS COSTEIRAS
ACÇÕES INSUSCEPTIVEIS DE PREJUDICAR O EQUILÍBRIO ÁREAS DE COM ZONAS PROTECÇÃO DOS (excepto praias,
ECOLÓGICO DAS ÁREAS INTEGRADAS NA REN CABECEIRAS DAS MÁXIMA RISCOS AMEAÇADAS PLANO CURSOS zonas húmidas,
NOS TERMOS REFERIDOS NO ANEXO V LINHAS DE ÁGUA INFILTRAÇÃO DE PELAS CHEIAS DE Nível DE arribas ou falésias
EROSÃO ÁGUA pleno de e respectiva faixa de
armaze- >50 m ÁGUA protecção
namento e duna primária)
50 m
I – SECTOR AGRÍCOLA
a) Apoios agrícolas afectos exclusivamente à exploração
agrícola e instalações para transformação de produtos (*)
exclusivamente da exploração ou de carácter artesanal
directamente afectos à exploração agrícola (nomeadamente,
armazéns para alfaias, máquinas agrícolas e produtos
agrícolas, cubas, silos, secadores, câmaras de refrigeração,
estábulos, salas de ordenha e queijarias).
b) Habitação para fixação em regime de residência própria
e permanente dos agricultores.
c) Estufas para produção agrícola, em estrutura ligeira.
d) Agricultura em masseiras (exclusivamente na área de
actuação da Direcção Regional de Entre Douro e Minho).
e) Acções nas regiões delimitadas de interesse vitivinícola, (*)
frutícola e olivícola.
f) Plantação de olivais, vinhas, pomares e instalação de (*)
prados, sem alteração da topografia e sem adaptação do
terreno às culturas
g) Pequenas estruturas e infra-estruturas de rega e órgãos
associado, de apoio à exploração agrícola (sem utilização (*)
de efluentes).
Instalação de tanques, estações de filtragem, condutas,
canais, incluindo levadas, e cabinas para motores de rega,
para beneficiação da exploração, com área superior a 4m2
e não podendo exceder 10 m2.
h) Cabinas para motores de rega com área inferior a 4m2.
i) Abertura de caminhos de apoio ao sector agrícola. (*) (*) (*)
j) Construção de pequenos açudes e charcas de apoio à (*)
exploração agrícola, com capacidade máxima de 15.000m3
II – SECTOR FLORESTAL
a) Pequenas charcas para fins de defesa da floresta e
combate a incêndios com capacidade máxima de 2.000 m3.
b) Charcas para fins de defesa da floresta e combate a
incêndios, com capacidade máxima de 2.000 a 15.000 m3.
c) Postos de vigia de apoio à vigilância e combate a
incêndios de iniciativa de entidades públicas ou privadas.
d) Acções inerentes à condução da exploração florestal.
III – AQUICULTURA MARINHA
a) Novos estabelecimentos de culturas marinhas, em (a)
estruturas flutuantes.
b) Novos estabelecimentos de culturas marinhas (b)
(*)
c) Recuperação, manutenção e ampliação de
estabelecimentos de culturas marinhas existentes, incluindo (a)
estruturas de apoio à exploração de actividade.
d) Reconversão de salinas em estabelecimentos de culturas (a)
marinhas, incluindo estruturas de apoio à exploração de
actividade.
IV – PROSPECÇÃO E PESQUISA GEOLÓGICA
a) Abertura de sanjas, com extensão superior a 30 m ou
profundidade superior a 6m e largura da base superior a
1m.
b) Abertura de sanjas, de dimensão inferior a 30 m,
profundidade inferior a 6 m e largura da base inferior a 1m.
c) Sondagens mecânicas e outras acções de prospecção e
pesquisa geológica de âmbito localizado.
V – EXPLORAÇÃO DE RECURSOS GEOLÓGICOS
a) Novas explorações. (*) (*)
b) Ampliação de explorações existentes. (*)
c) Anexos de exploração exteriores à área de (*)
exploração.Equipamentos de britagem, crivagens, moagem,
lavagem de inertes e outros de tratamento primário
directamente afectos à exploração.
d) Ampliação de estabelecimentos industriais de
engarrafamento, desde que associadas a águas minerais
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ALBUFEIRAS
ZONAS
ÁREAS FAIXA DE LEITOS COSTEIRAS
ACÇÕES INSUSCEPTIVEIS DE PREJUDICAR O EQUILÍBRIO ÁREAS DE COM ZONAS PROTECÇÃO DOS (excepto praias,
ECOLÓGICO DAS ÁREAS INTEGRADAS NA REN CABECEIRAS DAS MÁXIMA RISCOS AMEAÇADAS PLANO CURSOS zonas húmidas,
NOS TERMOS REFERIDOS NO ANEXO V LINHAS DE ÁGUA INFILTRAÇÃO DE PELAS CHEIAS DE Nível DE arribas ou falésias
EROSÃO ÁGUA pleno de e respectiva faixa de
armaze- >50 m ÁGUA protecção
namento e duna primária)
50 m
naturais e de nascente.
e) Ampliação de balneários termais.
f) Abertura de caminhos de apoio ao sector. (*)
VI – INDÚSTRIA TRANSFORMADORA
Alterações e/ou ampliações de estabelecimentos industriais.
VII – TURISMO
a) Ampliação de estruturas afectas ou a afectar a (*)
agroturismo, turismo rural, turismo de habitação, turismo
de aldeia e casas de campo.
b) Apoios às zonas de recreio balnear e à actividade náutica
de recreio, bem como infra-estruturas de apoio, em zonas
fluviais.
c) Estruturas flutuantes de apoio à actividade e à náutica de
recreio, em zonas fluviais.
d) Equipamentos e apoios de praia costeira, bem como (c)
infra-estruturas de apoio à utilização das praias.
VIII – RECREIO E LAZER
a) Espaços verdes equipados de utilização colectiva. (*) (*)
b) Abertura de trilhos e caminhos pedonais/cicláveis (*)
destinados à educação e interpretação ambiental e de
descoberta da natureza, incluindo pequenas infraestruturas
de apoio.
IX – INSTALAÇÕES MILITARES
Espaços não construídos.
X - INFRA-ESTRUTURAS DE SANEAMENTO BÁSICO
Todas as infra-estruturas de saneamento básico, incluindo (*) (*) (*) (*)
ETAR
XI – BENEFICIAÇÃO DE VIAS RODOVIÁRIAS E FERROVIÁRIAS E DE CAMINHOS MUNICIPAIS EXISTENTES
a) Pequenas beneficiações de vias (*)
b) Alargamento de plataformas e pequenas correcções de (*)
traçado existente.
c) Construção de restabelecimentos para supressão de (*)
passagens de nível
d) Construção de subestações de tracção para reforço da
alimentação em linhas electrificadas existentes.
XII – BENEFICIAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS PORTUÁRIAS EXISTENTES
Beneficiação de infra-estruturas portuárias já existentes e (a)
acessibilidades marítimas.
XIII – PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE A PARTIR DE FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS
Produção de electricidade a partir de fontes de energia (*) (*)
renováveis.
XIV – ACÇÕES DE PRESERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS
Desassoreamento, estabilização de taludes e de áreas com (*) (*)
risco de erosão, nomeadamente muros de suporte, e obras
de correcção torrencial.
XV – REDES ELÉCTRICAS AÉREAS E ANTENAS DE
RÁDIO E TELEDIFUSÃO
XVI – REDES SUBTERRÂNEAS ELÉCTRICAS E DE (*)
TELECOMUNICAÇÕES E CONDUTAS DE GÁS. (*) (*)
XVII – VEDAÇÕES E MUROS DE SUPORTE DE TERRAS
a) Vedação em sebe viva ou postes de madeira e fiadas de (*)
arame ou rede e muros de pedra seca.
b) Muros de suporte de terras desde que apenas ao limite da (*)
cota do terreno, ou até mais 0,20 m acima deste, desde que
em pedra seca com enrocamento em terra e sem vedação.
XVIII – PEQUENAS PONTES, PONTÕES E OBRAS (*) (*)
HIDRÁULICAS
XIX – AMPLIAÇÃO DE OUTRAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES
Ampliação de edificações existentes destinadas a habitação
e outras não abrangidas pelos números anteriores, (*)
nomeadamente empreendimentos turísticos, hotéis rurais,
equipamentos de utilização colectiva, etc..
(*) Sujeito aos condicionalismos específicos referidos no anexo V.
(a) Incluindo as zonas húmidas
(b) Incluindo zonas húmidas e arribas ou falésias e respectiva faixa de protecção.
(c) Toda a zona costeira
Legenda:
Áreas de REN onde a realização das acções está sujeita a autorização da CCDR competente.
Áreas de REN onde os usos e acções estão sujeitos a comunicação prévia à CCDR competente.
Áreas de REN onde as acções referidas estão isentas de autorização ou comunicação prévia.
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e) Acções nas regiões delimitadas de interesse viti- Largura máxima da plataforma, incluindo berma e dre-
vinícola, frutícola e olivícola (pelo seu interesse cultu- nagem — 5 m;
ral e económico, são admitidas acções relacionadas com Utilize pavimento permeável ou semipermeável;
a actividade vitivinícola olivícola e frutícola, nomeada- O traçado seja adaptado à topografia do terreno, não
mente a alteração da topografia e a construção de mu- podendo implicar operações de aterro ou escavação de
ros e patamares para adaptação dos terrenos às cultu- dimensão relevante;
ras, bem como a abertura de acessos). — A pretensão Seja respeitada a drenagem natural do terreno.
pode ser autorizada desde que cumpra cumulativamen-
te os seguintes requisitos: Notas
Seja justificada a necessidade das acções para a ex- Nas zonas ameaçadas pelas cheias não podem constituir ou
ploração; conter elementos que funcionem como obstáculo à livre circu-
Seja garantida a não afectação dos leitos dos cur- lação das águas.
Na faixa de protecção a albufeiras a pretensão apenas pode
sos de água; ser autorizada nas situações de recuperação da rede de acessibi-
Seja garantido que as acções a desenvolver não lidades existente que tenha sido destruída com a criação da al-
contribuem para o aumento da erosão dos solos, nem bufeira ou quando enquadrada em plano de ordenamento de al-
para a perda de solo; bufeira de águas públicas.
Seja solicitado parecer ao organismo competente do
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e j) Construção de pequenos açudes e charcas de apoio
das Pescas pela CCDR competente. à exploração agrícola, com capacidade máxima de
15 000 m3. — A pretensão pode ser autorizada desde que
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser au- cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
torizadas se não constituírem ou contiverem elementos que fun-
cionem como obstáculo à livre circulação das águas. Seja justificada por razões de necessidade decorren-
tes da actividade agrícola desenvolvida;
f) Plantação de olivais, vinhas, pomares e instalação As charcas não estabeleçam ligação com as linhas
de prados, sem alteração da topografia e sem adapta- de água, com excepção de eventual encaminhamento de
ção do terreno às culturas. — A pretensão deve cum- excedentes através de descarregador para uma linha de
prir cumulativamente os seguintes requisitos: água próxima;
Garantia de não afectação dos leitos dos cursos de água; Seja solicitado parecer ao organismo competente do
Garantia de que as acções a desenvolver não contri- Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e
buem para o aumento da erosão dos solos, nem para a das Pescas pela CCDR competente.
perda de solo.
Nota. — Nos leitos dos cursos de água só são admitidos açu-
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias não podem cons- des.
tituir ou conter elementos que funcionem como obstáculo à li-
vre circulação das águas. II — Sector florestal
g) Pequenas estruturas e infra-estruturas de rega e a) Pequenas charcas para fins de defesa da floresta
órgãos associados de apoio à exploração agrícola (sem e combate a incêndios com capacidade máxima de
utilização de efluentes) (instalação de tanques, estações 2000 m3. — A pretensão deve cumprir cumulativamente
de filtragem, condutas, canais, incluindo levadas, e ca- os seguintes requisitos:
binas para motores de rega, para beneficiação da explo- Ser justificada por razões de necessidade decorren-
ração, com área superior a 4 m2 e não podendo exceder tes da actividade desenvolvida;
10 m2). — A pretensão pode ser autorizada desde que As charcas não devem estabelecer ligação com as
cumpra cumulativamente os seguintes requisitos: linhas de água, com excepção de eventual encaminha-
Não existam alternativas de localização viável em mento de excedentes através de descarregador para uma
áreas não integradas na Reserva Ecológica Nacional; linha de água próxima;
Seja justificada por razões de necessidade decorren- Nos casos em que a pretensão está sujeita a autori-
tes da actividade agrícola desenvolvida; zação da CCDR, deve esta entidade solicitar parecer ao
Seja obtida prévia autorização da Comissão Regio- organismo competente do Ministério da Agricultura, do
nal da Reserva Agrícola para ocupação não agrícola Desenvolvimento Rural e das Pescas, desde que a exe-
desses solos quando a pretensão se situar em solos de cução de charcas não esteja prevista em plano de de-
Reserva Agrícola Nacional. fesa da floresta.
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias não é autorizada b) Charcas para fins de defesa da floresta e combate
a instalação de tanques e estações de filtragem. As restantes a incêndios, com capacidade máxima de 2000 m3 a
infra-estruturas só podem ser autorizadas se não constituírem
ou contiverem elementos que funcionem como obstáculo à li-
15 000 m3. — A pretensão pode ser autorizada desde que
vre circulação das águas. cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
Seja justificada por razões de necessidade decorren-
i) Abertura de caminhos de apoio ao sector agríco-
tes da actividade desenvolvida;
la. — A pretensão pode ser autorizada desde que cum-
As charcas não estabeleçam ligação com as linhas
pra cumulativamente os seguintes requisitos:
de água, com excepção de eventual encaminhamento de
Seja justificada por razões de necessidade decorren- excedentes através de descarregador para uma linha de
tes da actividade agrícola desenvolvida; água próxima;
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Seja solicitado parecer ao organismo competente do área máxima de 80 m2, que inclui, nomeadamente, casa
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e do guarda, armazém de rações e equipamentos necessá-
das Pescas pela CCDR competente para a decisão do rios à actividade;
pedido, desde que a execução de charcas não esteja pre- Concluídas as obras o titular da licença deve remo-
vista em plano de defesa da floresta. ver o entulho e materiais sobrantes para aterro licen-
ciado;
c) Acções inerentes à condução da exploração flo- Demonstração da não afectação das áreas de REN e
restal. — Apenas as que sejam autorizadas pela Direc- dos valores naturais, em especial os inscritos nas áre-
ção-Geral dos Recursos Florestais ou resultem de pla- as classificadas ao abrigo da Rede Natura, bem como
nos de gestão florestal aprovados. da avaliação do seu enquadramento ambiental e paisa-
gístico e das condições de instalação e funcionamento,
III — Aquicultura marinha aspectos que devem ser contemplados no projecto de
instalação a apresentar;
a) Novos estabelecimentos de culturas marinhas (ape- Quando localizados em áreas classificadas ao abrigo
nas os que se desenvolvam com base em estruturas da Rede Natura, seja obtido previamente parecer favo-
flutuantes, com sistema de fixação ao fundo, sem que rável do Instituto da Conservação da Natureza, no cum-
se verifiquem alterações físicas do meio oceânico). — A primento da legislação em vigor;
pretensão pode ser autorizada desde que cumpra cu- Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pes-
mulativamente os seguintes requisitos: cas e Aquicultura.
Avaliação das alterações a introduzir na área de REN,
do seu enquadramento ambiental e paisagístico, das d) Reconversão de salinas em estabelecimentos de
condições de instalação e funcionamento, aspectos a culturas marinhas, incluindo estruturas de apoio à ex-
considerar no projecto a apresentar; ploração de actividade. — A pretensão pode ser auto-
Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pes- rizada desde que cumpra cumulativamente os seguin-
cas e Aquicultura. tes requisitos:
Seja adoptado regime de cultura extensivo e semi-
b) Novos estabelecimentos de culturas marinhas. — A -intensivo;
pretensão pode ser autorizada desde que cumpra cu- Sejam utilizadas prioritariamente as lamas provenien-
mulativamente os seguintes requisitos: tes do interior do pejo da marinha, e caso não sejam
Avaliação das alterações a introduzir na área de REN, suficientes, seja utilizada terra com as mesmas caracte-
do seu enquadramento ambiental e paisagístico, das rísticas;
condições de instalação e funcionamento, aspectos que Sejam reduzidas ao mínimo as áreas artificializadas,
devem ser contemplados no projecto de instalação a nomeadamente largura das vias de acesso e dos diques,
apresentar; devendo os taludes e cômoros ser revestidos com ve-
Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pes- getação própria da área;
cas e Aquicultura. Para estabilização dos muros e zonas das comportas
e redução do impacte visual, devem ser semeados/plan-
Nota. — Nas zonas costeiras identificadas no anexo IV só pode tados prados compostos exclusivamente por espécies
ser autorizada a localização da tubagem de captação de água. autóctones existentes na zona;
Esta autorização depende da demonstração da imprescindibilida-
de da mesma e da verificação de que a sua execução e implan- Sejam aproveitados caminhos existentes, só sendo
tação não têm impactes negativos sobre a respectiva área, no- permitida a abertura de novos caminhos a título excep-
meadamente não constituindo factor de instabilidade ou de cional desde que devidamente justificada, não poden-
degradação da área de REN e ou da faixa de terreno atravessada. do os mesmos ser impermeabilizados;
Os trabalhos com retroescavadoras sejam limitados
c) Recuperação, manutenção e ampliação de estabe- à retirada de lamas do pejo para a construção dos muros
lecimentos de culturas marinhas existentes, incluindo e rombos das culturas marinhas ou para consolidação
estruturas de apoio à exploração da actividade. — A dos caminhos;
pretensão pode ser autorizada desde que cumpra cu- O fornecimento de energia eléctrica só é admissível
mulativamente os seguintes requisitos: por cabos subterrâneos;
Seja justificada por razões de necessidade decorren- As instalações de apoio à actividade deverão ser
te do uso e actividade existentes; prioritariamente estruturas leves do tipo amovível, so-
Sejam reduzidas ao mínimo as áreas artificializadas, breelevadas sobre estacaria quando justificável, com
devendo os taludes e cômoros ser revestidos com ve- área máxima de 80 m2, que inclui, nomeadamente, casa
getação própria da área; do guarda, armazém de rações e equipamentos neces-
Sejam aproveitados caminhos existentes, só sendo sários à actividade;
permitida a abertura de novos caminhos a título excep- Concluídas as obras, o titular da licença deve remo-
cional e desde que devidamente justificado, não poden- ver o entulho e materiais sobrantes para aterro licen-
do os mesmos ser impermeabilizados; ciado;
O fornecimento de energia eléctrica só será admissí- Demonstração da não afectação das áreas de REN e
vel por cabos subterrâneos; dos valores naturais, em especial dos inscritos nas áre-
As instalações de apoio à actividade devem ser prio- as classificadas ao abrigo da Rede Natura, bem como
ritariamente estruturas leves do tipo amovível, so- da avaliação do seu enquadramento ambiental e paisa-
breelevadas sobre estacaria quando justificável, com gístico e das condições de instalação e funcionamento,
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aspectos que devem ser contemplados no projecto de exploração e pós-exploração, preferencialmente a recu-
instalação a apresentar; peração de outras pedreiras ambientalmente degradadas;
Quando localizados em áreas classificadas ao abrigo Seja reconhecida, pela autarquia, como revestindo
da Rede Natura seja obtido previamente parecer favo- interesse público municipal.
rável do Instituto da Conservação da Natureza, no cum-
primento da legislação em vigor; No caso de exploração de massas minerais — pedrei-
Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pes- ras — a autorização só pode ocorrer no âmbito da emis-
cas e Aquicultura. são de parecer relativo ao plano de pedreira.
IV — Prospecção e pesquisa geológica e hidrogeológica Notas
a) Abertura de sanjas, com extensão superior a 30 m A localização em zonas ameaçadas pelas cheias só pode ser
ou profundidade superior a 6 m e largura da base su- autorizada se ficar comprovado não existir localização alterna-
tiva fora destas áreas e se não constituírem ou contiverem ele-
perior a 1 m. — A pretensão pode ser autorizada desde mentos que funcionem como obstáculo à livre circulação das
que cumpra cumulativamente os seguintes requisitos: águas, não sendo admitida alteração de cotas do terreno natu-
ral.
Seja justificada a necessidade da acção; Nos leitos dos cursos de água admite-se a possibilidade de
Sejam estabelecidas medidas de minimização das dis- ocorrer a mobilização e extracção de inertes, desde que previs-
funções ambientais; tas em planos específicos de gestão de extracção de inertes em
Sejam repostas as camadas de solo de acordo com domínio hídrico e desde que a intervenção se destine a melho-
rar as condições de funcionamento do curso de água ou se en-
o perfil preexistente. quadre na implementação de uma utilização do domínio hídrico.
Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser autorizadas XIX — Ampliação de outras edificações existentes
se não constituírem ou contiverem elementos que funcionem
como obstáculo à livre circulação das águas. Ampliação de edificações existentes destinadas a
Nos leitos dos cursos de água só são admitidas mini-hídricas. habitação e outras não abrangidas pelos números
anteriores nomeadamente empreendimentos turísti-
XIV — Acções de preservação e valorização cos, hotéis rurais, equipamentos de utilização colec-
dos ecossistemas
tiva, etc. — A pretensão pode ser autorizada desde
Desassoreamento, estabilização de taludes e de áreas que cumpra cumulativamente os seguintes requisi-
com risco de erosão, nomeadamente muros de suporte tos:
e obras de correcção torrencial. — A pretensão pode ser A edificação existente esteja licenciada, nos termos
autorizada desde que cumpra cumulativamente os se- legalmente exigidos;
guintes requisitos: Esteja prevista e regulamentada em plano municipal
Seja justificada a necessidade da obra; de ordenamento do território;
Seja justificada por razões de necessidade decorren-
Seja adaptada à topografia do terreno.
tes do uso existente;
A área a ampliar não exceda 20 % da área de implan-
Fica proibida a comercialização das areias resultan- tação existente;
tes dos movimentos de terras. No caso de edificações destinadas à habitação, quan-
do da aplicação do requisito anterior não resulte uma
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias e nos leitos dos
cursos de água só podem ser autorizadas se não constituírem ou
área total de implantação (soma das áreas de implanta-
contiverem elementos que funcionem como obstáculo à livre ção existente e a ampliar) superior a 250 m2, pode ser
circulação das águas. autorizada uma ampliação até àquele valor.
Diário da República, 1.a série — N.o 172 — 6 de Setembro de 2006 6563
4 — A susceptibilidade de viabilização das acções pre- 8 — A falta de decisão final quanto ao pedido de au-
vistas no anexo IV depende da sua compatibilidade com torização no prazo de 45 dias equivale à emissão de de-
as disposições aplicáveis dos vários instrumentos de ges- cisão favorável.
tão territorial em vigor para a área em causa. 9 — A autorização referida na alínea a) do n.º 2 do
5 — Quando a pretensão em causa esteja sujeita a ava- artigo anterior vigora enquanto se mantiver válida a au-
liação de impacte ambiental, a autorização referida na alí- torização ou licença da ocupação para a qual foi emitida.
nea a) do n.º 2 só pode ser concedida se tiver sido obti- 10 — No prazo de 20 dias contado a partir da data da
da declaração de impacte ambiental favorável. apresentação da comunicação prévia prevista na alínea b)
6 — No caso de autorização da construção de habita- do n.º 2 do artigo anterior e respectivos elementos instru-
ção para agricultores, a exploração agrícola, bem como a tórios, a CCDR pode determinar a sujeição da acção a
edificação, são inalienáveis durante o prazo de 15 anos autorização, quando se verifique que a mesma é exigível
subsequentes à construção, salvo por dívidas relaciona- de acordo com o anexo IV do presente decreto-lei.
11 — Nos procedimentos iniciados ao abrigo da
das com a aquisição da exploração e de que esta seja
alínea b) do n.º 2 do artigo anterior, as obras podem
garantia, ou por dívidas fiscais.
realizar-se decorrido o prazo de 30 dias sobre a apresen-
7 — O ónus de inalienabilidade está sujeito a registo e
tação da comunicação prévia à CCDR.
cessa ocorrendo a morte ou invalidez permanente e ab-
soluta do proprietário ou quando decorrido o prazo de
15 anos referido no número anterior. Artigo 5.º
Domínio público hídrico
Artigo 4.º-A Sem prejuízo das competências que caibam às entida-
Procedimento des da Administração Pública em matéria de defesa das
margens do domínio público hídrico, o licenciamento, por
1 — Os elementos que instruem os pedidos de autori- parte dessas entidades, das actividades referidas no n.º 1
zação e de comunicação prévia, nos termos das alíneas a) do artigo 4.º em áreas integradas na REN fica sujeito ao
e b) do n.º 2 do artigo anterior, são definidos por portaria regime previsto nesse artigo.
a aprovar pelo membro do Governo com atribuições nas
áreas do ambiente e ordenamento do território. Artigo 6.º
2 — Compete à entidade responsável pelo licenciamen-
to, autorização ou aprovação da obra, no prazo de 10 dias Excepções
a contar da recepção do requerimento inicial ou da recep- O disposto no artigo 4.º não é aplicável:
ção dos elementos solicitados para sanar eventuais omis-
sões de instrução, promover a consulta da CCDR para a) Às áreas classificadas, ao abrigo do Decreto-Lei
emissão de autorização da ocupação de áreas integradas n.º 19/93, de 23 de Janeiro, e respectiva legislação com-
na REN, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo ante- plementar;
rior. b) Às operações relativas à florestação e exploração
3 — O interessado pode solicitar previamente a autori- florestal quando decorrentes de projectos aprovados ou
autorizados pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
zação da CCDR, caso em que não há lugar a novo proce-
dimento de autorização desde que, até à data da apresen-
tação do pedido à entidade licenciadora, não haja Artigo 7.º
decorrido mais de um ano sobre a emissão da autoriza- Recursos
ção e não se tenha verificado a alteração dos pressupos-
tos de facto ou de direito em que a mesma se baseou. (Revogado.)
4 — O previsto no número anterior não se aplica quan- Artigo 8.º
do o procedimento de licenciamento seja dirigido por uma Comissão da REN
entidade coordenadora ao abrigo de legislação sectorial.
5 — Nos procedimentos iniciados ao abrigo da alínea a) A Comissão Nacional da REN funciona na dependên-
do n.º 2 do artigo anterior e no prazo máximo de 10 dias a cia do membro do Governo responsável pela área do
contar da data da recepção do processo, a CCDR solicita ambiente e ordenamento do território, competindo-lhe:
os elementos que lhe caiba solicitar nos termos do pre- a) Pronunciar-se sobre a atribuição de prioridades quan-
sente decreto-lei, podendo ainda solicitar ao requerente to às áreas a considerar para efeitos de delimitação da
ou ao organismo competente em razão da matéria, sempre REN e na articulação das intervenções das entidades nela
que tal se mostre necessário e por uma única vez, os ele- representadas;
mentos adicionais relevantes para a decisão, suspenden- b) Emitir parecer sobre as propostas de delimitação da
do-se, em qualquer dos casos, o prazo previsto no n.º 8 REN, nos termos do n.º 1 do artigo 3.º;
do presente artigo. c) (Revogada.)
6 — Reunidas as condições para autorização, a CCDR d) Deliberar sobre os processos previstos no n.º 4 do
pode estabelecer condicionamentos de ordem ambiental e artigo 17.º;
paisagística à realização das obras. e) Sugerir orientações e critérios quanto à aplicação da
7 — Nos casos em que a CCDR autorize uma preten- REN e prestar o apoio que lhe seja solicitado neste domínio;
são ao abrigo de legislação especial, deve nesse acto pro- f) Propor a execução de acções de protecção e divul-
nunciar-se sobre a possibilidade de afectação das áreas gação da REN e de sensibilização das populações quan-
integradas na REN, nos termos do presente diploma. to ao seu interesse e objectivos.
6566 Diário da República, 1.a série — N.o 172 — 6 de Setembro de 2006
é limitada pela linha da máxima preia-mar de águas vivas Definições a considerar para efeitos da aplicação dos
equinociais e a batimétrica dos 30 m; anexos I e II:
f) Estuários, lagunas, lagoas costeiras e zonas húmidas
adjacentes englobando uma faixa de protecção delimitada a) Praia — forma de acumulação mais ou menos exten-
para além da linha de máxima preia-mar de águas vivas sa de areias ou cascalhos de fraco declive limitada infe-
equinociais; riormente pela linha de baixa-mar de águas vivas equino-
g) Ilhas, ilhéus e rochedos emersos do mar; ciais e superiormente pela linha atingida pela preia-mar de
h) Sapais; águas vivas equinociais;
i) Restingas; b) Dunas litorais — formas de acumulação eólica cujo
j) Tombolos. material de origem são areias marinhas;
c) Arriba ou falésia — forma particular de vertente
2 — Nas zonas ribeirinhas, águas interiores e áreas de costeira abrupta ou com declive forte, em regra talhada
infiltração máxima ou de apanhamento: em rochas coerentes pela acção conjunta dos agentes
morfogenéticos marinhos, continentais e biológicos;
a) Leitos dos cursos de água e zonas ameaçadas pe- d) Estuário — secção terminal de um curso de água li-
las cheias; mitado a montante pelo local até onde se fazem sentir as
b) Lagoas, suas margens naturais e zonas húmidas correntes de maré (salinidade e dinâmica);
adjacentes e uma faixa de protecção delimitada a partir da e) Lagunas, designadas tradicionalmente em Portugal
linha de máximo alagamento; por rias e lagoas costeiras — todo o volume de águas
c) Albufeiras e uma faixa de protecção delimitada a salobras ou salgadas e respectivos leitos adjacentes ao
partir do regolfo máxima; mar e separadas deste, temporária ou permanentemente,
d) Cabeceiras das linhas de água sempre que a sua di- por cordões arenosos, tendo por limite, a montante, o
mensão e situação em relação à bacia hidrográfica tenha local até onde se faz sentir a influência das marés (salini-
repercussões sensíveis no regime do curso de água e na dade e dinâmica);
erosão das cabeceiras ou das áreas situadas a jusante; f) Sapal — formação aluvionar periodicamente alagada
e) Áreas de máxima infiltração; pela água salgada e ocupada por vegetação halofítica ou,
f) Ínsuas. nalguns casos, por mantos de sal;
3 — Nas zonas declivosas: g) Restinga — acumulação de areia ou calhaus que se
apoiam na costa a partir da qual se desenvolvem;
a) Áreas com risco de erosão; h) Tombolo — cordão de areia que liga uma ilha ao
b) Escarpas, sempre que a dimensão do seu desnível e continente;
comprimento o justifiquem, incluindo faixas de protecção i) Leitos de cursos de água — o terreno coberto pelas
delimitadas a partir do rebordo superior e da base, com águas quando não influenciado por cheias extraordinári-
largura determinada em função da geodinâmica e dimen- as, inundações ou tempestades; no leito compreendem-
são destes acidentes de terreno e do interesse cénico e -se os mouchões, lodeiros e areias nele formados por
geológico do local. disposição aluvial; o leito das restantes águas é limitado
ANEXO II pela linha que corresponder à estrema dos terrenos que
as águas cobrem em condições de cheias médias, sem
Áreas sujeitas ao regime transitório da REN, nos ter- transbordar para o solo natural, habitualmente enxuto;
mos do artigo 17.º: essa linha é definida, conforme os casos, pela aresta ou
a) Praias e dunas litorais, primária e secundária; crista do talude das motas, cômoros, valados, tapadas ou
b) Arribas e falésias, incluindo faixas de protecção com muros marginais [artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 468/71 (do-
largura igual a 200 m, medidas a partir do rebordo supe- mínio público hídrico)];
rior e da base; j) Zona ameaçada pelas cheias — a área contígua à
c) Quando não existirem dunas nem arribas, uma faixa margem de um curso de água que se estende até à linha
de 500 m de largura, medida a partir da linha máxima preia- alcançada pela maior cheia que se produza no período de
-mar de águas vivas equinociais na direcção do interior um século ou pela maior cheia conhecida no caso de não
do território, ao longo da costa marítima; existirem dados que permitam identificar a anterior;
d) Estuários, sapais, lagunas, lagoas costeiras e zonas l) Lagoas e albufeiras — zonas alagadas, naturais ou
húmidas adjacentes, incluindo uma faixa de protecção com artificiais, com água proveniente do lençol freático, de
a largura de 200 m a partir da linha de máxima preia-mar qualquer forma de precipitação atmosférica ou de cursos
de águas vivas equinociais; de água;
e) Ilhéus e rochedos emersos no mar; m) Cabeceiras das linhas de água — áreas côncavas
f) Restingas e tombolos; situadas na zona montante das bacias hidrográficas, ten-
g) Lagoas e albufeiras incluindo uma faixa de protec- do por função o apanhamento das águas pluviais, onde
ção com largura igual a 100 m medidos a partir da linha se pretende promover a máxima infiltração das águas plu-
máxima de alagamento; viais e reduzir o escoamento superficial e, consequente-
h) As encostas com declive superior a 30 %, incluindo mente, a erosão;
as que foram alteradas pela construção de terraços; n) Áreas de infiltração máxima — áreas em que, devido
i) Escarpas e abruptos de erosão com desnível supe- à natureza do solo e do substrato geológico e ainda às
rior a 15 m, incluindo faixas de protecção com largura igual condições de morfologia do terreno, a infiltração das
a uma vez e meia a altura do desnível, medidas a partir águas apresenta condições favoráveis, contribuindo as-
do rebordo superior e da base. sim para a alimentação dos lençóis freáticos;
Diário da República, 1.a série — N.o 172 — 6 de Setembro de 2006 6569
o) Áreas com riscos de erosão — áreas que, devido às p) Escarpa — vertente rochosa com declive superior a 45 º;
suas características de solo e subsolo, declive e dimensão q) Abrupto de erosão — todo o desnível natural de
da vertente e outros factores susceptíveis de serem altera- terreno resultante de qualquer forma de erosão;
dos tais como o coberto vegetal e práticas culturais, estão r) Ínsua — forma de acumulação sedimentar situada
sujeitas à perda de solo, deslizamentos ou quebra de blocos; nos leitos dos cursos de água.
ANEXO IV
Acções insusceptíveis de prejudicar o equilíbrio ecológico das áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional
ALBUFEIRAS
ZONAS
ÁREAS FAIXA DE LEITOS COSTEIRAS
ACÇÕES INSUSCEPTIVEIS DE PREJUDICAR O EQUILÍBRIO ÁREAS DE COM ZONAS PROTECÇÃO DOS (excepto praias,
ECOLÓGICO DAS ÁREAS INTEGRADAS NA REN CABECEIRAS DAS MÁXIMA RISCOS AMEAÇADAS PLANO CURSOS zonas húmidas,
NOS TERMOS REFERIDOS NO ANEXO V LINHAS DE ÁGUA INFILTRAÇÃO DE PELAS CHEIAS DE Nível DE arribas ou falésias
EROSÃO ÁGUA pleno de >50 m ÁGUA e respectiva faixa de
armaze- protecção
namento e duna primária)
50 m
I – SECTOR AGRÍCOLA
a) Apoios agrícolas afectos exclusivamente à exploração
agrícola e instalações para transformação de produtos (*)
exclusivamente da exploração ou de carácter artesanal
directamente afectos à exploração agrícola (nomeadamente,
armazéns para alfaias, máquinas agrícolas e produtos
agrícolas, cubas, silos, secadores, câmaras de refrigeração,
estábulos, salas de ordenha e queijarias).
b) Habitação para fixação em regime de residência própria
e permanente dos agricultores.
c) Estufas para produção agrícola, em estrutura ligeira.
d) Agricultura em masseiras (exclusivamente na área de
actuação da Direcção Regional de Entre Douro e Minho).
e) Acções nas regiões delimitadas de interesse vitivinícola, (*)
frutícola e olivícola.
f) Plantação de olivais, vinhas, pomares e instalação de (*)
prados, sem alteração da topografia e sem adaptação do
terreno às culturas
ALBUFEIRAS
ZONAS
ÁREAS FAIXA DE LEITOS COSTEIRAS
ACÇÕES INSUSCEPTIVEIS DE PREJUDICAR O EQUILÍBRIO ÁREAS DE COM ZONAS PROTECÇÃO DOS (excepto praias,
ECOLÓGICO DAS ÁREAS INTEGRADAS NA REN CABECEIRAS DAS MÁXIMA RISCOS AMEAÇADAS PLANO CURSOS zonas húmidas,
NOS TERMOS REFERIDOS NO ANEXO V LINHAS DE ÁGUA INFILTRAÇÃO DE PELAS CHEIAS DE Nível DE arribas ou falésias
EROSÃO ÁGUA pleno de e respectiva faixa de
armaze- >50 m ÁGUA protecção
namento e duna primária)
50 m
V – EXPLORAÇÃO DE RECURSOS GEOLÓGICOS
a) Novas explorações. (*) (*)
b) Ampliação de explorações existentes. (*)
c) Anexos de exploração exteriores à área de (*)
exploração.Equipamentos de britagem, crivagens, moagem,
lavagem de inertes e outros de tratamento primário
directamente afectos à exploração.
d) Ampliação de estabelecimentos industriais de
engarrafamento, desde que associadas a águas minerais
naturais e de nascente.
e) Ampliação de balneários termais.
f) Abertura de caminhos de apoio ao sector. (*)
VI – INDÚSTRIA TRANSFORMADORA
Alterações e/ou ampliações de estabelecimentos industriais.
VII – TURISMO
a) Ampliação de estruturas afectas ou a afectar a (*)
agroturismo, turismo rural, turismo de habitação, turismo
de aldeia e casas de campo.
b) Apoios às zonas de recreio balnear e à actividade náutica
de recreio, bem como infra-estruturas de apoio, em zonas
fluviais.
c) Estruturas flutuantes de apoio à actividade e à náutica de
recreio, em zonas fluviais.
d) Equipamentos e apoios de praia costeira, bem como (c)
infra-estruturas de apoio à utilização das praias.
VIII – RECREIO E LAZER
a) Espaços verdes equipados de utilização colectiva. (*) (*)
b) Abertura de trilhos e caminhos pedonais/cicláveis (*)
destinados à educação e interpretação ambiental e de
descoberta da natureza, incluindo pequenas infraestruturas
de apoio.
IX – INSTALAÇÕES MILITARES
Espaços não construídos.
X - INFRA-ESTRUTURAS DE SANEAMENTO BÁSICO
Todas as infra-estruturas de saneamento básico, incluindo (*) (*) (*) (*)
ETAR
XI – BENEFICIAÇÃO DE VIAS RODOVIÁRIAS E FERROVIÁRIAS E DE CAMINHOS MUNICIPAIS EXISTENTES
a) Pequenas beneficiações de vias (*)
b) Alargamento de plataformas e pequenas correcções de (*)
traçado existente.
c) Construção de restabelecimentos para supressão de (*)
passagens de nível
d) Construção de subestações de tracção para reforço da
alimentação em linhas electrificadas existentes.
XII – BENEFICIAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS PORTUÁRIAS EXISTENTES
Beneficiação de infra-estruturas portuárias já existentes e (a)
acessibilidades marítimas.
XIII – PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE A PARTIR DE FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS
Produção de electricidade a partir de fontes de energia (*) (*)
renováveis.
XIV – ACÇÕES DE PRESERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS
Desassoreamento, estabilização de taludes e de áreas com (*) (*)
risco de erosão, nomeadamente muros de suporte, e obras
de correcção torrencial.
XV – REDES ELÉCTRICAS AÉREAS E ANTENAS DE
RÁDIO E TELEDIFUSÃO
XVI – REDES SUBTERRÂNEAS ELÉCTRICAS E DE (*)
TELECOMUNICAÇÕES E CONDUTAS DE GÁS. (*) (*)
XVII – VEDAÇÕES E MUROS DE SUPORTE DE TERRAS
a) Vedação em sebe viva ou postes de madeira e fiadas de (*)
arame ou rede e muros de pedra seca.
b) Muros de suporte de terras desde que apenas ao limite da (*)
cota do terreno, ou até mais 0,20 m acima deste, desde que
em pedra seca com enrocamento em terra e sem vedação.
XVIII – PEQUENAS PONTES, PONTÕES E OBRAS (*) (*)
HIDRÁULICAS
XIX – AMPLIAÇÃO DE OUTRAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES
Ampliação de edificações existentes destinadas a habitação
e outras não abrangidas pelos números anteriores, (*)
nomeadamente empreendimentos turísticos, hotéis rurais,
equipamentos de utilização colectiva, etc..
As áreas onde esta actividade é permitida deverão ser Seja justificada por razões de necessidade decorrentes
delimitadas e ordenadas, de acordo com a sua capacida- da actividade agrícola desenvolvida;
de de utilização, pela direcção regional de agricultura e Seja obtida prévia autorização da Comissão Regional
contempladas nos planos especiais e municipais de orde- da Reserva Agrícola para ocupação não agrícola desses
namento do território; solos quando a pretensão se situar em solos de Reserva
A movimentação de solos para adaptação dos terrenos Agrícola Nacional.
não implique alterações significativas da topografia do
terreno; Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias não é autorizada a
Largura máxima dos acessos — 4 m, observadas as con- instalação de tanques e estações de filtragem. As restantes infra-
-estruturas só podem ser autorizadas se não constituírem ou con-
dições da alínea i); tiverem elementos que funcionem como obstáculo à livre circula-
As areias resultantes do movimento de terras não te- ção das águas.
rem outra finalidade que não seja ligada à própria explo-
ração, sendo proibida a sua comercialização; h) Abertura de caminhos de apoio ao sector agrícola. — A
Seja solicitado parecer à Direcção Regional da Agricul- pretensão pode ser autorizada desde que cumpra cumula-
tura de Entre Douro e Minho pela CCDR competente. tivamente os seguintes requisitos:
e) Acções nas regiões delimitadas de interesse vitivi- Seja justificada por razões de necessidade decorrentes
nícola, frutícola e olivícola (pelo seu interesse cultural e da actividade agrícola desenvolvida;
económico, são admitidas acções relacionadas com a ac- Largura máxima da plataforma, incluindo berma e dre-
tividade vitivinícola olivícola e frutícola, nomeadamente a nagem — 5 m;
alteração da topografia e a construção de muros e pata- Utilize pavimento permeável ou semipermeável;
mares para adaptação dos terrenos às culturas, bem como O traçado seja adaptado à topografia do terreno, não
a abertura de acessos). — A pretensão pode ser autori- podendo implicar operações de aterro ou escavação de
zada desde que cumpra cumulativamente os seguintes dimensão relevante;
requisitos: Seja respeitada a drenagem natural do terreno.
g) Pequenas estruturas e infra-estruturas de rega e ór- a) Pequenas charcas para fins de defesa da floresta e
gãos associados de apoio à exploração agrícola (sem uti- combate a incêndios com capacidade máxima de
lização de efluentes) (instalação de tanques, estações de 2000 m3. — A pretensão deve cumprir cumulativamente os
filtragem, condutas, canais, incluindo levadas, e cabinas seguintes requisitos:
para motores de rega, para beneficiação da exploração, Ser justificada por razões de necessidade decorrentes
com área superior a 4 m2 e não podendo exceder 10 m2). — da actividade desenvolvida;
A pretensão pode ser autorizada desde que cumpra cu- As charcas não devem estabelecer ligação com as li-
mulativamente os seguintes requisitos: nhas de água, com excepção de eventual encaminhamen-
Não existam alternativas de localização viável em to de excedentes através de descarregador para uma li-
áreas não integradas na Reserva Ecológica Nacional; nha de água próxima;
Diário da República, 1.a série — N.o 172 — 6 de Setembro de 2006 6573
Nos casos em que a pretensão está sujeita a autoriza- turas de apoio à exploração da actividade. — A preten-
ção da CCDR, deve esta entidade solicitar parecer ao são pode ser autorizada desde que cumpra cumulativa-
organismo competente do Ministério da Agricultura, do mente os seguintes requisitos:
Desenvolvimento Rural e das Pescas, desde que a execu-
Seja justificada por razões de necessidade decorrente
ção de charcas não esteja prevista em plano de defesa
do uso e actividade existentes;
da floresta.
Sejam reduzidas ao mínimo as áreas artificializadas,
devendo os taludes e cômoros ser revestidos com vege-
b) Charcas para fins de defesa da floresta e combate a
tação própria da área;
incêndios, com capacidade máxima de 2000 m 3 a Sejam aproveitados caminhos existentes, só sendo per-
15 000 m3. — A pretensão pode ser autorizada desde que mitida a abertura de novos caminhos a título excepcional
cumpra cumulativamente os seguintes requisitos: e desde que devidamente justificado, não podendo os
Seja justificada por razões de necessidade decorrentes mesmos ser impermeabilizados;
da actividade desenvolvida; O fornecimento de energia eléctrica só será admissível
As charcas não estabeleçam ligação com as linhas de por cabos subterrâneos;
água, com excepção de eventual encaminhamento de ex- As instalações de apoio à actividade devem ser priori-
cedentes através de descarregador para uma linha de água tariamente estruturas leves do tipo amovível, sobreeleva-
próxima; das sobre estacaria quando justificável, com área máxima
Seja solicitado parecer ao organismo competente do de 80 m2, que inclui, nomeadamente, casa do guarda, ar-
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e mazém de rações e equipamentos necessários à actividade;
das Pescas pela CCDR competente para a decisão do pe- Concluídas as obras o titular da licença deve remover
dido, desde que a execução de charcas não esteja pre- o entulho e materiais sobrantes para aterro licenciado;
vista em plano de defesa da floresta. Demonstração da não afectação das áreas de REN e
dos valores naturais, em especial os inscritos nas áreas
c) Acções inerentes à condução da exploração flores- classificadas ao abrigo da Rede Natura, bem como da
tal. — Apenas as que sejam autorizadas pela Direcção- avaliação do seu enquadramento ambiental e paisagístico
-Geral dos Recursos Florestais ou resultem de planos de e das condições de instalação e funcionamento, aspec-
gestão florestal aprovados. tos que devem ser contemplados no projecto de instala-
ção a apresentar;
III — Aquicultura marinha Quando localizados em áreas classificadas ao abrigo da
Rede Natura, seja obtido previamente parecer favorável do
a) Novos estabelecimentos de culturas marinhas (ape- Instituto da Conservação da Natureza, no cumprimento da
nas os que se desenvolvam com base em estruturas flu- legislação em vigor;
tuantes, com sistema de fixação ao fundo, sem que se Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pescas
verifiquem alterações físicas do meio oceânico). — A pre- e Aquicultura.
tensão pode ser autorizada desde que cumpra cumulati-
vamente os seguintes requisitos: d) Reconversão de salinas em estabelecimentos de
Avaliação das alterações a introduzir na área de REN, culturas marinhas, incluindo estruturas de apoio à explo-
do seu enquadramento ambiental e paisagístico, das con- ração de actividade. — A pretensão pode ser autorizada
dições de instalação e funcionamento, aspectos a consi- desde que cumpra cumulativamente os seguintes requi-
derar no projecto a apresentar; sitos:
Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pescas Seja adoptado regime de cultura extensivo e semi-
e Aquicultura. -intensivo;
Sejam utilizadas prioritariamente as lamas provenientes
b) Novos estabelecimentos de culturas marinhas. — A do interior do pejo da marinha, e caso não sejam sufi-
pretensão pode ser autorizada desde que cumpra cumula- cientes, seja utilizada terra com as mesmas características;
tivamente os seguintes requisitos: Sejam reduzidas ao mínimo as áreas artificializadas,
Avaliação das alterações a introduzir na área de REN, nomeadamente largura das vias de acesso e dos diques,
do seu enquadramento ambiental e paisagístico, das con- devendo os taludes e cômoros ser revestidos com vege-
dições de instalação e funcionamento, aspectos que de- tação própria da área;
vem ser contemplados no projecto de instalação a apre- Para estabilização dos muros e zonas das comportas e
sentar; redução do impacte visual, devem ser semeados/planta-
Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pescas dos prados compostos exclusivamente por espécies au-
e Aquicultura. tóctones existentes na zona;
Sejam aproveitados caminhos existentes, só sendo per-
Nota. — Nas zonas costeiras identificadas no anexo IV só pode mitida a abertura de novos caminhos a título excepcional
ser autorizada a localização da tubagem de captação de água. Esta desde que devidamente justificada, não podendo os mes-
autorização depende da demonstração da imprescindibilidade da mos ser impermeabilizados;
mesma e da verificação de que a sua execução e implantação não
têm impactes negativos sobre a respectiva área, nomeadamente Os trabalhos com retroescavadoras sejam limitados à
não constituindo factor de instabilidade ou de degradação da área retirada de lamas do pejo para a construção dos muros e
de REN e ou da faixa de terreno atravessada. rombos das culturas marinhas ou para consolidação dos
caminhos;
c) Recuperação, manutenção e ampliação de estabele- O fornecimento de energia eléctrica só é admissível por
cimentos de culturas marinhas existentes, incluindo estru- cabos subterrâneos;
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As instalações de apoio à actividade deverão ser prio- Seja comprovada a inexistência de alternativas de lo-
ritariamente estruturas leves do tipo amovível, sobreele- calização viável em áreas não integradas na Reserva Eco-
vadas sobre estacaria quando justificável, com área máxi- lógica Nacional;
ma de 80 m2, que inclui, nomeadamente, casa do guarda, Seja justificada a necessidade da exploração;
armazém de rações e equipamentos necessários à activi- No caso da exploração não ser sujeita a procedimen-
dade; to de avaliação de impacte ambiental, nos termos da le-
Concluídas as obras, o titular da licença deve remover gislação aplicável, deve o projecto ser acompanhado de
o entulho e materiais sobrantes para aterro licenciado; estudo de incidências ambientais, cujo conteúdo será
Demonstração da não afectação das áreas de REN e definido por despacho conjunto dos membros do Go-
dos valores naturais, em especial dos inscritos nas áreas verno responsáveis pelas áreas do ambiente e da eco-
classificadas ao abrigo da Rede Natura, bem como da nomia;
avaliação do seu enquadramento ambiental e paisagístico No âmbito da avaliação de impacte ambiental ou de
e das condições de instalação e funcionamento, aspec- incidências ambientais deverão ser apresentadas medidas
tos que devem ser contemplados no projecto de instala- de compensação ambiental, a executar na fase de explo-
ção a apresentar; ração e pós-exploração, preferencialmente a recuperação
Quando localizados em áreas classificadas ao abrigo da de outras pedreiras ambientalmente degradadas;
Rede Natura seja obtido previamente parecer favorável do Seja reconhecida, pela autarquia, como revestindo in-
Instituto da Conservação da Natureza, no cumprimento da teresse público municipal.
legislação em vigor;
Parecer prévio favorável da Direcção-Geral das Pescas No caso de exploração de massas minerais — pedrei-
e Aquicultura. ras — a autorização só pode ocorrer no âmbito da emis-
são de parecer relativo ao plano de pedreira.
IV — Prospecção e pesquisa geológica e hidrogeológica
Notas
a) Abertura de sanjas, com extensão superior a 30 m
ou profundidade superior a 6 m e largura da base supe- A localização em zonas ameaçadas pelas cheias só pode ser
autorizada se ficar comprovado não existir localização alternati-
rior a 1 m. — A pretensão pode ser autorizada desde que va fora destas áreas e se não constituírem ou contiverem ele-
cumpra cumulativamente os seguintes requisitos: mentos que funcionem como obstáculo à livre circulação das águas,
não sendo admitida alteração de cotas do terreno natural.
Seja justificada a necessidade da acção; Nos leitos dos cursos de água admite-se a possibilidade de ocor-
Sejam estabelecidas medidas de minimização das dis- rer a mobilização e extracção de inertes, desde que previstas em
funções ambientais; planos específicos de gestão de extracção de inertes em domínio
hídrico e desde que a intervenção se destine a melhorar as con-
Sejam repostas as camadas de solo de acordo com o dições de funcionamento do curso de água ou se enquadre na im-
perfil preexistente. plementação de uma utilização do domínio hídrico.
c) Anexos de exploração exteriores à área de explora- Largura máxima da plataforma, incluindo berma e dre-
ção (equipamentos de britagem, crivagens, moagem, lava- nagem — 4 m;
gem de inertes e outros de tratamento primário directa- Utilize pavimento permeável ou semipermeável;
mente afectos à exploração). — A pretensão pode ser O traçado seja adaptado à topografia do terreno, não
autorizada desde que cumpra cumulativamente os seguin- podendo implicar operações de aterro ou escavação de
tes requisitos: dimensão relevante;
Seja respeitada a drenagem natural do terreno.
Seja comprovada a inexistência de alternativas de lo-
calização viável em áreas não integradas na Reserva Eco- Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser auto-
lógica Nacional; rizados se não constituírem ou contiverem elementos que funcio-
Seja justificada a imprescindibilidade da exploração e nem como obstáculo à livre circulação das águas.
dos anexos de pedreira;
Defina medidas de compensação ambiental a executar VI — Indústria transformadora
durante as fases de construção, exploração e desactiva- Alterações e ou ampliações de estabelecimentos indus-
ção; triais. — A pretensão pode ser autorizada desde que cum-
Garanta a remoção de todos os anexos no final do pra cumulativamente os seguintes requisitos:
prazo da autorização, bem como a recuperação da área de
intervenção, devendo para tal ser apresentado projecto A edificação existente esteja licenciada, nos termos
específico a aprovar pela CCDR; legalmente exigidos;
Seja reconhecida, pela autarquia, como revestindo in- Seja justificada por razões de necessidade decorrentes
teresse público municipal. do uso existente;
Não implique um acréscimo da área de implantação
Nota. — A localização em zonas ameaçadas pelas cheias só superior a 20 % da área de implantação existente;
pode ser autorizada se ficar comprovado não existir localização No caso dos anexos de pedreira, só é admitida a am-
alternativa fora destas áreas e se não constituírem ou contiverem pliação da área não coberta, e até 20 % da área de im-
elementos que funcionem como obstáculo à livre circulação das plantação existente, desde que não implique movimenta-
águas, não sendo admitida alteração das cotas do terreno natural.
ção e impermeabilização dos solos;
d) Ampliação de estabelecimentos industriais de engar- Seja reconhecida, pela autarquia, como revestindo in-
rafamento, desde que associados a nascentes e águas teresse público municipal.
minerais naturais. — A pretensão pode ser autorizada VII — Turismo
desde que cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
a) Ampliação de estruturas afectas a agroturismo, tu-
A edificação existente esteja licenciada, nos termos rismo rural, turismo de habitação, turismo de aldeia e ca-
legalmente exigidos; sas de campo. — A pretensão pode ser autorizada desde
Seja comprovada a inexistência de alternativas de lo- que cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
calização viável em áreas não integradas na Reserva Eco-
lógica Nacional; A edificação existente esteja licenciada, nos termos
Seja justificada por razões de necessidade decorrentes legalmente exigidos;
Seja justificada por razões de necessidade decorrentes
do uso existente;
do uso existente;
A área a ampliar não exceda 20 % da área de implanta-
Não implique acréscimo da área de implantação supe-
ção existente;
rior a 30 % da área de implantação existente;
Seja reconhecida, pela autarquia, como revestindo in-
Os equipamentos de recreio e lazer de apoio ao em-
teresse público municipal.
preendimento sejam dimensionados em função da capaci-
dade de alojamento do empreendimento, devendo as in-
e) Ampliação de balneários termais. — A pretensão tervenções respeitar a topografia do terreno e privilegiar
pode ser autorizada desde que cumpra cumulativamente a utilização de materiais permeáveis ou semipermeáveis
os seguintes requisitos: nos pavimentos, bem como o recurso a materiais perecí-
A edificação existente esteja licenciada, nos termos veis nos equipamentos de apoio;
legalmente exigidos; Os pontos de comercialização de produtos tradicionais
Seja comprovada a inexistência de alternativas de lo- tenham uma área máxima de construção de 50 m2.
calização viável em áreas não integradas na Reserva Eco-
lógica Nacional; A autorização da pretensão de ampliação determina a
Seja justificada por razões de necessidade decorrentes interdição de nova ampliação nos 10 anos subsequentes.
do uso existente;
Não implique um acréscimo da área de implantação Nota. — Na faixa de protecção às albufeiras (> 50 m) só são
admitidas as acções previstas em plano de ordenamento de albu-
superior a 20 % da área de implantação existente; feira de águas públicas.
Seja reconhecida, pela autarquia, como revestindo in-
teresse público municipal. b) Apoios às zonas de recreio balnear e à actividade
náutica de recreio, bem como infra-estruturas de apoio, em
f) Abertura de caminhos de apoio ao sector. — A pre- zonas fluviais. — A pretensão pode ser autorizada desde
tensão pode ser autorizada desde que cumpra cumulati- que cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
vamente os seguintes requisitos:
Esteja enquadrada em projecto que abranja a totalida-
Seja justificada por razões de necessidade decorrentes de da zona de recreio balnear ou de apoio à náutica de
da actividade desenvolvida; recreio;
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Assegure as funções de apoio de praia (1), quando in- de que cumpra cumulativamente os seguintes requisi-
seridos em zonas de apoio balnear (2); tos:
As edificações devem ser em madeira ou outros mate-
riais perecíveis e assentes em estacaria, sem impermeabi- Não implique mobilizações do solo;
lização do solo e com um sistema adequado de tratamen- Não implique a realização de obras de construção;
to de efluentes; Sejam exclusivamente utilizados pavimentos permeáveis.
A abertura de novos acessos, viários e pedonais, bem
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser auto-
como a reabilitação e ampliação dos existentes, só podem rizados se não constituírem ou contiverem elementos que funcio-
ser autorizadas quando os mesmos sejam necessários ao nem como obstáculo à livre circulação das águas.
funcionamento das zonas de recreio balnear ou de apoio
à náutica de recreio; IX — Instalações militares
No caso de albufeiras de águas públicas com plano de
Espaços não construídos, designadamente heliportos,
ordenamento eficaz, a abertura de novos acessos, viários
e pedonais, bem como a reabilitação e ampliação dos exis- parques de estacionamento em pavimento permeável ou
tentes, só podem ser autorizadas quando previstas nesse semipermeável, espaços verdes, sem prejuízo da necessá-
instrumento de gestão territorial; ria limitação das áreas impermeabilizadas e das alterações
No caso de albufeiras de águas públicas com plano de ao relevo, assegurando uma correcta integração paisagís-
ordenamento eficaz, a pretensão tem que estar expressa- tica.
mente prevista nesse plano.
X — Infra-estruturas de saneamento básico
c) Estruturas flutuantes de apoio à actividade e à náu- Todas as infra-estruturas de saneamento básico, inclu-
tica de recreio, em zonas fluviais. — Apenas podem ser indo ETAR. — A pretensão pode ser autorizada desde que
autorizadas quando previstas em plano de ordenamento cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
de albufeira de águas públicas.
d) Equipamentos e apoios de praia costeira, bem como Não exista alternativa de localização económica e tec-
infra-estruturas de apoio à utilização das praias. — A pre- nicamente viável em áreas não integradas na REN;
tensão pode ser autorizada desde que cumpra cumulati- Seja justificada a necessidade de execução das infra-
vamente os seguintes requisitos: -estruturas.
As edificações de apoio utilizem materiais perecíveis ou a) Pequenas beneficiações de vias, designadamente tra-
amovíveis, não envolvendo movimentações de terras sig- balhos de saneamento ou reperfilamento de taludes e
nificativas; correcções de traçado em que a plataforma da nova via
Seja adaptada à topografia do local, não podendo im- não extravase, no seu todo, a plataforma actual.
plicar movimentos de terras significativos;
Não haja lugar a impermeabilização do solo; Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias não podem consti-
tuir ou conter elementos que funcionem como obstáculo à livre
Garanta a preservação da vegetação existente, em par- circulação das águas.
ticular a ripícola;
Assegure a recolha de resíduos. b) Alargamento de plataformas e pequenas correc-
ções de traçado existente. — A pretensão só pode ser
Notas autorizada se cumprir cumulativamente os seguintes re-
Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser autorizados se quisitos:
não constituírem ou contiverem elementos que funcionem como
obstáculo à livre circulação das águas. Seja justificada e demonstrada a necessidade de bene-
Na faixa de protecção às albufeiras (npa-50 m) só são admiti- ficiação das infra-estruturas;
das as acções previstas em plano de ordenamento de albufeira de Sejam adaptadas à topografia do terreno;
águas públicas.
Respeite a drenagem natural dos terrenos, garantindo
b) Abertura de trilhos e caminhos pedonais/cicláveis a minimização da contaminação dos solos e da água.
destinados à educação e interpretação ambiental e de Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser auto-
descoberta da natureza, incluindo pequenas infra-estru- rizados se não constituírem ou contiverem elementos que fun-
turas de apoio. — A pretensão pode ser autorizada des- cionem como obstáculo à livre circulação das águas.
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c) Construção de restabelecimentos para supressão de Fica proibida a comercialização das areias resultantes
passagens de nível. — A pretensão só pode ser autoriza- dos movimentos de terras.
da se cumprir cumulativamente os seguintes requisitos:
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias e nos leitos dos
Seja justificada e demonstrada a necessidade de bene- cursos de água só podem ser autorizadas se não constituírem ou
ficiação das infra-estruturas; contiverem elementos que funcionem como obstáculo à livre cir-
Seja adaptada à topografia do terreno; culação das águas.
Respeite a drenagem natural dos terrenos, garantindo
a minimização da contaminação dos solos e da água. XVI — Redes subterrâneas eléctricas e de telecomunicações
e condutas de gás
Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser auto-
rizados se não constituírem ou contiverem elementos que funcio-
A pretensão pode ser autorizada desde que cumpra
nem como obstáculo à livre circulação das águas. cumulativamente os seguintes requisitos:
Reposição das camadas de solo de acordo com o per-
d) Construção de subestações de tracção para reforço
fil preexistente;
da alimentação em linhas electrificadas existentes. — A
Protecção da camada arável por vegetação que atenue
pretensão só pode ser autorizada se cumprir cumulativa-
mente os seguintes requisitos: eventuais riscos erosivos, deslizamentos e outros, como
contaminação resultante de fugas.
Seja justificada e demonstrada a necessidade de bene-
ficiação da infra-estrutura; Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias, nos leitos dos cur-
As intervenções a efectuar sejam adaptadas às condi- sos de água e nas zonas costeiras não são autorizadas estruturas e
ções topográficas do terreno, de modo a minimizar as edificações de apoio.
intervenções, não devendo implicar volumes significativos
de movimentação de terras; XVII — Vedações e muros de suporte de terras
Respeite a drenagem natural dos terrenos; a) Vedação em sebe viva ou postes de madeira e fia-
Seja demonstrada a não afectação das áreas integra- das de arame ou rede e muros de pedra seca.
das na REN e dos valores naturais, bem como avaliado o
seu enquadramento ambiental e paisagístico, aspectos Nota. — Nas zonas ameaçadas pelas cheias só podem ser auto-
que devem ser contemplados em projecto a apresentar rizados se não constituírem ou contiverem elementos que funcio-
nem como obstáculo à livre circulação das águas.
para o efeito.
A área a ampliar não exceda 20 % da área de implanta- vidades abrangidas pelo Decreto-Lei n.o 242/2001, de
ção existente; 31 de Agosto, e executadas em instalações registadas
No caso de edificações destinadas à habitação, quan- ou autorizadas ao abrigo do referido diploma.
do da aplicação do requisito anterior não resulte uma área É ainda necessário e conveniente proceder à revo-
total de implantação (soma das áreas de implantação exis- gação do n.o 5 do artigo 21.o do Decreto-Lei
tente e a ampliar) superior a 250 m2, pode ser autorizada n.o 242/2001, de 31 de Agosto, norma que regula matéria
uma ampliação até àquele valor. respeitante à competência dos tribunais sem a compe-
tente autorização legislativa e, para mais, de sentido
A autorização da pretensão de ampliação determina a contrário ao da recente reforma da legislação do con-
interdição de nova ampliação nos 10 anos subsequentes. tencioso administrativo, que teve por escopo remeter
estas matérias para a sede própria, as leis que delimitam
Nota. — Na faixa de protecção a albufeiras (> 50 m) só po- de forma genérica a competência material dos tribunais,
dem ser autorizadas desde que previstas e regulamentadas em pla- como ficou bem expresso na alteração do artigo 45.o
no de ordenamento de albufeira de águas públicas. da Lei de Bases do Ambiente levada a cabo pelo
( 1) Entende-se por apoio de praia o núcleo básico de funções artigo 6.o da Lei n.o 13/2002, de 19 de Fevereiro.
e serviços, infra-estruturado, que integra sanitários (com acesso Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das
independente e exterior), posto de socorros, comunicação de Regiões Autónomas.
emergência, informação, vigilância e assistência a banhistas, lim-
peza de praia e recolha de lixo, bem como outras funções e ser-
Assim:
viços, nomeadamente comerciais. Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
( 2 ) Entende-se por zona de apoio balnear a frente de praia Constituição, o Governo decreta o seguinte:
constituída pela faixa de terreno e plano de água adjacente.
Artigo 1.o
Decreto-Lei n.o 181/2006 Objecto