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6 - Termos Acessórios Da Oração
6 - Termos Acessórios Da Oração
Nádia Castro
Termos acessórios
da oração
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A leitura deste capítulo permite a compreensão, com mais criticidade,
de alguns aspectos de morfossintaxe. Vamos tratar de alguns aspectos
referentes aos termos considerados como acessórios da oração.
Os objetivos estão centrados na definição das estratégias de cons-
trução sintagmática da oração; na definição das funções dos termos
acessórios da oração em sua relação com a morfologia e na avaliação da
importância desses termos para a construção da textualidade.
Logo, temos:
Construção (sintagma nominal)
a) Velha (sintagma adjetival)
b) Verdade (sintagma nominal)
c) Do apartamento (sintagma preposicional)
d) Casa (sintagma nominal)
e) Facilmente (sintagma adverbial)
Cabe destacar o que Saussure (2006) salienta sobre a estreita relação entre
sintagma e fala. O autor destaca que no domínio do sintagma não há limite
categórico entre fato de língua, que é testemunho de uso coletivo, e o fato de
fala, que depende da liberdade individual. Assim, não há limite de classifi-
cação das combinações de unidades (sintagmas) como sendo pertencentes à
fala ou à língua, pois ambos os fatores (social e individual) concorrem para
essa produção em proporções que não podemos delimitar. As estratégias
estão postas, mas cabe ao falante utilizá-las e aplicá-las, tanto na fala como
na escrita, para obter o seu objetivo comunicativo e ampliar o movimento
das relações sintagmáticas. A escrita limita um pouco mais, pois existem
regras de gramática normativa que evidenciam a noção de erro e acerto no
registro escrito da língua portuguesa. Na fala, no entanto, há, para o falante,
Termos acessórios da oração 5
Nesse caso, muitas experiências amargas e durante sua vida são ele-
mentos nucleares, pois estão relacionados (sintaticamente e semanticamente)
à função predicativa da oração, a qual tem como núcleo o verbo viveu, o
6 Termos acessórios da oração
que não ocorre com o termo certamente. Este termo não está se referindo
nem somente ao sujeito nem somente ao predicado, mas a toda oração. Você
identifica essa situação?
Isso mesmo, você identifica independência sintática e semântica! E é esta
independência que possibilita o deslocamento livre desse elemento (certa-
mente) nos limites da oração. Observe as possibilidades de movimentação
como marca dessa liberdade sintática e semântica (BECHARA, 2005, p. 412):
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
CARVALHO, C. Para compreender Saussure: fundamentos e visão crítica. 12. ed. Petró-
polis, RJ: Vozes, 2003.
FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1991.
SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. 27. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
Leituras recomendadas
BECHARA, E. Gramática escolar da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fron-
teira, 2010.
CAMARA JR., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 34. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 47. ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2008.
MIOTO, C.; SILVA, M. C. F.; LOPES, R. E. V. Novo manual de sintaxe. Florianópolis: Insular, 2005.
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