O amor que eu quero

Quero um amor, amar

Dar de mim, me doar
Inteiro, sem ressalvas
De impeto apaixonado me entregar.

A esse amor que se renova, perdoa

A quem não enfada, nem deixa à toa
Que em solo firme se ergue paciente
Em cujo abraço recebe contente
De fala espontânea e olhar terno.

A quem não se entrega desconfiado

Que se guarda, a Deus se volta
De quem viveu, conservou beleza
E não se esvai por miudezas
Entusiasmo e esperança em seu amor.

Todo ele encanto, jovialidade

Sem jogo ou brinco, leviandade
Não enseja despeito ou vaidade
Sabe o que quer, felicidade.

Em que se encontra o ombro amigo

Que tem candura, simpatia e riso
Apartado todo desleixo, revolta e medo
Pra mais da sacanagem, carinho e respeito.

Por esse amor espero sereno

A outro, não presto aceno.