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CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
FORTALEZA- CE
2023
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GILBERTO CARLOS DE ANDRADE FILHO
FORTALEZA
2023
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OFERECIMENTOS
3
AGRADECIMENTOS
4
“O rios correm, mas logo correrão secos...
Nós precisamos de sonhos novos esta
noite...”
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................8
2. OS LOGARITMOS DE JOHN NAPIER .................................................9
2.1 JOHN NAPIER .......................................................................................9
2.2 OS LOGARITMOS DE NAPIER ...........................................................11
2.3 CONCLUSÃO ......................................................................................13
3. OS LOGARITMOS DE HENRY BRIGGS ............................................13
3.1 HENRY BRIGGS ..................................................................................14
3.2 OS LOGARITMOS DE BRIGGS ..........................................................14
3.3 CONCLUSÃO ......................................................................................17
4. OS LOGARITMOS DE JOBST BÜRGI ...............................................17
4.1 JOBST BÜRGI .....................................................................................17
4.2 OS LOGARITMOS DE BÜRGI .............................................................18
4.3 CONCLUSÃO ......................................................................................20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................22
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RESUMO
Este trabalho vem mostrar como o expansionismo europeu do período de 1492 a 1700
tornou propício o surgimento do logaritmo como ferramenta para solucionar
problemas. É mostrado também que essa técnica pode substituir método da
prostaférese trigonométrica. É explanado brevemente sobre a história dos
matemáticos John Napier, Henry Briggs e Jobst Bürgi, sobre seus sistemas de
logaritmos e, não obstante, ressaltando a potencial utilidade de cada um.
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1. INTRODUÇÃO
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números, com uma soma. Assim, temos nessa época o que se chama de “os primeiros
matemáticos modernos dedicados à resolução de problemas.”
John Napier (1550-1617) foi um inglês que viveu a maior parte de sua vida
na propriedade da família, o castelo de Merchiston, na Escócia. Envolveu-se em
algumas controvérsias políticas e religiosas de seu tempo. Era notoriamente
anticatólico, defendendo o protestantismo.
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Figura 2– John Napier
permite que se calcule, por exemplo, o produto 437,64 por 27,327. Com o auxílio de
uma tábua de cossenos, e usando interpolação trigonométrica quando necessário,
podemos achar os números A e B tais que
(0,43764)
cos(𝐴) = = 0,21882 e cos(B) = 0,27327
2
10
2.2 OS LOGARITMOS DE NAPIER
termo da P.G. por uma constante 107 . Dessa forma, se um número N qualquer for
escrito na forma N = 107 (1 − 1/107 )L , então L é o “logaritmo” de Napier do número N
ou abreviadamente, Nap log N.
A lógica inicial da construção da tábua é feita seguinte forma: para um certo
valor L do expoente de N = 107 (1 − 1/107 )L, calcula-se esse N, por fim se diz que Nap
log N é L. Um exemplo disso é o que mostra a tabela seguinte:
Um exemplo desse raciocínio é para Nap log a = 98. Sabe-se que o número
a será da forma 107 (1 − 1/107 )98 que é igual a 9.999.902. Assim podemos afirmar que
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Nap log 9.999.902 é 98 e assim por diante. Veja que se N1 < N2, temos L1 > L2 pelo fato
1
de o fator (1 − 107 ) ser menor que um.
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comprimento DF como o logaritmo de CB, ou seja, colocando DF = x e CB = y, o que
se obtém é
x = Nap log y
Figura 4
Fonte: Simone Sotozono Alonso Ramos- Logaritmos: uma abordagem didática- artigo ProfMat4
4
Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/fevereiro2016/matematica_dissertacoes/dis
sertacao_simone_sotozono_alonso_ramos.pdf. Acesso em: 1 mai. 2023
2.3 CONCLUSÃO
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3.1 HENRY BRIGGS
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Com esta tábua, por exemplo, pode-se calcular o logaritmo decimal de
qualquer número entre 1 e 10, e então, modelando a característica, conseguimos
calcular, com boa aproximação, de qualquer número positivo. Vejamos o algoritmo
que permite isso:
Dessa forma, temos uma boa aproximação para N em função das raízes
quadradas sucessivas de 10 e, consequentemente temos:
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Como consequências da definição, temos várias propriedades, dentre elas
destacamos duas aqui:
log10 b = x ⇒ 10x = b
log10 c = y ⇒ 10y = c
log10 (b · c) ⇒ 10z = b · c ⇒ 10z = 10x·10y ⇒ 10z = 10x +y ⇒ z=x+y
log10 b = x ⇒ 10x = b
log10 bα = y ⇒ 10y = bα ⇒ 10y = (10x)α ⇒ 10y =10α · x ⇒ y=α·x
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Dados: log 3 ≈ 0,4771 e log 1,07 ≈ 0,0294. Solução: Sendo C o capital investido e 3C o
montante que se quer, devemos achar o tempo t tal que 3C = C (1 + 0,07)t. Logo efetuamos
cálculo abaixo:
3.4 CONCLUSÃO
Nesta seção, iremos explanar sobre quem foi Jobst Bürgi e sobre o seu
trabalho na área dos logaritmos.
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Figura 5: Jobst Bürgi
termos da P.A. (−3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6) cuja razão é 1, para fazer o produto (ou
quociente) de dois termos quaisquer da PG, buscamos os termos associados na PA
primeiro, calculamos sua soma (ou subtração), e o correspondente da soma (ou
subtração) na PG, é o produto (ou quociente) que se busca. Como exemplo dessa
propriedade para produto, tomemos os números 4 e 16 da P.G. Os associados na
P.A. são respectivamente 2 e 4, cuja soma é 6. Dessa forma, o número 6 na P.A. tem
como correspondente 64 na P.G, de modo que o produto de 4 por 16 seja 64.
O trabalho de Bürgi na área dos logaritmos então foi publicado em 1620 na
cidade de Praga, com o nome de Aritmetische und geometrische Progress – Tabulen,
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como foi citado. Na tabela impressa de sua obra, os números vermelhos apareciam
nas primeiras linhas e primeiras colunas. Logo, podemos considerar que era uma
tábua de antilogaritmos, mas que com a observação adequada, servia como tábua de
logaritmos de Bürgi, dos quais temos alguns exemplos abaixo:
0 108·(1+10-4)0 = 100.000.000
10 108·(1+10-4)1 = 100.010.000
20 108·(1+10-4)2 = 100.020.001
30 108·(1+10-4)3 = 100.030.003
... ...
10·L 108·(1+10-4)L = NL
0 [ (1+10-4)10.000 ]0 = 1
10-4 [ (1+10-4)10.000 ]1 ≈ 2,71815
2·10-4 [ (1+10-4)10.000 ]2 ≈ 7,38832
3·10-4 [ (1+10-4)10.000 ]3 ≈ 20,08252
4·10-4 [ (1+10-4)10.000 ]4 ≈ 54,58723
5·10-4 [ (1+10-4)10.000 ]5 ≈ 148,37606
... ...
L·10-4 [ (1+10-4)10.000 ]L = NL
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Percebe-se que (1+10-4)10.000 ≈ 2,71815 é bem próximo da base dos
logaritmos naturais, que é aproximadamente 2,71818.
Finalizando esta seção, é mostrado aqui um excerto da tábua de Bürgi:
Fonte: Denis Roegel: Bürgi’s “Progress Tabulen” (1620): logarithmic tables without logarithms6
Artigo. 6Disponível em:< https://locomat.loria.fr/buergi1620/buergi1620doc.pdf>
Acesso em: 1 mai. 2023
4.3 CONCLUSÃO
20
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYER, Carl B.; MERZBACH, Uta C. História da Matemática. 3. ed. São Paulo:
Blücher, 2012.
EVES, Howard. Introdução à História da Matemática. 2. ed. Campinas, SP:
Unicamp, 1997.
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar - 2 -
Logaritmos. 10 ed. São Paulo: Atual Editora, 2013.
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