O Plano de Aproveitamento Econômico, ou simplesmente PAE, é um documento
essencial e obrigatório para fins de explotação de bens minerais.
De acordo com a legislação em vigor, o Plano de Aproveitamento Econômico — PAE
é um dos documentos que compõem o Requerimento de Lavra, e sua obrigatoriedade é estabelecida no artigo 38 do Código de Mineração.
O PAE consiste em um projeto que aborda os diversos aspectos envolvidos nos
processos de extração, beneficiamento e comercialização da reserva mineral objetivada. TÓPICOS DA AULA :
Este documento deve ser elaborado e assinado por um técnico legalmente
habilitado, e ser acompanhado pela respectiva anotação de responsabilidade técnica (ART), apresentada em original ou cópia autenticada.
A seguir traremos algumas informações essenciais para a elaboração e construção
do PAE. Quando da elaboração de um PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO – PAE as seguintes premissas:
1. Ser seguro e produzir condições adequadas para os funcionários;
2. Os impactos causados ao meio ambiente devem ser minimizados e reduzidos;
3. Permitir condições de estabilidade técnica-econômica durante a vida útil da mina;
4. Assegurar a máxima recuperação de minério da jazida, com mínima diluição;
5. Ser flexível para adaptação das condições geológicas e à infra-estrutura disponível; e
6. Permitir máxima produtividade, com conseqüentemente, redução do custo
unitário. Os principais parâmetros utilizados no projeto para a seleção e configuração dos sistemas de engenharia mineral – área de mineração e área de britagem incluíram
1. Análise da localização da unidade;
2. Caracterização tecnológica da rocha; 3. Capacidade de produção prevista; 4. Custos de investimento (CAPEX) e operacionais (OPEX) estimados; 5. Vida útil estimada da mina; 6. Condições climáticas locais e regionais; 7. Considerações operacionais da mina; 8. Demandas de infra-estrutura e manutenção; 9. Aspectos de segurança e meio ambiente; e 10. Premissas para operar a mina com sustentabilidade. Obs.: Royalty é uma palavra de origem inglesa que significa compensação, sendo representada por parte do lucro obtido pela exploração mineral. No Brasil, recebe o nome de CFEM - Compensação Financeira pela Exploração Mineral. Foi estabelecida pela Constituição de 1988, sendo dividida nas seguintes proporções: 12% para a União; 23% para o Estado e 65% para o Município onde está localizada a mina. Foram traçados três cenários para avaliação do perfil de consumo para este mercado.
Os seguintes cenários para a operação do empreendimento mineiro foram
analisadas:
CENÁRIO OTIMISTA onde o consumo específico da população seria de 1,10
ton./hab.;
CENÁRIO REALISTA – consumo específico de 0,95 ton./hab.; e
CENÁRIO PESSIMISTA – consumo específico de 0,85 ton./hab.
Conforme dados da ANEPAC e AGABRITAS, o consumo específico de brita por habitante segue a seguinte tendência: O dimensionamento das escavadeiras levou em consideração a capacidade de atendimento das frentes de lavra (ton/ano) e o desempenho operacional (ton/hora e R$/ton).