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História da propaganda

no Brasil II
PROF.ª ME. LUCIANA UHREN
Década de 1980 – entrada da propaganda
brasileira no cenário mundial
1980 – década perdida – quatro planos econômicos e as oscilações
inflacionárias foram as marcas da época;
Inovação na política – questionamento ao regime militar;
Em 1984 iniciou-se o movimento das Diretas Já – campanha pelas
eleições diretas para Presidente da República;
Defesa pelo voto direto – Ulysses Guimarães e Tancredo Neves
(que foi colocado no poder, em projeto de transição entre
militarismo e democracia, sem que nenhum brasileiro houvesse
votado nele);
Primeiras eleições diretas: 1989;
Nova Constituição brasileira: 1988.
Nos períodos de alta inflacionária, os anunciantes recuavam e as verbas
publicitárias praticamente desapareciam;
1980 – oficializada a existência do CONAR (Conselho Nacional de
Autorregulamentação Publicitária) que defende o consumidor da propaganda ruim e
a boa propaganda de possíveis censuras;
1981 – duas novas concessões de TV: Rede Manchete e SBT;
1982 – realização do 28º Congresso Mundial de Publicidade em São Paulo (uma das
poucas vezes que o evento deixou de ser realizado nos Estados Unidos);
1984 – criação do slogan Diretas já pela agência Exclam Propaganda (Curitiba);
Ao longo da década, a comunicação publicitária perderia o poder político das
décadas anteriores;
Os anunciantes e os veículos de comunicação passaram a dominar a cena
publicitária nacional;
O Brasil conquistou por três anos consecutivos (1981, 1982 e 1983) a posição de
segunda nação mais premiada no Festival de Cannes.
Década de 1990 – globalização
Consolidação na internet;
Queda do Muro de Berlim e fim das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS);
Expansão da economia norte-americana (grandes investimentos no Brasil que
se abre para o capital externo);
Fernando Collor de Melo lança um plano econômico (Brasil Novo) em 1990,
confisca a moeda circulante e congela os preços;
Com o novo plano econômico, o setor da propaganda passou por corte de
verbas e por estagnação nos investimentos;
Com o impeachment de Collor em 1992 o setor começa a voltar ao normal;
A partir de 1994, com a entrada de Fernando Henrique Cardoso na
presidência, uma nova forma de gerir a economia nacional fez com que a
propaganda brasileira retomasse o ritmo perdido e amadurecesse.
Na década de 1990 os maiores grupos de comunicação
comercial chegaram ao Brasil;
Leis de proteção às agências de propaganda foram
substituídas pelas leis de livre comércio;
Nova atenção é dada ao consumidor com a criação, em
1990, do Código de Defesa do Consumidor que é acatado por
muitas empresas e instituições;
Em 1993 o Brasil ganha seu primeiro Grand Prix no Festival
de Cannes (DM9 – Guaraná Antarctica).
Anos 2000 – mídias digitais
A década de 2000 foi marcada pela popularização dos
smartphones, do Youtube, do Facebook e do Marketing
Digital;
Com tudo isso, as audiências das televisões caem e levam
com elas as verbas da propaganda televisiva. Os médios e
grandes anunciantes transferem em velocidade as verbas
de TV para novas mídias, e a publicidade tradicional passa a
ter o desafio de não se tornar obsoleta, como acontece com
muitos outros setores.
Desde 2000, a aproximação com o público-alvo, já proclamada como necessidade
anteriormente, passou a ser perseguida e atingida. Campanhas segmentadas utilizam a linguagem dos
grupos, a fim de conquistar e fidelizar clientes, como é o caso da campanha O Itaú foi feito para vocês,
de 2003.
Desde 2006, muito se ouve falar de marketing viral ou marketing de guerrilha, uma nova prática
que desponta e altera a criação em publicidade. Ações polêmicas e geralmente bem humoradas
"invadem" o cotidiano do consumidor e, como vírus, espalham-se.
O marketing viral e a publicidade viral referem-se a técnicas de marketing que tentam explorar
redes sociais pré-existentes para produzir aumentos exponenciais em conhecimento de marca, com
processos similares a extensão de uma epidemia. A definição de marketing viral foi cunhada
originalmente para descrever a prática de vários serviços livres de e-mail de adicionar sua publicidade
ao e-mail que sai de seus usuários.
Essas ações tanto podem agradar ao consumidor como também causar polêmica. [...]
O fato é que nunca foram despertadas tantas emoções quanto hoje, porque o emprego dos
estudos do comportamento do consumidor nas pesquisas realizadas ajuda os profissionais a saber mais
sobre o grupo com quem querem falar e, com isso, praticamente entram nas mentes do consumidor.
Texto dissertativo-argumentativo

É o tipo de texto que analisa, interpreta, explica e


avalia os dados da realidade.

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Características do texto dissertativo-
argumentativo
Temático: não trata de situações particulares, mas de
análises e interpretações genéricas;
Mostra mudanças de situação;
A ordenação obedece às relações lógicas – analogia,
causalidade, coexistência, correspondência etc.;
Expõe verdades gerais – tempo da enunciação é o
presente.

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Desenvolvimento do texto dissertativo-
argumentativo
Tese (do grego thesis que significa proposição): proposição
sobre o tema, um posicionamento claro e fácil de ser absorvido
pelo leitor, em torno da qual se desenvolvem os argumentos que
tentam comprová-la;
Argumentação: elementos linguísticos que visam à persuasão;
Conclusão: comentários que confirmam os aspectos
desenvolvidos ao longo do texto.

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Exercícios
1) Aponte as características do texto que o identificam
como texto dissertativo. Explique cada uma delas.
2) Quais elementos o autor usou no texto para
defender seu ponto de vista?
3) Na sua opinião, qual é a importância da utilização
de citações em textos dissertativos?
Referências
MARCONDES, P. Uma história da propaganda brasileira. São Paulo: Ediouro, 2002.
SILVA, D. R.; LOPES, J. A. Publicidade no Brasil: novos caminhos, novas linguagens. Revista das
Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, v. 41, n. 1 e 2, outubro de 2007. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/viewFile/15627/14159>. Acesso em 25
out. 2017.

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