Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Economia 3
Economia 3
PÚBLICO
AULA 3
2
As despesas por funções estão associadas às áreas que o governo
determina para orientar seus gastos e prioridades. A classificação em funções
ocorre nos seguintes setores: i) legislativo; ii) judiciário; iii) administração e
planejamento; iv) trabalho; v) agricultura; vi) transportes; vii) indústria; comércio
e serviços; viii) desenvolvimento regional, ix) defesa nacional e segurança
pública; x) educação e cultura; xi) habitação e urbanismo; xii) saúde e
saneamento; xiii) assistência e previdência; xiv) energia e recursos minerais; e
xv) comunicações.
4
Os impostos, “que são tributos cuja arrecadação não tem destinação
obrigatória predeterminada” (De Toni, 2008, p. 53), como IPTU e IPVA.
As taxas, que estão vinculadas com algum serviço que será oferecido
pelo governo, como as taxas de iluminação ou recolhimento de lixo.
As contribuições de melhoria, que são um tributo resultado da
valorização imobiliária em virtude de uma obra governamental.
As contribuições sociais, que são impostos com um destino definido,
como os tributos da seguridade social.
5
religiosas, classe socioeconômica, grau de instrução, entre outros, e é raro o
momento em que essas preferências são demonstradas. Esse princípio não
contribui para a distribuição de renda, pois gera ônus às classes de menor renda.
Se o sistema tributário fosse baseado exclusivamente no princípio do
benefício, algumas pessoas que não teriam renda para pagar por certos serviços
públicos seriam excluídas das suas vantagens, o que faria com que o governo
não cumprisse sua função alocativa e distributiva.
Por isso, De Toni (2008) aponta que o princípio do benefício não é
suficiente; somente alguns tipos de tributos, como o sobre o álcool e sobre o
tabaco, poderiam ser definidos a partir dele.
Para que o sistema tributário seja mais justo, é preciso complementar o
princípio do benefício com outro, que é o princípio da habilidade de pagamento.
O princípio da capacidade ou habilidade de pagamento defende que “a carga do
tributo deve ser tal que os contribuintes com a mesma capacidade de pagamento
devem pagar o mesmo nível de impostos (equidade horizontal)” (De Toni, 2008,
p. 54). Com base nesse princípio, cada pessoa contribuiria de forma diferenciada
para o Sistema tributário, com base em sua renda. A capacidade de pagamento
é medida, em geral, a partir da renda e da riqueza do indivíduo.
Nesse sentido, adota-se a renda como referência para definir a habilidade
de pagamento, e não o consumo de um indivíduo, porque uma parte da renda
pode ser aplicada em poupança e não consumida em sua totalidade.
A definição do sistema tributário de um país envolve análises relacionadas
ao perfil dos contribuintes e às necessidades de cada economia, associadas aos
princípios que o governo deve respeitar na definição da carga tributária e suas
regras.
6
PIS-PASEP e Previdência social. Os impostos diretos estão associados à
capacidade de pagamento de cada pessoa, sendo assim mais justos.
Os impostos indiretos “são aqueles nos quais não necessariamente o
ônus da tributação recai sobre quem deve pagar o imposto, ou seja, é possível
uma transferência da carga tributária” (De Toni, 2008, p. 54). Os impostos
indiretos não são pagos pelo proprietário, mas por todos os consumidores. Esses
impostos são cobrados quando há compra de mercadorias e serviços, como o
ISS (imposto sobre serviço) e o ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias
e serviços).
Existe ainda a distinção entre impostos progressivos ou regressivos.
Os progressivos estão vinculados ao aumento da alíquota em proporção à renda
e estão baseados no princípio da equidade (os mais ricos pagam mais). Já os
impostos regressivos vão ter um ônus maior sobre a população mais pobre, ou
seja, não aumentam quanto maior a renda. Os impostos indiretos, em geral, são
regressivos.
Os impostos podem ser separados em impostos sobre a renda, sobre
o patrimônio e sobre as vendas. Os tributos sobre a renda são cobrados com
base na renda gerada no mercado. De acordo De Toni (2008, p. 58), “a renda
tributável é o resultado da renda total do contribuinte, deduzida de abatimentos
como despesas médicas ou educacionais”. O imposto sobre a renda é uma das
mais importantes fontes de financiamento, representando aproximadamente
50% do total de receitas do governo (Riani, 2014).
Os tributos sobre o patrimônio ou sobre a riqueza são cobrados com base
na posse de um ativo. Os exemplos mais famosos desses impostos são o IPTU,
que é cobrado sobre a posse de um imóvel e fica na esfera municipal, e o IPVA,
que é tributado sobre os proprietários de veículos automotores e é de nível
estadual.
Já os tributos sobre a venda de bens e serviços impactam a oferta e a
demanda no mercado. O imposto sobre as vendas é uma forma importante de
arrecadar receitas para o governo, sendo um tipo de imposto indireto, pago pelo
comprador (Riani, 2014). Segundo Riani (2014, p. 106), “a tributação sobre os
bens e serviços pode ser feita mediante duas sistemáticas. Ela pode ser aplicada
sobre a unidade do produto ou sobre seu valor. Isso dá origem aos impostos
unitários e aos ad valorem”.
7
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
8
REFERÊNCIAS